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Frente 1
Livro 1
Capítulo 1 – Morfologia – Classes gramaticais
Substantivo
• Substantivo: classe gramatical que nomeia o ser;
• Classificação: simples (um radical) ou composto (mais de um
radical); concreto (elementos do mundo natural) ou abstrato
(categorias abstratas: sentimentos, qualidades, ações);
primitivo (palavra de origem – café) ou derivado (palavra
derivada – cafezal); comum (ser da mesma espécie –
professor) ou próprio (um ser em particular – João);
• Flexão: o substantivo pode flexionar em gênero
(masculino/feminino), número (singular/plural) ou grau
(aumentativo/diminutivo);
• A mudança de gênero pode gerar mudança de significado (não
havia capital necessário para a construção da capital);
• A mudança de gênero pode alterar o sentido do substantivo (Na
costa do Brasil, turistas americanos davam as costas para os
avisos);
• Valor conotativo do grau: o aumentativo e e o diminutivo podem
assumir um tom afetivo ou ofensivo (Aquele homenzinho de
meia tigela…);
• Campo semântico (ou lexical): conjunto de palavras que
remetem a um mesmo universo de conhecimento (ladrão, crime,
roubo, assalto, prisão, morte, por exemplo);
Adjetivo
• O adjetivo dá uma propriedade ao ser;
• O adjetivo pode assumir valor objetivo (A carteira é quadrada)
ou subjetivo (A vizinha é quadrada);
• A posição do adjetivo pode gerar mudança de significado (alto
funcionário/funcionário alto);
• O adjetivo pode virar advérbio, ou seja, passa a ser invariável
(Elas falam manso);
• O adjetivo pode ser simples (um só radical: escuro) ou
composto (mais de um radical: luso-brasileiro); primitivo (não
deriva de outra palavra: feliz) ou derivado (deriva de outra
palavra: amoroso);
• O adjetivo flexiona-se em gênero (plebeu/plebeia), número
(feliz/felizes) e grau (forte/fortíssimo);
• No grau absoluto sintético, pode haver a forma coloquial
(agilíssimo) ou erudita (agílimo);
Pronome
• O pronome desempenha importantes funções na língua: indica
as pessoas do discurso (primeira: quem fala; segunda: com
quem se fala; terceira: de quem ou de que se fala), promove a
coesão textual – liga partes, substituindo nomes,
acontecimentos – e auxilia o nome, atribuindo-lhe ideias de
posse, indefinição, etc. (pronome adjetivo: acompanha o
substantivo; pronome substantivo: substitui o substantivo);
• Pronomes você e vocês são utilizados para tratamento familiar,
expressam intimidade, aproximação, informalidade;
• São pronomes de tratamento cerimonioso senhor, senhora,
senhorita;
• Os pronomes de reverência (como, Vossa Excelência) são
utilizados em contextos formais para altas autoridades públicas,
membros da aristocracia e do clero;
• O possessivo faz referência às pessoas do discurso,
apresentando-as como possuidoras de algo. Os possessivos
podem imprimir ao texto traços de possessividade, afetividade,
admiração, simpatia e até mesmo desprezo;
• Os indefinidos costumam ser empregados com a finalidade de
se criar o efeito de vago, do geral, da indefinição;
• Os indefinidos são pronomes de terceira pessoa, alguns são
variáveis, outros invariáveis;
• Indefinido + substantivo versus indefinido + artigo +
substantivo: sem artigo, generaliza-se (toda mulher); com o
artigo, dá-se ao substantivo a noção do inteiro (toda a mulher);
• Indefinido + adjetivo: ligado ao adjetivo, tem-se a noção do
inteiro (toda bonita);
• Algum + substantivo versus substantivo + algum: no primeiro
caso, o indefinido tem valor positivo (algum sinal); no segundo,
negativo (sinal algum);
• Os demonstrativos, além de marcadores espaciais e temporais,
possuem uma função coesiva no texto, introduzindo ou
recuperando palavras, expressões, orações, parágrafos
inteiros:
◦ Este, esta, isto indicam proximidade da pessoa que fala;
◦ Esse, essa, isso indicam proximidade da pessoa a quem
se fala;
◦ Aquele, aquela, aquilo indicam o que está afastado tanto
da pessoa que fala como da pessoa a quem se fala;
◦ Este, esta, isto indicam tempo presente em relação à
pessoa que fala;
◦ Esse, essa, isso indicam tempo passado em relação à
época em que se coloca a pessoa que fala;
◦ Aquele, aquela, aquilo indicam tempo vago ou época
remota;
Artigo
• Os definidos:
◦ Determinam o ser, pressupõem que o ser já é conhecido;
◦ Podem assumir valor intensificador: Ele era o ladrão, o maior
de todos;
◦ Colocados após o indefinido “todo”, dão a ideia de inteiro
(todo o colégio); sem artigo, significa “qualquer” (todo
colégio);
◦ Podem assumir valor denotativo quando postos em
oposição ao indefinido: Meu lar é o escritório (mora no
escritório, emprego denotativo) versus Meu lar é um
escritório (assemelha-se ao escritório, emprego conotativo);
◦ Não se utiliza artigo após “cujo” (As deusas a cujas orações
me referi);
◦ Não se utiliza artigo diante de pronomes como Vossa
Excelência, Vossa Santidade;
• Os indefinidos:
◦ Indefinem o ser (Havia um garoto na calçada);
◦ Podem indicar aproximação (Tem uns vinte anos);
◦ Podem assumir valor pejorativo ou afetivo (É um zé
ninguém!; Ela tem uma boca);
Numeral
• Podem ser cardinais (um, dois), ordinais (primeiro, segundo),
multiplicativos (dobro, triplo) ou fracionários (um terço, dois
quartos);
• Podem assumir valor conotativo (Já falei mil vezes!);
• Com algarismo romano, se colocados à esquerda do
substantivo, leem-se como ordinais (XX – vigésima – Bienal do
Livro);
• Com algarismo romano, se colocados à direita do substantivo,
leem-se como ordinais de um a dez: Papa João Paulo II
(segundo); lê-se como cardinal a partir de onze: Leão XIII
(treze);
• Em linguagem coloquial, é comum a flexão de grau (Me dá um
cincão, pai?);
• Possuem valor argumentativo quando usados como dado
estatístico;
Verbo
• Voz (ação verbal é produzida ou recebida pelo sujeito):
◦ Ativa: sujeito pratica a ação;
◦ Passiva: sujeito sofre a ação;
◦ Reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação;
• Modo (as diversas maneiras sob as quais a pessoa que fala
traduz o significado contido no verbo, o modo de dizer):
◦ Indicativo: certeza;
◦ Subjuntivo: incerteza;
◦ Imperativo: pedido, sugestão, ordem, súplica;
• Tempo (momento em que ocorre a ação verbal):
◦ Presente;
◦ Passado (pretérito);
◦ Futuro;
• Número (singular ou plural);
• Pessoa (primeira, segunda, terceira);
Advérbio
• Classe gramatical invariável (flexão no grau apenas);
• Lugar: abaixo, acima, além, aí, ali, aqui, cá, dentro, lá, avante,
atrás, fora, longe, perto;
• Tempo: ainda, agora, amanhã, ontem, logo, já, tarde, cedo,
outrora, então, antes, depois, imediatamente, anteriormente;
• Intensidade: muito, pouco, assaz, bastante, demais,
excessivamente, demasiadamente;
• Dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente,
eventualmente;
• Modo: bem, mal, assim, adrede, asperamente;
• Negação: não, nunca, jamais, tampouco;
• Afirmação: sim, realmente, certamente, deveras, decerto,
efetivamente;
• Locuções adverbiais:
◦ Lugar: à distância, de longe, em cima, em volta;
◦ Tempo: às vezes, à tarde, à noite, de repente, de súbito,
hoje em dia;
◦ Modo: às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade,
dessa maneira, de cor, em vão;
◦ Afirmação: sem dúvida, de fato, por certo;
◦ Dúvida: por certo, quem sabe;
◦ Causa: Morreu por amor;
◦ Meio: a cavalo;
◦ Instrumento: Operou com o canivete;
◦ Condição: Sem você, eu não vou;
◦ Concessão: Mesmo doente, escrevia romances;
• Flexão do advérbio:
◦ O advérbio pode apresentar flexão em grau:
◦ Grau comparativo:
▪ … mais lentamente do que… (comparativo de
superioridade);
▪ … menos lentamente do que (comparativo de
inferioridade);
▪ … tão lentamente como… (comparativo de igualdade);
◦ Grau superlativo:
▪ Superlativo absoluto:
• Viveu muito fielmente (superlativo absoluto analítico –
uso do advérbio de intensidade);
• Viveu fidelissimamente (superlativo absoluto sintético –
uso do sufixo -íssimo);
▪ Superlativo relativo:
• Clara é a mais bela da sala (superlativo relativo de
superioridade);
• Ele é o menos capaz para a tarefa (superlativo relativo
de inferioridade);
Os conectivos
• A preposição e a conjunção possuem pontos em comum, por
exemplo:
◦ Ambas ligam palavras e orações, são elementos de coesão,
mas não retomam palavras como o pronome e o advérbio;
◦ Não possuem função sintática, ao contrário dos pronomes;
◦ Possuem na frase valor semântico, excetuando as
preposições de verbos transitivos indiretos;
• Preposição:
◦ Função: subordinar um termo a outro, o segundo passa a
ser dependente do primeiro;
◦ Classificação: as preposições podem ser de dois tipos:
▪ Essenciais: a, ante, até, após, com, contra, de, desde,
em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre;
▪ Acidentais (podem pertencer a outras classes
gramaticais): afora, consoante, durante, exceto, fora,
mediante, salvo, segundo, senão, tirante, visto;
◦ Locuções prepositivas:
▪ Nestas a última palavra é sempre uma preposição: ao lado
de, antes de, além de, adiante de, a despeito de, acima
de, abaixo de, depois de, em torno de, a par de, apesar
de, através de, de acordo com, com respeito a por causa
de, quanto a, respeito a, junto a, etc.;
◦ Emprego da preposição:
▪ As preposições essenciais são empregadas com os
pronomes pessoais oblíquos tônicos:
• Lutou contra mim/Não trabalhava sem mim/Pensava
em ti/Confiava a mim seus segredos;
▪ As preposições acidentais são empregadas com os
pronomes pessoais do caso reto:
• Todos comeram, salvo tu./Fora eu, todos comeram;
◦ Relações semânticas da preposição:
▪ As preposições podem exprimir várias relações, eis
algumas:
• Cantava à gaúcho (modo);
• O hotel foi estimado em 1 milhão (preço);
• A agulha apontava para o Sul/Atirou-se sobre o herói
(direção);
• Foram com o tio (companhia);
• Martelava com o ferro (instrumento);
• Vim de Salvador (procedência);
• Alimentava-se de farinha e feijão (meio);
• Falava-se sobre tudo (assunto);
• De manhã, tocava violino/Por dez anos, vivi em
Londres (tempo);
• Transformou-se em sapo (mudança de estado);
• Cantava pelos bares da vida/Vamos para o Rio?
(lugar);
• Editado para leitores exigentes (finalidade);
• Estavam sob o automóvel (posição inferior);
• Estavam sobre o automóvel (posição superior);
◦ Coesão e preposição:
▪ A preposição subordina um termo ao outro. O termo que
comanda a preposição pode ser chamado termo regente e
o comandado, regido. Em “confio em você”, o regente é o
verbo; o regido, o pronome de tratamento. Se regente e
regido estiverem distantes um do outro, haverá um
problema de coesão, de ligação malfeita;
• Conjunção:
◦ A conjunção, além de ligar palavras ou orações, dá uma
direção argumentativa ao texto, estabelece relação
semântica. Observe as conjunções e a ideia que elas
transmitem:
▪ Terás a felicidade, mas só na velhice (restrição);
▪ Comprou a casa, mas arrependeu-se e vendeu-a
(retificação);
▪ Estava feliz, mas dissimulava com uma expressão séria
(atenuação);
▪ Apanhou muito, mas ganhou (não compensação);
▪ Mas e o prefeito? Resolveu trabalhar? (situação,
assunto);
▪ Correu muito e não venceu (oposição);
▪ Correu muito e venceu (consequência ou conclusão);
▪ Era honesto, e muito honesto! (explicação enfática);
▪ Tirou o chapéu e entrou no templo (adição);
▪ E o Valdir? Já devolveu o dinheiro? (situação, assunto);
▪ Contava como Caetano (comparação);
▪ Como era louco, não podia sair de lá (causa);
▪ Jogava como o pai o orientou (conformidade);
▪ Se não foi um galanteio, ainda sim impressionou a jovem
(concessão);
▪ Se não falar, eu chamo o juiz! (condição);
• Interjeição:
◦ É a classe gramatical que expressa reação emocional;
◦ Exemplo: Ai! Socorro! Ufa!;
Capítulo 2 – Morfologia – Formação de palavras
Morfemas
• Além das desinências, do radical, do tema, da vogal temática,
temos como morfemas os afixos (prefixo e sufixo); são eles que
possibilitam a formação de novas palavras (morfemas
derivacionais). Os afixos que se antepõem ao radicam chama-
se prefixos; os que se pospõem denominam-se sufixos; os afixos
possuem significação maior que as desinências. Já a vogal de
ligação e a consoante de ligação são morfemas insignificativos,
servem apenas para evitar dissonâncias (hiatos, encontros
consonantais), sequências sonoras indesejáveis. Veja:
◦ Palavras cognatas, família ideológica:
▪ Quando um grupo de palavras possui o mesmo radical,
diz-se que o grupo é formado pela mesma raiz. Quando as
palavras irmanam-se pelo sentido, temos a série
sinonímica, a família ideológica: casa, moradia, lar,
mansão, habitação, etc.;
◦ Radical: O “radical” é a base significativa da palavra; “raiz” é
o morfema que contém o núcleo significativo comum a uma
família linguística (radical mais antigo);
◦ Prefixo: Os prefixos de nossa língua são de origem latina ou
grega, alguns apresentam alteração em contato com o
radical, assim o prefixo an-, indicador de privação, torna-se
a- diante de consoante;
▪ Os prefixos possuem mais independência que os sufixos,
pois, provêm, em geral, de advérbios ou preposições, que
têm ou tiveram vida independente;
◦ Sufixo: Os sufixos podem ser nominais, verbais, ou
adverbiais. Formam, respectivamente, nomes (substantivos,
adjetivos), verbos e advérbios (a partir de adjetivos).
Exemplos: anarquismo, malufar, rapidamente;
• Processos de formação de palavras:
◦ Há dois grandes processos de formação: a derivação e a
composição. Na derivação, temos apenas um radical, a
palavra é derivada de outra; na composição temos ao menos
dois radicais, a palavra é composta. Exemplos: girassol
(composta), giratório (derivada);
◦ Derivação:
▪ Tipos:
• Prefixal: cria-se uma palavra derivada a partir de um
prefixo (disenteria);
• Sufixal: cria-se uma palavra derivada a partir de um
sufixo (doutorada);
• Parassintética: cria-se uma palavra derivada por meio
do acréscimo simultâneo de um prefixo e um sufixo. Se
retirarmos qualquer um dos afixos, não teremos palavra
(adoçar);
• Prefixal e sufixal: acréscimo não simultâneo de prefixo e
sufixo. Retirando-se um dos afixos (ou os dois), ainda
teremos palavra (deslealdade);
• Derivação regressiva: esse tipo de derivação cria
substantivos deverbais, isto é, derivados do verbo. Por
isso, são substantivos que denotam ação. Se o
substantivo indicar ação e se, em relação ao verbo
possuir um número menor de fonemas, o primitivo será
o verbo e o derivado, o substantivo (a derivação ocorre
por meio da supressão de fonemas) (ataque);
• Derivação imprópria:
◦ Mudança de classe gramatical:
▪ De substantivo comum para substantivo próprio;
▪ De substantivo próprio para substantivo comum;
▪ De adjetivo para substantivo;
▪ De substantivo para adjetivo;
▪ De verbo para substantivo;
▪ De substantivo/adjetivo/verbo para interjeição;
▪ De verbo e advérbio para conjunção;
▪ De adjetivo para advérbio;
▪ De particípio para preposição;
▪ De particípio para substantivo e adjetivo;
◦ Composição: palavras compostas são aquelas que
apresentam mais de um radical, no mínimo dois; os radicais
primitivos perdem a significação própria em benefício de um
único significado:
▪ Justaposição: os dois termos (radicais) conservaram a sua
individualidade, não há alteração fonética (girassol);
▪ Aglutinação: na composição, há perda de fonemas
(aguardente, boquiaberto);
◦ Outros processos:
▪ Onomatopeia: trata-se da imitação de sons e ruídos da
natureza. A partir de onomatopeias, formam-se novas
palavras (miar/miado, latir/latido, piar/pio);
▪ Abreviação vocabular: trata-se da redução de fonemas, a
palavra se apresenta de forma reduzida e não pelna
(auto/automóvel);
▪ Hibridismo: trata-se de palavras cujos morfemas são de
línguas diferentes (sambódromo, português e grego);
Capítulo 3 – Sujeito e predicado
Tipos de Sujeito
• Determinado:
◦ O sujeito é determinado quando pode ser identificado na
frase, por meio de seu(s) núcleo(s) ou por meio de uma elipse
(quando se oculta a palavra, porque ela está subentendida no
contexto ou implícita na terminação do verbo);
◦ Sujeito determinado simples:
▪ Quando há um só núcleo sintático, representado por um
substantivo, pronome ou numeral (no singular ou no
plural);
▪ Os presidenciáveis debateram, eles se ofenderam, os
dois foram analisados;
◦ Sujeito determinado composto:
▪ Quando há dois ou mais núcleos sintáticos, representados
por substantivos, pronomes ou numerais (no singular e no
plural);
▪ Lula e o ex-governador argumentaram de forma
diferente;
◦ Sujeito determinado elíptico ou implícito desinência verbal
(oculto):
▪ Quando o sujeito foi oculto por estar expresso
anteriormente ou por estar implícito na desinência verbal;
▪ Somos alienados? Os ricos e os pobres os são?;
▪ Há muitos ricos e muitos pobres… não igualemos;
• Indeterminado:
◦ O sujeito indeterminado ocorre quando o verbo não se refere
a uma pessoa determinada, ou por se desconhecer quem
pratica a ação, ou ainda por não haver interesse no seu
conhecimento. O sujeito indeterminado pode apresentar-se
na terceira pessoa do plural ou na terceira pessoa do
singular, com emprego do “se”, índice de indeterminação do
sujeito;
◦ Com verbo na terceira pessoa do singular e com o índice de
indeterminação do sujeito (se):
▪ Necessita-se de água;
◦ Com verbo na terceira pessoa do plural, sem o índice de
indeterminação do sujeito (se):
▪ Necessitam de água;
• Inexistente (oração sem sujeito):
◦ Neste tipo de estrutura sintática, a exemplo do sujeito elíptico
e do sujeito indeterminado, há apenas o predicado; a
diferença é que, ao contrário dos dois primeiros, não há quem
faça a ação. Os principais casos:
▪ a)Verbos ou expressões que denotam fenômeno da
natureza e indicação de tempo em geral:
• Faz calor, meu bem? Podemos sair?;
• Chove, amor!;
▪ b)Com os verbos “haver” e “fazer” no sentido de tempo
decorrido (impessoais):
• Aliás, faz 10 minutos que não chove;
• Há pouco não chovia, que chato!;
▪ c)Com o verbo “haver” no sentido de existir, acontecer,
ocorrer (impessoal):
• Amor, há tantas outras coisas a fazer…;
◦ Em linguagem coloquial e em certos textos literários, é
comum o emprego do verbo “ter” com o sentido de existir.
Para muitos gramáticos, todavia, o uso deve ser evitado em
linguagem culta:
▪ Tem tanto museu bonito…;
Objeto Objeto
Direto Indireto
Significativos
Objeto indireto
• Trata-se do complemento do verbo transitivo indireto, ou do
complemento verbal com preposição (quando a preposição é
uma exigência do verbo);
Topicalização do objeto
• Colocar o objeto no início da oração (no topo) é uma forma de
chamar a atenção (instrumento de ênfase). É preciso não
confundir a topicalização do objeto com determinadas
estruturas chamadas anacoluto;
Alteração semântica
• Em literatura, é comum o uso de rescursos expressivos
envolvendo o objeto. Um desses recursos consiste em
empregar o mesmo verbo em sentidos diferentes para cada
objeto;
Adjunto adverbial
• Do ponto de vista sintático, relacional, o adjunto adverbial se
anexa ao verbo, ao adjetivo e ao advérbio. Do ponto de vista
semântico, o adjunto dá ao verbo uma circunstância de lugar,
tempo, modo, etc. (os valores semânticos do addvérbio).
Quando ligado ao adjetivo e ao advérbio, expressa intensidade;
• Em certas construções, o adjunto adverbial pode ligar-se à frase
toda (para muitos linguistas, seria um adjunto adverbial de
enunciação);
• Com o seu emprego, o enunciador manifesta sua opinião em
relação a um fato, expresso por uma frase;
• Ao contrário do objeto, dado como termo integrante, necessário
à estrutura da frase, o adjunto adverbial é classificado pelas
gramáticas normativas como termo acessório, desnecessário à
frase;
• Em algumas situações, a omissão do adjunto adverbial pode
não prejudicar a sintaxe, mas pode prejudicar a mensagem, se
o adjunto contiver uma informação importante para o emissor ou
para o contexto;
• Tipos de adjunto adverbial:
◦ 1. Causa;
◦ 2. Companhia;
◦ 3. Concessão;
◦ 4. Condição;
◦ 5. Conformidade;
◦ 6. Dúvida;
◦ 7. Finalidade;
◦ 8. Instrumento;
◦ 9. Intensidade;
◦ 10. Lugar;
◦ 11. Matéria;
◦ 12. Meio;
◦ 13. Modo;
◦ 14. negação;
◦ 15. Oposição;
◦ 16. Tempo;
• Em relação à classificação, é importante levar em consideração
a frase, pois um mesmo adjunto pode assumir um significado
diferente em outro contexto;
Agente da passiva
• Termo que, na oração em voz passiva analítica, designa o
agente da ação verbal. Introduzido pela preposição por ou de,
o agente da passiva está sempre ligado ao verbo. Quando uma
oração apresenta um verbo construído com o objeto direto (voz
ativa, sujeito agente), ela pode assumir a forma passiva;
havendo a passiva analítica, pode-se ter o agente da passiva.
As transformações podem ser descritas da seguinte forma:
• Observações:
1. Se o sujeito da ativa estiver acompanhado de artigo, haverá a
contração antecedendo o núcleo (substantivo ou pronome)
do agente da passiva:
◦ Por + a = pela;
◦ Por + o = pelo;
◦ Por + as = pelas;
◦ Por + os = pelos;
2. Pode haver na ativa uma locução verbal (verbo auxiliar +
verbo principal em um das formas nominais). A
transformação para a passiva obedece aos seguintes
critérios:
◦ a) O auxiliar concorda com o sujeito na passiva, mas
permanece no mesmo tempo e no mesmo modo;
◦ b) O verbo principal, na passiva, vai para o particípio;
◦ c) Coloca-se o verbo ser na passiva após o auxiliar da
ativa e antes do particípio;
◦ d) O verbo ser assume o tempo e o modo do verbo
principal da ativa;
• Omissão do agente da passiva:
◦ a) Se, em uma oração de voz ativa, o verbo estiver na
terceira pessoa do plural, não haverá agente explícito para
indicar sujeito indeterminado na transformação para a voz
passiva;
◦ b) Na imprensa, às vezes o agente não aparece por
desconhecimento ou por não haver interesse em revelá-lo;
Adjunto adnominal
• Termo ligado ao nome, mais especificamente a um núcleo
sintático (do sujeito, do objeto, etc.);
• É expresso por: artigos, pronomes, numerais, adjetivos,
locuções adjetivas e orações adjetivas;
• As minhas duas lindas garotas da África morrem da
subnutrição que o mundo não combate;
• Possui função de especificar, explicar, indeterminar, determinar
o ser, isto é, o nome, o substantivo;
• Pode estar presente em qualquer termo da oração, estará
ligado ao seu núcleo, sem intermediação do verbo ou da vírgula;
• Quando o adjunto adnominal estiver ligado ao sujeito e for
desempenhado por um adjetivo, teremos uma qualidade velha
(posta como conhecida pelos interlocutores) ou permanente (o
predicativo transmite-nos uma qualidade nova – posta como
revelação – ou passageira);
• O documento falso foi encontrado (adjunto adnominal);
• O documento é falso (predicativo);
Predicativo do sujeito
• Remete a uma qualidade (qualidade nova, isto é, posta como se
fosse uma revelação) ou a um estado do sujeito (de caráter
passageiro). Pode apresentar-se:
◦ a) Com verbo de ligação (ser, estar, parecer, continuar, entre
outros, podem funcionar como verbos de ligação se
introduzirem uma qualidade, um estado ou uma mudança de
estado do sujeito):
▪ As nuvens são mágicas;
▪ As nuvens estão escuras;
▪ As nuvens continuam ameaçadoras;
◦ b) Sem verbo de ligação (com transitivo ou intransitivo):
▪ As nuvens marcham mansas;
• Depois do verbo, não há necessidade da vírgula. A vírgula,
porém, é de fundamental importância quando o adjetivo segue o
núcleo do sujeito;
◦ O garoto, cansado, assistia a guerras;
◦ O garoto assistia a guerras cansado;
• É preciso estar atento também à ordem das palavras, pois em
muitos casos é a posição do adjetivo que gera ambiguidade;
◦ O garoto saiu do local abandonado;
Predicativo do objeto
• Qualidade nova imposta pelo sujeito ao objeto ou uma opinião
do sujeito sobre o objeto;
• Alguns verbos que possibilitam o predicativo do objeto: eleger,
crer, encontrar, estimar, fazer, nomear, proclamar, chamar,
formar;
• Nomearam o ministro chefe da comissão;
Complemento nominal
• Possui a função de completar o nome; pode estar ligado a
substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio, sempre com
preposição;
• Ligado ao substantivo, cumpre o papel semântico do objeto, isto
é, ser afetado, alvo da ação:
◦ Invasão no Líbano;
• Se for agente, ou possuidor, teremos o adjunto adnominal:
◦ As armas dos Estados Unidos;
Aposto
• Mantém uma relação de igualdade semântico com o termo
anterior. O aposto pode ser explicativo, enumerativo,
distributivo, recapitulativo, especificativo ou oracional;
• Os Beatles, o mais famoso conjunto de rock de todos os
tempos, tornaram-se um mito (explicativo);
• Ele amava tudo dos Beatles: a música, a filosofia, as
vestimentas, etc. (enumerativo);
Vocativo
• O vocativo é um termo que não pertence ao sujeito nem ao
predicado; indica um chamado, um apelo; o vocativo remete ao
destinatário da mensagem. Também pode ser um indicador de
religião, posição política, grupo social, idade, orientação sexual,
origem geográfica, etc;
◦ – Tucanos, o petista já chegou!;
◦ – Padre, eu pequei!;
◦ – Bofe, você tem “fogo”?;
Capítulo 6 – Sintaxe e semântica, tipos de predicado
Predicado nominal
• Informa uma qualidade nova ou passageira; está presente de
forma mais sistemática nas descrições e nas definições
científicas;
• No predicado nominal, o núcleo é o nome, sintaticamente
denominado predicativo do sujeito. Estruturas que apresentam
o predicado nominal:
◦ a) Verbo de ligação + predicativo do sujeito:
▪ A vida é um cálice de vinho;
◦ b) Verbo de ligação + predicativo do sujeito + adjunto
adverbial:
▪ Os corvos são mensageiros do terror à noite;
Predicado verbal
• O predicado verbal expressa uma ação mental ou física; nele
estão presentes verbos transitivos ou intransitivos;
• Como esses verbos expressam uma ação do ser, o uso desse
tipo de predicado pode criar um efeito de dinamicidade. No
predicado verbal, o núcleo é o verbo (transitivo ou intransitivo).
Estruturas sintáticas:
◦ a) Verbo intransitivo:
▪ O vento dança;
◦ b) Verbo intransitivo + adjunto adverbial:
▪ O vento dança loucamente;
◦ c) Verbo transitivo + objeto:
▪ O vento dança a valsa da natureza;
◦ d) Verbo transitivo + objeto + adjunto adverbial:
▪ O vento dança a valsa da natureza loucamente;
Predico verbo-nominal
• Esse tipo de predicado está presente no momento em que o
enunciador deseja passar:
◦ a) Uma ação e um estado de sujeito:
▪ São Paulo caminha lenta;
◦ b) Uma qualidade nova do objeto causada pelo sujeito:
▪ As indústrias deixam a rica cidade;
◦ c) Uma opinião do sujeito sobre o objeto:
▪ Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
(Cazuza; O tempo não para);
• No predicado verbo-nominal, o núcleo é o verbo e o nome (um
predicativo);
• Estruturas sintáticas:
◦ a) Verbo transitivo + objeto + predicativo do sujeito;
◦ b) Verbo transitivo + objeto + predicativo do objeto;
◦ c) Verbo intransitivo + predicativo do sujeito;
Topicalização do objeto
• Quando se quer destacar o objeto, pode-se colocá-lo à frente de
toda a oração:
◦ Livro: Compre um!;
Ambiguidade sintática
• Ocorre quando um termo da oração pode assumir dupla função
sintática:
◦ As mulheres do sertão saíram das terras castigadas;
◦ O termo “castigadas” pode estar ligado a “terras” ou a
“mulheres”; pode ser adjunto adnominal de “terras” ou
predicativo do sujeito de “mulheres”;
Paralelismo sintático
• Trata-se da reiteração de estruturas sintáticas;
◦ […] Nunca me esquecerei que no meio do caminho/tinha uma
pedra/tinha uma pedra no meio do caminho/no meio do
caminho tinha uma pedra (Carlos Drummond de Andrade.
“No meio do caminho”);
Capítulo 7 – A palavra “se”
Voz ativa
• Temos a voz ativa quando o sujeito da oração é agente, isto é,
pratica a ação:
◦ Bombeiro resgata torcedor;
Pronome apassivador
• A estrutura em que a partícula (ou pronome) apassivadora se
encontra é mais concisa, não traz o agente da passiva:
◦ Trocam-se ideias;
• Para que haja voz passiva sintética, é preciso que:
◦ a) O verbo esteja em terceira pessoa;
◦ b) Haja a palavra “se”;
◦ c) O verbo seja VTD ou VTDI;
◦ d) O substantivo seja sujeito paciente;
• Deve-se observar ainda se o verbo está concordando com o
substantivo, o qual funciona como sujeito. O objeto direto não
ocorre na passiva, transforma-se em sujeito paciente;
Partícula de realce
• O pronome de realce servirá para destacar, enfatizar um verbo
intransitivo; tal recurso dá mais espontaneidade à ação do
sujeito:
◦ Foi-se a primeira bomba de chocolate;
Capítulo 8 – Sintaxe dos pronomes
Variantes linguísticas
• O uso coloquial dos pronomes deve ser considerado erro
quando a situação requerer uma linguagem culta. No diálogo,
em situações informais, o seu emprego é aceito, visto que,
nesses contextos, emprega-se a variante popular. Veja os
principais casos:
◦ a) Pronome do caso reto na função de oblíquo;
◦ b) Uso indevido do “lhe”, “lhes” como objeto direto;
◦ c) Falta de concordância entre pronomes de segunda e
terceira pessoa;
◦ d) Falta de concordância entre pronome e verbo;
◦ e) Uso indevido de pronome pessoal do caso reto com
auxiliar causativo e sensitivo;
◦ f) Utilização indevida de reflexivos de terceira pessoa com
sujeito em primeira ou segunda pessoas;
◦ g) Emprego errôneo de formas como “conosco”, “convosco”;
me + o = mo me + a = ma me + os = mos me + as = mas
te + o = to te + a = ta te + os = tos te + as = tas
Verbos
• Assistir:
◦ VI = morar;
◦ VTD = socorrer;
◦ VTI = ver;
◦ VTI = ter direito a;
• Visar:
◦ VTI = ter por objetivo;
▪ Apesar de VTI, “visar”, com o sentido de ter por objetivo,
não aceita “lhe” (Visava a ele);
◦ VTD = pôr visto;
◦ VTD = mirar;
• Aspirar:
◦ VTI = almejar;
▪ Apesar de VTI, “aspirar”, com o sentido de almejar”, não
aceita “lhe” (Aspirava a ele);
◦ VTD = inspirar;
• Obedecer/Desobedecer:
◦ VTI;
• Esquecer/Lembrar:
◦ VTD = cair na lembrança/apagar-se da memória (sem
preposição e sem pronome);
◦ VTI pronominal = cair na lembrança/apagar-se da memória
(com preposição e pronome);
◦ VTI = cair na lembrança/apagar-se da memória (com verbo
sempre na terceira pessoa, sujeito à direita e objeto indireto
posposto ao verbo, mas antecedido ao sujeito);
• Ir/Chegar:
◦ VI = ir em/chegar em;
◦ VI = ir a/chegar a;
• Implicar:
◦ VTD = acarretar;
▪ A regência “implicar em”, no sentido de acarretar, é
largamente utilizada pelo povo, mas ainda não foi
assimilada pela norma culta;
◦ VTI = meter-se;
◦ VTI = mostrar má disposição com as pessoas;
• Informar/Avisar/Notificar:
◦ VTDI;
◦ Informar algo a alguém. Informar alguém de algo. Informar
alguém sobre algo;
◦ Se utilizarmos os pronomes pessoais do caso oblíquo,
teremos:
▪ Informar ao professor que tudo estava certo = Informar-
lhe que tudo estava certo;
▪ Informar o professor de que tudo estava certo = Informá-lo
de que tudo estava certo;
• Querer:
◦ VTD = desejar;
◦ VTI = querer bem, estimar, amar;
• Agradar:
◦ VTD = fazer carinho;
◦ VTI = satisfazer;
• Custar:
◦ VTD = valer;
◦ VTI = ser difícil, ser obtido à custa de (com sujeito em forma
de oração, a qual pode ser precedida ou não de preposição
expletiva);
◦ VTDI = causar, acarretar;
• Pagar, perdoar:
◦ VTD = objeto é coisa;
▪ Se for verbo for transitivo direto, utiliza-se “o”, “a”, “os”,
“as”;
◦ VTI = objeto é pessoa;
▪ Se o verbo for transitivo indireto, utiliza-se “lhe” e “lhes;
◦ VTDI = objeto é coisa e pessoa;
• Preferir:
◦ VTDI = preferir uma coisa a outra, preferir uma entre duas
coisas;
◦ Construções como “prefiro mais”, “prefiro antes” e “prefiro
mais… que” não são aceitas pela norma, trata-se de
linguagem coloquial;
◦ VTD = dar primazia a;
• Responder:
◦ VTI/VI = dar resposta a alguém, replicar;
Não há crase:
• Diante de masculino;
• Diante de verbo;
• Diante de pronomes que não aceitam artigo;
• Em expressões repetidas;
• Diante de palavras de sentido indeterminado;
• Diante de nomes de lugares que não aceitam artigo;
• Diante da palavra “casa” com o sentido de lar;
• Diante da palavra “terra” como antônimo de “bordo”;
• Diante da palavra “distante” quando esta estiver indeterminada;
• Diante da palavra “após”;
• Diante dos pronomes de tratamento iniciados por Vossa/Sua
(de cerimônia);
• Diante de numerais (exceto em indicações de horas);
Crase facultativa:
• Diante de possessivo;
• Diante de nome próprio feminino;
Crase obrigatória
• Se a palavra à esquerda (A) pedir preposição “a” e a palavra à
direita (B) aceitar artigo feminino “a”;
• Se a palavra à esquerda pedir preposição “a” e a palavra à
direita for um pronome demonstrativo (a, as, aquele, aqueles,
aquela, aquelas, aquilo);
• Se houver uma palavra à direita dos relativos “a qual”, “as
quais” que peça preposição “a”;
• Nas locuções adverbiais femininas e nas locuções prepositivas
femininas (à moda de, à custa de, à beira de, à maneira de, à
vista de, à procura de, etc.). Se subentender “à moda de”,
haverá acento grave diante de masculino;
• Nas locuções conjuntivas adverbiais proporcionais;
• Diante da palavra “casa”, quando estiver determinada;
• Diante da palavra “terra”, quando esta estiver determinada (ou
quando for planeta);
Capítulo 13 – Pontuação
Emprego do travessão
• O travessão é indicado para introduzir o discurso direto, para
isolar palavras ou frases, para dar mais realce a uma conclusão,
para substituir as vírgulas em frases e expressões de caráter
explicativo, sobretudo se o período já contiver um bom número
de vírgulas;
Emprego da próclise
• A gramática normativa toma como critério a ocorrência de
determinados elementos gramaticais para que haja a próclise.
Seguem os elementos gramaticais que atraem o pronome para
antes do verbo:
◦ a) Partícula negativa;
◦ b) Pronome indefinido;
◦ c) Pronomes demonstrativos;
◦ d) Advérbios;
▪ Obs.: Se o advérbio for seguido de pause, teremos a
ênclise;
◦ e) Orações interrogativas e exclamativas (optativas);
◦ f) Gerúndio e infinitivo flexionado precedidos por preposição;
Emprego da mesóclise
• A mesóclise só é possível com o futuro do presente e com o
futuro do pretérito; o fato de ser futuro, contudo, não garante a
mesóclise, é preciso observar alguns fatores:
◦ a) Com o futuro do presente:
▪ Não precedido de palavra atrativa (negação, advérbio…),
no início do período ou da oração, o futuro do presente
exigirá mesóclise;
▪ Entregar-te-ei os meus pulmões para que grites;
▪ Atente, todavia, para duas situações:
• Precedido de palavra atrativa: próclise;
• No meio do período, sem palavra atrativa, próclise ou
mesóclise;
◦ b) Com o futuro do pretérito:
▪ Não precedido de palavra atrativa (negação, advérbio…),
no início do período ou da oração, o futuro do pretérito
exigirá mesóclise;
▪ Oferecer-me-ia se me conhecesse;
▪ Atente, todavia, para duas situações:
• Precedido de palavra atrativa: próclise;
• No meio do período, sem palavra atrativa: próclise ou
mesóclise;
Emprego da ênclise
• a) Quando o verbo é precedido de pausa (início de período,
vírgula, ponto, ponto e vírgula);
• b) Com infinitivo impessoal:
◦ Precedido de preposição ou negação, pode haver próclise ou
ênclise; a ênclise é, todavia, obrigatória, se o pronome for
“o(s)”, “a(s)”, e o infinitivo vier regido da preposição “a”:
▪ Comecei a amá-la;
• c) Com imperativo;
• d) Com gerúndio, desde que não precedido de preposição;
Nomenclatura
• a) Sinônimos:
◦ Palavras que se assemelham no sentido;
• b) Antônimos:
◦ Palavras que se opõem quanto ao sentido;
• c) Homônimos:
◦ Palavras que possuem o mesmo nome;
• d) Homófonos:
◦ Palavras que possuem o mesmo som;
• e) Homógrafos:
◦ Palavras que apresentam a mesma grafia;
• f) Heterônimos:
◦ Nomes diferentes atribuídos a uma mesma pessoa;
• g) Parônimos:
◦ Palavras semelhantes quanto ao seu som;
Emprego do “z”
• a) Os derivados em -zal, -zinho, -zito: cafezal, avezinha;
• b) Os derivados de palavras cujo radical terminam em “z”:
enraizar (de raiz);
• c) Os sufixos -ez, -eza formam substantivos abstratos femininos
derivados de adjetivos: pobreza (de pobre), acidez (de ácido).
• d) O sufixo -izar é empregado se o radical dos nomes primitivos
não terminar em “s”: canalizar (de canal), cicatrizar (de cicatriz);
Emprego do hífen
• Regra geral: usa-se hífen quando a palavra é um todo
semântico e pode ser permutada por outra. Não se usa hífen
quando os componentes conservam seu valor individual: pão-
duro (avarento); pão duro (pão endurecido);
• Sempre se usa o hífen diante de “h”: anti-higiênico, super-
homem;
• Prefixo terminado em vogal:
◦ a) Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo;
◦ b) Sem hífen diante de consoante diferente de “r” e “s”:
anteprojeto, semicírculo;
◦ c) Sem hífen diante de “r” e “s”. Dobram-se essas letras:
antirracismo, antissocial, ultrassom;
◦ d) Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-
ondas;
• Prefixo terminado em consoante:
◦ a) Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-
bibliotecário;
◦ b) Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal,
supersônico;
◦ c) Sem hífen diante de vogal: interestadual,
superinteressante;
• Compostos:
◦ a) Sem hífen, se houver elemento de ligação (há exceção) ou
base oracional: fim de semana, olho de sogra, dia a dia, faz
de conta, bicho de sete cabeças. Exceção: cor-de-rosa;
◦ b) Com hífen, se não houver elemento de ligação (há
exceção): bate-boca, porta-bandeira, terça-feira;
◦ c) Com hífen, se forem palavras iguais ou quase iguais: tique-
taque, reco-reco;
A ortoépia
• Ocupa-se da pronúncia correta das palavras; eis alguns casos
frequentes:
◦ Pronúncia e grafia incorretas: advinhar, dignatário, impecilho,
mendingo, previlégio, supertição;
◦ Pronúncia e grafia corretas: adivinhar, dignitário, empecilho,
mendigo, privilégio, superstição;
Capítulo 16 – Verbo
Embreagens verbais
• O emprego metafórico dos tempos (ou embreagens verbais) é a
substituição de um tempo por outro e seus efeitos de sentido.
Esse procedimento não se restringe a textos literários; no
cotidiano, é comum a troca de tempos. Veja a diferença entre o
emprego literal e o emprego metafórico no período a seguir:
◦ Em 2006, o Brasil perdeu [Pretérito perfeito: emprego literal]
a copa e o “status” de melhor equipe do mundo;
◦ Em 2006, o Brasil perde [Presente do indicativo no lugar do
pretérito perfeito (emprego metafórico)] a copa e o “status”
de melhor equipe do mundo;
◦ No segundo período, o presente destaca o passado, já que
este possui ressonância até os dias de hoje. Veja outros
exemplos:
▪ 1. O imperfeito no lugar do presente do indicativo (efeito:
polidez, educação):
• O senhor podia tirar o seu revólver do meu pescoço?
(podia em vez de pode);
▪ 2. O imperfeito no lugar do futuro do pretérito (efeito:
certeza):
• Este jantar até meu marido fazia! (fazia no lugar de
faria);
▪ 3. O perfeito no lugar do futuro do presente (efeito:
certeza):
• USP? O ano que vem? Já passei! (passei no lugar de
passarei);
Capítulo 17 – Concordância nominal
◦ 2. Concordância atrativa:
▪ O adjetivo refere-se aos dois substantivos, mas concorda
com o mais próximo (o critério é a eufonia);
▪ Observe as situações:
• Um adjetivo (na função de adjunto adnominal) para dois
ou mais substantivos:
◦ Ordem direta (subst./s + adjetivo):
▪ Nessa ordem, o adjetivo pode concordar com o
mais próximo (concordância atrativa) ou com a
soma (concordância gramatical);
◦ Ordem indireta (adjetivo + subst./s):
▪ Nessa ordem, o adjetivo concorda com o mais
próximo (concordância atrativa);
▪ Quando os substantivos são nomes próprios ou
nomes de parentesco, o adjetivo vai sempre para o
plural;
• Um adjetivo (na função de predicativo) para dois ou
mais substantivos:
◦ Ordem direta (subst./s + adjetivo):
▪ Nessa ordem, o adjetivo concorda com a soma
(concordância gramatical);
▪ Se os substantivos foram próprios, convém usar o
plural;
▪ Se os substantivos foram de número diferentes,
convém repetir o adjetivo;
◦ Ordem indireta (adjetivo + subst./s):
▪ Nessa ordem, pode concordar com o mais próximo
(concordância atrativa) ou com a soma
(concordância gramatical);
Alerta
• A palavra “alerta” e a locução “em alerta” não variam;
Anexo, em anexo
• O primeiro varia, concorda com o substantivo (o que está sendo
anexado);
• O segundo não, é locução adverbial;
• Utiliza-se “em anexo” quando não é preciso especificar a que
está anexado;
Mesmo, próprio
• Variam quando ligados ano nome, não variam quando ligados
ao verbo (“mesmo” como “de fato”);
Incluso, lesa
• Variam, pois concordam com o substantivo ao qual se refere;
Quite, pseudo
• A palavra “quite” concorda com o sujeito ao qual se refere;
• “Pseudo” é invariável;
Obrigado
• Varia em gênero e número;
Capítulo 18 – Concordância verbal
Sujeito simples
• O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito;
• Pássaros metálicos bombardeiam Bagdá;
Sujeito composto
• a) Em ordem direta:
◦ Se os sujeitos estiverem na terceira pessoa, o verbo vai para
a terceira do plural;
◦ Crianças e mulheres temem o pior;
• b) Em ordem indireta:
◦ Pode ir para o plural ou concordar com o mais próximo;
◦ Morre um velhinho e seu netinho;
◦ Morrem um velhinho e seu netinho;
• c) Núcleos são (quase) sinônimos ou há gradação:
◦ Pode concordar com o mais próximo ou ir para o plura;
◦ A vingança, maldade, o ódio condenou o ditador do Iraque
(ou condenaram);
• d) Sujeito composto seguido de aposto recapitulativo:
◦ Concorda com o aposto (tudo, nada etc.);
◦ Morte, miséria, caos… nada sensibiliza o equivocado
presidente norte-americano;
Sujeito oracional
• Quando o sujeito for oracional, o verbo da oração principal deve
permanecer na terceira do singular;
• Parece que os democratas farão oposição sistemática a Bush,
dizem os especialistas;
◦ Observação:
▪ O sujeito de parecer tem início a partir da palavra que;
Trovadorismo
• Surge com a formação de Portugal como país independente
durante a Idade Média;
• Sua poesia é compota de cantigas musicadas, as quais
alegravam as festas da corte;
• Suas cantigas foram registradas por escrito – em galego-
português – no Cancioneiro da Biblioteca Nacional, no
Cancioneiro da Ajuda e no Cancioneiro do Vaticano;
• As cantigas trovadorescas são classificadas em:
◦ Cantigas líricas:
▪ De amor (eu lírico masculino);
▪ De amiga (eu lírico feminino);
◦ Cantigas satíricas:
▪ De escárnio (crítica indireta);
▪ De maldizer (crítica direta);
• O amor cortês é a mais importante temática das cantigas
trovadorescas e definia as leis do amor e regras para trovar;
• Suas prosas em língua portuguesa eram basicamente
traduções, das quais se destacam as novelas de cavalaria,
baseadas em mitos como A demanda do Santo Graali e
Amadis de Gaula.
Humanismo
• Surgiu durante o período de transição entre a Idade Média e o
Renascimento. Em Portugal, dá-se início às Grandes
Navegações, com enriquecimento financeiro e desenvolvimento
cultural para o país;
• A sua poesia é chamada de poesia palaciana, com poemas
mais rebuscados que as cantigas trovadorescas e declamados
(em vez de cantados) em saraus da corte;
• Seus poemas abordam questões amorosas com maior
liberdade e complexidade;
• A crônica histórica (historiografia) portuguesa ganha novo fôlego
com os escritos de Fernão Lopes, os quais registram não
apenas os feitos dos reis e da nobreza, mas também o cotidiano
da nação como um todo;
• O ponto mais importante do Humanismo português é o teatro de
Gil Vicente, composto em versos. O autor é o primeiro grande
nome da literatura portuguesa e um dos mais importantes
teatrólogos da literatura mundial;
• Divididos em autos e farsas, o teatro vicentino promovia
entretenimento e introduzia a mentalidade dos novos tempos à
literatura portuguesa. Alegóricas e muito críticas, as peças
vicentinas são excelentes retratos da época;
• Entre a vasta obra de Gil Vicente, destacam-se o Auto da barca
do inferno e a Farsa de Inês Pereira;
Classicismo
• O Classicismo na Literatura é fruto do Renascimento, inspirado
em antigos escritores italianos por recuperar a tradição greco-
latina, marcando o fim da Idade Média europeia e a entrada na
Era Moderna;
• Em Portugal, desenvolve-se ao longo do século XVI – era de
ouro do país, à época das explorações marítimas e da conquista
de colônias ultramarinas – é introduzido pelo poeta Sá de
Miranda depois que voltou da Itália;
• Sua literatura introduz uma nova metrificação ao verso
português (decassílabo heroico), trazida da Itália, para fazer
frente ao modo tradicional de versar – a medida velha (em
redondilhas, ou versos, maiores e menores);
• Sá de Miranda introduz em Portugal a forma soneto, criada pelo
poeta italiano Petrarca. Trata-se de um poema de quatro
estrofes, sendo as duas primeiras de quatro versos (quartetos)
e as duas últimas de três versos (tercetos);
• Seu nome de destaque é o poeta Luís de Camões, português
por excelência. Na sua obra, destacam-se a poesia lírica,
principalmente os sonetos, os quais discutem a arte do amor e o
desconcerto do mundo, além de sua poesia épica – o poema Os
Lusíadas –, que celebra o povo português e suas conquistas.
Capítulo 3 – Literatura Colonial: Quinhentismo, Barroco
e Arcadismo
Quinhentismo
• Carta de Caminha: a “certidão de nascimento” do Brasil;
• A literatura de informação, com textos dos primeiros europeus
que vieram ao Brasil;
• O retrato do índio – e da sua cultura – como um objeto exótico e
selvagem;
• Os primeiros esboços da história do Brasil;
• A perspectiva de outros europeus com relação à terra
“descoberta” pelos portugueses;
• A literatura jesuítica e o esforço de aportuguesamento dos
negros trazidos da África e dos indígenas;
• José de Anchieta, nome de destaque da Companhia de Jesus,
com sua obra, seu teatro de catequese e sua poesia devocional;
Barroco
• Movimento literário marcado pelo questionamento de uma
época de crescimento econômico e imposição imperial europeia
em termos religiosos ou políticos;
• Choque de valores, representado pelo exagero das formas e
dos recursos artísticos, como principal características;
• Contradição, imprecisão, excesso e retórica apurada como
marca de seus textos literários;
• Tendências básicas:
◦ Conceptismo: jogo de ideias;
◦ Cultismo: jogo de palavras;
• Padre Antônio Vieira:
◦ Principal nome do Barroco português e figura de destaque no
Barroco brasileiro;
◦ Importante figura política do século XVII, além de sermonista
de destacado prestígio;
◦ Em sua obra, destacam-se os sermões, as cartas e os textos
proféticos que escreveu valendo-se dos recursos barrocos;
• Gregório de Matos:
◦ Primeiro nome da poesia brasileira propriamente dita pelo
interesse em retratar as questões brasileiras sem sua
inserção no contexto maior do Império Português;
◦ Poeta satírico, de alcunha Boca do Inferno, mas, como os
demais artistas barrocos, com relação conflituosa com a fé
católica e com os valores sociais da época, também com
produção de poesia lírica, religiosa e fescenina;
Arcadismo
• As características do estilo neoclássico;
• O Pombalismo e suas relações com a arcádia lusitana;
• A obra de Bocage, um dos principais poetas portugueses de
todos os tempos;
• As mudanças promovidas no Brasil por conta da descoberta do
ouro em Minas Gerais;
• A arcádia ultramarina como primeira tentativa de formar uma
literatura característica brasileira;
• A Inconfidência Mineira e sua tentativa frustrada de
independência do Brasil;
• A obra literária e as ideias políticas de plêiade mineira e dos
poetas árcades brasileiros;
• Cláudio Manuel da Costa, o mentor do Arcadismo no Brasil;
• Tomás Antônio Gonzaga, o poeta árcade de maior destaque no
país;
• A épica árcade brasileira;
Capítulo 4 – Romantismo: o arrebatamento das
emoções
Romantismo no Brasil
• A predominância da emoção e do sentimento nos poetas
românticos;
• O Brasil retratado como uma nação recente;
• O padrão europeu para a formação da cultura brasileira;
• Discrepâncias: o Brasil no início do desenvolvimento de sua
nação; a Europa já madura;
• Autores de destaque:
◦ Gonçalves Dias:
▪ Um dos poetas mais importantes da Literatura brasileira;
▪ Temas predominantes:
• O amor, a natureza, o indígena, a saudade, a melancolia
e Deus;
▪ A inovação: os temas abordados como parte da formação
do ser literário;
▪ O indianismo como solução para desenvolver o orgulho
histórico;
▪ A transfiguração pautada em modelos europeus;
▪ O mito do bom selvagem;
◦ Álvares de Azevedo:
▪ Sombras, sentimentos, melancolia, sonho, morbidez,
morte e inconsciente;
▪ A adolescência e as ambiguidades próprias da idade;
▪ O extraordinário domínio da linguagem;
▪ O sarcasmo como recurso;
▪ A abordagem poética de elementos cotidianos;
◦ Casimiro de Abreu:
▪ A leveza da leitura fluida e agradável;
▪ O tom muito mais afetuoso para tratar dos mesmos temas
dos poetas anteriores;
▪ O amor romântico e a paixão atenuada;a
▪ A sinceridade da simplicidade;
▪ O maior alcance do real com mais claridade e equilíbrio;
◦ Castro Alves:
▪ O abolicionismo;
▪ O foco no negro escravizado;
▪ A questão social como fator externo ao indivíduo;
▪ O negro como personagem central e as dificuldades dessa
representação;
▪ A opressão e a humanização;
▪ A lírica amorosa de Castro Alves;
Capítulo 6 – Romantismo: prosa
Realismo: origens:
• Realismo é o estilo de época que procurou introduzir o
cientificismo na literatura;
• Produz uma crítica ao sentimentalismo, ao subjetivismo e à
fantasia que marcam a escola Romântica;
• Deseja-se uma transformação social por meio da crítica;
• Há confiança na ciência, no liberalismo e nas correntes
intelectuais da época: racionalismo, positivismo e determinismo;
• O marxismo afeta o modo de pensamento burguês desenvolvido
até então;
• A literatura realista é marcada pela objetividade, pela
contemporaneidade, pelas personagens-tipo, pela lei da
causalidade e pela linguagem cotidiana;
• O Realismo desenvolveu-se, primeiro, na França, por meio de
autores como Balzac, Flaubert, Zola;
Realismo em Portugal
• Em Portugal, o Realismo foi marcado pela Questão Coimbrã –
polémica travada com a geração anterior de escritores, os
românticos;
• Os escritores realistas portugueses ficaram conhecidos com
Geração de 70 por terem organizado, em 1971, as
Conferências Democráticas do Cassino Lisbonense;
• Eça de Queirós foi o escritor que mais se destacou dentre os
autores da Geração de 70. É um dos autores mais importantes
da Literatura portuguesa. Aliava os elementos da estética
realista com uma forma particularmente sarcástica e zombeteira
de enxergar a realidade;
• A obra de Eça de Queirós é didaticamente dividida em três
fases:
◦ A fase inicial, com os textos reunidos no livro Prosas
bárbaras;
◦ A fase realista propriamente dita, cujo primeiro romance foi O
crime do padre Amaro, e o último Os Maias;
◦ E a fase pós-realista, com o repensar de sua estética realista
e destaque para os romances A ilustre casa de Ramires e
A cidade e as serras;
◦ O romance O primo Basílio, de Eça de Queirós, critica,
entre outros pontos, a criação romântica das moças
portuguesas;
◦ Também de Eça de Queirós, o romance O crime do padre
Amaro denuncia, principalmente, a excessiva influência do
clero sobre a sociedade portuguesa;
◦ O romance A cidade e as serras, escrito na fase mais
madura de Eça de Queirós, traça sua reconciliação com a
sociedade portuguesa e faz uma revisão dos princípios
realistas;
Realismo no Brasil
• O escritor Machado de Assis: o grande expoente do Realismo
no Brasil:
◦ Características:
▪ Universalismo: aborda temas filosóficos e faz análises
psicológicas e das convenções sociais;
▪ Rompe com a linearidade da narrativa;
▪ Elabora o discurso do narrador direcionado ao leitor, com
frequentes referências ao texto (metalinguagem);
▪ Utiliza-se da ironia e do nilismo;
▪ Tem um estilo próprio e único;
◦ O legado literário de Machado de Assis:
▪ Seus contos de maior destaque são:
• “A cartomante”;
• “Uns braços”;
• “O alienista”;
• “A causa secreta”:
• “Teoria do medalhão”;
• “O enfermeiro”;
▪ Memórias Póstumas de Brás Cubas:
• Inaugura o Realismo no Brasil, em 1881;
• Foco narrativo em 1ª pessoa: quem narra é um defunto
autor, o que descontinua a tradição literária;
• Ruptura com a narrativa linear: não há sequência
cronológica, e os fatos são narrados seguindo o fluxo de
memória do narrador;
• Metalinguagem: o narrador interrompe a narrativa para
comentar com o leitor sobre a própria obra;
• Temas:
◦ Machado de Assis critica e desmascara a sociedade
carioca do século XIX a partir do jogo de valores –
essência/aparência, convenções sociais, hipocrisia,
loucura, ambição e adultério;
• Estilo:
◦ Utiliza-se da ironia, pessimismo, nilismo e humor
negro;
• Considerações:
◦ Brás Cubas discorre sobre a sua existência, no caso,
mesquinha e solitária – reflexão que pode ser
estendida aos leitores;
▪ Quincas Borba:
• Publicado em 1891, a obra pode ser vista como um
prolongamento da teoria do Humanitismo, apresentada
em Memórias Póstumas de Brás Cubas;
• O foco narrativo está em 3ª pessoa;
• Protagonista: é o Rubião, que enriquece após herdar a
fortuna de Quincas Borba;
• Humanitismo:
◦ Teoria de Quincas Borba que prediz que a vida é um
campo de batalha, no qual apenas os mais adptados
sobrevivem;
◦ O autor parodia e critica as teorias cientificistas de
sua época (com foco no darwinismo);
• Quincas Borba – o cão: o cachorro do filósofo Quincas
Borba recebeu o mesmo nome do dono como prova da
igualdade entre os seres, segundo um dos preceitos da
Humanitas – o princípio da existência;
• Rubião é manipulado pelo casal Palha; por ser o menos
adaptado ao sistema, vai à falência e enlouquece –
comprovando a teoria do Humanitismo (“Ao vencedor,
as batatas”);
▪ Dom Casmurro:
• Romance realista, foi escrito por Machado de Assis e
publicado no ano de 1899;
• Bento Santiago – o Dom Casmurro – é o narrador e
também protagonista da obra. Em sua velhice, ele
escreve rememorando sua história com o intuito de
restaurar os momentos da infância e da adolescência;
• “Dom” é uma ironia, indicando um título de nobreza, e
“Casmurro” refere-se aos hábitos do narrador
personagem, sempre calado e recluso. Ele próprio
explica o título e o porquê da escrita do livro logo nos
primeiros capítulos;
• O tempo do romance é, fundamentalmente, o da
memória de Bentinho, e a narrativa é cíclica, visto que a
obra começa e termina com o velho casmurro indicando
a necessidade da escritura de sua história;
• A vizinha e amada de Bentinho é Capitu, moça de olhar
sedutor e comportamento intrigante. De acordo com a
visão do agregado Jośe Dias, ela tem “olhos de cigana
oblíqua e dissimulada”, metáfora que inicia as suspeitas
de Bentinho;
• Bentinho acusa Capitu de adultério com seu melhor
amigo, Escobar, o qual conhecera no seminário;
• Em nenhum momento, o autor nos confirma o adultério,
mas também não o nega;
• A narrativa apresenta apenas o ponto de vista do
narrador, portanto o leitor precisa ter em mente que lê
uma versão parcial dos acontecimentos;
• Escobar morre afogado no mar, em um dia de ressaca
(mar agitado). Há de se destacar outra metáfora para os
olhos de Capitu, vinda de Bentinho: “fluido misterioso e
enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a
vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca”;
• No velório de Escobar, em que estava presente a viúva
Sancha, Bento Santiago vê uma lágrima nos olhos da
Capitu, o que foi, para ele, a comprovação do adultério;
Capítulo 8 – Naturalismo: o homem é bicho
Parnasianismo
• A estética parnasiana surge em oposição ao Romantismo e ao
excesso de sentimentalismo, com uma poesia contida e
racional;
• Os poetas parnasianos Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto
de Oliveira ficaram conhecidos como a tríada parnasiana;
• Entre as características do Parnasianismo, destacam-se: a
mitologia grega e a descrição objetiva de objetos e cenas;
• Há a valorização da forma, com métrica perfeita, rimas ricas e
uso preferencial do soneto;
• Entre as divergências com o Simbolismo, evidenciam-se poema
descritivo, não sugestivo, com texto lógico e racional;
• O trabalho do poeta parnasiano é comparado ao do ourives,
pois ambos trabalham sua matéria-prima (o ouro ou a palavra)
para atingir a perfeição;
Simbolismo
• O Simbolismo é o movimento literário que surge como uma
reação à forma objetiva/científica de ver o mundo e refletir sobre
ele. Nomes como Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens
estão entre os principais poetas simbolistas no Brasil;
• Entre as características do Simbolismo, destaca-se o resgate de
elementos românticos, como a emoção, a introspecção e a
subjetividade;
• Alguns dos temas no Simbolismo são mistério, ocultismo, morte,
noite, abstrações, pessimismo e religiosidade;
• A linguagem poética simbolista faz uso de aliterações,
assonâncias e sinestesias;
• Há referência constante à cor branca, transmitindo uma
atmosfera de mistério e coisas vagas;
Capítulo 10 – Pré-modernismo: entre o conservador e o
moderno
Pré-modernismo
• Período de transição das duas primeiras décadas do século XX
até a Semana de 1922 que não se constitui uma escola literária;
• Denúncias de problemas que acometem a sociedade brasileira,
sem idealizações, com obras que retratam objetivamente a
realidade;
• Literatura preocupada com fatos políticos e econômicos,
revelando engajamento;
• Temas novos, sem maiores inovações formais;
• Autores de destaque:
◦ Augusto dos Anjos:
▪ Poeta de difícil classificação, é pré-modernista porque
aglutina várias tendências e inova no uso de vocabulário
cientificista;
▪ Seus temas (junto aos temas considerados grotescos)
relacionam-se à morte, ao horror, à podridão, à
constituição do corpo humano e à angústia de viver;
▪ Foi autor de um único livro: Eu;
◦ Lima Barreto:
▪ Fez denúncia ao abandono da periferia do Rio de Janeiro e
aos preconceitos raciais e sociais. Criticou o nacionalismo
ingênuo e os falsos nacionalistas em Triste fim de
Policarpo Quaresma;
◦ Monteiro Lobato:
▪ De linguagem irônica e por vezes amarga, abordou a
decadência das cidades cafeeiras paulistas do Vale do
Paraíba (nas obras Urupês e Cidades mortas). Sua
literatura voltada para crianças revolucionou a literatura
infantil do país;
◦ Euclides da Cunha:
▪ Tinha uma visão determinista da sociedade. Em Os
sertões, revelou o abandono do sertão nordestino e o
massacre na Guerra de Canudos;
O Modernismo em Portugal
• O Modernismo português, didaticamente, teve seu início com a
publicação da revista Orpheu, em 1915;
• A Literatura portuguesa viveu três momentos bem delineados:
◦ A Geração Orpheu;
◦ A Geração Presença;
◦ O Neorrealismo;
• O Modernismo passou a ser considerado um movimento que
visava, artisticamente, a romper com o romantismo idealizante e
os convencionalismos linguísticos;
• Autores de destaque:
◦ Fernando Pessoa:
▪ É o grande nome do Modernismo português;
▪ Apresenta-se sob a forma de:
• Pessoa ortônimo, ou seja, ele-mesmo;
• Heterônimos, que são personalidades diferentes criadas
para existirem de maneira independente. Seus três
principais heterônimos são:
◦ Alberto Caeiro: simples, campestre;
◦ Ricardo Reis: neoclássico;
◦ Álvaro de Campos: engenheiro de tendência futurista;
◦ Mário de Sá-Carneiro
▪ Demonstra a angústia existencialista e aborda suas
frustrações com o mundo e a dificuldade do sujeito em se
conhecer;
◦ José Saramago:
▪ Nobel de Literatura em 1998, também se destaca em
Portugal por falar dos anseios por solidariedade e da
esperança em uma sociedade criticada por ser hipócrita e
indolente;
Localismo x cosmopolitanismo
• A realidade moderna e a urbanização;
• A reconfiguração da sociedade;
• O conhecimento dos problemas e contrastes sociais;
• O curioso convívio entre a literatura de salão e a literatura
regionalista;
• As prévias do nacionalismo exaltado;
• As incongruências entre o nacionalismo e o cosmopolitanismo;
Autores de destaque
• Mário de Andrade:
◦ A busca do caráter brasileiro em Macunaíma: “o herói sem
nenhum caráter”;
◦ Romance surrealista: condensação, colagem e montagem;
◦ Função de evidenciar os contrastes e desigualdades do povo;
◦ O efeito de simultaneidade na narrativa;
• Oswald de Andrade:
◦ Papel de agitador cultural;
◦ Primitivismo: olhar voltado aos primeiros indígenas;
◦ Novo uso da linguagem: quem somos e como falamos;
◦ “Manifesto da poesia Pau-Brasil” e “Manifesto antropófago”;
• Manuel Bandeira:
◦ As práticas neoclássicas e as heranças do
Romantismo/Simbolismo em sua formação;
◦ Inovações do Modernismo e as influências das vanguardas
europeias;
◦ Leitura do poema “Os Sapos” na Semana de Arte Moderna;
◦ A questão – natural e não intencional – da identidade nacional
brasileira para o poeta;
◦ O lirismo do poeta: adesão aos ideais modernistas de forma
intensa e ativa, porém sem abandonar as técnicas anteriores
consideradas importantes para o desejado resultado poético
◦ A “modesta grandeza” do poeta:
▪ A simplicidade na abordagem às complexidades;
▪ O espaço fechado do quarto e a abertura para a rua;
▪ A vida cotidiana e as grandes simplicidades brasileiras;
▪ O inusitado e o inesperado nas pequenas coisas;
▪ O rearranjo dos elementos tradicionais e incomuns;
▪ A efemeridade e o caráter passageiro de tudo;
▪ As limitações da doença e o anúncio constante do fim;
◦ O alumbramento e Pasárgada:
▪ Auge da inspiração e revelação
▪ Relembranças da infância;
▪ O tema da evasão;
Capítulo 13 – O Modernismo no Brasil: segunda
geração
Cecília Meireles
• Características marcantes:
◦ Expressão intensa da intimidade da alma;
◦ Sombras, indefinições e sentimentos;
◦ Imagens profundas no âmbito reflexivo e intuitivo;
◦ Aproveitamento intenso do léxico da linguagem e dos ritmos
da poesia;
◦ Neossimbolismo;
◦ O efêmero e a passagem da vida;
◦ O amor, a natureza, a solidão e a metalinguagem;
Vinícius de Moraes:
• Pontos principais de sua obra:
◦ Aprovação crítica e amplo acesso popular;
◦ Intensidade de emoções e a questão social;
◦ Linguagem simples e direta;
◦ Soneto camoniano;
◦ Primeiro momento cristão, segunda fase material e cotidiana;
◦ Grande apreço pela carreira musical;
◦ Sensualidade, erotismo, amor e a mulher;
Jorge de Lima
• Pontos principais de sua obra:
◦ Temas locais: folclore, fauna e flora;
◦ O negro incluído na literatura;
◦ Obra variada:
▪ Exemplos parnasianistas, versos livres, características
românticas e simbologia bíblica;
◦ Poema épico: “A Invenção de Orfeu” (1952);
Murilo Mendes
• Pontos principais de sua obra:
◦ Fotomontagens em parceira com Jorge de Lima;
◦ Relação entre a religião católica e a obra de arte;
◦ Surrealismo;
Capítulo 14 – Modernismo: novo regionalismo
Poesia concreta
• Abolição do verso;
• Disposição das palavras na página a contribuir para a
significação;
• Visual e sonoro juntos na construção do sentido;
• Rejeição do lirismo;
• Possibilidade de múltiplas leituras;
• Poema sem ser fruto de mera inspiração;
Neoconcretismo
• Leitor com importância fundamental na construção do poema,
que se cumpre na leitura;
• Interlocutores retirados da passividade contemplativa e
convocados a interagir com as obras;
• Destaque ao poeta Ferreira Gullar e aos artistas plásticos Lygia
Clark e Hélio Oiticica;
Poesia-práxis
• Poesia transformada pela manipulação do leitor;
• Retomada do verso;
• Valorização do sentido das palavras e suas relações em nível
sintático, semântico e pragmático;
Poesia-processo
• Concretude da linguagem;
• Valorização do visual em detrimento do verbal;
Capítulo 16 – Literatura contemporânea
Tropicalismo
• Movimento de ruptura e inovação;
• Reflexão das aspirações de jovens;
• Caráter de resistência;
O teatro do século XX
• Atualidade de O Rei da Vela, peça de Oswald de Andrade;
• O psicológico, o mítico e o trágico no teatro de Nelson
Rodrigues;
• O retrato da falida aristocracia rural no teatro de Jorge de
Andrade;
• O teatro de marca intervenção social dos dramaturgos
Gianfrancesco Guarnieir e Augusto Boal;
• Os marginalizados do teatro Plínio Marcos;
• O medievalismo no teatro de Ariano Suassuna;
Capítulo 2 – Geomorfologia
Estados Unidos
• A formação cultural e econômica dos Estados Unidos foi
fundamental para seu crescimento como potência. Seu território
amplo e rico em recursos permitiu um crescimento econômico
expressivo sem um envolvimento muito profundo na corrida
imperialista do século XIX, e permitiu também a setorização
através dos cinturões ou belts;
• No século XX, as guerras mundiais beneficiaram ainda mais o
Capitalismo estadunidense, apesar do impacto causado pela
crise de 1929;
• No período bipolar, a condição de superpotência garantiu a
expansão das indústrias do Estados Unidos para todo o mundo
capitalista;
• A partir do fim da Guerra Fria, o cenário se modificou e a
economia estadunidense gradativamente encolheu em relação
aos patamares anteriores, problema que foi agravado pela crise
financeira de 2008;
• Os Estados Unidos buscaram ampliar sua influência regional
através do NAFTA;
Canadá
• Quando ao Canadá, o país tem uma estreita relação com as
indústrias dos Estados Unidos, apesar de haver algum
destaque para setores especificamente canadenses, como
papel, celulose e alumínio;
• Politicamente, o Canadá apresenta uma divisão entre sua parte
francesa e sua parte inglesa, o que leva a um movimento
nacionalista que defende a separação em dois países
diferentes. A separação de fato ainda não ocorreu, mas é um
tema sempre presente;
México
• Em relação ao México, há uma profunda dependência em
relação à economia estadunidense, como no caso das
indústrias maquiladoras. O NAFTA agravou ainda mais tal
situação, permitindo a circulação de mercadorias, mas não a de
pessoas. No entanto, a circulação de pessoas ocorre na forma
da imigração irregular para o território dos Estados Unidos;
Capítulo 10 – América Latina
A arkhé (o princípio
Filósofo
formador)
Anaxímanes O ar
A filosofia helenística
• Em comum entre os helenistas: o desejo de proporcionar ao
homem a paz de espírito (ataraxia);
• Cinismo:
◦ O desprezo pelas convenções, mas uma conduta virtuosa
sem necessidade de um discurso racional;
• Ceticismo:
◦ Tudo é duvidoso ou a toda razão opõe-se uma outra razão de
igual valor, o que não deve ser confundido com relativismo;
• Epicurismo:
◦ A defesa dos prazeres moderados como forma de levar o
homem à felicidade;
• Estoicismo:
◦ Viver conforme a natureza, pregando uma ética de controle
emocional, apatia e coragem perante acontecimentos que
não se pode controlar;
Capítulo 4 – Filosofia medieval: alianças e rupturas
entre fé e razão
A escolástica
• As escolas de Chartres;
• Bernardo de Chartres:
◦ A palavra como ferramenta racional;
• Gilberto de la Porrée:
◦ Forma e questão dos universais;
• Pedro Abelardo:
◦ Dialética e realismo moderado;
A filosofia árabe
• Al-Kindi:
◦ Intelecto possível e intelecto agente;
• Al-Farabi:
◦ Filosofia lógico-metafísica;
• Avicena:
◦ Emanação;
• Averróis:
◦ Relação entre filosofia e religião;
As primeiras universidades
• Santo Alberto Magno:
◦ A ciência filosófica e a teológica, Ratio superior e ratio
inferior;
• São Tomás de Aquino:
◦ O ente lógico e o ente real;
◦ As provas da existência de Deus;
O Renascimento
• Filosofia experimental de Oxford;
• Roger Bacon:
◦ O progresso da ciência e a experiência interior e exterior;
• Guilherme de Ockham:
◦ Nominalismo;
• Erasmo de Rotterdam:
◦ Conhecimento sapiencial da vida;
• Nicolau de Cusa:
◦ Douta ignorância;
• Giordano Bruno:
◦ Pensamento mágico-hermético;
• Copérnico:
◦ Heliocentrismo;
• Galileo Galilei:
◦ A autonomia da ciência;
• Maquiavel:
◦ A política como ciência pautada em “como as coisas são”;
Capítulo 6 – Fontes do pensamento moderno
Racionalismo
• Sobre o racionalismo:
◦ A crença no poder da razão humana e o progresso científico
como orientador do pensamento humano;
• René Descartes e a questão do método:
◦ As quatro regras fundamentais para a ciência;
▪ Evidência;
▪ Análise;
▪ Síntese;
▪ Controle;
◦ Tudo pode ser colocado em dúvida, menos a dúvida em si:
▪ “Quando duvido, penso e, se penso, logo existo”;
▪ A certeza fundamental: o cogito;
◦ A prova da existência de Deus pela objetividade da ideia do
ser perfeito:
▪ Deve haver tanto ou mais realidade na causa quanto há no
efeito;
• Blaise Pascal e o realismo trágico:
◦ O pensamento releva a miséria do ser humano, porém o
conhecimento da própria miséria caracteriza a sua grandeza;
◦ A diversão como fuga e desvio da realidade;
◦ A aposta de Pascal: o indivíduo tem mais chances de ser
recompensado apostando na existência de Deus;
Empirismo
• A respeito do empirismo:
◦ A razão baseia-se essencialmente nas experiências para
obter conhecimento;
• Francis Bacon:
◦ A nova ciência que se baseia em um método experimental,
mais próximo das coisas, pela superação dos ídolos (da tribo,
da caverna, do foro e do teatro) e pelo método indutivo;
• John Locke:
◦ Não existem ideias inatas, pois o intelecto é uma tabula rasa,
e o conhecimento é o resultado da maneira como elaboramos
as experiências sensíveis;
• David Hume:
◦ As impressões e as ideias;
◦ A relação de causa e efeito é determinada pelo hábito e pela
crença;
Iluminismo
• Com relação ao iluminismo:
◦ A confiança no poder da razão para resolver os problemas
humanos;
• Voltaire:
◦ A defesa da tolerância religiosa, o deísmo (Deus como
criador da máquina-mundo) e a oposição, por meio da ironia,
à tese do melhor dos mundos possíveis, associada ao
otimismo;
• Montesquieu:
◦ A visão dos três poderes e a liberdade política presente na
obediência às leis;
• D’Alembert:
◦ Filosofia como ciência dos fatos e emancipação do homem
pela razão;
• Diderot:
◦ O mundo como matéria em movimento e o papel da razão na
discussão de teses que possam ser verificadas;
• Jean-Jacques Rousseau e a questão da vida em sociedade:
◦ O ser humano nasce livre, mas, em toda parte, encontra-se
acorrentado;
◦ O homem é fundamentalmente bom em um estado de
natureza;
◦ A renúncia do interesse privado em prol do bem comum e da
vontade geral;
◦ A educação para a vontade geral desde a infância;
Capítulo 7 – Kant e o pensamento crítico
Hegel
• O sistema de pensamento absoluto e totalizante;
• O processo de formação da consciência do sujeito, elevada a
níveis cada vez mais absolutos;
• A realidade enquanto tal é obra de um espírito infinito e
absoluto. Hegel salienta que o movimento próprio do espírito é o
movimento de refletir-se em si mesmo;
• O espírito (Geist) é o que, ao mesmo tempo, assume e supera
tudo o que os seus antecessores haviam dito a esse respeito;
• O método dialético:
◦ Procedimento por oposições e antagonismos segundo o qual
se desenvolve o saber filosófico e a consciência de si do
indivíduo, no espírito;
◦ Primeiro momento:
▪ “Ser-em-si”:
◦ Segundo momento:
▪ “Ser-outro” ou “fora-de-si”;
◦ Terceiro momento:
▪ “Retorno-a-si” ou o “ser-em-si-para-si”;
• “Fenomenologia do espírito”:
◦ O sujeito que se reconhece consciência – a via filosófica com
o fim de aproximar a história humana da história do espírito;
• A possibilidade de emancipação humana pela consciência, em
razão do conhecimento absoluto (sentido histórico);
• No pensamento hegeliano, há também pretensão de influenciar
a prática política, exercendo um papel relevante até os dias de
hoje;
Karl Marx
• A grande crítica ao capitalismo, o socialismo científico e a
revolução proletária;
• A crítica a hegel:
◦ As instituições, as leis e o Estado não são criações de um
espírito absoluto, mas são criações humanas e de acordo
com condições históricas;
• Duas teorias principais:
◦ O materialismo histórico, segundo o qual a estrutura
econômica determina a superestrutura ideológica;
◦ O materialismo dialético, segundo o qual há a necessidade
de observar na realidade todas as oposições, mas também
descobrir a racionalidade mesmo em causas místicas,
invertendo o pensamento hegeliano;
• No modo de produção capitalista:
◦ As relações entre os homens são de exploração, oposição e
antagonismo;
◦ O trabalhador é expropriado dos meios de produção, e sua
força de trabalho transforma-se em mercadoria, negociada à
burguesia, a dona dos meios de produção;
◦ Há fundamentalmente duas classes sociais antagônicas: a
dos proprietários dos meios de produção, ou burgueses, e a
dos não proprietários dos meios de produção, ou proletários;
◦ O trabalhador deixa de ter controle sobre os meios de
produção e sobre o que produz (alienação do trabalho), ao
contrário do artesão e do agricultor;
◦ Acontece a mais-valia:
▪ O valor que o trabalhador produz além do que seria
necessário para sua sobrevivência e que, depois, é
apropriado como lucro pelo capitalista;
• Quanto maior a exploração do trabalhador, maior a
concentração de renda e maior a desigualdade; maior também
a revolta do trabalhador;
• “O manifesto comunista”: a luta de classes e a revolução do
proletariado, sob o espectro do comunismo, rompendo com as
estruturas da sociedade burguesa e com a divisão de classes;
• “O Capital”: a lei econômica do movimento da sociedade
moderna e as contradições inerentes ao capitalismo que
acarretariam a sua ruína, levando ao comunismo, como
passagem de uma sociedade de classes para uma sociedade
sem classes;
Capítulo 10 – Nietzsche: pensar o impensado
Husserl
• Com Husserl, a fenomenologia tornou-se uma corrente filosófica
particular, baseada na “suspensão do juízo” (epokhé) em
relação à realidade exterior;
• Enquanto ciência das essências, a fenomenologia se
caracteriza pela intencionalidade, segundo a qual a
consciência não está fechada em si mesma, mas se dirige a
objetos, no mundo, percebendo-os e conhecendo-os tal como
eles se apresentam a ela;
• Husserl procura restituir à filosofia o caráter de ciência rigorosa,
fundamentada na evidência;
• A intuição eidética como cerna da fenomenologia: o
conhecimento que começa com a experiência das coisas
existentes ou dos fatos. Todo fato, então, ocorre aqui e é
marcado por sua contingência, de forma que ele existe sem ser
necessário;
• O universal sempre se anuncia à consciência através de
fenômenos particulares;
• A epokhé, ou suspensão fenomenológica do juízo: suspender os
juízos diante de tudo o que a filosofia metafísica e as ciências já
afirmaram;
Martin Heidegger
• Em sua ontologia, a superação do esquecimento do ser, que
teria ocorrido na tradição da metafísica ocidental originada em
Platão;
• Em Heidegger, a existência é concebida como um poder-ser;
• “Ser e tempo”:
◦ Uma tentativa de encontrar o sentido do ser;
• O equívoco da metafísica: procurar o sentido do ser indagando
os entes;
• A alétheia, ou o “não ocultamento do ser”, concebida pelos pré-
socráticos e corrompida por Platão ao transferir a verdade para
o ser pensante – o erro da metafísica;
• A via de análise fenomenológica empreendida por Heidegger: o
termo “ser-aí” (do alemão “Dasein”);
• Angústia e coragem: o ser-para-a-morte encontra sentido em
algo que culmina em uma ausência de sentido; em essência, o
ser-para-a-morte é angústia;
• É diante do nada, como absoluta ausência de sentido, que uma
existência autêntica se constitui, encarando sua própria finitude;
• A coragem consiste em não fugir nem ignorar a angústia;
• Uma existência autêntica tem como pressuposto em suas
realizações e possibilidades o cuidado. Uma existência
inautêntica só se atenta para o êxito, desviando-se nas
banalidades cotidianas em um presente infinito;
Capítulo 12 – O existencialismo de Jean-Paul-Sartre
Bertrand Russell
• A ruptura com o idealismo: contra o discurso metafísico;
◦ A filosofia analítica: remover as ambiguidades e os equívocos
do discurso, por meio da análise lógica;
◦ O neopositivismo do Círculo de Viena: restaurar o empirismo,
baseado nos fatos e nas descobertas científicas;
• O atomismo lógico:
◦ O discurso é composto de proposições (moleculares e
atômicas) que se baseiam em fatos;
◦ A verdade ou a falsidade são propriedade das proposições
(não dos nomes);
◦ As disputas da metafísica podem ser resolvidas pela análise
lógicas das proposições, prescindindo de termos como o ser
e a existência;
• A defesa do liberalismo e do livre debate de ideias contra a
intolerância e o fanatismo;
• A filosofia pode não encontrar respostas a todas as perguntas,
mas pode ajudar, considerando várias possibilidades de
compreender o mundo;
Wittgenstein:
• Primeira fase: Tractus logico-philosophicus:
◦ Exposição sistemática dos enunciados que estabelecem os
limites da linguagem para descrever o mundo;
◦ O mundo é a totalidade dos fatos, que são representados
pelo pensamento;
◦ “O pensamento é a proposição com sentido”. As proposições
são constituídas de nomes, que correspondem aos fatos;
◦ Os juízos da ética e da estética ultrapassam os limites do que
se pode dizer, na ciência, mas são ainda assim os temas
mais importantes;
• Segunda fase: Investigações lógicas:
◦ Os jogos de linguagem: as palavras adquirem sentido no uso
que fazemos delas;
◦ Os problemas filosóficos surgem quando falta a linguagem.
Por isso, a filosofia consiste em uma terapêutica
linguística, pela qual se busca um uso da linguagem que
possibilite a solução dos problemas;
Capítulo 14 – Escola de Frankfurt: Horkheimer, Adorno
e Habermas
Escola de Frankfurt
• Surgiu no Instituto para Pesquisa Social, fundado em 1920, e
caracterizou-se por um pensamento pautado na teoria crítica,
totalidade e dialética, para fazer um amplo diagnóstico da
sociedade contemporânea e em favor da libertação humana das
formas de opressão;
• “Dialética do esclarecimento”, de Adorno e Horkheimer:
◦ Crítica à racionalidade instrumental. A racionalidade
moderna, deixando de questionar os fins, reduziu-se ao
conhecimento técnico e, na sociedade contemporânea,
converteu-se em exploração pelo sistema;
◦ O avanço técnico aumentou a produção econômica e a
disponibilidade de recursos, mas também proporcionou o
desenvolvimento dos media (rádio, jornais, televisão, cinema
etc.) que, associados ao poder econômico, estimulam o
consumo e, enquanto indústria cultural, padronizam o
gosto e o pensamento, produzindo um público genérico e não
crítico;
• A respeito de Adorno e a “Dialética negativa”:
◦ A negação da identidade entre o pensamento e o ser, como
via de superação dos obstáculos que as metafísicas
tradicionais impõem às possibilidades de transformação;
◦ A oposição ao totalitarismo pela busca do indivíduo,
especialmente o marginalizado;
• Sobre Horkheimer e o “Eclipse da razão”:
◦ Desde os pré-socráticos, passando pelo projeto iluminista de
libertar o ser humano pelo uso autônomo da razão, a
racionalidade baseou-se no domínio do outro e produziu uma
organização social burocrática, impessoal e exploratória;
◦ O papel da filosofia não é resolver os males da sociedade,
mas questionar a racionalidade vigente, para pensar formas
de resistir à dominação;
• Habermas e a “Teoria da ação comunicativa”:
◦ Razão instrumental x razão comunicativa;
◦ Sistema x mundo da vida;
◦ Ação instrumental x ação comunicativa;
Capítulo 15 – Breve olhar sobre a filosofia
contemporânea
A antropologia
• A antropologia enquanto ciência emergiu no século XIX (assim
como a sociologia), na esteira da industrialização, da
urbanização e do imperialismo;
• Enquanto a sociologia estuda os fenômenos que envolvem a
sociedade europeia afetada pelo processo produtivo industrial
intensificado, a antropologia surgiu como a ciência da
alteridade, procurando investigar o que é “diferente” do
europeu, encontrado nos continentes africano e asiático (vítimas
do imperialismo formal e da exploração capitalista industrial),
americano (indígenas) e oceânico (aborígenes);
• A antropologia abrange a investigação, descrição e explicação
da diversidade humana, estudando a variedade de etnias,
culturas e sociedades existentes;
• São três as linhas de pensamento estabelecidas pela
Antropologia enquanto disciplina até meados do século XX:
◦ O evolucionismo:
▪ Crente de que as culturas passam pelos mesmos estágios
evolutivos, ou seja, supõe uma ordenação das culturas,
indo das mais simples para as mais complexas, com forte
visão etnocêntrica;
◦ O funcionalismo:
▪ Estudo das sociedades não europeias no que lhes é
específico, fugindo da visão etnocêntrica, pois
determinados padrões básicos devem necessariamente
existir em qualquer tipo de sociedade;
▪ Seu principal estudioso foi o polonês Bronislaw
Malinowski;
◦ O estruturalismo:
▪ Estudo do que não pode ser observado em uma estrutura
social, enfatizando a existência de um substrato
inconsciente comum a toda a humanidade;
▪ Seu principal defensor foi Lévi-Strauss;
Capítulo 5 – A globalização capitalista e o mundo do
trabalho
Tipos de texto
• Expor;
• Relatar;
• narrar;
• Argumentar;
• Descrever;
Capítulo 2 – Quando a prova pede um gênero textual
Gênero textual
• É preciso observar:
◦ Para quem estamos escrevendo?;
◦ Com que finalidade?;
◦ Onde divulgaremos esse texto?;
◦ Coletânea ou textos-fonte:
▪ Verifique se é permitido usar paráfrase;
▪ Nunca faça cópia dos textos da coletânea;
Capítulo 3 – A dissertação de vestibular
Dissertação de vestibular
• A dissertação é uma forma de apresentar ideias baseando-se
em um ponto de vista que é defendido por meio de
argumentos;
• Um ponto de vista é uma afirmação passível de comprovação;
• Na dissertação, escrevemos para um interlocutor universal
ou leitor universal;
Capítulo 4 – Dissertação argumentativa
Dissertação argumentativa
• Comando:
◦ Pretende avaliar as capacidades de leitura e escrita;
• Coletânea:
◦ Fonte de dados e informações que delimita sobre o que
deveremos escrever;
• Assunto:
◦ Engloba os textos da coletânea e vários outros, que não
tratam exatamente da mesma questão, mas de um conceito
mais amplo;
• Tema:
◦ Une todos os textos de uma coletânea e marca sua
especificidade;
Capítulo 5 – Leitura da coletânea
Leitura da coletânea
• Momento de buscar o tema!:
◦ A busca do tema se dará por meio de:
▪ Coleta de ideias;
▪ Seleção de pensamentos;
▪ Reflexões;
Capítulo 6 – A composição básica da dissertação
Contextualização
• Apresenta o tema ao leitor:
◦ Acontecimentos recentes;
◦ Contexto histórico;
◦ Narrativa;
◦ Definição;
◦ Citação;
Capítulo 9 – Contextualizar e se posicionar em uma
proposta real
Planejamento
• Análise de textos;
• A prática da dissertação:
◦ Nem sempre a estrutura conteúdos + parágrafos
argumentativos + conclusão aparece de forma explícita
no texto;
◦ O texto não se acomoda em um molde, em um padrão rígido;
◦ Mesmo assim, o ponto de vista continua selecionando os
conteúdos e as estratégias argumentativas;
Capítulo 12 – Argumentação I: temas e cultura
O desenvolvimento dissertativo
• A reinvenção da estrutura;
• Função argumentativa:
◦ É ela que sustenta o ponto de vista:
▪ Exemplos diluídos na argumentação;
▪ Pulverização de expressões do cotidiano;
▪ Explicação abstrata;
▪ Exemplos vagos;
▪ Evidenciação;
Livro 2
Capítulo 16 – Propostas baseadas em textos verbo-
visuais
A evolução argumentativa:
• A argumentação surge com tempo e reflexão, para que, assim,
possamos apresentar nossos argumentos para defender um
ponto de vista;
• É preciso desconstruir e fragmentar as certezas que, em algum
momento tornaram-se automáticas e, em seguida, reconstruir o
percurso do pensamento;
Capítulo 18 – Polêmicas
Polêmicas
• Muitas vezes, as propostas de redação trazem temas delicados
que tocam em questões muito pessoais;
• Ao elaborar o texto dissertativo, é necessário ater-se a algumas
estratégias importantes:
◦ Não perder de vista que os temas vêm acompanhados de
alguma pergunta mais objetiva, então é necessário
respondê-la de maneira objetiva também;
◦ Pensar em como se define um conceito importante para o
tema, como ele é entendido socialmente e quais são seus
impactos;
◦ Fazer uso da refutação, apresentando falhas na coerência
do argumento contrário para tornar o seu posicionamento
mais denso;
Capítulo 19 – Conclusão I
Conclusão
• Está intimamente conectada ao início do texto;
• Retoma a tese apresentada no decorrer do texto, além de
resumir e arrematar sua linha de raciocínio;
• Retomada da tese:
◦ O fechamento é construído com base na recuperação do que
foi desenvolvido no texto;
◦ Neste caso, é importante atentar para que não apresente o
aspecto de um resumo;
• Inferência:
◦ O fechamento é construído com base na dedução de uma
ideia que foi trabalhada no texto;
◦ Neste caso, é importante atentar para que não apresente
novas ideias;
Capítulo 20 – Conclusão II
Conclusão
• Há propostas de redação que problematizam temas,
demandando a elaboração de sugestões de intervenção para o
problema exposto;
• Para esse tipo de proposta, é necessário organizar sua
conclusão da seguinte forma:
◦ Definição de agente e ação interventiva;
◦ Escolha de modo/meio de solucionar o problema;
◦ Apresentação de resultados possíveis da intervenção;
• As propostas de intervenção relacionadas na conclusão
precisam estar alinhadas às ideias discutidas no
desenvolvimento do texto;
• Iniciar a conclusão com um tópico frasal e finalizá-la com uma
frase que retome o assunto da proposta enriquecerá o
fechamento da sua redação;
Capítulo 21 – Análise da conclusão
Análise da conclusão
• Conclusões diferentes:
◦ Conclusão 1:
▪ É elaborada por meio de uma inferência em relação a tudo
o que foi desenvolvido nos parágrafos anteriores;
▪ Para finalizar, faz-se uso de uma sentença forte, buscando
expressões que realçam o conteúdo;
◦ Conclusão 2:
▪ Todas as intervenções são concentradas no último
parágrafo, que é estruturado da seguinte forma:
• 1. No início, há um tópico frasal indicando, de maneira
ampla, as propostas de intervenção;
• 2. Na sequência, esses tópicos são expandidos,
explicitando a forma como essas interferências deverão
ser realizadas;
▪ As intervenções dialogam com o que foi trabalhado
durante o texto, ou seja, elas não são ideias soltas no final;
▪ Há uma frase de fechamento, a qual retoma a proposta;
Atenção!:
• É interessante variar os agentes das propostas de intervenção
sempre que possível;
Capítulo 22 – Sofisticação textual
Refinos da linguagem
• É importante produzir uma tese que problematize a questão
central da temática;
• Extrair as palavras-chave do tema é fundamental para que
possamos expandir esses conceitos, em vez de apenas repeti-
los no decorrer do texto;
• Há diversas vantagens na ampliação das noções principais de
uma dissertação:
◦ Aprimoramento do uso de elementos coesivos;
◦ Melhoria da abordagem do tema;
◦ Aprofundamento do conhecimento sobre o conteúdo exposto;
◦ Auxílio na construção da contextualização no texto
dissertativo;
Atenção:
• A expansão de conceitos deve ser aplicada apenas às ideias
centrais do tema;
Capítulo 24 – Refinos de linguagem II
Refinos de linguagem
• Devemos dar atenção à coesão, que é o conjunto de elementos
responsáveis pela “amarração” das partes do texto:
◦ Coesão referencial:
▪ A coesão referencial é aquela a que estão subordinados
os termos catafóricos e anafóricos:
• Termos catafóricos:
◦ São os responsáveis pela antecipação de algo no
texto;
• Termos anafóricos:
◦ São os responsáveis pela retomada de algo no texto;
◦ Importante:
▪ Pronomes relativos:
• São usados no lugar de um determinado termo para
retomá-lo. Ao utilizá-los, é importante atentar para as
relações que o termo substituído estabelece com o
restante do período;
▪ Pronomes demonstrativos:
• Podem ser utilizados para auxiliar a manutenção do
encadeamento de ideias no texto, além de evitar
possíveis ambiguidades de sentido e sintaxe;
▪ Escolha vocabular:
• É necessário ter cuidado em relação ao significado das
palavras ou expressões ao “brincar” com seus
sinônimos em uma dissertação. A depender do
contexto, há escolhas que se tornam inadequadas ou
insuficientes tendo em consideração a ideia que se quer
passar;
Capítulo 25 – Construindo a dissertação
Construindo a dissertação
• O primeiro passo é mapear o processo criativo, passando
pelo(a):
◦ Leitura da proposta;
◦ Estudo dos textos da coletânea;
◦ Elaboração da tese;
◦ Planejamento;
◦ Conclusão;
• Planejamento:
◦ Depois da primeira reflexão, analise a proposta e os textos da
coletânea. O primeiro ponto será identificar sobre quais
imagens escreveremos:
▪ Pessoas;
▪ Fatos;
▪ Livros;
▪ Instituições;
▪ Situações;
• Alguns fatores podem interferir na forma como nos
relacionamos com a realidade:
◦ História de vida;
◦ Afetos;
◦ Cultura;
◦ Visão política;
◦ Condição econômica;
◦ Cor de pele;
◦ Gênero;
◦ Tudo isso interfere em nossa relação com o mundo que nos
cerca;
Capítulo 26 – Grades de correção I: dissertação
clássica
• Grade específica (0 a 3)
◦ Avalia o cumprimento do que foi solicitado na proposta;
◦ Influencia diretamente a grade holística;
◦ Anula a redação caso a soma de seus critérios seja 0;
◦ Critérios:
▪ Propósito (0 ou 1):
• Cumprimento de todas as exigências da proposta;
• Interlocução (0 ou 1):
◦ Reconhecimento explícito e compreensível do emissor e
do receptor do texto, respeitando o gênero e o contexto
solicitados;
▪ Gênero (0 ou 1):
• Adequação do texto ao gênero de acordo com o contexto
sugerido;
• Grade holística (0 a 5)
◦ Analisa o texto com um todo;
◦ Valor:
▪ 0: texto não adequado ao gênero, que não apresenta
interlocução e tem problemas no desenvolvimento de seu
propósito;
▪ 1: texto pode apresentar sérios problemas em relação ao
gênero, à interlocução e ao propósito;
▪ 2: texto pode conter pequenas inadequações no que diz
respeito ao gênero, à interlocução e ao propósito, podendo
acarretar superficialidade em sua construção;
▪ 3: texto adequado ao gênero, com interlocução clara e
coerente e propósito apropriado, com falhas na abordagem e
no entendimento da coletânea;
▪ 4: texto adequando ao gênero, com interlocução clara e
coerente e propósito bem desenvolvido, auxiliando a
construção da unida textual;
▪ 5: texto bem adequado ao gênero, com interlocução clara e
coerente e propósito bem desenvolvido, com construção de
unidade textual e características autorais;
Capítulo 29 – Revisão I
Revisão
• Tipo textual:
◦ Está relacionado à forma como um texto se apresenta e é
caracterizado pela presença de certos traços linguísticos
predominantes;
◦ Suas funções podem ser:
▪ Argumentar;
▪ Descrever;
▪ Expor;
▪ Narrar;
▪ Relatar;
◦ Com o uso dos tipos, podemos compor os gêneros
textuais que, geralmente, aparecem de forma híbrida;
• Gênero textual:
◦ Exerce uma função social específica, que é pressentida e
vivenciada pelos usuários da língua;
◦ Exemplo:
▪ A dissertação de vestibular tem uma base argumentativa,
mas comporta outros tipos que funcionam para sustentar o
objetivo central que é argumentar;
Capítulo 30 – Revisão II
Revisão
• Introdução:
◦ Contextualização;
◦ Tese;
• Desenvolvimento:
◦ Tópico frasal;
◦ Expansão do tópico;
◦ Fecho e concretizações;
• Conclusão:
◦ Fechamento do raciocínio;
Biologia
Frente 1
Livro 1
Capitulo 1 – Organização dos seres vivos e noções de
bioenergética
• Organização do núcleo:
◦ O núcleo é dotado de:
▪ Carioteca;
▪ Cariolinfa (ou nucleoplasma);
▪ Nucléolo;
▪ Filamentos de cromatina;
• Cromatina:
◦ Um filamento de cromatina é denominado cromonema.
◦ Possui DNA e histonas (proteínas associadas);
◦ Cada cromonema apresenta inúmeros genes;
• Ciclo celular:
◦ Uma célula normalmente apresenta dois períodos:
▪ Intérfase (não divisão);
▪ Divisão celular (mitose ou meiose);
◦ O DNA apresenta replicação durante a intérfase;
• O material genético no ciclo celular:
◦ Uma célula em intérfase tem filamentos de cromatina
descondensados;
◦ Pode ocorrer a replicação do material genético, gerando duas
cromátides-irmãs unidas pelo centrômero;
◦ Durante a divisão celular (mitose), o material genético sofre
condensação, diferenciando-se em cromossomos;
◦ O centrômero duplica-se e há a separação das cromátides,
que passam a ser denominadas cromossomos-irmãos;
◦ Posteriormente, ocorre a descondensação dos
cromossomos;
• Tipos de células: haploides e diploides:
◦ Zigoto e células somáticas têm “número duplo” de
cromossomos, sendo denominados células diploides;
◦ Gametas possuem “número simples” de cromossomos e são
designados como células haploides;
◦ O número haploide de cromossomos é representado por n,
enquanto o número diploide é indicado por 2n;
• Homólogos e alelos:
◦ Cromossomos homólogos têm a mesma forma, o mesmo
tamanho e a mesma sequência de genes; um é proveniente
do pai e outro da mãe;
◦ Células diploides (2n), como as células do corpo de um
animal (somáticas), apresentam pares de cromossomos
homólogos;
◦ Células haploides, como os gametas de um animal, têm um
representante de cada par de homólogos;
◦ Alelos são genes localizados na mesma região de
cromossomos homólogos e sãos responsáveis pela
determinação de uma mesma característica;
• Como o material genético funciona:
◦ Gene é um segmento de DNA que comanda a produção de
proteínas;
◦ O DNA serve como modelo para a produção de RNA
mensageiro, que se liga aos ribossomos e orienta a síntese
de uma proteína;
◦ A proteína pode ser uma enzima, resposnsável pelo controle
de uma reação química específica; essa reação pode
determinar uma característica;
• Mutações:
◦ São modificações no material genético;
◦ Ocorrem principalmente pela alteração na ordem das bases
nitrogenadas;
◦ Causas e consequências:
▪ Mutações são espontâneas ou induzidas por agentes do
ambiente;
▪ Podem ser favoráveis, desfavoráveis ou indiferentes;
▪ Apenas as mutações que ocorrem em células germinativas
são transmitidas aos descendentes;
▪ Mutações ocorrem de modo aleatório e não são
provocadas pelas necessidades do seres vivos;
Capítulo 3 – Divisão celular: mitose e meiose
• Mitose:
◦ Conceito:
▪ Mitose é um tipo de divisão celular na qual uma célula-mãe
origina duas células-filhas idênticas entre si e à célula-mãe;
▪ A mitose conserva o mesmo número de cromossomos;
▪ É denominada divisão equacional (E!);
◦ Papéis biológicos da mitose:
▪ Mitose é fundamental para a reprodução assexuada,
crescimento e para a reparação de tecidos lesados;
▪ Câncer envolve elevada taxa mitótica de um tecido;
◦ Etapas do ciclo celular:
▪ Um ciclo celular com mitose apresenta:
• Intérfase, constituída por três etapas:
◦ G1;
◦ S, caracterizado pela duplicação do material
genético;
◦ G2;
• Divisão celular:
◦ Prófase;
◦ Metáfase;
◦ Anáfase;
◦ Telófase;
▪ A separação do citoplasma é denominada citocinese;
◦ Variação na quantidade de DNA:
▪ A quantidade de DNA dobra na fase S da intérfase e volta
à sua condição inicial na anáfase;
◦ Mais detalhes:
▪ Microtúbulos:
• Microtúbulos são os componentes dos centríolos, do
áster e do fuso;
• Eles são formados por tubulina, polimerizada no
centrossomo;
• No interior destes, encontram-se os centríolos;
• Células vegetais têm estruturas correspondentes a
centrossomos (MTOCs), nos quais são produzidas as
fibras do fuso;
▪ Vimblastina e colchina:
• São substâncias que impedem a polimerização das
fibras do fuso;
• A célula tem replicação do material genético, o
centrômero duplica-se, mas não há o tracionamento do
material genético para polos oposto;
• A célula fica com a ploidia dobrada (de 2n para 4n, por
exemplo);
• Meiose:
◦ Conceito:
▪ Meiose é um tipo de divisão celular no qual uma célula-
mãe gera quatro células-filhas, dotadas da metade do
número de cromossomos presentes na célula-mãe;
◦ Papéis biológicos da meiose:
▪ A meiose, nos animais, gera gametas;
▪ Nos vegetais, produz esporos;
▪ Esse processo é uma fonte de variabilidade genética;
◦ O processo meiótico: uma visão geral:
▪ Na intérfase, realiza-se a duplicação do material genético;
▪ Na meiose I (reducional), formam-se duas células com a
metade do número de cromossomos presentes na célula-
mãe;
▪ Intercinese é um período de transição, seguido da meiose
II (equacional), que gera um total de quatro células-filhas;
▪ Na meiose I, há a separação de cromossomos homólogos;
na meiose II, ocorre a separação das cromátides-irmãs;
◦ Etapas do processo meiótico:
▪ a) Intérfase:
• O evento mais significativo é a replicação do material
genético;
▪ b) Meiose:
• b1) Meiose I:
◦ Na prófase I, ocorre o pareamento dos cromossomos
homólogos e na anáfase I eles se separam;
• b2) Intercinese;
• b3) Meiose II:
◦ Na anáfase II, há a separação das cromátides-irmãs;
◦ Variação na quantidade de DNA na meiose:
▪ A quantidade de DNA dobra durante a intérfase (período
S) e, depois, sofre duas reduções (na anáfase I e na
anáfase II);
◦ Meiose e variabilidade genética:
▪ A meiose contribui para o aumento da variabilidade
genética pela ocorrência de crossing-over e pela
segregação independente dos homólogos;
◦ Gametogênese:
▪ É o processo de formação de gametas;
▪ Inicia-se na fase embrionária, a partir de células
germinativas (2n) que se multiplicam por mitose;
▪ Dessa forma, são geradas gônias (2n), que crescem e se
diferenciam em citos I (primeira ordem);
▪ Cada cito I sofre a primeira divisão meiótica, gerando 2
citos II (n) na gametogênese masculina;
▪ Já na gametogênese feminina, o cito I gera um cito II e um
corpúsculo polar;
▪ Na gametogênese masculina (espermatogênese), os citos
II sofrem a segunda divisçao meiótica, formando
espermártides; essas células diferenciam-se em
espermatozoides;
▪ Na gametogênese feminina (ovulogênese), um cito II sofre
a segunda divisão meiótica e gera duas células: um óvulo
e um corpúsculo polar;
Capítulo 4 – Origem dos seres vivos e o método
científico
Biogênese e abiogênese
• Este capítulo trata da formação de seres vivos: provenientes de
outros seres (biogênese) ou de elementos não vivos
(abiogênese ou geração espontânea);
• Na visão da abiogênese, algo não vivo poderia ser convertido
em um ser vivo com a participação de um princípio ativo ou
força vital;
• Um dos defensores da abiogênese foi o filósofo Aristóteles (384-
322 a.C.);
• Francisco Redi (século XVII):
◦ Defensor da biogênese, realizou experimentos com carne em
apodrecimento;
◦ Mostrou que a carne não gera larvas, as quais são oriundas
de moscas que depositam ovos na carne;
• Método científico:
◦ Conjunto de procedimentos que permitem a obtenção de
conhecimento científico;
◦ Envolve: observação; estabelecimento de um problema;
levantamento de dados; elaboração de uma hipótese; teste
da hipótese; análise dos resultados;
• Louis Pasteur (século XIX):
◦ Defensor da biogênese, utilizou caldos orgânicos em seus
experimentos;
◦ Construiu um equipamento constituído por um recipiente
contendo caldo e ligado a um tubo por onde ocorria entrada
de ar, mas com capacidade de reter microrganismos
presentes no ar;
◦ Observou que não ocorreu desenvolvimento de
microgranismos no caldo;
◦ Demonstrou que seres vivos são gerados apenas de outros
seres vivos;
◦ Isso levanta a questão: como teria surgido o primeiro ser
vivo?;
Capítulo 5 – Composição química dos seres vivos
• Ácidos nucleicos:
◦ Conceito:
▪ Ácidos nucleicos são macromoléculas constituídas por
nucleotídeos;
▪ Há dois tipos de ácidos nucleicos:
• O DNA (ácido desoxirribonucleico);
• O RNA (ácido ribonucleico);
▪ Um nucleotídeo consta de três componentes:
• Um fosfato;
• Uma pentose;
• Uma base nitrogenada;
▪ As pentoses são ribose (no RNA) e desoxirribose (no
DNA);
▪ As bases nitrogenadas são de dois tipos:
• Púricas (adenina e guanina);
• Pirimídicas (citosina, timina e uracila);
▪ A timina é uma base presente apenas no DNA, enquanto a
uracila só ocorre no RNA;
▪ Os ácidos nucleicos estão relacionados com a
hereditariedade e com o controle das atividades
metabólicas;
▪ Nucleotídeos como o ATP relacionam-se com o
metabolismo energético;
◦ DNA:
▪ Localização nas células:
• Nas células eucarióticas, há DNA no núcleo, como
componente dos filamentos de cromatina; essas
estruturas têm extremidades livres e seu DNA está
associado a proteínas (histonas);
• O DNA também está presente em mitocôndrias e
cloroplastos; O DNA dessas organelas é circular não
tem histonas associadas;
• Nas células procarióticas, há DNA no nucleoide, na
forma de um cromossomo circular e sem histonas
associadas; essas células também apresentam
plasmídeos;
▪ Estrutura do DNA:
• A estrutura do DNA foi esclarecida em 1953 pelos
cientistas James Watson e Francis Crick;
• O DNA tem quantidades iguais de adenina e timina;
guanina e citosina também apresentam quantidades
iguais;
• A molécula de DNA é constituída por duas cadeias ou
fitas de polinucleotídeos; e há uma correspondência de
bases nitrogenadas:
◦ Adenina com timina e citosina com guanina
◦ As bases correspondentes ficam unidas por ligações
de hidrogênio;
• O aspecto do DNA seria comparável ao de uma escada
de cordas:
◦ Os corrimãos seriam constituídos por fosfato e
desoxirribiose alternadas;
◦ Os degraus seriam formados por um par de bases
nitrogenadas (A com T e C com G);
• Cada base nitrogenada é ligada a uma desoxirribose,
que está unida a um fosfato;
▪ Papéis do DNA:
• O DNA é o material hereditário dos seres vivos, sendo
responsável pelo controle do metabolismo;
• Um passo fundamental na transmissão das informações
genéticas é a replicação (duplicação) do material
genético;
• Nos eucariontes, isso ocorre antes de a célula se dividir,
no período “S” da intérfase;
• O controle do metabolismo é realizado por enzimas cuja
produção é controlada pelo DNA;
• O DNA serve de molde para a produção de RNA
mensageiro (por meio da transcrição), que orienta, nos
ribossomos, a síntese de proteínas, em um processo
denominado tradução;
• Algumas proteínas são enzimas que controlam reações
químicas;
▪ Replicação:
• A duplicação do DNA depende da enzima DNA
polimerase;
• A duplicação do DNA é do tipo semiconservativa, pois
as duas moléculas produzidas no processo têm uma
cadeia antiga e uma cadeia nova, recém-gerada;
• Cada uma das moléculas produzida é idêntica à
molécula original de DNA;
• Esse processo garante a preservação da identidade do
material genético, que pode ser transmitido às células-
filhas sem alterações;
• Eventualmente, pode haver uma alteração na ordem das
bases nitrogenadas do DNA, caracterizando uma
mutação;
▪ Transcrição:
• É um processo de produção de RNA utilizando-se um
molde constituído por DNA;
• A transcrição do DNA nuclear depende da enzima RNA
polimerase;
• Só uma das cadeias é ativa, ou seja, só uma das
cadeias serve de molde para a produção de RNA;
• Nucleotídeos complementares de RNA são ajustados à
cadeia molde de DNA:
• O RNA não possui timina; em seu lugar, apresenta-se a
base uracila;
◦ RNA:
▪ RNA ribossômico:
• Está relacionado a um segmento de algumas moléculas
de DNA, junto às quais se forma o nucléolo, que é rico
em RNAr;
• Os ribossomos são organoides constituídos por duas
subunidades de tamanhos diferentes, compostos de
proteínas e de grande quantidade de RNAr;
▪ RNA mensageiro:
• É o que transmite as informações do DNA aos
ribossomos, orientando a síntese de uma determinada
proteína;
• O segmento de DNA que serve de molde para a
produção de certo RNAm corresponde a um gene;
▪ RNA transportador:
• Sua função é carregar um aminoácido específico até os
ribossomos, onde se realiza a síntese de proteínas;
▪ Outros ácidos nucleicos:
• Além dos RNAs citados, existem diversos outros tipos
de RNA com funções distintas;
• Há, por exemplo, moléculas de RNA que atuam como
catalisadores e recebem a denominação de ribozimas;
• Há vírus que têm DNA com uma cadeia, RNA com duas
cadeias e RNA com capacidade de replicação;
▪ Código genético:
• Nos seres humanos há a relação:
◦ Três bases nitrogenadas de uma molécula de RNA
mensageiro que correspondem a um aminoácido que
integra uma cadeia proteica (3 bases para um
aminoácido); essa correspondência é o código
genético;
◦ Um trio ou trinca de bases do RNAm corresponde a
um códon que, normalmente, corresponde a um
aminoácido;
◦ O código genético é universal, ou seja, é o mesmo
para praticamente todos os seres vivos;
◦ O código genético é degenerado: códons diferentes
podem identificar um mesmo aminoácido; esses
códons funcionam como “sinônimos”;
◦ Existem códons para parar o processo de síntese;
◦ Também há um códon para iniciar, que identifica o
início do processo; toda proteína começa a ser
sintetizada com a introdução do aminoácido
metionina, cujo códon é AUG;
◦ Síntese de proteínas:
▪ RNA transportador:
• Uma parte da molécula de RNAt liga-se a um
aminoácido;
• Outra parte da molécula apresenta uma trinca de bases,
conhecida como anticódon, que realiza o
emparelhamento com bases complementares do
RNAm, realizando o emparelhamento códon-anticódon;
▪ Ribossomos:
• Ribossomos são constituídos por proteínas e por RNA
ribossômico;
• Cada ribossomo completo tem duas subunidades: uma
grande e uma pequena;
• As subunidades só se unem durante a síntese de
proteínas; depois disso, separam-se;
▪ Etapas da síntese proteica:
• Iniciação:
◦ No citosol, a molécula de RNAm, proveniente do
núcleo, une-se a uma subunidade pequena de um
ribossomo;
◦ O aminoácido metionina une-se a um RNAt;
◦ O RNAt, com metionina, une-se por ligações de
hidrogênio ao códon do RNAm;
◦ A subunidade grande se junta a todo esse conjunto e
o ribossomo está completo;
• Elongação:
◦ Um outro RNAt une-se ao RNAm;
◦ O aminoácido metionina do primeiro RNAt reage com
o segundo aminoácido, estabelecendo-se uma
ligação peptídica; e então o primeiro RNAt é liberado
do ribossomo;
◦ O ribossomo desloca-se ao longo da cadeia de
RNAm e fica sobre o próximo códon;
◦ Um RNAt une-se a outro aminoácido e liga-se ao
códon do RNA,;
◦ Os aminoácidos reagem entre si e estabelecem outra
ligação peptídica;
◦ Um RNAt desprende-se e o ribossomo move-se para
o códon seguinte;
◦ Esse processo vai se repetindo até a última etapa: a
terminação;
• Terminação:
◦ É quando o ribossomo chega ao códon
correspondente a término, como UGA;
◦ Um RNAt com anticódon ACU não tem
correspondência com nenhum aminoácido;
◦ Esse RNAt liga-se ao códon de término do RNAm e
não é adicionado outro aminoácido à cadeia proteica;
• Polirribossomos:
◦ Um ribossomo percorre toda a molécula de RNAm e,
no final, é produzida uma proteína;
◦ No entanto, a mesma molécula de RNAm é
percorrida por vários ribossomos, constituindo o que
se chama de polirribossomos ou polissomos;
Capítulo 8 – Bioenergética
• A liberação de energia:
◦ A energia utilizada pelos seres vivos é proveniente da
degradação de substâncias orgânicas, por meio da
respiração celular ou da fermentação;
• Respiração celular:
◦ A respiração ocorre no citosol e no interior das mitocôndrias;
◦ É um processo aeróbio que degrada a glicose, gerando água,
gás carbônico e ATP;
◦ Durante a respiração celular, ocorrem processos químicos,
como:
▪ Descarboxilação:
• É a remoção de grupo carboxila, gerando CO2;
▪ Desidrogenação:
• É a perda de átomos de hidrogênio (oxidação);
• Os hidrogênios são transferidos para aceptores;
• O último aceptor de hidrogênio na respiração celular
aeróbia é o hás oxigênio, em um processo que leva à
produção de água;
▪ Fosforilação:
• É a formação de ATP a partir de ADP e de fosfato
inorgânico;
• Esse processo requer energia, liberada em algumas
reações químicas da respiração celular;
◦ A respiração celular é tradicionalmente dividida em três
etapas:
▪ A glicólise;
▪ O ciclo de Krebs;
▪ A cadeia respiratória;
◦ Glicólise:
▪ A glicólise ocorre no citosol e não emprega gás oxigênio (é
uma etapa anaeróbia);
▪ Ela é constituída por muitas reações químicas, resultando
na formação de duas moléculas de ácido pirúvico;
▪ Os produtos finais da glicólise são:
• Duas moléculas de ácido pirúvico;
• Quatro moléculas de ATP;
• Quatro átomos de hidrogênio;
▪ Como são gastos dois ATPs, o saldo direto da glicólise é
de dois ATPs (4 ATPs produzidos menos 2 ATPs gastos);
▪ Durante a glicólise, há liberação de quatro átomos de
hidrogênio;
▪ Eles reagem com duas moléculas de NAD+, formando:
• Duas moléculas de NADH;
• Dois prótons (H+);
▪ Os H+ permanecem em solução no citosol;
▪ O NAD+ comporta-se como um aceptor intermediário de
hidrogênios;
◦ O destino do ácido pirúvico:
▪ As moléculas de ácido pirúvico provenientes da
degradação da glicose atravessam as membranas da
mitocôndria;
▪ Essas duas moléculas são convertidas em duas moléculas
de acetil-coA;
▪ Na conversão de ácido pirúvico em acetil-coA ocorre a
descarboxilação, com a formação de CO2;
▪ Também há liberação de átomos de hidrogênio, que
reagem com NAD+, formando NADH + H+;
◦ Ciclo de Krebs:
▪ As duas moléculas de acetil-coA ingressam em uma
sequência de reações conhecidas como “ciclo de Krebs”;
▪ Um grupo acetil reage com o ácido oxalacético, presente
na matriz mitocondrial e a coenzima A é liberada;
▪ Forma-se, então, o ácido cítrico, que tem seis carbonos;
▪ O ácido cítrico passa por uma sequência de reações
químicas, levando novamente à formação de ácido
oxalacético;
▪ Para cada molécula de acetil-coA que entre no ciclo de
Krebs são gerados:
• Dois CO2;
• Um FADH2;
• Três NADH;
• Três H+;
• Um ATP;
▪ O CO2 é liberado para o ambiente;
▪ O ATP é empregado no metabolismo e os demais
produtos do ciclo de Krebs (FADH2, NADH e H+) são
empregados na cadeia respiratória;
◦ Cadeia respiratória:
▪ É também denominada cadeia transportadora de elétrons
e ocorre nas cristas mitocondriais;
▪ É constituída por uma sequência de transferência de
átomos de hidrogênio e seus elétrons, incluindo na ordem
NADH + H+, FADH2 e alguns citocromos;
▪ O aceptor final de hidrogênios e seus elétrons é o gás
oxigênio, havendo a formação de água;
▪ A energia gerada no processo é utilizada para produzir um
ATP por meio do processo de fosforilação oxidativa, outra
parte dessa energia é dissipada em forma de calor;
▪ Atualmente, os cálculos da produção apontam para um
total de 30 ATPs;
▪ São gerados, somando trinta ATPs:
• Dois ATPs na glicólise;
• Dois ATPs no ciclo de Krebs (subtotal de 4 ATPs);
• Vinte e seis ATPs na cadeia respiratória;
• Fermentação:
◦ Fermentação é um processo anaeróbio de liberação de
energia e tem grande semelhança com a glicólise;
◦ Na fermentação, uma molécula de glicose é degradada,
gerando:
▪ Dois ácidos pirúvicos;
▪ Dois NADH;
▪ Dois H+;
▪ Saldo de dois ATPs;
◦ A partir de ácido pirúvico, são gerados outros compostos
orgânicos, como metano, ácido acético, álcool ou ácido
láctico;
◦ A fermentação alcoólica é empregada na produção de álcool
(usado como combustível ou integrante de bebidas) e na
produção de pães;
◦ A fermentação láctica é realizada por algumas bactérias e
fungos, formando ácido láctico a partir da glicose;
◦ Esse ácido promove a desnaturação das proteínas do leite,
determinando sua conversão em iogurte ou queijo;
◦ O ser humano também pode realizar fermentação láctica em
células musculares quando elas não recebem suprimento
adequado de gás oxigênio;
• Catabolismo e anabolismo:
◦ As reações químicas do metabolismo são divididas em dois
grandes conjuntos:
▪ Anabolismo:
• Corresponde ao conjunto de reações entre moléculas
orgânicas pequenas, gerando moléculas orgânicas
maiores, basicamente em um processo de síntese;
▪ Catabolismo:
• Corresponde às reações de degradação de moléculas
orgânicas;
• Quimiossíntese:
◦ É um processo de produção de glicídios (carboidratos),
empregando energia liberada em certas reações químicas;
◦ A quimiossíntese é realizada por procariontes, como
bactérias e árqueas;
◦ As reações químicas da quimiossíntese ocorrem entre
substâncias inorgânicas e envolvem oxidação;
◦ Com a formação do produto da reação, libera-se energia,
empregada na produção de glicídio a partir de CO2 e água;
• Fotossíntese:
◦ É um processo realizado por plantas, algas e cianobactérias;
◦ Constitui a principal fonte de alimento orgânico e gás oxigênio
para os seres vivos do planeta;
◦ A fotossíntese é tradicionalmente representada pela equação:
▪ 6CO2 + 6H2O + luz → C6H12O6 + 6O2;
◦ A luz é absorvida pela clorofila, que apresenta um átomo
central de magnésio;
◦ O O2 produzido na fotossíntese é proveniente da quebra da
molécula de água, com a participação da luz;
◦ Outra forma de representar a equação é:
▪ CO2 + 2H2O + luz → C(H2O) + O2 + H2O;
◦ Cloroplastos e outros plastos:
▪ Plantas e algas têm cloroplastos, onde ocorre a
fotossíntese;
▪ Em cianobactérias, a fotossíntese ocorre em lamelas
membranosas do citosol;
▪ Um cloroplasto apresenta uma membrana externa e uma
membrana interna;
▪ O interior tem lamelas membranosas, ligadas a pequenas
bolsas denominadas tilacoides; o espaço interno é
preenchido pelo estroma;
▪ No interior dos tilacoides e das lamelas, há pigmentos,
como clorofilas a e b e carotenoides;
▪ Uma pilha de tilacoides constitui um granum; grana é o
conjunto de todos os tilacoides;
▪ Cloroplastos apresentam DNA circular sem histonas a ele
associadas;
▪ A clorofila a está presente em plantas, algas e
cianobactérias;
▪ Plantas e algas verdes também têm clorofila b;
▪ Considera-se que as algas verdes foram ancestrais das
plantas;
▪ Há outros tipos de plastos:
• Os leucoplastos não têm pigmentos;
• Os amiloplastos acumulam amida;
• Os cromoplastos têm pigmentos, mas não possuem
clorofila, sendo incapazes de realizar fotossíntese, mas
são responsáveis pela cor dos frutos e de muitas flores
e folhas (quando sua coloração é diferente do verde);
◦ Etapas da fotossíntese:
▪ Didaticamente, as reações da fotossíntese são divididas
em dois grandes conjuntos:
• Etapa fotoquímica, ou fase de claro:
◦ Só ocorre em presença de luz e acontece nos
tilacoides e nas lamelas;
◦ Envolve dois grandes processos:
▪ Fotólise da água:
• Corresponde à quebra da molécula de água,
gerando:
◦ Gás oxigênio;
◦ Elétrons;
◦ H+;
• Elétrons e H+ são transferidos do NADP+,
formando NADP + H+;
▪ Fotofosforilação:
• É a formação de ATP a partir de ADP + P,
empregando a energia luminosa;
• Etapa química, ou fase de escuro:
◦ Não depende da luz e é realizada no estroma;
◦ Utiliza gás carbônico e os compostos gerados na
etapa fotoquímica;
◦ A etapa química apresente o ciclo das pentoses, ou o
ciclo de Calvin-Benson;
◦ Gera:
▪ Carboidrato;
▪ Água;
▪ ADP;
▪ P;
▪ NADP+;
◦ O carboidrato produzido é principalmente sacarose,
que flui pela seiva elaborada e é levada para outras
partes da planta;
◦ A etapa química também gera amido, que pode ser,
em parte, acumulado no cloroplasto;
◦ Fisiologia da fotossíntese:
▪ A Luz:
• A absorção de luz é uma importante etapa do processo
fotossintético;
• Quando uma planta é exposta às diferentes faixas
componentes da luz, nota-se maior atividade nas
proximidades do vermelho e do azul;
• O menor desempenho ocorre nas faixas do verde e do
amarelo;
◦ Fatores limitantes da fotossíntese:
▪ A realização da fotossíntese depende de temperatura
adequada e de fornecimento de CO2, água e nutrientes
minerais; quando todos esses fatores são fornecidos para
a planta em condições ideias, a fotossíntese tem o máximo
desempenho;
▪ Fator limitante é o fornecido em menor quantidade e que,
por isso, impede o pleno desempenho da fotossíntese; se o
fornecimento do fator limitante aumentar, a taxa de
fotossíntese aumenta;
▪ CO2, luz e temperatura podem atuar como fatores
limitantes;
▪ Ponto de compensação fótico, ou luminoso, é a
intensidade luminosa em que a taxa de fotossíntese e a de
respiração se equivalem.
▪ Assim, todo CO2 gerado na respiração é consumido na
fotossíntese e todo o O2 e carboidratos gerados na
fotossíntese são consumidos na respiração;
▪ Abaixo do ponto de compensação fótico, a respiração tem
maior intensidade que a fotossíntese;
▪ Acima do PCF, a taxa de fotossíntese supera a taxa de
respiração;
Capítulo 9 – Origem dos primeiros seres vivos
• Probabilidade:
◦ É definida como a relação entre o número de eventos
favoráveis e o número de eventos igualmente possíveis;
◦ Regra do “ou”:
▪ O cálculo da probabilidade de ocorrência de cada evento é
feito com a sua soma;
◦ Regra do “e”:
▪ O cálculo da probabilidade de ocorrência de cada evento é
feito com a multiplicação de seus valores;
• Genética clássica:
◦ Corresponde ao estudo da hereditariedade e dos aspectos
fundamentais do DNA, da meiose e dos processos básicos
de fecundação; trata dos trabalhos realizados por Mendel;
◦ DNA:
▪ É o material genético nuclear constituído por filamentos de
cromatina condensados (durante a divisão celular),
formando os cromossomos;
▪ Ao longo de um cromosomo, dispõem-se inúmeros genes,
responsáveis por características do indivíduo;
▪ Alelos são genes que ocupam a mesma posição (locus)
em cromossomos homólogos e são responsáveis pela
determinação da mesma característica;
▪ A carga genética que o indivíduo apresente constitui seu
genótipo;
▪ A característica que ele manifesta é o seu fenótipo, que
depende da interação do genótipo com o ambiente;
◦ Genótipos:
▪ Pode haver dois tipos:
• Homozigotos (puros): com dois alelos iguais, como BB e
bb;
• Heterozigotos (híbridos): com alelos diferentes, como
em Bb;
◦ Dominância entre alelos:
▪ Há dominância entre alelos, sendo que o dominante (A)
manifesta seu fenótipo em homo (AA) ou heterozigose
(Aa); já os alelos recessivos apenas manifestam-se em
homozigose (aa);
▪ A dominância se refere à sua atuação no indivíduo e não à
sua distribuição na população;
◦ Hereditariedade:
▪ Células do organismo derivam do zigoto (2n), que
apresenta pares de cromossomos homólogos;
▪ Metade dos cromossomos tem origem a outra metade tem
origem materna;
▪ Há também o DNA mitocondrial, de origem exclusivamente
materna (todas as mitocôndrias das células são
procedentes do óvulo);
◦ Gametas:
▪ São gerados por meiose, que separa os alelos;
▪ Exemplo:
• Indivíduo heterozigoto (Bb) produz dois tipos de
gametas (B e b);
• Indivíduos homozigostos (BB ou BB) produzem gametas
de um único tipo (B ou b);
◦ Cruzamentos:
▪ Acontece durante a reprodução de indivíduos e podem ser
representados pelo produto entre os gametas gerados;
▪ Exemplos:
• Pais Aa x aa:
◦ Gametas (A + a), (a);
◦ Descendentes do cruzamento: Aa e aa;
◦ Cruzamento Mendeliano:
▪ Mendel realizou cruzamentos que envolviam:
• Geração parental (P):
◦ Cruzamento entre homozigoto dominante (BB) com
homozigoto (bb);
• Primeira geração (F1):
◦ Resultado do cruzamento de P;
◦ É constituída por indivíduos heterozigotos (Bb);
• Segunda geração (F2):
◦ Resultado do cruzamento de F1 (heterozigotos);
◦ É constituída por indivíduos na proporção de 3:1, ou
seja, ¾ de portadores de fenótipo dominante (entre
eles BB e Bb) e ¼ de portadores de fenótipo
recessivo (com genótipo bb);
◦ Determinação de dominância:
▪ É feita a partir do fenótipo dos indivíduos, em duas
possibilidades:
• Obtenção e cruzamento de linhagens puras:
◦ Linhagens puras (homozigotas com relação a uma
característica) podem ser obtidas por meio de
cruzamentos sucessivos de indivíduos com o mesmo
fenótipo;
◦ O cruzamento dessas linhagens puras gerará
descendentes obrigatoriamente heterozigotos;
◦ Portanto, o fenótipo expresso é o caracterizado pelo
dominante;
• Observação do fenótipo dos descendentes:
◦ Quando um dos descendentes apresenta fenótipo
diferente do observado nos pais, pode-se concluir
que os pais possuem o alelo que manifesta a
característica do descendente diferente, mas esse
alelo não se manifestou neles;
◦ Portanto, o alelo que não se manifesta é o recessivo e
os pais são heterozigotos e o descendente é
homozigoto recessivo;
◦ Heredogramas:
▪ São diagramas que representam gerações de indivíduos
em grupos familiares, permitindo visualizar e compreender
padrões hereditários;
▪ Podem ser chamados de genealogias ou pedigrees;
▪ Entre as convenções para sua construção, estão:
• Gerações são representadas com algarismos romanos
(I, II, III etc.);
• Indivíduos são indicados por algarismos arábicos (1, 2,
3 etc.), dispostos da esquerda para a direita, colocados
na ordem de nascimento por casal;
• Indivíduos do sexo feminino são representados por
círculos e masculinos por quadrados; quando o sexo
não é informado, representa-se o indivíduo por um
triângulo ou losango;
• Traço horizontal entre círculo e quadrado significa
cruzamento;
• Dois traços paralelos representam cruzamento
consanguíneo (há parentesco entre os componentes do
casal);
• Traço horizontal acima de um grupo de indivíduos
significa que eles são descendentes de um certo casal;
• Círculos e quadrados preenchidos correspondem à
expressão de uma característica e sem preenchimento
indicam a característica oposta;
◦ Definição de genótipos:
▪ São realizados cruzamentos-teste para determinação do
genótipo de um indivíduo com fenótipo dominante;
▪ Para isso, um indivíduo com o genótipo desconhecido
(dominante) é cruzado com uma fêmea recessiva (com
genótipo homozigoto conhecido);
▪ Com a obtenção de grande número de descendentes, é
possível elucidar o problema:
▪ Assim, há dois resultados possíveis:
• Todos os descendentes apresentam fenótipos
dominantes e caracterizam o genótipo desconhecido
como homizogoto (AA);
• Há descendentes com fenótipos dominante ou
recessivo, o que significa que o genótipo desconhecido
paresenta um alelo recessivo, sendo heterozigoto Aa;
Capítulo 14 – As variações da Primeira Lei de Mendel
♀\♂ AB Ab aB ab
Ab AABb AAbb AaBb Aabb
ab AaBb Aabb aaBb aabb
◦ Epistasia:
▪ É a condição em que um gene exerce efeito inibidor sobre
outro gene;
▪ Um para de alelos I e i pode ter efeito inibidor sobre A e a;
▪ Epistasia dominante:
• Caso em que o alelo inibidor é dominante (I) e inibe a
expressão da característica, determinando que o animal
tenha pelo branco;
• O alelo i permite a manifestação de cor e isso depende
do outro para de alelos: A (pelo preto), a (pelo marrom);
• Assim, são possíveis os seguintes fenótipos:
◦ Os alelos A e a são denominados hipostáticos em
relação a I;
◦ O cruzamento entre duplo heterozigotos (IiAa) terá
uma descendência com modificação na proporção
esperada de 9:3:3:1, sendo a proporção observada
de 12:3:1;
▪ Epistasia recessiva:
• Caso em que o alelo inibidor é recessivo (i) e inibe a
expressão da característica desde que esteja em
homozigose (ii):
◦ Os alelos A e a são denominados epistáticos em
relação a i;
◦ O cruzamento entre duplo heterozigotos (IiAa) terá
uma descendência com proporção esperada de 9:3:4;
◦ Herança quantitativa (ou poligênica):
▪ Herança que envolve vários genes que resultam em um
efeito cumulativo, cada um contribuindo para a expressão
de uma característica;
▪ O fenótipo é determinado pela quantidade de um
determinado gene expressivo (aditivo) que o indivíduo
possui;
▪ Trata de casos em que os fenótipos não estão separados
em apenas duas categorias, mas apresentam grande
variação, é o que se denomina variação contínua;
▪ Podem ser observados dois tipos de genes que irão
interagir entre si:
• Genes aditivos: tornam o fenótipo mais intenso;
• Genes não aditivos: contribuem de maneira menos
intensa para a expressão da característica;
• Não há alelos dominantes nem recessivos;
▪ Como exemplos, podem ser citados os fenótipos de altura
e cor da pele da população;
▪ No caso da pigmentação da pele em seres humanos, há
dois fenótipos extremos (fenótipo branco – aabb – e
fenótipo negro – AABB) e algumas categorias
intermediárias (mulatos claros, médios e escuros);
▪ A herança da cor da pele é determinada por dois pares de
alelos: A-a e B-b, sendo:
• A e B alelos aditivos;
• a e b alelos não aditivos;
▪ Algumas fórmulas lidam com o número de classes
fenotípicas e o número de genes envolvidos (ou números
de pares de genes):
• Número de genes = número de classes fenotípicas – 1;
• Número de classes fenotípicas = 2 (número do par de
genes) + 1;
• Contribuição de cada alelo aditivo = (fenótipo máximo –
fenótipo mínimo) / número de alelos;
▪ Como generalizações, pode-se afirmar que:
• O cruzamento entre indivíduos de fenótipos extremos
produz apenas descendentes de fenótipos
intermediários;
▪ As proporções do cruzamento do exemplo serão 1:4:6:4:1:
• O cruzamento entre indivíduos de fenótipo intermediário
pode gerar descendentes de todas as categorias
fenotípicas;
• Os mais abundantes têm fenótipo intermediário e os
menos abundantes possuem fenótipos extremos;
▪ A proporção esperada em F2 pode ser obtida através do
triângulo de Pascal, construído com base em algumas
premissas:
• O primeiro e último número da linha serão 1;
• Em cada, linha, os números equidistantes serão iguais;
• A soma de dois números consecutivos de uma linha
será igual ao número da linha seguinte, que está abaixo
da segunda parcela da soma;
• O número de linhas representa o número total de alelos,
contados a partir de zero;
Capítulo 18 – Linkage e mapas gênicos
X DY Homem normal
◦ Hemofilia A:
▪ É um distúrbio caracterizado pela dificuldade de
coagulação, causado pela incapacidade genética
de produzir o fator VIII (necessário à síntese de
protrombina);
▪ O alelo para hemofilia A é recessivo (Xh) e o alelo
que condiciona coagulação normal é dominante
(XH);
▪ Os genótipos e fenótipos possíveis são:
Genótipo Fenótipo
Genótipo Fenótipo
• Mutações:
◦ As mutações são modificações que ocorrem no material
genético, afetando um determinado gene (mutação gênica)
ou cromossomo (mutações cromossômicas, ou aberrações
cromossômicas);
• Mutações gênicas:
◦ Alteram a sequência de bases nitrogenadas do DNA de um
gene;
◦ Podem ocorrer em função de:
▪ Inserção:
• Corresponde ao acréscimo de um nucleotídeo à cadeia
de DNA;
▪ Deleção:
• Corresponde à retirada de um nucleotídeo da cadeia;
▪ Substituição:
• Pode ocorrer pela transformação química de uma base
nitrogenada em outras;
◦ Mutações na formação de gametas:
▪ Geram gametas portadores da mutação, formando um
indivíduo com todas as células portadoras da mutação;
◦ Mutações podem aumentar a variabilidade da espécie:
▪ Podem ser benéficas ou maléficas, sendo que as
prejudiciais tendem a desaparecer na população;
◦ Agentes mutagênicos aumentam a ocorrência de mutações:
▪ Podem ser alguns tipos de radiação ou de substâncias
químicas;
• Mutações cromossômicas:
◦ Aberrações estruturais:
▪ Podem ser de quatro tipos principais:
• Deleção:
◦ É a perda de um segmento;
• Inversão:
◦ É a inversão na ordem dos genes;
• Duplicação:
◦ Quando um segmento é copiado;
• Translocação:
◦ Há a troca de segmentos entre cromossomos não
homólogos;
◦ Aberrações numéricas:
▪ Alteram o número de cromossomos e podem ser
classificadas em:
• Euploidias:
◦ Modificam valores inteiros de n;
◦ São comuns em plantas e propiciam a formação de
novas espécies sem o isolamento geográfico
(especiação simpátrica);
◦ Podem ocorrer naturalmente, mas também podem
ser induzidas;
◦ Exemplos para indivíduos normais 2n:
▪ Triploides (3n);
▪ Tetraploides (4n);
▪ Hexaploides (6n);
▪ Poliploides (Xn);
• Aneuploidias:
◦ Alterações que ocorrem devido ao acréscimo ou à
diminuição de cromossomos;
◦ Têm como causa a formação de gametas anormais,
por conta de erros na meiose II: não disjunção (não
separação) de cromátides;
◦ Os casos mais comuns são:
▪ Nulissomia (2n – 2):
• Inviável na espécie humana, levando sempre à
morte;
▪ Monossomia (2n – 1):
• No ser humano, resulta em um indivíduo com 45
cromossomos;
▪ Trissomia (2n + 1):
• No ser humano, corresponde a um indivíduo
com 47 cromossomos;
◦ Exemplos:
▪ Triplo X:
• O fenótipo é feminino, com fórmula
cromossômica 47 = 44A + XX;
▪ Duplo Y:
• O fenótipo é masculino e sua fórmula
cromossômica é 47 = 44A + XYY;
▪ Síndrome de Klinefelter:
• O fenótipo é masculino, com fórmula
cromossômica 47 = 44A + XXY;
▪ Síndrome de Down:
• É a trissomia do cromossomo 21;
▪ Síndrome de Turner:
• Fenótipo feminino, com fórmula 45 = 44A
(autossomos) + X;
Capítulo 21 – Genética de populações
• Genética de populações:
◦ É responsável pelo estudo da distribuição e frequência dos
alelos determinantes de características em uma população;
◦ A totalidade de alelos de uma população corresponde ao seu
pool gênico;
• Equilíbrio de Hardy-Weinberg:
◦ Consiste em um teorema que delibera que, de acordo com
determinadas condições, as frequências de cada alelo,
independentemente de sua raridade ou recessividade,
permanecerão constantes com o passar das gerações em
uma população;
◦ Uma população tende a permanecer em equilíbrio genético
de acordo com as seguintes condições:
▪ Ausência de mutações:
• Mutações são alterações de material genético;
• Podem gerar novas variedades de alelos, causando
alteração da porcentagem dos genes presentes na
população;
▪ Ausência de seleção natural:
• A seleção natural permite a sobrevivência e a
reprodução dos mais adaptados;
• Isso altera o equilíbrio da população;
▪ Ausência de seleção sexual:
• A seleção sexual beneficia indivíduos da espécie que
apresentam características que lhes conferem maior
probabilidade de se acasalar (deixam mais
descendentes e seus alelos tendem a ser mais
abundantes);
• Uma população com ausência de seleção sexual é
denominada pan-mítica;
• Nessas condições, é como se os cruzamentos
acontecessem ao acaso;
▪ Ausência de migrações:
• As migrações determinam a entrada ou a saída de
indivíduos de uma população e, assim, a alteração das
porcentagens de alelos;
▪ A população deve ser grande:
• Populações com grande número de indivíduos têm
maior estabilidade quando comparadas a populações
pequenas;
• Alteração do equilíbrio genético da população:
◦ O equilíbrio genético de uma população pode ser alterado
por:
▪ Seleção natural:
• Altera o equilíbrio genético, impulsionando a ocorrência
da evolução;
▪ Oscilação genética (ou deriva genética):
• É a alteração do equilíbrio genético de uma população
ocasionada pelo acaso;
• Teorema de Hardy-Weinberg:
◦ Demonstra matematicamente que, considerando populações
que se enquadrem nas premissas citadas, há equilíbrio na
frequência de alelos;
◦ Alguns pontos devem ser observados:
▪ f(A) = p;
▪ f(a) = q;
▪ Frequência de alelos:
• f(A) + f(a) = 1:
◦ p + q = 1;
▪ Frequência de genótipos:
• (p + q)2 = 1:
◦ p2 + 2pq + q2 = 1:
▪ f(AA) + f(Aa) + f(aa) = 1;
Frente 2
Capítulo 1 – Evolução: conceitos e evidências
• Conceito de espécie:
◦ Espécie é um grupo de indivíduos semelhantes, com
capacidade real ou potencial de intercruzamento, resultando
na formação de descendentes férteis;
• O isolamento reprodutivo:
◦ Há dois tipos de isolamento reprodutivo:
▪ Pré-zigótico;
▪ Pós-zigótico;
◦ Seres de espécies diferentes encontram-se em isolamento
reprodutivo;
• Tipos de espécies:
◦ Espécies que vivem no mesmo ambiente são simpátricas;
◦ As que vivem em ambientes separados são as alopátricas;
• O mecanismo de especiação:
◦ Especiação é a formação de novas espécies;
◦ Há dois tipos de especiação:
▪ Simpátrica (sem isolamento geográfico);
▪ Alopátrica (com isolamento geográfico):
• Nesse tipo de especiação ocorrem:
◦ Isolamento geográfico:
◦ Mutações;
◦ Seleção Natural;
◦ Isolamento reprodutivo;
• Isso identifica a formação de novas espécies;
• O isolamento geográfico pode levar à formação de
novas raças ou de novas subespécies;
• Duas raças diferentes são grupos dentro da mesma
espécie; possuem diferenças, mas não estão isoladas
reprodutivamente;
• Irradiação adaptativa:
◦ Um ancestral pode ocupar diferentes ambientes;
◦ Com o tempo, podem ser geradas espécies distintas,
adaptadas às condições de cada ambiente;
• Convergência adaptativa:
◦ Diferentes ancestrais podem viver em um mesmo ambiente e
são submetidos a pressões seletivas similares;
◦ Com o tempo, formam-se espécies que apresentam
semelhanças externas;
• Homologia e analogia:
◦ Hoamologia é a semelhança interna de duas estruturas, as
quais têm a mesma origem embrionária;
◦ Analogia é a semelhança externa entre duas estruturas, as
quais apresentam a mesma função;
• Interações ambientais:
◦ Coevolução:
▪ Uma espécie atua como agente da seleção natural da
outra ao longo do processo evolutivo de ambas
▪ São os casos de coevolução:
• Coloração de advertência;
• Mimetismo;
• Camuflagem;
◦ Mimetismo:
▪ Uma espécie (mimética) é semelhante a outra (modelo) e
pode obter vantagens, como a proteção contra
predadores;
◦ Camuflagem:
▪ Uma espécie tem aspectos semelhantes ao do seu
ambiente, tornando-se menos visível para presas ou para
predadores;
Capítulo 3 – Fundamentos de ecologia
As divisões da biosfera
• Biomas:
◦ Ecossistemas de grande porte com características estáveis e
em clímax;
• Biociclos:
◦ São o terrestre (epinociclo), marinho (talassociclo) e de água
doce (limnociclo);
• Biócoros:
◦ O biociclo terrestre tem três biócoros:
▪ Floresta, campo e deserto;
O fluxo de de energia
• Teia alimentar:
◦ Um ecossistema apresenta teias ou redes alimentares;
◦ Uma teia alimentar apresenta os níveis tróficos de
produtores, consumidores (primários, secundários, terciários)
e decompositores;
◦ Por esses níveis há fluxo de energia na forma de matéria
orgânica;
• Pirâmides ecológicas:
◦ Há três tipos de pirâmides ecológicas:
▪ Pirâmide de números ou frequência:
• Indica o número de indivíduos de cada nível trófico da
cadeia alimentar;
• A pirâmide de números pode ser invertida, com a base
mais estreita do que o ápice;
▪ Pirâmide de biomassa:
• Normalmente, é construída considerando-se o peso
seco do nível trófico (sem computar a quantidade de
líquido dos organismos);
• Em ambientes aquáticos, a pirâmide de biomassa pode
ser invertida:
◦ A massa de fitoplâncton é menor do que a massa de
zooplâncton;
▪ Pirâmide de energia:
• Representa a energia química (matéria orgânica) de
cada nível trófico;
• Não há pirâmide de energia invertida;
• A energia flui de modo unidirecional, com as
modalidades:
◦ Luz, energia química da matéria orgânica e calor;
• Ao longo da cadeia alimentar, ocorrem perdas na forma
de restos e calor;
• Produtividade primária bruta (PPB) é o total de matéria orgânica
gerada pelos produtores por meio da fotossíntese;
• Produtividade primária líquida (PPL) é o saldo da matéria
orgânica resultante entre a produção (PPB) e o consumo pela
respiração R:
◦ PPL = PPB - R;
Populações
• População é um conjunto de organismos da mesma espécie,
vivendo em um mesmo ambiente, durante um determinado
intervalo de tempo;
• Entre os seres da mesma espécie, há relações positivas (sem
prejuízo) e relações negativas (com prejuízo);
• Densidade populacional:
◦ Densidade da população é a relação entre o número de
indivíduos e o espaço ocupado (expresso em área ou
volume);
◦ A densidade populacional pode variar com alterações no
espaço disponível ou no número de indivíduos;
◦ O número de indivíduos pode ter aumento por natalidade (N)
ou por imigração (I);
◦ Redução do número de indivíduos ocorre por mortalidade (M)
e emigração (E);
◦ Há três possibilidades sobre o comportamento da população:
▪ N + I > M + E: crescimento da população;
▪ N + I < M + E: diminuição da população;
▪ N + I = M + E: população estável;
• Crescimento populacional:
◦ Potencial biótico é a capacidade de reprodução de uma
espécie;
◦ Resistência ambiental é o conjunto de fatores presentes no
meio capazes de restringir o desenvolvimento de uma
população, incluindo espaço limitado, pequena
disponibilidade de alimento, problemas de natureza climática,
acúmulo de resíduos, parasitismo, competição e predatismo;
◦ População não controlada é a que cresce sem a presença de
fatores de resistência ambiental, apresentando crescimento
exponencial; população controlada é sujeita à interferência da
resistência ambiental;
◦ Uma população mantida em local com espaço limitado, mas
tendo condições ambientais adequadas, apresenta curva de
crescimento sigmoide ou logística;
◦ O desenvolvimento dessa população apresenta quatro fases:
▪ Pequeno crescimento inicial;
▪ Crescimento muito rápido;
▪ Diminuição do ritmo de crescimento;
▪ Estabilização da população;
◦ Representando a curva logística de uma população com a
curva do seu potencial biótico, obtém-se uma área entre as
duas curvas; essa área representa a força de resistência
ambiental;
• A população humana:
◦ O ser humano passou a ter grande controle sobre diversos
fatores de resistência ambiental:
▪ Produção elevada de alimento;
▪ Medicamentos;
▪ Vacinas;
▪ Controle de predadores;
◦ Assim, a população humana vem apresentando um
crescimento próximo ao padrão exponencial;
◦ Isso traz graves consequências para a manutenção do
equilíbrio ecológico, como:
▪ Desmatamento.
▪ Poluição;
▪ Esgotamento dos recursos naturais;
▪ Acúmulo de lixo;
▪ Redução da biodiversidade;
Relações Ecológicas
• Relações intraespecíficas:
◦ Positivas (hamônicas):
▪ São relações entre seres da mesma espécie;
▪ Existem dois tipos:
• Colônia:
◦ Os indivíduos têm ligação física;
• Sociedade:
◦ É um grupo sem ligação física;
◦ Pode haver divisão de funções;
◦ Os indivíduos dependem do conjunto para a sua
sobrevivência;
◦ Negativas (desarmônicas):
▪ São de dois tipos:
• Canibalismo:
◦ A relação em que um indivíduo alimenta-se de outro
da mesma espécie;
• Competição:
◦ A competição intraespecífica envolve disputa por
recursos do ambiente;
◦ É um componente da seleção natural, permitindo a
sobrevivência e a reprodução dos indivíduos mais
adaptados;
• Relações interespecíficas:
◦ São as relações entre seres de espécies diferentes;
◦ Neutralismo significa que a interação entre duas espécies é
inexistente; uma espécie não interfere na vida da outra,
mesmo que entrem em contato;
◦ Negativas (ou desarmônicas):
▪ São aquelas que apresentam prejuízo para pelo menos um
participante da relação;
▪ Exemplos:
• Competição:
◦ O prejuízo ocorre para as duas espécies;
• Amensalismo:
◦ Só uma espécie é prejudicada, sem benefício nem
prejuízo para outra;
• Predatismo:
◦ Uma espécie é prejudicada, outra recebe benefício;
• Parasitismo:
◦ Benefício para uma espécie e prejuízo para outra;
• Esclavagismo:
◦ Prejuízo para uma espécie e benefício para outra;
◦ Positivas (harmônicas):
▪ São aquelas que não envolvem prejuízo para nenhum
participante dos participantes da relação;
▪ Exemplos:
• Mutualismo:
◦ Benefício para ambas as espécies, sendo que elas
são interdependentes, precisam uma da outra para
sobreviverem;
• Protocooperação:
◦ Benefício para ambas as espécies, que podem viver
sem a ajuda da outra;
• Comensalismo:
◦ Benefício (alimentar) para uma espécie apenas;
• Forésia:
◦ Benefício apenas para a espécie transportada;
• Inquilinismo:
◦ Apenas uma espécie recebe benefício; a outra é
indiferente;
• Epifitismo:
◦ Apresenta apenas uma espécie que é beneficiada
pela relação;
▪ Simbiose:
• O termo simbiose refere-se a associações entre seres
vivos de espécies diferentes e que envolvem grande
intimidade e dependência de pelo menos um dos
participantes da relação;
• Inclui:
◦ Mutualismo;
◦ Parasistismo;
◦ Comensalismo;
◦ Inquilinismo;
Sucessão ecológica
• Conceito de sucessão:
◦ É o conjunto de etapas do desenvolvimento de uma
comunidade em um determinado ambiente;
◦ O processo de sucessão ecológica tende a gerar uma
comunidade clímax;
• Comunidade clímax:
◦ Os biomas apresentam comunidade na fase de clímax, que
tem as seguintes características:
▪ Máxima biodiversidade;
▪ Máxima biomassa;
▪ Grande variedade de nichos ecológicos;
▪ Teias alimentares complexas;
▪ Grande reciclagem da matéria;
◦ Se as condições ambientais forem mantidas, a comunidade
permanece estável;
◦ Numa comunidade clímax, toda a matéria orgânica e todo o
gás oxigênio gerados na fotossíntese são consumidos na
respiração de toda a comunidade;
◦ Produtividade líquida (PL) é o saldo resultante entre a
produtividade bruta (PB) e a respiração da comunidade ®;
◦ A comunidade em clímax tem PL igual a zero:
▪ PL = PB - R;
▪ PB = R → PL = 0;
• Sucessão primária:
◦ Sucessão primária é o desenvolvimento de uma comunidade
em um local onde praticamente não havia seres vivos, como
a superfície de rochas nuas e dunas de areia;
◦ A sucessão primária tem três fases:
▪ Ecese:
• É a fase inicial, na qual o ambiente é colonizado pelas
espécies pioneiras;
• Ocorre aumento de biomassa, ou seja, a fotossíntese
supera a respiração (a produção de matéria orgânica é
maior do que seu consumo):
◦ PL = PB - R;
◦ PB > R → PL > 0;
◦ PB/R > 1;
▪ Sere:
• Nessa fase, a comunidade tem aumento de biomassa e
de biodiversidade;
• É uma fase de transição;
• Também ocorre aumento de biomassa:
◦ PL = PB - R;
◦ PB > R → PL > 0;
◦ PB/R > 1;
▪ Clímax:
• Na fase de clímax, a biodiversidade e a biomassa
tornam-se máximas;
• A comunidade tem grande estabilidade e não se altera,
caso as condições ambientais não sofram muitas
mudanças;
• A comunidade clímax apresenta produtividade líquida
igual a zero, pois tudo o que produz na fotossíntese
(produtividade bruta) consome na respiração;
• Assim, a comunidade clímax não tem aumento nem
diminuição da biomassa total:
◦ PL = PB - R;
◦ PB = R → PL = 0;
◦ PB/R = 1;
• Um campo cultivado não constitui uma comunidade
clímax; sua produtividade bruta é maior do que a
respiração, tendo uma produtividade líquida muito
elevada:
◦ PB >>> R → PL >>> 0;
◦ PB/R >>> 1;
• Sucessão secundária:
◦ Sucessão secundária ocorre quando a comunidade de um
ambiente é substituída por outro tipo de comunidade;
◦ São exemplos:
▪ Uma lagoa que sofre assoreamento e em seu lugar ocorre
o desenvolvimento de uma floresta;
▪ Um campo cultivado é abandonado e sofre uma rápida
substituição por uma mata bem diversificada;
▪ Uma clareira é aberta no meio de uma floresta; as espécies
pioneiras normalmente são gramíneas, dotadas de
sementes leves que são transportadas pelo vento; também
ocorre o desenvolvimento de samambaias, cujos esporos
disseminam-se facilmente pelo vento; com o tempo,
surgem arbustos e depois árvores, havendo a restituição
de uma vegetação similar à que havia antes do surgimento
da clareira;
• O ser humano altera as condições do ambiente e pode
desencadear sucessão ecológica, como quando provoca
desmatamento, incêndios, assoreamento, erosão, poluição etc.;
Capítulo 6 – O homem e o ambiente
Bactérias
• Ambiente e estrutura:
◦ Bactérias são encontradas em vários ambientes: água
salgada, água doce, solo, interior de hospedeiros e no ar;
◦ Bactérias geralmente são unicelulares;
◦ Algumas formam colônias;
◦ Podem ter as formas cocos, bacilo, espirilo e vibrião;
◦ Uma célula bacteriana típica tem parede celular com
peptidogliano; micoplasmas são bactérias sem parede
celular;
◦ A membrana plasmática tem invaginações, denominadas
mesossomos;
◦ Bactérias não têm carioteca, são procariontes;
◦ O DNA é circular e não está associado a histonas;
◦ Possuem plasmídeos, que são moléculas extras de DNA
presentes no citoplasma;
◦ A célula bacteriana também tem ribossomos dispersos no
citosol;
◦ Muitas bactérias têm flagelo, com estrutura diferente dos
flagelos de eucariontes;
◦ Bactérias podem ter fímbrias; algumas fímbrias participam da
conjugação, um processo de reprodução sexuada;
• Nutrição:
◦ Há duas principais formas de nutrição bacteriana:
▪ Heterotrófica:
• As bactérias heterótrofas liberam enzimas digestivas no
ambiente, realizando digestão extracorpórea;
• Entre as heterótrofas, encontram-se parasitas e
decompositores;
• Bactérias heterótrofas participam de vários tipos de
relações interespecíficas, como comensalismo,
mutualismo e amensalismo;
▪ Autotrófica:
• Podem ser de dois tipos:
◦ Bactérias quimiossintetizantes;
◦ Bactérias fotossintetizantes:
▪ Como:
• Cianobactérias:
◦ Têm clorofila a mas não apresentam
cloroplastos;
• Sulfobactérias:
◦ Têm bacterioclorofila e não empregam água
como reagente, utilizando ácido sulfídrico
(H2S);
• Liberação de energia:
◦ Bactérias liberam energia através de respiração ou
fermentação;
◦ A respiração celular é realizada nos mesossomos do citosol
(a cadeia respiratória);
◦ A respiração celular bacteriana pode ser aeróbia ou
anaeróbia;
◦ Na respiração celular anaeróbia, nitrato ou enxofre podem
ser utilizados como aceptor final de hidrogênios e elétrons;
◦ C6H12O6 + 6S2 → 6CO2 + 6H2S + energia;
◦ A fermentação não emprega gás oxigênio, ocorre apenas no
citosol e gera um resíduo orgânico, como etanol, ácido
láctico, metano, ácido acético, entre outros;
◦ A equação da fermentação alcoólica é assim indicada:
▪ C6H12O6 → 2CO2 + 2C2H5OH + energia;
◦ A energia liberada na respiração e na fermentação é
armazenada temporariamente na forma de ATP e uma parte
é perdida na forma de calor;
◦ A fermentação libera menos energia do que a respiração;
• Reprodução:
◦ Bactérias geralmente reproduzem-se por um processo
assexuado, conhecido como bipartição, divisão binária ou
cissiparidade; no qual são produzidas duas bactérias
geneticamente idênticas entre si e à bactéria genitora;
◦ Nesse processo de reprodução, só haveria variabilidade
genética se ocorressem mutações;
◦ Em algumas bactérias, como os clostrídios (podem causar
tétano ou botulismo) são formados esporos, permitindo a
sobrevivência em condições ambientais adversas;
• Importância das bactérias:
◦ Importância industrial:
▪ Bactérias são utilizadas para a produção de antibióticos e
na fermentação (produção de álcool etílico, metano, ácido
láctico e ácido acético);
▪ O ácido láctico bacteriano é muito útil na transformação do
leite em queijo, iogurte ou coalhada;
▪ Técnicas de engenharia genética empregam bactérias
para vários usos, como na produção de peptídeos
(proteínas) úteis, como insulina e hormônio de
crescimento;
◦ Importância ecológica:
▪ Há bactérias que realizam decomposição;
▪ Muitas bactérias atuam como produtores; um exemplo é o
de cianobactérias, presentes no fitoplâncton ou
componentes de líquens;
▪ Muitas bactérias têm participação no ciclo do nitrogênio
(fixação biológica, nitrificação e desnitrificação);
◦ Doenças:
▪ Bactérias podem causar múltiplas doenças em seres
humanos;
▪ Micoplasmas (não possuem parede celular), clamídias,
rickéttsias são bactérias que se comportam como
parasitas intracelulares;
▪ As doenças bacterianas podem ser transmitidas por:
• Gotículas eliminadas;
• Águas ou alimentos contaminados por fezes;
• Contato sexual (DSTs);
• Picada de animais;
• Ferimentos;
Arqueas
• São organismos unicelulares e procariontes;
• Atualmente, constituem o Domínio Archaea;
• Diferem das bactérias principalmente pelo fato de sua parede
não ser constituída por peptidoglicano;
• Apesar de procariontes, as arqueas têm maior semelhança
genética com os organismos do Domínio Eukarya (os
eucariontes) do que com as bactérias (Domínio Bacteria);
• As arqueas são classificadas em três grandes grupos:
◦ Halófilas, Metanogênicas e Termoacidófilas;
Capítulo 8 – Vírus
• Angiospermas possuem:
◦ Raiz;
◦ Caule;
◦ Folhas;
◦ Flores;
◦ Frutos;
◦ Sementes;
• A flor dá origem a frutos e sementes;
• Gimnospermas não possuem flor nem fruto;
• As angiospermas são também denominadas antófitas ou
magnólias;
• Uma flor típica tem 4 verticilos:
◦ Cálice:
▪ É formado por sépalas;
◦ Corola:
▪ É constituída por pétalas;
◦ Androceu:
▪ Possui estames:
• Um estame tem filete e antera, a qual produz grãos de
pólen;
◦ Gineceu:
▪ Formado por pistilos (carpelos):
• Um pistilo tem estigma, estilete e ovário, dentro do qual
encontra-se o óvulo;
• O transporte de pólen é conhecido por polinização;
• A fecundação é do tipo sifonogâmica e envolve o crescimento
do tubo polínico;
• Semente é o óvulo fecundado e desenvolvido;
• As flores podem ser monóclimas, com pistilos e estames na
mesma flor, ou díclinas, que têm pistilo ou estames;
• As angiospermas formam esporos por meiose;
• Os microsporângios são os sacos polínicos localizados dentro
da antera e produzem micrósporos;
• O óvulo imaturo é o megasporângio, que forma o megásporo;
• O micrósporo sofre mitose e origina o grão de pólen (gametófito
masculino jovem);
• O megásporo sofre mitose e gera o gametófito feminino, ou
saco embrionário, dotado de uma oosfera e dois núcleos
polares;
• O óvulo maduro tem dois tegumentos (2n) e um saco
embrionário;
• O grão de pólen desenvolve-se, formando o tubo polínico;
possui um núcleo vegetativo e dois núcleos gaméticos, ou
espermáticos;
• Não há anterozoides, os núcleos gaméticos correspondem aos
gametas masculinos;
• Angiospermas têm dupla fecundação:
◦ Um núcleo gamético une-se à oosfera, formando o zigoto,
que se desenvolve no embrião;
◦ Outro núcleo gamético une-se aos dois núcleos polares;
forma-se uma célula triploide, que origina o endosperma (3n);
• A semente de uma angiosperma tem endosperma (3n), também
chamado de albume, dois tegumentos (2n) e um embrião (2n);
• Cotilédone é uma folha que pode disponibilizar nutrientes ao
embrião;
• Monocotiledôneas têm um cotilédone; dicotiledôneas, dois;
• Atualmente, as angiospermas são classificadas em três grupos:
◦ Monocotiledôneas;
◦ Dicotiledôneas basais;
◦ Eudicotiledôneas;
• Tradicionalmente, as angiospermas são divididas em duas
grandes classes:
◦ Monocotiledôneas;
◦ Dicotiledôneas;
• Monocotiledôneas includem: bananeira, orquídea, lírio, palmeira
e a família das gramíneas (cana-de-açúcar e cereais);
tipicamente têm raiz fasciulada, caule dotado de vasos com
disposição difusa, folhas paralelinérvias e flores trímeras;
• Dicotiledôneas incluem: eucalipto, goiabeira, laranjeira e a
família das leguminosas (como feijão, soja e ervilha);
apresentam raiz axial (ou pivotante), caule dotado de vasos com
disposição regular, folhas reticulinérvias e flores pentâmeras ou
tetrâmertas;
• Polinização é o transporte de pólen da antera até o estigma;
pode ser feita com ajuda do ser humano (polinização artificial)
ou pode ocorrer sem sua participação (polinização natural);
• Há polinização cruzada e autopolinização (esta propicia menor
variabilidade genética);
• A polinização cruzada por ser feita, por exemplo, por: vento
(anemofilia); insetos (entomofilia); aves (ornitofilia); morcegos
(quiropterofilia);
• Na polinização feita pelo vento,o pólen é seco e abundante; o
estigma tem grande superfície e as flores não têm odor, néctar
nem cor vistosa;
• Na polinização efetuada por animais, o pólen é aderente e
produzido em menor quantidade; há elementos de atração
(cor/odor) e a flor normalmente possui algum alimento utilizado
pelo visitante (néctar/pólen comestível);
• Flores polinizadas à noite geralmente têm cor clara e odor
intenso;
• O fruto é o ovário desenvolvido; também é denominado
pericarpo, sendo dividido em epicarpo, mesocarpo e endocarpo;
• No pêssego, o endocarpo corresponde ao caroço, em cujo
interiror encontram-se sementes;
• Os frutos podem ser secos ou carnosos;
• As principais funções do fruto são a proteção e a dispersão da
semente;
• A dispersão das sementes, com a participação dos frutos, pode
ser efetuada pelo vento, pela água ou pelos animais; ela diminui
a competição intraespecífica, elevando a chance de
sobrevivência dos descendentes;
• Inflorescência é um conjunto de flores agrupadas e
infrutescência é o conjunto de frutos agrupados; uma
infrutescência é proveniente de uma inflorescência;
• Fruto partenocárpico não possui sementes; seu
desenvolvimento ocorre sem que tenha havido fecundação de
óvulos;
• Pseudofrutos são provenientes do desenvolvimento do
pedúnculo floral ou do receptáculo floral;
Capítulo 14 – Morfologia externa das plantas
• Nutrição:
◦ Uma planta apresenta dois tipos de nutrição: orgânica e
inorgânica;
◦ A nutrição orgânica é realizada pelas folhas, que são as
principais responsáveis pela realização da fotossíntese;
◦ O caule proporciona sustentação e ligação entre folhas e
raízes, permitindo que elas troquem materiais através dos
vasos condutores;
◦ A nutrição inorgânica, ou mineral, consiste nos processos
através dos quais o vegetal obtém água e nutrientes minerais
do substrato onde se encontra, através das raízes, que
também fixam o vegetal ao solo;
◦ Nutrição orgânica:
▪ Está associada à fotossíntese, processo que produz
matéria orgânica a partir de substâncias inorgânicas;
▪ A fotossíntese utiliza CO2 (fornecido pela respiração e pelo
ambiente, absorvido através de estômatos), água
proveniente do solo e luz (como fonte de energia para a
reação);
▪ Como produtos, há o O2 e carboidratos como a sacarose
(glicose + frutose), sendo que a maior parte do carbono
fixado é convertido nesse dissacarídeo, principal forma de
transporte dos açúcares;
▪ Pode haver também a formação de amido
(polissacarídeo), forma de reserva alimentar da planta;
▪ O processo de fotossíntese pode ser representado com a
equação:
• CO2 + H2O + luz → CARBOIDRATO + O2 + H2O;
◦ A fotossíntese acontece no interior dos cloroplastos em
células do parênquima clorofiliano e, assim, envolve tecidos
da planta que os possui, como folhas e caules jovens;
◦ Na folha, existem dois tipos de tecidos clorofilianos situados
entre as duas epidermes (mesófilo):
▪ Parênquima clorofiliano paliçádico:
• Com células alongadas, justapostas e perpendiculares
em relação à epiderme da face superior;
▪ Parênquima clorofiliano lacunoso:
• Que possui células com aspecto mais irregular e com
grandes espaços entre elas;
◦ As folhas apresentam outras estruturas que fazem parte dos
processos de nutrição:
▪ Nervuras:
• Ramificam-se e entram em contato com as células
parenquimáticas;
• São constituídas por feixes de vasos condutores com a
função de distribuir nutrientes pelo corpo do vegetal:
◦ Xilema:
▪ Transporta água e nutrientes minerais, absorvidos
princiapalmente pelas raízes;
◦ Floema:
▪ Transporta água, açúcar e outras substâncias
orgânicas, como aminoácidos e vitaminas;
▪ O floema transporta esses materiais a outras
partes da plante;
▪ Epiderme:
• Presente na face superior e inferior da folha;
• É constituída por uma camada de células aclorofiladas,
que secretam a cutícula;
▪ Cutícula:
• Película impermeável, constituída por cera ou por cutina,
que recobre a olha protegendo-a contra a dessecação;
▪ Estômatos:
• Suas células centrais possuem cloroplastos e são
denominadas células-guarda, ou células estomáticas;
elas podem se afastar, determinando a abertura do
estômato e formando a fenda chamada ostíolo;
• São estruturas que atuam como válvulas, para controle
das trocas gasosas efetuadas entre folha e o ambiente,
como a perda de vapor de água (durante o processo de
transpiração) e o fluxo de gases O2 e CO2 (durante a
fotossíntese e a respiração);
◦ Nutrição mineral:
▪ Ocorre com a obtenção de materiais inorgânicos através
dos pelos absorventes da raiz, podendo acontecer
também através de pelos das folhas, estômatos e ainda
com a participação simbiôntica de fungos nas raízes
(formando micorrizas) e através da digestão de presas (o
que acontece com as plantas carnívoras);
▪ Os nutrientes minerais utilizados pelas plantas são
divididos em dois tipos:
• Macronutrientes:
◦ Utilizados pela planta em grandes quantidades;
◦ Os principais são: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio,
magnésio e enxofre;
• Micronutrientes:
◦ Utilizados pela planta em menores quantidades, não
deixando de ser importantes por isso;
◦ Como exemplos podem ser citados: boro, cobalto,
cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco;
▪ Podemos destacar alguns papéis que os nutrientes
minerais desempenham nas plantas:
Macronutrientes Micronutrientes
Importante para o
Formação de
crescimento dos
aminoácidos,
Nitrogênio (N) Boro (B) meristemas e
proteínas e bases
transporte de
nitrogenadas
carboidratos
Fósforo (P) Integra ATP, ADP, Cobalto (Co)
Atua na fotossíntese
DNA, RNA
Importante em
fenômenos Atua em processos
Potássio (K) Cobre (Cu)
osmóticos da enzimáticos
célula vegetal
Integrante da Faz parte de
Cálcio (Ca) lamela média das Ferro (Fe) moléculas de
paredes celulares citocromos
Componente da Essencial para a
Magnésio (Mg) clorofila e da Manganês (Mn) produção de
lamela média cloroplastos
Integrante de
alguns Importante no
aminoácidos metabolismo do P e
Enxofre (S) Molibdênio (Mo)
(fundamental para N e produção de
a produção de aminoácidos
proteínas)
Importante na
produção de
hormônios de
Zinco (Zn)
crescimento e em
reações enzimáticas
bioenergéticas
• Revestimentos:
◦ Os tecidos de revestimento na planta têm como funções:
▪ Recobri-la;
▪ Protegê-la da desidratação e de animais;
▪ Realizar trocas gasosas com o meio circundantes,
garantindo à planta condições necessárias à respiração, à
transpiração e à fotossíntese;
◦ Outras funções também podem ser atribuídas à epiderme,
como:
▪ O controle térmico da planta;
▪ A secreção de substâncias;
▪ A absorção de água pelas raízes;
▪ O acúmulo de pigmentos, diferenciando pétalas de muitas
flores, caules e mesmo folhas;
◦ Uma planta pode apresentar dois tipos de tecido de
revestimento:
▪ Epiderme:
• Tecido fino, constituído por células vivas;
• Recobre folhas, flores, frutos, sementes, caules e raízes
jovens;
• Possui como características:
◦ Células normalmente aclorofiladas e dispostas em um
única camada (pode apresentar mais de uma camada
de células: pluriestratificada);
◦ Células achatadas e com paredes laterais onduladas,
que proporcionam maior aderência entre elas;
◦ Cutícula impermeável (de cutina), ou cera, que
recobre partes do vegetal sujeitas à desidratação,
como caules e folhas;
◦ A cutícula diminui a perda de água na forma de
vapor, inibindo as trocas gasosas através da
epiderme;
• Estruturas anexas à epiderme:
◦ Pelos:
▪ Há diversos tipos, como os pelos absorventes das
raízes e os pelos urticantes da folha de urtiga;
◦ Tricomas:
▪ Pelos mais simples, que podem contribuir para a
retenção do vapor d’água na superfície do vegetal,
como em folhas de violetas;
◦ Acúleos:
▪ Estruturas pontiagudas, constituídas por acúmulos
de células epidérmicas, recobertas por grande
quantidade de cutina;
▪ Têm função protetora contra animais;
▪ Diferentes dos espinhos, que correspondem a
modificações nas folhas – como no cacto – ou de
ramos – como no limoeiro);
◦ Estômatos:
▪ Células epidérmicas modificadas que atuam nas
trocas gasosas entre a planta e o meio externo;
▪ São essenciais para a nutrição da planta, já que
estão diretamente relacionados ao processo de
fotossíntese e a outros processos de absorção
envolvidos;
▪ Súber:
• É o revestimento de caules e raízes que apresentam
crescimento em circunferência;
• Tem as seguintes características:
◦ É um tecido formado por células mortas e com maior
espessura que a epiderme;
◦ A parede celular das células da epiderme recebe
suberina durante a diferenciação do tecido, o que as
impermeabiliza;
◦ Seu interior, ocupado de ar, permite ao súber
desempenhar papel com isolante térmico da planta;
◦ É formado pela atividade de um meristema
secundário chamado felogênio:
▪ O felogênio produz súber para o lado de fora do
caule (ou da raiz) e feloderme para o lado de
dentro;
▪ Súber, felogênio e feloderme constituem a
periderme;
◦ A superfície do súber pode apresentar lenticelas,
fendas no tecido através das quais ocorrem trocas
gasosas com o ar;
◦ Nas raízes respiratórias de plantas de manguezais,
há um tipo de lenticelas denominadas pneumatódios;
• Trocas gasosas:
◦ As trocas gasosas incluem a perda de vapor d’água e a
entrada e as saída de gás carbônico e oxigênio da planta;
◦ As trocas gasoas efeutadas com o ar podem ocorrer também
através da epiderme, mas são realizadas em grande parte
através dos estômatos;
◦ Estômatos:
▪ A folha pode ter estômatos na epiderme inferior (folha
hipostomática), na epiderme superior (folha epistomática)
ou nas duas faces (folha anfistomática);
▪ Estrutura:
• Constituídos por duas células chamadas células-guarda
(estomáticas), que são dotadas de cloroplastos e de
parece celular com pontos reforçados com filamentos de
celulose;
• Ostíolo:
◦ Fenda formada com a abertura dos estômatos.
Através da qual se processam as trocas gasosas;
• Células anexas (ou subsidiárias):
◦ Estão localizadas ao lado das células estomáticas;
◦ São aclorofiladas;
◦ Contribuem com o mecanismo de abertura e
fechamento dos estômatos, trocando íons potássio e
água com as células estomáticas;
▪ Funcionamento:
• O mecanismo de funcionamento está ligado às
variações no teor de água (turgescência) e ao teor de
íons, através de dois mecanismos:
◦ Mecanismo hidroativo:
▪ A abertura e o fechamento dos estômatos são
regulados pelo teor de água na célula;
▪ Quando as células estomáticas ganham águas das
células anexas, seu volume aumenta e elas
tornam-se túrgidas;
▪ Com isso, a célula abre a fenda estomática
(ostíolo);
▪ Com pouca água, as células estomáticas têm
pequeno volume e suas paredes vizinhas
aproximam-se, determinando seu fechamento;
▪ Com redução no abastecimento de água pelas
raízes, há o fechamento estomático, evitando
perda de vapor pelas folhas (adaptação à
dessecação);
◦ Mecanismo fotoativo:
▪ A abertura e o fechamento dos estômatos,
condiciomados pela presença ou pela ausência de
luz;
▪ A presença de luz determina o transporte ativo de
íons potássio das células subsidiárias para as
células estomáticas;
▪ Com a elevação da concentração da célula
estomática, ocorre entrada de água por osmose,
assim, as células estomáticas ficam túrgidas e
ocorre a abertura do estômato;
▪ No escuro, não se dá o transporte ativo de
potássio e ocorre o fechamento dos estômatos;
◦ Outros fatores que estão ligados à abertura e
fechamento dos estômatos são:
▪ Concentração de gás carbônico:
• O aumento da concentração de gás carbônico
no ar favorece a realização de fotossíntese,
ativando a abertura dos estômatos;
• Concentrações muito elevadas de CO2 podem
se tornar tóxicas para a planta, e isso
desencadeia o fechamento dos estômatos;
▪ Temperatura:
• Temperaturas elevadas promovem aumento da
atividade metabólica das células da planta,
elevando o processo de transporte ativo de íons
para as células estomáticas e provocando sua
abertura;
• Temperaturas muito altas têm repercussão
sobre a atividade enzimática, que decai;
• Isso afeta o transporte ativo de potássio para o
interior das células estomáticas, o que
determina o fechamento dos estômatos;
◦ Transpiração:
▪ É a perda de vapor d’água proveniente da evaporação
para o ar (por difusão), que ocorre através da cutícula
(transpiração cuticular) e dos estômatos (transpiração
estomática);
▪ Para haver transpiração, o ar atmosférico deve estar mais
seco que o ar do interior da folha;
▪ A transpiração pode representar uma grande perda de
água pela planta, mas pode ser vantajosa pelo fato de
contribuir para a sua regulação térmica;
▪ Ela também colabora para a movimentação de seiva bruta
no interior do xilema;
▪ Muitos experimentos podem ser realizados para
comprovar e observar a transpiração da planta:
• Envolver folhas de um planta com saco plástico
transparente, que ficará com a face interna recoberta
por gotículas de água, resultantes da transpiração;
• Revestir o vaso da planta com um material
impermeável que impeça a perda de vapor pela
parede do vaso e pela terra, assim, se houver perda de
vapor, ocorrerá apenas pela planta através de
respiração; ao pesá-lo em uma balança de sensibilidade
elevada, o conjunto constituído pelo vaso e pela planta
terá redução da massa;
• Medir a água consumida pela planta em um
potômetro: o tubo graduado demonstrará diminuição
do volume à medida que a planta transpira, pois está
havendo absorção pelas raízes;
• Construir uma curva de fechamento estomático,
através da pesagem de uma folha de planta cortada, em
intervalos regulares de tempo; como resultado, a folha
exibe uma variação de massa acentuada após os
primeiros intervalos (perda de água através da
transpiração intensa no início, quando os estômatos
estão abertos) e, posteriormente, a variação da massa
passa a ser constante (a folha passa a ter transpiração
somente cuticular);
Capítulo 18 – Transporte e sustentação em plantas
• Movimentos vegetais:
◦ Plantas apresentam três tipos fundamentais de movimentos
realizados ao longo de seu desenvolvimento;
◦ Esses movimentos podem ser desencadeados por estímulos
ambientais e permitem que o organismo se adapte de acordo
com determina situação;
◦ Dentre os movimentos vegetais, podem ser citados:
▪ Tactismo:
• Corresponde ao deslocamento do organismo (ou de
alguma estrutura) em meio líquido;
• Pode ser realizado segundo estímulos diferentes, como
o quimiotactismo, que depende de substâncias
químicas para ocorrer (caso do anterozoide que nada
em direção à oosfera), e o fototactismo, quando o
estímulo é a luz (caso de algas unicelulares que nadam
em direção à luz);
▪ Tropismo:
• É um movimento irreversível que depende da origem do
estímulo e que envolve o crescimento de uma estrutura;
• Há quatro tipos principais de tropismos, classificados
em função do estímulo que desencadeia sua ocorrência:
◦ Quimiotropismo:
▪ Desencadeado por estímulo químico;
▪ Exemplos:
• Raízes, que crescem em busca de água ou de
nutrientes minerais no solo;
• Tubo polínico, que cresce até o óvulo;
◦ Tigmotropismo:
▪ Determinados por estímulos mecânicos;
▪ Exemplos:
• Trepadeira, estimulada pelo contato com um
suporte no qual enrola seu caule;
• Gavinhas, que enrolam-se em um suporte,
permitindo a sustentação da planta;
◦ Gravitropismo:
▪ Também conhecido como geotropismo;
▪ Relaciona-se com o estímulo da gravidade sobre
as plantas;
▪ É determinado pela distribuição de auxina,
transportada do ápice do caule em direção ao
ápice da raiz;
▪ Pode ser observado quando uma planta é
colocada para se desenvolver deitada;
▪ Pode ocorrer de duas formas:
• Geotropismo positivo:
◦ Observado nas raízes, que crescem no
mesmo sentido da gravidade;
◦ A concentração elevada de auxina inibe o
crescimento, e a raiz cresce para baixo;
• Geotropismo negativo:
◦ Observado no caule, que tem crescimento em
sentido contrário ao da gravidade;
◦ A concentração elevada de auxina estimula o
crescimento e o caule cresce para cima;
◦ Fototropismo:
▪ Ocorre com o estímulo luminoso;
▪ É determinado pelo fluxo de auxina no caule e na
raiz;
▪ O hormônio se desloca no sentido contrário à
presença de luz;
▪ Pode ocorrer de de duas formas:
• Fototropismo positivo:
◦ Observado no caule, que cresce em direção à
luz, sendo que a curvatura formada é
determinada pelo maior crescimento da parte
não iluminada (onde a auxina se acumula);
• Fototropismo negativo:
◦ Observado na raiz, que cresce na direção
oposta à luz, sendo que a curvatura formada
é determinada pelo maior crescimento da
parte iluminada;
◦ Há ainda o heliotropismo, que tem como exemplo o
girassol:
▪ Essa planta movimenta sua inflorescência
acompanhando a movimentação do Sol;
▪ Nastismo:
• Também chamado de nastia, é um movimento reversível
que não envolve deslocamento e que não depende da
origem do estímulo;
• Podem ser descritas várias situações em que ocorre
esse tipo de movimento, como:
◦ Fotonastismo:
▪ Ocorre no processo de abertura e fechamento dos
estômatos, que envolve a disponibilidade de água
no solo e a presença de claridade
(independentemente do local de fonte);
▪ Acontece também durante a movimentação das
pétalas da flor onze-horas, que abre suas flores
nas horas mais iluminadas do dia e as fecha
quando a luz se torna mais fraca;
◦ Nicnastismo:
▪ Tipo de movimento que envolve ciclos de repetição
diários;
▪ Acontece durante a movimentação das folhas de
leguminosas, como o feijão;
▪ Elas ficam levantadas durante o dia e abaixadas
durante a noite, em decorrência do teor de água
presente nos pulvinos (estruturas com teor variável
de água, localizadas abaixo das folhas);
▪ Quando as células da parte inferior desse estrutura
ganham água pela entrada de íons K+ (ficam
túrgidas) e, provocam a elevação das folhas; ao
perder água, desencadeiam o abaixamento delas;
◦ Seismonastismo:
▪ Movimento que ocorre longe do ponto de origem
do estímulo;
▪ Como exemplo, pode ser citada a planta conhecida
como dormideira, ou sensitiva;
▪ Ela é dotada de folhas constituídas por vários
folíolos, com pulvinos na base da folha e na base
de cada um de seus folíolos;
▪ Variações na turgescência dessas estruturas
permitem sua elevação ou seu abaixamento, sendo
que um grande abalo em um ramo da planta pode
provocar o fechamento de vários folíolos;
◦ Tigmonastismo:
▪ Movimento estimulado pelo contato com um
animal, que possibilita a sua captura;
▪ Pode ser observado em plantas carnívoras como a
Dionaea sp., que tem folhas com capacidade de
abertura e de fechamento;
• Fotoperiodismo:
◦ Os seres vivos podem apresentar modificações diante das
mudanças das estações;
◦ O fotoperiodismo representa a resposta fisiológica dos
organismos a determinados fotoperíodos;
◦ Para as plantas, um dos estímulos mais importantes nas
mudanças das estações é a variação do fotoperíodo
(quantidade de horas diárias de iluminação):
▪ Outono e inverno têm fotoperíodos curtos – dias curtos e
noites longas;
▪ Primavera e verão têm fotoperíodos longos – dias longos e
noites curtas;
◦ Em muitas plantas, a floração (processo que converte gemas
em flores) é estimulada por fotoperíodos específicos, sendo
observados tipos de plantas diferentes em cada caso:
▪ Plantas de dia longo (PDL):
• São estimuladas a florescer na primavera ou no verão,
quando os dias são mais longos;
• Exemplos:
◦ Espinafre e cravo;
▪ Plantas de dia curto (PDC):
• São estimuladas a florescer no outono ou no inverni,
estações com dias mais curtos;
• Exemplos:
◦ Morango e café;
▪ Plantas indiferentes:
• Produzem flores em qualquer época do ano,
independentemente do fotoperíodo;
• Exemplos:
◦ Tomateiro, milho e arroz;
◦ Determinação do tipo de planta em relação à floração:
▪ Para determinar o tipo de planta em relação à floração
(PDC ou PDL) é realizado o seguinte experimento:
• 24 plantas de uma mesma espécie são expostas a
fotoperíodos diferentes (cada uma ficará exposta à
luminosidade por um número de horas distinto, de 1 a
24); fotoperíodos mais prolongados podem ser obtidos
com iluminação artificial em condições experimentais;
• Um grupo irá florescer, e o outro não;
• O valor do fotoperíodo crítico corresponde ao valor
inicial (em horas de iluminação) a partir do qual estão
presentes as plantas que floresceram; seu valor só pode
ser obtido experimentalmente; isoladamente, não
permite identificar o tipo de planta;
• A floração nas plantas do experimento acontecerá em
situações distintas, permitindo a determinação do tipo
de planta:
◦ Floração ocorre no fotoperíodo crítico ou em
fotoperíodos menores = PDC;
◦ Floração ocorre no fotoperíodo crítico e em
fotoperíodos de maior duração = PDL;
◦ Atuação de fitocromos na floração:
▪ Fitocromos:
• São pigmentos azulados (de natureza proteica)
presentes em pequenas quantidades nas plantas;
• É estimulado pela presença de luz vermelha, presente
durante o dia;
Quantidade de fitocromo
Tipo de
Estação ativo (atuante durante o Floração
planta
dia)
• Biomas:
◦ É possível observar que determinadas comunidades de
espécies podem ocorrem em ambientes físicos particulares
ou regiões geográficas típicas;
◦ Esses ambientes particulares correspondem a biomas, os
quais apresentam uma fitofisionomia característica;
◦ Biomas são ecossitemas típicos de determinados padrões
climáticos que apresentam fauna e flora semelhantes (o que
não garante que as espécies sejam as mesmas);
◦ Um bioma possui uma comunidade biológica que atingiu o
estágio de clímax:
▪ A comunidade apresenta a máxima biodiversidade;
▪ Maior biomassa possível;
▪ A produtividade líquida tende a zero;
◦ Biomas estão em um equilíbrio dinâmico;
◦ Biomas são ambientes semelhantes que podem estar
presentes em regiões distantes do planeta que apresentem
clima similar;
• Classificação dos biomas e fatores abióticos:
◦ Os biomas apresentam fatores abióticos que interagem com
a comunidade do local e atuam com agentes de seleção
natural;
◦ Entre eles, destacam-se:
▪ Água;
▪ temperatura;
▪ Luz (insolação);
▪ Gás carbônico;
▪ Gás oxigênio;
▪ Nutrientes minerais;
▪ Características do solo;
◦ Os fatores abióticos locais são forte determinantes da
fitofisionomia dos biomas, os fatores climáticos regionais
interferem nas características da vegetação, selecionando
diferentes tipos de vegetação no planeta;
• Padrões gerais na Terra:
◦ Dois fatores são essenciais para a determinação do perfil de
uma comunidade vegetacional: a insolação e a temperatura,
definidas pela combinação entre a latitude e altitude;
◦ Em baixas latitudes, há alta insolação e elevada temperatura;
◦ Em latitudes mais elevadas, há um descréscimo da insolação
e da temperatura;
◦ Locais de elevada altitude apresentam declínio de
temperatura;
◦ Outro fator fundamental na determinação da composição da
vegetação de uma região é a disponibilidade de água, pois,
de um modo geral, o aumento da umidade no ambiente
permite o desenvolvimento de vegetação mais exuberante;
◦ Em baixas latitudes e com elevação (gradual) na
disponibilidade de água, estão presentes os biomas:
▪ Deserto;
▪ Pradaria;
▪ Savana;
▪ Floresta pluvial;
◦ Em latitudes médias com elevação gradual da umidade,
estão presentes os biomas:
▪ Deserto;
▪ Pradaria;
▪ Floresta pluvial;
◦ Com a a elevação da altitude e diminuição das temperaturas,
nota-se um gradiente de vegetações:
▪ Floresta caducifólia;
▪ Taiga;
▪ Tundra;
▪ Pico com neve e gelo;
• Descrição dos biomas mundiais:
◦ Considerando a combinação dos inúmeros fatores bióticos e
abióticos, podem ser observados diferentes biomas, sendo
os principais tipos de bioma do planeta:
▪ Tundra:
• Apresenta temperaturas bastante baixas durante quase
todo o ano:
◦ O verão é curto e o inverno é longo;
• O solo é extremamente pobre em nutrientes e altamente
saturado de água (há baixos níveis de evaporação):
◦ Há a presença de permafrost (camada de gelo
impermeável no solo, que tem profundidade de quase
1 metro abaixo da superfície);
• Há o predomínio de vegetação herbácea constituída por
plantas tenras e de porte muito reduzido:
◦ Gramíneas e musgos, e também líquens;
◦ Pode haver vegetação arbustiva, formada por plantas
de pequeno porte, mas não há árvores;
• Bioma presente nas regiões:
◦ Antártica;
◦ Ártica;
◦ Alpina, situando-se entre as florestas boreais (taiga) e
as calotas polares, onde somente se encontra gelo;
▪ Taiga (floresta de coníferas ou floresta boreal):
• Clima tipicamente frio, com invernos rigorosos e longos;
• As taxas de decomposição do solo são muito baixas
(resultado do frio):
◦ Há acúmulo de turfa e ácidos húmicos (muitos
nutrientes no solo se tornam indisponíveis para as
plantas;
• Produtividade bruta é baixa;
• Vegetação é formada por poucas espécies:
◦ Predomínio de gimnospermas coníferas (são
robustas, resistentes e possuem folhas acículas
adaptadas à neve);
◦ É comum a ocorrência de seca fisiológica;
• Bioma encontrado:
◦ Em ampla região da América do Norte;
◦ Europa e Ásia, na região subártica;
▪ Pradarias (pampas, ou estepes):
• Clima com características intermediárias entre o de
florestas temperadas e o de desertos:
◦ Sazonal, com duas estações bastante marcadas, que
apresentam períodos muito quentes e secos e outros
muito frios e chuvosos;
• É comum a ocorrência de incêndios nos períodos secos
(o que impede o estabelecimento de vegetação de
maior porte);
• Solo profundo, rico em nutrientes e fértil;
• Predomínio de vegetação herbácea, com rica
biodiversidade de gramíneas:
◦ Pastagens exercem pressões competitivas,
impedindo o crescimento de vegetação de maior
porte;
◦ Matas de galeria com estrato arbóreo podem ser
encontradas próximas a cursos d’água;
• Estão presentes em quase todos os continentes, com
maior ocorrência na América do Norte;
▪ Floresta caducifólia (ou decídua):
• Clima temperado, com as quatro estações bem
definidas e umidade suficiente para a manutenção de
árvores;
• Solo profundo e rico em nutrientes:
◦ As árvores perdem suas folhas, que, ao acumularem
no chão, constituem importante fonte de matéria
orgânica e umidade;
• Vegetação com predomínio de árvores angiospermas,
mas também há briófitas, pteridófitas e gimnospermas;
• O sub-bosque pode ser desenvolvido durante a
primavera:
◦ A abscisão é uma adaptação à diminuição de
temperatura do inverno que se aproxima:
▪ É desencadeada pelo fotoperíodo curto de outono;
◦ Inversão do fluxo de seiva elaborada da raiz para a
parte aérea na primavera contribui para o
desenvolvimento de folhas e de flores nessa estação;
• Bioma presente:
◦ Na região oeste da Europa;
◦ No leste da América do Norte e da Ásia;
▪ Floresta pluvial (perinifólia latifoliada):
• Clima quente, com alta pluviosidade:
◦ Localizadas em baixas latitudes (variações de
temperatura muito pequenas durante o ano);
• Solo naturalmente pobre e pouco espesso:
◦ É rico em húmus proveniente da vegetação;
◦ As altas temperaturas e a umidade contribuem para a
decomposição da matéria orgânica que forma o
húmus;
• Possuem vários estratos de vegetação, com a presença
inclusive de epífitas e lianas;
• É a vegetação mais biodiversa do planeta e com
arquitetura e morfologia extremamente diversificadas;
• Árvores podem apresentar bases largas (com raízes
tabulares), longos troncos e alcançar muitos metros de
altura;
• Bioma presente nas regiões tropicais do planeta:
◦ África Equatorial;
◦ Regiões da Índia;
◦ Sudeste da Ásia;
◦ Norte da América do Sul;
◦ América Central;
◦ Leste da Indonésia e Noa Guiné;
◦ Norte da Austrália;
◦ Nas ilhas tropicais do Oceano Pacífico;
• Uma das florestas mais exuberantes desse tipo de
bioma é a Floresta Amazônica, que cobre países da
América do Sul, principalmente o Brasil;
▪ Savana:
• Clima levemente variável (localizadas em latitudes
intertropicais) com característica típica dos períodos
chuvosos seguidos de seca intensa, com ocorrência de
incêndios;
• Solo novo, contendo nutrientes ainda não carreados
pela água das chuvas, com lençol freático profundo:
◦ Pode ocorrer lixiviação de nutrientes;
• Vegetação apresenta extensão quase contínua de
gramíneas, com arbustos e árvores bastante esparsos:
◦ Árvores tortuosas, de grande porte e ramos
abundantes;
◦ Plantas com adaptações ao fogo:
▪ Súber mais espesso;
▪ Parte subterrânea bastante desenvolvida;
• Bioma presente:
◦ Na África Central;
◦ Na América do Sul (cerrado brasileiro);
▪ Desertos:
• Clima típico de altas temperaturas durante o dia com
queda acentuada à noite, chuvas reduzidas e
imprevisíveis, e elevada insolação (alta evaporação);
• Solo desértico exposto, seco e com pouca ou nenhuma
matéria orgânica;
• Vegetação tipicamente xermórfica, com poucos e
esparsos arbustos e plantas suculentas:
◦ Plantas possuem:
▪ Cutícula espessa e impermeável;
▪ Poucos estômatos;
▪ Folhas convertidas em espinhos;
▪ Água acumulada no parênquima aquífero;
▪ Distribuição de estômatos em criptas;;
• Bioma típico dos desertos do:
◦ Saara e do Kalahari, na África;
◦ Atacama, no Chile;
◦ sudoeste dos Estados Unidos;
◦ Norte do México;
◦ Do australiano no hemisfério Sul;
• Biomas do Brasil:
◦ O Brasil abrange grande parte da América do Sul, possuindo
terras com grande variação de latitude e grandes variações
climáticas;
◦ A heterogeneidade climática possibilita a presença de
biomas diferentes;
◦ Os principais biomas brasileiros são:
▪ Manguezais:
• Ambientes costeiros que abrangem desde restingas
(formação de vegetação rasteira que cresce na areia e
que divide as praias do restante do continente) até os
manguezais (formações florestais típicas):
◦ Encontram-se nas terras próximas dos estuários
(desembocadura de rios no mar);
• Considerados como ecossistema de transição entre os
ambientes terrestre e marinho;
• Solo mole, rico em matéria orgânica (depositada com os
pulsos diários de inundação), pobre em oxigênio
(consumido por bactérias decompositoras) e
relativamente ácido:
◦ Plantas adaptadas às condições de solo mole e pobre
em oxigênio:
▪ Possuem ramos de escora e raízes respiratórias
(pneumatóforos);
• Raízes de árvores formam complexos emaranhados;
• Temperatura limita o desenvolvimento da vegetação:
◦ Região Norte:
▪ Temperatura alta favorece crescimento – árvores
mais altas;
◦ Região Sul:
▪ Temperatura mais baixa reduz o desenvolvimento
das plantas – árvores com menor porte;
• Bioma presente em todo o litoral brasileiro;
▪ Floresta Amazônica (ou hileia) – floresta pluvial latifoliada:
• Presente em local com clima quente e húmido;
• Possui a maior bacia hidrográfica do mundo – Rio
Amazonas;
• Pulsos de inundação sazonais favorecem alterações
drásticas no ambiente;
• Solo extremamente pobre em nutrientes (lixiviado), mas
com acúmulo de espessa camada de matéria orgânica,
gerada pela própria floresta;
• Vegetação com vários estratos e árvores com porte
elevado:
◦ Formação de microclimas únicos em cada estrato;
◦ Apresenta grande heterogeneidade de ambientes:
▪ Florestas de terra firme:
• Regiões não alagadas;
▪ Florestas de igapó:
• Áreas alagadas de modo permanente;
▪ Florestas de várzea:
• Áreas alagadas periodicamente;
• Bioma contido:
◦ No Brasil, nos estados:
▪ Acre;
▪ Amapá;
▪ Amazonas;
▪ Mato grosso;
▪ Pará;
▪ Rondônia;
▪ Roraima;
▪ Tocantins;
▪ Maranhão (uma porção);
◦ Peru;
◦ Colômbia;
◦ Venezuela;
◦ Equador;
◦ Bolívia;
◦ Guiana Francesa;
▪ Mata Atlântica (floresta pluvial):
• Apresenta diferentes características climáticas – possui
maior diversidade de espécies do que a Floresta
Amazônica;
• Abrange várias bacias hidrográficas brasileiras, dos
rios:
◦ Paraná;
◦ Uruguai;
◦ Paraíba do Sul;
◦ Doce;
◦ Jequitinhonha;
◦ São Francisco;
• Vegetação é o conjunto de formações florestais com
grande estratificação vertical:
◦ Apresenta regiões de transição com mangues, áreas
de cerrado, Mata de Araucária, entre outros biomas
brasileiros;
• Bioma que tinha como área original boa parte do litoral
brasileiro (com faixa de largura variável) e vastas áreas
interioranas:
◦ Do Rio Grande do Sul ao Piauí;
• Hoje restam cerca de 7% da cobertura original desse
bioma no país;
▪ Mata de Araucária:
• Clima mais frio, típico do Sul do país;
• Chuvas durante o ano todo, com temperatura bastante
variável:
◦ Estações bem marcadas anualmente;
• Floresta com menor biodiversidade do que florestas
pluviais:
◦ Composta de várias espécies, com maior abundância
do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia);
• Faz parte do complexo de tipos de florestas da Mata
Atlântica com distribuição original do Rio Grande do Sul
até o sul de Minas Gerais:
◦ Hoje restringe-se em poucas manchas no Sul e no
Sudeste do país;
▪ Cerrado:
• Clima típico intertropical:
◦ Verão chuvoso e inverno bastante seco, com
ocorrência de incêncios frequentes;
• Solo bastante lixiviado, pobre, com pequenas taxas de
matéria orgânica (não decomposta nos períodos de
seca extrema) e ácido (grande quantidade de ferro e
alumínio);
• Modalidade de savana:
◦ Podem ser classificados vários tipos de cerrado de
acordo com a estrutura da vegetação:
▪ Apresenta afloramentos rochosos, predomínio de
gramíneas, vegetação arbustiva esparsa,
pequenas árvores, grandes árvores e matas de
galeria;
◦ Árvores com arquitetura e morfologia externa com
cascas grossas, ramos bastante retorcidos; parte
subterrânea desenvolvida e folhas coriáceas e gemas
recobertas por pelos;
◦ Apresenta regiões de transição com a Mata Atlântica,
Floresta Amazônica, Caatinga e Pantal;
• Bioma que se estende pelos estados de:
• Minas Gerais;
• Goiás;
• Tocantins;
• Bahia;
• Maranhão;
• Mato Grosso;
• Mato Grosso do Sul;
• Piauí;
• Distrito Federal;
▪ Pampas gaúchos (pradaria):
• Clima temperado, chuvas distribuídas regularmente ao
longo do ano e baixas temperaturas (redução dos níveis
de evaporação);
• Condições climáticas não favorecem o crescimento de
árvores;
• Predomínio de vegetação herbácea, com predomínio de
gramínea com arbustos espalhados nas áreas mais
planas:
◦ Áreas de encosta com vegetação mais diversificada;
◦ Locais com matas de galerias próximas a corpos
d’água;
◦ Áreas de baixadas em que são formados alagados;
• Bioma contido na região Sul do país, no Rio Grande do
Sul;
▪ Caatinga:
• Clima semiárido caracterizado por temperaturas
elevadas, verão mais seco e inverno chuvoso:
▪ Pode apresentar períodos secos muito
prolongados;
▪ As chuvas são torrenciais;
• Solos pouco lixiviados, pedregosos e ricos em
nutrientes;
• Pode ser dividida em duas macrorregiões, com clima e
vegetação diferentes:
◦ Agreste:
▪ Localizado mais próximo ao litoral e com maior
umidade, assemelha-se a uma floresta;
◦ Sertão:
▪ Mais interno no continente, tem como
característica o clima extremamente seco e
vegetação esparsa e xeromórfica;
◦ Próximo às serras, onde há maior umidade, há
regiões alagadiças, chamadas de brejos, com
produtividade maior;
• Vegetação xeromórfica, com estratos arbóreo, arbustivo
e o herbáceo:
◦ Plantas adaptadas ao clima seco:
▪ Armazenam água, com parênquimas aquíferos
desenvolvidos;
▪ Folhas transformadas em espinhos (finas ou
inexistentes);
▪ Cutícula impermeável;
▪ Estômatos em cripta;
▪ Raízes superficiais ao solo (possibilitam maior
absorção de água da chuva;
• Biomas que abrange os estados:
◦ Ceará;
◦ Rio Grande do Norte;
◦ Paraíba;
◦ Pernambuco;
◦ Sergipe;
◦ Alagoas;
◦ Bahia;
◦ Piauí (Sul e Leste);
◦ Minas Gerais (Norte);
▪ Mata dos Cocais:
• Clima relativamente mais úmido do que na caatinga,
com maior umidade à medida que avança em direção à
Floresta Amazônica;
• Solo rico em minérios e com boa reserva de nutrientes;
• Região de transição entre a Floresta Amazônica e a
Caatinga:
◦ Estrato arbóreo contínuo:
▪ Vegetação mais exuberante é observada à medida
que se aproxima da Floresta Amazônica;
▪ Apresenta grande diversidade de palmeiras:
• Buriti, carnaúba, açaí e babaçu;
• Presente nos estados:
◦ Maranhão;
◦ Piauí;
◦ Pará;
◦ Tocantins (Norte);
▪ Pantanal:
• Clima quente e húmido e pequena queda de
temperatura no inverno:
◦ Umidade mantida constante por causa da água
acumulada no solo;
• Solo arenoso, com nutrientes depositados com o ciclo
de inundação;
• Cheias periódicas resultam no equilíbrio dinâmico e nos
processos ecológicos; são determinados pelos eventos
que ocorrem nas partes altas da Bacia Hidrográfica do
Rio Paraguai:
◦ Grande planície inundável:
▪ Ocorre transbordamento dos rios no período
chuvoso: alagam cerca de dois terços do bioma;
▪ São mantidas lagoas na seca;
◦ Há heterogeneidade espacial e temporal da
vegetação:
▪ Áreas de transição com o cerrado, a caatinga, com
a Floresta Amazônica e campos;
▪ Vegetação é caracterizada de acordo com a
altitude;
▪ Extensas áreas de campos com gramíneas são
salpicados com capões (ilhas e vegetação florestal
com característica de cerrado) e matas de galeria,
que se mantêm em locais mais altos e secos;
▪ A vegetação aquática é muito importante;
apresenta adaptações que suportam o alagamento
periódico;
• Bioma situado no sul do estado do Mato Grosso e no
noroeste do Mato Grosso do Sul;
• Biomas e aspectos ecológicos:
◦ Grande complexidade e elevada biodiversidade dos biomas
permitem observar relações inter e intraespecíficas –
essenciais para manutenção da integridade e da
funcionalidade do bioma;
◦ Quebra das relações pode acarretar em desequilíbrio
ecológico:
▪ Desestabilização e quebra das teias alimentares, e
subsequente ruptura dos fluxos de energia e biomassa;
▪ Notado quando bioma sofre impactos:
• Espécies nativas extintas;
• Espécies exóticas introduzidas;
• Meio físico afetado por poluição ou erosão;
• Área de vida das espécies é reduzida;
◦ Intervenções humanas devem ser feitas com planejamento e
consciência de que todos os seres vivos estão interligados e
dependem uns dos outros, incluindo o ser humano;
Frente 3
Capítulo 1 – Classificação dos seres vivos
• O primeiro passo:
◦ Sistemática é o estudo da biodiversidade;
◦ Espécie é uma unidade de classificação dos seres vivos;
◦ Taxonomia é a parte da Biologia que trata da classificação
dos seres vivos;
◦ No século XVIII, Lineu criou as bases do sistema de
classificação; utilizou o sistema binomial: cada espécie
recebe um nome científico escrito em latim, constando de
dois termos;
• Os reinos:
◦ Reino:
▪ Metazoa ou Animalia;
▪ Metaphyta ou Plantae;
▪ Fungi;
▪ Protoctista;
▪ Monera;
• Os domínios:
◦ São categorias acima de reino e compreendem:
▪ Eukarya:
• Engloba todos os eucariontes (Metazoa, Metaphyta,
Fungi e Protoctista);
▪ Archaea;
▪ Bacteria;
• Outros grupos taxonômicos:
◦ Reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie;
• Regras básicas de nomenclatura:
◦ O nome científico da espécie é escrito em latim e deve ser
destacado no texto;
◦ Consta de dois termos:
▪ O primeiro refere-se ao gênero (e deve ter inicial
maiúsculo);
▪ O segundo termo deve ter inicial minúscula;
▪ O conjunto dos dois termos designa a espécie;
◦ Exemplo:
▪ O nome científico da onça-pintada é Panthera onca:
• Reino: Animalia;
• Filo: Cordados;
• Classe: Mamíferos;
• Família: Felídeos;
• Gênero: Panthera;
• Espécie: Panthera onca;
• Evolução e sistemática:
◦ Sistemática é o estudo da classificação dos seres vivos,
envolvendo Filogenia e Cladística;
◦ Filogenia e cladística:
▪ A Filogenia ou sistemática evolutiva representa grupos de
seres vivos por meio de árvores filogenéticas, que indicam
parentesco entre os grupos apresentados;
▪ A Cladística ou filogenética sistemática é a classificação
dos seres vivos baseada na tentativa de reconstrução do
caminho da evolução, agrupando organismos em função
de parentesco próximo (ancestral comum recente); sua
representação é feita por diagramas de linhas retas, os
cladogramas;
◦ Grupos monofiléticos, parafiléticos e polifiléticos:
▪ Monofiléticos:
• São provenientes de um mesmo grupo ancentral
recente;
▪ Parafiléticos:
• É aquele que não inclui todos os descendentes de um
grupo ancestral;
▪ Polifiléticos:
• É um grupo derivado de mais de um ancestral;
• Sua classificação inicial foi feita utilizando-se critérios
que não levavam em consideração a ancestralidade
comum;
◦ Anagênese significa processo de mudanças durante a
evolução de uma espécie, principalmente orientada pela
seleção natural;
• A arquitetura de um animal:
◦ O organismo de um animal pode apresentar as regiões:
▪ Anterior;
▪ Posterior;
▪ Dorsal;
▪ Ventral;
◦ Há dois tipos principais de simetria:
▪ Bilateral;
▪ Radial;
• Uma apresentação dos principais grupos zoológicos:
• Em Zoologia clássica são estudados os seguintes grupos de
organismos:
◦ Protozoários;
◦ Poríferos;
◦ Cnidários;
◦ Platelmintos;
◦ Nematelmintos;
◦ Anelídeos;
◦ Moluscos;
◦ Artrópodes;
◦ Equinodermos;
◦ Cordados;
Capítulo 2 – Protozoários e protozooses
Parasitoses
Transmissã
Parasitose Parasita Ser humano Profilaxia
o
Tratamento do
doente; saneamento
Entamoeba básico;
Normalmente é
histolyitica; Ingestão de cistos cuidados de higiene
afetado o intestino
parasita presentes em água e pessoal; a água
Amebíase grosso; podem ocorrer
monoxênico que verduras ingerida deve ser
lesões no fígado, nos
tem locomoção por contaminadas fervida ou filtrada;
pulmões e no cérebro
pseudópodes frutas e verduras
devem ser bem
lavadas
Fezes do barbeiro,
O parasita afeta Melhoria das
Trypanosoma transplante,
células só sistema moradias; combate
Moléstia de Cruzi; transfusão, placenta,
nervoso e fibras ao barbeiro; controle
Apresenta leite materno e
Chagas ou musculares; tatu, cão, de doadores de
locomoção por ingestão de
tripanossomí gato, gambá, sangue;
flagelo e membrana alimentos
ase roedores, morcegos O tratamento mostra
ondulante contaminados com
podem abrigar o eficácia no início da
as fezes de
parasita doença
barbeiros
É o hospedeiro
Picada da fêmea do Tratamento do
intermediário; o
Plasmodium sp.; mosquito-prego doente; combate ao
parasita atinge células
Malária Não tem estruturas (Anopheles sp.), que mosquito e cuidados
do fígado e hemácias;
locomotoras é o hospedeiro para evitar a picada
Provoca episódios
definitivo do inseto
regulares de febre
Leishmanios Leishmania Lesões conhecidas Picada da fêmea do Combate ao
e cutânea braziliensis; como úlcera de Bauru, mosquito-palha mosquito; uso de
Apresenta atingindo derme e (Lutzomyia) repelentes
epiderme;
Lesões em mucosas
da boca, cavidade
nasal, faringe;
locomoção por
Destruição da
flagelo
cartilagem nsal;
Cães, roedores e
cavalos podem
apresentar o parasita
Afeta as células do
baço, medula óssea,
fígado e parede
intestinal;
Picada da fêmea do
O indivíduo
mosquito-palha
Leishmania geralmente apresenta
Leishmanios (Lutzomyia); Combate ao
chagasi; emagrecimento e
Raramente a mosquito; uso de
e visceral ou Apresenta enfraquecimento,
transmissão ocorre repelentes; sacrifício
calazar locomoção por ficando mais
pela placenta e de cães infectados
flagelo suscetível a infecções;
transfusão de
A mortalidade é
sangue
bastante elevada;
Cães e raposas
também podem
apresentar o parasita
Trichomonas
vaginalis; O parasita afeta a
É uma doença de Uso de preservativos
Locomoção por uretra e a vagina;
Tricomoníase transmissão sexual e tratamento do
flagelos e pode causar irritação
(DST) doente
membrana e corrimento
ondulante
Tratamento do
doente; saneamento
Giardia intestinalis;
básico; cuidados de
Parasita Ingestão de cistos
higiene pessoal;
monoxênico que Parasita do intestino presentes em água e
Giardíase A água ingerida deve
apresenta delgado do homem verduras
ser fervida ou filtrada;
locomoção por contaminadas
frutas e verduras
flagelos
devem ser bem
levadas
Toxoplasmos Toxoplasma gondii; O parasita pode se Ingestão de cistos Não comer carne
e Parasita sem alojar em vários presentes em fezes crua ou malcozida;
estruturas tecidos do corpo, de gato ou em carne cuidar
locomotoras; incluindo encéfalo e contaminada adequadamente dos
Afeta retina; dejetos dos gatos;
principalmente Pode causar cegueira mulheres grávidas
gatos, que e debilidade mental; não devem ter
eliminam cistos Efeitos mais graves contato prolongado
pelas fezes; em crianças e fetos com gatos
Cistos podem ser
ingeridos por
pessoas ou por
porcos;
A carne de porco
pode ter o parasita
Capítulo 3 – Poríferos
Animais
Artrópodes
Número
Número Número Reproduçã
Classe Corpo de
de patas de asas o
antenas
Crustáceos Cefalotórax 5 pares no 2 pares Ausentes Dioicos,
e abdome cefalotorax fecundação
externa,
(nos desenvolvimento
decápodes) indireto
Dioicos,
feundação interna;
Cabeça, Sem asas, um
pode ou não
Insetos torax e 3 pares 1 par par ou dois
ocorrer a
abdome pares
formação de
larvas
Sem antes; Dioicos,
Cefalotórax dotados de feundação interna,
Aracnídeos 4 pares Ausentes
e abdome palpos e desenvolvimento
quelíceras direto
Dioicos,
Cabeça e fecundação
1 par por
Quilópodes tronco (tórax 1 par Ausentes interna;
segmento
e abdome) desenvolvimento
direto
1 par por
Dioicos,
segmento do
Cabeça, fecundação
tórax;
Diplópodes tórax e 1 par Ausentes interna,
2 pares por
abdome desenvolvimento
segmento do
direto
abdome
Capítulo 6 – Fisiologia comparada dos enterozoários
Dois tubos
excretores Um anel
Completo, com
Ausente; trocas localizados esofágico e Ausente; o líquido
boca e ânus;
gasosas efetuadas nas laterais dois cordões do pseudoceloma
Nematódeos Tubo digestório
pela superfície do recolhem nervosos, um realiza transporte
com pouca
corpo excretas da dorsal e um de muitos materiais
especialização
cavidade do ventral
corpo
Ser
Parasitose Parasita Transmissão Profilaxia
humano
Tratamento do
Ingestão de carne de
Taenia solium doente,
É o hospedeiro porco ou de boi crua
e Taenia saneamento
definitivo; ou mal cozida,
saginata; básico, seleção de
Afetado no intestino contendo a larva
Teníase Cestódeo alimentos para
delgado, do qual cisticerco;
monoico e sem bois e porcos,
são retirados Porco e boi são
sistema inspeção da carne,
nutrientes hospedeiros
digestório cozimento da
intermediários
carne
Ingestão de ovos de
Taenia solium,
É o hospedeiro presentes em água
intermediário, uma contaminada e
Cysticercus Higienização de
vez que abriga a verduras mal lavadas;
cellulosae, o verduras frescas,
Cisticercose larva da tênia do Ovos de tênia podem
nome do ingerir água filtrada
humana porco; ser dispersados por
cisticerco da ou fervida, higiene
Tecidos afetados moscas e baratas;
Taenia solium pessoal
no encéfalo, olho e Indivíduos portadores
musculatura de teníase podem ter
as mãos contaminadas
e levadas à boca
Tratamento dos
Penetração da larva
Schistosoma doentes,
É o hospedeiro cercária através da
mansoni, saneamento
definitivo; pele ou mucosa da
trematódeo básico e combate
Os vermes adultos boca;
Esquistossomose dioico, com aos caramujos;
alojam-se A cercária é
ou barriga d’água dimorfismo Evitar entrar em
principalmente no procedente de
sexual e água contaminada;
fígado e nos vasos caramujo planorbídeo,
fecundação A água consumida
sanguíneos o hospedeiro
interna deve ser fervida ou
intermediário
filtrada
Ascaris Tratamento do
lumbricoides; Os vermes adultos paciente,
Parasita vivem no intestino Ingestão de ovos saneamento
monoxênico, delgado; as larvas presentes na água e básico e higiene
Ascaridíase dioico, com percorrem vasos verduras pessoal;
dimorfismo sanguíneos, contaminadas; Consumo de água
sexual e coração e sistema A infestação é passiva fervida ou filtrada;
fecundação respiratório frutas e verduras
interna bem lavadas
Ancilostomose Ancylostoma Os vermes adultos Penetração de larvas Tratamento do
ou amarelão duodenale e vivem no intestino presentes no solo, paciente,
Necator delgado e retiram através da pele ou saneamento
sangue da parede
americanus;
intestinal; mucosas; a infestação básico, uso de
Parasitas
Podem provocar é ativa calçados
monoxênicos
anemia
É o hospedeiro
definitivo;
Os parasitas
adultos são as
filárias, que vivem
em vasos linfáticos;
Com a reprodução Combate ao
são geradas as mosquito
microfilárias, que transmissor e
migram para os cuidados para
Wuchereria
vasos sanguíneos; Feita pela picada do evitar a picada
bancrofti;
Filaríase ou Microfilárias podem mosquito do gênero (repelentes e uso
Parasitas
elefantíase ser sugadas pelos Culex, o hospedeiro de cobertura de
heteroxênicos
mosquitos do intermediário camas);
e dioicos
gênero Culex, de Tratamento dos
hábitos noturnos; pacientes com
Os parasitas procedimentos
obstruem vasos cirúrgicos
linfáticos de
mamas, bolsa
escrotal e
membros;
provocam aumento
desses órgãos
Triquinose Trichinella O ser humano é O homem se Inspeção da carne
spiralis, cujos um hospedeiro contamina ingerindo de porco; não
vermes podem mais raro e pode carne de porco mal comer carne de
viver no apresentar a forma cozida, contendo os porco crua ou mal
intestino de de cistos no fígado cistos da triquinela cozida
porcos; e em músculos;
O macho tem A infestação
cerca de 2 mm costuma ser grave
e a fêmea e pode levar à
chega a morte
apresentar 4
mm;
Com a
fecundação,
são formados
ovos que se
convertem em
larvas;
As fêmeas
eliminam as
larvas no
intestino do
porco e daí
passam para o
sangue através
da parede
intestinal;
Alcançam
tecidos
(fígados e
músculos)
onde se
desenvolvem
em cistos,
dentro dos
quais a larva
se enrola em
espiral
Os vermes adultos
Enterobius podem viver no
vermicularis, intestino grosso do
verme dioico; ser humano; A contaminação ocorre
O macho tem As fêmeas saem com ingestão de ovos Tratamento de
cerca de 5mm através do ânus e presentes em doentes e realizar
e a fêmea depositam ovos; alimentos; a limpeza da roupa
alcança 1 cm; Com isso ocorre Pode ocorrer de cama de
Oxiurose O parasita se prurido na região autoinfestação quando pacientes que
desenvolve no anal; a pessoa coça a apresentam o
intestino As mulheres região perianal e, oxiúro;
grosso do ser podem apresentar posteriormente, leva a Lavar as mãos
humano; São fêmeas do oxiúro mão à boca
animais na vagina, no útero
dioicos e na bexiga
urinária
Larva do
Ancylostoma
braziliensis;
A larva entra na
O verme adulto Os ovos eliminados
pela do ser Tratamento de
é parasita do nas fezes de cães e
humano e pode cães e gatos;
intestino de gatos convertem-se em
permanecer Evitar o contato da
Bicho geográfico cães e gatos; larvas que ficam no
principalmente no pele com areia ou
Os ovos dos solo; essas larvas
tecido subcutâneo, terra onde há
parastias são podem penetrar na
causando irrtação animais soltos
eliminados pele humana
e coceira local
com as fezes
dos cães e
gatos
Capítulo 8 – Cordados
Cordados
• Cordados compreendem dois grandes grupos: os
protocordados (anfioxo e ascídia) e vertebrados, que incluem
peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos;
• Os protocordados:
◦ Os protocordados têm dois principais subfilos:
▪ Cephalochordata (anfioxo);
• O anfioxo é um animal marinho e filtrador;
• O revestimento do corpo é feito pela epiderme, que
também forma o tubo nervoso dorsal;
• A notocorda persiste durante toda a vida do anfioxo;
• O tubo digestório apresenta boca e ânus;
• Na parte interior do tubo digestório, há inúmeras
aberturas laterais, as fendas faringianas (ou fendas
branquiais);
• O sistema circulatório é aberto;
• A excreção ocorre por inúmeros pares de nefrídeos;
• A respiração é cutânea;
• É um animal dioico;
• A fecundação é externa e o zigoto formado gera uma
larva bastante parecida com a forma adulta;
▪ Urochordata ou Tunicata (ascídia):
• A ascídia tem uma fase larval móvel muito parecida com
a do anfioxo;
• A fase larval tem curta duração e gera a forma adulta
séssil;
• A ascídia adulta tem formato arredondado, é revestida
por uma túnica secretada pela epiderme;
• A ascídia também é um animal filtrador;
• São monoicas;
• A fecundação é externa e o desenvolvimento é indireto;
• Algumas ascídias também apresentam reprodução
assexuada por brotamento;
• Os hemicordados:
◦ Os hemicordados constituem um filo, não pertencente aos
cordados, mas aparentado com eles;
◦ O representante mais conhecido é o balanoglosso, um animal
deuterostômio, assim como os cordados e os equinodermos;
• Os vertebrados:
◦ O filo dos cordados tem três subfilos:
▪ Cephalochordata;
▪ Urochordata;
▪ Craniata (craniados);
◦ Vertebrados são, em sua maioria, dotados de coluna
vertebral e de crânio e são divididos em dois grupos:
▪ Os ciclóstomos, ou agnatostomados (sem mandíbula):
• São animais exclusivamente aquáticos e têm boca com
a forma de funil, dotada de dentículos;
• Esses animais apresentam corpo alongado com uma
nadadeira caudal e nadadeiras dorsais;
• A notocorda persiste durante toda a vida;
• Têm respiração branquial;
• Esses animais são dioicos e apresentam fecundação
externa, com desenvolvimento indireto;
▪ Os gnatostomados, dotados de mandíbulas:
• Os vertebrados apresentam fendas faringianas em pelo
menos uma fase de seu desenvolvimento;
• Possuem arcos branquiais, provavelmente essas
estruturas originaram as mandíbulas;
◦ Peixes:
▪ Há dois grandes grupos de peixes:
• Condríctes:
◦ Têm esqueleto cartilaginoso;
◦ Geralmente não têm opérculo;
◦ As escamas se originam da epiderme e da derme:
▪ A parte epidérmica, mais externa, é o esmalte;
▪ A parte dérmica, mais interna, é a dentina;
• Osteíctes:
◦ São peixes ósseos;
◦ As brânquias dos osteíctes são recobertas pelo
opérculo, uma espécie de tampa que protege as
brânquias, mas permite o fluxo de água;
◦ As escamas dos osteíctes são recobertas pela
epiderme e têm origem dérmica;
▪ Aspectos fisiológicos:
• Peixes são dotados de sistema digestório completo;
• Os condríctes têm cloaca e os osteíctes apresentam
ânus;
• Nos osteíctes, os gametas e a urina são eliminados em
uma estrutura conhecida como papila urogenital,
posterior ao ânus;
• Peixes apresentam sistema circulatório fechado; seu
coração é dotado de duas câmaras, um átrio e um
ventrículo;
• São heterotermos, ou pecilotermos;
• O sistema excretor dos peixes apresenta um rim,
situado em posição dorsal; a urina é eliminada por meio
da cloaca (em condríctes) ou por meio da abertura
urinária da papila urogenital (nos osteíctes);
• Peixes têm respiração branquial;
• As brânquias são estruturas também relacionadas com
a eliminação de excretas;
• Osteíctes excretam amônia e condríctes eliminam ureia;
• Há peixes dipnoicos, como a piramboia, que além de
brânquias têm um pulmão primitivo;
• Peixes ósseos apresentam a bexiga natatória, ou
vesícula gasosa;
• O sistema nervoso é mais complexo do que o dos
ciclóstomos, tendo estruturas sensoriais diversificadas,
como receptores olfativos, olhos e linha lateral;
• O esqueleto dos peixes é leve e isso é bem adaptativo à
vida aquática, pois boa parte da sustentação é
propiciada pela própria água;
• Há espécies de peixes com nadadeiras lobadas, de
aspecto mais carnoso;
• É o caso dos sarcopterígios, que têm uma ligação
evolutiva com os vertebrados terrestres;
▪ Reprodução dos peixes:
• Os condríctes têm fecundação interna;
• O desenvolvimento é variável, podendo haver espécies
ovíparas, vivíparas ou ovovivíparas;
• Nos osteíctes, ocorre fecundação externa;
• O embrião desenvolve-se em formas jovens
denominadas alevinos; há espécies vivíparas;
◦ Anfíbios:
▪ Os anfíbios correspondem a um grupo de transição entre o
meio aquático e o meio terrestre;
▪ As aquisições evolutivas mais significativas que deram
origem aos anfíbios foram principalmente no sistema
circulatório, no esqueleto, na excreção e no tegumento;
▪ Sistema circulatório e temperatura:
• O coração dos anfíbios tem três cavidades:
◦ Dois átrios e um ventrículo;
• São pecilotermos, ou heterotermos;
▪ Esqueleto:
• Anfíbios têm esqueleto mais robusto do que o dos
peixes e suporta a ausência de sustentação
proporcionada pela água;
• Apresentam membros capazes de realizar
deslocamento em meio terrestre, principalmente com
movimentos saltatórios;
▪ Excreção:
• Muitos anfíbios têm fase larval aquática (girinos), que
excretam principalmente amônia;
• Normalmente, anfíbios adultos ssão de meio terrestre
húmido e excretam ureia;
▪ Repiração:
• A larva apresenta respiração branquial e cutânea;
• Enquanto os adultos terrestres têm respiração cutânea e
pulmonar;
▪ Tegumento:
• O revestimento do corpo é constituído pela pele, que é
fina, úmida e permeável;
• Esse tipo de pele permite a realização de trocas
gasosas, mas tona os anfíbios restritos a ambientes
terrestres húmidos;
• Muitas espécies têm glândulas produtoras de veneno;
▪ Sistema nervoso:
• O sistema nervoso é mais desenvolvldo que o dos
peixes;
• A linha lateral está presenta na larva, mas desaparece
durante a metamorfose;
• Nos adultos, há membranas timpânicas externas e
evisíveis, conferindo ao adulto a capacacidade de
captar os sons do ambiente terrestre;
• Os olhos dos anfíbios são bem desenvolvidos;
▪ Sistema digestório:
• Larvas de sapos alimentam-se de algas e vegetais
aquáticos;
• sapos adultos alimentam-se de insetos;
• Projetam sua longa língua e capturam pequenos
animais que são engolidos sem ser realizada a
mastigação;
• Existe uma cloaca, por onde são eliminadas as fezes, a
urina e os gametas;
▪ Classificação e reprodução:
• Há três ordens de anfíbios:
◦ Anuros:
▪ Incluem sapos, rãs e pererecas;
◦ Urodelos:
▪ Incluem as salamandras e os tritões;
◦ Ápodes:
▪ Têm o corpo cilíndrico e não possuem patas, como
a cobra-cega;
▪ Os ovos não têm casca e são bastante suscetíveis ao
dessecamento;
▪ Os embriões desenvolvem-se em larvas (girinos);
▪ O girino sofre metamorfose e desenvolve um indivíduo
adulto;
◦ Répteis:
▪ As aquisições evolutivas mais significativas que deram
origem aos répteis foram no esqueleto, na excreção, na
respiração, na reprodução e no tegumento;
▪ Esses aspectos estão relacionados com a conquista do
ambiente terrestre pelos répteis;
▪ Sistema circulatório e temperatura:
• O oração da maioria dos répteis têm três cavidades:
◦ Dois átrios e um ventrículo parcialmente dividido;
• Nos crocodilos, o coração apresenta quatro cavidades;
• Répteis são vertebrados pecilotermos, ou heterotermos;
▪ Esqueleto:
• Houve uma notável expansão da caixa torácica e
aumento do volume dos pulmões;
• Os membros tornaram-se mais robustos, permitindo
maior mobilidade em meio terrestre;
• Os membros dos répteis têm uma disposição arqueada
em relação ao eixo do corpo;
▪ Excreção e respiração:
• Répteis excretam ácido úlrico;
• A respiração é pulmonar;
▪ Tegumento:
• A epiderme é espessa, seca, impermeável, pobre em
glândulas e anexos;
• Esse tipo de pele torna os répteis capazes de sobreviver
em ambiente terrestre seco;
▪ Sistema nervoso:
• O encéfalo é mais desenvolvido do que o dos anfíbios;
• Os olhos são bem desenvolvidos e protegidos pela
membrana nictante;
• A língua de serpentes e lagartos coleta substâncias no
ar e as conduz para a cavidade da boca onde há
recptores químicos (órgão de Jacobson);
• Em serpentes, há a fosseta loreal, uma estrutura
sensível à radiação infravermelha;
▪ Sistema digestório:
• Tartarugas e jabutis apresentam bico, alguns répteis
têm dentes;
• Uma especialização é constatada em serpentes
peçonhentas, com presas inoculadoras de veneno;
• Geralmente comem presas inteiras ou comem grandes
pedaços;
▪ Classificação e reprodução:
• Os répteis são divididos em três ordens:
◦ Escamados:
▪ Dividem-se em:
• Lacertílios: lagartos e iguanas;
• Ofídios: as serpentes;
◦ Quelônios:
▪ Compreendem as tartarugas, os cágados e os
jabutis;
◦ Crocodilianos:
▪ Incluem crocodilos, jacarés, aligatores e gaviais;
• Répteis são dioicos, de fecundação interna e
desenvolvimento direto;
• Há serpentes vivíparas, mas os répteis geralmente são
ovíparos;
• Os ovos têm casca rígida e apresentam grande
quantidade de vitelo (gema), sendo classificados como
megalécitos;
• A casca confere proteção mecânica e impede o
ressecamento; mas também é porosa, permitindo a
realização de trocas gasosas com o ambiente;
• O embrião tem anexos embrionários (âmnio, alantoide,
saco vitelínico e cório);
◦ Aves:
▪ Aves são relacionadas com os répteis, já que esses
grupos compartilham diversas características;
▪ Mas ela também apresentam diferenças expressivas em
relação aos répteis;
▪ Muitas das aquisições evolutivas das aves estão
relacionadas com o desenvolvimento do voo;
▪ Sistema circulatório e temperatura:
• Em relação à temperatura, as aves são animais
homeotermos;
▪ Esqueleto:
• O esqueleto das aves geralmente tem ossos leves,
alguns contêm ar (ossos pneumáticos);
• Os membros anteriores são modificados em asas e os
membros posteriores permitem o deslocamento
apoiados em um substrato;
• A quilha é uma estrutura na qual prendem-se os
músculos peitorais;
▪ Excreção:
• Aves excretam ácido úlrico e não apresentam bexiga
urinária;
• Algumas aves marinhas têm glândulas de sal, situadas
na cabeça;
▪ Respiração:
• Aves têm respiração exclusivamente pulmonar;
• Seus pulmões são ligados a sacos aéreos (anteriores e
posteriores);
• Entre os sacos aéreos há parabronquíolos, onde
ocorrem as trocas gasosas com o sangue;
▪ Tegumento:
• A pela das aves apresenta epiderme, derme e
hipoderme;
• A hipoderme corresponde a uma camada de células
adiposas sob a derme.
• A gordura atua como um isolante térmico, uma reserva
energética e contribui para a flutuação em meio
aquático;
• A epiderme é bastante queratinizada, seca e
impermeável;
• A epiderme apresenta anexos, como penas, garras,
bicos e escamas;
• A epiderme tem muita qeuratina e é pobre em glândulas;
• Na região caudal de muitas aves, há glândulas
uropigianas, que produzem uma secreção oleosa;
• As penas têm queratina;
• As penas apresentam várias funções:
◦ Atração sexual, sendo os machos geralmente mais
vistosos do que as fêmeas (dimorfismo sexual);
◦ As penas aumentam a superfície do corpo,
contribuindo para a realização do voo;
◦ Aves podem reter ar entre as penas;
◦ E o ar atua como um eficiente isolante térmico;
▪ Sistema nervoso:
• Possuem cerebelo, visão e audição bastante
desenvolvidos;
▪ Sistema digestório:
• Aves apresentam bicos e não têm dentes;
• Seu sistema digestório apresenta esôfago, papo,
proventrículo, moela, intestino e cloaca;
▪ Classificação e reprodução:
• As aves são divididas em dois grandes grupos:
◦ Carinatas:
▪ Dotadas de quilha, tendo originalmente
capacidade de voar;
◦ Ratitas:
▪ Não apresentam quilha e não têm a capacidade de
voar;
• São animais dioicos, têm fecundação interna e são
ovíparas;
• Os ovos são semelhantes ao dos répteis, com casca
calcárea, membrana da casca, gema (vitelo) e clara;
• O desenvolvimento é direto;
◦ Mamíferos:
▪ Mamíferos descendem de um linhagem de répteis e têm
características reptilianas, como pele queratinizada e
respiração pulmonar;
▪ Sistema circulatório e temperatura:
• O sistema circulatório apresenta coração dotado de
quatro cavidades (dois átrios e dois ventrículos);
• Mamíferos são endotérmicos;
▪ Esqueleto:
• Mamíferos excretam principalmente ureia;
▪ Respiração:
• A respiração é exclusivamente pulmonar;
• Os pulmões de mamíferos têm grande superfície e são
dotados de alvéolos pulmonares;
• Possuem diafragma;
▪ Tegumento:
• O tegumento dos mamíferos apresenta epiderme e
derme;
• Sob a derme há uma camada de gordura (hipoderme);
• A epiderme é queratinizada e apresenta diversos
anexos, como pelos, unhas e cornos;
• Os pelos são estruturas de proteção mecânica e atuam
como isolante térmico;
• Outros anexos da epiderme são as glândulas
sudoríparas, sebáceas e mamárias;
▪ Sistema nervoso:
• O sistema nervoso dos mamíferos é mais complexo,
tendo grande desenvolvimento do encéfalo;
• mamíferos têm órgãos dos sentidos desenvolvidos e
diversas estruturas sensoriais;
▪ Sistema digestório:
• O sistema digestório dos mamíferos mostra grande
especialização, permitindo uma intensa variedade de
tipos de nutrição;
• Os dentes são mais especializados do que os dos
répteis, mas alguns representantes não possuem
dentes;
• Mamíferos em geral apresentam ânus;
• O ornitorrinco é dotado de cloaca;
▪ Classificação e reprodução:
• Mamíferos são dioicos, apresentam fecundação interna
e têm desenvolvimento direto;
• Compreendem três subclasses:
◦ Monotremados:
▪ Os monotremados ou prototérios são o ornitorrinco
e a équidna;
▪ São mamíferos que põem ovos (ovíparos), que são
chocados pela mãe;
◦ Marsupiais:
▪ Os marsupiais ou metatérios têm como
representantes o coala, o canguru, o gambá, o
vombate e o diabo-da-tasmânia;
▪ As crias nascem de tamanho bastante reduzido e
depois migram para uma bolsa da mãe, conhecida
como marsúpio, onde estão as glândulas
mamárias;
◦ Placentários:
▪ Os placentários ou eutérios são os mamíferos mais
abundantes, como roedores, carnívoros e
primatas;
▪ O embrião desenvolve-se no interior do útero e
realiza trocas gasosas com o organismo da mãe
por meio da placenta;
Os anexos embrionários
• O ovo de répteis, aves e monotremados tem uma estrutura
silimar;
• O embrião gera membranas, conhecidas como anexos
embrionários;
• Há quatro anexos embrionários principais:
◦ Âmnio:
▪ Delimita a cavidade amniótica, cheia de líquido e permite
proteção contra desidratação e contra abalos mecânicos;
◦ Saco vitelínico:
▪ Envolve a gema (vitelo) e seus vasos sanguíneos
absorvem os nutrientes da gema e da clara, transportando-
as ao ambrião;
◦ Alantoide:
▪ Acumula excreta nitrogenadas (ácido úlrico), gerados no
metabolismo do embrião;
◦ Cório:
▪ Envolve o âmnio (que fica ao redor do embrião) e os
demais anexos (alantoide e saco vitelínico);
• A casca também fornece cálcio para o desenvolvimento do
embrião; seu transporte é feito pelos vasos do cório e do
alantoide;
• Nos mamíferos placentários, uma região do cório e do
endométrio sofre grande modificação e origina a placenta; trata-
se de uma estrutura da origem mista, com parte do filho (cório) e
parte da mãe (endométrio);
Capítulo 9 – Fisiologia da digestão
Substrato
Estrutura Local de Produtos
Enzima hidrolisad
produtora atuação obtidos
o
Glândulas Cavidade da Amilase salivar ou Várias moléculas
Amido
salivares boca; meio neutro ptialina de maltose
Cavidade
estomacal; meio
Estômago Pepsina Proteínas Peptídeos
ácido, com pH em
torno de 2
Não tem enzimas;
Gotículas de
possui
gorduras
Fígado bicarbonato de Gordura
(processo de
sódio e sais
emulsificação)
biliares
Quimiotripsina Proteínas Peptídeos
Tripsina Proteínas Peptídeos
Amilase Várias moléculas
Amido
pancreática de maltose
Pâncreas Cavidade do
Lipase Ácidos graxos e
duodeno; meio Gordura
pancreática glicerol
alcalino, com pH
em torno de 8,5 Peptidades Peptídeos Aminoácidos
Nucleases DNA e RNA Nucleotídeos
Pentoses, fostato
Nucleotidases Nucleotídeos e bases
nitrogenadas
Parede Sacarase Sacarose Glicose e frutose
duodenal
Maltase Maltose Glicose e glicose
Glicose e
Lactase Lactose
galactose
◦ Absorção:
▪ Muitos nutrientes são transferidos para vasos sanguíneos ou
linfáticos da parede de alguns órgãos do tubo digestório,
principalmente no intestino delgado e em parte do intestino
grosso;
▪ O intestino delgado apresenta vilosidades intestinais, abaixo
das quais, há uma rede de capilares sanguíneos e de
capilares linfáticos;
▪ O revestimento das vilosidades é constituído por uma
camada de células, que apresentam microvilosidades,
estruturas que aumentam a superfície das células;
▪ No intestino delgado, ocorre absorção de moléculas que
envolvem transporte ativo e transporte passivo,
principalmente osmose;
▪ Os capilares linfáticos estão associados à absorção de
gorduras;
▪ No intestino grosso, ocorre a absorção de sais e de água;
◦ Eliminação de resíduos:
▪ A celulose não é digerida; ela contribui para o aumento da
motilidade intestinal, retém água e facilita a eliminação de
fezes;
▪ No intestino grosso, há uma grande quantidade de bactérias
que constituem a flora intestinal;
▪ O ânus apresenta dois anéis musculares, os esfíncteres, que
controlam a saída de fezes;
◦ Hormônios relacionados com o processo digestivo:
▪ A secreção de suco gástrico é estimulada pelo nervo vago;
▪ Alguns hormônios atuam na regulação das secreções do
estômago, do pâncreas e do fígado;
▪ Esses hormônios são produzidos na parede do estômago
(gastrina) e do duodeno (secretina, colecitocinina e
enterogastrona);
◦ Vitaminas:
▪ As vitaminas constituem um grupo quimicamente muito
diversificado e com vários papéis no metabolismo;
▪ Vitaminas são substâncias que o organismo não é capaz de
sintetizar e devem ser obtidas na dieta;
▪ As vitaminas são divididas em dois grandes grupos:
• Lipossolúveis:
◦ A, D, E e K;
◦ Dissolvem-se em lipídeos e solventes orgânicos;
• Hidrossolúveis:
◦ C e vitaminas do complexo B;
◦ Dissolvem-se em água;
◦ Seu excesso é eliminado com certa facilidade na urina;
◦ Várias vitaminas do complexto B atuam como
coenzimas, isto é, associam-se a certas enzimas e
permitem que elas atuem como catalisadores;
Capítulo 10 – O sistema respiratório pulmonar
• Sistema circulatório:
◦ Em todos os grupos zoológicos, tem como função principal o
transporte de substâncias pelo corpo;
◦ Em vertebrados, também participa da defesa do organismo,
em função da presença dos anticorpos;
◦ É constituído por:
▪ Sangue:
• Tecido conjuntivo composto de parte líquida (plasma) e
de elementos particulados (células e plaquetas);
• Plasma:
◦ Tem coloração amarela e sua função é possibilitar o
transporte das células e de outros elementos
presentes no sangue;
• Glóbulos vermelhos:
◦ Chamados de hemácias ou eitrócitos;
◦ Responsáveis pelo transporte dos gases envolvidos
na respiração (gás carbônico e oxigênio) pelo
organismo;
• Glóbulos brancos:
◦ Chamados de leucócitos;
◦ Responsáveis por participar do mecanismo de defesa
do organismo contra agentes externos;
• Plaquetas:
◦ Fragmentos de células da medula óssea com a
função de atuar nos processos de coagulação;
▪ Coração:
• Órgão dotado de parede muscular (miocárdio – músculo
estriado cardíaco) responsável pela circulação do
sangue;
• Sua parede interna é revestida pelo endocárdio e
externamente é envolvido pelo pericárdio;
• Possui átrios que recebem sangue e ventrículos que
enviam sangue a outras partes do corpo;
▪ Vasos sanguíneos:
• Responsáveis pela distribuição de sangue pelo corpo;
• Artérias:
◦ Possuem revestimento interno constituído por
endotélio, fibras musculares lisas (de contração
involuntária), elásticas e de colágeno;
◦ Levam sangue do coração aos tecidos, ramificando-
se em arteríolas;
• Veias:
◦ Possuem revestimento interno com endotélio
delgado, menor quantidade de fibras musculares e
elásticas e válvulas que impedem o retorno do
sangue;
◦ Trazem sangue ao coração (dependendo também da
contração de músculos esqueléticos) proveniente de
vênulas;
• Capilares:
◦ Vasos de diâmetro muito reduzido com revestimento
constituído apenas de endotélio, que apresenta
parede bastante delgada;
◦ Possibilitam a troca de materiais entre o sangue e o
fluido intersticial, que banha os tecidos;
• Controle da temperatura:
◦ Realizado por meio da variação do diâmetro de arteríolas
próximas da superfície corporal;
◦ Temperatura ambiente baixa:
▪ Arteríolas sofrem constrição e o sangue circula em menor
quantidade junto à periferia do corpo para reduzir
dissipação de calor;
▪ Há elevação da pressão arterial;
◦ Temperatura mais elevada:
▪ Arteríolas periféricas sofrem dilatação e o sangue circula
em maior quantidade na superfície do corpo, aumento a
dissipação de calor;
▪ Há queda na pressão arterial;
• Sistema circulatório dos vertebrados:
◦ Apresenta aumento gradual na complexidade dos sistemas
de acordo com o grupo;
◦ As distinções são feitas de acordo com o número de vezes
que o sangue passa no coração para dar uma volta completa
pelo organismo e a mistura ou não de sangue;
◦ Por isso, são considerados dois tipos de sangue:
▪ Sangue arterial:
• Rico em gás oxigênio e pobre em gás carbônico
(proveniente de estruturas respiratórias);
▪ Sangue venoso:
• Rico em gás carbônico e pobre em gás oxigênio
(provém de outros tecidos);
◦ Tipos de circulação:
▪ Circulação incompleta:
• Há mistura de sangue venoso com sangue arterial;
▪ Circulação completa:
• Não há mistura de sangue venoso com arterial;
▪ Circulação simples:
• O sangue passa uma única vez pelo coração para dar
uma volta pelo organismo;
• Presença de um átrio no coração;
▪ Circulação dupla:
• O sangue passa duas vezes pelo coração para
completar uma volta pelo organismo;
• Presença de dois átrios no coração;
◦ Grupos zoológicos:
▪ Peixes:
• Coração com duas cavidades: um átrio e um ventrículo;
• Circulação completa e simples;
• Caminho do sangue:
◦ Átrio (sangue é venoso) → ventrículo (sangue é
venoso) → brânquias (sangue passa a ser arterial) →
tecidos do corpo (sangue arterial torna-se venoso) →
átrio (novamente venoso);
▪ Anfíbios:
• Coração com três cavidades: dois átrios e um ventrículo;
• Circulação incompleta e dupla;
• Caminhos do sangue (são percorridos dois caminhos
que se encontram no ventrículo):
◦ Primeiro caminho:
▪ Átrio esquerdo (sangue arterial vindo das
estruturas respiratórias) → ventrículo (mistura do
sangue e envio para os dois caminhos) → tecidos
do corpo (sangue arterial torna-se venoso) → átrio
direito (sangue venoso);
◦ Segundo caminho:
▪ Átrio direito (sangue venoso vindo dos tecidos) →
ventrículo (mistura do sangue e envio para os dois
caminhos) → pulmões e pele (sangue venoso
torna-se arterial) → átrio esquerdo (sangue
arterial);
▪ Maioria dos répteis:
• Coração com três cavidades: dois átrios e um ventrículo
parcialmente dividido (esboço de separação – septo de
Sabatier);
• Circulação incompleta e dupla;
• Caminhos do sangue (são percorridos dois caminhos
que se encontram):
◦ Primeiro caminho:
▪ Átrio esquerdo (sangue arterial vindo dos pulmões)
→ ventrículo (mistura do sangue e envio para os
dois caminhos) → tecidos do corpo (sangue
arterial torna-se venoso) → átrio direito (sangue
venoso);
◦ Segundo caminho:
▪ Átrio direito (sangue venoso vindo dos tecidos) →
ventrículo (mistura do sangue e envio para os dois
caminhos) → pulmões (sangue venoso torna-se
arterial) → átrio esquerdo (sangue arterial);
▪ Crocodilianos:
• Coração com quatro cavidades: dois átrios e dois
ventrículos;
• Circulação incompleta e dupla;
• Caminhos do sangue (são percorridos dois caminhos
que se encontram):
◦ Primeiro caminho:
▪ Átrio esquerdo (sangue arterial vindo dos pulmões)
→ ventrículo esquerdo (sangue arterial) → tecidos
do corpo (sangue misturado; arterial torna-se
venoso) → átrio direito (sangue venoso);
◦ Segundo caminho:
▪ Átrio direito (sangue venoso vindo dos tecidos) →
ventrículo direito (sangue venoso) → pulmões
(sangue misturado, venoso torna-se arterial) →
átrio esquerdo (sangue arterial);
• Apesar de percorrer dois caminhos, os tipos de sangue
(venoso e arterial) são misturados, pois na saída do
coração as duas aortas se comunicam por um orifício (o
forame de Panizza);
• Na aorta dorsal, também há mistura;
▪ Aves e mamíferos:
• Coração com quatro cavidades: dois átrios e dois
ventrículos;
• Circulação completa e dupla; tipo de circulação que está
associado à homeotermia;
• Caminhos do sangue (são percorridos dois caminhos
que se encontram):
◦ Primeiro caminho:
▪ Átrio esquerdo (sangue arterial vindo dos pulmões)
→ ventrículo esquerdo (sangue arterial) → tecidos
do corpo (sangue arterial torna-se venoso) → átrio
direito (sangue venoso);
◦ Segundo caminho:
▪ Átrio direito (sangue venoso vindo dos tecidos) →
ventrículo direito (sangue venoso) → pulmões
(sangue venoso torna-se arterial) → átrio esquerdo
(sangue arterial);
◦ Artéria aorta é a primeira artéria proveniente do coração, que
distribuirá o sangue arterial para o corpo;
◦ Nas aves, a aorta curva-se para a direita;
◦ Nos mamíferos, curva-se para a esquerda;
◦ A curvatura da aorta é conhecida com croça da aorta;
• Circulação humana:
◦ Acontece da mesma maneira que nos outros mamíferos;
◦ Apresenta dois ciclos distintos:
▪ Pequena circulação: sai do coração, vai aos pulmões e
retorna ao coração);
▪ Grande circulação: saída de sangue do coração, seu
percurso pelo resto do corpo e retorno ao coração;
◦ Outros detalhes da circulação e estruturas do sistema
circulatório humano podem ser citados:
▪ Ventrículo:
• Mais espesso que o átrio;
• Esquerdo com musculatura mais desenvolvida que o
direito;
▪ Carótida:
• Artéria que leva sangue à cabeça;
▪ Jugulares:
• Veias que trazem sangue venoso da cabeça ao coração;
▪ Válvulas:
• Impedem o refluxo de sangue dos ventrículos para os
átrios;
• A mitral (ou biscúspide) divide o lado esquerdo do
coração; a tricúspide divide o lado direito;
• São responsáveis pelo ruído dos batimentos cardíacos;
▪ Sístole:
• Contração das câmaras do coração;
▪ Diástole:
• Dilatação das câmaras do coração;
▪ Bradicardia:
• Batimentos cardíacos lentos;
▪ Taquicardia:
• Batimentos cardíacos raídos;
◦ Controle dos batimentos cardíacos:
▪ Realizado (nos humanos) por estímulos originados em
estruturas do próprio coração;
▪ Nódulo sinoatrial:
• Localizado na parede do átrio direito, determina a
contração dos átrios;
▪ Nódulo atrioventricular:
• Localizado no átrio direito;
• Dele partem ramificações – feixe de His – que
determinam a contração dos ventrículos;
▪ O controle do rítmo cardíaco pode ser alterado também por
estímulos nervosos provenientes do sistema nervoso
central, por meio de dois nervos do sistema nervoso
autônomo:
• Parassimpático (que produz bradicardia);
• Simpático (que produz taquicardia);
Capítulo 12 – Sangue
Métodos contraceptivos
• Contracepção é o conceito utilizado quando pessoas com vida
sexual ativa usam algum método para evitar a gravidez;
• Métodos comportamentais:
◦ Aqueles que envolvem o comportamento das pessoas
envolvidas:
▪ Abstinência sexual:
• Não realização do ato sexual;
▪ Tabelinha:
• Programação da realização do ato sexual em períodos
mais distantes do período fértil;
▪ Coito interrompido:
• Retirada do pênis da vagina antes do momento de
ejaculação;
◦ Métodos de barreira:
▪ Impedem o contato do espermatozoide com o óvulo por
meio da utilização de um impedimento física;
▪ Dentre eles estão:
• Preservativo masculino (camisa de vênus, ou
camisinha):
◦ Feito de látex, envolve o pênis para que o sêmen
fique retido no preservativo, visando à não eliminação
na vagina;
◦ Previne contra DSTs;
• Camisinha feminina:
◦ Bolsa de plástico fino com dois anéis;
◦ Deve ser introduzido na vagina, funcionando da
mesma forma que a camisinha masculina;
• Diafragma:
◦ Artefato de látex, colocado no fundo da vagina antes
de cada relação sexual, atuando como uma barreira à
passagem de espermatozoides em direção ao útero;
◦ Pode ser associado ao uso de creme espermicida;
◦ Dispositivo intrauterino (DIU):
▪ Instalado no útero por um médico, impede a nidação do
embrião;
▪ Alguns DIUs são associados a hormônios, atuando
também para impedir a ovulação e reduzir os efeitos
colaterais do dispositivo, como o aumento do fluxo
menstrual;
◦ Métodos hormonais:
▪ Aqueles nos quais há a utilização de hormônios para que
não ocorra a liberação de óvulos, a fecundação ou a
nidação;
▪ Não previnem contra as DSTs;
▪ Alguns deles são:
• Pílula anticoncepcional:
◦ É um medicamento que contém estrógeno e
progesterona, que inibem a hipófise de produzir o
FSH e resulta na não ocorrência de ovulação;
• Pílula do dia seguinte:
◦ Método usado quando há relação sexual sem
prevenção contraceptiva ou falha da utilizada;
◦ Dificulta a ocorrência de gravidez, impedindo a
nidação;
◦ Não tem efeito caso o embrião já esteja implantado
no útero;
▪ Métodos cirúrgicos:
• Aqueles nos quais há intervenção cirúrgica para que
não ocorra a liberação de óvulos e espermatozoides;
• Não previnem contra as DSTs;
• Reversão exige cirurgia e pode ser impossível de ser
feita;
• Alguns deles são:
◦ Laqueadura tubária:
▪ É a remoção ou amarração cirúrgica de um
segmento de cada tuba uterina;
◦ Vasectomia:
▪ É a remoção ou amarração cirúrgica de um
segmento de cada canal deferente;
Capítulo 19 – Tecidos epiteliais e conjuntivos
Modelos atômicos
• Modelo atômico de Dalton, bola de bilhar:
◦ Toda matéria é formada por minúsculas partículas maciças e
indivisíveis, denominadas átomos;
◦ Átomos não podem ser criados nem destruídos;
◦ Em uma reação química, ocorre apenas a reorganização, a
separação ou a combinação dessas partículas e, nas
substâncias, os átomos se encontram unidos por forças de
atração mútua;
◦ Átomos de determinado elemento são caracterizados pela
sua massa;
◦ Átomos de um mesmo elemento apresentam propriedades
iguais, átomos de elementos diferentes apresentam
propriedades diferentes;
• Modelo atômico de Thomson, pudim de passas:
◦ Experimentos realizados como tubo de crookes (tubo de raios
catódicos) provaram a natureza elétrica de matéria;
◦ Descoberta do elétron;
◦ O modelo de Thomson explicou algumas propriedades da
matéria que o modelo de Dalton não era capaz de explicar,
como sua natureza elétrica e a divisibilidade do átomo;
Partícula
Carga relativa Massa relativa
fundamental
Próton +1 1
Nêutron 0 1
Elétron -1 1/1836
Representação Iupac
• ZAXQ±;
• Isótopos: são átomos que apresentam o mesmo número
atômico (Z), mas diferentes números de massa;
• Isóbaros: são átomos que apresentam mesmo número de
massa (A) e diferentes números atômicos (Z);
• Isótonos: são átomos que apresentam o mesmo número de
nêutrons (n), mas diferentes números atômico (Z) e de massa
(A);
• Isoeletrônicos: são átomos e íons que apresentam o mesmo
número de elétrons;
Distribuição eletrônica
• Níveis de energia:
Camadas K L M N O P Q
Níveis (n) 1 2 3 4 5 6 7
• Subníveis de energia:
Subníveis s p d f
Camada K L M N O P Q
Número quântico principal (n) 1 2 3 4 5 6 7
Quantidade de elétrons 2 8 18 32 32 18 8
Subnível s p d f
Azimutal (l) 0 1 2 3
Quantidade de elétrons 2 6 10 14
◦ Tipos de elementos:
▪ A tabela pode ainda ser dividida em metais, ametais (ou
não metais), gases nobres e hidrogênio;
◦ Elementos representativos:
▪ Pertencem às colunas 1, 2, 13, 14, 15, 16, 17 e 18;
▪ Apresentam o elétron de diferenciação (elétron mais
energético) no subnível s ou p;
◦ Elementos de transição:
▪ Elementos de transição externa (colunas 3 a 12):
• Apresentam o elétron de diferenciação (elétron mais
energético) no subnível d;
▪ Elementos de transição interna:
• Série dos lantanídeos e série dos actinídeos;
• Apresentam o elétron de diferenciação (elétron mais
energético) no subnível f;
◦ Propriedades periódicas:
▪ Quando elementos são listados, sequencialmente, em
ordem crescente de seu número atômico, é observada
uma repetição periódica em suas propriedades;
▪ Raio atômico:
▪ Eletropositividade:
▪ Reatividade:
▪ Densidade:
• Ligações químicas:
◦ Teoria do octeto:
▪ Os átomos, ao se unirem, procuram perder, ganhar ou
compartilhar elétrons na última camada até adquirirem
configuração eletrônica semelhante à de um gás nobre;
Camada
Gás
Configuração eletrônica de
nobre
valência
2He 1s2 1s2
10Ne 1s22s22p6 2s22p6
18Ar 1s22s22p63s23p6 3s23p6
36Kr 1s22s22p63s23p64s23d104p6 4s24p6
54Xe 1s22s22p63s23p64s23d104p65s24d105p6 5s25p6
86Rn 1s22s22p63s23p64s23d104p65s24d105p66s24f145d106p6 6s26p6
▪ Estruturas de Lewis:
• Nelas, representam-se os átomos com os elétrons da
camada de valência;
▪ Fórmula estrutural:
• As ligações covalentes são representadas por um traço;
▪ Ligação dupla:
• Compartilhamento de dois pares de elétrons;
▪ Ligação tripla:
• Compartilhamento de três pares de elétrons;
▪ Ligação metálica:
• Esse tipo de ligação é formada exclusivamente por
átomos de metais;
• Teoria do mar de elétrons ou da nuvem eletrônica:
Número de
Número de Disposição pares não
Exemplo de Geometria
pares dos pares ligantes no
molécula da molécula
eletrônicos eletrônicos átomo
central
2 0
1
2
◦ Polaridade:
▪ Polaridade das ligações:
• Ligação covalente apolar:
◦ Ligação covalente formada por dois átomos com
eletronegatividades iguais;
• Ligação covalente polar:
◦ Ligação covalente formada por dois átomos com
eletronegatividades diferentes;
• Vetor momento dipolar:
◦ É representado por ( µ );
◦ Tem a direção do eixo internuclear, o sentido do
átomo mais eletronegativo e a intensidade
proporcional à diferença de eletronegatividade entre
os átomos;
◦ Molécula de HCN:
◦ Molécula de H2O:
◦ Molécula de BF3:
◦ Molécula de NH3:
◦ Molécula de CH4:
• Atrações intermoleculares:
◦ Atração dipolo-dipolo ou dipolo permanente:
▪ Acontece entre moléculas polares;
▪ Intensidade média;
◦ Ligações de hidrogênio:
▪ Ocorrem entre moléculas polares que apresentam
hidrogênio ligado diretamente em flúor, oxigênio ou
nitrogênio;
▪ Intensidade alta;
• Tensão superficial:
◦ Quanto maior for a atração entre moléculas de um líquido,
maior será sua tensão superficial;
◦ Esse fenômeno ocorre porque as forças de atração que as
moléculas da superfície sofrem para baixo não são anuladas,
gerando uma película mais coesa na superfície;
Capítulo 5 – Introdução à química orgânica
Ângulos entre
Hibridação Ligações Geometria
ligações
sp 180° Linear
◦ O carbono pode se ligar a diversos elementos;
◦ O carbono pode formar cadeias;
◦ Representação das fórmulas estruturais em Química
Orgânica:
• Classificação do carbono:
◦ Para classificar um carbono, devemos observar a quantos
outros átomos de carbono ele está ligado em um cadeia
carbônica:
▪ Carbono primário:
• Ligado apenas a um átomo de carbono;
▪ Carbono secundário:
• Ligado a dois átomos de carbono;
▪ Carbono terciário:
• Ligado a três átomos de carbono;
▪ Carbono quaternário:
• Ligado a quatro átomos de carbono;
◦ Quanto à disposição:
◦ Quanto à natureza:
◦ Quanto à aromaticidade:
• Classificação quanto ao tipo de ligação:
◦ Cadeia saturada:
◦ Cadeia insaturada:
◦ Aromáticas:
Capítulo 6 – Nomenclatura dos compostos orgânicos
Ramificaçõe Cadeias
Nome da cadeia principal
s fechadas
Prefixo Infixo Sufixo
Prefixo + il Ciclo Número de Tipo de Função
carbonos ligação orgânica
Hidrocarboneto Apenas C e H o
Haleto orgânico R–X (X = F, Cl, Br ou I) o
Fenol Aromático–OH ol
Aldeído al
Cetona ona
Ácido
oico
carboxílico
Sal de ácido
oato de
carboxílico
Éster orgânico oato de
Amina amina
Amida amida
Nitrila nitrila
Nitrocomposto R–NO2 o
Cloreto de ácido
oila
carboxílico
Anidrido oico
Tioéter R–S–R’ –
Enol ol
Capítulo 7 – Isomeria
• Isomeria:
◦ Isômeros são compostos diferentes que têm a mesma
fórmula molecular, mas diferem no arranjo dos átomos na
estrutura das moléculas;
◦ Isomeria plana ou constitucional:
▪ Na isomeria plana, os isômeros podem ser facilmente
diferenciados pela observação de suas fórmulas
estruturais planas, pois diferem na conectividade dos
átomos que formam as moléculas isômeras;
▪ Esse tipo de isomeria é dividido em cinco classes, que são
nomeadas de acordo com sua principal diferença:
• Isomeria de função:
◦ Compostos apresentam funções orgânicas diferentes;
• Isomeria dinâmica ou tautomeria:
◦ Corresponde a um caso particular de isomeria de
função, em que os compostos coexistem em
equilíbrio químico;
• Isomeria de cadeia ou de núcleo:
◦ Compostos apresentam a mesma função orgânica e
diferentes cadeias carbônicas;
• Isomeria de posição:
◦ Compostos apresentam a mesma função orgânica, a
mesma cadeia e diferença na posição de um radical,
insaturação ou grupo funcional;
• Isomeria de compensação ou metameria:
◦ Corresponde a um caso particular de isomeria de
posição;
◦ Envolve a diferença na posição de um heteroátomo;
◦ Isomeria espacial ou esteroisomeria:
▪ Isômeros espaciais ou esteroisômeros são isômeros que
apresentam a mesma conectividade entre os átomos, mas
diferem na disposição espacial dos átomos na molécula;
▪ Isomeria geométrica:
• Esse tipo de isomeria pode acontecer tanto em
compostos de cadeia aberta quanto de cadeia fechada;
• Compostos de cadeia aberta:
◦ Devem apresentar pelo menos uma ligação dupla
entre carbonos, e os ligantes de cada carbono dessa
ligação devem ser diferentes entre si;
▪ Isomeria óptica:
• Tipo de isomeria espacial que acontece em moléculas
assimétricas nas quais os isômeros diferem no desvio
da luz polarizada;
• O caso mais importante de moléculas assimétricas
acontece quando elas têm, em sua estrutura, pelo
menos um átomo de carbono quiral ou assimétrico;
• Carbono quiral ou assimétrico:
◦ É aquele que apresenta quatro ligantes diferentes
entre si; para facilitar a visualização do carbono
quiral, ele costuma ser assinalado com um asterisco;
• Luz polarizada:
◦ É o conjunto de ondas eletromagnéticas que, após
atravessar um filtro polarizador, vibra em um único
plano de vibração;
• Quando um isômero é equivalente à imagem especular
do outro, eles desviam a luz polarizada de um mesmo
ângulo, porém em sentidos opostos, por isso são
chamados enantiômeros ou enantiomorfos;
• O isômero responsável pelo desvio para a direita é
chamado dextrogiro ou dextrorrotatório e o responsável
pelo desvio para a esquerda, levogiro ou levorrotatório;
• A mistura formada por quantidades iguais (equimolar)
dos dois isômeros (dextrogiro e levogiro) é chamada
mistura racêmica; a mistura racêmica não tem atividade
óptica (opticamente inativa);
• Quando uma molécula tem vários carbonos quirais
diferentes, podemos calcular o número de isômeros
ópticos ativos pela regra de Van’t Hoff:
◦ Número de isômeros opticamente ativos:
▪ 2n (em que n é o número de carbonos quirais
diferentes);
◦ Número de misturas racêmicas:
▪ É sempre a metade do número de isômeros
ópticos ativos;
▪ Dessa forma, pode ser calculado pela seguinte
fórmula:
• 2n/2 ou 2n-1;
Capítulo 8 – Reações orgânicas
▪ Cisão heterolítica:
• Quando uma ligação covalente quebra de forma
heterogênea, ou seja, um dos átomos fica com o par de
elétrons da ligação;
• Esse tipo de cisão dá origem a dois reagentes distintos,
o cátion (A+), chamado eletrófilo, e o ânion (B-),
chamado nucleófilo;
• Reações orgânicas:
◦ Reações de substituição:
▪ Reação de halogenação em alcanos:
• Regra geral:
• Exemplo:
◦ Monocloração do metano:
• Exemplo:
◦ Monocloração do propano:
Grupos arila
Nitro –NO2
Sulfônico –SO3H
Carboxila –COOH
Aldeído –CHO
Carbonila –CO–
Nitrila –CN
Éster –COOR
• Transesterificação (alcoólise):
◦ Reações de adição:
▪ Regra geral:
▪ Hidrogenação catalítica:
▪ Halogenação:
▪ Regra de Markovnikov:
• Na adição de HX a um alceno, o hidrogênio é adicionado
ao carbono mais hidrogenado da ligação dupla;
▪ Regra de antiMarkovnikov:
• Na adição de Hbr na presença de peróxido, o hidrogênio é
adicionado ao carbono menos hidrogenado da ligação
dupla;
▪ Hidratação:
▪ Adição em alcadienos conjugados:
• Halogenação:
◦ Quando a tensão diminui, a reação de adição, dá lugar à
reação de substituição;
▪ Adição em carbonilas (ligação pi entre carbono e oxigênio):
• Regra geral:
• Hidrogenação de carbonilas:
◦ Reações de eliminação:
▪ Regra geral:
▪ Eliminação de HX:
▪ Regra de Zaitsev:
• Na eliminação de HX, o carbono que perde o hidrogênio é
o carbono menos hidrogenado;
• Exemplo:
◦ Eliminação do Hbr do 2-bromobutano:
◦ Reações de redução:
▪ Regra geral:
▪ Reação de redução de compostos nitrogenados:
Capítulo 9 – Caráter acidobásico de substâncias
orgânicas
Monômero Polímero
• Polímeros acrílicos:
◦ Polímeros de adição cujos monômeros são derivados
do ácido acrílico (ácido propenoico);
Monômero Polímero
• Polímeros diênicos (elastômeros):
◦ Polímeros com propriedades elásticas formados a partir
de um monômero com duas ligações duplas conjugadas
(diêno conjugado);
◦ Nesse tipo de polimerazação de adição, ocorre a adição
-1,4, na qual uma das ligações duplas migra para o meio
da cadeia do monômero, conforme representado a
seguir:
Monômero Polímero
• Vulcanização:
◦ Consiste em aquecer a borracha com enxofre (cerca de
3 a 8% em massa) sob altas pressões e temperatura;
◦ O que ocorre basicamente é a reação do enxofre com
as ligações duplas, formando ligações cruzadas entre
as cadeias poliméricas com um, dois ou mais átomos de
enxofre entre elas;
▪ Polímeros de condensação:
• Formados por reações de substituição, nas quais ocorre a
formação de uma molécula menor (H2O, Hcl etc.);
• Nesse tipo de polimerização, os monômeros apresentam
funções orgânicas nas duas extremidades da cadeia;
• Poliésteres:
◦ Polímeros caracterizados pela repetição de grupos
ésteres, que são produzidos normalmente a partir da
reação entre monômeros com as funções de ácido
carboxílico e álcool;
Monômero Polímero
• Poliamidas e poliaramidas:
◦ Polímeros caracterizados pela repetição de grupos de
função amida, que são produzidos normalmente a partir
da reação entre monômeros com as funções de ácido
carboxílico e amina;
Monômero Polímero
• Outros polímeros de condensação:
Monômero Polímero
Capítulo 11 – Bioquímica
• Aminoácidos e proteínas:
◦ Aminoácidos são substâncias orgânicas que têm pelo menos
um grupo amina e um grupo carboxila em sua estrutura;
◦ Todos os 20 aminoácidos primários são ɑ-aminoácidos, ou
seja, têm um grupo amino no carbono adjacente à carboxila
(carbono alfa) e são diferenciados uns dos outros por suas
cadeias laterais (R);
◦ Proteínas:
▪ As proteínas são copolímeros de condensação (poliamidas
naturais) formados por até 20 ɑ-aminoácidos diferentes e,
por serem substâncias orgânicas muito grandes, têm
estruturas mais complexas que a de substâncias orgânicas
pequenas;
▪ Estrutura das proteínas:
• As proteínas são geralmente descritas em quatro níveis
de organização denominados estruturas primária,
secundária, terciária e quaternária;
• Estrutura primária:
◦ É a sequência de aminoácidos que compõe uma
proteína:
• Estrutura secundária:
◦ Refere-se aos arranjos regulares mantidos por
ligações de hidrogênio entre aminoácidos que estão
próximos uns aos outros na sequência linear;
◦ Dois arranjos particularmente estáveis são a hélice
alfa (ɑ) e a folha beta (β) pregueada;
• Estrutura terciária:
◦ É o formato tridimensional que uma cadeia
polipeptídica adquire após ser dobrada e enrolada
sobre si mesma;
◦ As proteínas normalmente adotam conformações
especiais que maximizam sua estabilidade;
◦ A estrutura terciária das proteínas globulares é
mantida por um conjunto de quatro forças de
interações principais, que ocorrem entre os grupos R
de aminoácidos:
▪ Pontes de dissulfetos:
• Ligações covalentes entre átomos de enxofre de
grupos cistinas;
▪ Interações hidrofóbicas;
• Atração entre grupos R hidrofóbicos;
▪ Interações iônicas:
• Atração entre íons de grupos R carregados
eletricamente;
▪ Ligações de hidrogênio:
• Formadas entre grupos R contendo grupo –NH2
ou –OH com grupos R de aminos distantes;
• Estrutura quaternária:
◦ Formada quando uma proteína é constituída por duas
ou mais cadeias polipeptídicas chamadas
subunidades, que se unem para formar um complexo
proteico;
◦ A maneira pela qual essas cadeias se arranjam em
uma estrutura tridimensional é denominada estrutura
quaternária da proteína;
▪ Desnaturação proteica:
• As forças que mantêm uma proteína na sua forma
tridimensional são relativamente fracas e, sob condições
de aquecimento moderado, essas interações podem
enfraquecer a um ponto que a proteína pode desdobrar
e perder seu formato tridimensional natural;
• Esse processo é denominado desnaturação;
• Além do aquecimento, outros fatores como variação
brusca do pH, solventes orgânicos, solução de ureia e
detergentes podem causar a desnaturação da proteína;
• Lipídeos:
◦ Grupo de compostos orgânicos que incluiu os óleos, as
gorduras, os fosfolipídeos, as ceras, os hormônios esteroides
etc.;
◦ Ácidos graxos:
▪ Ácidos carboxílicos de cadeia longa usados pelos seres
vivos na síntese de trigliceróis;
▪ Os ácidos graxos podem ser divididos em três grupos:
• Saturados:
◦ Possuem apenas ligações simples entre os carbonos;
• Monoinsaturados:
◦ Possuem apenas uma ligação dupla entre carbonos;
• Poli-insaturados:
◦ Possuem duas ou mais ligações duplas entre os
carbonos;
◦ Triacilgliceróis:
▪ Trata-se das gorduras de origem animal, como a banha e o
sebo, e dos óleos vegetais, como óleo de amemdoim, óleo
de soja etc.;
▪ Os triacilgliceróis que são líquidos à temperatura ambiente
geralmente são chamados de óleos; os que são sólidos
são chamados de gorduras;
▪ Quimicamente, ambos são triésteres de ácidos graxos e
glicerol;
▪ Como o glicerol tem três grupos hidroxila, os triacilgliceróis
formarão três ésteres com três ácidos graxos;
◦ Fosfolipídeos:
▪ As membranas lipídicas são constituídas de fosfolipídeos,
o principal constituinte dos fosfoglicerídeos, que diferem
dos triacilgliceróis por conterem um grupo hidroxila (–OH)
terminal do glicerol esterificado com ácido fosfórico em vez
de ácido graxo;
• Carboidratos:
◦ Também conhecidos por hidratos de carbono, açúcares ou
glicídios, os carboidratos são as biomoléculas mais
abundantes na natureza;
◦ São formados por carbono, oxigênio e hidrogênio;
◦ Sua fórmula mínima é: Cx(H2O)y;
◦ Existem três classes principais de carboidratos:
▪ Monossacarídeos ou oses:
• Os carboidratos mais simples;
• Correspondem às unidades básicas dos carboidratos e,
portanto, não sofrem hidrólise;
• São classificados em poliálcool-aldeído (aldose) ou
poliálcool-cetona (cetose) e apresentam de três a sete
átomos de carbono;
• Celulose:
◦ Homopolímero de condensação formado por unidades
de β-D-glicose unidas por ligações glicosídicas do tipo
(β→1,4);
◦ Sua fórmula molecular é (C6H10O5)n;
Capítulo 12 – Recursos orgânicos
▪ Craqueamento catalítico:
• Também conhecido como pirólise, é um processo
químico que transforma frações mais pesadas em
outras mais leves através da quebra de moléculas dos
compostos reagentes, fazendo uso de altas
temperaturas e catalisadores;
◦ O índice de octanagem e a gasolina:
▪ Para medir a qualidade da gasolina, utiliza-se o chamado
índice de octanagem, uma grandeza que mede a
resistência à compressão da mistura “ar + combustível”;
▪ O índice de octanagem foi criado a partir de dois
hidrocarbonetos:
• O heptano e o isoctano (2,2,4-trimetilpentano);
▪ Ao heptano, devido à sua baixa resistência à compressão,
foi atribuído, arbitrariamente, o valor 0 de octanagem; ao
isoctano, que possui elevada resistência à compressão, foi
atribuído, arbitrariamente, o valor de 100 de octanagem;
▪ No Brasil, a gasolina comum possui índice de octanagem
de 87; isso significa que essa gasolina no motor se
comporta da mesma forma que uma mistura formada por
87% de isoctano e 17% de heptano;
• Gás natural:
◦ É um combustível fóssil, encontrado em reservatórios
profundos no subsolo, associado ou não a jazidas de
petróleo;
◦ Composto basicamente por metano (com teores normalmente
acima de 90%) e etano (com teores de até 8%), é utilizado
como combustível industrial, em residências e em automóveis
(GNV);
• Carvão mineral:
◦ É um combustível fóssil natural, não renovável, extraído
através do processo de mineração;
◦ De acordo com a maior ou menor intensidade da
carbonização, o carvão mineral pode ser classificado como:
▪ Turfa (cerca de 60% de carbono);
▪ Linhito (cerca de 70% de carbono);
▪ Hulha (cerca de 80% de carbono);
▪ Antracito (cerca de 90% de carbono);
◦ Pirólise ou destilação seca da hulha:
▪ A hulha é aquecida em retortas a cerca de 1.000 ℃, na
ausência de oxigênio;
▪ Nesse processo são obtidas quatro frações:
• Fração gasosa:
◦ Gás de hulha, gás de rua ou gás de iluminação;
◦ Composto por:
▪ H2 (~50%);
▪ CH4 (~30%);
▪ C2H6, CO e N2 (gases em menores quantidades);
• Fração líquida leve (águas amoniacais):
◦ Solução aquosa de compostos nitrogenados,
derivados da amônia (NH3);
◦ Empregada industrialmente na fabricação de adubos
e fertilizantes agrícolas;
• Fração líquida pesada (alcatrão de hulha):
◦ Líquido viscoso, escuro, insolúvel em água,
semelhante ao petróleo;
◦ Formado por uma mistura de hidrocarbonetos
aromáticos;
◦ Após ser obtido, o alcatrão de hulha é submetido à
destilação fracionada, produzindo:
▪ Óleo leve:
• Como benzeno, tolueno e xilenos;
▪ Óleo médio:
• Fenol naftaleno, piridinas;
▪ Óleo pesado:
• Cresóis, anilina, naftóis;
▪ Óleo verde ou antracênico:
• Antraceno, fanatreno;
• Fração sólida (carvão coque):
◦ Um sólido amorfo e poroso, com alto teor de carbono;
◦ Utilizado como agente redutor na obtenção de ferro
em indústrias siderúrgicas;
• Xisto ou folhelho betuminoso:
◦ É uma rocha sedimentar rica em material orgânico;
◦ Quando submetido ao aquecimento, obtém-se dessa rocha
um óleo semelhante ao petróleo (óleo de xisto), que, depois
de destilado, produz gasolina, óleo diesel, óleo combustível,
nafta, gás combustível etc.;
◦ Existem também o gás natural extraído do xisto (gás de
xisto), que é basicamente metano preso em uma camada
profunda de rochas; para extraí-lo é necessário perfurar o
solo até a reserva e empregar água e produtos químicos sob
pressão para fraturar a rocha e liberar o gás;
• Etanol:
◦ É um combustível renovável utilizado em motores de
combustão interna em substituição à gasolina;
◦ A forma mais simples e comum de obter o etanol é através da
fermentação de carboidratos;
• Estados físicos:
◦ Sólido: FA > FR;
◦ Líquido: FA ~ FR;
◦ Vapor: FA < FR;
• Curvas de aquecimento:
• Densidade:
◦ d = m / v (g/cm3 ou g/mL);
• Fase:
◦ É toda porção uniforme de um sistema;
◦ 1 fase:
▪ Sistema homogêneo (monofásico);
◦ 2 ou mais fases:
▪ Sistema heterogêneo (bifásico, trifásico ou polifásico);
• Sistema:
◦ Mistura:
▪ Duas ou mais substâncias (tipos de moléculas);
◦ Substância pura:
▪ Uma única substância (um tipo de molécula);
• Substâncias:
◦ Simples:
▪ Estruturas com um só tipo de átomo;
◦ Compostas:
▪ Estruturas com dois ou mais tipos de átomos;
• Alotropia:
◦ É a propriedade que certos elementos têm de formar
substâncias simples, diferentes de si entre si, conforme
mostrado na tabela a seguir:
O Oxigênio, ozônio
P Branco, vermelho
S Rômbico, monoclínico
◦ Esquema de destilação:
Capítulo 2 – Introdução ao cálculo estequiométrico
• Massa atômica:
◦ Média ponderada das massas de todos os isótopos;
◦ Conversão entre as unidades de massa:
▪ 1g = 6,02x1023 u;
◦ Constante de Avogadro:
▪ 1 mol = 6,02x1023;
• Número de mols:
◦ n = m / M:
▪ n: número de mols (mol);
▪ m: massa (g);
▪ M: massa molar (g/mol);
• Volume molar:
◦ 22,4L (nas CNTP);
◦ V = (RT) / P (em quaisquer condições);
• Tipos de fórmulas:
◦ Molecular;
◦ Mínima:
▪ É a fórmula molecular simplificada;
◦ Centesimal:
▪ Expressa as porcentagens em massa de cada elemento;
• Conversões:
Capítulo 3 – Cálculo estequiométrico
• Lei de Lavoisier:
◦ Em um sistema fechado, não há alteração de massa durante
uma reação química (Conservação das Massas);
• Lei de Proust:
◦ As proporções entre as substâncias que efetivamente
participam de uma reação química são fixas (Proporções
Fixas);
• Lei de Gay-Lussac:
◦ As proporções volumétricas entre as substâncias gasosas
que efetivamente participam de uma reação química são
fixas;
• Cálculo estequiométrico:
◦ É o estudo da determinação do número de mos, da massa,
do volume e do número de moléculas de substâncias
participantes de uma reação química;
• Excesso de reagentes:
◦ Geralmente, o problema é de excesso de reagente quando
mais de um dado é fornecido;
◦ O reagente que não está em excesso é o reagente limitante;
◦ Para se resolver um problema de cálculo estequiométrico,
deve-se utilizar o dado do reagente limitante;
• Impureza de reagentes:
◦ As impurezas são inertes;
• Rendimento:
◦ É a porcentagem de reagentes que efetivamente se
transformam em produtos;
• Ebulioscopia:
• Crioscopia:
• Osmose é a passagem de solvente através de uma membrana
semipermeável, do meio hipotônico (menos concentrado) para o
meio hipertônico (mais concentrado);
• Pressão osmótica (π) é a pressão externa que se deve exercer
no meio hipertônico para se impedir o fenômeno da osmose;
• Em soluções iônicas, o número total da partículas (e, portanto,
os efeitos coligativos) deve ser multiplicado por um fator i,
portanto:
Capítulo 8 – Oxirredução
• Número de oxidação:
◦ Número de elétrons que um átomo, em um composto, perde
ou ganha para ter estabilidade;
◦ Regras para cálculo do Nox:
▪ I. 1A → 1+;
▪ II. 2A → 2+;
▪ III. Al, Bi → 3+;
▪ IV. Zn, Cd → 2+;
▪ V. H:
• 1+ (ligado a ametais);
• 1- (ligado a metais);
▪ VI. O:
• 2-;
• 1- (peróxidos);
• 1/2- (superóxidos);
▪ VII. Para átomos diretamente ligados ao oxigênio ou flúor:
• 7A → 1-;
• 6A → 2-;
• 5A → 3-;
▪ VIII. O Nox dos átomos em uma substância simples vale 0;
▪ IX. A soma dos Nox dos átomos em uma molécula vale 0;
▪ X. A soma dos Nox em um íon é a carga do íon;
• Oxidação:
◦ Perda de elétrons (aumento de Nox);
• Redução:
◦ Ganho de elétrons (diminuição de Nox);
• O agente oxidante contém o elemento que se reduz e o agente
redutor contém o elemento que se oxida;
• Oxirredução ou redox:
◦ Quando há variação de Nox na reação;
• Balanceamento por oxirredução:
◦ 1º: Calcular os Nox de todos os elementos participantes nos
reagentes e produtos;
◦ 2º: Verificar quem sofre oxidação e quem sofre redução;
◦ 3º: Calcular o Δ, onde Δ = (Nox maior – Nox menor) x (maior
índice do elemento);
◦ 4º: Inverter os Δs (Δ da oxidação no elemento que sofre
redução e vice-versa);
◦ 5º: Terminar o balanceamento por tentativas;
◦ Observação:
▪ Os quatro primeiros procedimentos garantem o equilíbrio
das cargas e o quinto garante o equilíbrio das massas;
Capítulo 9 – Radioatividade
Número Poder de
Emissã Representaçã Aspect Velocidad
Carga de penetraçã
o o o e
massa o
20.000 a 30.000
ɑ 2ɑ4 +2 4 Muito baixo
km/s
Até 270.000
β -1 β0 -1 0 Médio
km/s
Onda
ɣ 0 ɣ0
eletromagn 0 0 300.000 km/s Alto
ética
Pósitron +1 β0 +1 0 – –
• Reações nucleares:
◦ 1ª Lei de Soddy (emissões ɑ):
◦ Fissão nuclear:
▪ É o processo de transmutação nuclear que quebra um
núcleo grande em outros menores, com grande liberação
de energia:
◦ Fusão nuclear:
▪ É a união efetiva de dois núcleos menores para formação
de um núcleo maior, com grande liberação de energia;
◦ De análise ou decomposição:
▪ Parte-se de um único reagente para a formação de dois ou
mais produtos:
• Em geral:
◦ Metal comum + ácido → sal + H2;
◦ Metal + ácido → NÃO REAGE;
• Casos especiais:
◦ De dupla-troca:
▪ O cátion de uma substância une-se ao ânion da outra e
vice-versa;
▪ Não são reações de oxirredução;
▪ As três condições, cada uma delas suficiente por si só,
para que ocorra uma reação de dupla-troca são:
• 1. Formação de gás:
• 2. Formação de precipitado:
◦ Ácidos inorgânicos são solúveis em água;
◦ Bases de metais alcalinos (1A) são solúveis em água,
enquanto bases de metais alcalinoterrosos (2A) são
parcialmente solúveis em água, exceto o Mg(OH)2;
◦ Solubilidade dos sais em água:
• Gás ideal:
◦ Formado por partículas de tamanho desprezível;
◦ Interações entre as partículas são desprezíveis;
◦ Choques entre partículas e parede do recipiente são 100%
elásticos;
◦ Movimento retilíneo e caótico em todas as direções;
• Variáveis de estado:
◦ Pressão:
▪ 1 atm = 1,01325x105 N/m2 = 760 mmHg = 14,7 lb/pol2;
◦ Volume:
▪ 1 cm3 = 1 ml;
▪ 1 dm3 = 1 L;
▪ 1 m3 = 1000 L;
◦ Temperatura:
▪ T(K) = T(℃) + 273;
• Transformações:
◦ Isotérmica – Lei de Boyle:
▪ “À temperatura constante, o volume ocupado por um gás é
inversamente proporcional à sua pressão”;
P 1⋅V 1=P2⋅V 2
P1 P2
=
T1 T2
P1⋅V 1 P2⋅V 2
=
T1 T2
• Princípio de Avogadro:
◦ “Volumes iguais de gases diferentes contêm números iguais
de moléculas quando medidas nas mesmas condições de
pressão e temperatura”;
• Equação de Clapeyron:
P⋅V =n⋅R⋅T
• Volume molar:
◦ É o volume ocupado por 1 mol de um gás nas CNTP;
◦ É igual a 22,4L;
• Densidade dos gases:
◦ É a relação entre a massa e o volume;
m m PM
d= P⋅V =n⋅R⋅T n= ⇒ d=
V M RT
• Pressões parciais (Lei de Dalton):
◦ P H 2 V =n H 2 RT ;
◦ P N V =n N RT ;
2 2
◦ P total V =(n H +n N ) RT ;
2 2
◦ P total = P A + P B +P C +.. . ;
◦ P V total =(n H +n N ) RT ;
2 2
◦ V total =V A +V B +V C +.. . ;
• Fração molar de um gás em uma mistura:
nA PA VA
X A= = =
ntotal Ptotal V total
Velocidade A
Velocidade B√=
MB
MA
Capítulo 3 – Termoquímica
• Calorimetria:
◦ 1 caloria é a quantidade de energia térmica necessária para
elevar de 14,5 ℃ para 15,5 ℃ a temperatura de 1g de água;
◦ 1 cal = 4,18 J;
• Entalpia:
◦ É o calor envolvido em um processo químico ou físico;
◦ Variação de entalpia (ΔH):
▪ A quantidade de calor envolvido em um processo químico
ou físico, à pressão constante:
Δ H =H final −H inicial
◦ Processos exotérmicos:
▪ H final <H inicial ⇒ Δ H < 0 ;
▪ Reagentes → Produtos + Energia;
▪ Reagentes → Produtos ΔH < 0;
◦ Processos endotérmicos:
▪ H final >H inicial ⇒ Δ H >0 ;
▪ Reagentes + Energia → Produtos;
▪ Reagentes → Produtos ΔH > 0;
◦ Fatores que influenciam na variação da entalpia:
▪ Quantidade de reagentes e produtos:
• O calor absorvido ou liberado em uma reação depende
diretamente da quantidade de reagentes envolvidos;
▪ Estado físico dos reagentes e produtos:
• Os processos físicos de mudança de estados
consomem ou liberam energia;
• Portanto, a obtenção de um produto no estado gasoso
fornecerá um ΔH diferente do que a obtenção desse
mesmo produto nos estados líquido ou sólido;
• H(g) > H(l) > H(s);
▪ Forma alotrópica dos reagentes e produtos:
• Existe uma diferença na entalpia de dois alótropos, de
forma que o ΔH de uma reação também não será o
mesmo quando se utiliza diferentes alótropos na reação;
• Equação termoquímica:
◦ É uma forma de se representar uma reação química com
informações relevantes sobre a variação de entalpia
envolvida;
◦ Dados que devem estar presentes:
▪ ΔH da reação em kJ ou kcal;
▪ Coeficientes estequiométricos dos reagentes e produtos;
▪ Estado físico de todos os participantes;
▪ Temperatura e pressão da reação; se não houver
indicação da temperatura e pressão, considera-se que a
reação ocorreu nas condições ambientes de 25 ℃ e 1 atm;
• Lei de Hess:
◦ A variação de entalpia (ΔH) de uma reação química depende
apenas dos estados inicial e final da reação, não importando
o caminho da reação;
◦ Utilizando a Lei de Hess, é possível trabalhar com equações
químicas como se fossem equações matemáticas;
ΔH g = ΔH 1 + ΔH 2 + ΔH 3 +...
• Energia de ligação:
◦ É a energia necessária para quebra 1 mol de determinada
ligação no estado gasoso a 25 ℃ e 1 atm;
◦ Pode-se calcular a variação de entalpia de uma reação
sabendo que a quebra de ligações nos reagentes ocorre com
absorção de energia e formação de ligações nos produtos
com liberação de energia;
Capítulo 4 – Cinética química
• Cinética química:
◦ É a parte da química que estuda a velocidade das reações
químicas e os fatores que alteram a velocidade;
• Velocidade da reação:
◦ É definida como a variação na quantidade de uma substância
pelo intervalo de tempo durante o qual essa variação é
observada;
Δ(quantidade)
v=
Δ(tempo)
• Velocidade média das reações:
◦ aA + bB → cC + dD;
Δ[ A ] Δ[C ] Δ[ D]
v= v= v=
a⋅Δt c⋅Δt d⋅Δt
• Velocidade instantânea:
◦ É a variação da concentração de um dos componentes em
determinado instante da reação;
◦ A velocidade instantânea é geralmente medida no início da
reação, que é quando as concentrações são conhecidas;
• Mecanismos das reações (Teoria das colisões):
◦ Segundo a teoria das colisões, a velocidade de uma reação
química está relacionada com três fatores:
▪ Choque entre as moléculas:
• Quanto maior a frequência dos choques, maior será a
velocidade das reações;
▪ Energia do choque:
• O choque entre as moléculas deve ter energia suficiente
para formar o complexo ativado (energia de ativação);
▪ Orientação do choque:
• É necessário que as moléculas estejam orientadas
adequadamente no instante do choque para que se
forme o complexo ativado;
• Energia de ativação:
◦ É a energia necessária para que se alcance o complexo
ativado de uma reação;
◦ Reações com energia de ativação alta são lentas, enquanto
baixas energias de ativação levam a reações mais rápidas;
• Fatores que alteram a velocidade das reações:
◦ Concentração dos reagentes:
▪ Quanto maior a concentração dos reagentes, maior é a
velocidade de uma reação;
▪ xA + yB → Produtos:
• A lei de velocidade pode ser escrita como sendo:
x y
◦ v=k [ A ] ⋅[ B] ;
• A ordem da reação é a soma de x e y;
◦ Pressão dos reagentes:
▪ Aumento da pressão aumenta a velocidade de reações em
que existam reagentes gasosos;
◦ Temperatura:
▪ Aumento da temperatura aumenta a velocidade de todas
as reações;
◦ Superfície de contato:
▪ Principalmente para reagentes sólidos, quanto maior for a
superfície de contato entre reagentes, maior será a
velocidade das reações;
◦ Catalisador:
▪ São substâncias que aceleram uma reação, mas que não
são consumidas por ela e não aparecem na equação da
reação global;
▪ Catalisadores funcionam diminuindo a energia de ativação
da reação;
▪ Catálise homogênea:
• Quando o catalisador e os reagentes estão em uma
mesma fase, formando um sistema homogêneo;
▪ Catálise heterogênea:
• Quando o catalisador está em fase diferente dos
reagentes da reação, formando um sistema
heterogêneo;
▪ Enzimas:
• São catalisadores biológicos naturais;
• São proteínas que possuem função catalítica altamente
específica para determinada reação;
• Lei de ação das massas:
◦ Reações elementares:
▪ São reações que ocorrem em uma única etapa;
▪ Para uma reação elementar do tipo:
• aA + bB → Produtos:
a b
◦ v=k [ A ] ⋅[B ] ;
◦ Reações não elementares (em diversas etapas):
▪ São reações em que os passos são reações elementares
consecutivas;
▪ A etapa determinante da velocidade:
• É a etapa lenta da reação, que pode ter sua velocidade
descrita pela lei de ação das massas;
Capítulo 5 – Equilíbrios químicos I
◦ A relação entre Kc e Kp é:
Δn
▪ K p = K c⋅( RT ) ;
◦ As constantes de equilíbrio são adimensionais;
• O Princípio de Le Chatelier diz que:
◦ Quando se perturba um sistema em equilíbrio, a natureza age
contrariamente à perturbação imposta, no sentido de
minimizá-la ou de anulá-la;
◦ Um sistema em equilíbrio pode ser perturbado quando se
altera:
▪ A concentração das substâncias, a temperatura e a
pressão;
• Lei de Ostwald:
◦ Se ɑ > 10%:
2
ɱ⋅α
▪ K i= ;
1−α
◦ Se ɑ < 10%:
▪ (1 – ɑ) ≅ 1:
2
• K i=ɱ⋅α ;
◦ Onde “ɱ” é a concentração molar;
Capítulo 6 – Equilíbrio químico II
• Teoria de Lewis:
◦ Ácido é uma substância que aceita um par de elétrons, de
forma que ocorre uma ligação covalente com a entidade que
forneceu os elétrons;
◦ Base é uma substância que possui um par de elétrons livre
que pode ser doado para formar uma ligação covalente com
a entidade que aceita o par de elétrons;
◦ Abrangência das teorias ácido-base:
• Hidrólise de sais:
◦ Hidrólise de sal de ácido e base fortes:
▪ Não há hidrólise; tem-se apenas a autoionização da água;
▪ O meio final é neutro;
▪ KH = KW;
◦ Hidrólise de sal de ácido forte e base fraca:
▪ Há hidrólise motivada pelo íon derivado do eletrólito fraco;
▪ O meio final é ácido;
KW
▪ K H= ;
Kb
◦ Hidrólise de sal de ácido fraco e base forte:
▪ Há hidrólise motivada pelo íon derivado do eletrólito fraco;
▪ O meio final é básico;
KW
▪ K H= ;
Ka
◦ Hidrólise de sal de ácido e base fracos:
▪ Há hidrólise motivada pelos íons derivados dos eletrólitos
fracos;
▪ O meio final tende a ser neutro;
KW
▪ K H= ;
K a⋅K b
• Equilíbrios heterogêneos:
◦ CxAy(s) ⇌ xC(aq)y+ + yA(aq)x-:
▪ Onde:
• Kps = [C(aq)y+]x . [A(aq)x-]y;
• Kps: Produto de solubilidade;
◦ 1º caso:
▪ Os íons dissolvidos são todos provenientes da dissolução
do eletrólito:
• A solubilidade (S) é o número de mols do soluto que
satura uma solução de 1 L;
• Para íons dissolvidos em solução provenientes da
dissolução de um eletrólito, pode-se relacionar a
solubilidade S com o Kps;
• Exemplo:
◦ Para o BaSO4, temos:
◦ 2º caso:
▪ Os íons dissolvidos são provenientes de soluções distintas:
• Nesse caso, é muito provável que cátions e ânions não
estejam em proporção estequiométrica;
• Após a mistura das soluções, cátion e ânion terão
concentrações molares [C(aq)y+]mistura e [A(aq)x-]mistura;
• Assim, podemos calcular o Qps:
y+ x x- y
Q ps =[C (aq)]mistura⋅[ A (aq)]mistura
• Se Qps:
◦ > Kps:
▪ Precipitação (equilíbrio entre sólido e solução
saturada);
◦ = Kps:
▪ Solução saturada sem precipitação (iminência de
equilíbrio);
◦ < Kps:
▪ Solução insaturada sem precipitação (não há
equilíbrio);
Capítulo 7 – Eletroquímica
• Pilha de Daniell:
◦ O local eletroquímico da oxidação, seja em pilhas ou
eletrólises, é chamado de ânodo ou anodo;
◦ O local eletroquímico da redução, seja em pilhas ou em
eletrólises, é chamado de cátodo ou catodo;
◦ Nas pilhas, o anodo é o polo negativo, enquando o catodo é o
polo positivo;
◦ Esquema de funcionamento da pilha de Daniell:
◦ A maneira de se representar uma pilha de forma completa é
padronizada e universal;
◦ Veja a representação da pilha de Daniell entre zinco e cobre:
0 2+ o 2+ o o
Zn(s) /Zn(aq)( x mol/ L ;T 1 C ) // Cu( aq) ( y mol / L ;T 2 C ) /Cu(aq)
(anodo/oxidação/polo negativo) Ponte salina (catodo/redução/polo positivo)
ou
Placa porosa
• Tipos de pilha:
◦ Os exemplos mais comuns presentes no dia a dia são as
pilhas secas (pilhas de Leclanché) e as baterias de carro
(baterias de chumbo);
◦ As células combustíveis despontam como uma tecnologia
muito promissora e que vem sendo bastante discutida nos
dias atuais;
• Proteções anticorrosão:
◦ Metal de sacrifício:
▪ O metal protetor oxida no lugar do metal a ser protegido;
◦ Galvanização:
▪ Consiste no recobrimento total do metal a ser protegido por
outro metal que isole o primeiro do contato com o ar
atmosférico;
• Eletrólises:
◦ Eletrólise é o procedimento experimental pelo qual se
transforma energia elétrica em energia química;
◦ Nas eletrólises, ocorre inversão de polaridade, o ânodo é o
polo positivo, enquanto o cátodo é o polo negativo;
◦ Eletrólise ígnea:
▪ O eletrólito não é uma solução aquosa;
◦ Eletrólise em solução aquosa:
▪ O eletrólito é um composto iônico ou um ácido em solução
aquosa;
▪ Nas eletrólises em solução aquosa, o cátion do eletrólito
disputa com o cátion da água (H+) a preferência de
descarga no polo negativo, da mesma forma, o ânion do
eletrólito disputa com o ânion da água (OH-) a preferência
de descarga no polo positivo:
• H+ tem preferência de descarga sobre:
◦ 1A, 2A e Al3+;
• OH- tem preferência de descarga sobre:
◦ F- e ânions oxigenados;
• Eletroquímica quantitativa:
23 −19
Q1 mol de elétrons =(6,02⋅10 )⋅(1,6⋅10 C) ≈ 96.500 C
carga elementar
▪ Onde:
• i é a corrente que circula pelo dispositivo;
• t é o tempo de funcionamento da bateria;
◦ Quando se tem cubas eletrolíticas em série, a carga que
atravessa todas elas é a mesma, portanto:
▪ Q I = Q II = ... = Q N ;
Física
Livro 1
Frente 1
Capítulo 1 – Introdução à Cinemática
• A Cinemática trata de aspectos fundamentais para a correta
compreensão de toda a Física;
• Os conceitos de ponto material, posição, trajetória, repouso e
movimento são importantes para a resolução de problemas;
• Também é crucial que se defina um sistema de referência, que
é um sistema de coordenadas para medir as grandezas físicas,
como posição e velocidade;
• Localizar a posição de um corpo em função de suas
coordenadas, utilizar a equação do espaço e diferenciar
corretamente variação de posição e distância percorrida
também são tarefas fundamentais;
• O conceito de velocidade média é uma importante ferramenta
na resolução de alguns difíceis problemas da Cinemática; a
velocidade média tomada em um intervalo de tempo que tende
a zero é definida como velocidade escalar instantânea;
ΔS ΔS
v m= v= lim
Δt Δt → 0 Δt
• Quando um móvel se desloca com velocidade escalar positiva
(V > 0), no mesmo sentido da orientação positiva da trajetória, o
movimento é chamado progressivo;
• Quando o móvel se desloca com velocidade escalar negativa (V
< 0), no sentido contrário da orientação positiva da trajetória, o
movimento é chamado retrógrado;
Capítulo 2 – Movimento uniforme
ΔS
v m= v ⇒ v =
Δt
• A função horária do movimento uniforme é definida por:
S = S 0 + v⋅t
v = v 0 + a⋅t a
S=S 0 +v 0⋅t + ⋅t 2
2
• A relação entre espaço, velocidade e aceleração, sem a
necessidade do cálculo do tempo, é descrita pela equação de
Torricelli:
2
v = v 0 2 = 2⋅a⋅Δ S
• É importante prestar atenção nos sinais e valores de espaço,
velocidade e aceleração, para que o problema possa ser
corretamente modelado e resolvido;
• Outro caso de bastante interesse é o movimento vertical no
vácuo, um caso particular do MUV, cujo exercícios são muito
explorados;
• Vale lembrar que, no lançamento vertical, as equações são as
mesmas, com as seguintes considerações:
◦ a = –g, quando a trajetória é orientada para cima;
◦ a = +g, quando a trajetória é orientada para baixo;
Capítulo 4 – Análise gráfica
Velocidade instantânea (S x
Velocidade média (S x t)
t)
MUV
Movimento uniformemente variado (a < 0)
Capítulo 5 – Movimento circular
→
◦ Em que v é o módulo de v e R é o raio de curvatura da
trajetória;
• E, para concluir, estudamos a composição de movimentos que,
em linhas gerais, pode ser escrita por:
→ → →
v AB=v AC +v CB
→
◦ v AB = velocidade de A em relação a B;
→
◦ v AC = velocidade de A em relação a C;
→
◦ v CB = velocidade de C em relação a B;
◦ Essa relação entre velocidades vetoriais também é válida
para deslocamentos vetoriais e acelerações vetoriais:
→ → → → → →
d AB=d AC +d CB a AB=a AC +aCB
Capítulo 7 – Lançamento oblíquo no vácuo
1
y=v 0⋅sen θ⋅t− ⋅g⋅t 2 v y =v 0 sen θ −g⋅t a y =−g
2
2 2 2
v y =v 0⋅sen θ −2⋅g⋅Δ y
◦ Movimento horizontal:
▪ Tempo de subida:
v 0⋅sen θ
• t s= ;
g
▪ Altura máxima:
2 2
v 0⋅sen θ
• hmáx = ;
2⋅g
▪ Alcance máximo:
2
v0
• Amáx = ;
g
▪ Tempo total de movimento:
2⋅v 0 sen θ
• T= ;
g
▪ Alcance:
2
v ⋅sen (2 θ )
• A= 0 ;
g
▪ Equação da trajetória:
g 2
• y=tg θ⋅x− 2
⋅x ;
2⋅v 0 cos θ
• Vale observar que o movimento resultante é uma parábola, em
que a velocidade vetorial, que é a resultante das velocidades
vertical e horizontal, é sempre tangente à trajetória;
• Além disso, a aceleração vetorial, que é a resultante das
acelerações tangencial e centrípeta, é sempre igual ao vetor
aceleração da gravidade;
Capítulo 8 – Dinâmica
• Em paralelo:
◦ Com n molas, a constante elástica equivalente é
dada por:
k eq =k 1 +k 2 +...+k n
v lim =
√ m⋅g
k
• Forças conservativas:
◦ Forças cujo trabalho entre dois pontos não depende da
trajetória escolhida;
• Trabalho motor:
◦ Aquele que ocorre espontaneamente;
◦ Tem sinal positivo;
• Trabalho resistente:
◦ Aquele que não ocorre espontaneamente;
◦ Tem sinal negativo;
• Energia:
◦ Capacidade de realizar trabalho ou realizar uma ação, pode
ser potencial gravitacional, elástica, elétrica;
◦ Energia potencial elétrica:
KQq
▪ E p= ;
d
• Sistema conservativo:
◦ Sistema em que agem somente forças conservativas, neles a
quantidade de energia mecânica se mantém constante;
• Potencial elétrico:
◦ Grandeza escalar associada a cada ponto de um campo
elétrico conservativo tal que o trabalho da força elétrica entre
dois pontos do campo independe da trajetória, somente dos
pontos inicial e final (a diferença de potencial);
◦ V = E⋅d ;
• Espontaneidade e trabalho:
◦ Sistemas físicos tendem espontaneamente a minimizar sua
energia potencial elétrica, portanto cargas negativas
procuram espontaneamente maiores potenciais e cargas
positivas procuram espontaneamente menores potenciais, da
mesma forma que massas procuram espontaneamente
alturas menores (potenciais menores);
• Equipotenciais:
◦ Regiões nas quais o potencial elétrico é o mesmo em todos
os pontos, portanto, o trabalho da força elétrica para levar
uma carga de um ponto a outro da mesma equipotencial é
nulo; podem ser superfícies esféricas no espaço ou linhas no
plano;
◦ Para o campo elétrico uniforme as equipotenciais são sempre
perpendiculares à direção definida pelas linhas de força;
• Linhas de campo:
◦ Sempre se orientam no sentido de menor potencial;
◦ Linhas de campo não podem nascer e morrer em um mesmo
condutor em equilíbrio eletrostático, já que esse condutor
encontra-se todo em um mesmo potencial elétrico;
• Perpendicularidade das linhas de campo e superfícies
equipotenciais:
• U = εeq −r eq⋅i ;
• εeq =ε1 + ε2 + ε3 +...+ εn ;
• r eq =r 1 +r 2 +r 3 +...+r n ;
▪ Associações em paralelo provocam o aumento da potência
fornecida ao sistema, nesse caso, com o aumento da
corrente que circula pelo circuito;
• U = εeq −r eq⋅n⋅i ;
• εeq =ε ;
r
• r eq = ;
n
• Receptores elétricos:
◦ Para um receptor ideal:
▪ U = ε ' +r '⋅i ;
2 2
Q⋅U C⋅U Q
◦ E= = = ;
2 2 2⋅C
◦ Assim como os resistores e geradores, capacitores também
podem ser associados em série e paralelo em um circuito
elétrico;
▪ Em uma associação de capacitores em série, todos os
capacitores possuem a mesma carga Q;
• U =U 1 +U 2 +U 3 +...+U n ;
1 1 1 1 1
• = + + +...+ ;
C eq C 1 C 2 C 3 Cn
2
Q
• E P= ;
2⋅C eq
▪ Capacitores associados em paralelo apresentam a mesma
tensão;
• Q=Q 1 +Q 2 +Q 3 +...+Q n ;
• C eq =C 1 +C 2 +C 3 +...+C n ;
C ⋅U ²
• E P = eq ;
2
• Em um circuito elétrico alimentado por uma tensão constante U,
a corrente que atravessa um capacitor é igual a zero;
• Para o cálculo de correntes e tensões em circuitos elétricos
usam-se as Leis de Kirchhoff:
◦ Lei dos nós ou Lei das correntes:
▪ O somatório das correntes que chegam a um nó é igual ao
somatório das correntes que saem deste nó;
◦ Lei das malhas ou Lei das tensões:
▪ Ao se percorrer uma malha, o somatório algébrico das
DDPs é nulo;
Capítulo 7 – Interação entre cargas elétricas e campo
magnético
◦ F m=B⋅i⋅sen θ ;
◦ O sentido da força magnética é determinado pela regra da
mão direita espalmada;
• Outro tópico importante é a força magnética entre fios retilíneos,
infinitos e paralelos percorridos por corrente; nesse caso, tem-
se que, se os fios são percorridos por correntes de mesmo
sentido, a força entre eles é atrativa e, caso contrário, a força
entre eles é repulsiva; é importante ressaltar que a força que
age nos fios tem mesmo módulo, mesma direção e sentidos
opostos;
• Na abordagem da Lei de Faraday, o estudo foi feito inicialmente
com uma análise qualitativa e depois uma análise quantitativa;
◦ Na análise qualitativa:
▪ Foi mostrado que sempre que há a variação do fluxo do
vetor indução magnética ϕB ao longo de um circuito,
denominado induzido, surge uma força eletromotriz
induzida tal que, se o circuito estiver fechado, tem-se
associado a essa força eletromotriz uma corrente elétrica
induzida, cujo sentido é determinado pela Lei de Lenz;
▪ A Lei de Lenz afirma que o sentido da corrente induzida é
tal que se opõe às causas que a originaram; assim, para
se determinar o sentido da corrente induzida, deve-se
observar o comportamento temporal do fluxo no induzido e
a corrente induzida terá sentido tal que o campo por ela
gerado tende a reforçar fluxos que diminuem no tempo ou
a diminuir fluxos que aumentem no tempo;
◦ Na análise quantitativa:
▪ Foi feita uma análise quantitativa da força eletromotriz,
chegando-se à expressão para o cálculo da força
eletromotriz média no induzido dado por:
Δ ϕB
• εm=− ;
Δt
▪ O sinal negativo na expressão deve-se à Lei de Lenz,
indicando que a força eletromotriz induzida se opõe às
causas que a originaram;
Capítulo 10 – Gravitação
G⋅M⋅m
▪ FG= 2
, em que d é a distância entre o centro
d
dos corpos e G é a constante de gravitação universal, que
-11 2 2
vale aproximadamente 6,67⋅10 N⋅m /kg ;
• Campo gravitacional:
◦ Massas têm ao seu redor um campo gravitacional que pode
ser calculado por:
G⋅M
▪ g= , em que h é a altura acima da superfície do
( R+h)2
planeta e R é o raio do planeta; quando h = 0, para a Terra,
2
temos g sup =10 m/s ;
◦ Para comparar campos gravitacionais em locais distintos,
temos:
G⋅M A
▪
gA
gB
=
( )
RA
G⋅M B
M
2
R
= A⋅ B
MB RA
R2B
( )( )
• Rotação da Terra e peso aparente:
2
▪
√ GM
R orb √
v orb = √ Rorb g orb ⇒ v orb = R orb⋅ 2 ⇒ v orb =
GM
R orb
;
◦ Período orbital:
3
R G⋅M
▪ 2= 2
;
T 4π
◦ Imponderabilidade:
▪ Aparente ausência de peso devido à ausência de força de
contato normal;
◦ Queda livre:
▪ Quando um corpo em movimento vertical está sujeito
apenas à força peso;
• Energia potencial gravitacional e conservação de energia
mecânica:
◦ Para um sistema de dois corpos, a energia potencial
gravitacional é dada por:
G⋅M⋅m
▪ E pg =− , em que d é a distância entre o centro
d
dos corpos;
◦ Em movimentos orbitais, existe conservação da energia
mecânica, então, podemos considerar que:
▪ E M(inicial)=E M(final) ;
i i f f
▪ E pg + E c = E pg + E c ;
◦ Velocidade de escape:
▪ A velocidade mínima para que um corpo, sem propulsão,
consiga escapar do campo gravitacional terrestre é dado
por:
• v E=
• Sistema binário:
√ 2⋅G⋅M
R
;
◦ Torque:
▪ O torque, ou momento de uma força em relação a um polo
M, está relacionado à capacidade que a força tem de girar
um corpo;
▪ , onde F é o módulo da força e b é o
braço de alavanca (distância entre a linha de ação da força
e um ponto escolhido);
• Condições de equilíbrio:
◦ Para o equilíbrio translacional e rotacional, temos:
▪ Equilíbrio = Equilíbrio translacional + Equilíbrio rotacional;
→ →
▪ Equilíbrio translacional F R =0 ;
→ →
▪ Equilíbrio rotacional M R =0 ;
◦ Qualquer ponto pode ser escolhido como polo se o corpo
estiver em equilíbrio translacional;
◦ Caso o corpo não esteja em equilíbrio translacional, ou seja,
se ele tiver aceleração linear, para que exista equilíbrio
rotacional o torque em relação ao centro de massa deve ser
nulo;
◦ Se o corpo estiver em equilíbrio sob ação de 3 forças, essas
forças devem ser concorrentes em um único ponto;
• Tombamento e escorregamento:
◦ Carregamentos distribuídos devem ser substituídos por uma
força equivalente que gere o mesmo torque;
◦ A linha de ação da força resultante deve passar pelo centro
do carregamento distribuído;
◦ Em uma alavanca interfixa, o ponto de apoio está entre a
força potente e a força resistente;
◦ Na alavanca inter-resistente, o ponto de aplicação da força
resistente está entre o ponto de aplicação da força potente e
o ponto de apoio;
◦ Em alavancas interpotentes, a força potente está aplicada
entre a força resistente e o ponto de apoio;
• Tipos de equilíbrio:
◦ Se uma pequena perturbação faz com que o corpo retorne à
posição de equilíbrio, trata-se de uma situação de equilíbrio
estável; quando um corpo apoiado por apenas um ponto tem
o centro de gravidade abaixo desse ponto de apoio, o
equilíbrio é estável, já que o peso gera um torque de
restauração;
◦ Se uma pequena perturbação faz com que o corpo se afaste
cada vez mais da posição de equilíbrio, trata-se de uma
situação de equilíbrio instável; da mesma maneira, quando
um corpo apoiado por apenas um ponto tem o centro de
gravidade acima desse ponto de apoio, o equilíbrio é instável,
já que o peso gera um torque de tombamento;
Capítulo 12 – Hidrostática
Escala de
Ponto gelo Ponto vapor
temperatura
Celsius 0℃ 100 ℃
Fahrenheit 32 ℉ 212 ℉
Kelvin 273 K 373 K
• A relação entre essas três escalas é:
Δ T C =Δ T K Δ T F =1,8⋅Δ T C
Capítulo 2 – Dilatação térmica
{Densidade máxima }
Volume mínimo
Capítulo 3 – Calorimetria
◦ Isobárica:
V
▪ P=cte . ⇒ =cte . ;
T
Vi Vf
▪ = ;
Ti V f
◦ Isométrica:
P
▪ V =cte . ⇒ =cte . ;
T
Pi Pf
▪ = ;
Ti T f
• Leis da reflexão:
◦ Primeira Lei da reflexão:
▪ O raio de luz incidente, o raio de luz refletido e a reta
normal à superfície pelo ponto de incidência da luz são
coplanares;
▪ Coplanares:
• ri: raio de luz incidente;
• rr: raio de luz refletido;
• rn: reta normal;
◦ Segunda Lei da reflexão:
▪ O ângulo de incidência e o ângulo de reflexão possuem a
mesma medida;
• Espelhos:
◦ Espelho plano:
▪ Imagem formada de objetos reais:
• Natureza:
◦ Virtual;
• Orientação:
◦ Direita;
• Tamanho:
◦ Igual ao objeto;
• Posição:
◦ Simétrica;
◦ Espelho esférico:
▪ Foco:
R
• F= ;
2
▪ Equação de Gauss:
1 1 1
• = + ;
F p p'
▪ Equação do aumento linear transversal:
i y p'
• A= = =− ;
o y' p
▪ Lembre-se de que uma imagem possui sempre quatro
características:
• Natureza:
◦ Real ou virtual;
• Orientação:
◦ Direita ou invertida em relação ao objeto;
• Tamanho;
• Posição em relação ao espelho e seus pontos notáveis;
▪ Tipos de espelho esférico:
• Espelho côncavo:
◦ Caso 1:
▪ Objeto situado depois do centro de curvatura C;
▪ Imagem conjugada:
• Real;
• Invertida;
• Menor;
• Entre F e C;
◦ Caso 2:
▪ Objeto situado sobre o centro de curvatura C;
▪ Imagem conjugada:
• Real;
• Invertida;
• Igual;
• Em C;
◦ Caso 3:
▪ Objeto situado entre o centro de curvatura C e o
foco F;
▪ Imagem conjugada:
• Real;
• Invertida;
• Maior;
• Depois de C;
◦ Caso 4:
▪ Objeto situado sobre o foco F:
• Imagem conjugada:
◦ No infinito (imprópria);
◦ Caso 5:
▪ Objeto situado entre o foco F e o vértice V;
▪ Imagem conjugada:
• Virtual;
• Direita;
• Maior;
• Atrás do espelho;
• Espelho convexo:
◦ Caso único:
▪ Objeto situado na frente do espelho;
▪ Imagem conjugada:
• Virtual;
• Direita;
• Menor;
• Atrás do espelho;
• Atenção para os sinais de P, P’, F e A:
◦ Objeto:
▪ Real: P > 0;
▪ Virtual: P < 0;
◦ Imagem:
▪ Real: P’ > 0;
▪ Virtual: P’ < 0;
▪ Direita: y’ com o mesmo sinal de y;
▪ Invertida: y’ com o sinal contrário ao de y;
◦ Espelho:
▪ Côncavo: R > 0 e F > 0;
▪ Convexo: R < 0 e F < 0;
◦ Aumento:
▪ Valor:
• Maior que 0: imagem direita e consequentemente
virtual;
• Maior que 0: imagem invertida e consequentemente real
e projetável;
▪ Módulo:
• |A| > 1: imagem maior que o objeto (ampliada);
• |A| < 1: imagem menor que o objeto (reduzida);
• |A| = 1: imagem igual ao objeto (normal);
Capítulo 9 – Refração da luz
• Dioptros planos:
◦ Posição aparente:
◦ Lei de Snell:
▪ n vem⋅senvem=n vai⋅senvai ;
• Classificação das lentes:
◦ Bordas finas ou convexas:
▪ Biconvexa;
▪ Plano-convexa;
▪ Côncavo-convexa;
◦ Bordas grossas ou côncavas:
▪ Bicôncava;
▪ Plano-côncava;
▪ Convexo-côncava;
◦ Lentes convergentes:
▪ Caso 1:
• Objeto situado antes do ponto antiprincipal A0;
• Imagem conjugada:
◦ Real;
◦ Invertida;
◦ Menor;
◦ Entre A1 e F1;
▪ Caso 2:
• Objeto situado em A0;
• Imagem conjugada:
◦ Real;
◦ Invertida;
◦ Igual;
◦ No A1;
▪ Caso 3:
• Objeto situado entre A0 e F0;
• Imagem conjugada:
◦ Real;
◦ Invertida;
◦ Maior;
◦ Depois de A1;
▪ Caso 4:
• Objeto situado em F0;
• Imagem conjugada:
◦ No infinito (imprópria);
▪ Caso 5:
• Objeto situado entre F0 e C;
• Imagem conjugada:
◦ Virtual;
◦ Direita;
◦ Maior;
◦ Região do objeto;
◦ Lentes divergentes:
▪ Caso único:
• Objeto situado na frente da lente;
• Imagem conjugada:
◦ Virtual;
◦ Direita;
◦ Maior;
◦ Região do objeto;
⇒ ω ⋅A≤v≤− ω ⋅A ;
◦ Para um corpo em MHS a velocidade em módulo é máxima
quando o corpo passa pela posição de equilíbrio:
▪ v máx = ω ⋅A ;
◦ A velocidade de um ponto material que descreve um MHS
em função da elongação é dada pela equação de Torricelli:
▪ v=± ω A −x ; √ 2 2
◦ Para φ 0 =0 e :
▪ I. Elongação:
• ;
2π
• x p = A⋅cos ( )
T
⋅t :
▪ II. Velocidade:
• ;
t 0 T/4 T/2 3T/4 T
vp 0 –ωA 0 ωA 0
2π
• v p=− ω⋅A⋅sen ( )
T
⋅t :
▪ III. Aceleração:
2
• a p =− ω ⋅A⋅cos( ω ⋅t+ φ 0 ) ;
2π
• a p =− ω2⋅A⋅cos ( )
T
⋅t :
• No MHS a força está sempre tentando restabelecer o equilíbrio;
é restauradora;
• Em um sistema massa-mola:
→ →
◦ F =−K⋅x ;
◦ T =2⋅π⋅
m
k
;
√
• Um pêndulo simples em um ambiente sem resistência do ar
realiza um movimento oscilatório cujo período independe da
massa pendular; para pequenas amplitudes de oscilação, o
movimento do pêndulo simples pode ser aproximado do MHS;
◦ T =2⋅π⋅
√ l
g
;
◦ μ=
v=
m
FT
μ √ , em que FT corresponde à tração na corda;
◦
[
y p = A⋅cos φ 0 +2 π ( t xp
−
T λ
▪ (Equação da onda harmônica);
)] :
◦ Tubo aberto:
• Efeito Doppler:
◦ Quando há movimento relativo entre uma fonte sonora e o
detector, uma frequência aparente é registrada;
◦ Se uma fonte em movimento se aproxima do detector, ou
observador, em repouso, uma frequência maior que a
frequência real é registrada;
◦ Se a fonte se afasta do detector, uma frequência menor que a
frequência real é registrada;
▪ f aparente =
[v som±v o
]⋅f
v som∓v f real
, em que:
◦ b) Sobrejetora:
▪ A função f de A em B é uma função sobrejetora quando o
seu conjunto-imagem é o contradomínio B;
◦ c) Bijetora:
▪ A função f de A em B é uma função bijetora quando for
injetora e sobrejetora;
2
• O trinômio do 2º grau y=ax +bx +c ; a≠0 possui como
gráfico uma parábola;
• Raízes do trinômio:
−b± √ Δ
◦ x 1;2= ; Δ=b2 −4 ac ;
2a
• Natureza das raízes:
◦ Δ >0 ⇒ x 1 ≠x 2 ∈ ℝ ;
b
◦ Δ=0 ⇒ x 1 =x 2 =− ;
2a
◦ Δ <0 ⇒ x 1 ≠x 2 ∉ ℝ ;
• Relação entre coeficientes e raízes:
b
◦ x 1 +x 2 =− ;
a
c
◦ x 1⋅x 2= ;
a
• Fatoração do trinômio do 2º grau:
2
◦ ax +bx +c=a⋅( x−x 1 )⋅(x−x 2 ) ;
a>0 a<0
Δ>0
Δ=0
Δ<0
Vértice da parábola
Capítulo 4 – Função exponencial
* x
• f : ℝ→ℝ + e f ( x)=a ; a > 0 e a≠1 é definida
como função exponencial;
• f é injetora e sobrejetora (é bijetora);
Capítulo 5 – Funções logarítmicas
◦ log c b =a⋅log c b ;
◦ ;
log c b
◦ log a b= ;
log c a
• A função logarítmica f ( x)=log x é injetora e monotômica;
• Observe os dois casos básicos:
Capítulo 6 – Função modular
◦ b) cos(x):
▪ Imagem: −1≤cos x≤1 ;
▪ Período: 2 π ;
▪ Amplitude: 1
▪ Domínio: ℝ ;
▪ Função par: cos(− x)=cos x ;
Capítulo 9 – Funções circulares
p−q p+q
• sen p−sen q=2⋅sen⋅ ( ) ( )
2
⋅cos
2
;
• ;
p+q p−q
• cos p−cos q=−2⋅sen⋅ ( ) (
2
⋅sen⋅
2
;
)
Capítulo 11 – Equações e inequações trigonométricas
c
▪ cos θ⋅sen x+sen θ⋅cos x=
√ a2+b2
• Transformamos a equação em uma equação fundamental, da
c
forma sen(x + θ )= ;
√ a +b
2 2
Capítulo 12 – Análise combinatória
0 1 2 p n
• Conjuntos numéricos:
◦ Naturais: ℕ={0, 1, 2, 3, ...} ;
◦ Naturais não nulos: ℕ={1, 2, 3, ...} ;
◦ Inteiros: ℤ={..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...} ;
◦ Inteiros não negativos: ℤ+ ={0, 1, 2, 3, ...} ;
*
◦ Inteiros positivos: ℤ+ ={1, 2, 3, ...} ;
◦ Inteiros não positivos: ℤ- ;
◦ Inteiros negativos: ;
◦ Racionais:
a
▪ ℚ={ x ∈ ℚ / ∃ α ∈ ℤ ∧ b ∈ ℤ* / x= } ;
b
◦ Irracionais:
◦ Reais:
Ι =¿ ;
▪ ℝ=ℚ∪Ι ;
Capítulo 2 – Conceitos preliminares da teoria dos
números
a (x± y) ax ± ay
2 2 2
(a±b) a ± 2 ab + b
2 2
(a+b)⋅(a−b) a −b
2
(x+a)⋅(x+b) x + (a+b) x+ ab
(a+b)3 3 2
a + 3 a b + 3 ab + b
2 3
(a−b)3 3
a −3 a b+3 ab −b
2 2 3
2 2 3 3
(a+b)⋅(a −ab+b ) a +b
2 2 3 3
(a−b)⋅(a +ab+b ) a −b
(a+b+c)2 2 2 2
a + b + c + 2 ab + 2 ac + 2 bc
Capítulo 4 – Problemas de 1º e 2º graus
◦ i : taxa;
100
Capítulo 6 – Razões, proporções e regra de três
A B
1 2
2 4
3 6
5 10
A :
• =constante
B
• Propriedades importantes:
a c a+b c+d ;
◦ = = =
b d b d
a c a+c ;
◦ = =
b d b+ d
2 2
a c ac a c ;
◦ = ⇔ = 2= 2
b d bd b d
◦ Para dois termos, temos:
x+ y M G = √ x⋅y , M H =
2 xy
▪ M A= , ;
2 x+ y
◦ Relacionando as três médias, temos:
2
▪ M G =M A⋅M H ;
A B
1 12
2 6
3 4
6 2
• AB=constante :
• Médias importantes:
x 1 + x 2 +...+ x n
◦ Média aritmética= ;
n
n
◦ Média geométrica= √ x 1⋅x 2⋅...⋅x n ;
-1
1 1 1
◦ Média harmônica=( + +...+
x1 x2
n
xn
) ;
Capítulo 7 – Noções básicas de estatística
PA PG
a+c 2
PA (a ;b ; c)⇔ b= PG (a ; b ; c)⇔ b =a⋅c
2
a1 + an=a2 +an-1 =... a1⋅an=a2⋅a n-1=...
n-1
an =a1 +(n−1)⋅r an =a1⋅q
n
(a 1 +an )⋅n a1⋅(q −1)
Sn = Sn =
2 q−1
Capítulo 9 – Matrizes
Matriz
Matriz identidade Matriz antissimétrica
simétrica
t t
A =A A =− A
Capítulo 10 – Determinantes
(1⋅5⋅9+4⋅8⋅3+7⋅2⋅6)−(3⋅5⋅7+6⋅8⋅1+9⋅2⋅4)=0
• Cálc
ulo de determinantes de ordem n≥2 :
◦ Teorema de Laplace:
▪ O determinante de uma matriz quadrada de ordem n é a
soma dos produtos dos elementos de uma fileira qualquer
pelos seus respectivos cofatores;
• Propriedades dos determinantes:
◦ Para exemplificar as propriedades rapidamente, observe
cada uma delas para o caso particular para matrizes de
ordem 2:
▪ P1 )
▪ P2 )
▪ P3 )
▪ P4 )
▪ P7 )
▪ P8 )
t
• det ( A)=det ( A ) ;
▪ P9 )
1
• det A -1 = , det ( A )≠0 ;
det ( A)
Capítulo 11 – Sistemas lineares
b c d
x 1 +x 2 +x 3 =− x1 x2+ x1 x3+ x2 x3= x 1 x 2 x 3 =−
a a a
• Teorema de Tales:
• Triângulos semelhantes:
Capítulo 6 – Pontos notáveis do triângulo
AG BG CG
◦ Propriedade: = = =2 ;
GM A GM B GM C
• Incentro (cruzamento das bissetrizes internas):
◦ Propriedade: I é o centro da circunferência inscrita;
• Circuncentro (cruzamento das mediatrizes):
◦ Relações métricas:
Capítulo 10 – Triângulos quaisquer
◦ r : ax +by +c=0 ;
|ax 0 +by 0 +c|
◦ d P;r = ;
√ a +b
2 2
Capítulo 15 – Estudo das cônicas
▪ Hipótese: r ⊥ α s⊥r AB ⊥ s ;
▪ Tese: ∀ C ∈ ℝ , temos : CB ⊥ s ;
Capítulo 17 – Diedros e triedos
▪ V =a⋅b⋅c ;
▪ A t =2(ab+ac +bc) ;
▪ d = √ a +b +c ;
2 2 2
◦ Cubo:
3
▪ V =a ;
2
▪ At =6 a ;
▪ d =a √ 3 ;
Capítulo 19 – Pirâmides
• A e B: polos da esfera;
• R: raio da esfera;
• Volume:
4
◦ V = ⋅π⋅R 3 ;
3
• Área:
2
◦ A=4⋅π⋅R ;
• Toda seção plana da esfera é uma circunferência:
2 2 2
◦ R =r + d ;
Capítulo 22 – Poliedros convexos
Tetraedro Hexaedro
Octaedro
Dodecaedro
Icosaedro