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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1.Introdução……………………………………………………………...................................…..5
1.1.2. Geral………………………………………………………………………..………..….…..5
1.1.3 Especificos………………………………………..……………………………….….……..5
2. Desenvolvimento……………….…..……………………………...…...………............………6
3.Conclusão……….......................................................................................................................14
4.Referências ………………………………..……………………………….…….……............15
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1. Introdução
A História Económica é um campo do conhecimento que se situa naconfluência de duas áreas,
História e Economia. E é por definição, umterritório interdisciplinar que permite estabelecer
relações entre diversassub-áreas de cada uma das matrizes.(Pinheiro, s.d)
Assim, a história económica, como disciplina autónoma, estuda por meio dos métodos da
história, das estruturas económicas e dos eventos que marcaram uma mudança de curso no
passado. É na ordem deste pensamento que o presente trabalho com título“Situação económica
das colonias portuguesas após da 2ª guerra mundial”foi efetivado.
Neves (1994) na sua obra o Crescimento económico português no pós-guerra: um quadro global
Portugal, vinca logo na introdução que Portugal representa uma realidade única na cena
económica da Europa do pós- -guerra. Isto é evidente quando se compara a situação portuguesa
com a dos outros países europeus. Sendo um país pequeno e periférico, Portugal começou o seu
processo de industrialização em meados do século xx. As condições físicas e o desfasamento
temporal criaram divergências em relação à história económica geral da Europa.
1.1.Objetivos do trabalho
Com este título, tem-se por objetivo geral: descrever a situação económica das colonias
portuguesas apos a 2ª guerra mundial.
1.2.Específicos
Para a concretização do objetivo geral pretendido, será mediante aos objetivos específicos, que
são:
No tocante ao percurso metodológico usada para este trabalho, foi privilegiado a pesquisa
bibliográfica. Tal como explica Gil (2008),a pesquisa bibliográfica é feita a partir de
levantamento de referências teóricas já analisadas e publicadas por meios escritos e eletrónicos,
como livros, artigos científicos, páginas de web sites.
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2. Desenvolvimento dos conteúdos
Conceito de economia
Etimologicamente, a palavra Economia vem do grego OIKOS (casa) e NOMOS (norma,
lei). Seria a “administração da casa”, entendida aqui como “administração da coisa
Pública”. Desta forma, “Economia” pode ser definida como a ciência social que estuda a
maneira pela qual os homens decidem empregar recursos escassos, a fim de produzir
diferentes bens e serviços e atender às necessidades de consumo. (Silva, 2016)
Para os economistas clássicos, como Adam Smith , David Ricardo e John Stuart Mill como
citados em Rosal, (2018, p. 17), a economia é o estudo do processo de produção, distribuição,
circulação e consumo dos bens e serviços (riqueza).
De acordo com Dalmaito (2021, p. 21),Economia é uma ciência que estuda os processos
de produção, distribuição, acumulação e consumo de bens materiais.
Neves afirma que o crescimento da economia portuguesa segue algumas linhas claras após 1945.
O país entrou numa clara «descolagem» depois de 1950, registando, no entanto, duas recessões
significativas, uma em meados dos anos 70 e outra em meados de 80. O produto real foi
multiplicado por um factor de 7 de 1945 a 1992. Este importante feito económico mantém-se
significativo mesmo quando comparado com o comportamento da economia mundial no período.
Usando a amostra do PIB per capita mundial de Summers e Heston (1991), o lugar da economia
portuguesa pode ser usado numa tentativa de caracterizar o processo de «convergência» da
economia portuguesa.
De acordo com Neves, os principais resultados desta análise comparativa para o período de 1950-
1988 são os seguintes:
Portugal, em 1950, situava-se, aproximadamente, a meio da tabela. Mas em 1985 tinha
atingido já uma posição a um terço do topo da tabela;
A trajetória de desenvolvimento portuguesa ocupa uma posição claramente abaixo da
maior parte da Europa e América do Norte desenvolvidas e claramente acima da África
subsariana e Ásia do Sul;
Portugal ultrapassou a maior parte da América Latina e do Médio Oriente durante o
período.
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Na conceção de Rollo (2004), sublinha que para estudar o crescimento do pós-guerra, o período
foi dividido em várias fases, sendo as séries de dados analisadas de forma a caracterizar cada
fase. A classificação considera cinco períodos:
O primeiro é o período imediatamente após a guerra, de 1946 a 1958. A estabilização da
economia após os choques da guerra e a preparação para o grande surto industrial são as
grandes tarefas;
De 1958 a 1965, o país entrou na primeira parte da «idade de ouro». O crescimento e a
transformação estrutural processaram-se a ritmo acelerado, bem como a
internacionalização. A guerra colonial começou nesta fase;
A segunda parte da «idade de ouro» regista as mais elevadas taxas de crescimento, mas
também torna claros os limites das instituições para suportarem esta forte transformação;
1974 a 1979 foi a fase revolucionária. A somar à confusão económica internacional,
apareceram as transformações internas institucionais e políticas que criaram um regime
democrático moderno;
O último período, após 1980, sofreu todos os problemas e vantagens da economia
mundial dos anos 80. Depois da revolução, tanto a economia como as instituições estavam
estabilizadas. Uma recessão importante ocupa a primeira parte dos anos 80, mas, depois
de 1986, a adesão à CEE assinalou o início de novo período forte de reestruturação, que
ainda está a verificar-se
Segundo Brilson (2019), a guerra criou alguns problemas importantes num país neutral pequeno e
aberto. O país, apesar de se ter mantido fora da guerra, entrou em recessão após 1942,
acompanhada por problemas inflacionários (a taxa de inflação foi de 17,7% em 1942 e 10,6% em
1943). Um quadro muito semelhante tinha aparecido na Primeira Guerra Mundial (na qual
Portugal participou), mas então com consequências muito mais fundas e sérias. Quando as
restrições de guerra foram sendo levantadas, com o fim do conflito, as importações tornaram-se
de novo possíveis. O governo decidiu usar as reservas acumuladas durante a guerra (1941 a 1943
foram os únicos anos do último século e meio onde um excedente comercial foi registado) para
aliviar a situação e, em particular, influenciar o nível de preços. As importações cresceram 52,4%
em termos reais em 1946 e 34,3% em 1947. O efeito deste choque da oferta sobre o nível de
preços é registado na taxa de inflação. Esta atitude revelou, mais uma vez, o nível de prioridade
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concedido pelo regime à estabilidade nominal. Fora esta a sua finalidade inicial e o seu grande
sucesso nos finais dos anos 20, quando tomou o poder.
Fernandes (2011), declara que foi com a Guerra, e nos primeiros anos do pós-Guerra, que as
autoridades portuguesas do Estado Novo, e o País, aprenderam algumas lições da maior
relevância sobre a sua própria estrutura económica que esta não conseguia manter-se incólume à
conjuntura económica internacional e que os desígnios da produção e do comércio internacionais,
mobilizados em função do esforço de guerra e, depois, da reconstrução, não se compadeciam com
as necessidades nem podiam ser supridas contando apenas com as existências nacionais em ouro
e divisas. Na mesma senda, Fernandes diz ainda que por outras palavras, sofreram-se os efeitos
da fragilidade em que a dependência externa em abastecimentos e transportes colocava o País e
compreendeu-se que, numaconjuntura de escassez, a moeda de troca pressupunha solidariedades
que se sobrepunham à força das disponibilidades financeiras.
Diga-se, aliás, que, nesta matéria, o aspecto mais preocupante que emergiu a partir da Guerra não
se circunscreveu à tomada de consciência dos efeitos da dependência externa em abastecimentos
e transportes. (Carlos, 2012). Para Carlos, embora grave, tinha a vantagem de ser velha
conhecida, suscitando até um certo conformismo; o que sobreveio de forma aglutinante no
quadro do conflito foi a rede de limitações que se acrescentou e inibiu a capacidade de gerir e
suprir essa dependência e que, entre outros resultados, imporia alterações na hierarquia dos
parceiros comerciais de Portugal. Realidade que, já perto do final da Guerra, em 21 de Março de
1945, o ministro da Economia Supico Pinto abordava de forma crua: Nós não podemos viver sem
contar com o que as nossas colónias e o estrangeiro nos possam fornecer em produtos
indispensáveis à agricultura, ao comércio e à indústria e a realidade é que não somos hoje livres
de comprar o que quisermos onde desejarmos e aos preços convenientes para a nossa economia,
nem tampouco de transportar as mercadorias que mesmo assim pudermos adquirir.
Afirma Brilson (2019), que uma grande abundância de dinheiro, que, também aos olhos dos
observadores estrangeiros era entendida como o efeito económico mais notável e importante da
Guerra em Portugal. Para Brilson, uma abundância porém improdutiva Pletora de dinheiro ocioso
depositado nos bancos, apontavam os americanos; dinheiro que os bancos, tendo realizado lucros
líquidos elevados, não souberam empregar remuneradoramente, assinalavam os britânicos. São
também recorrentes as observações de autores portugueses coevos e contemporâneos chamando a
atenção para os montantes elevados que se mantiveram não utilizados nos bancos, casas
bancárias, caixas de crédito e previdência e saldos positivos da dívida flutuante ou
disponibilidades do Estado, que se refletiu no fraco investimento interno e na modéstia dos
investimentos particulares concretizados em Portugal nos anos da Guerra. (Neves, 1994)
De acordo com Neves, em 1976, a nova Constituição estava aprovada, a primeira depois da
Constituição do «Estado Novo» de 1933. O novo diploma tinha muitos princípios de natureza
colectivista e fortes influências comunistas. Uma grande parte do sistema produtivo foi
nacionalizada em 1975. Em particular, todo o sector financeiro passou a ser gerido pelo Estado.
Ao mesmo tempo, à medida que os aumentos de salários eram forçados por lei e os preços
estavam congelados, muito do sector privado estava próximo da falência. A forma de aliviar esta
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situação era através do crédito barato pelos bancos (em breve) públicos, que, assim, tomaram o
controle de muito do sector privado.
Neves afirma que o alívio das condições restritivas, quando o equilíbrio externo foi atingido no
final dos anos 70, teve algumas consequências importantes. A decisão de expandir a economia
enquanto todo o mundo estava a sofrer o segundo choque petrolífero teve resultados desastrosos
no recente e frágil equilíbrio externo.
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Para Neves, a liberalização externa dos mercados de bens, serviços e capitais dentro do
«programa 1993» da CEE é um dos mais importantes elementos que criaram a possibilidade
(ainda não garantida) de uma nova «idade de ouro» nos anos 90. A estabilidade da taxa de
câmbio dentro do Sistema Monetário Europeu (SME) e o desenvolvimento de um sector
financeiro moderno são também factores relevantes.
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3. Conclusão
Chegado ao fim da presente pesquisa bibliográfica, convém realçar que o foco primordial traçado
foi alcançado, pois foi possível abordar de forma clara e objectiva a temática em estudo.
Feita a revisão da literatura para a efectivação do presente trabalho, foi perceptível que o poder
central prosseguiu uma política conjuntural determinada pela preocupação, tal como em relação à
agricultura, de garantir os abastecimentos dos factores produtivos, aumentar a produção, conter
os custos e tabelar os preços de venda dos bens de consumo, de acordo com prioridades que o
próprio Governo se encarregava de estabelecer, onde desenvolveu mecanismos e instrumentos de
controlo e intervenção abrangendo todos os aspectos relacionados com a actividade industrial,
procurando nomeadamente assegurar e gerir os fornecimentos em combustíveis, matérias-primas
e bens intermediários indispensáveis à laboração industrial, mas, impondo também limites aos
ganhos propiciados pela Guerra através da criação de um imposto sobre os lucros extraordinários,
que abrangia também a actividade comercial.
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4. Referência bibliográfica
Obras Citadas
Gil, A. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas S.A.
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