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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Surgimento da Psicolinguística

Nome Egma Elisa Mauaie Código do Estudante 708201082

Curso: Lec. Ensino de Português


Disciplina e código Psicolinguística
P0199
Ano de Frequência: 4º
Docente: Dr. Maria de Lurdes Manhiça

Maputo, Abril, 2023

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Classificação
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 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das 4.0
Bibliográficas
citações e citações/referências
ii
bibliografia bibliográficas

iii
Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1 Introdução ................................................................................................................................ 1

2 Origem do termo Psicolinguística ........................................................................................... 2

3 Período formativo .................................................................................................................... 2

4 Nascimento e evolução ............................................................................................................ 3

5 O período linguístico ............................................................................................................... 3

6 O período cognitivo ................................................................................................................. 3

7 Estado atual ............................................................................................................................. 3

8 Estado de transição .................................................................................................................. 4

9 Teorias de aquisição de segunda língua .................................................................................. 4

10 1º. Modelo da Aculturação ...................................................................................................... 5

11 2º. Teoria da Acomodação....................................................................................................... 6

12 3º. Teoria do Discurso ............................................................................................................. 6

13 7º. Modelo do Monitor de Krashen Consiste de cinco hipóteses centrais. .............................. 6

14 Relevância psicolinguística ..................................................................................................... 7

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1 Introdução
No presente trabalho abordaremos sobre psicolinguística surgiu, pela primeira vez,
provavelmente em um artigo de N. H. Poncko, em que é sugerido que se trata de um campo
interdisciplinar para o qual colaboram a Psicologia e a Linguística. É importante relembrarmos
agora a área de actuação dessas duas ciências: de que trata a psicologia

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2 Origem do termo Psicolinguística

O termo psicolinguística surgiu, pela primeira vez, provavelmente em um artigo de N. H. Poncko,


em que é sugerido que se trata de um campo interdisciplinar para o qual colaboram a Psicologia e
a Linguística. É importante relembrarmos agora a área de actuação dessas duas ciências: de que
trata a psicologia? De que trata a linguística? Já mencionamos acima que a psicolinguística
estuda a relação entre mente e linguagem, portanto, nada mais natural do que colaborarem para a
mesma as duas ciências acima.

No entanto, os estudos típicos da colaboração da psicologia e da linguística eram originalmente


denominados Psicologia da linguagem, e abordavam a questão: o relacionamento entre o
pensamento (ou o comportamento) e a linguagem. Inicialmente, segunda relata Balieiro Jr (apud
Mussalim e Bentes,2003,p.172/173) tais estudos eram mais uma tentativa de responder questões
comuns a duas disciplinas ainda em vias de afirmação como disciplinas autônomas do que um
programa de pesquisas comum que partisse de bases filosóficas e epistemológicas consistentes.

De acordo com o autor citado, havia, na pré-história da Psicolinguística dois movimentos


opostos: um que caminhava da Psicologia para a linguística e outro da Linguística para a
Psicologia. O primeiro movimento trazia duas concepções diferentes: uma oriunda da tradição
europeia, essencialemente mentalista e outra oriunda da tradição norte-americana, essencialmente
comportamentalista. Após a primeira Guerra Mundial, a corrente mentalista declinou de
importância em função da desorganização intelectual europeia.

3 Período formativo
Concomitantemente com o aparecimento da Teoria da informação, após a segunda guerra, surge
também um quadro epistemológico mais consistente para os estudos psicolinguísticos. Dois

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teóricos se sobressaíram nestes estudos: Shanon & Weaver (1949) que definiram uma unidade de
comunicação formada por:

4 Nascimento e evolução

5 O período linguístico
A Psicolinguística herda de Chomsky, em 1957, o modelo gerativo, propondo, assim, uma
abordagem racionalista e dedutiva para esta ciência, contrapondo-se, desse jeito, com as teorias
de Skinner, criticando-o pelo carácter, predominantemente, operacionalista (concepção da
psicologia como operações comportamentalistas, desprezando-se, desta forma, os aspectos
exteriores à consciência) de suas teorias

6 O período cognitivo
Neste período as teorias linguísticas não perderam sua importância, mas, perderam o carácter
exclusivista do período anterior, por isso, os “cognitivistas” postulavam que a linguagem humana
estaria subordinada a factores cognitivos mais fundamentais, dos quais ela (a linguagem) seria
apenas mais um factor. Vale lembrar que até o próprio Chomsky também enfatizava o aspecto
cognitivo humano presente na Linguística, dizendo que os linguistas eram de fato psicólogos
cognitivos. A aquisição da linguagem é explicada como resultado da interação entre vários
factores, de tal forma que os sistemas linguísticos são, em última análise, um produto de
estruturas cognitivas mais básicas ou profundas.

Cognitivistas – trabalho com o processamento linguístico tornado o campo mais eclético –


interdisciplinaridade.

7 Estado atual
Este estado denominado por Kess (1992) de período da teoria psicolingüística, realidade
psicológica e ciência cognitiva, esta disciplina se apresenta em estado de transição, com
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pesquisas oriundas de várias escolas teóricas, sendo também o caso da Psicologia e da
Lingüística. Outra característica importante deste período é o grande número de trabalhos
interdisciplinares, atestando, assim, que problemas científicos de um campo afetam
sobremaneira vários campos correlacionados. Além disso, é bom lembrar que a ênfase na
realidade psicológica, deste período, readquire função apriorística na teoria psicolingüística. Por
conseguinte, conforme, percebemos, a Psicolingüística desempenha, assim, um papel
fundamental para o estudo da linguagem humana.

8 Estado de transição
A influência de Chomsky continua presente em função dos estudos sobre a competência
lingüística do falante, que supõe, ou exigem, o entendimento dos processos cognitivos que lhe
são adjacentes.

Jackendoff – semântica e cognição – representação conceitual

Langacker – a linguagem não é um sistema autocontido separado dos outros sistemas cognitivos.
Confronto: modularidade e não-modularidade

9 Teorias de aquisição de segunda língua

Existe uma classificação de variáveis de aprendizes que inclui idade, cognição, linguagem
nativa, input, domínio afetivo e bagagem educacional (BROWN, 1994). O autor propõe onze
afirmações que constituiriam a base para uma teoria de aquisição de L2:
1º. Uma teoria de aquisição de L2 inclui um entendimento do que é a linguagem, do que é
o aprendizado, e do que é o ensino.
2º. O conhecimento da aquisição da primeira língua (L1) pelas crianças produz insights es
senciais para entender a aquisição da L2.
3º. Devem ser consideradas as importantes diferenças entre o aprendizado de adultos e
crianças e entre o aprendizado da L1 e da L2.

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4º. A aquisição da L2 é parte dos princípios gerais do aprendizado e inteligência humanos.
5º. Há uma grande variação entre os aprendizes quanto aos seus estilos cognitivos e estratégias de
escolha.
6º. A maneira pela qual as pessoas se vêem na comunicação afetará a qualidade e a quantidade da
aquisição da L2.
7º. Aprender uma segunda cultura é parte da aquisição da L2.
8º. O contraste lingüístico entre a língua nativa e a língua alvo traduz a dificuldade em ad-
quirir a L2.
9º. A competência comunicativa, como a interação humana e a negociação lingüística, é o
último objetivo de estudantes.

10º. Não podemos saber até onde nossa proposta de ensino é válida a menos que teste- mos as
habilidades comunicativas de nossos alunos.

11º. Uma teoria de aquisição de L2 será mais relevante se incluir aplicações práticas no
mundo real.

Ellis (1989, p. 248-281) faz uma revisão de sete teorias de aquisição de L2 que, segundo
ele, reflectem a variedade de perspectivas nesses estudos:

10 1º. Modelo da Aculturação

A aquisição da L2 é apenas um aspecto da aculturação e o grau com que o aprendiz acultura-se à


língua alvo controlará o grau com que irá adquirir a L2. Tanto a aculturação quanto a
aquisição da L2 são determinadas pelo grau social e psicológico de distância entre o aprendiz
e a cultura da língua alvo.

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11 2º. Teoria da Acomodação

Pesquisa as relações entre o grupo social do aprendiz (ingroup) e a comunidade falante da


língua alvo (outgroup): o que interessa para a aquisição de L2 é o modo como o ingroup se de-
fine em relação ao outgroup.

12 3º. Teoria do Discurso

Deriva de uma teoria de uso da linguagem, na qual a comunicação é considerada o ponto


fundamental do conhecimento linguístico; o desenvolvimento da linguagem deveria ser
considerado em termos de como o aprendiz descobre o significado potencial da linguagem pela
participação comunicativa. Lida com processos externos, não olhando para os processos
cognitivos que controlam como aprendiz e falante nativo constroem o discurso, ou como as
informações disponíveis pelo discurso são internalizadas.

13 7º. Modelo do Monitor de Krashen Consiste de cinco hipóteses


centrais.
A primeira hipótese é a de que a aquisição ocorre subconscientemente como resultado da
participação natural na comunicação com foco no significado. O conhecimento aprendido é
metalinguístico e armazenado no hemisfério cerebral esquerdo, mas não necessariamente nas
áreas da linguagem; ele está disponível apenas por um processamento controlado. A aquisição
(para a compreensão e produção de sentenças) e o aprendizado (pelo uso do Monitor) do
conhecimento estão armazenados em áreas diferentes.

A segunda hipótese afirma que as estruturas gramaticais são adquiridas em ordem previsível.
Então, quando o aprendiz está engajado naturalmente em uma situação de comunicação,
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manifestará uma determinada ordem, enquanto que, engajado em questões que requerem
conhecimento metalinguístico, outra ordem emerge.

A terceira hipótese utiliza o conhecimento aprendido agindo e modificando sentenças geradas


pelo conhecimento adquirido.

A quarta hipótese diz que a aquisição acontece como resultado do aprendiz ter entendido o input,
um nível de sua competência linguística.

A última hipótese é a do “filtro afectivo”, que lida com como os factores afectivos relaciona-
dos à aquisição de L2. O filtro controla quanto input vem ao encontro do aprendiz, e quanto dele
é convertido em intake, ou aprendizagem.

14 Relevância psicolinguística

Apesar de a psicolinguística estar directamente relacionada à aquisição da linguagem


oral falada e escrita, ela é uma ciência que estuda os processos de codificação e decodificação da
linguagem, ou seja, a troca de mensagens e significados que são trocados entre locutor e
interlocutor, ou seja, estuda os processos de estruturação da língua e suas variáveis.
Embora a psicolinguística, nos últimos tempos, esteja mais voltada à área da psicologia
que da linguística, não é possível estudar e diagnosticar casos de falha ou deficiência da
linguagem somente com uma ou outra, já que a linguagem não tem somente a função de
comunicação, pois este é um factor existente em qualquer animal irracional. A linguagem é muito
maior, Costa, (2010, p.4) afirma que,

A linguagem é um sistema de regras, porém um sistema aberto, isso significa que, há maneiras de dizer coisas
antigas de novas formas e que para várias ou se não todas as palavras, lhe são conferidas vários sentidos. A
linguagem é um sistema de dupla articulação, há uma coarticulação de fonemas segundo leis fonológicas e depois a
articulação de leis sintáticas. Sobre essa segunda característica linguística [...] temos a fonologia, que é o estudo do
conjunto de sons sem significado e das regras pelas quais combinamos tais sons para formar palavras e sentenças.
Outro elemento dentro da fonologia são os fonemas, que se estabelecem a partir da diferença entre sons. [...]

A partir das palavras escritas pelo autor, pode-se perceber que a linguagem abrange
muito mais que a comunicação entre dois seres, ela conecta e informa aquilo que o sujeito locutor
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quer dizer, fazendo que o outro sujeito interlocutor interaja da mesma maneira, recebendo essas
informações e processando as ideias fornecidas pelo primeiro.
Bacelar, Ferreira, Garcia e Pastana, (2011) mostram, através da teoria de Piaget, que é
possível utilizar a linguagem como principal forma de conexão verbal humana. Elas abordam que
“A comunicação é processo evolutivo”. Ora, utilizar a linguagem como instrumento de
comunicação, requer muito mais que a participação de dois sujeitos, a linguagem é uma
construção contínua de símbolos que se trocam seus papéis a cada troca de comunicação ou
interlocução.

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