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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema

Grupos sanguíneos e Factor Rhesus (Rh)

Nome: Muanassa Alfane

Código de Estudante: 708205482

Curso: LICEN. E. BIOLOGIA


Disciplina: Fisiologia Humana e
Animal
Ano de Frequência: 3º

1
Pemba, Junho, 2022

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Aspectos  Introdução 0.5
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organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
ii
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice Pág.
1. Introdução.................................................................................................................................1

2. Problematização........................................................................................................................2

3. Objectivos.................................................................................................................................2

3.1. Objectivo Geral:....................................................................................................................2

3.2. Objectivos Específicos:.........................................................................................................2

4. Metodologia:.............................................................................................................................2

5. Contextualização.......................................................................................................................3

5.1. Grupos sanguíneos.................................................................................................................3

5.2. Aglutinogénios e aglutininas.................................................................................................3

5.3. Tipos possíveis de transfusão................................................................................................4

5.4. Factor Rhesus (Rh)................................................................................................................5

6. Conclusão..................................................................................................................................7

7. Referencia Bibliográficas..........................................................................................................8

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1. Introdução

A presente pesquisa, referente a cadeira de Fisiologia Humana e Animal, baseia-se num estudo
teórico e visa abordar aspectos ligados à Grupos sanguíneos e Factor Rhesus (Rh).

Desde os primórdios da humanidade, o corpo humano tornou-se um enigma. A curiosidade sobre


ele manifestou-se através da cultura e da ciência. Dentre os mecanismo do corpo, o entendimento
do sangue despertou interesse através de diversas formas, entre elas: observações, experiências,
descobertas, invenções, crenças e rituais religiosos. A partir disso, o homem passou a associar a
perda de sangue com fraqueza e morte.

A transfusão norteou diversas questões durante séculos quanto às formas de observação,


experiências, rituais, intuições, entre outros métodos de combater enfermidades; entretanto, o
progresso notável em relação à prática de transfusão sanguínea ocorreu somente durante e após a
Segunda Guerra Mundial.

Em fim, este trabalho, compreende a seguinte estruturação: Introdução, Contextualização


(desenvolvimento), conclusão e a sua respectiva referência bibliográfica.

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2. Problematização

O sistema Rh é o segundo de maior importância clínica, sendo o mais complexo de todos os


sistemas, composto por 46 antígenos. Segundo Girello (2011), ressalta que 99% dos problemas
clínicos ligados ao sistema Rh são originados de cinco antígenos, sendo eles D, E, e, C e c. A
presença do antígeno eritrocitário D é classificado como Rh positivo, e sua ausência indica Rh
negativo. Com essas palavras, levanta-se a seguinte questão:

 Qual é o impacto do Factor Rhesus (Rh) para os Grupos sanguíneos?

3. Objectivos

3.1. Objectivo Geral:

 Analisar os Grupos sanguíneos e Factor Rhesus (Rh) nos seres humanos.

3.2. Objectivos Específicos:

 Conceituar os grupos sanguíneos e factores Rh;

 Identificar os grupos sanguíneos;

 Descrever os grupos sanguíneos e os factores Rh.

4. Metodologia:

Para a elaboração deste trabalho, centrou-se em metodologia do tipo qualitativa baseada em


consulta bibliográfica e analise documental que consolida-se com um trabalho de campo.

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5. Contextualização

5.1. Grupos sanguíneos

Os grupos sanguíneos são definidos de acordo com os antígenos presentes na membrana


eritrocitária. Tais antígenos possuem características polimórficas bem definidas, sendo parte
integrante dos componentes da membrana, herdados geneticamente, e classificados de acordo
com sua composição bioquímica, que pode ser de estruturas proteicas ou de carbohidratos
(Junqueira et al. 2009). Não há consenso entre os autores no que diz respeito às quantidades de
antígenos já descritos.

De acordo com Bonifácio e Novaretti (2009), a aplicação dos estudos moleculares permitiu a
identificação de mais de 250 antígenos eritrocitários, que são reconhecidos pela Sociedade
Internacional de Transfusão Sanguínea (ISBT) e organizados em 29 sistemas. Já no entendimento
de Parslow (2014, p. 217), são quantificados cerca de 600 antígenos eritrocitários, sendo que 207
pertencem a 23 sistemas de grupos sanguíneos.

No Sistema ABO existem quatro tipos de sangue: A, B, AB e O. Cada um deles é determinado


pela presença ou ausência de aglutinogénios e aglutininas. A incompatibilidade sanguínea pode
ocorrer as aglutininas reagem com os antígenos. Assim, é importante reconhecer os tipos
sanguíneos no momento de uma transfusão.

5.2. Aglutinogénios e aglutininas

No sistema ABO existem quatro tipos de sangues: A, B, AB e O. Esses tipos são caracterizados
pela presença ou não de certas substâncias na membrana das hemácias, os aglutinogénios (ou
antígenos), e pela presença ou ausência de outras substâncias, as aglutininas (ou anticorpos), no
plasma sanguíneo. Existem dois tipos de aglutinogénio, A e B, e dois tipos de aglutinina, anti-A e
anti-B. Pessoas do grupo A possuem o aglutinogénio A em suas hemácias e a aglutinina anti-B no
plasma; as do grupo B têm aglutinogénio B nas hemácias e a aglutinina anti-A no plasma;
pessoas do grupo AB têm aglutinogénios A e B nas hemácias e nenhuma aglutinina no plasma; e

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pessoas do grupo O não têm aglutinogénios nas hemácias, mas possuem as duas aglutininas,
antiA e anti-B, no plasma.

5.3. Tipos possíveis de transfusão

Segundo Almeida et al (2010), por volta de 1900, o médico austríaco Karl Landsteiner (1868 –
1943) verificou que, quando amostras de sangue de determinadas pessoas eram misturadas, as
hemácias se juntavam, formando aglomerados semelhantes a coágulos. Landsteiner concluiu que
determinadas pessoas têm sangues incompatíveis, e, de fato, as pesquisas posteriores revelaram a
existência de diversos tipos sanguíneos, nos diferentes indivíduos da população. Quando, em uma
transfusão, uma pessoa recebe um tipo de sangue incompatível com o seu, as hemácias
transferidas vão se aglutinando assim que penetram na circulação, formando aglomerados
compactos que podem obstruir os capilares, prejudicando a circulação do sangue.

As aglutinações que caracterizam as incompatibilidades sanguíneas do sistema ABO acontecem


quando uma pessoa possuidora de determinada aglutinina recebe sangue com o aglutinogénio
correspondente. Indivíduos do grupo A não podem doar sangue para indivíduos do grupo B,
porque as hemácias de alguém com sangue tipo A possuem o aglutinogénio A e, ao entrarem na
corrente sanguínea do receptor com sangue tipo B, são imediatamente aglutinadas pela aglutinina
anti-A presente em seu plasma sanguíneo.

A recíproca é verdadeira: indivíduos do grupo B não podem doar sangue para indivíduos do
grupo A. Tampouco indivíduos A, B ou AB podem doar sangue para indivíduos O, uma vez que
estes têm aglutininas anti-A e anti-B, que aglutinam as hemácias portadoras de aglutinogénios A
e B. Assim, o aspecto realmente importante da transfusão é o tipo de aglutinogénio da hemácia
do doador e o tipo de aglutinina do plasma do receptor. Indivíduos do tipo O podem doar sangue
para qualquer pessoa, porque não possuem aglutinogénios A e B em suas hemácias. Indivíduos,
AB, por outro lado, podem receber qualquer tipo de sangue, porque não possuem aglutininas no
plasma. Por isso, indivíduos do grupo O são chamados de doadores universais, enquanto os do
tipo AB são receptores universais.

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5.4. Factor Rhesus (Rh)

Segundo José e Gilberto (2004), o factor Rh é um sistema de grupos sanguíneos, descoberto a


partir do sangue do macaco Rhesus. Ele indica se o sangue é positivo ou negativo.

O factor Rh foi descoberto em 1940, pelos cientistas Landsteiner e Wiener, através de


experimentos envolvendo coelhos e macacos do género Rhesus, daí a origem do nome do factor
Rh. Eles descobriram que ao injectar o sangue do macaco nos coelhos, começava a produção
de anticorpos para combater as hemácias que foram introduzidas. Esses anticorpos foram
denominados de anti-Rh e eram os responsáveis por aglutinar as hemácias do macaco Rhesus. Em
testes com o sangue humano, as pesquisas demostraram que determinados tipos de sangue
possuem ausência do factor Rh, uma vez que os indivíduos que apresentaram as hemácias
aglutinadas pelo anticorpo Rh, (José e Gilberto, 2004).

Assim, surgiu a classificação como Rh positivas (Rh+), enquanto que as hemácias que não se
aglutinaram, foram classificadas como Rh negativas (Rh-).

De acordo Octaviano e Paulo (2005), assim, nem todas as pessoas possuem o antígeno Rh. Para
saber se uma pessoa possui Rh+ ou Rh-, é realizado um exame no qual se mistura a amostra de
sangue em uma solução de Rh. Se ocorre aglutinação das hemácias, o sangue é do tipo Rh+, se
não ocorrer é porque a pessoa é Rh-.

Para Lopes e Rosso (2005), a determinação do sistema Rh é feita por um par de alelos com
dominância completa, sendo o alelo R o dominante e o alelo r recessivo. Assim, os genótipos do
factor Rh são os seguintes:

Genética do Factor Rh
Factor Rh Hemácias Genótipo
Rh+ Antígeno Rh RR ou Rr
Rh- Sem antígeno Rh rr

É importante reconhecer o factor Rh no momento de transfusões sanguíneas. Por exemplo, uma


pessoa com Rh- não deve entrar em contacto com o sangue Rh+. Isso ocorre porque o organismo
tentará destruir as substâncias não conhecidas presente no sangue recebido, (Lopes e Rosso,

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2005). Existe também risco de problemas de incompatibilidade sanguínea durante a gravidez.
Considere uma mulher com Rh- grávida de uma bebé com Rh+, nesse caso, as hemácias do bebé,
vistas como um agente estranho, poderão ser destruídas pelo sistema de defesa do organismo da
mãe.

Essa condição é conhecida por eritroblastose fetal e pode causar a morte do bebé durante a
gestação ou depois do nascimento. No conjunto de Rh não haverá anticorpos anti-Rh já prontos
no plasma. Esses anticorpos só são produzidos se uma pessoa Rh- acabar recebendo sangue de
uma pessoa Rh+.

O sistema Rh é o segundo de maior importância clínica, sendo o mais complexo de todos os


sistemas, composto por 46 antígenos. Segundo Girello (2011), ressalta que 99% dos problemas
clínicos ligados ao sistema Rh são originados de cinco antígenos, sendo eles D, E, e, C e c. A
presença do antígeno eritrocitário D é classificado como Rh positivo, e sua ausência indica Rh
negativo.

Os estudos dos antígenos D demonstraram ainda formas variadas destes antígenos, tanto
qualitativas como quantitativas, sendo as mais comuns: D fraco, que possui a expressão de
antígeno D reduzida (Almeida et al. 2010), e D parcial, onde um ou mais epítopos do antígeno D
são substituídos por outras sequências de aminoácidos (Girello, 2011).

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6. Conclusão

Os tipos ou grupos sanguíneos foram descobertos no início do século XX, ao misturar amostras


de sangues de diversas pessoas. Observou-se que em alguns casos as hemácias se aglutinavam,
concluindo que existiam diferentes tipos de sangue com reacções entre eles indicando a
incompatibilidade. Os mais importantes tipos sanguíneos da espécie humana são o Sistema
ABO e o Factor Rh.

O sistema ABO é considerado o de maior relevância clínica devido à presença de anticorpos


naturais e regulares no plasma dos indivíduos, formados desde o nascimento e circulantes a partir
dos 3 meses de idade. Sendo assim, caso ocorra uma transfusão de concentrado de hemácias
ABO incompatíveis, os anticorpos do receptor agirão contra os antígenos do doador,
desencadeando uma reacção hemolítica intravascular considerada grave, bem como um
desequilíbrio imunológico e bioquímico, que poder á levar o indivíduo à morte em dez a vinte
minutos após100 ml infundidos.

Em fim, o gene H é o responsável em originar o sistema ABO, que ocorre através da codificação
de uma enzima (fucosiltransferase) que inclui um açúcar (L-fucose) ao açúcar terminal de uma
cadeia precursora nas hemácias, dando origem ao antígeno H. A seguir, o antígeno H é
convertido em antígeno A ou antígeno B. Quando há a acção do gene A, este dá origem a outra
enzima (N-acetilgalactosaminil-transferase), a qual adiciona um açúcar (N-acetilgalactosamina)
ao antígeno H, transformando-o em antígeno A. Já a conversão para o antígeno B se dá por meio
da codificação de outra enzima (Dgalactosiltransferase), responsável por incluir um açúcar (D-
galactose) ao antígeno H, transformando-o em antígeno B.

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7. Referencia Bibliográficas
1. Almeida, T. V.; Lorenzi, T. F.; Wendel, N. S. (2010). Hematologia e hemoterapia:
fundamentos de morfologia, fisiologia, patologia e clínica. 1. ed. São Paulo: Atheneu.
2. Bonifácio, S. L.; Novaretti, M. C. Z. (2009). Funções biológicas dos antígenos eritrocitários.
Rev. Bras. Hematol. Hemoter. São Paulo, v. 31, n.
3. Girello, A. L.; Kühn, T. I. B. B. (2011). Fundamentos da imuno-hematologia eritrocitária. 3.
ed., São Paulo: SENAC-SP.
4. José, M. A.; Gilberto, R. M. (2004). Biologia. Volume 3; 2. Ed.; SP, Moderna.
5. Junqueira, P. C.; Hamerschlak, N.; Rosenblit, J. (2009). Hemoterapia Clínica. São Paulo:
Roca.
6. Lopes, S.; Rosso, S. (2005). Biologia. Volume único; 2. ed.; SP, Saraiva.
7. Octaviano, F. L.; Paulo, T. B. (2005). Biologia – Genética e Biotecnologia: ensino médio.
Curitiba, Positivo.
8. Parslow, T. G. et al. (2014). Imunologia Médica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

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