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Segunda-feira, 3 de Abril de 2023 I SÉRIE — Número 64

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E. P. Regulamento do Sistema Nacional


de Gestão dos Recursos Humanos
AVISO do Estado (SNGRHE)
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve
ser remetida em cópia devidamente autenticada, uma CAPÍTULO I
por cada assunto, donde conste, além das indicações Disposições Gerais
necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte,
assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim ARTIGO 1
da República». (Objecto)

O presente Regulamento estabelece os princípios,


as normas, a estrutura, as competências e as funções dos órgãos
SUMÁRIO do Sistema Nacional de Gestão dos Recursos Humanos do Estado,
abreviadamente designado por SNGRHE.
Conselho de Ministros:
Decreto n.º 11/2023: ARTIGO 2
Aprova o Regulamento do Sistema Nacional de Gestão (Âmbito de aplicação)
dos Recursos Humanos do Estado, abreviadamente
designado SNGRHE e revoga o Decreto n.º 55/2007, 1. O SNGRHE aplica-se na gestão dos funcionários e demais
de 8 de Novembro. agentes do Estado que exercem actividades nas instituições
de Administração directa e indirecta do Estado, nas entidades
descentralizadas, nas missões diplomáticas e consulares
da República de Moçambique.
CONSELHO DE MINISTROS 2. O SNGRHE aplica-se, com as necessárias adaptações,
na gestão dos funcionários e agentes do Estado que exercem
Decreto n.º 11/2023 actividades nos serviços de apoio técnico e administrativo da
de 3 de Abril Presidência da República, da Assembleia da República, dos
Tribunais, do Conselho Constitucional, do Ministério Público,
Havendo necessidade de regulamentar o Sistema Nacional
do Gabinete do Provedor de Justiça, da Comissão Nacional
de Gestão dos Recursos Humanos do Estado, de forma
de Eleições, das Assembleias Provinciais e demais funcionários
a adequá-lo aos novos desafios decorrentes da Estratégia
que nos termos da Constituição não estejam sujeitos a regime
da Reforma e Desenvolvimento da Administração Pública,
especial.
ao abrigo do n.º 3 do artigo 36 do Estatuto Geral dos Funcionários
e Agentes do Estado, aprovado pela Lei n.º 4/2022, de 11 ARTIGO 3
de Fevereiro, o Conselho de Ministros decreta:
(Objectivos)
Artigo 1. É aprovado o Regulamento do Sistema Nacional
de Gestão dos Recursos Humanos do Estado, abreviadamente O SNGRHE tem os seguintes objectivos:
designado SNGRHE, em anexo, que é parte integrante do presente a) padronizar os procedimentos de gestão de recursos
Decreto. humanos em toda Administração Pública;
Art. 2. É revogado o Decreto n.º 55/2007, de 8 de Novembro b) responder às necessidades de planificação, coordenação,
e demais normas que contrariem o presente Decreto. execução e controlo das actividades de gestão
Art. 3. Os termos usados no presente Decreto constam de recursos humanos em função das directrizes
do glossário em anexo, que é parte integrante. e acções governamentais;
Art. 4. O presente Decreto entra em vigor na data da sua c) permitir o acompanhamento de todo o ciclo profissional
publicação. dos funcionários e agentes do Estado, desde a sua
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 7 de Março entrada até ao seu desligamento;
d) permitir maior integridade e controlo da folha de salários;
de 2023.
e
Publique-se. e) assegurar o controlo efectivo e a administração da prova
O Primeiro-Ministro, Adriano Afonso Maleiane. de vida dos funcionários e agentes do Estado.
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ARTIGO 4 ARTIGO 7
(Princípios) (Subsistema de Planificação de Pessoal)

O SNGRHE rege-se pelos seguintes princípios: O Subsistema de Planificação de Pessoal, abreviadamente


a) legalidade: determina a observância escrupulosa do SPP, atende aos processos inerentes à previsão qualitativa
quadro normativo vigente; e quantitativa de pessoal que contribuam para a consecução
b) igualdade: garante que a implantação do SNGRHE não dos objectivos institucionais.
deve privilegiar, beneficiar ilicitamente, prejudicar ARTIGO 8
os Recursos Humanos do Estado por motivo de
parentesco, sexo, cor, raça, origem étnica, lugar de (Subsistema de Desenvolvimento Profissional na Administração
Pública)
nascimento, estado civil, religião, convicções políticas
ou ideológicas, instrução, situação económica ou O Subsistema de Desenvolvimento Profissional na
social; Administração Pública, abreviadamente SDPAP, intervém nos
c) proporcionalidade: implica que de entre as medidas processos e procedimentos de desenvolvimento profissional,
convenientes para a prossecução de qualquer fim legal, incluindo a gestão de carreiras.
o funcionário e o agente do Estado, devem adoptar
as que acarretem consequências menos graves para a ARTIGO 9
esfera jurídica do administrado; (Subsistema de Administração de Pessoal)
d) transparência: impõe a obrigatoriedade de publicidade
O Subsistema de Administração de Pessoal, abreviadamente
da actividade administrativa, incluindo divulgar
SAP, atende aos processos de organização e actualização
aos funcionários e aos demais servidores públicos
do cadastro dos funcionários e agentes do Estado e demais
a informação relativa aos actos de gestão de recursos
servidores públicos, bem como a execução de actividades
humanos do Estado e demais actos administrativos;
de carácter operacional de apoio à gestão de recursos humanos.
e) integridade: impõe que, no desempenho da actividade
administrativa e o em todas as suas formas e fases, ARTIGO 10
o funcionário e o agente do Estado devem actuar de
acordo com os valores e regras de boa-fé, lealdade (Subsistema de Avaliação de Desempenho)

e honestidade. De acordo com este princípio o O Subsistema de Avaliação de Desempenho, abreviadamente


funcionário e o agente do Estado devem prevenir a SAD, intervém na definição dos processos de promoção da
alteração ou modificação não autorizada da informação cultura de mérito, no desenvolvimento dos funcionários e agentes
produzida e armazenada; e do Estado e demais servidores públicos e na melhoria da qualidade
f) princípio da colaboração: estabelece que todos os de serviços.
intervenientes no processo de implementação do
CAPÍTULO III
SNGRHE actuem em estreita cooperação, devendo
em particular prestar informações orais ou escritas, Órgãos do SNGRHE, suas Atribuições e Competências
bem como esclarecimentos solicitados, desde que
SECÇÃO I
não tenham carácter secreto, confidencial ou restrito.
Órgãos e Atribuições

CAPÍTULO II SUBSECÇÃO I

Subsistemas do SNGRHE Órgãos

ARTIGO 5 ARTIGO 11

(Organização) (Órgãos)

O SNGRHE compreende os seguintes subsistemas: 1. O SNGRHE compreende os seguintes órgãos:


a) Subsistema de Carreiras e Remuneração; a) Órgão Director Central de Gestão Estratégica
b) Subsistema de Planificação de Pessoal; dos Recursos Humanos do Estado;
c) Subsistema de Desenvolvimento Profissional na b) Órgãos Sectoriais;
Administração Pública; c) Órgão Coordenador do SNGRHE no Conselho
d) Subsistema de Administração de Pessoal; e dos Serviços Provinciais de Representação do Estado;
e) Subsistema de Avaliação de Desempenho. d) Órgão Coordenador do SNGRHE no Conselho Executivo
Provincial;
ARTIGO 6 e) Órgãos Provinciais;
f) Órgão Coordenador do SNGRHE no Conselho
(Subsistema de Carreiras e Remuneração)
dos Serviços de Representação do Estado na Cidade
O Subsistema de Carreiras e Remuneração, abreviadamente de Maputo;
SCR, contempla os processos de planificação, recrutamento, g) Órgãos da Cidade de Maputo;
organização e estruturação das carreiras e remuneração dos h) Órgão Coordenador Distrital; e
funcionários e agentes do Estado. i) Órgãos Distritais.
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ARTIGO 12 ARTIGO 17
(Órgãos de Nível Central) (Órgãos Sectoriais)

1. O Órgão Director Central de Gestão Estratégica de Recursos 1. São atribuições dos órgãos sectoriais:
Humanos do Estado é a entidade que superintende a área da a) planificação, coordenação, execução e controlo;
Função Pública. b) elaboração de propostas de normas e orientação técnica
2. São órgãos sectoriais do SNGRHE as unidades orgânicas para as carreiras específicas do respectivo sector;
de recursos humanos dos órgãos centrais do Estado. c) assessoria e monitoria;
d) controlo interno; e
ARTIGO 13 e) gestão do quadro supranumerário.
(Órgãos de Nível Provincial) 2. Os órgãos sectoriais actuam em estrita coordenação com
1. O Órgão Coordenador do SNGRHE no Conselho dos o Órgão Director Central.
Serviços Provinciais de Representação do Estado é o Gabinete ARTIGO 18
do Secretário de Estado na Província.
2. O Órgão Coordenador do SNGRHE no Conselho Executivo (Órgãos Coordenadores Provinciais)
Provincial é o Gabinete do Governador de Província. São atribuições dos Órgãos Coordenadores Provinciais do
3. São órgãos provinciais do SNGRHE: SNGRHE no Conselho dos Serviços Provinciais de Representação
a) as unidades orgânicas de recursos humanos dos Serviços do Estado e no Conselho Executivo Provincial, cada um no seu
Provinciais de Representação do Estado; e âmbito:
b) as unidades orgânicas de recursos humanos das entidades a) coordenação e execução;
descentralizadas. b) orientação técnica;
c) assessoria e monitoria; e
ARTIGO 14 d) supervisão.
(Órgãos da Cidade de Maputo)
ARTIGO 19
1. O Órgão Coordenador do SNGRHE no Conselho dos
(Órgãos Provinciais)
Serviços de Representação do Estado na Cidade de Maputo é o
Gabinete do Secretário de Estado na Cidade de Maputo. 1. São atribuições dos órgãos provinciais, ao seu nível:
2. São órgãos do SNGRHE na Cidade de Maputo, as unidades a) planificação;
orgânicas de recursos humanos dos Serviços de Representação b) execução;
do Estado na Cidade de Maputo. c) orientação técnica; e
d) supervisão e controlo interno.
ARTIGO 15
2. Os órgãos provinciais do SNGRHE actuam em estrita
(Órgãos de Nível Distrital) articulação com os respectivos órgãos coordenadores provinciais.
1. O Órgão Coordenador Distrital do SNGRHE é a Secretaria
Distrital. ARTIGO 20
2. Constituem órgãos distritais do SNGRHE as unidades (Órgão Coordenador na Cidade de Maputo)
orgânicas de recursos humanos dos serviços distritais do Estado.
São atribuições do Órgão Coordenador do SNGRHE na Cidade
SUBSECÇÃO II de Maputo, ao seu nível:
Atribuições a) coordenação e execução;
b) orientação técnica; e
ARTIGO 16 c) assessoria e monitoria.
(Órgão Director Central de Gestão Estratégica dos Recursos ARTIGO 21
Humanos do Estado)
(Órgãos da Cidade de Maputo)
São atribuições do Órgão Director Central de Gestão
Estratégica dos Recursos Humanos do Estado as seguintes: 1. São atribuições dos órgãos do SNGRHE na Cidade de
Maputo, ao seu nível:
a) gestão estratégica e desenvolvimento dos recursos
humanos do Estado; a) planificação e controlo;
b) coordenação do processo de recrutamento e selecção b) execução;
de pessoal para ingresso nas carreiras profissionais c) orientação técnica; e
do aparelho do Estado, com excepção da Presidência d) supervisão e controlo interno.
da República, Assembleia da República, Tribunais, 2. Os órgãos do SNGRHE na Cidade de Maputo actuam em
Ministério Público, Conselho Constitucional, Gabinete estrita articulação com o respectivo órgão coordenador.
do Provedor da Justiça, Comissão Nacional de
Eleições, Forças de Defesa e Segurança, Entidades ARTIGO 22
Descentralizadas Provinciais e Distritais. (Órgão Coordenador Distrital)
c) normação e orientação técnica;
d) assessoria e monitoria; São atribuições do órgão coordenador distrital:
e) controlo interno e supervisão geral; a) coordenação e orientação técnica;
f) criação e gestão do quadro de pessoal; e b) assessoria e monitoria; e
g) gestão do quadro supranumerário. c) gestão do quadro supranumerário.
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ARTIGO 23 4. Na área de salários e remunerações:


(Órgãos Distritais)
a) realizar estudos, elaborar e analisar propostas de
qualificadores profissionais, estruturas salariais
1. São atribuições dos órgãos distritais ao seu nível: e política de remuneração, benefícios e incentivos
a) planificação e controlo; aos funcionários e agentes do Estado, em
b) execução; coordenação com o órgão que superintende a área
c) orientação técnica; das finanças.
d) controlo interno; e 5. Na área de desenvolvimento:
e) gestão do quadro supranumerário. a) realizar estudos visando a definição da política global
2. Os órgãos distritais do SNGRHE actuam em estrita de formação no Aparelho do Estado;
articulação com os respectivos órgãos coordenadores distritais. b) orientar e monitorar a elaboração de Planos de
Desenvolvimento dos Recursos Humanos do
SECÇÃO II
Estado;
Competências dos Órgãos do SNGRHE c) elaborar planos, programas e projectos de formação
SUBSECÇÃO I profissional e académica de funcionários e agentes
do Estado;
Competências dos Órgãos de Nível Central d) realizar estudos visando a permanente adequação dos
critérios e normas de avaliação de desempenho
ARTIGO 24 prevista no EGFAE;
(Órgão Director Central de Gestão Estratégica dos Recursos
e) acompanhar, avaliar e controlar a implementação
Humanos do Estado)
dos planos de promoção, progressão e mudança
de carreira;
Compete ao Órgão Director Central de Gestão Estratégica dos f) acompanhar, avaliar e controlar os resultados dos
Recursos Humanos do Estado: programas de formação dos funcionários e agentes
1. Na área de planificação e controlo: do Estado; e
g) propor normas e critérios para a continuação de
a) planificar, coordenar e controlar as actividades de estudos e atribuição de bolsas de estudo aos
Gestão dos Recursos Humanos do Estado, de funcionários e agentes do Estado.
acordo com as directrizes e planos do Governo;
b) controlar a composição dos quadros de pessoal das ARTIGO 25
instituições da Administração Pública; (Competências dos Órgãos Sectoriais)
c) administrar e manter actualizada a informação do
Processo Individual do funcionário e agente do Compete aos órgãos sectoriais:
Estado e demais servidores públicos; 1. Na área de planificação e controlo:
d) orientar, acompanhar e controlar a implementação a) planificar, controlar e definir normas de gestão
do SNGRHE; e de recursos humanos do sector, de acordo com
e) implementar e controlar a política de desenvolvimento os planos do Governo e as directrizes do órgão
dos recursos humanos do Estado. director central;
b) organizar, controlar e actualizar permanentemente
2. Na área de recrutamento e selecção de pessoal:
o cadastro dos funcionários e agentes do Estado
a) realizar estudos e pesquisas com vista ao e demais servidores públicos no Sistema Nacional
estabelecimento de políticas de recrutamento de Gestão de Recursos Humanos do Estado, de
e selecção de Recursos Humanos para o Aparelho acordo com as orientações do órgão director
do Estado e definir normas e procedimentos para central;
a sua implementação; e c) orientar, acompanhar e controlar a implementação do
b) acompanhar, orientar e controlar a execução das SNGRHE no respectivo sector; e
actividades de recrutamento e selecção de Recursos d) implementar e controlar a política de desenvolvimento
Humanos para o Aparelho do Estado, avaliando-as dos recursos humanos do sector.
sistematicamente, com vista à aplicação correcta 2. Na área de recrutamento e selecção de pessoal:
do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do a) planificar, programar e afectar o pessoal, com base
Estado. nos planos definidos para o sector.
3. Na área de gestão de pessoal: 3. Na área de gestão de pessoal:
a) implementar as normas de gestão de recursos a) implementar as normas de gestão dos recursos
humanos e propor a revisão de instrumentos humanos no sector;
normativos sempre que necessário; b) orientar e controlar a aplicação das normas
b) organizar e manter actualizado o ficheiro de legislação estabelecidas sobre a gestão do pessoal; e
sobre gestão de pessoal, e demais instrumentos c) organizar e manter actualizado o ficheiro de legislação
normativos; de gestão de pessoal, e demais instrumentos
c) divulgar, coordenar, orientar e controlar a correcta normativos.
aplicação da legislação referente à gestão de 4. Na área de salários e remunerações:
pessoal; e a) implementar a política salarial no sector; e
d) promover estudos e pesquisas com vista ao b) contribuir na elaboração de propostas de qualificadores
estabelecimento de normas de higiene e segurança de carreiras profissionais e de funções de direcção,
no local do trabalho e zelar pela sua aplicação. chefia e confiança.
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5. Na área de desenvolvimento: 2. Na área de recrutamento e selecção:


a) elaborar propostas para a definição de planos a) garantir a implementação das regras gerais sobre
de formação do sector; o processo de recrutamento e selecção emanadas
b) elaborar e implementar o Plano de Desenvolvimento pelo Órgão Director Central de Gestão Estratégica
dos Recursos Humanos do sector; de Recursos Humanos do Estado;
c) elaborar e implementar programas anuais e/ou b) coordenar a realização do diagnóstico das necessidades
acções de formação profissional de curta duração de pessoal em observância ao quadro de pessoal
de acordo com as necessidades e prioridades das instituicoes do seu âmbito;
estabelecidas para o sector; c) Submeter a lista de necessidade de pessoal ao Órgão
d) aplicar normas e critérios de selecção de candidatos Director Central de Gestão Estratégica de Recursos
para a continuação dos estudos e atribuição de Humanos do Estado.
bolsas de estudo; 3. Na área de desenvolvimento:
e) promover, orientar e avaliar a execução das
a) elaborar planos, programas e projectos de formação
actividades de formação;
do Aparelho do Estado na província;
f) implementar, acompanhar e analisar o resultado do
b) orientar e monitorar a elaboração de Planos
processo de avaliação de desempenho;
de Desenvolvimento dos Recursos Humanos;
g) realizar estudos e elaborar propostas visando a
c) acompanhar, avaliar e controlar a implementação
permanente adequação dos critérios e normas
dos planos de promoção, progressão e mudança
de avaliação previstos no Estatuto Geral dos
de carreira; e
Funcionários e Agentes do Estado; e
d) acompanhar, avaliar e controlar os resultados dos
h) planificar e realizar as promoções, progressões
programas de formação do Aparelho de Estado.
e mudança de carreira dos funcionários do sector.
6. Na área de administração de pessoal: ARTIGO 27
a) organizar e actualizar os processos individuais dos (Órgãos do SNGRHE nos Serviços Provinciais de Representação
funcionários e agentes do Estado; do Estado)
b) registar e controlar a efectividade dos funcionários
e agentes do Estado; Compete às unidades orgânicas de recursos humanos dos
c) organizar e controlar os processos de contagem Serviços Provinciais de Representação do Estado:
de tempo de serviço prestado ao Estado para efeitos 1. Na área de planificação e controlo de Pessoal:
de aposentação; a) planificar e controlar a Gestão de Recursos Humanos
d) assegurar o pagamento do subsídio por morte; do sector ao nível da província;
e) garantir a emissão de documentos de identificação b) elaborar propostas de quadro de pessoal; e
dos funcionários e agentes do Estado; c) organizar, controlar e actualizar o cadastro dos
f) garantir a assistência médica e medicamentosa funcionários do Estado.
aos funcionários e agentes do Estado; e 2. Na área de recrutamento e selecção:
g) registar e divulgar as decisões dos processos
a) realizar o diagnóstico das necessidades de pessoal
disciplinares.
em observância do quadro de pessoal do respectivo
SUBSECÇÃO II sector a médio e longo prazos; e
b) planificar, programar e afectar o pessoal, com base
Competências dos Órgãos de Nível Provincial
nos resultados do concurso público.
ARTIGO 26 3. Na área de gestão de pessoal:
a) implementar as directrizes e normas de gestão
(Órgãos Coordenadores Provinciais)
de recursos humanos; e
São competências dos Órgãos Coordenadores Provinciais, b) zelar pela aplicação das normas de higiene
cada um no seu âmbito de actuação: e segurança no local do trabalho.
1. Na área de planificação e controlo de pessoal: 4. Na área de salários e remunerações:
a) planificar, coordenar e controlar as actividades de a) garantir a correcta implementação da política salarial.
Gestão dos Recursos Humanos do Estado na 5. Na área de desenvolvimento:
Província;
a) elaborar e executar planos, programas anuais e acções
b) controlar a composição dos quadros de pessoal dos
de formação de curta duração;
sectores;
c) elaborar o quadro de pessoal do Conselho dos b) elaborar e implementar os Planos de Desenvolvimento
Serviços de Representação do Estado; dos Recursos Humanos do Estado;
d) controlar e monitorar a implementação dos quadros c) aplicar normas e critérios de selecção de candidatos
de pessoal do Conselho Executivo Provincial; às bolsas de estudos;
e) orientar, acompanhar e controlar a implementação do d) controlar e analisar os processos anuais de avaliação
SNGRHE a nível da Província; e de desempenho; e
f) implementar e controlar os planos de desenvolvimento e) planificar e realizar as promoções, progressões
dos recursos humanos do Estado. e mudanças de carreira dos funcionários do sector.
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6. Na área de administração do pessoal, programar, b) actualizar o cadastro de carreiras e funções;


coordenar, controlar e executar actividades de gestão c) registar e controlar a efectividade dos funcionários
quotidiana de pessoal nomeadamente: e agentes do Estado;
a) organizar os processos individuais dos funcionários d) organizar e controlar os processos de contagem
e agentes do Estado; do tempo de serviço prestado ao Estado para efeitos
b) actualizar o cadastro de carreiras e funções; de aposentação;
c) registar e controlar a efectividade dos funcionários e) assegurar o pagamento do subsídio por morte;
e agentes do Estado; f) garantir a emissão dos cartões de identificação
d) organizar e controlar os processos de contagem dos funcionários e agentes do Estado do respectivo
do tempo de serviço prestado ao Estado para efeitos sector;
de aposentação; g) garantir a assistência médica e medicamentosa dos
e) assegurar o pagamento do subsídio por morte; funcionários, agentes do Estado; e
f) garantir a emissão dos cartões de identificação h) acompanhar, registar e divulgar as decisões dos
dos funcionários e agentes do Estado do respectivo processos disciplinares.
sector;
SUBSECÇÃO III
g) garantir a assistência médica e medicamentosa dos
funcionários, agentes do Estado; e Competências dos Órgãos da Cidade de Maputo
h) acompanhar, registar e divulgar as decisões dos
processos disciplinares. ARTIGO 29

ARTIGO 28 (Órgão Coordenador do SNGRHE no Conselho dos Serviços


de Representação do Estado na Cidade de Maputo)
(Órgãos do SNGRHE nas Entidades Descentralizadas)
São competências do Órgão Coordenador na Cidade
Compete às unidades orgânicas de recursos humanos de Maputo, ao seu nível:
das entidades descentralizadas:
1. Na área de planificação e controlo de pessoal:
1. Na área de planificação e controlo de Pessoal:
a) planificar, coordenar e controlar as actividades
a) planificar e controlar a Gestão de Recursos Humanos de Gestão dos Recursos Humanos do Estado
do sector ao nível da província;
na Província;
b) elaborar propostas de quadro de pessoal; e
b) controlar a composição dos quadros de pessoal
c) organizar, controlar e actualizar o cadastro
dos sectores;
dos funcionários do Estado.
c) elaborar o quadro de pessoal do Conselho
2. Na área de recrutamento e selecção: dos Serviços de Representação do Estado;
a) realizar o diagnóstico das necessidades de pessoal d) controlar e monitorar a implementação dos quadros
em observância do quadro de pessoal do respectivo de pessoal do Conselho Executivo Provincial;
sector a médio e longo prazos; e) orientar, acompanhar e controlar a implementação
b) planificar, programar e afectar o pessoal, com base do SNGRHE a nível da Província; e
nos resultados do concurso público. f) implementar e controlar o plano de desenvolvimento
3. Na área de gestão de pessoal: dos recursos humanos do Estado.
a) implementar as directrizes e normas de gestão 2. Na área de recrutamento e selecção:
de recursos humanos; e a) garantir a implementação, na cidade de Maputo, das
b) zelar pela aplicação das normas de higiene regras gerais sobre o processo de recrutamento
e segurança no local do trabalho. e selecção emanadas pelo Órgão Director Central
4. Na área de salários e remunerações: de Gestão Estratégica de Recursos Humanos
a) Garantir a correcta aplicação da política salarial. do Estado;
5. Na área de desenvolvimento: b) coordenar a realização do diagnóstico das necessidades
de pessoal em observância ao quadro de pessoal
a) elaborar e executar planos, programas anuais e acções das instituições do seu âmbito; e
de formação de curta duração; c) submeter a lista de necessidade de pessoal ao Órgão
b) elaborar e implementar os Planos de Desenvolvimento Director Central de Gestão Estratégica de Recursos
dos Recursos Humanos; Humanos do Estado.
c) aplicar normas e critérios de selecção de candidatos
às bolsas de estudos; 3. Na área de desenvolvimento:
d) controlar e analisar os processos anuais de avaliação a) elaborar planos, programas e projectos de formação
de desempenho; e do Aparelho do Estado na cidade de Maputo;
e) planificar e realizar as promoções, progressões b) orientar e monitorar a elaboração de Planos
e mudanças de carreira dos funcionários do sector. de Desenvolvimento dos Recursos Humanos do
Estado;
6. Na área de administração de pessoal, programar,
c) acompanhar, avaliar e controlar a implementação
coordenar, controlar e executar actividades de gestão
dos planos de promoção, progressão e mudança
quotidiana de pessoal nomeadamente:
de carreira; e
a) organizar os processos individuais dos funcionários d) acompanhar, avaliar e controlar os resultados dos
e agentes do Estado; programas de formação do Aparelho de Estado.
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ARTIGO 30 b) controlar a composição dos quadros de pessoal dos


(Órgãos do SNGRHE na Cidade de Maputo) sectores e elaborar o quadro de pessoal privativo do
Compete às unidades orgânicas de recursos humanos distrito;
dos Serviços de Representação de Estado na Cidade de Maputo: c) orientar, acompanhar e controlar a implementação do
1. Na área de planificação e controlo de pessoal: SNGRHE à nível dos órgãos distritais; e
d) implementar e controlar o plano de desenvolvimento
a) planificar e controlar a Gestão de Recursos Humanos
dos recursos humanos do Estado afectos ao distrito.
do sector ao nível da província;
b) elaborar propostas de quadro de pessoal; e 2. Na área de recrutamento e selecção:
c) organizar, controlar e actualizar o cadastro a) garantir a implementação, no distrito, das regras gerais
dos funcionários do Estado no respectivo serviço. sobre o processo de recrutamento e selecção emanadas
2. Na área de recrutamento e selecção: pelo Órgão Director Central de Gestão Estratégica de
a) realizar o diagnóstico das necessidades de pessoal Recursos Humanos do Estado;
em observância do quadro de pessoal do respectivo b) coordenar a realização do diagnostico das necessidades
sector a médio e longo prazos; e de pessoal em observância ao quadro de pessoal das
b) planificar, programar e afectar o pessoal, com base instituições do distrito; e
nos resultados do concurso público. c) submeter a lista de necessidade de pessoal do respectivo
3. Na área de gestão de pessoal: distrito ao Órgão Director Central de Gestão Estratégica
a) implementar as directrizes e normas de gestão de Recursos Humanos do Estado.
de recursos humanos; e 3. Na área de desenvolvimento:
b) zelar pela aplicação das normas de higiene
e segurança no local do trabalho. a) elaborar planos, programas e projectos de formação para
área comum do Aparelho do Estado no distrito;
4. Na área de salários e remunerações:
b) orientar e monitorar a elaboração de Planos de
a) Garantir a correcta aplicação da política salarial.
Desenvolvimento dos Recursos Humanos do Estado
5. Na área de desenvolvimento: no distrito;
a) elaborar e executar planos, programas anuais e acções c) acompanhar, avaliar e controlar a implementação dos
de formação de curta duração; planos de promoção, progressão e mudança de carreira
b) elaborar e implementar os Planos de Desenvolvimento do funcionário do Estado; e
dos Recursos Humanos; d) acompanhar, avaliar e controlar os resultados dos
c) aplicar normas e critérios de selecção de candidatos
programas de formação para o aparelho de Estado a
às bolsas de estudos;
d) controlar e analisar os processos anuais de avaliação nível do Distrito.
de desempenho; e ARTIGO 32
e) planificar e realizar as promoções, progressões
e mudanças de carreira dos funcionários do sector. (Órgãos Distritais)
6. Na área de administração de pessoal, programar,
Compete aos órgãos distritais do SNGRHE:
coordenar, controlar e executar actividades de gestão
quotidiana de pessoal nomeadamente: 1. Na área de planificação e controlo de pessoal:
a) organizar os processos individuais dos funcionários a) planificar e controlar a Gestão de Recursos Humanos
e agentes do Estado; do sector ao nível distrital, de acordo com as
b) actualizar o cadastro de carreiras e funções; directrizes e planos do Governo;
c) registar e controlar a efectividade dos funcionários b) elaborar propostas de quadro de pessoal; e
e agentes do Estado; c) organizar, controlar e actualizar o cadastro dos
d) organizar e controlar os processos de contagem do funcionários e agentes do Estados do respectivo
tempo de serviço prestado ao Estado para efeitos sector.
de aposentação; 2. Na área de recrutamento e selecção:
e) assegurar o pagamento do subsídio por morte;
f) garantir a emissão dos cartões de identificação a) realizar o diagnóstico das necessidades de pessoal
dos funcionários e agentes do Estado do respectivo em observância do quadro de pessoal do respectivo
sector; sector a médio e longo prazos; e
g) garantir a assistência médica e medicamentosa dos b) planificar, programar e afectar o pessoal, com base
funcionários, agentes do Estado; e nos resultados do concurso público.
h) acompanhar, registar e divulgar as decisões 3. Na área de gestão de pessoal:
dos processos disciplinares.
a) implementar as directrizes e normas de gestão
SUBSECÇÃO IV de Recursos Humanos do Estado; e
Competências dos Órgãos Distritais b) zelar pela aplicação das normas de higiene
e segurança no local do trabalho.
ARTIGO 31
4. Na área de salários e remunerações:
(Órgão Coordenador Distrital)
a) Garantir a correcta aplicação da política salarial.
1. Na área de planificação e controlo de pessoal:
5. Na área de desenvolvimento:
a) planificar, coordenar e controlar as actividades de Gestão
dos Recursos Humanos do Aparelho do Estado no a) elaborar e executar planos e programas anuais, bem
distrito, de acordo com as directrizes e planos do como acções de formação profissional de curta
Governo; duração;
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662 I SÉRIE — NÚMERO 64

b) elaborar e implementar os Planos de Desenvolvimento ARTIGO 35


dos Recursos Humanos do Estado no respectivo
(Módulo de Elaboração do Quadro de Pessoal)
sector;
c) aplicar as normas e critérios de selecção de candidatos O Módulo de Elaboração do Quadro de Pessoal apoia
à bolsas de estudo; a definição, o número e o perfil dos FAE´s necessários para
d) controlar e analisar os processos anuais de avaliação responder aos principais objectivos das instituições.
de desempenho; e
ARTIGO 36
e) planificar e realizar as promoções, progressões
e mudanças de carreira dos funcionários do Estado. (Módulo de Recrutamento e Selecção)
6. Na área de administração de pessoal, programar, O Módulo de Recrutamento e Selecção apoia a identificação
coordenar, controlar e executar actividades e selecção de quadros no mercado de trabalho de acordo com as
de gestão quotidiana de pessoal devendo competências, especificação de carreiras e funções que respondam
nomeadamente: aos objectivos das instituições.
a) organizar os processos individuais dos funcionários
e agentes do Estado; ARTIGO 37
b) actualizar o cadastro de carreiras e funções; (Módulo de Carreiras e Remunerações)
c) registar e controlar a efectividade dos funcionários
e agentes do Estado; O Módulo de Carreiras e Remunerações apoia o desen-
d) organizar e controlar os processos de contagem volvimento profissional e o processamento da folha de salários
do tempo de serviços para efeito de aposentação; e abonos dos FAE´s.
e) assegurar o pagamento do subsídio por morte;
ARTIGO 38
f) garantir a emissão de cartões de identificação dos
funcionários e agentes do Estado; (Módulo de Gestão de Desempenho)
g) garantir a assistência médica e medicamentosa O Módulo de Gestão de Desempenho apoia o processo formal
dos funcionários e agentes do Estado; e de estabelecimento das actividades e do acompanhamento
h) acompanhar, registar e divulgar as decisões e avaliação de desempenho dos FAE.
dos processos disciplinares.
ARTIGO 39
CAPÍTULO IV
(Módulo de Administração de Pessoal)
Plataforma Informática do SNGRHE
O Módulo de Administração de Pessoal apoia a gestão
SECÇÃO I
operacional do pessoal.
Operacionalização e Estrutura do SNGRHE SECÇÃO II

ARTIGO 33 Segurança e Controlo da Informação e do Acesso

(Operacionalização) ARTIGO 40
1. O SNGRHE é operacionalizado por uma plataforma (Utilizador do e-SNGRHE)
informática de gestão, abreviadamente designada e-SNGRHE.
2. O e-SNGRHE constitui a única plataforma informática de 1. O utilizador do e-SNGRHE opera no sistema respeitando
Gestão dos Recursos Humanos do Estado. as normas e regras de segurança definidas pelo regulamento do
3. O e-SNGRHE compreende módulos e funcionalidades Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE).
que atendem a todos os procedimentos de gestão de Recursos 2. Os processos administrativos (PA) são executados no
Humanos do Estado. e-SNGRHE em observância à legalidade dos respectivos actos
4. O e-SNGRHE é operacionalizado em todos os órgãos administrativos, sua eficácia e as propriedades de segurança da
e instituições do Estado, previstos no artigo 2 do presente informação, destacando-se as seguintes:
regulamento. a) de acordo com os parâmetros da disponibilidade do
5. Compete aos Ministros que superintendem as áreas sistema e através de suas próprias credenciais, os
da função pública e das finanças aprovarem, em diploma utilizadores têm acesso assegurado ao sistema, sempre
ministerial conjunto, o manual dos procedimentos de utilização que necessário para uso legítimo, em qualquer ponto
e operacionalização do e-SNGRHE. de acesso à rede e-SISTAFE;
b) a abertura de Processos Administrativos (PA) no sistema,
ARTIGO 34 a execução de acto administrativo correspondente, ou
(Estrutura) outro, para produzir o devido efeito, deve ocorrer na
totalidade até ao encerramento do mesmo, garantindo
1. Constituem módulos do sistema informático do SNGRHE: a atomicidade;
a) Módulo de Elaboração do quadro de pessoal (MQP); c) os utilizadores do sistema obrigam-se a manter
b) Módulo de Recrutamento e Selecção (MRS); a confidencialidade da informação do processo
c) Módulo de Carreiras e Remunerações (MCR); individual (PI) dos FAE’s, não devendo partilhar ou
d) Módulo de Gestão de Desempenho (MGD); e divulgar, quer parcial ou totalmente, sem a devida
e) Módulo de Administração de Pessoal (MAP). autorização;
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3 DE ABRIL DE 2023 663

d) os utilizadores do sistema devem manter a originalidade ARTIGO 43


dos dados do PI a menos que ocorra um acto (Tipos de Cadastro)
administrativo correspondente, devidamente visado
ou anotado pelo Tribunal Administrativo, ou um facto 1. Existem 3 tipos de cadastro, nomeadamente, presencial, não
legal documentado; presencial e excepcional.
e) o utilizador do sistema é, para todos efeitos legais, 2. O cadastro é:
associado às transacções executadas no sistema, a) presencial, quando associado ao processo de ingresso
associadas ao seu perfil de acesso, não podendo do funcionário ou de contratação do agente do Estado
repudiar os PA´s e respectivos actos administrativos e habilita a inserção de dados iniciando pela abertura
executados; e criação do respectivo processo individual de
f) o Gestor de Recursos Humanos deve garantir o registo nomeação provisória ou de contrato, conforme o caso,
e as actualizações de todos actos administrativos seguindo-se a conformidade orçamental e a inserção
e dados biográficos do FAE, em todo o cíclo do visto electrónico do funcionário ou do agente, bem
profissional do funcionário ou agente do Estado, como a captação de dados biométricos;
guardando o histórico; b) não presencial, quando o processo referido no parágrafo
anterior exclui a captação de dados biométricos;
g) para as situações que legalmente beneficiam da Urgente
c) excepcional, quando se destina ao registo de utilizadores
Conveniência de Serviço (UCS), cujo início de do sistema nas instituições para a operacionalização
funções e de remunerações são anteriores ao visto do e-SISTAFE, em determinados perfis.
do TA, o PA de ingresso só encerra terminadas todas
3. O cadastro excepcional é executado apenas no Órgão
etapas inerentes, confirmando consequentemente Director Central de Gestão Estratégica dos Recursos Humanos
a não existência de irregularidade ou de alguma do Estado.
inconsistência no vínculo; e
h) para as situações que não beneficiam de UCS, ARTIGO 44
o início de funções e de remunerações ocorrem após (Locais de realização)
o encerramento do PA de ingresso.
O cadastro realiza-se em todo o país, designadamente no órgão
ARTIGO 41 director central, nos órgãos sectoriais, provinciais, da cidade de
Maputo e distritais do Sistema Nacional de Gestão dos Recursos
(Intervenientes) Humanos do Estado.
São intervenientes no processo de operacionalização
ARTIGO 45
do e-SNGRHE:
(Documentos Necessários)
a) sector responsável pela execução do acto administrativo;
b) sector que superintende as finanças, para a previsão 1. Para o cadastro dos funcionários e agentes do Estado são
da dotação e cabimento orçamental; necessários os seguintes documentos:
c) órgão de fiscalização da legalidade Administrativa; e a) ficha de cadastro devidamente preenchida, assinada
d) órgão que superintende a área da função pública. e carimbada;
b) cópia do cartão ou declaração do Número Único de
SECÇÃO III Identificação Tributária (NUIT);
Cadastro e Prova de Vida
c) título de provimento ou contrato válido visado pelo
Tribunal Administrativo;
ARTIGO 42 d) cópia do Bilhete de Identidade ou Carta de Condução
ou Passaporte;
(Cadastro) e) certificado de habilitações literárias; e
1. O cadastro dos funcionários e agentes do Estado f) declaração do Número de Identificação Bancária (NIB).
é o processo de registo e inserção, no sistema electrónico 2. No cadastro excepcional dispensa-se o NIB.
de gestão de recursos humanos do Estado, dos dados pessoais,
ARTIGO 46
profissionais e biométricos, para efeitos de validação do vínculo
laboral, arquivo na base de dados e sincronização dos mesmos (Prova de Vida)
nos subsistemas do e-SISTAFE. 1. A prova de vida do funcionário e agente do Estado efectiva-
2. O cadastro do funcionário e agente do Estado efectiva-se se no e-SNGRHE.
no e-SNGRHE. 2. A prova de vida dos funcionários e agentes do Estado é feita
3. O referido cadastro só é válido quando forem devidamente com recurso a dados biométricos, excepto em casos claramente
inseridos no sistema, cumulativamente, as seguintes informações, identificados.
relativas ao vínculo laboral do funcionário ou agente do Estado: 3. Os funcionários e agentes do Estado devem apresentar-se
anualmente nos pólos de registo para efeitos de prova de vida,
a) confirmação de cabimento orçamental;
com vista a garantir maior controlo e actualização dos dados
b) vísto do Tribunal Administrativo competente; e no e-SNGRHE.
c) existência de um lugar vago no quadro de pessoal 4. Sem prejuízo do disposto no número 3 do presente artigo,
aprovado. os funcionários e agentes do Estado podem realizar a prova
4. É nulo e de nenhum efeito o cadastro que não observa de vida, com dados biométricos, usando recursos tecnológicos
o estipulado nos números 1 e 2 do presente artigo. de acesso remoto que estejam integrados no e-SNGRHE.
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ARTIGO 47 que superintende a área da função pública, no Conselho Executivo


Provincial e no Conselho dos Serviços de Representação do
(Periodicidade)
Estado na Província e na Cidade de Maputo, ou na Secretaria
1. A prova de vida é feita anualmente. Distrital, conforme os casos, os seguintes documentos:
2. Cada funcionário ou agente do Estado deve prestar a prova a) despacho de nomeação para o exercício de funções fora
de vida durante o mês do seu nascimento. do território nacional;
b) contrato de formação, em caso de bolsa de estudos
ARTIGO 48 ou autorização expressa da formação, emitida por
entidade competente;
(Locais de realização da prova de vida)
c) declaração ou junta médica, em caso de doença.
A prova de vida decorre em todo o país, nos órgãos centrais, 8. Os documentos referidos no n.º 7 do presente artigo devem
provinciais e distritais do aparelho do Estado, através dos pólos de ser acompanhados pelos referidos no n.º 1 do artigo 49 do presente
registo devidamente identificados e na entidade que superintende regulamento.
a área da função pública.
ARTIGO 51
ARTIGO 49 (Responsabilidade na organização do processo)
(Documentos para realização da prova de vida) 1. É da responsabilidade das entidades que superintendem
1. Para a realização da prova de vida, os funcionários e agentes as áreas da função pública e das finanças garantir:
do Estado devem estar munidos dos seguintes documentos: a) a disponibilidade e operacionalidade da plataforma
informática;
a) cartão ou declaração do Número Único de Identificação b) a formação dos formadores e brigadistas do processo
Tributária (NUIT); de realização da prova de vida; e
b) título de provimento ou despacho do último acto c) o suporte técnico nos casos de avarias e qualquer
administrativo ou contrato válido visado pelo Tribunal anomalia técnica e tecnológica no decurso do processo.
Administrativo competente; 2. A entidade que superintende a área da função pública deve
c) Bilhete de Identidade ou carta de condução ou Passaporte; garantir a divulgação e a mobilização dos funcionários e agentes
e do Estado de todos os órgãos e instituições do Estado, para a
d) certificado de habilitações literárias. realização da prova de vida no período estabelecido no artigo 47
2. Para efeitos do disposto na alínea b) do n.º 1 do presente do presente regulamento.
artigo, entende-se por acto administrativo a promoção, progressão ARTIGO 52
ou mudança de carreira dos funcionários e agentes do Estado.
(Efeitos da não realização)
ARTIGO 50 1. A não realização da prova de vida no período estabelecido
implica a suspensão da remuneração do funcionário ou agente
(Tipos e abrangência)
do Estado até à data da realização da mesma.
1. A prova de vida biométrica pode ser presencial e não 2. A suspensão da remuneração pode ser levantada mediante
presencial. motivos devidamente justificados, nomeadamente:
2. A prova de vida biométrica presencial consiste na captação a) nos casos de formação no exterior com a apresentação dos
e leitura de dados biométricos nos polos de registo formalmente documentos referidos no n.º 1 do artigo 49 do presente
constituídos, para serem conferidos no e-SNGRHE. regulamento, incluindo o contrato da bolsa de estudos;
3. A prova de vida biométrica não presencial consiste b) nos casos de doentes impossibilitados de se deslocarem
na captação e leitura de dados biométricos, usando recursos até aos polos de registo com a apresentação dos
tecnológicos de acesso remoto que estejam integrados documentos referidos no n.º 1 do artigo 49 do presente
regulamento; e
no e-SNGRHE ou que tenham interoperabilidade oficialmente
c) outros motivos a ponderar pela entidade responsável
válida. pela prova de vida.
4. Excepcionalmente, a prova de vida pode não ser biométrica,
3. A não realização da prova de vida durante um período de três
nos casos em que haja impossibilidade de captação das
meses por motivos imputáveis ao funcionário ou agente do Estado
características fisiológicas únicas usadas para identificação do implica, para além da suspensão da remuneração, a instauração
funcionário e agente do Estado pelo sistema: de processo disciplinar.
a) por inexistência ou ilegibilidade destas; ou
b) por falta de dedos nas mãos. Glossário
5. Nas situações referidas na alínea a) do n.º 4 do presente Para efeitos do presente Regulamento estabelecem-se as
artigo deve ser apresentado um documento médico que confirme seguintes definições:
a inexistência ou ilegibilidade dos dados biométricos.
a) Administração de Carreiras – é a planificação, controle
6. A prova de vida pode ocorrer, excepcionalmente de forma
e a avaliação da carreira, partindo, da perspectiva do
não presencial, no caso em que o funcionário ou agente do Estado funcionário e agente do Estado, da avaliação de sua
esteja ausente, por motivos devidamente justificados, devendo, experiência profissional, adequando as necessidades
no entanto, regularizar a sua situação mediante a realização da da organização;
prova de vida biométrica presencial nos doze meses subsequentes. b) Administração de pessoal – execução de actividades
7. Para efeitos do número anterior do presente artigo, compete administrativas de carácter operacional e rotineiro de
ao respectivo gestor de Recursos Humanos submeter à entidade apoio à gestão dos recursos humanos;
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c) Avaliação de Desempenho – é a avaliação do que permite identificar e qualificar por funções


desempenho individual dos funcionários e agentes de Direcção, Chefia e Confiança, Carreiras ou
do Estado e é feita de forma sistemática e periódica; Categorias Profissionais, o número de lugares
d) Desenvolvimento de pessoal – processo permanente necessários para o prosseguimento das atribuições e o
de ampliação do potencial dos Recursos Humanos exercício das competências de um órgão ou instituição
através das acções de formação e avaliação que visam da Administração Pública;
o seu crescimento profissional através de promoções i) Recrutamento – é um subsistema dos Recursos Humanos
e progressões, a criação e o aperfeiçoamento da sua responsável pela atração de candidatos para vagas
competência técnica e profissional; de emprego disponíveis numa organização;
e) Planificação e controlo – o processo de estabelecimento j) Recrutamento e selecção – o processo de busca, atracção
de objectivos e metas a serem alcançados e de definição e escolha de candidatos que preencham os requisitos
dos meios necessários para atingi-los envolvendo exigidos para o provimento de determinadas funções,
a organização de cadastros, quadros de pessoal, carreiras e categorias;
o subsistema de informação e avaliação do cumprimento
k) Salários e remunerações – concepção, revisão,
do plano definido;
aprovação da política de remuneração, benefícios
f) Plano de desenvolvimento de Competências – é uma das
formas mais eficazes de monitorar o desenvolvimento e incentivos para os funcionários e agentes do Estado
de diferentes competências dos funcionários e agentes uniformização na sua aplicação e revisão permanente
do Estado com a finalidade de desenvolver a carreira de qualificadores profissionais e estruturas salariais.
do profissional, bem como competências necessárias l) Selecção - é o processo pelo qual são escolhidas as pessoas
para desenvolver as suas actividades profissionais; adaptadas a uma determinada ocupação;
g) Processamento de salários – é o registo mensal dos m) Supranumerário – considera-se supranumerário
montantes que são pagos aos funcionários e agentes o funcionário que se encontra em exercício efectivo
do Estado de uma Instituição. Neste registo devem de funções e aguarde a abertura de vaga no quadro
constar alguns elementos obrigatórios como o mês de por motivo de ter regressado após termo de
processamento, dados do funcionário, sua efectividade, situação de destacamento, beneficiado de promoção
as contribuições para a previdência social; e/ou progressão durante a prestação de serviços militar
h) Quadro de Pessoal – é um instrumento de planificação, e por motivo de supressão ou compressão da estrutura
orçamentação e gestão de recursos humanos, orgânica.
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Preço — 60,00 MT

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P.

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