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Filariose Linfatica
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução...................................................................................................................................1
Objectivo Geral.......................................................................................................................1
Objectivos específicos............................................................................................................1
Metodologia............................................................................................................................1
Filariose linfática........................................................................................................................3
Agente etiológico....................................................................................................................3
Morfologia..............................................................................................................................4
Habitat.....................................................................................................................................5
Transmissão............................................................................................................................6
Ciclo Biológico.......................................................................................................................6
Patogenia.................................................................................................................................7
Diagnóstico.............................................................................................................................8
Tratamento............................................................................................................................11
Profilaxia...............................................................................................................................15
Conclusão..................................................................................................................................17
Bibliografia...............................................................................................................................18
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Introdução
A filariose linfática, doença parasitária crónica, é causada pelo verme nematóide Wuchereria
bancrofti, sendo também conhecida como bancroftose. Sua transmissão se dá pela picada da
fêmea do mosquito Culex quinquefasciatus infectado com larvas do parasito. Os vermes
adultos causam lesões nos vasos linfáticos onde se desenvolvem e as lesões provocadas pela
presença dos parasitos serão responsáveis pelo quadro clínico que se apresentará.
Nas últimas décadas houve considerável avanço nas estratégias de combate a essa endemia.
Por isso, em 1997, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs sua eliminação global
como problema de saúde pública até o ano 2020.
Contudo o trabalho tem como objectivos, que na perspectiva de Viera (2000), «Objectivos são
os resultados que precisam ser alcançados para a construção de toda demonstração que podem
ser expressões em dois grupos»:
Objectivo Geral
Descrever a filariose Linfatica
Objectivos específicos
Identificar o agente etiológico, habitat
Descrever a morfologia, ciclo biológico, transmissão, patogenia, profilaxia,
Diagnostico e tratamento
Metodologia
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Filariose linfática
Filariose linfática é infecção por qualquer uma das 3 espécies de Filarioidea. Os sintomas
agudos incluem febre, linfadenite, linfangite, epididimite e funiculite (inflamação do cordão
espermático). Sintomas crônicos incluem abscessos, hiperqueratose, poliartrite, hidrocele,
linfedema e elefantíase. Eosinofilia pulmonar tropical com broncospasmo, febre e infiltrado
pulmonar é outra manifestação da infecção. O diagnóstico é feito pela detecção de
microfilárias no sangue, visualização por ultrassom de vermes adultos nos vasos linfáticos ou
sorologia. O tratamento é realizado com dietilcarbamazina; antibióticos são usados em
complicações como celulite bacteriana.
Filariose linfática é causada por Wuchereria bancrofti (cerca de 90% dos casos), Brugia
malayi ou B. timori. A transmissão ocorre por mosquitos. Larvas infectantes do mosquito
migram para as vias linfáticas, nas quais se desenvolvem até vermes adultos no período de 6 a
12 meses. As fêmeas medem de 80 a 100 mm e os machos, cerca de 40 mm. Fêmeas adultas
grávidas produzem microfilárias, que circulam no sangue.
Agente etiológico
Familia: Onchocercidae: (femeas duas a 4 vezes maiores que os machos e apresentado vulva
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Morfologia
Microfilária
Esta forma também pode ser chamada de embrião. A fêmea grávida faz a postura de
microfilárias, que possuem uma membrana de revestimento delicada e que funciona como
uma “bainha flexível”. A microfilária mede de 250 µm a 300 µm de comprimento e se
movimenta activamente na corrente sanguínea do hospedeiro. A bainha cuticular lisa é
apoiada sobre numerosas células subcuticulares (que irão formar a hipoderme e a musculatura
do helminto adulto) e células somáticas (que irão formar o tubo digestivo e os órgãos). A
observação da bainha de revestimento é importante, pois alguns filarídeos encontrados no
sangue não possuem tal estrutura, sendo este um dos critérios morfológicos para o diagnóstico
diferencial.
Larvas
São encontradas no insecto vector. A larva de primeiro estádio (L1) mede em torno de 300
µm de comprimento e é originária da transformação da microfilária. Essa larva se diferencia
em larva de segundo estádio (L2), duas a três vezes maior, e sofre nova muda originando a larva
infectante (L3), que tem entre 1,5 mm e 2 mm de comprimento
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Habitat
Vermes adultos machos e fêmeas permanecem juntos nos vasos e gânglios linfáticos
humanos, vivendo, em média, 8 a 10 anos. As regiões do corpo humano que normalmente
abrigam as formas adultas são: pélvica (atingindo pernas e escroto), braços e mamas (mais
raramente). São frequentemente localizados nos vasos linfáticos do cordão espermático. As
microfilárias eliminadas pelas fêmeas saem dos ductos linfáticos e ganham a circulação
sanguínea do hospedeiro.
Periodicidade
Uma característica deste parasito, verificada na maioria das regiões onde é encontrado, é a
periodicidade nocturna de suas microfilárias no sangue periférico do hospedeiro humano:
durante o dia, essas formas se localizam nos capilares profundos, principalmente nos pulmões
e, durante a noite, aparecem no sangue periférico, com pico da microfilaremia em torno da
meia-noite, decrescendo novamente até o final da madrugada. A partir do final da madrugada
as microfilárias, são encontradas em número muito pequeno ou não é detectado durante o dia
no sangue periférico.
No Pacífico Sul e sudeste da Ásia, onde o principal transmissor é um mosquito que exerce a
hematofagia durante o dia, as microfilárias podem ser detectadas no sangue periférico
humano a qualquer hora, com maior concentração no final da tarde (em torno das 16 horas),
sendo consideradas aperiódicas ou subperiódicas diurna (também existe a forma periódica
nocturna nestas regiões). Apesar dessa coincidência (horário da hematofagia do vector e
maior microfilaremia periférica), nenhuma das diversas hipóteses levantadas conseguiu
explicar essa periodicidade, a não ser a necessidade biológica do encontro da microfilária com
o mosquito vector.
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Transmissão
Unicamente pela picada do insecto vector infectado (fêmea de C. quinquefasciatus nas
Américas) e deposição das larvas infectantes na pele lesada do hospedeiro.
Ciclo Biológico
É do tipo heteroxénico. A fêmea do Culex quinquefasciatus, ao sugar o sangue de pessoas
parasitadas, ingere microfilárias que, no estômago do mosquito, após poucas horas, perdem a
bainha, atravessam a parede do estômago do inseto, caem na cavidade geral, alojam-se nos
músculos torácicos e transformam-se em uma larva (larva salsichoide) denominada L1 ou
larva de primeiro estádio.
Seis a 10 dias após o repasto infectante ocorre a primeira muda originando a L2 ou larva de
segundo estádio. Esta cresce muito e, 10-15 dias depois, sofre a segunda muda
transformando-se em larva infectante (L3) ou larva de terceiro estádio, medindo
aproximadamente 1,5 mm a 2 mm, que migra pelo insecto até alcançar a probóscida (aparelho
picador), concentrando-se no lábio do mosquito. O ciclo no hospedeiro invertebrado é de 15 a
20 dias em temperatura de 20-25 oC, mas, em temperaturas mais elevadas, pode ocorrer em
menor período. Quando o insecto vector faz novo repasto sanguíneo, as larvas L3 escapam do
lábio, penetram pela solução de continuidade da pele do hospedeiro (não são inoculadas pelos
mosquitos) e migram para os vasos linfáticos. Meses depois as larvas amadurecem e se
transformam em vermes adultos com sexos distintos. As fêmeas grávidas após fecundadas
produzem microfilárias que migram para o sangue do hospedeiro vertebrado. O período pré-
patente, que vai desde a infecção humana (penetração de larva infectante) até o encontro de
microfilárias no sangue do hospedeiro, é longo e varia em torno de 7 a 9 meses.
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Patogenia
A resposta imune do hospedeiro e a reacção inflamatória provocada pela presença do parasito
aparentemente são factores determinantes na patogenia da filariose linfática. Pouco se
conhece sobre os factores determinantes do curso natural da infecção por W. bancrofti, mas
sabe-se que a evolução da doença é lenta e que os sinais, quando presentes, são decorrentes
principalmente da dilatação dos vasos linfáticos.
A maior parte dos infectados apresenta doença subclínica com danos nos vasos linfáticos
(ectasia – dilatação e proliferação do endotélio), sem reacção inflamatória, ou dano no sistema
renal (hematúria microscópica).
Alguns pacientes permanecem assintomáticos por anos, mesmo após a morte dos vermes
adultos. Em outros, com a morte dos parasitos, tem início a fase inflamatória do processo.
Como consequência há o desencadeamento de episódios de linfangite aguda e linfadenite,
acompanhado de sintomas como febre, dor de cabeça, mal-estar e dor local e vermelhidão na
região atingida.
Quando há ruptura dos vasos linfáticos dilatados, ocorre derramamento de linfa que se
acumula na parte afectada do organismo. A disfunção linfática pode provocar o
extravasamento de líquido com acúmulo de fluido, entre o testículo e a membrana que o
envolve, denominada túnica vaginal, causando a hidrocele quando o líquido é amarelo claro, e
quilocele quando tem aspecto leitoso pela presença de quilomícrons. Alguns pacientes
também podem apresentar comprometimento renal com derramamento de linfa no trato
urinário que induz a quilúria. Outra complicação é o linfedema, que ocorre pelo
extravasamento da linfa de vasos linfáticos que drenam a pele. A recorrência de infecções
bacterianas ou fúngicas secundárias na pele é um importante factor que contribui para a
cronificação do processo, predispondo ao linfedema crónico que pode evoluir para elefantíase
em cerca de 10 a 15 anos.
O linfoescroto é uma forma rara e ocorre quando os vasos linfáticos superficiais da pele da
bolsa escrotal se rompem, com exsudação de linfa, deixando a região genital do paciente
constantemente húmida. É um quadro que provoca grande desconforto e constrangimento,
além de tornar o ambiente propício a infecções bacterianas de repetição.
Em pacientes com o quadro conhecido como eosinofilia pulmonar tropical (EPT) ocorre
aumento de IgE total e marcante elevação do número de células inflamatórias em infiltrados
pulmonares, principalmente hipereosinofilia (podem-se encontrar até 60% de eosinófilos),
com características morfológicas de células activadas. Histologicamente há uma pronunciada
infiltração pulmonar de histiócitos nos espaços alveolares e interstícios, acompanhada de
broncopneumonia e abscessos eosinofílicos com microfilárias. Posteriormente, na fase
crónica, há o aparecimento de fibrose intersticial crónica nos pulmões, que altera a função do
órgão.
Diagnóstico
Clínico
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pyogenes (mais comum) ou Staphylococcus aureus e a cromoblastomicose, uma micose
subcutânea causada por fungos da família Dermatiaceae. Má formação congénita dos vasos
linfáticos ou outras causas que perturbem o fluxo linfático, inclusive choque mecânico
(acidentes), podem gerar um quadro de linfedema, que em estágios mais avançados levam à
elefantíase. Deve ficar claro que nem todo quadro de elefantíase é de etiologia filarial.
Laboratorial
A pesquisa de microfilárias no sangue periférico pode ser feita por diferentes métodos
parasitológicos. Entre os disponíveis, o mais utilizado é a gota espessa preparada com 60 a 80
microlitros de sangue colhido por punção capilar digital, entre 22 h e 24 h devido à
periodicidade nocturna das microfilárias no sangue periférico dos hospedeiros. Quatro a cinco
gotas de sangue são colocadas diretamente sobre uma lâmina de microscopia limpa e seca e
espalhadas de maneira homogénea formando um rectângulo com bordas regulares.
Não se deve usar sangue com anticoagulante, pois esse interfere na aderência das
microfilárias nas lâminas e no processamento para a coloração elas podem se soltar. Dez a 12
horas após o preparo das lâminas com sangue faz-se a des-hemoglobinização (mergulhando a
lâmina por 10 minutos em cuba com água destilada), a fixação com metanol (1 a 2 minutos), a
coloração pelo Giemsa e o exame ao microscópio para verificar a presença de microfilárias. A
gota espessa de sangue é utilizada em inquéritos epidemiológicos por ser prática, rápida e
económica.
Para aumentar a sensibilidade desta técnica recomenda-se preparar mais de uma lâmina de um
mesmo paciente, obedecendo ao horário noturno para a colheita de sangue para evitar
resultados falso-negativos que, em sangue colhido às 15 horas, 71% dos exames são falso-
negativos).
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Apesar de pouco utilizada na rotina, é uma alternativa para o diagnóstico de indivíduos com
baixa microfilaremia. É uma metodologia bastante sensível e normalmente utilizada para os
diagnósticos de casos individuais ou controle póstratamento, permitindo o exame de amostras
de até 10 mL de sangue, observando o horário nocturno para a colheita.
Microfilárias podem estar ausentes no sangue, mas presentes na urina (quilúria e hematúria)
ou líquidos da hidrocele. Nestes casos, o material obtido deve ser analisado usando técnicas
de concentração.
A pesquisa de larvas de W. bancrofti no vector pode ser feita pelo método tradicional de
dissecção individual dos insectos e pela identificação microscópica do parasito.
Esta técnica permite a identificação específica das larvas encontradas, assim como a
determinação e a quantificação de cada um dos diferentes estádios larvários. A partir destes
dados é possível calcular o índice de infecção (percentagem de mosquitos infectados por
qualquer estádio larvário) e de infectividade (percentagem de mosquitos albergando larvas
infectantes – L3). No entanto, a dissecção é um método laborioso, e por vezes é difícil a
distinção morfológica das larvas encontradas em áreas onde outras espécies de filarídeos,
inclusive de animais, são prevalentes. A dissecção pode ser substituída pela técnica de PCR,
sensível a ponto de detectar DNA proveniente de uma única larva de W. bancrofti em
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amostras de mosquitos. Tem-se a possibilidade do exame de lotes (pools) de mosquitos, em
vez do processamento individual, o que diminui o custo do exame.
Tratamento
Específico – Quimioterápico
O tratamento da filariose linfática é indicado para todos os indivíduos com infecção activa,
independente de apresentarem ou não manifestações clínicas relacionadas com a presença do
parasito. Visa prevenir a morbidade, corrigir as alterações provenientes do parasitismo
(linfangite, linfedema, hidrocele) e interromper a transmissão para novos hospedeiros.
A DEC também possui considerável acção sobre os vermes adultos. Evidências directas
foram obtidas de pacientes que, após o tratamento, apresentavam reacções nodulares locais
nos linfáticos, com processo granulomatoso, encontro de eosinófilos e fibrose progressiva em
volta dos vermes adultos mortos. Evidência indireta da ação sobre o verme adulto é o
desaparecimento das microfilárias após o tratamento. No entanto, às vezes, nem todos os
vermes são mortos, mesmo depois de repetidos tratamentos.
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A DEC também é o medicamento de escolha para os casos de eosinofilia pulmonar tropical
(EPT), na qual acentuada melhora clínica ocorre poucos dias após o início do tratamento e a
função pulmonar retorna ao normal se os danos no órgão não foram extensos. No caso da
EPT, o tratamento deve ser prolongado por até 30 dias.
Outro medicamento que tem sido estudado, o albendazol, não tem efeito microfilaricida em
curto prazo quando administrado em dose única. Independente do efeito sobre a W. bancrofti,
o uso do albendazol associado à DEC é recomendado pelo seu largo espectro anti-helmíntico,
uma vez que pacientes com filariose linfática frequentemente apresentam co-infecção com
parasitos intestinais, presentes nas áreas onde predominam baixo nível socioeconómico e
carência em saneamento. A OMS recomenda o tratamento do hospedeiro com duas drogas
simultaneamente (DEC + ivermectina ou albendazol).
Para o tratamento em massa, preconizado para áreas com elevada endemicidade (> 10% de
microfilaremia), utiliza-se a DEC em dose única (6 mg/kg peso) de 6 em 6 meses ou
anualmente a toda a população, sem se fazer previamente exames para indicação dos
parasitados.
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Tratamento nas diversas manifestações clínicas
Na linfangiectasia subclínica
O tratamento, neste caso, é feito com DEC, no mesmo esquema recomendado para os casos
de infecções activas.
Na hidrocele
No linfedema
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Na quilúria
Na quilocele
Difere da hidrocele apenas pelo fato de ser um processo decorrente de fistulização do vaso
linfático e não de disfunção linfática. O tratamento segue os mesmos critérios usados para
hidrocele.
No linfoescroto
O tratamento deve ser capaz de debelar a infecção e impedir a produção de microfilárias, que
possam desencadear reacção pulmonar. Para isso, se utiliza o tratamento padrão com DEC
(6mg/Kg/dia, 12 dias). O tratamento deverá ser monitorado pela contagem de eosinófilos em
sangue periférico, pela resposta clínica do paciente e, quando detectado o sinal da “dança das
filárias” pela ultra-sonografia, com seu desaparecimento. Frequentemente há necessidade de
repetições deste esquema de tratamento, até normalização dos parâmetros de monitoramento.
Na hematúria
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da infecção ou supressão da produção de microfilárias pelos vermes adultos. Para isso, é
recomendado o tratamento utilizado nas infecções activas.
Profilaxia
Não existe um medicamento profilático para quem se encontra em áreas endémicas, mesmo
que por pequeno período de tempo. Deve ser evitado o contacto humano vector. O controle
baseia-se principalmente em três pontos básicos: tratamento de todas as pessoas parasitadas,
combate ao insecto vector e melhoria sanitária.
Contra insectos adultos e larvas podem-se usar insecticidas e larvicidas químicos, como
organofosforados, carbamatos e piretroides. No entanto, o controle químico vem sendo
abandonado, não só pelo alto custo operacional em razão da necessidade de aplicações
frequentes, mas também pela possibilidade de indução de resistência e dos efeitos prejudiciais
ao meio ambiente e ao ser humano. Uma alternativa são os métodos biológicos como, por
exemplo, as bactérias entomopatogênicas (Bacillus sphaericus ou B. thuringiensis). Essas
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bactérias, depois de ingeridas pelas larvas, liberam uma toxina que afecta o tubo digestivo das
mesmas, causando infecção generalizada e morte. Outra vantagem é que são selectivas,
actuando apenas contra larvas de Culex e Anopheles. Para protecção individual, devem-se
usar repelentes, dormir sob mosquiteiros ou telar as janelas e portas das residências. Em
algumas regiões, utilizam-se mosquiteiros impregnados com insecticida para aumentar a
protecção.
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Conclusão
Filariose linfática é infecção por qualquer uma das 3 espécies de Filarioidea. Os sintomas
agudos incluem febre, linfadenite, linfangite, epididimite e funiculite (inflamação do cordão
espermático). Sintomas crónicos incluem abscessos, hiperqueratose, poliartrite, hidrocele,
linfedema e elefantíase. Eosinofilia pulmonar tropical com broncospasmo, febre e infiltrado
pulmonar é outra manifestação da infecção. O diagnóstico é feito pela detecção de
microfilárias no sangue, visualização por ultrassom de vermes adultos nos vasos linfáticos ou
sorologia. O tratamento é realizado com dietilcarbamazina; antibióticos são usados em
complicações como celulite bacteriana.
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Bibliografia
DREYER, G. et al. (2002). Basic Limphoedema Management. United States of America. (p.
112). Hollis Publishing Company.
DREYER, G.; NORÕES, J. Filariose bancrofiana. In: BATISTA, R. S. et al. (2001) Medicina
tropical: abordagem atual das doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro:
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GIL, António Carlos. (1991). Como Elaborar Projetos de Pesquisa. (3ªEd). São Paulo. Editora
Atlas.
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