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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Composição Mecânica, Óptica do M.O.C e Técnica usadas em Citologia

Celso Gregorio Carlos Certeza- 708233200

Curso: Biologia
Disciplina: Biologia Celular e Molecular
Ano de Frequência:1o Ano

Tete, Maio, 2023


ii

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Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação do Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
iii

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


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Índice
1 Introdução....................................................................................................................... 1
Objectivo geral ...................................................................................................................... 1
Objectivo específico ............................................................................................................... 1
Metodologias ......................................................................................................................... 1
2 Microscópio Óptico Composto ........................................................................................ 2
2.1 Componentes mecânicos do M.O.C ........................................................................ 2
2.2 Componentes ópticos do M.O.C............................................................................... 2
2.3 Esquema do Microscópio Óptico Composto ............................................................. 3
2.4 Funcionamento do microscópio óptico composto .................................................... 4
3 Estudo Citológico ........................................................................................................... 4
3.1 Técnicas usadas em Citologia .................................................................................. 5
4 Constituição da célula vegetal ......................................................................................... 8
4.1 Parede celular .......................................................................................................... 8
4.2 Vacúolo ................................................................................................................... 9
4.3 Plastideos ............................................................................................................... 10
4.4 Mitocôndrias .......................................................................................................... 10
4.5 Retículo Endoplasmático ....................................................................................... 10
4.6 Aparelho de Golgi .................................................................................................. 10
4.7 Lisossomos ............................................................................................................ 10
4.8 Peroxissomos ......................................................................................................... 10
5 Conclusão ..................................................................................................................... 11
Referencias Bibliográficas ................................................................................................... 12
1

1 Introdução
O presente trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa que procurou atender a uma
exigência da disciplina de Biologia Molecular e Celular do curso de licenciatura em Ensino de
Biologia da Universidade Católica de Moçambique (UCM), que tem como objectivo
compreender Composição Mecânica, Óptica do M.O.C e Técnica usadas em Citologia .
O microscópio é um aparelho, usado para ampliar o tamanho de estruturas não visíveis a olho
nu. Pensa-se que o microscópio foi inventado em 1590 por Hans Janssen e seu fiIho
Zacharias, dois Holandeses fabricantes de óculos. Tudo indica, porém, que o primeiro a fazer
observações microscópicas de materiais Biológicos foi o Holandês, Antonie van
Leeuwenhoek (1632 - 1723). (Supinho,"s.d").
Tecnicas usadas em citologias sao Processos utilizados na preparação de material para
observação ao microscópio.
As células vegetais se assemelham às animais em muitos aspectos de sua morfologia, como a
estrutura das membranas e de várias organelas diferem, porém, em algumas características
morfofisiológicas importantes. Juntamente com a presença de uma parede celular rígida e o
desenvolvimento de um grande vacúolo utilizado para vários fins, os cloroplastos são
componentes característicos das células vegetais. (Bouzon; Gargioniv& Ouriques, 2010 pag
214).
Objectivo geral
 Compreender a Composição Mecânica, Óptica do M.O.C e Técnica usadas em
Citologia
Objectivo específico
 Descrever a composição Mecânica, Óptica do M.O.C
 Descreve as Técnicas usadas em Citologia
 Descrever a Constituição de Célula Vegetal
Metodologias
Para a sistematização deste trabalho que constitui uma índole investigatória foram patentes os
materiais que serviram de metodologias que consta na página bibliográfica. Sendo assim, para
efetivação e o cumprimento dos objectivos ora delineados no trabalho, foi privilegiado a
metodologia de pesquisa bibliográfica. No que respeita ao esquema estrutural do mesmo,
encontra se da seguinte forma: a introdução na qual consta o tema, objectivos preconizados e
a metodologia que norteou a produção do trabalho, seguida do desenvolvimento do tema e por
fim a conclusão e referência bibliográfica.
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2 Microscópio Óptico Composto


O microscópio é um instrumento utilizado para ampliar e observar estruturas pequenas
dificilmente visíveis ou invisíveis a olho nú. O microscópio ótico utiliza luz visível e um
sistema de lentes de vidro que ampliam a imagem das amostras. Os primeiros microscópios
óticos datam de 1600, mas é incerto quem terá sido o autor do primeiro. A sua criação é
atribuída a vários inventores: Zacharias Janssen, Galileo Galilei, entre outros. A
popularização deste instrumento, no entanto, é atribuída a Anton van Leeuwenhoek (Fig1).
(Moreira, 2013. Pag 1-2
Os microscópios óticos são constituídos por uma componente mecânica de suporte e de
controlo da componente ótica que amplia as imagens. Os microscópios atuais que usam luz
transmitida partilham os mesmo componentes básicos. (Fig2). (Moreira, 2013. Pag 1-2).

2.1 Componentes mecânicos do M.O.C


Segundo (Moreira, 2013. Pag 1-2) o Microscopio Optico Composto possui os seguintes
componentes opticos:
 Pé ou base – apoio a todos os componentes do microscópio
 Braço – fixo à base, serve de suporte às lentes e à platina
 Platina – base de suporte e fixação da preparação, tem uma abertura central (sobre a
qual é colocada a preparação) que deixa passar a luz. As pinças ajudam à fixação da
preparação. A platina pode ser deslocada nos microscópios mais modernos, nos
antigos tinha que se mover a própria amostra, segura pelas pinças.
 Revólver – suporte das lentes objetivas, permite trocar a lente objetiva rodando sobre
um eixo
 Tubo ou canhão – suporta a ocular na extremidade superior
 Parafuso macrométrico – permite movimentos verticais da grande amplitude da
platina
 Parafuso micrométrico – permite movimentos verticais lentos de pequena amplitude
da platina para focagem precisa da imagem

2.2 Componentes ópticos do M.O.C


Segundo (Moreira, 2013. Pag 1-2) o Microscópio Óptico Composto possui os seguintes
componentes ópticos:
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 Condensador – sistema de duas lentes (ou mais) convergentes que orientam e


distribuem a luz emitida de forma igual pelo campo de visão do microscópio
 Diafragma – regula a quantidade de luz que atinge o campo de visão do microscópio,
através de uma abertura que abre ou fecha em diâmetro (semelhante às máquinas
fotográficas)
 Fonte luminosa – atualmente utiliza-se luz artificial emitida por uma lâmpada
incluída no próprio microscópio com um interruptor e algumas vezes com um reóstato
que permite regular a intensidade da luz. Os modelos antigos tinham um espelho de
duas faces: a face plana para refletir luz natural e a face côncava para refletir luz
artificial.
 Lente ocular – cilindro com duas ou mais lentes que permitem ampliar a imagem real
fornecida pela objetiva, formando uma imagem virtual mais próxima dos olhos do
observador. As oculares podem ser de diferentes ampliações sendo a mais comum de
10x. A imagem criada pela ocular é ampliada, direita e virtual.
 Lente objetiva – conjunto de lentes fixas no revolver, que girando permite alterar a
objetiva consoante a ampliação necessária.
2.3 Esquema do Microscópio Óptico Composto

Figura 1 - Microscópio ótico de Anton van Leeuwenhoek


Fonte: Moreira, 2013, Pag 2 –

Figura 2 - Microscópio ótico1. Lentes oculares 2. Revólver 3. Lentes


objetivas 4. Parafuso macrométrico 5. Parafuso micrométrico 6. Platina
7. Foco luminoso (Lâmpada ou espelho) 8. Condensador e diafragma
9. Braço. Fonte: Moreira, 2013 pag
4

2.4 Funcionamento do microscópio óptico composto


Segundo (Moreira, 2013. Pag 1-2)a intensidade da luz pode ser regulada diretamente através
do reóstato que atua na própria fonte luminosa ou indiretamente através do condensador e do
diafragma: a intensidade aumenta se se subir o condensador e abrir o diafragma e diminui se
se descer o condensador e fechar o diafragma. A ampliação – número de vezes que a imagem
é aumentada em relação ao objeto real – é função conjunta do poder de ampliação da objetiva
e ocular utilizadas. A ampliação total é o produto da ampliação da objetiva pela ampliação da
ocular (exemplo, ampliação da ocular 10x, ampliação da objetiva 20x, ampliação total é 10 x
20 = 200x.
A imagem observada depende também do poder de resolução, isto é, a capacidade que as
lentes têm de discriminar objetos muito próximos. O poder de resolução depende do
comprimento de onda da luz utilizada, e o seu valor teórico para um microscópio ótico é de
cerca de 0,2 µm – ou seja, dois objetos têm de estar pelo menos a uma distância um do outro
de 0,2 µm para poderem ser discriminados ao microscópio ótico. Este valor, contudo, só é
alcançável com lentes de elevada qualidade e preço! A preparação é colocada na platina e fixa
com o auxílio das pinças. (Moreira, 2013. Pag 1-2). (Moreira, 2013. Pag 1-2) Com os
parafusos existentes na platina move-se a preparação até esta estar sobre a abertura por onde
passa a luz. Olhando através da ocular (monocular ou binocular, respetivamente com uma ou
duas lentes) e com a objetiva de menor ampliação foca-se a imagem, preferencialmente no
centro do campo de visão, utilizando os parafusos macrométrico e micrométrico. Após esta
primeira focagem, podem-se utilizar objetivas de maior poder de ampliação, de forma
sequencial repetindo todo o processo já descrito. A imagem final observada será ampliada,
virtual e invertida. (Moreira, 2013. Pag 1-2).

3 Estudo Citológico
O estudo Citológico consiste em colher algumas células isoladas que se desagregam
espontaneamente dos tecidos ou são forçados a isso por acção do médico e examiná-las ao
microscópio, anotando todas as alterações que são possíveis de serem observadas nos núcleos
e nos citoplasmas das células descamadas (citologia esfoliativa) ou removidas de uma
superfície de corte (citologia por decalque) ou “imprint” ou por aspiração com uma agulha e
seringa (citologia aspirativa). O estudo efectuado deste modo simples, permite muita das
vezes, chegar a conclusões gerais sobre a patologia daquele indivíduo. (MISAU,2016).
A técnica citológica também faz parte da histotecnologia e possui grande importância no
diagnóstico de algumas doenças que acometem os seres humanos e os animais. Essa é uma
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ferramenta fundamental no diagnóstico de tumores, função hormonal e infecções parasitárias.


(Caputo ; Mota & Gitirana, "s.d" pag-189).
A citologia é uma ciência que estuda a célula. Para se efectivar esse estudo e necessário
aplicar as técnicas de modo a facilitar uma determinada pesquisa. (Supinho, "s.d", pag 4).
Citologias: análise destinada ao estudo de células isoladas removidas de um determinado
órgão. É uma análise muito simples e com muitas limitações do que as anteriores. O estudo
destas células permite classificá-las em grandes grupos, tais como: normais, reactivas,
inflamatórias e cancerosas. Apesar de ser simples e com muitas limitações, com esta análise,
consegue-se diminuir a quantidade de mortes por cancro do colo do útero, por sinal o mais
frequente em mulheres moçambicanas, analisando periodicamente, as células descamadas do
colo do útero no exame designado de Papanicolau ou PAP-TEST. (Gonzalez & Matos, 1991).

3.1 Técnicas usadas em Citologia


1. Colheita: obtenção do material que se pretende observar. (Supinho,"s.d" pag11).
2. Fixação: paragem rápida de toda a actividade vital, estabilizando a estrutura. Tem
como objectivos conservar o mais possível a estrutura que se apresentam enquanto
viva, impedindo a acção das enzimas autolíticas. São utilizados fixadores como o
álcool, ácido acético, ácido ósmico, mistura de álcool e éter em partes iguais, líquido
de Carnoy e líquido de Bouin (fixador universal). (Supinho,"s.d" pag 11)
A Fixação é uma operação destinada a acabar com a actividade vital dos componentes
tecidulares, preservando-os, dentro do possível, com a forma e a estrutura que tinham
em vida. Também os endurece, permitindo que sejam mais perfeitamente talhados na
forma e dimensões ideias para o processamento. Ainda se considera, como vantagem
adicional, a resistência que confere aos tecidos para que suportem melhor a acção dos
reagentes e processos técnicos usados.( Michalany, Jorge 1980, citado em MISAU,
2016 pag 39). Esta etapa também, pode ser conseguida através de agentes físicos e
Quimicos:
 Processos físicos; através do frio, calor e dessecação, sendo os dois primeiros
os mais usados em Anatomia patológica.
Frio: a temperatura baixas, o processo enzimático da autólise é atrasado e a
proliferação bacteriana é inibida, o que retarda a putrefacção; se a temperatura descer
abaixo do ponto de congelação de água, ficam profundamente alteradas as
características físicas do meio onde as reacções enzimáticas têm lugar, o que
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acrescenta mais um bloqueio à actividade enzimática e, adicionalmente, endurece os


tecidos. (MISAU, 2016, P. 39)
Calor: as temperaturas elevadas, as cadeias proteicas das enzimas perdem a sua
estrutura quaternária, num processo de desnaturação proteica, chamado Coagulação –
o exemplo mais bem conhecido deste processo é a cozedura do ovo na qual, a
albumina (“clara do ovo”) coagula, passando do estado liquido ao estado sólido, e
perde as suas características físicas e químicas iniciais. (MISAU, 2016, P. 40)
3. Dessecação: o bloqueio da autólise, nestes casos, é devido a perda da água das
soluções em que as reações enzimáticas têm lugar; com uma tão grande alteração do
meio, a actividade enzimática não podem ter lugar e, consequentemente, a degradação
autolítica fica bloqueada; é pouco usada em Anatomia Patológica. (MISAU, 2016).
 Processo químico: é o mais usado em histologia; usam-se produtos químicos
em soluções simples (FIXADORES PUROS) ou em soluções complexas
(MISTURAS FIXADORAS). Este processo baseia-se na capacidade que estas
substâncias têm para penetrar nos tecidos e desnaturar os componentes
proteicos, seus constituintes, incluindo enzimas lisossómicos – impedindo a
autólise. (MISAU, 2016, p. 41).
4. Descalcificação é um processo Laboratorial que consiste na remoção de sais de cálcio
depositados nos tecidos. A descalcificação é indispensável para que o processamento
histológico e a microtomia sejam convenientemente feitos, usando facas normais de
micrótomo. Podem usar-se facas de diamante – que permitem efectuar a microtomia
sem prévia descalcificação; mas elas são extremamente caras e, por essa razão, são
pouco usadas, (Hould. René 1984 citado em MISAU 2016, p. 50).
5. Desidratação: consiste na eliminação de água da peça que se está a preparar. Utiliza-
se uma série de álcoois de graduação crescente até ao álcool absoluto, passando
finalmente pelo óxido de propileno. (Supinho,"s.d" p. 12).
6. Inclusão o material é mergulhado em banho de parafina fundida que o reveste
completamente e penetra em todas as suas cavidades. Nestas condições é mantido na
estufa durante cerca de 24 horas à temperatura de 56ºC. Obtém-se, por arrefecimento
da parafina, um bloco que tem incluída a peça, podendo ser posteriormente submetida
ao corte. A parafina e a água não são miscíveis. (Supinho,"s.d", p. 12).
7. A inclusão: é a operação que consiste em envolver e rodear o fragmento que constitui
a amostra, com uma substância – o MEIO DE INCLUSÃO ou, simplesmente, o MEIO
(não confundir com o Meio de Montagem), o qual será abordado nos próximos
7

Capítulos. Uma tal substância de inclusão deve sermsólida a temperatura ambiente e a


sua consistência deve permitir que seja facilmente reduzida a fatias da espessura
desejada, delgadas e transparentes, pela acção do Micrótomo, (Hould, R. 1984).
8. Impregnação ou Penetração: consiste na penetração do meio de inclusão (parafina)
em todas as partes do tecido. Para isto ser possível a parafina deve ser fundida pois ela
é sólida a temperatura ambiente, (Michalany, J. 1980).
9. Diafanização, Esclarecimento, Clarificação ou Clareamento: é a operação pela
qual o álcool retido no tecido durante a desidratação é substituído por um dissolvente
do meio de inclusão, neste caso, a parafina. Esta designação deriva do facto de
amostra se tornar semi-transparente, diafana, à medida que o etanol vai sendo
substituído pelo agente químico usado nesta etapa, (Michalany, J. 1980 citado em
MISAU, 2016, p. 67).
Os diafanizadores mais usados são: XILENO (ou xilol), o BENZENO (ou benzol),
TOLUENO (ou toluol) e o ISOPROPANOL. Quando a água de um tecido mal desidratado
entra em contacto com o diafanizador, os dois, formam uma emulsão, devido a sua
imiscibilidade, e assumindo o aspecto de nuvens de cor branca.
10. Corte: os cortes da peça incluída no bloco devem ser finos, de poucos micrómetros de
espessura, utilizando-se, para isso, aparelhos especiais (os micrótomos). Na
microscopia óptica os cortes devem ser finos, rondando os poucos micrómetros, o que
é conseguido pela utilização de micrótomos com lâminas metálicas. Na microscopia
electrónica os cortes têm de ser muito finos, de 0,05 à 0,1 μm, porque os electrões do
feixe emitido pelo microscópio electrónico têm fraco poder penetrador. Para obter
cortes suficientemente finos para poderem ser observados ao microscópio electrónico
utilizam-se ultramicrótomos. Ultramicrótomos são aparelhos de corte com lâminas de
vidro ou diamante. (Supinho,"s.d", p. 12).
11. Colagem: consiste em fazer aderir o corte à lâmina. Para isso coloca-se a lâmina em
placa aquecida (40ºC). Sobre ela coloca-se uma gota de água albuminada e o corte,
que se distende com o auxílio de uma agulha. Com papel de filtro absorve-se a água
em excesso. Vai para a estufa a 40ºC durante 24 horas. (Supinho,"s.d", p. 13).
12. Desparafinação e Hidratação: eliminação de toda a parafina que serviu para realizar
o corte. É obtida através de banhos de xilol. Seguidamente o xilol é retirado,
introduzindo a peça numa série de banhos em álcool de graduação decrescente.
(Supinho,"s.d", p. 13).
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13. Coloração: os cortes são introduzidos nos corantes, que vão permitir uma visão
diferenciada das várias partes da preparação.Os corantes são substâncias químicas que
necessitam de água para se poderem ligar quimicamente a determinadas estruturas
celulares. Técnica citológica utilizada em microscopia óptica que utiliza corantes com
o objectivo de evidenciar diferentes partes na preparação. A coloração tira partido do
facto de os diferentes corantes actuarem de forma desigual sobre as várias zonas
celulares. Os corantes ácidos (ex.: fuchsina ácida, eosina), por exemplo, actuam
preferencialmente sobre o citoplasma da célula, enquanto que os corantes básicos (ex.:
fuchsina básica, azul de metileno) actuam especialmente sobre o núcleo.
(Supinho,"s.d", p. 14).
14. Montagem: o material é colocado em condições de poder ser observado ao
microscópio. Como meio de montagem pode utilizar-se uma resina como o bálsamo-
do-canadá. Cobre-se a preparação com uma lamela, evitando a formação de bolhas de
ar. O bálsamo solidifica, fazendo aderir entre si a lâmina e a lamela. A secagem do
bálsamo é lenta e demora, por vezes, uns dias (em estufa, três dias). (Supinho,"s.d", p,
14).

4 Constituição da célula vegetal


As células vegetais se assemelham às animais em muitos aspectos de sua morfologia, como a
estrutura das membranas e de várias organelas. Também são semelhantes em vários
mecanismos moleculares básicos, como a replicação do DNA e sua transcrição em RNA, a
síntese protéica e a transformação de energia via mitocôndrias. Diferem, porém, em algumas
características morfofisiológicas importantes. Juntamente com a presença de uma parede
celular rígida e o desenvolvimento de um grande vacúolo utilizado para vários fins, os
cloroplastos são componentes característicos das células vegetais. (Bouzon; Gargioniv&
Ouriques, 2010, p. 214).

4.1 Parede celular


A parede celular de plantas é uma matriz extracelular elaborada que envolve cada célula em
um vegetal. As paredes das células vegetais são normalmente espessas, fortes e mais rígidas
do que a matriz extracelular produzida pelas células animais. É uma matriz extracelular
secretada como uma camada delgada nas células meristemáticas, tornando-se muito espessa e
elaborada em células maduras. É um envoltório que envolve a célula, conferindo sustentação
e imobilidade celular, agindo como um “exoesqueleto” da planta; participando da aderência,
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da aglutinação celular, da interação entre as células vizinhas e influi no crescimento, nutrição,


reprodução e defesa; determina o formato celular e a forma da própria planta e também evita
que a célula arrebente quando mergulhada em um meio hipotônico. As paredes celulares
protegem a célula contra anos de atrito mecânico e patógenos. (Bouzon; Gargioniv&
Ouriques, 2010, p. 214).
Geralmente é permeável à troca de íons entre o exterior e o interior da célula. As paredes
celulares têm ainda importância econômica, constituindo como fonte de alimento, de
combustível, de madeira, de papel, de fibras e outros produtos, como colas e aditivos
alimentares. (Bouzon; Gargioniv& Ouriques, 2010, p. 214).
A parede celular ou parede celulósica é exterior à membrana plasmática que envolve a
célula. É um envoltório mais ou menos espesso, composto por um polissacarídeo
chamado celulose. Sua função é dar sustentação à planta, sendo por isso também chamada
de membrana esquelética de celulose. (Uzunian & Birner, 2008).

4.2 Vacúolo
Os vacúolos são estruturas celulares que começam como pequenas e numerosas vesículas, nas
células vegetais imaturas, chamados de provacúolos. (Bouzon; Gargioniv& Ouriques, 2010).
Um vacúolo pode atuar como uma organela de armazenamento de nutrientes aumentar o
tamanho da célula, e como um controlador da pressão do turgor (a pressão osmótica que
pressiona a parede celular de dentro para fora e evita que a célula sofra colapso).
Os vacúolos servem também de depósito de substâncias específicas como proteínas e látex e
de várias substâncias venenosas ou de gosto desagradável, que protegem a planta contra seus
predadores, como insetos e animais herbívoros. Os vacúolos também são compartimentos
importantes para isolar do restante do citoplasma produtos tóxicos resultantes do
metabolismo, como alguns alcalóides (ex. nicotina) e derivados fenólicos (ex. tanino).
Os vacúolos apresentam também função de digestão celular,exercido pelos lisossomos na
célula animal, degradando macromoléculas e reciclagem de constituintes celulares. (Bouzon;
Gargioniv& Ouriques, 2010, p. 214).
Os vacúolos são espaços, envolvidos por membrana, em cujo interior podem
ser armazenadas substâncias como a seiva, além disso, tem como função regular o pH e a
entrada de água, através do controle osmótico. Com isso, os vacúolos controlam a turgidez
da célula. (Uzunian & Birner, 2008).
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4.3 Plastideos
Os plastídeos são grupos de organelas dinâmicas capazes de desempenhar inúmeras funções.
A atividade predominante é a fotossíntese realizada pelos plastídeos verdes, os cloroplastos.
Junto com os vacúolos e a parede celular os plastídeos são componentes característicos das
células vegetais. Os cloroplastos ocorrem nas algas e nas partes aéreas das plantas. (Bouzon;
Gargioniv& Ouriques, 2010, p. 214).

4.4 Mitocôndrias
São organelas compostas por membrana dupla, com muitas dobras. Sua função é realizar a
respiração celular, que produz a maior parte da energia utilizada nas funções vitais. (Uzunian
& Birner, 2008).

4.5 Retículo Endoplasmático


São organelas cujas membranas se dobram formando sacos achatados. Existem 2 tipos de
retículo endoplasmático, o liso (agranular) e o rugoso (granular). (Uzunian & Birner, 2008). A
função principal do retículo endoplasmático rugoso (RER) é realizar a síntese proteica e
transportar as proteínas até outras partes da célula.
Já o retículo endoplasmático liso (REL) sintetiza lipídeos (gordura) e realiza seu transporte às
diversas partes da célula.

4.6 Aparelho de Golgi


O complexo de Golgi é composto de discos achatados empilhados, formando bolsas
membranosas (dictiossomos). Suas funções são: modificar, armazenar e exportar proteínas
sintetizadas no RER. Além disso, origina os lisossomos primários. (Uzunian & Birner, 2008).

4.7 Lisossomos
Os lisossomos são organelas envoltas por membrana e no seu interior há enzimas digestivas.
Sua função é digerir moléculas orgânicas como lipídios, proteínas e ácidos nucleicos.
(Uzunian & Birner, 2008).

4.8 Peroxissomos
Os peroxissomos são pequenas organelas que contêm no seu interior enzimas oxidases. A
principal função é oxidar a matéria-prima da respiração celular, cujas reações produzem o
peróxido de hidrogênio e por isso o nome da organela. (Uzunian & Birner, 2008).
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5 Conclusão
Depois de ter feito o trabalho de pesquisa, da disciplina de Biologia Celular e Molecular, que
tinha como o foco o principal, compreender Composição Mecânica, Óptica do M.O.C e
Técnica usadas em Citologia .
O microscópio é um instrumento utilizado para ampliar e observar estruturas pequenas de
difícil visualização a olho nu. O microscópio óptico utiliza luz visível e um sistema de lentes
de vidro que ampliam a imagem das amostras. O microscópio ótico é formado por um
componente mecânico de suporte e de controle e por um componente ótico que amplia as
imagens.
As técnicas usadas em citologia são: colheita: obtenção do material que se pretende observar;
fixação: paragem rápida de toda a actividade vital, estabilizando a estrutura; desidratação:
consiste na eliminação de água da peça que se está a preparar; inclusão: o material é
mergulhado em banho de parafina fundida que o reveste completamente e penetra em todas as
suas cavidades; corte: os cortes da peça incluída no bloco devem ser finos, de poucos
micrómetros de espessura, utilizando-se, para isso, aparelhos especiais (os micrótomos);
colagem: consiste em fazer aderir o corte à lâmina.
A célula vegetal é considerada a unidade estrutural e funcional das plantas. O termo célula
(do latim cellula = pequena cela) foi designado em 1665 pelo físico inglês Robert Hooke.
São consideras características típicas da célula vegetal: parede celular, vacúolos, plastídios e
substâncias ergásticas.
12

Referencias Bibliográficas
1. Bouzon, Z. L; Gargioni, R & Ouriques, L.C.(2010). Biologia Celular. 2ª edição
Florianópolis.
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