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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: A importância da língua portuguesa na formação do cidadão

Nome: Duarte António


Código do Estudante: 708230355

Curso: Licenciatura em ensino da


língua portuguesa
Disciplina: MIC 1
Ano de Frequência: 1º ano

Beira, Maio de 2023

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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância

Tema: A importância da língua portuguesa na formação do cidadão

Nome: Duarte António


Código do Estudante: 708230355

Trabalho de campo a ser Submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino da Língua Portuguesa da UCM

Tutor: MSc. Oweni Esmael M. Elias

Beira, Maio de 2023

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Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria:
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Índice

1 Introdução .............................................................................................................................. 1

1.1.1 Objectivo Geral ........................................................................................................ 1

1.1.2 Objectivos Específicos ............................................................................................. 1

2 Contextualização da língua portuguesa............................................................................... 2

2.1 A pertinência da língua portuguesa .............................................................................. 3

2.2 O papel social da língua portuguesa ............................................................................. 4

2.3 O ensino da língua portuguesa na formação da cidadania ......................................... 6

2.4 O exercício do docente na transmissão da língua portuguesa .................................... 7

2.5 Vantagens de formação de língua portuguesa na comunidade .................................. 8

Conclusão ....................................................................................................................................... 9

3 Bibliografia ........................................................................................................................... 10

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1 Introdução

O presente trabalho irá retratar assuntos ligado a importância da língua portuguesa, onde irei falar
da sua origem e trajectórias segundo alguns pensadores descritos e de renome no trabalho. Irei
ainda partilhar assuntos como a pertinência da língua portuguesa tanto como o seu papel social.
Portanto, ainda ao longo do mesmo falar – se – à do exercício do docente na transmissão da
língua portuguesa bem como as vantagens de formação da língua portuguesa na comunidade.

Portanto, o presente trabalho de campo apresenta 4 capítulos onde o primeiro capítulo abarca a
parte introdutiva, o segundo capítulo aborda sobre o marco teórico, no terceiro capítulo encontra
– se a conclusão e no quarto capítulo as Referências Bibliográficas. Para a efectivação do mesmo
segundo KOCHE (1997:122), que diz “A pesquisa bibliográfica é aquela que se desenvolve
tentando explicar um problema, utilizando o conhecimento disponível a partir das teorias
publicadas em livros ou obras congéneres”.

Com isto, usei o método de consulta bibliográfica, prendendo – me em obter uma informação
teórica sobre as abordagens existentes no que diz respeito “A importância da língua portuguesa
na formação do cidadão”, as quais fornecerão um suporte para o trabalho. Estas informações
serão adquiridas em artigos, livros e publicações da internet

Sendo assim, o presente trabalho tem como objectivos:

1.1.1 Objectivo Geral


Conhecer a importância da Língua portuguesa na Formação do Cidadão

1.1.2 Objectivos Específicos


Identificar a importância da Língua portuguesa na Formação do Cidadão;

Descrever a importância da Língua portuguesa na Formação do Cidadão;

Sensibilizar o aluno a aplicar as regras gramaticais na língua portuguesa.

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2 Contextualização da língua portuguesa

A língua portuguesa tem a sua origem no latim: o chamado latim coloquial tardio. Ela é o
resultado de uma longa evolução. Quando os romanos passaram a dominar a Península Ibérica
(por um período de mais de cinco séculos), divulgaram a sua língua, o latim. Foi esta a grande
matriz da língua portuguesa. O latim coloquial tardio, também designado latim vulgar, era
utilizado por funcionários, soldados, comerciantes, e foi introduzido durante a romanização; este
latim contrapõe-se ao chamado latim clássico. A partir do século V, novos povos chegaram à
Península: primeiro os Germânicos (Alanos, Suevos e Vândalos) e depois os visigodos.

Também contribuíram para o enriquecimento da língua. E, no século VIII, os Árabes, ao


ocuparem vastas regiões da Península, introduziram novas marcas. Entre os séculos VIII e XII
constituiu-se, num território correspondente às actuais regiões da Galiza e do Minho, o dialecto
galaico-português. Foi a partir do século XIV que o português se autonomizou. No entanto,
continuou a enriquecer-se, integrando contributos provenientes de muitas outras línguas. Hoje o
português é a 5ª língua mais falada no mundo apresentando grosso número de seus falantes na
América Latina (Brasil), África (Ex-colónias portuguesas).

Além de Moçambique, o português também é o idioma de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau,


Brasil, São Tome e Príncipe e, claro, Portugal. É hoje a segunda língua de alguns países da
África, da América, além de Macau e Goa. Desde 1986, o português é uma das línguas oficiais da
União Europeia. Em 1996, foi criada a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). O
objectivo da entidade é aumentar a cooperação entre os países, criar parcerias e difundir o idioma.

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2.1 A pertinência da língua portuguesa

A discussão que tem frequentemente sido apontada a respeito do ensino/aprendizagem de língua


portuguesa tem sido cada vez mais ponto de partida para interesse de diversos profissionais que
actuam no ramo da educação, e que são pesquisadores que já estão há algum tempo no campo dos
estudos aplicados da linguagem, os próprios professores de língua portuguesa, e os educadores
que se interessa de uma forma geral acabam se envolvendo nessas discussões (BONATTO,
2015).

As diversas investigações voltadas para esse segmento apontam quase sempre para questões
específicas, tais como, o que ensinar nas aulas de Língua Portuguesa, se não a leitura, a escrita e
as interpretações de texto e como o professor pode trabalhar ou adequar suas aulas com tamanha
diversidade linguística presente, pois culturas se chocam diariamente nas escolas (BONATTO,
2015). No que concerne o ensino/aprendizagem de língua portuguesa, Antunes (2003, p. 90)
“expõe que a actividade pedagógica de ensino do português deve tomar como eixos fundamentais
quatro campos: oralidade, escrita, leitura e gramática”.

Portanto, a língua portuguesa materializa os confrontos que se estabelece na sociedade, razão pela
qual, o signo se torna arena onde se desenvolve a luta de classes. Os fenómenos ideológicos estão
ligados as condições em forma de interacção social, materializadas, de maneira mais explícitas ou
menos, na palavra, o que define a natureza ideológica do signo.

A reflexão sobre estes factos permite reconhecer os lugares sociais constituído/constituinte


nas/das interacções verbais e identificar os espaços de produção de sentidos dos diferentes
seguimentos sociais nos discursos que se intercruza na sociedade. Com esse reconhecimento e,
desenvolvendo a competência, na condição de usuário da língua portuguesa o sujeito estará, em
parte, instrumentalizado para o exercício da cidadania, interpretando e produzindo significados
com os quais poderá interagir socialmente para construir e transformar realidade social (VIEIRA;
FERREIRA; SCHMIDLIN, 2010).

Com isto, a prática da importância da língua portuguesa envolve essas actividades citadas, que
promovem a socialização: desenvolve o raciocínio, imaginação, o relacionamento entre ideias, a
capacidade de pensar e extrair significados e a verbalização. Oferece ao cidadão condições para
prever sequências de acção, dirigir o próprio comportamento e participação das práticas com a

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língua portuguesa na sociedade. Desses significados, cabe mencionar aqueles constituídos a partir
do uso estético da linguagem verbal, cujo produto, a obra literária representa uma forma
particular da experiência humana, um modo singular de vivências emoções e aflições.

2.2 O papel social da língua portuguesa

O ensino de língua portuguesa esteve por muitos anos voltado para a gramática tradicional no que
diz respeito as suas formas, regras, funções, nomenclaturas etc. E ainda hoje percebemos que ela
continua tendo seu espaço garantindo nas práticas de ensino. Essa atitude prescritiva é rotulada de
gramática normativa. Nas palavras de Franchi (1991 apud Travaglia, 2006, p. 24), “gramática é o
conjunto sistemático de normas para bem falar e escrever, estabelecidas pelos especialistas, com
base no uso da língua consagrado pelos bons escritores”.

Nesse sentido, prestigia-se a norma culta, em decorrência de argumentos estéticos, elitistas ou


aristocráticos, políticos, comunicacionais e históricos, e deprecia-se quaisquer outras variações da
língua. Dessa forma, a língua portuguesa ainda hoje é visto por muitos como a maneira de ler e
escrever com sucesso, mas para se chegar a esses parâmetros são essenciais outros tipos de
conhecimentos, pois gramática e o uso da língua são diferentes.

Para Antunes (2007, p.54) “o uso da língua, além da gramática, comporta um léxico e supõe
ainda regras de textualizações e regras de interacção, decorrentes das situações sociais em que
acontece a actividade verbal” características que o ensino de gramática descontextualizada, por si
só, não dá conta de esclarecer com eficácia.

O professor de Língua Portuguesa, no exercício de sua prática docente tem de propor aos seus
alunos actividades pedagógicas voltadas para um processo de ensino/aprendizagem na construção
de cidadãos críticos.

A língua portuguesa mexe com a sociedade moçambicana cultural e socialmente, pois uma parte
da sociedade moçambicana vai perder seus valores culturais devido ao conservadorismo dado às
línguas bantu e sentir-se-á excluída por não ter a capacidade de se comunicar usando a língua
portuguesa. Por outro lado, outra parte da sociedade moçambicana terá consciência de auto-
elevação ou superação da inferioridade que as pessoas sentiam diante duma pessoa que fala
Português; também aproxima as pessoas inseridas nesta mesma sociedade, onde haverá igualdade
de oportunidades, uma vez que hoje em dia, as pessoas perdem emprego por falta de domínio da
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língua portuguesa, quando esta for a língua usada nos estabelecimentos públicos, por exemplo.
Em suma, para que a sociedade moçambicana conviva normalmente com a língua portuguesa, é
preciso que se massifique a escolarização, isto é, formar a sociedade sem distinção de cor, raça,
religião, politica e idade.

Apesar das diferenças entre as línguas, de que se está profundamente consciente quando tenta-se
aprender uma língua estrangeira (Português, por exemplo), há um grande número de aspectos em
que as línguas se assemelham, isto é, tanto se depara com universais linguísticos como com
diferenças linguísticas, mas essas semelhanças estão muito distantes dos aspectos fonético –
fonológicos. Todos temos a nossa própria maneira de falar, todavia a língua portuguesa fez com
que existissem características específicas e por vezes idiossincráticas da linguagem individual
que se dá o nome de Ideolecto.

Quando aprendemos a língua portuguesa, o desenvolvimento e o reforço dos dialectos regionais e


dialectos sociais explica-se pela evolução e pelas mudanças que ocorrem num determinado grupo
ou área podendo diferir dos que ocorrem em outros grupos. As distinções fonológicas ou
fonéticas são muitas vezes mencionadas como sotaques. Muitas mudanças são notáveis, como
por exemplo, o sotaque que diz respeito às características linguísticas que dão informação sobre o
dialecto do falante, que revelam se o falante é oriundo de uma certa região do país ou pertence a
um grupo sociolinguístico específico ou mesmo se cresceu noutro país.

Em Moçambique, as mudanças linguísticas inculcadas pela língua portuguesa sofrem


simplificações lexicais, fonológicas e sintácticas que as transforma numa “língua marginal” com
poucos vocábulos e regras gramaticais muito directas, o chamado Português de Moçambique, que
em relação ao Português Europeu (o padrão), constitui um desvio à norma, ou seja, erro, como
afirmam GALISON & COST (1993:27) “o erro designa diversos tipos de enganos ou desvios
com relação as normas…”.

A sociedade moçambicana transformou a língua portuguesa (da europa) na sua própria língua, o
Português de Moçambique, cujas mudanças são notáveis a vários níveis, como por exemplo, na
omissão frequente do artigo: eu chamei menino no sentido de “eu chamei o menino; na omissão
da marca do plural do nome: as coisa em vez de “as coisas”; na utilização das formas causais dos
pronomes pessoais (sujeito, complemento directo e complemento indirecto não coincidente com a

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língua do Português Europeu): você devia dinheiro a ela em vez de “você devia-lhe; na diferença
e utilização de possessivos e dos numerais: a família tua em vez de “a tua família; a minha trás
em vez de “a trás de mim”, o patrão de eu em vez de “o meu patrão”; na utilização de certos
verbos como aspectuais: eu queria cair em vez de “eu ia cair”; nas diferentes utilizações de
preposições: não cheguei de falar com ele em vez de “ não cheguei a falar com ele”; no uso de
complemento indirecto com a função de sujeito na passiva: fui oferecido uma cama pelo meu pai
em vez de “foi-me oferecida uma cama pelo meu pai”; e, no emprego do verbo ter com
significado de haver: tem crianças na escola em vez de “há crianças na escola.”

2.3 O ensino da língua portuguesa na formação da cidadania

Leitores formam-se, para começar, com muita leitura: a leitura é também uma técnica de
descodificação de sinais que precisa ser praticada para ser dominada com desenvoltura; a leitura
propicia o armazenamento de informação e a composição de hierarquias em que se articulam as
informações, e a quantidade de leitura também significa quantidade de informações articuladas
entre si (BORDINI; AGUIAR, 1988).

Neste sentido, entende – se que se a escola não transformar os alunos em leitores, nenhuma outra
instituição da sociedade o fará, com excepção talvez de alguma família que tenha condições
económicas, culturais e materiais de acumular livros em casa e de promover um grande esforço
de resistência aos filmes e desenhos animados da televisão, que suprem a necessidade de fantasia
e de narrativa que as crianças da era pré-televisão eram obrigadas a saciar nos livros, nas histórias
em quadrinhos e no cinema semanal. A escola, no entanto, sabendo que a realidade da
esmagadora maioria das casas de seus alunos é muito diferente dessa, que o mais comum é nelas
não haver sequer quem os possa ajudar nos trabalhos escolares - e muito menos livros e
resistência à televisão, a escola, se quiser trabalhar direito, não pode contar com isso.

Limitando-se a constatar e lamentar a falta de hábito de leitura dos alunos, a escola não se tem
ocupado dessa leitura de base, que precisa se dar de forma intimista e solitária para que o leitor vá
construindo sua relação pessoal com o texto e descubra como ler é interessante e desenvolva o
gosto pela leitura e crie a necessidade de ler e a transforme em hábito (LAJOLO, 1982).

A leitura que desenvolve a percepção da qualidade - do enredo mais bem construído, do


personagem mais rico de humanidade, das situações mais complexas, do pensamento mais bem

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elaborado, da expressão mais clara e precisa, etc. Essa leitura tem de ser feita comparativamente,
entre leituras; por isso, só leitores podem fazer leitura reflexiva. Duas são, portanto, as leituras
com que tem de lidar o professor de Português: a leitura de formação de leitor e a leitura em
profundidade de textos cuja leitura vale a pena aprofundar.

2.4 O exercício do docente na transmissão da língua portuguesa

Segundo o PCN (1998) de Língua Portuguesa o ensino do Português deve pautar-se em um


ensino crítico, em que o professor possa abordar com liberdade as variantes linguísticas e dessa
forma, o aluno possa adquirir a competência linguística, no qual defenderá seu ponto de vista, e
apresentará críticas, além de compartilhar seus conhecimentos no meio social onde vive. O actual
contexto de mudanças nos remete a pensar em diversas questões que precisam ser reelaboradas e
repensadas. A (re) definição do papel do ensino da Língua Portuguesa deve partir de uma
necessidade real, no qual, se deve deixar o sentido tradicional de lado e procurar um novo sentido
para a mesma.

Com isto, há a necessidade de mudança de paradigma, estas têm que estar associadas a novos
valores e democratização social e económica. É importante ainda que o professor se preocupe em
não limitar, tratando o texto de forma uniforme, e não dando abertura as mais variadas formas de
textos presentes na sociedade, assim, o professor deve preocupar-se com a diversidade das
práticas de recepção dos textos por exemplo, não se lê uma notícia da mesma forma que se
consulta um dicionário; não se lê um romance da mesma forma que se estuda.

De acordo com o PCN (1998) a língua pauta-se na interacção, promovendo a competência do


aluno à leitura, a produção de textos orais e escritos e ao discurso. Compreende-se ainda que, boa
parte dos materiais didácticos existentes, por mais que estejam incluídos os diversos géneros,
ainda trabalha-se de forma uniforme, não levando em conta sua construção de sentidos. Cabe
então ao professor de Português tornar esse mediador que deve pensar constantemente em sua
prática educativa, e isso requer um estado permanente de re (descobertas) e re (invenções), a
partir daí “ [...] o professor encontra condições para deixar de ser mero repetidor de uma lista de
conteúdos, iguaizinhos de ano a ano, em qualquer lugar e situação – conteúdos, muitas vezes,
alheios à língua que a gente fala, ouve, escreve e lê”. (ANTUNES, 2003, p. 35).

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Neste contexto, o professor a partir da construção de uma nova concepção de ensino –
aprendizagem, deve proporcionar meios para que o ensino da língua portuguesa seja eficaz, e isso
só funcionará no momento em que esse educador tomar como referência o quotidiano dos seus
alunos, ou seja, a realidade em que eles vivem.

2.5 Vantagens de formação de língua portuguesa na comunidade

Segundo Timbane (2013a), o número de falantes de português em Moçambique tende a crescer


desde 1980 (cinco anos após a proclamação da independência), incentivado pela educação
massiva e inclusiva.

Logo, a língua portuguesa é a base para o sucesso dos alunos em todas as disciplinas curriculares,
pois é a base do ensino. Quem não domina a língua portuguesa fica condenado ao insucesso nas
diversas disciplinas tais como história, geografia, ciências naturais, matemática e, se os alunos
não dominarem esta língua, a compreensão dos conteúdos destas disciplinas fica seriamente posta
em causa, impedindo o seu sucesso na vida escolar.

Com isto evita – se o uso de gestos durante a fala numa determinada conversa entre falantes de
línguas distintas; evita – se também dizer palavras soltas, nomeando algumas coisas, por vezes,
ao acaso; evita – se o reconhecimento de algumas letras e palavras curtas; evita – se fazer
gatafunhos ou escrever letras formando sequências sem sentido, evita – se a má interpretação no
que se diz em português; evita – se o reconhecimento somente de algumas palavras, limitando
deste modo a leitura de frases completas; mesmo quando se lêem palavras e frases, evita – se a
má percepção do seu sentido.

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Conclusão

No presente trabalho de pesquisa, foi possível concluir que a língua portuguesa tem a sua origem
no latim: o chamado latim coloquial tardio também designado latim vulgar, que era utilizado por
funcionários, soldados, comerciantes, e foi introduzido durante a romanização; este latim
contrapõe-se ao chamado latim clássico. Ela é o resultado de uma longa evolução. Desse modo,
Hoje o português é a 5ª língua mais falada no mundo apresentando grosso número de seus
falantes na América Latina (Brasil), África (Ex-colónias portuguesas).

Conclui – se também que a língua portuguesa hoje é visto por muitos como a maneira de ler e
escrever com sucesso, mas para se chegar a esses parâmetros são essenciais outros tipos de
conhecimentos, pois gramática e o uso da língua são diferentes.

Portanto, na actualidade, o ensino de língua portuguesa deve


atender às reais necessidades de interacção nas diversas práticas escolares, visto que a
ela é resultado da interacção real, carregada de sentido e é provocada pela presença efectiva de
sujeitos reais – gente, pessoas, sujeitos. Ainda falou – se que o professor a partir da construção de
uma nova concepção de ensino – aprendizagem, deve proporcionar meios para que o ensino da
língua portuguesa seja eficaz, e isso só funcionará no momento em que esse educador tomar
como referência o quotidiano dos seus alunos, ou seja, a realidade em que eles vivem.

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3 Bibliografia

GIL, Carlos (2010) Metodologia de Investigação Científica; Edições ASA; São Paulo.

MARCONI, M. Andrade & LAKATOS, E. Maria (2002) Técnicas de pesquisa 5ª ed.,Atlas, São
Paulo.

ANTUNES, Irandé (2007) Muito além da gramática: por um ensino sem pedras no caminho. SP:
Parábola Editorial.

BUENDIA, M. (2010) Os desafios da leitura. In. Desafios para Moçambique. pp. 257-271.

ANTUNES, Irandé (2003) Aula de português – encontro e interação. São Paulo: Parábola
Editorial.

BONATTO, Simone Cristina (2015) A importância da disciplina de Língua Portuguesa no ensino


superior. Rev. EDUCA, Porto Velho (RO), v.2, n.3, pp. 105-126.

ANTUNES, Irandé (2003) Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola
Editorial.
BAKHTIN, M. (1999) Marxismo e Filosofia da Linguagem. 12ª edição. São Paulo: Hucitec.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. (1998) Parâmetros Curriculares Nacionais:
terceiros e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF.
BROSSEAU, Guy ( 1996) Os diferentes papéis do professor. Artes Médicas

BETTENCOURT, Mª. Assunção & TEIXEIRA, Mª. Ascensão (1995), Língua Portuguesa - 8º
Ano, 3ª ed., Lisboa: Texto Editora.

GALISON, R. & COST (1993), S. Dicionário das Didácticas das Línguas. s/ed, Livraria
Almedina. Coimbra.

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