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Quelimane, Julho, 2022
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tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos
Introdução 0.5
Estrutura organizacion
ais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Conteúdo Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução Descrição dos
1.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Análise e Articulação e domínio
discussão do discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA
Referências Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfic citações/referências 4.0
citações e
as bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução.................................................................................................................................0
1.2. Objetivos....................................................................................................................................1
1.2.1.Geral………………………………………………………………………………………...1
1.2.2. Específicos..............................................................................................................................1
1.3. Metodologias.............................................................................................................................1
2. Revisão Bibliográfica..................................................................................................................2
3. Conclusão.................................................................................................................................8
4. Referências Bibliográficas........................................................................................................9
1. Introdução
As contribuições oferecidas especialmente pelos cientistas em torno da temática da vontade livre
são originais e apresentam novas possibilidades de tratamento de questões que evocam a natureza
da liberdade das ações ou intenções das pessoas em diversas situações. No entanto, dos pontos de
vista filosófico e conceitual, alguns cientistas acabam abordando tais questões de maneira
inadvertidamente grosseira. Cabe ao indivíduo familiarizado com a metodologia filosófica,
portanto, apontar quais são os equívocos cometidos por esses especialistas em diferentes áreas
científicas no tocante ao uso dos conceitos envolvendo a vontade livre. É exatamente isso que nos
propomos a fazer na presente apreciação: na primeira seção, serão apresentadas algumas
contribuições realizadas por um cientista que, por sua vez, contêm conclusões originais acerca da
vontade livre, cujo conteúdo carece, todavia, de certo grau de refinamento conceitual; a segunda
seção conduzirá o leitor a familiarizar-se com alguns conceitos usualmente utilizados para
abordar a temática da vontade livre em um verbete de dicionário de filosofia; finalmente, na
terceira seção, apresentaremos algumas contribuições envolvendo a temática da vontade livre
que, do ponto de vista filosófico.
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1.2. Objetivos
1.2.1. Geral
Estudar a Livre Vontade do ser Humano
1.2.2. Específicos
Saber A ação livre e sua relação com as origens e as condições do comportamento
responsável envolvem a vontade livre
Diferencias conceitos como determinismo, compatibilismo, determinismo duro e
libertarismo
1.3. Metodologias
Para a realização deste trabalho foi necessário a consulta bibliográfica e pesquisa documental.
Também foi imprescindível material já elaborado principalmente em livros e artigos científicos.
2. Revisão Bibliográfica
2.1. A conceituação filosófica da vontade livre
O emprego da expressão 'vontade livre' para referir-se, digamos, à liberdade da ação ou
autonomia da vontade de um indivíduo é estranho até mesmo para especialistas em filosofia.
Estamos acostumados no mundo de língua portuguesa, ao menos a empregar a expressão 'livre
arbítrio' de maneira bem mais frequente do que a expressão 'vontade livre'. (Brembs, 2011, pp.
930-931).
Não está errado afirmar que a expressão 'livre arbítrio' significa liberdade da ação ou autonomia
da vontade em certos contextos, e o seu emprego para situações cotidianas é completamente
aceitável e até mesmo justificável. Como veremos abaixo, o emprego da expressão 'livre arbítrio'
em trabalhos acadêmicos é desaconselhável, o que justifica o fato de não a termos incorporado a
este trabalho.
A expressão 'livre arbítrio' está carregada de diferentes conotações em países com uma forte
tradição católica, como é o caso do Brasil e Portugal, por exemplo. Nesses lugares, é comum que
se use a expressão 'livre arbítrio' para referir-se tanto à liberdade da ação ou autonomia da
vontade, como também a uma espécie de liberdade inerente a todos os indivíduos, proveniente de
Deus, de acordo com a tradição católica. . (Brembs, 2011, p. 935).
É em função dessa conotação religiosa que a expressão 'livre arbítrio' pode assumir em contextos
específicos, que alguns tradutores e autores preferem traduzir a expressão 'free will' do inglês,
para 'vontade livre', em português, ou simplesmente utilizar a última para referir-se
preferencialmente à liberdade da acção ou autonomia da vontade em seus trabalhos acadêmicos.
(Tomis Kapitan 2011),
Sabemos, é claro, que mesmo a expressão 'vontade livre' pode possuir significados diferentes de
'liberdade da ação' ou 'autonomia da vontade', mas empregar 'vontade livre' em vez de 'livre
arbítrio' poupa-nos de abrir margens para interpretações ainda mais abrangentes do significado
(ou dos significados) da expressão que exploramos neste trabalho. Uma vez explicadas as razões
que nos levaram a empregar a expressão 'vontade livre' em vez da expressão 'livre arbítrio',
passemos à exploração e consequente conceituação do ou dos significados da vontade livre.
É importante mencionar, antes de mais nada, que optamos por conceituar a vontade livre a partir
do verbete Problema da vontade livre, do Dicionário de Filosofia de Cambridge, pois acredita-se
que o conteúdo encontrado em tal verbete é capaz de explicar satisfatoriamente a maior parte das
nuances relacionadas à temática da vontade livre, ao mesmo tempo que se mantém fiel à
metodologia tipicamente empregada em manuais de filosofia. (Tomis Kapitan 2011),
Depois, mesmo sabendo que do ponto de vista acadêmico é interessante utilizar mais do que uma
fonte para servir de base para uma conceituação de uma questão ou temática como a da vontade
livre, pretendemos evitar estender-nos demasiadamente nesta seção. Para começar, embora
tenhamos consciência de que não existe tal coisa como um único e abrangente problema da
vontade livre, apostamos na possibilidade dessa ser melhor explorada, e talvez até mesmo
conceituada, através de uma problematização de seu ou seus significados(Sayés, 2003, p. 300).
De acordo com Kapitan (2011, p. 757), “o problema da natureza da ação livre e sua relação com
as origens e as condições do comportamento responsável envolvem a vontade livre”. Fica claro,
nessa passagem, que Kapitan busca conceituar a vontade livre exatamente desse modo, isto é,
através de uma problematização de seu ou seus significados.
Além disso, ele parece sugerir, em tal passagem, que tal problematização exige, ainda, a
compreensão de alguns conceitos interconectados entre si, sem os quais uma conceituação
minimamente adequada da vontade livre tornar-se-ia inviável. Assumindo que por 'ação livre'
Kapitan quer dizer “toda ação desimpedida por outros agentes ou eventos”, entendemos que, para
podermos considerar-nos livres, necessitamos que as nossas ações possam ocorrer livremente
sem serem submetidas a intervenções de terceiros ou de eventos que venham a eventualmente
frustrá-las. (Sayés, 2003, p. 306).
Por sua vez, “as origens e as condições do comportamento responsável” devem ser entendidas, na
linguagem de Kapitan, como as situações em que um agente pode ser considerado responsável
por suas ações, levando-se em conta as implicações que uma posição específica acerca da
vontade livre, como, digamos o determinismo ou o compatibilismo, pode ter em relação à vida do
mesmo, se verdadeira.
Ainda segundo Kapitan (op. cit., p. 758), as discussões em torno dessa questão envolvem
deliberar se a liberdade “é atribuída apropriadamente à vontade ou ao agente, ou às ações,
escolhas, deliberações, etc”.
Finalmente, de acordo com Kapitan, não podemos esquecer de sempre ter em mente o significado
que estamos atribuindo aos conceitos de 'livre' ou 'liberdade' toda vez que formos falar de vontade
livre, pois eles são conceitos centrais para uma boa compreensão desse tema. Dois elementos são
comuns à maioria das interpretações de “livre”.
Podemos concluir, que não são as leis e limites que determinam o ser, mas o reconhecimento da
liberdade como ponte a plenitude do bem. Antes de citarmos a liberdade enquanto princípio do
homem diante a realidade, iremos determinar e distinguir como é formado a ação do homem e
sua vontade, para alcançar a liberdade consciente para o bem. Chamamos de ação voluntária
aquela que procede de um princípio intrínseco (origina no sujeito a faculdade de conhecer) com
conhecimento formal (conhece para assim agir) do fim (objeto da vontade).
Como diz Marciano (1983) “o agir humano é aquele auto possuído pelo homem quanto a sua
claridade (conhecimento da mente) e quanto a sua força (intervém o compromisso da vontade)”;
esta vontade é contida no homem para que possa assim explorar suas competências cognitivas,
afetivas, interpessoais para alcançar o fim, o bem.
Como Luño (1992) menciona, “a voluntariedade é consciente guiada e ordenada pela razão, ativa
e auto referencial” dotando o homem de vontade e liberdade. Nesta atividade deste sujeito moral
podemos encontrar dois tipos de atos; os elícitos e imperados.
• Ação imperfeitamente voluntária: não comprido alguma das condições torna-se imperfeita
originado por dois motivos: o Imperfeição no conhecimento formal do fim no momento do agir
(dificuldades no conhecer); o Imperfeição no movimento da vontade para o objeto (repugnância,
indecisão);
• Ação involuntária: existe um requisito que diferencia da ação não voluntária; a contrariedade
ou oposição ao ato habitual da própria vontade (violência);
• Ação mista: quando há voluntariedade e involutariedade, quando pessoas sãs realizam ações
livres, porém não respondem a uma livre iniciativa pessoal. Exemplo claro é o ser humano diante
uma situação difícil decide, porém não vence as suas repugnâncias.
J. P. Sartre (1984), filósofo francês, o representante deste pensamento foi que defendeu, o homem
na sua origem e finalidade estão repousadas unicamente na liberdade, estaríamos assim
“condenados a liberdade”. Esta pseudoliberdade gerou um fracasso, pois, não se concretiza na
verdade real e pessoal, “pois a liberdade não livra, o que livra é a verdade livremente buscada.”
A liberdade encontra no homem a fundamentação de suas atitudes e vontades, pois ele é dotado
desta como “sujeito que refere-se a si mesmo, se compreende e se põe a si mesmo; por último não
faz algo, senão que se faça a si mesmo” (Vidal, Rahner, Apud 1983, P. 301).
• Liberdade de coação: tornaria a pessoa oprimida por agentes externos (violência, pressão
psicológica ou física);
• Liberdade de eleição: dada pelo homem capaz de eleger e determinar-se a si mesmo, livre
arbítrio, o homem é a causa e princípio de todos os seus atos;
• Liberdade no sentido ético: se realiza no bem moral e na verdade. A liberdade só tem sentido
quando se usa como instrumento da verdade e do bem, como cita o apóstolo João na Sagrada
Escritura, “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8, 32).
Somente a liberdade, na verdade, torna o homem pleno. Em suma, o ser humano na inevitável e
contínua vida, sempre será dotado de responsabilidades, ou seja, respostas que a vida exigirá. E o
homem autêntico será, o homem plenamente livre e maduro, que possui a si mesmo e determina
as linhas da própria existência, não já, sob a pressão externa, mas sobre a base de decisões
pessoais e livres, consciente de suas escolhas, meios e finalidades.
3. Conclusão
Chegados ao término do presente trabalho, conclui-se que de facto, é possível conhecer a pessoa
na sua totalidade diante das suas atitudes, palavras e escolhas que são expressas livremente diante
a realidade vivida. O sujeito moral, é direcionado ao um começo, meio e fim, cuja, trajetória é
marcada por atos, que podem ser classificadas por consensos, visões amplas da realidade, limites,
normas que buscam não o bem individual, mas de toda uma multiplicidade. Defende-se que
apenas um conceito é necessário para compreendermos a liberdade ou determinação da ação ou
intenção de um indivíduo: o conceito de autonomia natural. Concluindo, o conceito de autonomia
natural, é bem mais restrito que o conceito de vontade livre, e, por isso, consegue ser mais
pontual na explicação de como podemos ser considerados livres ou privados de liberdade a partir
de um ponto de vista científico.
4. Referências Bibliográficas
Biblia De Jerusalem. São Paulo: 1999. 6° Impressão. São Paulo: Paulus, 2002. 12 Lucas, Ramon
Lucas. O Espírito Encarnado.
Brembs, Björn. 930-939, 2011. Towards A Scientific Concept Of Free Will As A Biological
Trait: Spontaneous Actions And Decision-Making In Invertebrates. Proceedings Of The Royal
Society B, Londres, V. 278, P.
Mondin, Battista. 1980. P. 324 O Homem Quem É Ele?: Elementos De Antropologia Filosófica.
– São Paulo: Edições Paulinas, (Coleção Filosofia, 1)
Sayes, Jose Antonio. 2003. Teología Moral Fundamental. Valencia-Espanha: Edicep, (Coleção:
Compendios De Estúdios Teológicos, N.17)
Vidal, Marciano. 1981Moral De Atitudes: 2 Ética Da Pessoa. 2° Edição [Tradução De Pe. Ivo
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Frankfurt, Harry. Artmed, 2010. P. 340-349. Liberdade Da Vontade E O Conceito De Pessoa. In:
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