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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Teorias de Desenvolvimento da Leitura

Nome do estudante: Ernesto Cassimo


Código:708210992

Curso: L. em Ensino de Português

Disciplina: Psicolinguística

Ano de Frequência: 4° Ano


Turma: L

Nampula, Abril de 2024


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Universidade católica de Moçambique

Instituto de Ensino a distância

(Teorias de Desenvolvimento da Leitura)

Nome do estudante: Ernesto Cassimo - Código: 708210992

Trabalho apresentado para avaliação no módulo de Psicolinguística curso


de Licenciatura em ensino Português da Universidade Católica de
Moçambique, Instituto de Ensino a distância, orientado pelo:

O tutor:

Nampula, Abril de 2024

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Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1 Introdução ................................................................................................................................ 6

1.1 Objectivo geral .................................................................................................................. 6

1.2 Objectivos específicos ...................................................................................................... 6

2 Fundamentacao Teórica ........................................................................................................... 7

2.1 Conceitos .......................................................................................................................... 7

2.2 Leitura ............................................................................................................................... 7

3 Teorias do desenvolvimento da leitura .................................................................................... 8

3.1 Teoria Estruturalista .......................................................................................................... 8

3.2 Teoria de Processamento de Dados .................................................................................. 8

3.2.1 Teoria de Leitura sem mediação sonora .................................................................... 9

3.2.2 Teoria da Análise pela Síntese................................................................................... 9

3.2.3 Teoria das Múltiplas Hipóteses ................................................................................. 9

3.2.4 Modelo Construtivista ............................................................................................... 9

3.2.5 Teoria Reconstrutor ................................................................................................. 10

3.2.6 Teoria de Processos Metacognitivos ....................................................................... 10

3.2.7 Conclusão ................................................................................................................ 11

3.2.8 Referencias Bibliográficas ....................................................................................... 12

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1 Introdução

O presente trabalho, tem como o seu tema de estudo‘’ Teorias de Desenvolvimento da Leitura’.’
Portanto, o desenvolvimento das teorias sobre a leitura acompanha o desenvolvimento da própria
linguística. Para respondermos à pergunta “o que fazemos quando lemos?”, examinamos as
várias propostas de modelos de leitura, desde aquela que a vê apenas como um acto de
decodificação sonora até aquelas que a vêem como um acto de identificação das intenções do
autor e de recontrução do planeamento do seu discurso considerando que a leitura revelasse como
uma condição essencial para que o cidadão participe efectivamente da construção de uma
sociedade mais justa, igualitária, crítica e solidária.

Em relação ao tema proposto, o presente trabalho apresenta os seguintes objectivos.

1.1 Objectivo geral

 Compreender a compreender as teorias de desenvolvimento da leitura.

1.2 Objectivos específicos

 Conceituar a leitura;
 Identificar os vários modelos que sustentam o desenvolvimento da leitura;
 Apresentar fundamentos básicos de cada uma das terias.

Em termos estruturais, o nosso trabalho apresenta: Introdução, Desenvolvimento, Conclusão, e


Bibliografia. Não obstante, para a elaboração deste trabalho, em termos metodológicos,
recorremos a leitura de diversos manuais e outras fontes bibliográficas, onde fizemos uma leitura
sintética a volta do tema em estudo.

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2 Fundamentação Teórica

2.1 Conceitos

2.2 Leitura

Segundo Bocha (1995) citando Coll (1990), a leitura é o processo no qual o leitor realiza um
trabalho activo de compreensão e interpretação do texto a partir de seus objectivos, conhecimento
sobre o assunto, quem é o autor do texto e todo seu conhecimento de linguagem.

Segundo Tembe s.d, leitura – acção de identificar as letras e de as juntar para compreender a
ligação entre o que é dito e o que é escrito. No processo de ensino-aprendizagem, a acção de
leitura pressupõe:

Decifração, isto é, a passagem da grafia ao som, uma espécie de descodificação antes da


recodificação. Trata-se da acção de compreender o que está representado por sinais gráficos;

Interpretação correcta da pontuação, a restituição dos grupos de sopro e dos esquemas


entoativos quando se trata de leitura em voz alta (ou da recitação)de um texto escrito;

Compreensão do conteúdo do texto lido, quando alguns dos elementos lexicais e gramaticais
não são ainda compreendidos pelo aluno;

Aceleração da leitura, apoiando-se nas redundâncias ou nos caracteres de probabilidades do


sistema ou do texto. O ensino-aprendizagem da leitura, assim como da escrita, constitui um dos
fundamentos de toda a escolaridade.

Assim, conceituamos leitura como o processo de ver o que está escrito, interpretar por meio da
leitura, decifrar, compreender o que está escondido por um sinal exterior, descobrir, tomar
conhecimento do texto da leitura.

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3 Teorias do desenvolvimento da leitura

3.1 Teoria Estruturalista

Segundo Mutsuque s.d, os estruturalistas defendem que a leitura é um processo mediado pela
compreensão oral, isto é, o leitor produz, em resposta ao texto, sons da fala, e é esta resposta-
estímulo que é associada ao significado. Podemos representar essa concepção esquematicamente:

Estimulo visual Resposta-estimulo auditivo Significado

Com a ilustração acima, entende-se que o que foi retido na memória de curto termo é uma
espécie de fala, admitindo-se, porém, que possa haver uma leitura sem recodificação sonora,
como acontece com os surdos. Pez embora, vê-se ainda a leitura como um processo instantâneo
de decodificação de letras em sons, e a associação destes com o significado.

3.2 Teoria de Processamento de Dados

A teoria de processamento de dados defende que qualquer tarefa cognitiva pode ser analisada em
etapas ordenadas, começando com um estímulo sensorial e terminando com uma resposta. Para
este modelo, GOUGH propõe as seguintes etapas:

Transformação do estímulo percebido em uma imagem visual (composta de barras, curvas e


ângulos). É a identificação da configuração geral da palavra;

Identificação letra por letra, da esquerda para a direita, e colocação dos tipos dentro de um
“registo de carácter”;

Interpretação das letras em fonema. A interpretação chega apenas ao nível abstracto do fonema,
ficando a representação fonémica “gravada em uma fita” à espera de que a “bibliotecária” faça a
busca lexical;

Depósito dos itens lexicais na memória operacional, onde se dá a compreensão a nível setencial,
através de um misterioso operador sintético-semântico denominado “Merlin”;

Aplicação, por um “editor”, de regras fonológicas a essa sentença interpretada, resultando daí um
enunciado fonético.
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3.2.1 Teoria de Leitura sem mediação sonora

A leitura, de acordo com esta teoria, é entendida exclusivamente como uma actividade de
reconhecimento e de compreensão, e não como uma actividade que exige uma recodificação
sonora, que, por sua vez, levaria ao significado (Mutsuque s.d).

3.2.2 Teoria da Análise pela Síntese

O processo de síntese consiste na construção de unidades hierarquicamente mais altas ou


maiores, a partir de unidades menores ou mais baixas: sintetizamos quando simulamos a
produção da fala; a criança sintetiza, ao ler, se a base da sua leitura é o b + a = ba. Por outro lado,
se partimos do todo para chegar às suas unidades constitutivas, estaremos usando o processo
analítico. Neste processo analítico a criança, ela precisa passar por fases em que o significado
parcial é obtido pela síntese de alguns elementos contíguos.

Por exemplo, em algum momento ela estará fazendo uma operação do tipo não + é + igual =
diferente. Assim: ler é uma sequência de processos, cada um dos quais composto de três
subprocessos: formação de hipóteses, síntese de dados e confirmação/desconfirmação.

3.2.3 Teoria das Múltiplas Hipóteses

Mutsuque s.d afirma que há propostas de que o processo ocorra em vários níveis, cada um dos
quais formula hipóteses alternativas. Destas, apenas algumas são seleccionadas, porque as outras
não são compatíveis com as hipóteses em outros níveis. Podemos imaginar um leitor proficiente
tentando adivinhar o item que deve preencher uma lacuna x. Ele estará operando
simultaneamente a nível local (frasal), a nível do que já foi compreendido até àquela lacuna e
tomando sua decisão em função também do que vem depois, no texto.

3.2.4 Modelo Construtivista

Para Mutsuque s.d citando Smith, muito do significado que extraímos do texto vem de
informações não-visuais. Da mesma forma que temos uma teoria linguística que nos permite
interpretar a forma linguística, temos também uma teoria do mundo que nos faz imprimir sentido
ao texto.

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Ainda na visão de Mutsuque s.d baseado em Sapiro, o significado não reside em palavras,
sentenças, parágrafos ou mesmo textos; o que a língua prevê é um “esqueleto”, base para a
criação de sentido. Esse esqueleto deve ser preenchido, enriquecido e embelezado, de forma que
o resultado se conforme com a visão do mundo e a experiência do leitor.

3.2.5 Teoria Reconstrutor

A leitura é um acto de reconstrução dos processos de produção. Apoia-se em pressupostos


funcionalistas: este modelo vê o acto de ler como interacção do leitor com o próprio autor, em
que o texto apenas fornece as pegadas das intenções deste último (Mutsuque s.d)

3.2.6 Teoria de Processos Metacognitivos

As estratégias conscientes, ou metacognitivas, caracterizam o comportamento do leitor maduro,


pois derivam do controle planeado e deliberado das actividades que levam à compreensão.

Podemos falar de níveis de maturidade, pois uma criança que está objectivando apenas a leitura
de palavras poderá monitorar seu comportamento para o reconhecimento nesse nível, assim como
o adulto proficiente o faz no nível de compreensão do texto.

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3.2.7 Conclusão

Após realizar o trabalho, concluímos que: a leitura não é só um processo de decodificação de


símbolos linguísticos, mas também de fato, interpretar e compreender o que se lê e é também um
processo interactivo.

No ensino-aprendizagem da leitura é muito complexo pois para a sua materialização precisa de


muito empenho ou envolvimento do professor, família e de todos. A leitura constitui um
processo com vários períodos, entenda-se “considera-se o assunto, o que se sabe sobre ele,
selecciona-se o material, e procede-se à sua estruturação tendo em conta as suas características, a
finalidade do acto, o receptor da mensagem, só depois se passa para a representação linguística.

A leitura é defendida pelas estruturalista, processamento de dados, leitura sem mediação sonora,
análise pela síntese, das múltiplas hipóteses, construtivista, reconstrutor e processos
metacognitivos.

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3.2.8 Referencias Bibliográficas

BACHA, Magdala Lisboa (1975) Leitura na primeira série. 2.ed. Rio de Janeiro: Ao livro
técnico.

TEMBE C.R. C. A MAXAIEIE, J. & MATABEL, F. (s.d) Manual de Didáctica de Língua


Portuguesa – Língua Segunda: Formação de Professores do Ensino Primário e Educação de
Adultos. ed. MINEDH. Maputo – Moçambique.

Mutsuque J. A. Psicolinguística. Universidade Católica de Moçambique.

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