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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

CENTRO DE ENSINO A DISTÂNCIA

A Morfologia (classes gramaticais)

Nome de Estudante:
Rita Matope Airone.
Código de Estudante: 708235657

Curso: Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Língua Portuguesa II.
Ano de Frequência: 2º Ano
Tutor: Dr..

Chimoio, Março de 2024


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Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
1.0
Introdução objectivos
 Metodologia
adequada ao
2.0
objecto do
trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução..........................................................................................................................3
Objectivos..........................................................................................................................3
Objectivo Geral.................................................................................................................3
Objectivos Específicos......................................................................................................3
Metodologia.......................................................................................................................3
PARTE I............................................................................................................................4
1. Estatística.......................................................................................................................4
2.1. Métodos estatísticos e suas fases................................................................................4
2.1.1. Fases do Método Estatístico....................................................................................4
1.1.2. Variável...................................................................................................................5
1.1.3. Amostragem............................................................................................................6
1.1.4. Distribuição de Frequência......................................................................................9
1.1.5. Elementos de uma distribuição de frequência (Com intervalos de classe).............9
1.1.6. Gráficos Estatísticos..............................................................................................11
1.1.7. Medidas estatisticas...............................................................................................12
1.1.8. Medidas de posição...............................................................................................12
1.2. Separatrizes...............................................................................................................15
1.2.1. Quartis - Q...........................................................................................................16
1.2.2. DECIS - D...........................................................................................................17
1.2.3. Percentil ou Centil.................................................................................................17
1.3. Medidas De Dispersão Absoluta..............................................................................18
1.3.1. Medidas De Dispersão Relativa............................................................................19
1.3.2. Medidas de Curtose...............................................................................................19
PARTE II.........................................................................................................................20
Conclusão........................................................................................................................25
Referências Bibliográficas...............................................................................................26
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Introdução
A estatística na actualidade tem contribuído de forma significativa para o processo de
tomada de decisão, pois grande parte do que se faz se baseia em métodos quantitativos, e a
estatística é uma dessas áreas. Na era da informação e do conhecimento, a estatística utiliza a
matemática para dar apoio aos profissionais da iniciativa privada, do governo e pesquisadores.
Onde houver incerteza, essa ferramenta pode ser usada.

A estatística consiste no planejamento, colecta, consistência, tabulação, análise e


interpretação de dados de pesquisas envolvendo censos ou levantamentos por amostragem.

Objectivos
Objectivo Geral
 Resolver exercícios do módulo.

Objectivos específicos
 Definir população e amostra;
 Diferenciar parâmetros e estatística;
 Apresentar os tipos de variáveis.
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Morfologia (classes de palavras)


Antes de abordarmos sobre as classes de palavras, é de suma importância conhecermos o que
é a morfologia.

Na linguística, a Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das


palavras. Assim sendo, a morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de
palavras ou classes gramaticais.

Assim, de acordo com Pinto, Lopes e Neves (2001, p.105) a morfologia é a parte da gramática
que estuda as palavras na sua formação e flexão, dentro das classes gramaticais que a
pertencem.

Desta forma, pode-se dizer que a palavra morfologia vem do grego e significa o estudo da
forma (em seu sentido literal) ou estudo da figura. Tem como objectivo o estudo da estrutura e
dos processos de flexão e formação dos vocábulos, bem como a classificação dos vocábulos.

Classes de palavras
Na visão de (Pinto, Lopes & Neves, 2001, p.106) todas as palavras, quer se trate de frases
simples ou mais complexas, podem ser agrupadas numa das dez classes apresentadas: nomes
ou substantivos, adjectivos, determinantes, pronomes, numerais, verbos, advérbios,
preposições, conjunções e interjeições.

Palavras variáveis e invariáveis


Todas as palavras podem ser divididas em dois grandes grupos: palavras variáveis (que inclui
seis primeiras classes) e palavras invariáveis (classes dos advérbios, preposições, conjunções
e interjeições) (Pinto, Lopes & Neves, 2001, p.106).

Por outro lado (Cunha & Cintra, 2004), dizem que as classes de palavras podem também ser
agrupadas em variáveis e invariaves, de acordo com a possibilidade ou a impossibilidade de
se combinarem com os morfemas flexionais ou desinências.

Desta feita, são variáveis os substantivos, os adjectivos, os artigos e certos numerais e


pronomes, que se combinam com morfemas gramaticais que expressam o género e o número;
o verbo, que se liga a morfemas gramaticais denotadores do tempo, do modo, do aspecto, do
numero e da pessoa.
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São invariáveis, os advérbios, as preposições, as conjunções e certos pronomes, classes que


não admitem se lhes agregue uma desinência.

Ainda para (Cunha & Cintra, 2004, p.59), a interjeição, vocábulo-frase, fica excluída de
qualquer classificação.

Classe dos substantivos


Trazemos alguns conceitos de substantivos, colhidos em obras de estudiosos de reconhecido
saber linguístico, para análise e reflexão.

De acordo com (Bechara, 2005, p.87) “Substantivo é o nome com que designamos os seres
em geral – pessoas, animais e coisas”

Por outro lado, (Luft, 1979, p.102) advoga que “Substantivo (nome substantivo) é a palavra
que designa um ser e, sintaticamente, pode funcionar como núcleo de sujeito, predicativo e
objecto”.
Por fim entende-se que “Substantivo é a palavra com a qual nomeamos os seres em geral, e as
qualidades, ações ou estados considerados em si mesmos, independentemente dos seres com
que se relacionam”. (Lima, 1972, p.61).

Atento aos diferentes conceitos acima mencionados, chega-se a conclusão de que os


substantivos são palavras variáveis que servem para designar os seres como pessoas, animais,
objectos, qualidades e coisas, como por exemplo:
O João é esperto.
Não sei se irei a Nampula.
Passei em Física.

Classificação dos substantivos


Na visão de Cintra e Cunha (2004), os substantivos classificam-se em:
 Substantivos próprios e comuns
Quando se aplica a todos os seres de uma espécie ou quando designa uma abstração, o
substantivo é chamado comum. Quando se aplica a determinado individuo da espécie, o
substantivo é chamado próprio.

Substantivos colectivos:
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Colectivos são substantivos comuns que, no singular, designam um conjunto de seres ou


coisas da mesma espécie.
Ex: Cento e vinte milhões de moçambicanos pensam assim.
O povo moçambicano pensa assim.

Substantivos convretos e abstractos


Chama-se concretos os substantivos que designam os seres propriamente ditos, isto é, os
nomesdas pessoas, e lugares, de instituições, de um género, de uma espécie ou de um
dos seus representantes. Ex: Homem – Pedro; Cidade – Lisboa; Árvore – Cedro, Cao –
Cavalo.

Classe dos adjectivos


Aos adjectivos, são geralmente conhecidos como palavras que servem para qualificar ou dar
qualidades ao substantivo ou nome. Ex: O Gabriel é esperto.
Assim, para (Pinto, Lopes e Neves, 2001) o adjectivo serve para precisar o significado do
nome, ao juntar-lhe características que o delimitam. Tomemos como exemplo o nome casa,
que juntamos com um adjectivo: casa pequena.
Desta feita, percebe-se que o adjectivo é um modificador do substantivo. E serve:
i. Para caracterizar os seres, os objectos ou as nocoes nomeadas pelo substantivo,
indicando-lhes:
a) Uma qualidade (ou defeito): inteligência lúcida. Homem perveroso.
b) O modo de ser: pessoa simples. Rapaz delicado.
c) O aspecto ou aparência: céu azul Vidro fosco.
d) O estado: casa arruinada Laranjeira florida.
ii. Para estabelecer com o substantivo uma relação de tempo, de espaco, de matéria, de
finalidade, de propriedade, de procedência, etc.
Classificação dos adjectivos
Para (Pinto, Lopes e Neves, 2001, p.120) a maioria dos adjectivos tem uma forma para o
masculino e outra para o feminino – são chamados adjectivos biformes:
Ex: homem alto / mulher alta ramo seco / terra seca
Mas há muitos adjectivos que teem a mesma forma para o masculino e para o feminino – são
chamados de adjectivos uniformes.
Ex: homem inteligente / mulher inteligente. solo fértil / área fértil.
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Nos adjectivos compostos, só o segundo elemento toma a forma do feminino, como ilustra os
exemplos a seguir:
Luso-brasileiro / luso-brasileira. Heroi-cómico / heroi-cómica
Por ora, tendo visto os que os autores dizem sobre a classificação dos adjectivos, percebe-se
que os mesmos classificam-se em três maneiras, sendo a primeira, adjectivos biformes, que
tem uma forma para o feminino e outra para o masculino. Nos adjectivos uniformes, entende-
se que tem a mesma forma que é usada para o feminino assim como para o masculino. E por
fim, temos os adjectivos compostos, apenas o segundo elemento recebe a forma do feminino.

Classe do artigo
“O artigo é uma partícula que precede o substantivo, assim, à maneira de “marca” dessa
classe gramatical” (LIMA, 1972, p. 84).
“Artigo é a palavra que se antepõe aos substantivos que designam seres determinados (o, a,
os, as) ou indeterminados (um, uma, uns, umas)” (BECHARA, 1970, p. 113).
Classificação do artigo
 Definido: o, a, os, as.
 Indefinido: um, uma , uns, umas.
O artigo definido emprega-se para designar os seres que são conhecidos e o indefinido para
seres que não são conhecidos (Pinto, Lopes e Neves, 2001, p.126).
Ex: O rapaz viu o filme. Um rapaz viu um filme.
O rapaz viu um filme
Na 1ª frase, tanto o rapaz como o filme aparecem identificados (não é qualquer rapaz ou
qualquer filme), são apresentados como conhecidos. Na segunda frase, rapaz aparece como
não identificado, mas continuamos a saber que se trata de determinado filme. Finalmente, na
3ª frase, o rapaz volta a aparecer identificado, enquanto filme é apresentado como não
identificado.

Classe dos pronomes


É sobejamente conhecido que pronome quer dizer “em vez do nome”. O emprego dos
pronomes permite evitar a repetição de uma palavra ou atá de uma frase.
“Pronome é a palavra que denota o ente ou que a ele se refere, considerando-o apenas como
pessoa do discurso.” (SAID ALI, 1965 p. 91).
Por outro lado, “Pronome é toda a palavra que não expressa por si um conceito determinado,
mas reproduz formalmente um conceito antes emitido; ou indica um conceito determinado
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pelo mesmo ato da palavra ou por uma ação (um gesto) que acompanha o ato da palavra.”
(LENZ, APUD LUFT, 1979, p. 115).
Assim sendo, conclui-se que o pronome é a expressão que designa os seres sem dar-lhes nome
nem qualidade, indicando-os apenas como pessoa do discurso.
Por outras palavras, pode-se dizer que os pronomes desempenham na oração as funções
equivalentes às exercidas pelos elementos nominais. Isto é, servem para representar um
substantivo; para acompanhar um substantivo determinando-lhe a extensão do significado.

Classificação dos pronomes


Os pronomes podem ser: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e
relativos.
Pronomes pessoais remetem às três pessoas do discurso e podem ser:
1ª pessoa: eu (singular), nós (plural);
2ª pessoa tu (singular), vós (plural);
3ª pessoa ele, ela (singular); eles, elas (plural).
Ex: A Carla passou aqui com o irmão. Ela estava com pressa. (ela = a Carla).

Pronomes possessivos –
A sua forma é igual à dos determinantes possessivos. Indicam possuidor ou os vários
possuidores do objecto ou dos objectos designados pelo nome que substituem.
Ex: Podes contar com a minha amizade. Eu contarei com a tua.
A Ana elogiou os teus desenhos, mas também gostou dos meus.
Pronomes demonstrativos
Como já vimos quando falamos este, esse e aquele, designam proximidade ou afastamente e,
relação ao locutor (quem fala) e ao destinatário (a quem se fala).
Ex: Este livro é bom, mas esse não presta.
Gosto mais dessa camisola do que daquela.
Pronomes indefinidos
Do mesmo modo que os determinantes indefinidos, os pronomes que lhes corresponde podem
exprimir uma referência vaga, imprecisa.
Ex: Ninguem se mostrou disposto a ceder.. Tudo aquilo é aborrecido
Não há nada mais certo do que a morte.
Pronomes interrogativos
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O pronome interrogativo introduz uma pergunta sobre a pessoa ou coisa que o sintagma ou o
grupo nominal (que foi substituído pelo correspondente pronome interrogativo) designaria.
O sintagma nominal é substituído pelo pronome interrogativo pode aparecer expresso na
resposta:
Ex: Quem é que chegou? / Foi o João.
ou mesmo antes:
- Tenho quinze anos. E tu, quantos tens?
Quem emprsega-se so para as pessoas, que para as pessoas e seres inanimados, e quê e onde
para seres inanimados. Qual e quais usam-se tanto para animados e como para inanimados.
Ex: Quem veio hoje? Que homem és tu? De que horas estás a falar?
Disse o quê? Onde vamos? (onde = a que lugar).

Pronome relativo
O pronome relativo faz referenciaa ao individuo ou objecto designado pelo sintagma nominal
da primeira frase e vem imediatamente a seguir. Esse sintagma nominal é o antecedente e a
oração introduzida pelo pronome relativo chama-se oração relativa.
Aos olhos de Pinto, Lopes e Neves (2001, p.136) o pronome relativo pode desempenhar a
função de sujeito como de complemento directo .
Ex: Ofereco-te uma rosa. A rosa cheira muito bem.
Ofereco-te uma rosa que cheira muito bem. (sujeito)

O homem é oporario. Vi o homem,


O homem que vi é operário. (cmpl. directo).
Tendo vistos a ideia dos autores e exemplos fica fácil compreender que os pronomes relativos são pronomes que
se referem a um termo (um nome) anterior, o antecedente e, em geral, podem ser substituídos por “qual, quais”
sem alterar o sentido do enunciado.

Classe dos numerais


Para indicarmos uma quantidade exacta de pessoas ou coisas, ou para assinalarmos o lugar
que elas ocupam numa serie, empregamos uma classe especial de palavras denominada
numerais (Cunha & Cintra, 2004, p.255).

Num outro prisma, Pinto, Lopes e Neves (2001, p.137) simplificam dizendo que os numerais
são palavras que indicam uma quantidade de indivíduos ou coisa.
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Assim, pode-se compreender que os numerais são palavras que servem para indicar: (a) uma
quantidade exacta de seres (ex. três); (b) o lugar que eles ocupam em uma série (ex. terceiro); (c) aumento
proporcional da quantidade de seres, a sua multiplicação (ex. triplo); (d) a divisão dos seres (ex. um terço). São
chamados, respectivamente, de cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários.

Classificação dos numerais

De acordo com (Albuquerque, 2008, p. 69) os numerais classificam-se da seguinte maneira:


 Cardinais – indicam quantidade. Ex.: João Pedro que, apesar de ter apenas sete anos,
sabe ler muito bem.
 Ordinais – indicam ordem ou posição em uma determinada série. Ex.: O segundo
motor começou a engasgar.
 Multiplicativos – indicam multiplicação. Em outras palavras pode se dizer que
indicam o aumento proporcional, a sua multiplicação. Ex.: Eu dou o dobro da quantia
paga por ele pela casa.
 Fraccionários – indicam a diminuição proporcional, a sua divisão. Ex.: Um terço da
população necessita de auxílio.
 Numerais colectivos – são os que, mesmo no singular, indicam um grupo de seres
(Pinto, Lopes & Neves, 2001, p.137). Equivalem a nomes. Ex: Eles formam um trio
notável.

Classe dos verbos


Pinto, Lopes e Neves (2001, p.137), dizem que os verbos são palavras que exprimem a accao,
as qualidades ou estados,situando-os no tempo.
Ex: A Helena foi à rua. O António anda adoentado.

Para Albuquerque (2008, p.59 o verbo “É uma palavra que exprime ação, estado, fato ou fenômeno .” (...)
“Dentre as classes de palavras, o verbo é a mais rica em flexões. Com efeito, o verbo reveste diferentes formas
para indicar a pessoa do discurso, o número, o tempo, o modo e a voz.
Ao conjunto ordenado das flexões ou formas de um verbo, dá-se o nome de conjugação.”(Cegalla, 2005, p. 194).

Atento aos conceitos acima referenciados, conclui-se que o verbo é uma palavra de forma variável que exprime o
que se passa, isto é, um acontecimento representado no tempo. Na oração exerce a função obrigatória de
predicado.
Ex: Um dia, Olinda desapareceu para sempre.
Como estavam velhos! Anoitecenra já de todo.

Classificação dos verbos


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Na perspectiva de (Cunha & Cintra, 2004, p.270) os verbos classificam-se da seguinte


maneira:

Quanto a flexão: o verbo pode ser regular, irregular, defectivo e abundante.

Os regulares flexionam de acordo com o paradigma, modelo que representa o tipo comum da
conjugação. Tomando-se por exemplo, cantar, vender e partir como paradigmas da 1ª, 2ª e 3ª
conjugações.

São irregulares os verbos que se afastam do paradigma de sua conjugação, como dar, estar,
fazer, ser, pedir, vir e vários outros.

Abundantes são verbos que possuem duas ou mais formas equivalentes. De regra, essa
abundancia ocorre no particípio. Assim, o verbo aceitar apresenta os particípios aceitado,
aceito e aceite; o verbo entregar, os particípios entregado e entregue, o verbo matar, os
particípios matado morto.

Quanto à função: o verbo pode ser principal ou auxiliar.

Principal: é o verbo de significação plena, nuclear de uma oração. Ex: Estudei português.

Auxiliar: a forma verbal composta é constituída por um verbo principal – estufar (estudado,
estudada, estudar) que exprime sobretudo o significado do verbo, e um verbo auxiliar ter
(tem), ser (foi), andar (anda a) que auxilia o principal, transmitindo algumas características
próprias da classe dos verbos, como sejam: tempo, modo, pessoa, e até o aspecto e a voz.

Ex: O Hermenegildo anda a brincar.

Classe dos advérbios

Os advérbios são palavras que servem para determinar ou intensificar o sentido do verbo, do
adjectivo ou do outro adverbio. Em muitos casos, exercem essa função junto do verbo (Pinto,
Lopes & Neves, 2001, p.137).

Ex: Não percebeste bem o que te quis dizer.

Estávamos descansados, quando repentinamente, começou a chover.

Por seu turno (Cunha & Cintra, 2004, p.365) corroboram que o adverbio é,
fundamentalmente, um modificador do verbo. Ex: O almoço decorreria agora lentamente.
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Assim, importa referi que partindo da ideia dos autores anteriormente mencionados,
compreende-se que os advérbios são palavras que modificam e intensificam o sentido do
verbo, podendo, no entanto, exercer a função do adjunto adverbial nos predicados.

Classificação dos advérbios

Na perspectiva de (Albuquerque, 2008, p. 65) os advérbios classificam-se da seguinte


maneira:

2.1 Nominais
a) lugar: longe, perto, dentro, fora, ali, lá, acolá, embaixo ...
b) tempo: depois, logo, cedo, antes, hoje, amanhã, sempre ...
c) modo: (i) bem, mal, melhor, devagar;
(i) adjetivos adverbializados: alto/ baixo; (i) palavras terminadas em “ –mente”: rapidamente.
d) dúvida: talvez, quiçá, porventura, decerto ...
e) de afirmação: certamente, efetivamente, sim, deveras, realmente ...
f) intensidade: muito, pouco, bastante, menos, tão, pouco ...
g) negação: nunca, não, jamais, nada ...
2.2 Pronominais
2.2.1 Não-interrogativos
a) demonstrativos: lugar (aqui, aí), tempo (ontem, amanhã), modo (assim).
b) relativos (pron. relativo sem antecedente): de modo (como), de tempo (quando no tempo em que), lugar
(onde).
c) indefinidos: de lugar (algures, alhures), tempo (sempre, nunca).
d) quantificativos: (indefinidos) chamados de advérbios de intensidade: muito/pouco, mais/menos, tanto/quanto.
2.2.2 Interrogativos
a) lugar: onde.

b) tempo: quando.
c) modo: como.
d) causa: por que.

Classes das preposições


“Chamam-se preposições as palavras invariáveis que relacionam dois termos de uma oração: o primeiro
(antecedente) é explicado ou completado pelo segundo (consequente).” (Cunha e Cintra, 2004, p.375).
Ex: Antecedente Preposição Consequente
Vou a Roma
Todos saíram de casa
Concordo com você

Não obstante Pinto, Lopes e Neves (2001, p.151) afirmam que as preposições são palavras onvariaveis que
estabelecem uma relação entre elementos da frase.
Ex: Jantei com com ele (verbo e pronome) Comprei uma pulseira de prata (nome e nome)
Fugiu durante a guerra. (verbo e nome).
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Classificação das preposições


Na visão de Albuquerque (2008, p.74) as preposições classificam-se em:
a) essenciais: são aquelas sempre classificadas como preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em,
entre, para, perante, por (per), sem, sob, sobre, trás.
b) acidentais: são palavra de outras classes que funcionam, às vezes, como preposição: afora, conforme,
consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante, salvo, segundo, tirantes, etc.
um aspecto não menos importante que vale mencionar é que as relações entre as palavras podem também ser
exercidas por mais de uma palavra que funcionam como preposição, ou seja, por meio das locuções prepositivas.

Classe de conjunções

Classe de interjeições
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Referências Bibliográficas

Albuquerque, M. (2008). Morfóloga do português. Brasil: UFSM.

LUFT, Celso Pedro. Moderna gramática brasileira. Porto Alegre: Globo, 1979.

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.

Pinto, J. Lopes, M. & Neves, M. (2001). Gramatica do português moderno. Lisboa, Portugal:
Alicerce editora.

Cunha, C. & Cintra, L. (2004). Breve gramatica do português moderno. Lisboa, Portugal:
Plural Editores.

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