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DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
TEMA
Família e Família
Milagre Feliberto
Olga Da Justina
Priscila Carlos Aluciano
Querola Da Barca
3º ANO, 1º SEMESTRE
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
TEMA
Família e Família
DOCENTE:
3º ANO, 1º SEMESTRE
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Índice
CAPITULO I: ........................................................................................................................ 4
1.Introdução ........................................................................................................................... 4
1.1.Objectivos: ....................................................................................................................... 5
3.Conclusão.......................................................................................................................... 12
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CAPITULO I:
1.Introdução
A família está intrinsecamente envolvida no processo saúde/doença dos seus membros e representa
uma importante fonte de suporte à pessoa doente hospitalizada. É necessário reflectir a essência da
prática de enfermagem no cuidado à família, de forma a reduzir o sofrimento emocional, físico e
espiritual dentro da unidade familiar, garantindo cuidados competentes e de excelência. A
intervenção de enfermagem centrada na família é uma abordagem do cuidar, fundamentado na
relação colaborativa e internacional entre profissionais e famílias. A reestruturação dos cuidados de
saúde expandiu e ampliou a prática de enfermagem com base na família, razão pela qual
entendemos pertinente conhecer as atitudes dos enfermeiros na abordagem à família para a sua
integração no processo de cuidados.
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1.1.Objectivos:
1.1.2.Objectivos específicos:
1.1.3.Metodologia do trabalho
Para a realização do presente trabalho o proponente fez valer o uso do método da consulta
bibliográfica, baseado em leituras de obras científicas, manuais e outros documentos relevantes já
publicados.
Neste sentido, o presente trabalho de pesquisa apresenta a seguinte estrutura temática:
Introdução, desenvolvimento em que nos debruçaremos com mais detalhes os aspectos ligados aos
temas em estudo, conclusão e por fim as referências bibliográficas usada na elaboração do presente
trabalho.
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CAPITULO II: CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
2.Psicologia da Família
Histórias da psicologia da família assim como a da terapia familiar contam com algumas
décadas. Começou a desenvolver-se na última metade do século XX (década de 50).
Uma possível explicação para a necessidade de terapeutas da família e outros: A vida das
famílias mudou profundamente no ocidente pós-industrial e nos pós 2ªguerra mundial.
Devido à maior mobilidade, maior urbanização e maior fragmentação da vida familiar.
Existia uma falta de acesso às estruturas e redes sociais de apoio tradicionais de onde
anteriormente obtinham ajuda, conselho escuta. Esta situação sugere que, os técnicos ao
assumirem muitas das funções que anteriormente pertenciam à família fragilizaram-na. Outra
explicação sugere que a terapia é sinal de que o meio cultural onde esta se desenvolveu
atingiu um elevado grau de funcionamento: o sofrimento e o abuso não são aceites
como fatalidade nessas sociedades; pelo contrário supõe-se que toda a gente tem direito à
uma vida melhor (Jones,1999).
Assim, pode-se afirmar que a terapia familiar surgiu no momento em que se verificou: um
período de grande mudança na vida familiar; mudança nos modos de produção e na instrução
da mulher; mudança nas crenças sobre a vida da família: aumento do número de divórcios e
novos casamentos, aceitação de estruturas familiares não patriarcais, aceitação de
estruturas familiares homossexuais. Estes aspectos originam uma maior diversidade da
definição de família
Segundo Alarcão (2000), a família é vista como o lugar onde se nasce, cresce e morre. É o
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espaço privilegiado para a aprendizagem e elaboração de aspectos importantes da
interacção e do relacionamento com o outro (contactos corporais, linguagem, comunicação,
relacionamento interpessoal, …) e é o espaço privilegiado para a vivência de relações
afectivas profundas (afiliação, fraternidade, amor, sexualidade, todo o tipo de emoções,
…). A família é também vista como um grupo institucionalizado, relativamente estável, que
constitui uma importante base na vida social.
Arzeno (1995) afirma que o principal instrumento da clínica é a própria entrevista, estando as
técnicas diagnósticas apenas a serviço da entrevista, pois são mecanismos usados para
conduzi-la de forma direcionada. Como a prática clínica não é uma ciência exata, para a
autora, não é adequado aplicar critérios rígidos em um período de avaliação. O importante é
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realizar um estudo clínico que busque as recorrências e as convergências do caso. Ela define o
conceito de recorrências como a “repetição da mesma fantasia, do conflito ou do problema
expressos por meio de elementos semelhantes, ou de significado simbólico equivalente”
(p.190).
A família participa dos dinamismos próprios das relações sociais e sofre as influências do
contexto político, económico e cultural no qual está imersa. A perda de validade de valores e
modelos da tradição e a incerteza a respeito das novas propostas que se apresentam,
desafiam a família a conviver com certa fluidez e abrem um leque de possibilidades que
valorizam a criatividade numa dinâmica do tipo tentativa de acerto e erro.
A família contemporânea caracteriza-se por uma grande variedade de formas que documentam
a inadequação dos diversos modelos da tradição para compreender os grupos familiares da
actualidade (Saraceno, 1997).
A família patriarcal, estudada por Freyre (1992) [8], que se afirmou no contexto da cultura
rural, entrou em colapso há tempo. Os modelos de comportamento que regulamentavam as
relações entre os sexos e as relações de parentesco foram abandonados, ainda que, em
algumas regiões e nas classes sociais menos escolarizadas e menos expostas à influência da
cultura actual, possam ser reconhecidas sobrevivências de valores e de comportamentos
passados que, no entanto, não gozam mais de legitimidade social, sendo reduzida a
possibilidade que se reproduzam nas novas gerações.
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A família emerge como “o local para as lutas entre a tradição e a modernidade, mas também
uma metáfora para elas” (Giddens, 2000, p. 63).
Permanência e Mudança na Família é um tema relevante que tem sido objecto de estudo e
reflexão em várias disciplinas, incluindo a Sociologia. Nas últimas décadas, as transformações
sociais e culturais têm impactado profundamente as estruturas familiares. Vamos explorar
algumas perspectivas sobre esse assunto:
1.Mudanças na Família Contemporânea:
O debate sobre a crise da família no Ocidente foi impulsionado por eventos como
a generalizada aceitação social do divórcio, o declínio do casamento e a baixa taxa de
fecundidade.
Surgiram novos modelos familiares, caracterizados por mudanças nas relações entre os sexos
e as gerações. Alguns desses aspectos incluem:
Controle mais intenso da natalidade.
Autonomia relativa da sexualidade, que não está mais restrita ao matrimónio.
Inserção massiva da mulher no mercado de trabalho.
Questionamento da autoridade paternal.
Atenção ao desenvolvimento das necessidades infantis e dos idosos.
2.Individualização das Relações Familiares:
François de Singly, em sua obra “Sociologia da Família Contemporânea”, aborda a
individualização das relações familiares na França.
Ele destaca que, nas sociedades contemporâneas ocidentais, os indivíduos não se
assemelham às gerações anteriores. Isso ocorre devido ao surgimento do indivíduo
original e autónomo, resultado das imposições sociais e ideológicas.
A busca pela identidade pessoal não é apenas narcisismo, mas também envolve o olhar
dos outros.
As relações familiares são relacionais, privadas e públicas. Elas também requerem
um horizonte intergeracional.
3.Relações de Poder e Autoridade:
Além das mudanças, é importante considerar as permanências na história de vida de
diferentes gerações.
As relações de poder e autoridade no cotidiano familiar continuam a desempenhar um
papel significativo.
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2.3.Funcionalidade e disfuncionalidade Familiar
Uma família funcional é aquela que é capaz de resolver os conflitos de forma harmoniosa, com
estabilidade emocional e ausência de sobrecarga em um de seus membros. Os problemas são
resolvidos sem que haja desequilíbrio em sua dinâmica e todos os membros cooperam para o bem-
estar coletivo (SANTOS et al., 2012).
Os grupos familiares disfuncionais são marcados por vínculos afetivos superficiais e instáveis,
frequentemente agressivos e hostis. Em situações críticas, os membros não assumem os papéis que
lhes cabem e culpam seus familiares. Em famílias disfuncionais os membros valorizam seus
interesses individuais ao invés de buscar soluções para os problemas em grupo. Não há
comprometimento com a dinâmica e a manutenção da família por parte de seus membros (BRASIL,
2006; SOUZA et al., 2014).
A família contemporânea é marcada pela maior participação das mulheres no mercado de trabalho,
menor número de filhos, aumento dos divórcios e maior frequência de casais homoafetivos. Além
disso, com os membros mais velhos vivendo por mais tempo, há um convívio multigeracional mais
prolongado (BATISTA; CRISPIM, 2013).
Desta forma, a família é considerada a principal unidade de cuidado das pessoas idosas, no entanto,
seus membros podem encontrar dificuldades e hesitar diante de factores estressores referentes ao
cuidado de seus idosos (SANTOS et al., 2012).
A coabitação dos idosos com familiares muitas vezes está relacionada a uma necessidade variada de
cuidados, que pode ser vista como uma imposição pela pessoa responsável por prestar esses
cuidados (BAPTISTA et al., 2012). Dessa forma, as relações familiares, que são cada vez mais
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caracterizadas por sua fragilidade, aliada à mudança de papéis advindas das necessidades do idoso,
podem sofrer estresse e alteração na dinâmica familiar (BATISTA; CRISPIM, 2013).
A forma como os membros familiares interagem entre si e com outros leva essas famílias a serem
classificadas como funcionais ou disfuncionais. Entende-se por funcionalidade da família a forma
como esta é apta para cumprir e harmonizar as suas funções essenciais, de forma realista em relação
aos perigos e oportunidades que prevalecem na sociedade (SOUZA et al., 2014).
A disfuncionalidade, por sua vez, tem a ver com a incapacidade de realizar a mudança necessária
devido ao fechamento excessivo ou abertura excessiva, que levam ao caos transacional. Não
encontrando o caminho para a mudança, surge o disfuncionamento, que pode cristalizar-se na
patologia de um ou mais dos seus elementos. Isto significa que as famílias se diferenciam pela
forma como são capazes de elaborar as crises, pela flexibilidade e pela possibilidade de encontrar o
equilíbrio dinâmico entre a abertura vs fecho do sistema. Assim, no funcionamento familiar,
avaliam-se os recursos da família, a comunicação na família e as dificuldades/fragilidades na
família.
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CAPITULO III:
3.Conclusão
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4.Referência bibliográfica
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