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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE

CAMPUS RIO BRANCO


PSICOLOGIA

CLEUDSON DA SILVA ARAGÃO

Pesquisa com o objetivo de


compor nota avaliativa da
disciplina de "psicologia
aplicada a saúde".
Ministrada pela professora
soliane.

Rio branco
2023
CLEUDSON DA SILVA ARAGÃO

ATIVIDADE A1

Rio branco
2023
Psicologia aplicada à saúde – Atividade da A1

1. Urie Bronfenbrenner foi um psicólogo norte-americano


que passou grande parte de sua vida dedicando seus
estudos ao desenvolvimento humano. Cite e explique os
quatro sistemas inter-relacionados que compõem o
ambiente de um indivíduo, segundo o Modelo
Bioecológico de Bronfenbrenner.

Microssistema: Abrange o próprio ​indivíduo e suas principais características (sexo,
idade, peso, altura, ​saúde, etc.) e a forma como ela se relaciona com algumas
instituições ​que estão diretamente à sua volta (face a face) e o constituem como
​pessoa (família, escola, igreja, etc.).

Mesossistema: Abrange as instituições que interagem direta​mente com o sujeito e


as relações entre elas. Por exemplo: a relação dos ​pais com a igreja (crença), que
influenciam como a criança estruturará ​a sua própria crença.

Exossistema: abarca instituições maiores e fora de um padrão mais ​familiar, cujas


inter-relações sujeito-família-instituições contribuem ​para o desenvolvimento do
sujeito. Diferentemente do mesossistema, aqui, a pessoa em desenvol​vimento não
participa ativamente desse processo, porém podem ocorrer ​eventos que a afetem
ou mesmo esses eventos podem ser afetados por ​acontecimentos do ambiente
imediato em que ela se encontra. Essas ​instituições podem ser a vizinhança, os
serviços de saúde, o trabalho ​dos pais, as indústrias, as mídias sociais, entre outras.

Macrossistema: representa a cultura em que o sujeito está inserido, as ​atitudes e


ideologias de uma determinada sociedade e a relação que o ​sujeito tem com elas.
As interconexões feitas para um sujeito de uma ​determinada cultura são diferentes
das de outras culturas.
2. Em um estudo comparativo entre psicologia hospitalar e
psicologia da saúde, apontam que a psicologia hospitalar
brasileira, tal como é descrita, estaria incluída na área
mais abrangente da psicologia da saúde. Discorra sobre
as diferenças entre a psicologia hospitalar e a psicologia
da saúde.
A psicologia hospitalar é uma especialidade da psicologia que se concentra no
atendimento aos pacientes hospitalizados, assim como suas famílias e equipes
médicas. É uma área que lida com a gestão emocional e psicológica do paciente,
ajudando-o a lidar com o estresse e o sofrimento associados à hospitalização,
doença e tratamento médico. Em geral, a psicologia hospitalar tem uma abordagem
mais focada no contexto hospitalar, tratando principalmente das consequências
psicológicas da hospitalização, tais como a ansiedade, depressão e traumas.

Já a psicologia da saúde é uma área mais ampla que engloba a psicologia


hospitalar, mas que também se concentra na promoção da saúde, prevenção de
doenças e na melhoria da qualidade de vida das pessoas. A psicologia da saúde
visa compreender como fatores psicológicos, comportamentais e sociais afetam a
saúde e o bem-estar das pessoas, bem como como esses fatores podem ser
utilizados para melhorar a saúde e prevenir doenças. Dessa forma, a psicologia da
saúde tem uma abordagem mais preventiva e proativa, tratando não apenas das
consequências psicológicas da doença, mas também dos fatores que contribuem
para sua ocorrência.

Em resumo, a psicologia hospitalar é uma especialidade mais focada no contexto


hospitalar, que se concentra principalmente nas consequências psicológicas da
hospitalização, enquanto a psicologia da saúde é uma área mais ampla que engloba
a psicologia hospitalar, mas que também se concentra na promoção da saúde e na
prevenção de doenças. Ambas as áreas são importantes e complementares, e têm
como objetivo melhorar o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas.
3. A história da psicologia perpassa a formação da ciência
moderna e de um modelo de racionalidade que se tornou
hegemônico no Ocidente. Esse campo emerge como
ciência independente na esteira de uma série de debates
filosóficos e sociais a respeito do sujeito e da
subjetividade. Justifique a emergência da psicologia como
ciência.
Durante muito tempo, a psicologia não tinha uma definição clara de objeto de
estudo, o que a colocava em uma posição intermediária entre a filosofia e as
ciências naturais. No entanto, com o surgimento da ciência moderna, as ciências
naturais passaram a ser vistas como a única verdade, o que exigiu da psicologia
uma maior clareza na definição de seu objeto de estudo e na utilização de métodos
científicos para a comprovação de suas teorias. Assim, a psicologia passou por uma
tentativa de se constituir como uma ciência independente, dividindo-se entre a
vertente experimental, que utilizava métodos empíricos das ciências naturais, e a
vertente das ciências da cultura, que utilizava métodos próprios das ciências
humanas.

A demanda por estudos individuais, que escapavam ao escopo da antropologia e


sociologia, e a necessidade de lidar com o sofrimento causado pela sociabilidade
moderna levaram a psicologia a desenvolver diversas áreas teóricas. Essas áreas
teóricas visam analisar, avaliar e produzir conhecimento científico para suprir uma
forte demanda dentro da sociedade. Dessa forma, a psicologia busca compreender
melhor o funcionamento da mente e do comportamento humano, contribuindo para
a melhoria da qualidade de vida das pessoas e para a compreensão dos processos
sociais e culturais que nos rodeiam.

Em resumo, a psicologia passou por uma tentativa de se constituir como uma


ciência independente, utilizando métodos próprios das ciências humanas e
empíricas das ciências naturais. Essa busca por uma definição mais clara de seu
objeto de estudo e pela utilização de métodos científicos ocorreu em um contexto de
demanda por estudos individuais e de necessidade de lidar com o sofrimento
causado pela sociabilidade moderna. Dessa forma, a psicologia desenvolveu
diversas áreas teóricas que visam analisar, avaliar e produzir conhecimento
científico para suprir uma forte demanda dentro da sociedade.
4. A psicanálise teve origem no fim do século XIX e teve
como seus principais precursores Freud, Lacan e Melanie
Klein. Explique as principais diferenças entre suas
atuações.
Freud é considerado o fundador da psicanálise, e seus principais conceitos teóricos
incluem o inconsciente, o complexo de Édipo, a sexualidade infantil, o recalque e a
pulsão de morte. Ele desenvolveu o método psicanalítico, que consiste em um
processo de associação livre, onde o paciente é encorajado a falar tudo o que lhe
vem à mente sem censura. Freud também propôs diferentes fases do
desenvolvimento psicossexual infantil e a importância da análise dos sonhos para o
entendimento dos conteúdos inconscientes.

Jacques Lacan, por sua vez, desenvolveu a psicanálise a partir de uma releitura da
obra de Freud, dando ênfase à linguagem e à cultura. Ele propôs uma teoria da
linguagem que estabelece que a fala é a única forma de acesso ao inconsciente, e
que a linguagem é um campo de lutas e disputas simbólicas. Lacan também
utilizava a técnica do divã e a associação livre, mas enfatizava a importância da
relação entre analista e paciente e da construção do discurso do analista.

Melanie Klein, por sua vez, desenvolveu a psicanálise de crianças, onde enfatizou a
importância dos primeiros anos de vida na formação da personalidade. Ela
acreditava que a criança já nasce com fantasias primitivas que são projetadas no
mundo externo, e que a tarefa do analista é ajudar a criança a elaborar essas
fantasias. Klein também propôs o uso do brinquedo como instrumento terapêutico, e
desenvolveu a técnica do jogo, que consiste em observar a criança em situações de
brincadeira para compreender seus conflitos inconscientes.

Em suma, as diferenças entre as atuações de Freud, Lacan e Melanie Klein se


encontram em suas teorias e práticas clínicas, que apresentam enfoques diversos e
complementares. O método psicanalítico é o mesmo, mas cada autor trouxe
contribuições importantes para o desenvolvimento da psicanálise, tanto no que diz
respeito à teoria quanto à prática clínica.
5. O behaviorismo, por se tratar de um campo múltiplo,
formado por diversas perspectivas, sendo uma corrente
que objetivava construir a psicologia como uma ciência do
comportamento, a qual teria como objeto atos que fossem
observáveis, descritos mediante observação a partir da
apresentação do estímulo e da resposta. Discorra as
diferenças entre o trabalho de Watson e o trabalho de
Skinner.
O Behaviorismo Radical de B.F. Skinner é a abordagem mais avançada e precisa
para o estudo do comportamento humano. Em comparação com o Behaviorismo
Clássico de John Watson, o Behaviorismo Radical tem uma teoria mais elaborada e
completa do comportamento humano.

Enquanto Watson limitava a pesquisa apenas a comportamentos observáveis,


ignorando as emoções e a consciência, Skinner reconhecia que as emoções e a
consciência podem ser estudadas por meio de métodos científicos, como a análise
experimental do comportamento.

O Behaviorismo Radical também apresenta uma abordagem mais sofisticada para o


condicionamento, em que o comportamento é moldado pelas consequências que o
seguem. Skinner argumentou que as consequências que seguem um
comportamento são mais importantes do que a associação entre estímulos e
respostas, como defendido por Watson.

Além disso, o Behaviorismo Radical enfatiza a importância do condicionamento


operante na formação do comportamento humano. Esse processo envolve a
aprendizagem através das consequências que seguem um comportamento, que
pode ser reforçado ou punido com base na sua natureza.

Em resumo, enquanto o Behaviorismo Clássico limitou a pesquisa apenas a


comportamentos observáveis e ignorou a importância das emoções e da
consciência, o Behaviorismo Radical de Skinner apresentou uma teoria mais
elaborada e sofisticada do comportamento humano, reconhecendo a importância
das emoções e da consciência e enfatizando o papel das consequências que
seguem o comportamento.
6. A partir das leis da organização da Gestalt,
compreende-se que a percepção é organizada a partir da
noção do todo. Cite e explique cada uma dessas leis.
​ partir das leis da organização da Gestalt, compreende-se que a percepção é
A
organi​zada a partir da noção do todo. Cada uma dessas leis é descrita a seguir
(FELDMAN, 2015).

A) Lei do fechamento: relacionada à tendência de se fechar uma imagem para


​se produzir um todo com sentido. Quando alguém vê a imagem da Figura 1a,
a ​tendência é de que perceba um triângulo, e não três formas isoladas. Ou
seja, a ​tendência é de que a pessoa perceba o todo, confirmando o que
propõe a teoria.

B) Princípio da proximidade: demonstra a tendência de, quando se percebe


aquela ​imagem, identificar pares de pontos (próximos), devido à forma como
estão orga​nizados — de maneira ppróxima

C) Princípio da semelhança: outra forma de compreender o todo. Quando se


analisa ​a imagem, a tendência é de que se observe linhas compostas por
quadrados e ​círculos, e não colunas mistas. Ou seja, quando se percebe um
estímulo, a tendência ​é agrupar os elementos semelhantes para produzir um
todo com sentido.

D) Princípio da simplicidade: demonstra que, quando se percebe algo, a


tendência ​é fazer isso da maneira mais simplificada possível. Muito
provavelmente, você ​descreveria essa imagem como um quadrado com
linhas em ambos os lados ​(compreensão mais simples), e não como uma
sobreposição das letras W e M ​(compreensão mais sofisticada).

7. O Humanismo surge a partir das décadas de 1960 e


1970, principalmente a partir das contribuições de Rogers
e Maslow. Maslow propôs uma hierarquia das cinco
necessidades inatas que direcionam o comportamento do
ser humano. Cite-as e as explique.
As necessidades de Maslow são organizadas de forma hierárquica, sendo ​que as
inferiores precisam ser satisfeitas (pelo menos de forma parcial) para ​que as
necessidades superiores passem a influenciar o comportamento hu​mano. Elas são
organizadas da seguinte forma, conforme descreve Schultz ​e Schultz (2019). ​
Necessidades fisiológicas: Essas necessidades são as mais básicas do ser
humano, as quais estão rela​cionadas à sobrevivência, como alimentação, água e
sexo. Entretanto, essas ​necessidades, por estarem na base da pirâmide, são as
mais fortes de todas. ​Por exemplo, pessoas famintas têm necessidade apenas de
comida, ou seja, ​somente quando essa necessidade for suprida, mesmo que
parcialmente, é que ​elas passarão a ansiar por outras coisas mais sofisticadas,
como as necessidades ​de segurança.

​ ecessidades de segurança: São as necessidades que ocupam o segundo nível na


N
hierarquia de Maslow, ​contemplando aspectos relacionados à proteção, ordem e
estabilidade. Apenas ​quando essas necessidades estão parcialmente satisfeitas é
que o compor​tamento humano passa a ser motivado ou influenciado pela satisfação
das ​necessidades de afiliação e amor.
​Necessidades de afiliação (pertencimento) e amor: ​Quando as necessidades
fisiológicas e de segurança estão satisfeitas, o homem ​ocupa-se das necessidades
de amor e pertencimento. O sentimento de fazer ​parte de um grupo e sentir-se
amado por um amigo ou companheiro são alguns ​exemplos dessas necessidades.
À medida que as necessidades de pertencimento ​e amor são satisfeitas, o ser
humano ocupa-se das necessidades de estima. ​
Necessidades de estima: ​O quarto nível da hierarquia das necessidades de Maslow
diz respeito à ne​cessidade de reconhecimento, valorização, sucesso social. Essas
necessi​dades também englobam o sentimento de autovalorização, de autoestima.
​Ou seja, as necessidades de estima estão relacionadas tanto ao reconhecimento
​social quanto ao próprio reconhecimento. Quando essas necessidades são
​satisfeitas em algum grau, passa-se para o último nível, as necessidades de
​autorrealização. ​

Necessidades de autorrealização: ​São as necessidades mais elevadas na


hierarquia de Maslow, com as quais o ​ser humano se ocupa quando as demais já
estão satisfeitas, ainda que não por ​completo. A necessidade de autorrealização
está relacionada ao desenvolvi​mento mais completo do ser humano, ao alcance de
seu máximo potencial, ​variando de pessoa para pessoa. Por exemplo, um músico
precisa compor ​para atingir sua autorealização; um arquiteto precisa realizar
projetos; um ​enfermeiro precisa ajudar seus pacientes, e assim por diante.

8. Carl Rogers criou uma abordagem bastante popular em


psicoterapia, a terapia centrada na pessoa. Explique os termos
“tendência atualizante” e o termo “autoconsideração positiva”
propostos por ele.
Carl Rogers, diferente do Maslow, acreditava que existia apenas uma necessidade.
A necessidade de se atualizar e desenvolver os seus potenciais e capacidades. O
que ele chamou de "tendência atualizante". Com o tempo e o desenvolvimento da
pessoa, a consideração positiva passa a ​vir de dentro, o que foi chamado por
Rogers de "autoconsideração positiva". ​Essa postura favorável é crucial para o
desenvolvimento coerente com a visão ​humanista do ser humano como alguém
dotado de potenciais e que tende a ​realizá-los da forma mais positiva possível.

9. Descreva, de forma sintética, as principais características


das fases do desenvolvimento: da gestação à infância, da
adolescência à vida adulta e da vida adulta à velhice.
No período neonatal a criança depende da mãe para todas as suas necessidades. Em
seguida, na primeira infância (0 a 2 anos) a criança aprende sobre o seu corpo através de
reflexos motores e passa a explorar o mundo ainda muito dependente da mãe. Ele
desenvolve também alguma intencionalidade em suas ações.

Na segunda infância: há um fortalecimento musculoesquelético, também ocorre o primeiro


grande desenvolvimento cognitivo, a criança passa a conseguir desenvolver atividades que
exigem um pouco de coordenação motora.

Na terceira infância: o crescimento fica mais lento, e a criança entra na fase anterior à
puberdade. Nesta fase as crianças já podem realizar pensamento lógico em determinadas
condições. A infância passa por uma mudança que coloca a criança em direção a
puberdade.

A adolescência: ​é uma das fases do ciclo da vida, a qual perpassa por grandes ​mudanças
físicas,visto que o corpo da criança passa por transformações e ​maturações. A puberdade é
marcada pelo crescimento e o amadurecimento dos ​órgãos sexuais, bem como pela
ativação de glândulas suprarrenais e o aumento ​da produção de alguns hormônios e das
glândulas sebáceas, que contribuem ​para a produção da pele oleosa e da acne. ​O aumento
e a produção de alguns hormônios contribuem para a instabilidade ​do humor característico
desse período.

A vida adulta: é caracterizada pelo momento de realização. Contudo,cada vez ​mais, na


sociedade contemporânea, tem havido uma moratória na transição ​entre a adolescência e a
vida adulta. Essa moratória diz respeito a um alívio ​nas expectativas de crescimento dos
jovens, o que permite viver essa transição ​com mais liberdade.

Tanta a vida adulta intermediária (meia-idade) quanto a tardia (velhice) com​põem fases da
vida com novas alterações físicas, cognitivas e psicossociais. ​Utiliza-se o termo
intermediário para referir aos anos ativos antes dos 40 ou ​50 anos. São anos ativos, mas
que já apresentam singularidades que conduzirão ​às experiências da velhice.
10. A teoria psicossocial de Erik Erikson envolve oito estágios
do ciclo vital, sendo que cada estágio corresponde a uma crise
ou conflito da personalidade. Discorra sobre cada um deles.
A Teoria psicossocial de Erik Erikson envolve oito estágios do ciclo vital, sendo que cada
estágio corresponde a uma crise ou conflito da personalidade,conforme descrito a seguir

Fase sensorial (do nascimento aos 18 meses, aproximadamente) A primeira crise ou


conflito que surge no desenvolvimento humano diz
respeito à relação entre confiança e desconfiança. Nesse estágio, o bebê está percebendo
se o mundo é um lugar seguro ou não. Por exemplo, quando a mãe está ausente
e depois retorna, a criança entende esse processo e passa a ter confiança. Essa
fase, quando bem-sucedida, tem como resultado o surgimento do sentimento de esperança
(PAPALIA; FELDMAN, 2013; VERISSIMO, 2002).

Fase muscular (dos 18 meses aos 3 anos, aproximadamente — primeira infância) Nessa
fase, a criança vive a crise em relação à autonomia versus vergonha e dúvida. Ela
desenvolve o equilíbrio e a autossuficiência, a partir do controle dos seus movimentos
musculares, e consegue desenvolver atividades exploratórias. Contudo, ao mesmo tempo
que a criança está apta a fazer algumas coisas (p. ex., manipular objetos), há vergonha e
dúvida de se ela pode e como fazer isso. Nessa fase, são desenvolvidos o autocontrole, a
força de vontade e a autoconfiança (PAPALIA; FELDMAN, 2013; VERISSIMO, 2002).

Fase do controle locomotor (dos 3 aos 5 anos, aproximadamente — segunda infância)


Caracterizada pela crise entre iniciativa e culpa, nessa fase, a criança já tem a confiança e a
autonomia, resultantes das fases anteriores, e, por meio da associação dessas duas
virtudes, desenvolve a iniciativa. A culpa vem quando a criança não consegue realizar as
atividades para as quais teve iniciativa. Nessa fase, a virtude desenvolvida é a orientação
para resultados (PAPALIA; FELDMAN, 2013; VERISSIMO, 2002).

Período de latência (dos 5 aos 13 anos, aproximadamente — puberdade) O período de


latência é caracterizado pela crise entre produtividade e inferioridade. Nessa fase, a criança
desenvolve o controle de atividades físicas e intelectuais, muito relacionadas ao contexto
escolar, em que a criança aprende o que é valorizado na sociedade. A virtude associada a
essa fase, quando bem-sucedida, é a habilidade (PAPALIA; FELDMAN, 2013; RABELLO;
PASSOS, 2008; VERISSIMO, 2002).

Fase da moratória psicossocial (dos 13 aos 21 anos — puberdade e adolescência) Erikson


atribui especial importância a essa fase, sendo uma das mais exploradas nos seus estudos.
De acordo com sua teoria, é nessa fase que ocorre a crise da identidade versus confusão
de identidade. Nesse momento, o adolescente busca identificar seu senso de identidade, e
a virtude associada como resultado dessa fase é a fidelidade. O adolescente se diferencia
de seus pais, a partir dos questionamentos que se faz quanto à sua própria identidade, e
busca se encaixar em algum papel social. É nessa fase que costuma ocorrer a escolha
profissional, do parceiro, entre outras (PAPALIA; FELDMAN, 2013; RABELLO; PASSOS,
2008; VERISSIMO, 2002).
Fase da maioridade jovem (dos 21 aos 40 anos, aproximadamente) Nessa fase, o sujeito já
tem sua identidade desenvolvida e irá, a partir dela, unir-se a outras pessoas. Nesse
momento, o conflito se dá na relação entre intimidade e isolamento. Quando a identidade
está bem firmada, abre-se a possibilidade de intimidade, ao passo que, quando o ego não
está suficientemente seguro, há a busca pelo isolamento. Como resultado favorável, há o
surgimento da virtude do amor (PAPALIA; FELDMAN, 2013; RABELLO; PASSOS, 2008;
VERISSIMO, 2002).

Fase da meia-idade (dos 40 aos 60 anos, aproximadamente) O conflito existente nessa fase
diz respeito à questão da generatividade versus estagnação. O sujeito passa a se
preocupar com o que pode ser gerado (p. ex., filhos, ideias, produtos) e se dedica ao
cuidado do que gerou. Nesse sentido, a virtude resultante dessa fase é o cuidado, como
uma forma de se fazer sobreviver. Quando isso não ocorre ou não é possível, o indivíduo se
sente estagnado (PAPALIA; FELDMAN, 2013; RABELLO; PASSOS, 2008; VERISSIMO,
2002).

Fase da maturidade (a partir dos 60 anos, aproximadamente) A última das fases descritas
por Erikson representa a fase em que o ser humano refletirá sobre a vida e suas
realizações. O conflito desse momento está entre a integridade e o desespero. Quando a
pessoa tem o sentimento de dever cumprido e sente satisfação com a sua história, ocorre a
integridade, já quando a pessoa sente que o tempo está acabando e que há coisas a serem
realizadas, vem o sentimento de desespero. Se bem-sucedida, essa fase resulta na virtude
da sabedoria (PAPALIA; FELDMAN, 2013; RABELLO; PASSOS, 2008; VERISSIMO, 2002)

Fim

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