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Índice
Introdução........................................................................................................................................4
Objectivo geral.................................................................................................................................4
Objectivos especificos.....................................................................................................................4
Características do direito.................................................................................................................7
Conclusão........................................................................................................................................9
Bibliografia....................................................................................................................................10
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Introdução
As definições de "direito" ou de "justiça" (durante largo tempo as duas noções apresentam-se
como intercambiáveis) compreendem, ambas, uma referência mais ou menos explícita à
alteridade, isto é, ao outro concebido como distinto ou diferente. Esta noção de justiça em
sentido objectivo indica a situação na qual todos e cada um dos membros do corpo social
possuem aquilo a que se convencionou chamar de "direito"
Objectivo geral
Abordar sobre direito como Norma
Objectivos específicos
Conceituar o direito e as suas Características;
Descrever Sanção e classificação;
Conhecer os destinatários da norma jurídica.
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Direito como parte integrante da realidade social Bastantes situações do quotidiano têm
revestimento jurídico, pelo que todos os dias entramos em contacto com o Direito, pois
observamos espontaneamente muitas normas jurídicas. Exemplos: quando nos dirigimos a uma
máquina e compramos um kitkat estamos a celebrar um contrato de compra e venda; quando
conduzimos uma viatura; quando entramos num autocarro; quando fazemos um requerimento;
quando respeitamos propriedade alheia; etc. Mas importa sublinhar que, no nosso dia-a-dia,
encontramos também uma multiplicidade de regras de conduta que se não revestem de
juridicidade, não são normas jurídicas: desde os hábitos alimentares às formas de vestir, aos
modos de saudar, ou ao tipo de relações que estabelecemos com as diferentes categorias de
pessoas, por exemplo. Podemos, à guisa de conclusão, dizer que nos achamos de antemão
envolvidos por uma ordem social já existente, e que dessa ordem social fazem parte normas
jurídicas e outras. O Direito, como ordem jurídica, constitui uma parte integrante e
necessariamente complementar da ordem social global.
Para Kelsen o Direito representa uma ordem à conduta humana. O Direito vale-se de um ato
coactivo para punir um delito com uma pena. Por coação entende-se a reacção Estatal às
condutas consideradas indesejáveis, reacção esta externada através da inflação de uma sanção –
sempre acompanhada de um ato impositivo ou de força nota que distinguiria o Direito dos outros
sistemas de controlo social.
Uma visão do direito esta já do âmbito estritamente jurídico que nos parece, contudo, mais
certeira será a de Karl Larenz, que nos diz que: o Direito é uma ordem de convivência humana
orientada pela ideia de uma ordem justa.
Vimos que todo o social tem um sentido. Ora, sendo o Direito um compartimento da ordem
social, é dotado, também ele, de um sentido a Justiça. Temos, assim, que não é a coercibilidade
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(a presença virtual de uma sanção) que especifica o Direito - não determina o seu conteúdo, não
faz parte da sua essência.
O Direito, para ser eficaz, tem de ser vigente tem de assentar na efectiva observância das normas
pelos seus destinatários, ou ainda na efectiva aplicação das mesmas ou das sanções por elas
impostas por órgãos para o efeito instituídos. Um complexo de normas enformado pelo ideal de
Justiça, mas que não tenha vigência positiva, não é Direito. Deste modo, dir-se-á de forma segura
que a dimensão da vigência é essencial à existência do Direito como Direito.
O Direito é obrigatório, porque tem a sua raiz na própria natureza social do homem e na
necessidade que este tem de garantir a sua forma social de vida, indispensável à sua
“humanidade”. Como tal, define a esfera de liberdade de cada um em face dos demais e da
colectividade, daí que as obrigações impostas a cada um pelo Direito sejam dotadas da qualidade
particular de juridicamente exigíveis. O não cumprimento dessas obrigações implica o benefício
ilícito de um à custa dos outros, a violação, à custa da comunidade, de regras essenciais a essa
vida comunitária. Daí que se estime como legítima e, mais, exigível a reposição das coisas no
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seu status quo ante ou o forçar ao cumprimento o devedor incumpridor, porque são aptos
intrínsecos à própria ideia de Justiça, e só se consegue esta Justiça por meio da coação.
Características do direito
As características dos direitos fundamentais são elencadas pela doutrina constitucionalista.
Dentre as diversas opções mencionadas, vamos explicar as principais:
Imprescritibilidade;
Inalienabilidade;
Universalidade;
Inviolabilidade;
Efectividade;
Complementaridade;
Irrenunciabilidade;
Relatividade;
Historicidade.
Bobbio desenvolve seu conceito de sanção a partir da observação de sua função nas sociedades
modernas. Deste feito, Bobbio associa e interrelaciona em sua análise os conceitos sociedade,
Direito e jurista. Na primeira hipótese encontrada por Bobbio, a sociedade é estável, actuando o
Direito como elemento de controlo social, regulando as relações privadas. Nestas sociedades, o
operador do Direito cinge-se a interpretar e aplicar as normas.
A segunda realidade social com a qual Bobbio se depara é a das sociedades em transformação,
onde o Direito tem sua função repressora mitigada em face ao aparecimento de novas formas de
controlo social, notadamente o controle antecipado, que incorpora várias técnicas das ciências
sociais e da comunicação de massa para conter, preventivamente, o ato antijurídico. Neste caso o
Direito encontra-se também em mutação, incumbindo ao jurista contribuir para a elaboração de
uma nova realidade jurídica.
Podemos definir norma jurídica como um conjunto de normas que compõem o ordenamento
jurídico, é responsável por regular a conduta do indivíduo, uma regra de conduta imposta, é a
proposição normativa inserida em uma fórmula jurídica (lei, regulamento), garantida pelo
Poder Público (Direito Interno) ou pelas organizações internacionais (Direito Internacional).
Compõe-se, em sua maioria, de preceito e sanção. Sua principal função é coagir os sujeitos a se
comportarem da forma por ela esperada. Tem por objetivo principal a ordem e a paz social e
internacional. Desempenha várias funções, que não devem ser confundidas com as finalidades
ideais da norma (justiça, segurança).
Conclusão
No presente trabalho conclui que o Direito é um fenómeno humano e social, não é um fenómeno
da Natureza. Sendo um fenómeno social, há uma ligação necessária e constante entre Direito e
sociedade, precisamente por essa sociedade necessitar de regras de conduta e de órgãos que
controlem a aplicação dessas regras (o Estado), recorrendo à força se necessário. A centralidade
da sanção na teoria desses autores bem como a importância que lhe é atribuída, é indiscutível;
em pelo menos dois momentos se torna claro o papel de destaque que ocupa: as normas jurídicas
só são assim consideradas se possuem cláusulas sancionadoras (o que vale para todas as normas
austinianas e para as obrigatórias em Bentham), e, sob a perspectiva funcional, a sanção
desempenha relevante papel motivacional, pois crêem que ela é a razão, ou motivo, que necessita
o destinatário das normas para cumpri-las.
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Bibliografia
BOBBIO, Norberto, Contribución a la Teoria del Derecho, ed. A. Ruiz Miguel, Valencia, 1980.
KELSEN, Hans, Reine Rechtslehre (trad. port. de J. Baptista Machado, "Teoria Pura do
Direito"), 4ª ed., Coimbra, 1976.