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Universidade Católica De Moçambique

Instituto de Educação á Distância

Centro de Recurso de Cuamba

Tema: Personalidade.
.

Estudante: António Simão

Código:708222447

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

Disciplina: Habilidade de Vida, Saúde Reprodutiva, género e HIV/SIDA.

Ano de frequencia:2°,Turma D

Cuamba, Setembro de 2023


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organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico 2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução ....................................................................................................................................... 1
1.1. Objetivo geral ............................................................................................................................... 1
1.1. Objetivos específicos.................................................................................................................... 1
2. Fundamentação teórica.................................................................................................................... 2
2.1. Definição de personalidade .......................................................................................................... 2
2.2. As fases de desenvolvimento da personalidade ........................................................................... 2
2.2.1. Etapa oral (0-1 ano) ................................................................................................................... 2
2.2.2. Etapa anal (1-3 anos) ................................................................................................................. 3
2.2.3. Etapa fálica (3-6 anos)............................................................................................................... 3
2.2.4. Etapa de latência (5-12 anos) .................................................................................................... 4
2.2.5. Etapa genital (puberdade e maturidade) .................................................................................... 4
2.3. Etapas do desenvolvimento da personalidade segundo Erikson .................................................. 4
2.3.1. Confiança vs. Desconfiança (0-18 meses) ................................................................................ 4
2.3.2. Autonomia vs. Vergonha (18 meses-3 anos)............................................................................. 5
2.3.3. Iniciativa vs. Culpa (3-5 anos) .................................................................................................. 5
2.3.4. Laboriosidade vs. Inferioridade (5-13 anos) ............................................................................. 5
2.3.5. Pesquisa da identidade vs. Difusão da identidade (13-21 anos)................................................ 5
2.3.6. Intimidade vs. Isolamento (21-40 anos) .................................................................................... 6
2.3.7. Generatividade vs. Estagnação (40-60 anos) ............................................................................ 6
2.3.8. Integridade vs. Desespero (60-morte) ....................................................................................... 6
2.4. Os pilares de autoestima e autoconfiança..................................................................................... 7
2.4.1. 1º Pilar: A atitude de viver conscientemente ............................................................................. 7
2.4.2. 2º Pilar: A atitude da autoaceitação ........................................................................................... 8
2.4.3. 3º Pilar- “A atitude da autorresponsabilidade” .......................................................................... 8
2.4.4. 4º Pilar: “A atitude da autoafirmação” ...................................................................................... 9
2.4.5. 5º- Pilar: A atitude da Intencionalidade..................................................................................... 9
2.4.6. 6º- Pilar- A atitude da integridade pessoal ................................................................................ 9
3. Conclusão ...................................................................................................................................... 11
4Referências Bibliográficas .............................................................................................................. 12
1. Introdução

O presente trabalho é da disciplina de Habilidade de Vida, Saúde Reprodutiva, género e


HIV/SIDA, é de caracter avaliativo, e tem como conteúdos de abordagem: a Personalidade

No entanto, a personalidade é uma característica do ser humano que organiza os sistemas


físicos, fisiológicos, psíquicos e morais de forma que, interligados, determinam a
individualidade de cada ser. Tal característica é formada ao longo do período de crescimento,
ou seja, inicia-se na infância de acordo com o tratamento que recebe e com o modo de vida
que tem dentro de seus ambientes, sejam eles o lar, a escola e os demais.
Entretanto, a personalidade em formação na criança não deve ser exigida, pois esse fato
implicaria no amadurecimento precoce dessa e consequentemente na perca de sua
infantilidade. Ao contrário, a formação da personalidade pode ser estimulada através da
personalidade de seus pais, educadores e outros que permanecem próximos a tais crianças por
longos períodos.
Sendo assim, a partir das atitudes características da personalidade de cada indivíduo a criança
passa a ser influenciada por tais e passa a manifestá-las demonstrando sua vontade. A essas
pessoas ligadas à criança cabe a responsabilidade da formação inconsciente do caráter, dos
sentimentos, do psicológico, do temperamento, da inteligência e de outros.
1.1. Objetivo geral
 Compreender a Personalidade
1.1.Objetivos específicos
 Definir a personalidade;
 Identificar as fases de desenvolvimento da personalidade;
 Mencionar os pilares de autoestima e autoconfiança;
 Descrever os pilares de autoestima e confiança.

Para a efetivação sólida do presente trabalho foi graças a aplicação do procedimento


bibliográfico na coletiva de dados que consistiu numa incessante pesquisa literária do tema
em estudo e também ao recurso a obras virtuais disponibilizados pela internet.

Em termos organizacionais, o trabalho é composto de introdução, desenvolvimento,


conclusão, e referências bibliográficas.

1
2. Fundamentação teórica
2.1. Definição de personalidade

Conforme Cloninger, (2002, p.5), “A personalidade desenvolve-se, durante a vida, e é


influenciada por factores físicos, psicológicos, psíquicos, culturais e morais. Estes factores
interligam-se, dependendo de como o indivíduo se adapta ao ambiente, em que a pessoa vive,
ao longo do tempo da vida:

Para Gordon (1997, s/p) definiu “a personalidade como sendo a organização dinâmica dos
sistemas psicofísicos que determina uma forma de pensar e de agir. Esta organização é única
em cada sujeito no seu processo de adaptação ao ambiente”.

(Idem, 1997, s/p), são quatro os fatores apontados pelos antropólogos como determinantes da
formação da personalidade de um indivíduo:

1. As características biológicas e genéticas dos sistemas neurofisiológico e endocrinológico;

2. As características do ambiente natural e social, em que o indivíduo vive;

3. A cultura, de que o indivíduo participa;

4. As experiências biológicas e psicossociais únicas, ou a história de vida do indivíduo.

Contudo, a personalidade é uma construção psicológica que faz referência ao conjunto das
características de uma pessoa.

2.2. As fases de desenvolvimento da personalidade


As duas teorias da personalidade mais conhecidas que enfatizam nas diferentes etapas que
moldam seu desenvolvimento são, por um lado, a teoria de Sigmund Freud e, por outro lado, a
teoria de Erickson.

Para Cloninger, (2002 p.5-8), de acordo com a teoria da personalidade de Freud, o


desenvolvimento da personalidade é dividida em cinco etapas ou fases que são identificadas
com as zonas erógenas. As etapas de Freud são:

2.2.1. Etapa oral (0-1 ano)


É a primeira etapa do desenvolvimento que começa no nascimento e dura até o
primeiro ano de vida das pessoas. Nesta etapa ou fase, o prazer é encontrado na boca e
é obtido com atividades de sucção, de chupar, de comer ou de morder. Normalmente é
relacionada com o ato de mamar, morder objetos, entre outros. A correta evolução

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dessa etapa depende das experiências agradáveis e seguras que as crianças
experimentam durante esse período. Assim, segundo Freud, um grande exemplo de
trauma vivenciado nessa situação que pode provocar uma fixação nessa etapa é o fato
de interromper a amamentação antes do previsto ou amamentar por mais tempo que o
necessário. Os resultados de uma fixação nessa etapa podem ser vícios em tabaco, roer
as unhas, entre outros Cloninger, (2002 p.6).

2.2.2. Etapa anal (1-3 anos)


Essa etapa começa ao um ano e termina aos 3 anos. É caracterizada por ser a etapa na
qual a fonte de prazer é encontrada no ânus, portanto, está relacionada com atividades
agradáveis do controle dos esfíncteres (incluindo também a bexiga), como reter e/ou
expulsar fezes. Segundo Freud, nessa etapa podem surgir dois inconvenientes se a
evolução adequada não for seguida: por um lado, as crianças podem apresentar uma
grande retenção de fezes, levando a constipação e, consequentemente, desenvolver
um caráter teimoso. Por outro lado, as crianças podem se rebelar e expulsar as fezes
em momentos inoportunos e, consequentemente, desenvolver um caráter mais
destrutivo Cloninger, (2002 p.6).

2.2.3. Etapa fálica (3-6 anos)


A terceira etapa do desenvolvimento, de acordo com Freud, começa aos 3 anos e
termina aos 6 anos, e a fonte de prazer é focada nos órgãos genitais (no caso da
mulher, no clitóris, comparada à etapa clitoridiana). Essa etapa está relacionada com o
prazer que as crianças sentem com o exibicionismo dos seus genitais e o interesse
pelos genitais do sexo oposto e o próprio. No início dessa etapa, as pessoas mostram
um grande interesse autoerótico, mas com o passar do tempo, o foco de interesse
muda para os pais, levando em consideração o complexo de Édipo Cloninger, (2002
p.6).

Todavia, é comum que as crianças, nessa etapa, busquem contato corporal, carícias, se
masturbem ou criem fantasias em relação ao que as pessoas mais velhas fazem. No entanto,
chega um momento em que o complexo de Édipo entra em um estado de liquidação, onde
pequenas diferenças são encontradas entre meninos e meninas.

Por um lado, no caso dos meninos, a hostilidade que mostram em relação ao pai, concebido
como um rival, e o interesse sexual pela mãe fazem com que o menino espere ser castigado
com a castração.

Por outro lado, no caso das meninas, inicialmente, do mesmo modo que os meninos, mostram
amor pela mãe (progenitor do mesmo sexo). Mas diferente dos meninos, chega um momento
em que as meninas descobrem a falta do pênis, como resultado do clitóris menor em sua
comparação e, portanto, imaginam que foram mutiladas.

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2.2.4. Etapa de latência (5-12 anos)
Essa etapa começa aos cinco anos e termina aos doze, a idade aproximada em que a
puberdade começa. Nessa etapa, os impulsos sexuais permanecem adormecidos, ou seja, há
uma supressão temporal do instinto sexual nas crianças durante esse período. Nesse sentido,
essa etapa é caracterizada por não ter uma área específica onde o prazer está focalizado.

2.2.5. Etapa genital (puberdade e maturidade)


Essa é a última etapa do desenvolvimento, segundo Freud, e é acompanhada
por mudanças físicas, psíquicas e emocionais próprias da idade. A zona erógena na
qual o prazer é focado é novamente os genitais, embora, neste caso, as pessoas já
tenham a capacidade de expressar a sexualidade em função do consenso e do vínculo
com as outras pessoas. Em outras palavras, poderíamos dizer que se trata da
sexualidade adulta e madura. Essa etapa é caracterizada pelo surgimento, novamente,
dos interesses sexuais e de satisfação, atividades sexuais começam e a organização e a
maturidade sexual são produzidos. Além disso, a identidade sexual das pessoas é
reafirmada Cloninger, (2002 p.7).

Todavia, cabe destacar que nessa etapa são desencadeados aspectos como a amabilidade,
afetuosidade, receptividade, segurança, aptidão, capacidade de compreensão e apreciação do
bem-estar dos outros, a inclinação para colaborar com outras pessoas, etc.

2.3. Etapas do desenvolvimento da personalidade segundo Erickson


De acordo com a teoria da personalidade de Erickson (1987, p.53-58), o desenvolvimento da
personalidade é dividido em oito etapas diferentes, que vão desde o nascimento das pessoas
até sua morte. As etapas de Erickson são:

2.3.1. Confiança vs. Desconfiança (0-18 meses)


O primeiro conflito que as pessoas encontram ao nascer é aquele entre a confiança e a
desconfiança, e dura até, aproximadamente, os 18 meses. Nessa idade, as crianças
recebem os cuidados de seus progenitores em relação às necessidades dos filhos,
como a comida, a proteção, a atenção, entre outros, portanto, as crianças esperam
formar um vínculo com seus pais de acordo com a satisfação de suas necessidades
(Idem, 1987, p.53-58).

Assim, nessa etapa, as crianças devem lutar contra o conflito entre a confiança e a
desconfiança de gerar um vínculo de confiança com seus pais. Pois, a sensação de confiança,
a vulnerabilidade, a frustração, a satisfação, a segurança, etc., determinarão a maneira de
estabelecer relações e a qualidade dessas relações com outras pessoas ao longo de sua vida, ao
mesmo tempo que a criança também deve aprender a confiar em si mesma. Ou seja, os

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relacionamentos futuros da criança com o exterior dependerão do vínculo que foi criado com
seus pais nessa etapa.

2.3.2. Autonomia vs. Vergonha (18 meses-3 anos)


(Idem,1987, p.53-58), “reflete nas crianças, pois o desenvolvimento dessas novas capacidades
lhes causa um sentimento de liberdade, porque sentem que já não dependem de seus
cuidadores para poder se movimentar e, com o passar do tempo, as crianças se tornam mais
independentes, graças às suas capacidades desenvolvidas”.

2.3.3. Iniciativa vs. Culpa (3-5 anos)


Segundo (Idem, 1987, p.53-58), frisa que:

Nessa etapa, as crianças desenvolverão suas capacidades de maneira mais autônoma


do que anteriormente. Portanto, graças ao descobrimento de suas capacidades, as
crianças percebem todas as possibilidades que estão ao seu alcance em comparação
com a etapa anterior, fato que promove a iniciativa das crianças, pois testam suas
capacidades e habilidades realizando novas atividades. No entanto, se os pais reagirem
negativamente diante da iniciativa de seus filhos, como por exemplo repreendê-los,
provavelmente gerará um sentimento de culpa nas crianças.

Todavia, nesta etapa as crianças devem conhecer quais são as consequências de seus
comportamentos para poder saber o que devem e o que não devem fazer, levando à conquista
chamada “propósito”. O propósito é o que permitirá que as crianças aprendam as limitações
que suas ações têm em relação a tudo aquilo ao seu redor.

2.3.4. Laboriosidade vs. Inferioridade (5-13 anos)


Durante essa etapa, as crianças continuam amadurecendo e aprendendo sobre
suas ações, por qual coisa precisam agir e experimentar. Quando não
conseguem o que querem, realizando essas ações, pode gerar um sentimento de
inferioridade e frustração. Pois o objetivo dessa etapa é que as pessoas possam
alcançar um sentimento de competência que lhes permita se sentirem capazes
de agir de maneira equilibrada e realizarem o que se propõem, sem estabelecer
objetivos inatingíveis que estão fora do lugar, sem desistir ou atribuir o
fracasso à inferioridade (Idem, 1987, p.53-58).

2.3.5. Pesquisa da identidade vs. Difusão da identidade (13-21 anos)

“O conflito que as pessoas encontram nessa etapa do desenvolvimento da personalidade é


encontrar sua identidade, ou seja, quando uma pessoa está nessa etapa, ela luta para descobrir
quem é, encontrar a si mesma e saber o que quer. Por esse motivo, durante essa etapa, as

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pessoas geralmente experimentam e exploram novas opções que estão longe do que já
conheciam anteriormente” (Idem, 1987, p.53-58).

2.3.6. Intimidade vs. Isolamento (21-40 anos)

(Idem, 1987, p.53-58), diz que:

Nessa etapa do desenvolvimento da personalidade, as pessoas geralmente


buscam relacionamentos pessoais e estabelecer vínculos emocionais para que possam
compartilhar suas experiências, afetos, emoções e intimidade. É nessa etapa que as
pessoas se relacionam com outras de uma maneira diferente, procuram
relacionamentos mais íntimos das que esperam um compromisso e reciprocidade.
Além disso, esperam que esses relacionamentos lhes permitam compartilhar suas
experiências, afetos, emoções e que lhes permitam se sentirem seguros e confiantes.

Todavia, se esse tipo de intimidade for evitado, as pessoas podem se encontrar em uma
situação de isolamento. Assim, o objetivo dessa etapa é conseguir receber o amor de outras
pessoas, levando em consideração o equilíbrio entre a intimidade e o isolamento, respeitando
os limites que cada um estabelece em relação à sua intimidade e a facilidade com que a
compartilha.

2.3.7. Generatividade vs. Estagnação (40-60 anos)

“Durante esse período, as pessoas geralmente se veem em conflito com o fato de se sentir
produtivo em seu dia a dia e se sentir estagnada e inútil. As pessoas desejam se sentirem
produtivas e que seus esforços tenham sentido, geralmente em relação a terem a
responsabilidade e o cuidado de algo ou alguém” (Idem, 1987, p.53-58).

2.3.8. Integridade vs. Desespero (60-morte)

“Na última etapa do desenvolvimento da personalidade, as pessoas, segundo Erickson,


chegam ao ponto em que sua produtividade começa a diminuir ou deixa de existir, portanto,
devem olhar para trás e prestar atenção às realizações das etapas anteriores” (Idem, 1987,
p.53-58). As pessoas procuram não se estagnar socialmente e transmitir seus conhecimentos
às próximas gerações, de modo que é nesse momento que as pessoas estão carregadas de
sabedoria.

Contudo, essas etapas consistem na busca e adaptação das pessoas no ambiente e, em cada
uma dessas etapas existem conceitos opostos que entram em conflito. Além disso, o objetivo

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das pessoas é conseguir um equilíbrio entre ambos conceitos opostos e obter uma conquista
ao finalizar cada etapa.

2.4. Os pilares de autoestima e autoconfiança

A autoestima é a chave que nos possibilita sair destas situações aparentemente sem solução,
ela nos encoraja ou desencoraja em nossos pensamentos e sentimentos.

Para Branden (2002), a autoestima quando plenamente internalizada é vivência de que somos
adequados para a vida e suas exigências, assim autoestima é:

1. Confiança em nossa capacidade de pensar; confiança em nossa habilidade de dar conta dos
desafios básicos da vida; e

2. Confiança em nosso direito de vencer e sermos felizes; a sensação de que temos valor e de
que merecemos e podemos afirmar nossas necessidades e aquilo que queremos alcançar
nossas metas e colher os frutos de nossos esforços Branden, (2002, p.22).

Barreto (2010) refere que “A autoestima se constrói nas relações familiares e se consolida
através do estabelecimento ou ampliação de relações sociais saudáveis. Uma educação
baseada no amor, no respeito, na valorização, na competência e bondade do indivíduo são
adubos essenciais para o seu desenvolvimento”.

No manual do Cuidando do Cuidador - Resgate da Autoestima na Comunidade, Barreto


(2010) reforça que a autoestima passa pela rede relacional e contextual. Assim, a consciência
e a construção de identidade de si nascem de uma relação de comunicação com o outro. O
outro funciona como espelho: a partir de como o outro me vê, eu construo a minha própria
imagem e a minha autoestima. Dessa forma agimos de forma adequada e aberta para as
relações, pois, consideramos que o que pensamos tem valor de reconhecimento para o outro e
criamos relacionamentos saudáveis, onde o semelhante atrai semelhante e o saudável é atraído
pelo saudável.

Conforme Branden (2002), cita 06 atitudes fundamentais as quais denominou “os seis pilares
da autoestima” que devemos desenvolver.

2.4.1. 1º Pilar: A atitude de viver conscientemente


Branden (2002) discute que é muito importante ter consciência do que está por trás dos nossos
atos. Quanto mais elevada for a forma de consciência, que é um recurso de sobrevivência,

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mais avançada será a relação com a vida. Isso nos leva à maturidade, sair do estado de
nevoeiro mental. Viver conscientemente significa querer estar ciente de tudo o que diz
respeito a nossas ações, nossos propósitos, valores e objetivos, ao máximo de nossa
capacidade, qualquer que seja ela e comportarmo-nos de acordo com aquilo que vemos e
conhecemos. Viver conscientemente é viver responsavelmente perante a realidade, ter a mente
ativa em vez de passiva, ter uma inteligência que deriva bem-estar, estar no momento sem
perder o contexto amplo, distinguir a relação entre os fatos, sua interpretação e as emoções. É
ter discernimento e coragem.

2.4.2. 2º Pilar: A atitude da autoaceitação


Sem autoaceitação, a autoestima é impossível. Enquanto a autoestima é algo que
experimentamos, a autoaceitação é algo que fazemos: valorizo “a mim mesmo”, tratando-me
com respeito e lutando por meu direito de ser e a disposição de dizer sobre qualquer emoção
ou comportamento. Barreto (2010) comenta que autoaceitação envolve se perceber com valor
próprio, poder dizer que “tenho valor”, “que sou capaz” e poder me afirmar e de dizer não, é
estar a meu favor, ser coerente com o que sinto. Quando calamos, com certeza o corpo vai
falar através de vários sintomas: gastrites, úlceras, etc. Quem se rejeita e não se aceita não tem
futuro promissor. Todo ser humano é imperfeito, todos cometemos erros, e muitas vezes
somos possuídos por sentimentos negativos. Se desejarmos nos livrar deles temos que
primeiro aceitar que erramos. Se tenho raiva, aceito ter raiva, se tenho medo, aceito que tenho
medo. A autoaceitação envolve a ideia de ser amigo de si mesmo, aceitando as imperfeições,
os conflitos e até mesmo a nossa grandeza.

2.4.3. 3º Pilar- “A atitude da autorresponsabilidade”


Branden (2002) refere que a atitude de autorresponsabilidade envolve: ser responsável pela
realização de meus desejos, por minhas escolhas e meus atos, pelo nível de consciência com
que trabalho e vivo meus relacionamentos, por meu comportamento com os outros, pela
qualidade das minhas comunicações, por aceitar e escolher os valores que vivo pela minha
própria felicidade e pela minha própria autoestima. Se errei, reconheço que errei, peço perdão,
me desculpo, me corrijo, tiro as lições e sigo em frente. Jamais culparei os outros por meus
próprios erros e nem muito menos procurarei álibis para justificar meus deslizes. Diz um
filosofo alemão: “Não me envergonho de mudar porque não me envergonho de pensar.”
Barreto, (2010, p.11).

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2.4.4. 4º Pilar: “A atitude da autoafirmação”
Segundo Branden (2002), esse pilar é a disposição para honrar minhas vontades, meus
desejos, necessidades e valores e tratar a mim com respeito. Sem a autoafirmação agimos
como meros expectadores e não participantes. É necessário sermos atores de nossas próprias
vidas. A autoafirmação é aceitar ser o que se é com suas qualidades e defeitos, sem precisar
esconder ou falsificar a si mesmo para poder ser aceito pelos outros. Precisamos agir sem
agressividade, prestando atenção ao contexto, nutrindo em nós a confiança e a segurança
naquilo que se é, sem medo de represálias.

2.4.5. 5º- Pilar: A atitude da Intencionalidade

É necessário estarmos atentos, estabelecendo metas e objetivos produtivos. É viver de forma


intencional, assumindo as escolhas com responsabilidade e de forma consciente. Para viver de
forma intencional e produtiva, segundo Branden (2002) é necessário desenvolver dentro de
nós a capacidade da autodisciplina, que é uma virtude de sobrevivência. Essa atitude envolve
os seguintes aspectos: preocupar-se em identificar os atos necessários para alcançar os
objetivos estabelecidos, monitorar o comportamento para que ele esteja em sintonia com esses
objetivos, prestar atenção aos resultados dos próprios atos, para saber se eles levam ao que se
quer chegar e estar conectado com o nosso presente, pois assim estaremos olhando para o
futuro.

2.4.6. 6º- Pilar- A atitude da integridade pessoal

Integridade é a integração dos ideais, das convicções, dos critérios, das crenças e dos
comportamentos. Integridade é a congruência dos nossos atos, dos nossos valores,
compromissos e prioridades. É ter autoconsciência e autorresponsabilidade. É ser integro
consigo mesmo, admitir nossas falhas sem culpar os outros, entender o porquê daquilo que
fazemos, reconhecer nossos erros e pedir perdão, reparar os danos causados e se comprometer
intencionalmente a agir de forma diferente. É agirmos com os demais de forma como
gostaríamos que agissem connosco, de forma gentil, delicada e justa.

Para Potreck-Rose e G. Jacob (2006, s/p), propõem uma abordagem psicoterapêutica, para a
baixa autoestima, baseada no que elas chamam "os quatro pilares da autoestima":

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1. Autoaceitação: uma postura positiva, com relação a si mesmo, enquanto pessoa. Inclui
elementos como: estar satisfeito e de acordo consigo mesmo, ter respeito a si próprio, ser "um
consigo mesmo", e sentir-se em casa, no próprio corpo;

2. Autoconfiança: uma postura positiva com relação às próprias capacidades e desempenho.


Inclui as convicções de saber e conseguir fazer alguma coisa, e de fazê-la bem feita, de
conseguir alcançar alguma coisa, de suportar as dificuldades e de poder prescindir de algo;

3. Competência social: é a experiência de ser capaz de fazer contactos. Inclui saber lidar com
outras pessoas, sentir-se capaz de lidar com situações difíceis, ter reacções flexíveis,
conseguir sentir a ressonância social dos próprios actos, saber regular a distância-proximidade
com outras pessoas;

4. Rede social: é estar ligado a uma rede de relacionamentos positivos. Inclui uma relação
satisfatória, com o parceiro e com a família, ter amigos, poder contar com eles e estar à
disposição deles, ser importante para outras pessoas.

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3. Conclusão

Para terminar dizer, a personalidade tornar-se atento e consciente das próprias emoções,
sentimentos, sensações, necessidades corporais e psíquicas, relacionar-se respeitosa e
amorosamente consigo mesmo, cuidar de si praticando atividades físicas e se alimentando
bem, são os passos iniciais para construir uma alta autoestima. Assim, personalidade
desenvolve-se, ao longo da vida, desde o nascimento a velhice.

Porem, o autoestima é a opinião que temos sobre nós mesmos. Ela pode ser alta, o que
significa que nos apreciamos, ou baixa, quando não nos prezamos e autoconfiança é a
capacidade de acreditar em si mesmo, de crer que é capaz de conseguir um bom desempenho,
por acreditar em suas capacidades. E isso pode ser aplicado em várias situações: acreditar que
pode conseguir aquela vaga de emprego, que pode construir um relacionamento saudável, que
é possível mudar e melhorar.

Finalmente, quanto mais baixa for a sua autoestima, mais propenso estaremos a esquecer
quem somos e maior a necessidade de provar quem somos. As relações serão mais
impróprias, doentias, com dificuldades na comunicação e sentimentos de inferioridade diante
do outro. A autoestima é uma consequência de atitudes geradas internamente. Precisamos
entender essas atitudes para conscientemente integrá-las em nossa vida e coloca-las em
prática connosco e com os outros.

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4. Referências Bibliográficas
Barreto, A (2010). Manual: cuidando do cuidador-resgate da autoestima na comunidade.

Fortaleza: [s.n.],

Barreto, A (2008). Terapia comunitária passo a passo. 3 ed. Fortaleza: LCR,

Branden, N. (2002). Autoestima e os seus seis pilares. 7ªed. São Paulo: Saraiva

Cloninger, S. (2002). Teorias da personalidade. 3ª Edição. Pearson: Prentice Hall, p.5-9

Erikson, E. H. (1987).Infância e Sociedade. 2ª Edição: Zahar editores. Rio de Janeiro, p.53-58

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