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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Centro de Recurso de Maputo

Importância pelo respeito da justiça e de instituições fortes (justas) para a vida


humana.

Nome: Ralfo Afonso Mimbir (708216244)

Docente: Faria Ranjo Pedro

Curso: Ensino de Matemática


Cadeira: Introdução a Filosofia
Ano de Frequência: 2o ano

Maputo, Agosto de 2022


Categorias Classificação
Nota
Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria:
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Índice
Introdução........................................................................................................................................1
Objectivos........................................................................................................................................2
Objectivo geral.............................................................................................................................2
Objectivo especifico.....................................................................................................................2
Conceito de justiça...........................................................................................................................3
Importância da justiça para a vida humana......................................................................................3
Princípios da teoria da justiça..........................................................................................................5
Posicionamento de outros filósofos.................................................................................................6
Posicionamento autônomo...............................................................................................................7
Conclusão........................................................................................................................................8
Referências bibliográficas...............................................................................................................9
Introdução
O conceito de justiça dar-se-ia através de dois pontos, um deles é a equidade que está
conduzindo todo o espectro de reflexões introduzido por Rawls em torno do conceito, nas
palavras de Bittar em seu livro “Curso de Filosofia do Direito” define claramente o conceito de
equidade para Rawls

“A equidade dá-se quando do momento inicial em que se definem as premissas com as


quais se construirão as estruturas institucionais da sociedade (Bittar, E. C. B. 2001)”.

No segundo ponto, do qual John Rwals concebe o seu conceito de justiça é na forma do
contratualismo. Ele não sendo o único neo-contratualista contemporâneo, mas esta é uma das
suas características mais marcantes. Desta forma, busca através de estudos, pesquisas,
desenvolturas explorar grade dos conceitos, através de um contratualismo3 contemporâneo.

No presente trabalho far-se-á a apresentação dos conceitos de justiça, importância pelo


respeito da justiça e de instituições fortes (justas) para a vida humana e o posicionamento dos outros
autores sobre a teoria de Rawls.

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Objectivos
Para Marconi & Lakatos (2002, p.24) “toda pesquisa deve ter um objetivo determinado para
saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar.”

Objectivo geral
 Conhecer a importância pelo respeito da justiça e de instituições fortes
Objectivo especifico
De acordo com Marconi & Lakatos (2003, p. 219) os objetivos específicos “apresentam
caráter mais concreto. [...], permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicá-lo
a situações particulares”.

 Conceituar a teoria da justiça de Rawls


 Apresentar o posicionamento de outros autores sobre a teoria de John Rawls
 Explicar o posicionamento autônomo sobre a teoria de Rawls.

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Conceito de justiça
O conceito apresentado pelo filosofo John Rawls a respeito de justiça é uma concepção
de justiça como equidade e com leve teor do contratualismo do século XVII, para Rawls o
conceito de justiça como equidade trata-se de uma posição original de igualdade que corresponde
ao estado de natureza na teoria tradicional do contrato social. Esses são os princípios que pessoas
livres e racionais preocupadas em promover seus próprios interesses, aceitariam uma posição
inicial de igualdade como definidores dos termos fundamentais de sua associação (Cer. Bittar, p.
411).

No entanto estes princípios devem regular todos os acordos subsequentes, especificando


o tipo de cooperação social que se pode assumir. São as formas de governo que se podem
estabelecer, aqueles que se comprometem na cooperação social escolhem juntos numa ação
conjunta. Os princípios que se devem atribuir os direitos e deveres básicos e determinar a visão
de benefícios sociais, como Rawls especifica em seu livro “Uma Teoria de Justiça”:

A teoria da justiça de Rawls procura unir duas diretrizes que historicamente marcaram
duas regiões distintas do mundo: a tolerância e a liberdade individual, muito prezadas na
América do Norte, especificamente nos Estados Unidos, e a igualdade econômica e social, mais
intensamente defendidas no continente europeu.

A referida união entre liberdades individuais e igualdade social faz-se presente nos famosos
dois princípios de justiça de Rawls:

a) Todas as pessoas têm igual direito a um projeto inteiramente satisfatório de direitos e


liberdades básicas iguais para todos, projeto este compatível com todos os demais; e,
nesse projeto, as liberdades políticas, e somente estas, deverão ter seu valor equitativo
garantido.
b) As desigualdades sociais e econômicas devem satisfazer dois requisitos: primeiro,
devem estar vinculadas a posições e cargos abertos a todos, em condições de igualdade
equitativa de oportunidades; e, segundo, devem representar o maior benefício possível
aos membros menos privilegiados da sociedade. (Rawls 3, p. 47-48)

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Importância da justiça para a vida humana
A importância pelo respeito da justiça e de instituições fortes (justas) para a vida humana
é de promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável,
proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e
inclusivas em todos os níveis, por isso fortalecer o estado de direito e a promoção dos direitos
humanos, promover a estabilidade a partir de uma governança efetiva e garantir estados de paz
para o processo de desenvolvimento sustentável, são objectivos da justiça e de instituições fortes
(justas) para a vida humana.

É dever natural de justiça que propulsiona, diz Rawls, o cidadão à obediência da


constituição e das leis. É a lei a garantia de que situações iguais serão igualmente tratadas. E a lei
aqui não é sinônimo de constrição, mas de liberdade. Consciente das dificuldades que engentram
a discussão do tema da justiça nessa base, e dos comprometimentos de seus postulados teóricos,
é que Rawls está preocupado em demonstrar materialmente a realizabilidade dos dois princípios
(menciona a formação da constituição, dos processos legislativos, as formas de execução da lei
etc.) nas instituições deve medrar o que se chama de justiça material (Bittar, 2001, p. 385).

Rawls na sua concepção de justiça analisa a justiça como equidade, e que através de um
contrato inicial ou de um pacto social inicial, busca a igualdade, liberdade, e, no momento do
pacto são escolhidas as premissas de operação da sociedade. São esses os princípios
regularizadores de toda atividade institucional que vise distribuir direitos e deveres, enquanto o
primeiro princípio determina as liberdades, o segundo princípio regula a aplicabilidade do
primeiro, corrigindo assim as desigualdades que possam ocorrem, após a escolha destes
princípios, as partes contratantes vinculam-se a ponto de escolherem uma Constituição, uma
forma de governo de legalidade, fazendo as leis e normas a serem seguidas dando-lhe
publicidade a tudo. Isso leva as instituições à idéia de estabilidade, de algo estável a sociedade.

As características da teoria de justiça de Rawls são elas: O contrato inicial, (primeira


principal característica, surge como base/pilar de toda teoria) a visão de justiça como equidade
(segunda principal característica, uma equidade de forma de igualdade, direito de cada um), os
princípios (esses fortaleceram o contrato e buscam concretizar os direitos e deveres de cada um,
e reparar as desigualdades que possam ocorrer), a Constituição (surge como forma de impor as

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leis e uma forma de escolha de governo, assegurando o cumprimento do contrato e seus
princípios com base na equidade, igualdade e liberdade).

Princípios da teoria da justiça


Os princípios vêm, no início do pacto original, como igualdade e liberdade para deliberar
sobre, direito, deveres, obrigações, benefícios e ônus a serem regidos. A primeira formulação de
tais princípios ainda é um esboço, no qual o contrato é estruturado tomando por base dois
princípios basilares de seu sistema acerca de justiça, que são:

Primeiro: cada pessoa deve ter um direito igual ao mais abrangente sistema de liberdades
básicas iguais que seja compatível com um sistema semelhante de liberdades para as outras. 

Segundo: as desigualdades sociais e econômicas devem ser ordenadas de tal modo que
sejam ao mesmo tempo (a) consideradas como vantajosas para todos dentro dos limites do
razoável, e (b) vinculadas a posição e cargos acessíveis a todos (Rawls, J. 2000, p. 64).

Aplicam-se estes princípios primeiramente à estrutura básica da sociedade, governam a


atribuição de direitos e deveres e regulam as vantagens econômicas e sociais. O primeiro
princípio determina as liberdades, enquanto o segundo princípio regula a aplicabilidade do
primeiro, corrigindo assim as desigualdades que possam ocorrem, é certo que não há como
erradicar as desigualdades econômicas e sociais entre as pessoas, ou melhor, entre os pactuantes,
as associações devem prever organismos suficientes para o equilíbrio das deficiências e
desigualdades, de forma que estes se voltem em benefícios da própria sociedade.

Ainda (Rawls, J. 2000, p. 65), afirma que as mais importantes entre elas são a liberdade
política (o direito de votar e ocupar um cargo público) e a liberdade de expressão e reunião; a
liberdade de consciência e de pensamento; as liberdades da pessoa, que incluem a proteção
contra opressão psicológica e a agressão física (integridade da pessoa); o direito à propriedade
privada e a proteção contra a prisão e a detenção arbitrárias, de acordo com o conceito de estado
de direito. Segundo o primeiro princípio, essas liberdades devem ser iguais.

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Esses princípios devem, a qualquer forma, satisfazer a uma ordem sequencial, o primeiro
antecedendo o segundo, e a aplicabilidade destes princípios resultam na concretização da justiça
como equidade e igualdade. Pois, trata-se de uma teoria que busca identificar as desigualdades
naturais e corrigi-las. Uma vez que, aplicando corretamente os princípios, cada um da sua forma,
o primeiro buscando a igualdade e equidade através de suas liberdades, o segundo princípio
fazendo com o que o primeiro se cumpra corretamente, e ajudando a corrigir as desigualdades
que por ventura possam ocorrer, temos a justiça como amplitude igualmente atribuída conforme
as imputações necessárias.

Posicionamento de outros filósofos.


O Estado de natureza trazido no momento do pacto assemelha-se com o estado de
natureza apresentado pelos filósofos teóricos do contrato social, como Hobbes e Locke,
postulavam um estado de natureza' original em que não haveria nenhuma autoridade política e
argumentavam que era do interesse de cada indivíduo entrar em acordo com os demais para
estabelecer um governo comum. Os termos desse acordo é que determinariam a forma e alcance
do governo estabelecido: absoluto, segundo Hobbes, limitado constitucionalmente, segundo
Locke. Na concepção não-absolutista do poder, considerava-se que, caso o governo ultrapassasse
os limites estipulados, o contrato estaria quebrado e os sujeitos teriam o direito de se rebelar
(Cer. Bittar, p. 409).

Para (Cer. Bittar, p. 409), O Contrato inicial seria uma concepção do contratualismo


apresentado pelo filósofo Rousseau, no qual apresenta o contrato social como bens protegidos e a
pessoa, unindo-se às outras, obedece a si mesma, conservando a liberdade. O pacto social pode
ser definido quando cada um de nós coloca sua pessoa e sua potência sob a direção suprema da
vontade geral, não há dúvidas que há nuança do contratualismo do século XVII no contrato
inicial da teoria de justiça de Rwals, pois sendo Rawls um néo-contratualista contemporâneo.

A justiça como equidade apresentada por Jonh Rawls se diferencia da equidade


apresentada pelo filosofo Aristóteles, uma vez que para Rawls a justiça como equidade dar-se no
momento do contrato como forma de que todos obtém igualmente o conhecimento, raciociono e
o dever de obrigações e benefícios em relação ao pacto, e não igualando os indivíduos
economicamente e nem buscando o bem igualmente para todos, já Aristóteles no seu livro Ética

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a Nicômacos diz que: “Uma prova disso é o fato de dizermos que uma pessoa equitativa é, mais
do que todas as outras, um juiz compreensivo, e identificarmos a equidade com o julgamento
compreensivo acerca de certos fatos” (Aristóteles, Ética a Nicômacos, página.123). Aristóteles
busca o bem comum, o interesse publico, a igualdade de todos para todos, a equidade é no
sentido universal, não apenas viver em conjunto, mas o bem viver em conjunto.

Posicionamento autônomo
Estou a favor do tema, pois todo este sistema leva a ideia de estabilidade, a justiça se
aplicada desde o princípio como forma de equidade, igualdade, e liberdade, torna-se algo estável
a sociedade. Essa estabilidade nada mais nada menos seria a pura consequência da justiça
institucional, e a forma de atuação das pessoas nas instituições públicas. Cada indivíduo com o
seu elo de ligação através do contrato inicial, respeitando os seus direitos deveres de todos,
dando-lhes benefícios ou ônus, conforme as situações de cada associação. Significa uma
sociedade bem organizada caminhando naturalmente e sem lapso para a estabilidade de suas
instituições.

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Conclusão
Terminado o presente trabalho concluí que a justiça como equidade reside como
igualitarismo da posição original, ou seja, no estado do contrato inicial, momento esse hipotético.
Rawls procura através das instituições e por meio de sua objetividade a justiça que é
racionalmente compartilhada no convívio social. Pelo fato de igualar a justiça como prática de
virtude, ou igualar a justiça como a procura do justo meio, não faz com que o Filosofo
conceituado John Rawls um teórico antagônico a qualquer tipo de investigação. Rawls busca a
igualdade, a equidade, o véu do contratualismo, a construção humana que beneficia a todos. Essa
teoria, trata-se de um modelo de governo, baseado em dois grandes princípios, regidos por
instituições, princípios que garantem a liberdade, e a igual distribuição de direitos e deveres à
todos.

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Referências bibliográficas
Lakatos, M. E., &; Marconi, A. (2003). Fundamentos de metodologia científica (5ª ed). São
Paulo: Atlas
Aristóteles (2001). Ética a Nicômacos. Trad: Mário Gama Kury. 4º Ed. Brasília: UNB.

Bittar, Eduardo Carlos Bianca (2001). Curso de Filosofia do Direito. 1º Ed. São Paulo: Atlas,
2001.

Bobbio, Norberto (2000), Teoria Geral da Política, Trad: Daniela Beccaccia Versiani. 5º Ed. Rio
de Janeiro: Campus.

Aristóteles.(2002) Ética a Nicómaco. São Paulo: Martin Claret.

Catondo,J.I.N. (s.d.) A convivência Politica entre os Homens: Introdução a Filosofia Politica.

Rawls J.(1971). Uma teoria da justiça. EUA: A imprensa Belknap da imprensa da Universidade
de Harvard.

Rawls, John (1997), Uma Teoria da Justiça/John Rawls: Trad. Almiro Pisetta e Lenita M. R.
Esteves – São Paulo: Martins Fontes.

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