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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

Tema: Universalidade e Particularidade da Filosofia

Nome: Oldimiro Fernandes Da Conceição Dauce


Código:708223984

Licenciatura em Ensino de Ensino de História

Disciplina: Introdução à Filosofia

Ano de Frequência: 2º Ano 2023

Docente: Zaino Valegy

Beira, Maio de 2023


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Folha de Feed back


Categoria Categorias Padrões Pontuação Nota Subtotal
indicadoras Máxima do
tutor
Estrutura Aspectos  Capa 0,5
organizacionais  Índice 0,5
 Introdução 0,5
 Discussão 0,5
 Conclusão 0,5
 Bibliografia 0,5
Conteúdo Introdução  Contextualização 1,0
(indicação clara
do problema)
 Descrição dos 1,0
objectivos
 Metodologia 2,0
adequada ao
objecto do
trabalho
 Articulação e 2,0
domínio do
discurso
académico
(expressão
escrita cuidada
coerente/coesão
textual)
Análise e  Revisão 2,0
discussão bibliográfica
nacional e
internacional na
área de estudo
 Exploração dos 2,0
dados
Conclusão  Contributos 2,0
teóricos práticos
Aspectos Formatação  Paginação, tipo 1,0
Gerais de tamanho de
letra, parágrafo,
espaçamento
entre linhas
Referência Normas APA  Rigor e coerência 4,0
Bibliográficas 6ª edição em das
citação e citações/referênc
Bibliografia ias bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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INDICE

1. Introdução ……………………………………………………………………………..5
1.2 Metodologia …………………………………………………………………………...5
2. Universalidade e particularidade da Filosofia ………………………………………...6

2.1. Diferença entre universalidade e particularidade da Filosofia………………………..6

2.2. Universalidade da Filosofia …………………………………………………………..6

2.3. Particularidade da Filosofia …………………………………………………………..7

3. Função da Filosofia …………………………………………………………………..7

Conclusão ………………………………………………………………………………..10

Referências bibliográficas ………………………………………………………………..11

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1. Introdução

O presente trabalho fala sobre a universalidade e particularidade da Filosofia.

A Filosofia é uma disciplina que está presente em todos os tempos e lugares. Desde a
antiguidade foi considerada a mãe de todas as ciências, pois ela busca a verdade na sua
totalidade. Este trabalho tem como objectivo geral conhecer a universalidade e particularidade
da filosofia, e, os objectivos específicos são:

 Identificar universalidade e particularidade da Filosofia;


 Diferenciar universalidade e particularidade da Filosofia.

1.2. Metodologia

A metodologia usada para o trabalho foi o método dedutivo porque ela acredita em verdades
já afirmadas que são utilizadas como base para o trabalho científico e para a retirada das
novas conclusões.

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2. A universalidade e a particularidade da Filosofia

A universalidade da Filosofia verifica-se nos problemas e não na sua solução ou resolução,


pois a solução está em consonância com as condições concretas de cada sujeito – a
particularidade. Daí que o universal alberga em si a particularidade.

Os problemas que a Filosofia levanta são problemas da humanidade (universais), que resultam
da acção do Homem (particular) medida que a consciência se vai desenvolvendo ou
contruindo a sua realidade material e espiritual.

A Filosofia é, ainda, um saber universal, pois exprime preocupações e problemas que dizem
respeito à humanidade em todas as suas dimensões.

Uma reflexão torna-se filosófica a partir do momento em que busca explicação sobre os mais
profundos problemas relacionados com o amor como categoria filosófica, o da amizade, o da
beleza ou justiça. Ao levantarmos estes problemas estaremos além do particular e estaremos a
entrar numa reflexão universal.

O Homem, ser frágil, marcado ao longo da sua existência por situações – limites como a
morte, o acaso, a culpa, a insegurança o desamparo, é, então, fortemente controlado com
questões sobre si próprio, sobre o mundo e o sentido da vida. E é na obscuridade em que
tantas vezes se encontra que nasce a ânsia de uma orientação Filosófica.

Em Filosofia não si pode falar com propriedades do universal sem alusão ao particular,
pois os dois conceitos anulam-se mutuamente no tempo e espaço.

2.1. Diferença entre a universalidade e a particularidade da Filosofia

2.2. A universalidade da Filosofia

A universalidade da Filosofia pode ser entendida em diferentes sentidos:

 No primeiro sentido, universalidade da Filosofia quer dizer, que todos os Homens são
filósofos; este sentido radica no facto de todo o Homem ter razão. Tal universalidade
conduziu à distinção entre um filosofar espontâneo, presente, em todo o Homem, e um
filosofar sistemático, especifico dos filósofos.
 Em segundo sentido, mais clássico, a universalidade da Filosofia significa: a ciência
do universal e do ser. Como afirma Santo Tomás de Aquino: "a Filosofia é sabedoria

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no sentido em que, conhecendo o universal, ela conhece, através dele, todos os
singulares que revelam desse universal".
 Em terceiro sentido, a universalidade da Filosofia pode ser entendida como a
construção de um sistema de verdades universais. Foi este projecto de Descartes que
procurou encontrar um fundamento, evidente e indubitável, a partir do qual
dedutivamente contruiu um sistema filosófico.
 Em quarto sentido, pode-se falar da universalidade da Filosofia porque alguns de seus
problemas são universais, isto é, referem-se à existência do Homem. Tais problemas,
apesar de serem formulados por um filósofo exprimem inquietações e esperanças que
são próprias da humanidade. O filósofo, ao transmutar o vivido para o plano de
pensado, universaliza uma dada situação e enuncia-a como problema. Como diz Paul
Ricoeur; ora, a forma universal da questão é o problema. O filósofo ao pôr
universalmente em forma de problema, exprime dificuldade que lhe é própria.

2.3. Particularidade da Filosofia

Quanto à particularidade da Filosofia consiste no estudo particular de cada filósofo, isto é,


sabido por todos que um filósofo é alguém que pertence uma determinada sociedade e, cada
sociedade possuem, suas tradições, hábitos e costumes, diferentes dos outros. É a partir desse
contexto social, politico, religioso e económico que o pensamento filosófico particular. A
particularidade da Filosofia também reside no facto de ela ser constituída por respostas e
teorias particulares, uma vez que cada filósofo busca responder aos problemas da sua época
usando métodos: a reflexão (análise crítica) e a justificação lógico-racional.

3. Funções da Filosofia

A Filosofia é uma maneira de estar no mundo, é o modo de existir. Como tal, não deve ser
vista apenas como uma procura de compreensão e interpretação do mundo. Na verdade, o
esforço de se apropriar do real passa pela maneira como o Homem interpreta a realidade, mas
também como ele se situa perante ela. Disto resultam as várias diferentes maneiras de estar no
mundo, os vários e diferentes modos de existir, as várias dimensões da existência humana.

O Homem não só pensa e comunica com os outros, não só procura compreender e interpretar
a ordem do mundo ou ordenar o «caos cósmicos», como também sabe que pensa e pensa

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sobre o seu próprio pensamento, formulando para este princípios e regras que o tornem
coerente. O Homem pensa também no «além», venerando um ente que não conhece, embora
encontrado nele o sentido da sua existência. O Homem também goza a felicidade e sofre a dor
do trabalho, do jogo, da espera, da descoberta, do desejo, etc. O Homem manifesta-se, com
efeito, em planos diferentes: pensar, sentir e agir. Todos estes planos podem ser agrupados
em dois: o teórico e o prático, contudo, há razões suficientes para afirmar que o Homem é um
ser teórico e prático.

Pela etimologia da palavra, a Filosofia satisfaz, nos dois planos, o desejo de saber: saber
pensar (plano teórico).

Uma pergunta interessante, diz que não vemos nem ouvimos ninguém a perguntar o para que
das ciências tais como: Matemática, Física, Geografia ou Geologia, Historia ou Sociologia,
Biologia ou Psicologia, e outras. Mas todas as pessoas acham muito natural perguntar: Para
que Filosofia?

Esta pergunta recebe em geral, uma resposta irónica, conhecida dos estudantes da Filosofia,
como sustenta Marinela Chaui, "a Filosofia é uma ciência com a qual e assim qual o mundo
permanece tal e qual, isto é, a Filosofia não serve para nada e filósofo é alguém sempre
distraído com a cabeça no mundo da lua, pensando i dizendo coisas que entende e que são
perfeitamente inúteis".

Todas pretensões das ciências pressupõe que acreditam na existência da verdade, de


procedimentos correctos para o bem usar o pensamento, na teologia como a aplicação praticas
de teorias, nas racionalidades de conhecimentos porque podem ser corrigidos e aperfeiçoados.
Tudo isto não é ciência, são "questões filosóficas".

Para dar mas valor formativo do ensino da Filosofia faz-se valer segundo o seu conteúdo:

 Ela desenvolve as capacidades de análise, de literatura e de abstracção no Homem;


 Segundo karl Jasper ele é uma atitude de procura incessante de respostas de um
problema que assaltam o espirito humano nas suas diferentes circunstâncias da sua
existência;
 Ela induz o sentido de questionamento e do problemático;
 Alarga as técnicas de argumentação e conduz ao desenvolvimento do raciocínio;
 Instaura no Homem uma distância critica e convida um regresso reflexivo sobre si e
sobre as condições de possibilidade de um pensamento;

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 Segundo White Hea o seu papel é fornecer uma explicação orgânica do universo;
 Ajuda o Homem a criticar o seu próprio pensamento e aos pensamentos dos outros, os
saberes e opiniões, a valor, as crenças e os poderes;
 Proporciona ao Homem a capacidade de ser tolerante perante as opiniões e interesses
alheios;
 Segundo Espinosa, ela apresenta-se como um caminho árduo e difícil, mas que pode
ser percorrido por todos os que desejarem a liberdade e felicidade;
 Para Max, guia o Homem para conhecer e transforma-lo com vista a trazer justiça
abundante, e felicidade para todos;
 Para Marlene Sonty, desperta do Homem para ver o mudar do mundo;
 Ajuda o Homem a abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum;
 Guia o Homem a buscar a compreensão e a significação do mundo, conhecimento e
sentido das criações humanas nas artes, na ciência e na política.

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Conclusão

A Filosofia é ainda um saber universal, pois exprime preocupações e problemas que procuram
a Humanidade durante todos os tempos.

Quanto à universalidade da Filosofia consiste no estudo global dos problemas da humanidade,


no que tange a resolução destes problemas, ela empenha-se na busca incansável, do modo a
trazer soluções credíveis, aceite por todos os Homens em qualquer canto do mundo, isto é, faz
uma reflexão sobre a realidade da experiencias vivida, de tal modo a encontrar uma conduta
aceite por todos. Quanto à particularidade da Filosofia consiste no estudo particular de cada
filósofo, isto é, sabido por todos que um filósofo é alguém que pertence uma determinada
sociedade e, cada sociedade possuem, suas tradições, hábitos e costumes, diferentes dos
outros. É a partir desse contexto social, politico, religioso e económico que o pensamento
filosófico particular.

A Filosofia é a mais útil de todas as ciências e saberes que os humanos são capazes, ela difere
de outras disciplinas cientificas pelo reconhecimento implícito de uma universidade de
pensamento desembaraçando das escorias das dosas.

A Filosofia permite a formulação do pensamento segundo uma lógica racional. A


racionalidade do pensamento excede a realidade científica, isto é, ela pode preparar um
pensamento racional no domínio em quanto o Homem excede a ciência.

Também e verdade que o ensino de Filosofia não se contenta em jogar o papel no conjunto de
funções existentes, mais que ela se confunde com essa função. Sem ela o Homem fica privado
não um elemento de cultura substituível por outro, mais sim de transformar-se com a
educação.

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Referências bibliográficas

CHAMBISSE, Ernesto Daniel; COSSA et al. A Emergência do Filosofar. Filosofia 11˚ / 12˚
Classe. 1˚ Edição; S. Paulo, 2003.

CHAMBISSE, Ernesto Daniel; COSSA, José Francisco. Fil11 – Filosofia 11˚ Classe. 2˚
Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.

CHAUL, Marlene, convite a Filosofia, ética editora, 10˚ edição, p. 12.

CHAUL, Marlene, convite a Filosofia, ética editora, 13˚ edição, S. Paulo. 2003.

JASPERS, Karl. Introdução ao Pensamento Filosófico, editora Cultrix, S. Paulo, s/d.

RAMPAZZO, Lino. Metodologia Cientifica; Para alunos dos cursos de graduação e pós-
graduação; 3˚ edição; Edições Loyola; S. Paulo, 2002.

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