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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distancia

Amélia Maera Ossiua-708220069

Curso: Licenciatura em ensino de História

Disciplina: EPH

Ano de frequência:2° Ano

1° Trabalho

Quelimane Maio de 2023


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Categorias Indicadores Padrões Classificação


Pontuação Nota Sobtotal
maxima do
tutor
Estrutura Aspectos Capa 0.5
organizacionais Índice 0.5
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Conteúdo Introdução Contextualização 1.0
(Indicação clara do
problema)
Descrição dos 1,0
objectivos
Metodologia 2,0
adequada ao objecto
do trabalho
Análise e discussão Articulação e domínio 2.0
do discurso
académico (expressão
escrita cuidada,
coerência / coesão
textual)
Revisão bibliográfica 2.0
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
Aspectos gerais Formatação Paginação, tipo de 1.0
tamanho de letra,
paragrafo,
espaçamento entre
linhas
Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4.0
bibliográficas edição em citações e citações/referências
bibliográficas bibliográficas
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Índice
Introdução........................................................................................................................................4

Objectivo geral.................................................................................................................................4

Objectivos especificos.....................................................................................................................4

Metodologia.....................................................................................................................................4

A Constituição da História Como Ciência.......................................................................................5

A história humanista........................................................................................................................5

A história erudita.............................................................................................................................5

A história filosófica.........................................................................................................................6

Definição de História.......................................................................................................................7

Objecto de estudo da Historia..........................................................................................................7

Periodização da História..................................................................................................................8

Os principais historiadores que contribuíram para a cientificação da História...............................8

Métodos de Estudo da História........................................................................................................9

Conclusão......................................................................................................................................10

Bibliografia....................................................................................................................................11
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Introdução
A história era definida como “ciência” e essa ciência nova se inscrevia, de acordo com a
ideologia herdada das Luzes e da Revolução Francesa, na linha de um progresso. Este, de acordo
com Monod, estava situado em uma dupla perspectiva: por um lado, o progresso desinteressado,
na medida em que ilustrava o “espírito científico” próprio às “ciências morais” – diria, hoje,
ciências humanas e sociais; por outro, o progresso útil, e mesmo utilitário, na medida em que não
podia ser separado de sua contribuição à “direcção da sociedade moderna”.

Objectivo geral
Abordar sobre a Constituição da História Como Ciência.

Objectivos especificos
Descrever os caminhos para a consolidação da História como ciência;
Identificar o objecto de estudo da História, tendo em conta o caminho percorrido;
Mencionar os principais historiadores que contribuíram para a cientificação da História.

Metodologia
Para a produção do trabalho, recorreu se a consulta de obras bibliográficas de vários autores que
versam sobre o tema
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A Constituição da História Como Ciência


Os modelos antigos moldaram a herança que a época moderna legou, entre os séculos XVI e
XVIII, em relação às concepções da história. Três grandes correntes, nas quais os historiadores
antigos ocuparam uma função essencial, formaram-se, coincidindo, parcialmente, de modo
sincrónico: a história humanista, a história erudita e a história filosófica.

A história humanista
A primeira a tomar forma, desde a redescoberta da literatura antiga, foi a história humanista,
essencialmente, de inspiração ciceroniana. As obras completas de Cícero foram editadas, a partir
de 1465, na Itália, pouco depois do aparecimento da tipografia (1436). Cícero foi o autor antigo
mais lido, mais estudado e mais editado até a Revolução Francesa. A história humanista, que ele
inspirou, abrangia dois aspectos, estreitamente, ligados.

A história dominava então a busca da perfeição de uma arte oratória que repousava sobre um
ideal de simplicidade. Tratava-se de um ideal cultural proveniente da Antiguidade e, para a
história, essencialmente, de Cícero (esse ideal exprimia-se também – com nuances que não
vamos analisar aqui em Dionísio de Halicarnasso e em Quintiliano). Cada um designava então,
como faziam os próprios Antigos, um historiador que lhe parecia melhor corresponder a esse
ideal (Heródoto, na obra de Dionísio, por exemplo; numerosos foram os debates acerca do estilo
de Tucídides no século I a. C.). Dessa mesma maneira, os teóricos definiram a escrita da história
desde a metade do século XV.

A história erudita
A segunda grande concepção da história a história erudita que se desenvolveu a partir do século
XV, também era inseparável da redescoberta dos Antigos. Ler suas obras implicava um
conhecimento erudito da língua e dos textos. Desde a primeira metade do século XV, Leonardo
Bruni e Lorenzo Valla estavam entre os primeiros a insistir sobre esse aspecto e a testar os seus
limites (Valla traduziu Heródoto e Tucídides para o latim).

É preciso, porém, observar que a tradição da história erudita não se desenvolveu de maneira
uniforme na Europa. Ela foi estimada, nos países do Norte, de tradição protestante, como
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Alemanha, Países Baixos e Inglaterra. Contudo, a França manteve-se distante dessa vasta
corrente por duas razões. Por um lado, os protestantes, ameaçados pelo poder real no século
XVII, tomaram o caminho do exílio, um exílio obrigatório a partir da revogação do Édito de
Nantes em 1685.

A história filosófica
Os trabalhos dos “antiquários”, os mestres da “história” erudita, encontraram como obstáculo, a
partir da segunda metade do século XVII, os primórdios do espírito filosófico. De acordo com
essa corrente de pensamento, se a história merecia ser acompanhada, era para encontrar nos fatos
uma ordem “racional” e um “progresso” na sucessão cronológica dos tempos. Não seria o seu
único fim acumular dados, o que pertencia, unicamente, à memória. Por isso, D’Alembert, um
dos arquitetos do grande projeto da Enciclopédia, classificou, no “Discours préliminaire”, a
erudição no último lugar dos saberes, acusando-a de fazer intervir apenas a memória (GRELL
1993).

Do mesmo modo, Voltaire, no artigo “Histoire”, renunciou aos períodos que exigiam a consulta
de arquivos como sendo “o labirinto tenebroso da Idade Média” e pediu que, em relação à
Antiguidade, nos contentássemos com o relato dos historiadores (VOLTAIRE 1765, pp. 221,
223).

Costuma-se dizer que Heródoto é o “pai da História”, e esta é uma das mais poderosas frases de
efeito que costumam ser evocadas como epígrafes nos manuais historiográficos. A idéia de que a
história tem “um pai”, seja este o antigo historiador grego Heródoto (485-429 a.C) ou qualquer
outro, extrai sua força do fato de que nos obriga a formular um pensamento que é ainda mais
importante para a formação dos historiadores nos dias de hoje: a ideia de que “a História tem
uma história”. É igualmente instigaste, aliás, lidar com este contraste entre a “História”,
enquanto campo de conhecimento ou disciplina universitária (ou mesmo enquanto “discurso”
que se estabelece sobre os processos históricos), e a “história”, enquanto devir que a tudo arrasta
em seu interminável jogo de processos e acontecimentos.
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Definição de História
A História é uma ciência que estuda o desenvolvimento do Homem ao longo dos tempos
(passado, presente e futuro) e é considerada uma ciência porque tem um objeto de estudo e um
método próprio.

O objecto da história é o Homem e seu método é o processo que o historiador utiliza para
construir a História, isto é, o historiador deve recolher informações que organiza, selecciona
criticamente, analisa, interpreta, coloca hipóteses de explicação e, por último, escreve uma
síntese.

Durante este processo o historiador recolhe informações de documentos históricos não escritos
(ex.: mobiliário, roupa, utensílios) e de documentos históricos escritos (ex.: diário, livros,
pergaminhos). Quando o historiador tem alguma dúvida ou deseja completar a sua investigação
recorre muitas das vezes às ciências que podem auxiliar a História, tal como exemplo, a
Arqueologia, a Paleografia, a Numismática, a Geografia, entre outras.

Os estudos em História adoptam uma metodologia organizada em cinco grandes áreas,


nomeadamente, localização, cultura, sociedade, política e economia, pois só assim se pode
compreender o processo de evolução do Homem ao longo dos tempos.

No processo para construir a História o historiador deve localizar no tempo (através da


cronologia – ciência que estuda o tempo e as suas principais divisões) e no espaço (através de
mapas, plantas, maquetes, entre outros) os acontecimentos investigados e observados.

Objecto de estudo da Historia


A História, já se disse algures, é a única disciplina que traz em sua própria designação um nome
que coincide directamente com o seu objecto de estudo. História (historiografia) é, de um lado, o
discurso e o tipo de conhecimento que um historiador elabora; mas é também o nome do seu
próprio objeto de estudo: o campo processual dos acontecimentos. Assim, enquanto a Geografia
estuda a Terra, e a Física estuda os diversos fenómenos físicos, e a Crítica Literária estuda a
Literatura, a História dedica-se a estudar a própria história. Não raro esta coincidência entre o
nome de uma disciplina e a designação de seu próprio objeto de estudos produz ambiguidades,
razão pela qual frequentemente a História enquanto campo de conhecimento ou prática
disciplinar costuma ser referida.
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A história é uma ciência que estuda a vida do homem através do tempo. Ela investiga o que os
homens fizeram, pensaram e sentiram enquanto seres sociais. Nesse sentido, o conhecimento
histórico ajuda na compreensão do homem enquanto ser que constrói seu tempo.

Periodização da História
 
Para facilitar o estudo da História ela foi dividida em períodos:
Pré-História: antes do surgimento da escrita, ou seja, até 4.000 a.C.
Idade Antiga (Antiguidade): de 4.000 a.C. até 476 (invasão do Império Romano).
Idade Média  (História Medieval): de 476 a 1453 (conquista de Constantinopla pelos
turcos otomanos).
Idade Moderna: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa).
Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje.

 Para concluirmos e percebermos melhor a forma de organizar os estudos na História vamos


expor um exemplo em que o historiador tem de analisar a formação dos reinos bárbaros na
Europa. A primeira etapa é delimitar o horizonte temporal do processo e delimitar
geograficamente os reinos formados. Depois analisar a nível social, económico, político e
cultural quais os impactes negativos ou positivos, quais as principais alterações ou quais as
adaptações significativas que ocorreram nestes campos de análise durante a formação dos reinos
bárbaros.

Os principais historiadores que contribuíram para a cientificação da História


O conceito da História é multidimensional. Segundo Marc Bloch (1886-1944), a História é uma
Ciência dos Homens no Tempo e no Espaço. Para ele a História estuda o Homem em sociedade o
que tem levado a alguns pensadores a elucidarem a um direito a História como um estudo das
sociedades humanas, pois segundo estes, a História não estuda quaisquer sociedades, mas estuda
sociedades humanas.

Para Lucien Febvre, retomando as ideias de Bloch, segundo as quais a História é a ciência dos
homens, ele considera a História como a Ciência da mudança perpétua das sociedades humanas,
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o seu perpétuo é necessário reajustamento às novas condições de existência material, política,


moral, religiosa e intelectual.

Concluindo, podemos definir a História como a Ciência que estuda a vida dos Homens na sua
relação espácio-temporal ou seja ciência que estuda a vida do Homem no tempo e espaço. Para
alguns historiadores, a História não pode ser concebida como ciência, pois segundo estes, ela não
tem um carácter de determinação absoluta da causalidade. Para Paul Veyhe, por exemplo, a
História não passa de um romance verdadeiro.

Heródoto é considerado o primeiro historiador, tanto actualmente como na antiguidade.


Tucídides estabeleceu posteriormente a base racional e metodológica de uma historiografia
nascida como reacção frente do irracional da mitologia grega.

Métodos de Estudo da História


Tal como outras ciências, a História apresenta o seu método de estudo como vista a aprender o
objecto. Para se tornar ciência e se reconhecer como tal, ela teve que passar pela elaboração de
métodos que fossem universais e os passos por ela seguidos fossem aceites pelos demais
historiadores. Este método é chamado de crítica histórica (HOWELL, M., PREVENIER, W
2001).

A Crítica Histórica é segundo A. Da Silvarego a etapa da Ciência Histórica que tem por
finalidade determinar o valor dos documentos e dos seus testemunhos. Por outras palavras, a
Crítica Histórica é a operação cuja finalidade é a depuração das fontes a fim de que o Historiador
possa delas se basear para o conhecimento do passado humano. A crítica Histórica compreende
duas operações fundamentais a saber: uma de análise e a outra de síntese.
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Conclusão

No presente trabalho conclui que o processo para construir a História o historiador deve localizar
no tempo (através da cronologia ciência que estuda o tempo e as suas principais divisões) e no
espaço (através de mapas, plantas, maquetes, entre outros) os acontecimentos investigados e
observados. A cultura é tudo o que o Homem faz ou influência, exposto isto, todos os
comportamentos do Homem são culturais. A cultura comunica-se desde o dia do nascimento
através dos sentidos, na escola, mais tarde no trabalho até morrermos, sendo assim, interessa ao
historiador perceber que manifestações culturais ocorrem em determinado espaço e tempo e o
porquê das mesmas.A sociedade é um conjunto de pessoas que está ligada a grupos ou camadas
sociais, como as Ordens, Classes, Castas, entre outras. A sociedade ao longo da história
apresentou diversos tipos de organização. No início os grupos de pessoas eram constituídos por
indivíduos com um interesse comum: a sobrevivência. 
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Bibliografia
GRELL, Chantal. L’Histoire entre Érudition et Philosophie: étude sur la Connaissance
Historique à l’Age des Lumières.

HERODOTO. História. Brasília: editora Universidade de Brasília, 1988;

HOWELL, M., PREVENIER, W. (2001), From reliable sources. An introduction to historical


methods, Cornell University Press;

VEYNE, Paul. Como se Escreve a História. Brasília: UNB, 1982;

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