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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Conjugação Perifrástica e orações restritas, integrantes e apositivas

Emércia Cléusia Justino Mugabe


Código: 708202738

Curso: Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Linguística Descritiva do Português II – P0189
Ano de frequência: 3º
Docente: Msc. Jerónimo Chaúque

Macia, Julho de 2022


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Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
 Rigor e coerência das
Normas APA 6ª
citações/referências
Referências edição em
bibliográficas 4.0
Bibliográficas citações e
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

1. Introdução............................................................................................................................ 1

1.1. Objetivos .......................................................................................................................... 1

1.1.1. Geral............................................................................................................................. 1

1.1.2. Específicos ................................................................................................................... 1

1.2. Métodologia ..................................................................................................................... 1

2. Frase Complexa e Conjugação Perifrástica ........................................................................... 2

2.1. Frase complexa ................................................................................................................ 2

2.2. Conjugação Perifrástica .................................................................................................... 3

2.3. Orações Relativa e Integrantes.......................................................................................... 3

2.3.1. Subtipos de orações relativas ........................................................................................ 3

2.4. Orações Integrantes .......................................................................................................... 5

2.5. Diferença entre orações Apositiva e restritiva ................................................................... 5

3. Considerações Finais ........................................................................................................... 7

4. Referências Bibliográficas ................................................................................................... 8

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1. Introdução

Frase simples ou oração e um conjunto de palavras que formam um pensamento completo. Uma
frase simples contem pelo menos uma oração independente e não tem nenhuma oração dependente.
Diferentemente da frase simples a frase complexa e composta por duas ou mais orações em que
entre elas pode existir uma relação de coordenação ou subordinação
O trabalho aborda conteúdos sobre conjugação perifrástica e noção de frase complexa, orações
relativas seus subtipos e integrantes e a diferença entre a relação apositiva e a oração restritiva.

1.1.Objetivos

1.1.1. Geral

 Analisar a frase complexa e as orações relativas restritas das apositivas,

1.1.2. Específicos

 Definir conjugação perifrástica a frase complexa;


 Identificar as orações relativas e integrantes;
 Diferenciar as orações relativas restritas das apositivas;

1.2.Métodologia

Segundo Marconi e Lakatos (1992), pesquisa bibliográfica é levantamento de toda a bibliografia


já publicada em forma de livros, periódicos, teses, anais de congresso, etc, que servirão de base
para a construção da investigação proposta a partir de um determinado tema, motivo pelo qual,
Para a realização do presente trabalho recorreu – se à pesquisa bibliográfica.

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2. Frase Complexa e Conjugação Perifrástica

2.1.Frase complexa

Frase “é uma unidade sequencial autónoma - ordenação de palavras e morfemas delimitada no


início por uma maiúscula e no fim por um sinal de pontuação forte ou uma entoação descendente
ou ascendente – e uma unidade de sentido” (Figueiredo, 2004:130).

Segundo Gomes et all (1991:260), frase é “uma sequência organizada de palavras que constitui
uma unidade de sentido e assim permite a comunicação entre destinador e destinatário.”
Na ótica de Cunha & Cintra (2005:119), frase “é um enunciado de sentido completo, a unidade
mínima de comunicação.”

Conclui-se que os três autores convergem no facto de que a frase é um enunciado de sentido
completo com uma intenção elocutória ou comunicativa; e os três conceitos também
complementam-se, pois na escrita uma frase deve iniciar com letra maiúscula e terminar em ponto
característico do tipo de frase, e na fala o início e o fim da frase deve apresentar uma entoação
característica da frase. Os mesmos autores acima citados, afirmam que a frase pode ser constituída:
a) De uma só palavra.
Fogo!

Dependendo do contexto pode ter um sentido completo, portanto seria frase. É também enunciado,
pois contém momento de fala, ponto de evento e ponto de referência, e há coincidência entre o
momento de fala e ponto de evento.
b) De várias palavras, entre as quais se inclui ou não um verbo:
• Com verbo:
Alguns anos vivi em Itabira.
• Sem verbo:
Que alegria!

Para Cunha & Cintra (2005:119) a frase é sempre acompanhada de uma melodia, de uma entoação.
Nas frases organizadas com verbo, a entoação caracteriza o fim do enunciado, geralmente seguido
de forte pausa.

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Frases complexas: são constituídas por dois ou mais verbos ou complexos verbais (dois ou mais
predicados)

Ex: Ela tenta ler um livro de aventura mas o seu amigo não se cala.

No caso da frase complexa, é possível dividi-la em orações.

Ex: Ele estudou e teve boa nota

1ª Oração: Ele estudou

2ª Oração: e teve boa nota.

Geralmente, ao ligar as orações encontra-se uma conjunção. No exemplo acima, a conjunção que
faz a ligação entre as orações é a conjunção “e“.

2.2.Conjugação Perifrástica

Perífrase é um recurso que consiste na troca de uma expressão mais curta por outra mais longa.
Assim, uma conjugação perifrástica é aquela que utiliza mais de um verbo para expressar a ideia.
Ela é formada por um verbo principal no infinitivo ou no gerúndio e um verbo auxiliar.

Ex: Tenho de comprar umas calças.

2.3.Orações Relativa e Integrantes

Embora as orações relativas surjam na linguagem infantil por volta dos 3 anos, o conhecimento
sintáctico que permite a construção de relativas, bem como de outras construções complexas, está
ainda em desenvolvimento à entrada no 1º ano do Ensino Básico (cerca dos 6 anos). Neste sentido,
cabe à escola proporcionar “condições para que as aquisições ainda em marcha se consolidem e
alarguem” (SIM-SIM, I. 1998: 165), e se consciencializem por meio da aprendizagem.

2.3.1. Subtipos de orações relativas

As orações relativas são iniciadas por elementos que, segundo a revisão da Terminologia
Linguística para os Ensinos Básico e Secundário, Setembro de 2007, se denominam pronomes,
determinantes e quantificadores relativos. Estes elementos sozinhos ou acompanhados por
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preposições formam o constituinte relativo. Nos enunciados (11) e (12) o constituinte relativo é
formado apenas pelo morfema que e no (13) por quem.
Estes morfemas estão associados a uma expressão, à qual se dá o nome de antecedente (O menino
e O João em (11) e (12) respetivamente).
Existem orações relativas com antecedente expresso, como (11) e (12) e orações relativas sem
antecedente expresso (ou relativas livres), como em (13).
10. O menino que está doente tem olhos azuis.
O menino doente tem olhos azuis.
11. O João que faz hoje anos, recebeu uma grande prenda.
O João, aniversariante, recebeu uma grande prenda.
12. Quem vai ao mar perde o lugar.

As relativas com antecedente integram o grupo das subordinadas adjetivas. Este tipo de orações
subordinadas são assim classificadas porque, segundo CUNHA, C. & CINTRA, L., 1984:596, “as
funções que desempenham são comparáveis às exercidas por adjetivos, como se ilustra nos
exemplos (11) e (12) acima transcritos.

As orações relativas sem antecedente expresso são também denominadas Tradicionalmente


denominados “pronomes”, “advérbios” e “adjetivos” relativos pelos gramáticos como relativas
substantivas, uma vez que desempenham as funções dos substantivos, no exemplo (13) a de sujeito.

As primeiras, com antecedente expresso, são tradicionalmente consideradas de dois tipos: as


relativas restritivas e as relativas explicativas, como em (11) e (12) respetivamente. As
explicativas podem ser explicativas de nome (12), quando anaforicamente retomam um SN já
mencionado, ou explicativas de frase (14), quando retomam anaforicamente uma frase.

13. O sol é perigoso, o que exige cuidados.


- As relativas restritivas são orações que identificam ou determinam referencialmente o
antecedente. Vejamos o exemplo (14),
14. O menino que não gostava de ler comprou um livro.
De entre um grupo de referentes possíveis (o menino que não gostava de ler, o que gostava de ler,
o que gostava de jogar futebol, o que gostava de andar de bicicleta...) é selecionado um (o menino

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que não gostava de ler) sobre o qual é feita uma predicação (comprou um livro).
- As orações relativas explicativas são orações que não contribuem para a construção da
identificação do referente contido no antecedente. O referente é identificado, determinado e
definido por outros meios, nomeadamente pela expressão nominal antecedente. Nos exemplos (15)
e (16).
15. João que não gostava de ler, comprou um livro.
Lisboa, que é a capital de Portugal, é muito grande.
As relativas explicativas (que não gostava de ler e que é a capital de Portugal) contêm uma
informação adicional ou suplementar, que geralmente é do conhecimento do interlocutor, acerca
dos referentes (João e Lisboa respetivamente) já determinados em si mesmos, porque são nomes
próprios com unicidade referencial.
Uma vez que a relativa apositiva expressa uma informação suplementar e que o seu referente está
já pré-determinado, esta oração apresenta um carácter parentético.

2.4.Orações Integrantes

A oração subordinada integrante inicia-se por que ou se. Também se chama completiva porque
completa o sentido da oração subordinante, sem a qual o seu sentido ficaria incompleto.

Exemplo: «Disse-te que viesses cedo».

Nesta frase complexa, a oração subordinante é «disse-te» e ficaria incompleta sem a subordinada
«que viesses cedo». De facto, o verbo dizer pede complemento direto (quem diz, diz alguma coisa)
e a oração integrante, «que viesses cedo», é o complemento direto da oração subordinante.

2.5.Diferença entre orações Apositiva e restritiva

As orações adjetivas, denominadas de acordo com a terminologia atual como relativas, são orações
subordinadas tradicionalmente introduzidas pelos seguintes constituintes relativos: os pronomes
relativos: que, o que, quem, o qual, cujo, quanto. Na oração subordinante substituem um
modificador de uma expressão nominal antecedente. Este carácter é traduzido pela presença, na
escrita, de vírgulas ou traços e, na oral, de uma pausa entre o SN antecedente e a relativa.

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As orações relativas com antecedente nominal explícito são de dois tipos: restritivas
(determinativas) e explicativas (apositivas ou não restritivas).

Orações relativas restritivas ou determinativas contribuem para a construção do valor referencial


da expressão nominal, restringindo o domínio dos possíveis referentes só àquele que condiz com
as propriedades na frase relativa, como mostra o seguinte exemplo:
O chapéu que estava no armário desapareceu.

Neste exemplo a informação implicitamente veiculada é que de todos os chapéus só desapareceu


aquele que estava no armário. Não se podem confundir as orações relativas com as orações
completivas. As orações subordinadas relativas restringem o domínio de referência da expressão
nominal antecedente, enquanto que as orações completivas integram sentido do predicador da
oração subordinante, sendo imprescindíveis para a boa formação semântica da frase.

A ideia que me descreveste é interessante (oração relativa).


A ideia de organizares o festival Dias da Cultura Portuguesa, agradou-me. (oração completiva)
As orações relativas e as orações completivas são compatíveis num mesmo período. Também são
compatíveis as orações relativas com os adjetivos.

As orações apositivas ou explicativas exprimem um comentário do locutor acerca de uma entidade


denotada pelo seu antecedente. Ao contrário das orações relativas, não restringem referencialmente
o sintagma nominal, mas têm um carácter parentético, dado na oralidade por pausas e na escrita
por vírgulas. P

elo seu carácter, aproximam-se das orações coordenadas parentéticas, mas diferem delas pela
presença do constituinte relativo (que, o qual, quem).

Lisboa, que é a capital de Portugal, é uma cidade onde a “África” começa.


Dentro deste tipo de orações encontram-se as que são introduzidas pela locução pronominal relativa
o que. Estas frases são relativamente independentes e podem ser separadas no texto.
A peça teatral de ontem começou tarde, o que desagradou ao público.
A peça teatral de ontem começou tarde. Isso desagradou ao público.

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3. Considerações Finais

A frase complexa e constituída por duas ou mais orações, apresenta, portanto mais de um predicado
e muitas vezes mais de que um sujeito.

As orações relativas diferem se das orações integrantes pelo facto de nas integrantes o pronome
relativo que anteceder o nome e é relativa quando o pronome que sucede o nome.

As orações relativas apositivas ou explicativas diferem se das restritivas ou determinativas, já que


nas orações apositivas exprimem um comentário do locutor acerca de uma entidade denotada pelo
seu antecedente enquanto as orações restritivas contribuem para a construção do valor referencial
da expressão nominal, restringindo o domínio dos possíveis referentes.

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4. Referências Bibliográficas

Cunha C. & Cintra L. (2005). Nova Gramática de Português Contemporâneo. 18ª Ed. Edições João
Sá da Costa.

Cunha, Celso & L. C. (1985). Breve gramática do português contemporâneo. -1ª ed. - Lisboa :
João Sá da Costa.

Duarte, I. (2000). Língua Portuguesa: Instrumentos de Análise, Universidade Aberta, Lisboa.

Faria et all.(1996). Introdução à Linguística Geral e Português. 2ª Ed. Editorial Caminho.

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