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Maputo, 2023
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Psicologia Hoje
Desenvolvimento da Psicologia
Métodos da Psicologia
Processos Psíquicos
Sensação e Percepção
Memoria e Aprendizagem
Motivação e Emoção
Linguagem e Pensamento
Comunicação Humana
Comunicação de Massa
Tipos de Publicidade
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Campanha Publicitária
Psicologia de Venda
Comunicação e Motivação
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APRESENTAÇÃO
Esta cadeira enfatiza os conceitos da teoria psicológica tais como sociedade individuo, a
cognição individual e social, relações grupo individuo, persuasão e mudanças de atitudes.
Estuda os processos psíquicos básicos (percepção, consciência, memoria, pensamento, e
aprendizagem), stress, motivação e liderança, e as relações destes processos com a
comunicação. E com objectivos de definir, de conceituar e problematizar os conceitos
básicos da Psicologia, psicologia individual e social com o instrumento de comunicação e
das relações sociais. Oferecer ao estudante conhecimentos sobre alguns determinantes
biológicos, inconscientes e cognitivos do comportamento humano; expôr ao estudante a
relação da psicologia com comunicação e as outras ciências; identificar alguns aspectos
intrapsíquicos intervenientes no processo da comunicação; apresentar ao estudante como os
grupos sociais influenciam o processo de comunicação.
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“Psicologia” é uma palavra que tem, para o leigo, um sentido bem pouco definido. Ela pode
sugerir muitas coisas para uma mesma pessoa e também coisas diferentes para pessoas
diferentes.
Um levantamento breve das expectativas comuns de quem vai iniciar seus estudos em
Psicologia ilustra bem esta diversidade de concepções. Alguns acreditam que vão estudar as
causas e características do desequilíbrio mental; outros esperam aprender como lidar com
crianças em suas sucessivas etapas do desenvolvimento; há os que pretendem alcançar a
compreensão das regras do bom relacionamento interpessoal; alguns expressam o desejo de
poderem vir a psicanalisar pessoas; outros, ainda, almejam treinar-se em mensuração da
inteligência; e encontram-se, também, os que, querem, de forma mais vaga, vir a
“compreender o ser humano”.
Trata-se da crença generalizada de que todos nós somos “psicólogos práticos”, o que se
costuma “comprovar” pela nossa quase “infalível” capacidade de “julgar” as pessoas.
E preciso deixar claro que a Psicologia vem se desenvolvendo na base de esforços sérios, de
métodos que exigem observação e experimentação cuidadosamente controladas.
Não se trata, pois, de uma colecção de “palpites” sobre o ser humano, sua conduta e seus
processos mentais.
O estudante precisa adoptar, desde logo, uma postura científica, isto é, examinar o que já foi
estabelecido pela ciência o que ainda não recebeu explicação satisfatória, rejeitar toda
concepção que não tiver sido submetida a estudos e comprovação rigorosos; em suma,
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precisa adoptar um espírito crítico que desconfie, sempre, de “conhecimentos naturais”
sobre as pessoas.
Além desta crença generalizada de que todos somos psicólogos, encontrasse comummente
outra a de que é impossível estabelecer-se algum conhecimento válido para todos os seres
humanos. Os argumentos para esta colocação costumam ser dois: ou que o ser humano é
dotado de livre arbítrio e, portanto, cada um se comporta como quer; ou que a natureza
humana é, por si mesma, misteriosa, insondável, complexa demais.
Novamente, aqui, impõe-se o espírito crítico. O estudante deve perguntar-se qual a formação
de tais pessoas, de onde provêm seus “conhecimentos”, quais os fundamentos dos “testes” e
dos procedimentos “clínicos”. Existem pessoas comprovadamente idôneas no exercício de
profissões que usam basicamente a Psicologia, que podem ser consultadas, se não houver
outros meios de certificar-se da validade de tais livros, testes, palestras, etc.
Voltando, agora, à lista de possíveis expectativas dos que iniciam o estudo da Psicologia: ela
mostrou uma diversidade grande de concepções sobre esta disciplina.
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Afinal, o que estuda a Psicologia? O que se entende por Psicologia? Esta questão não é fácil
de ser respondida. Acredita-se que uma resposta satisfatória possa ser atingida, depois de ser
examinado, ao menos de forma rápida, o histórico da Psicologia e as principais posições
psicológicas atuais.
Sem buscar as causas de tal fenómeno, verifica-se que, realmente, a Psicologia é uma das
ciências mais jovens. Mas, mesmo antes que existisse uma ciência a respeito, o homem
procurou explicar a si mesmo.
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Desde então muitas teorias foram formuladas na tentativa de responder essa indagação. Os
antigos gregos como Sócrates, Platão e Aristotéles, ocuparam-se por estas questões razão
pela qual a Psicologia nasce dentro da tradição Filosófica. A primeira doutrina sistemática
dos fenómenos da vida psíquica foi formulada, por Aristóteles. Nos três livros De Anima,
ele se pronuncia, como introdução, sobre a tarefa da psicologia. Aristóteles acredita que as
ideias e, consequentemente, a alma, seriam independentes do tempo, do espaço e da matéria
e, portanto, imortais. Procuraremos trazer, igualmente, algumas abordagens actuais da
psicologia e também os seus diversos campos de aplicação.
A Psicologia moderna conheceu o seu berço na Alemanha, no final do século XIX, a partir
dos estudos de uma nova área do conhecimento desenvolvida por estudos de Wundt e seus
companheiros na Universidade de Leipzig. O então chefe de departamento de filosofia da
universidade supra mencionada, fundou no ano de 1879, o “primeiro grande laboratório” de
pesquisa em Psicologia, conferindo-lhe uma autonomia e desligamento da Filosofia.
A nova ciência de Wundt foi rapidamente adoptada e disseminou-se pela Europa e EUA. Foi
esse entusiasmo que conferiu a Wundt o título de “fundador da psicologia científica”, mas o
esforço empreendido por James nos EUA, tornou esta nação o novo campo de pesquisa em
psicologia, a partir dos princípios do século XX.
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1. Behaviorismo, desenvolveu se a partir dos estudos de Wilhelm Wundt (fundador do
primeiro laboratório de psicologia no ano de 1879) que deu com base na
experimentação, vida a psicologia como a ciência da consciência; de William James que
procurou compreender o funcionamento da mente, daí o desenvolvimento da teoria do
funcionalismo.
Foi continuada por John Watson (1878-1959), americano doutorado pela Universidade
de Chicago. Descontente com a situação em que se encontrava a Psicologia, e inspirado
pelo grande desenvolvimento das ciências naturais na época propôs um novo objecto de
estudo para a Psicologia: o comportamento (behavior) estritamente observável com base
no uso da experimentação e observação para estudar eventos ambientais.
A importância atribuída por Watson à influência do meio ambiente pode ser avaliada
pelas suas palavras: “Dai-me uma dúzia de crianças sadias, bem formadas, e um mundo
de acordo com minhas especificações em que criá-las e garanto que, tomando uma ao
acaso, posso treiná-la para que se torne qualquer tipo de especialista que se escolha —
médico, advogado, artista, comerciante chefe e, sim, até mendigo e ladrão -
independente de suas inclinações, tendências, talentos, habilidades, vocações e da raça
de seus ancestrais”. Watson, apud KelIer, (1970). As ideias de Watson foram
consideradas bastante radicais no início, mas acabaram ganhando aceitação ao mesmo
tempo em que foram sendo introduzidos “abrandamentos” na posição original. Hoje, o
“behaviorismo clássico” não existe mais, porém é possível afirmar que grande parte, se
não a maior, da Psicologia americana tem orientação behaviorista.
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2. Gestalt, movimento de origem alemã, mas que se desenvolveu nos Estados Unidos,
nasceu como oposição às outras correntes psicológicas. Afirmava que o estruturalismo e
o behaviorismo subestimavam o papel do indivíduo, principalmente nos processos da
percepção e aprendizagem, acreditando-o ser um “registador” passivo dos estímulos do
ambiente. Estas decomposições, afirmavam eles, destituíam de sentido o fenómeno
estudado.
A palavra alemã “gestalt” não tem perfeita tradução em português, mas significa,
aproximadamente, o todo, a estrutura, a forma, a organização. O lema da Gestalt veio a
ser “o todo é mais do que a soma das partes”. Os gestaltistas ilustram esta afirmação
mostrando que uma melodia, por exemplo, não pode ser decomposta em suas notas
musicais componentes sem perder a estrutura que a identifica e, inversamente,
constituir-se-á na mesma melodia se tocada com outras notas (uma escala acima ou
abaixo, por exemplo).
3. Cognitivista que resulta de refutações da teoria behaviorista. Esta visão advoga que os
psicólogos deveriam se preocupar com o que ocorria na “caixa negra”. A mente é
concebida como uma caixa negra que processa informações através de operações. É das
visões que até hoje muito influencia as investigações em psicologia.
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4. Humanismo, é um movimento mais recente em Psicologia. que se desenvolve a volta
da visão da fenomenologia ocidental segundo a qual as pessoas vêem o mundo segundo
uma perspectiva individual. Dá-se ênfase ao individual. Resgata a valorização do ser
humano, apontando para o facto de o homem ser essencialmente bom. Por isso Advoga
o estudo de processos mentais tipicamente humanos, como: pensar, sentir, etc., apesar de
não serem directamente observáveis. São representantes do Humanismo: Abraham
Maslow, Rollo May e Carl Rogers.
5. Psicanálise, Criada por Sigmund Freud (1856-1939), Está voltada para o estudo do
inconsciente. Para esta perspectiva, a psicologia deve focalizar no tratamento de
distúrbios mentais e trazer o homem do inconsciente para o consciente. A psicanálise é,
provavelmente, o sistema psicológico mais conhecido pelo público em geral, apesar de
não ser igualmente bem compreendido. Este sistema, que influenciou e ainda influencia
tão fortemente não só os rumos da Psicologia, mas também das artes, da literatura,
enfim, de toda a cultura ocidental, teve um desenvolvimento inicial bastante
independente da Psicologia como tal. O desenvolvimento das ciências naturais e o
surgimento de novas tecnologias, sobretudo, no século XX, catalisou novos campos de
investigação e abordagens do comportamento humano e de processos mentais.
Actualmente, na área da comunicação, especificamente na publicidade, têm quatro
abordagens:
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psicológico do indivíduo é envolvida toda a família. Na publicidade, esta
abordagem fornece uma contribuição no estudo da contribuição verbal e não-
verbal.
d) A análise transaccional de Eric Berne, que concebe o indivíduo como um ser que
precisa de atenção e gratificação. Esta teoria encontra espaço, por exemplo, quando
se usam metodologia de venda.
A psicologia não foge do caminho das outras ciências. Os estudiosos desta área socorrem-se
de muitos métodos de pesquisa, dentre vários a observação sistemática, a introspecção, a
hipnose, a entrevista, a pesquisa clinica, a pesquisa de arquivo, estudo de caso.
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variáveis que não podem ser examinadas por meio de outros métodos de pesquisa.
Permite que se preveja o comportamento.
8. O estudo de caso. Baseia-se na colecta de informações detalhadas sobre o indivíduo
ou um grupo durante um longo período.
9. Pesquisa experimental. É um método que se baseia na manipulação sistemática de
uma ou mais variáveis e, no final o efeito da manipulação sobre outras variáveis é
estudado. Ele permite um controle rigoroso sobre as variáveis e oferece aos
pesquisadores a oportunidade de tirar conclusões sobre relações de causa e efeito.
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6. Psicologia do Desenvolvimento. Esta se ocupa do estudo do crescimento físico e
mental dos seres humanos desde o período pré-natal até a velhice. Ou seja, ela se
ocupa do conjunto de transformações que ocorrem ao longo do tempo.
7. Psicologia Comunitária. Se ocupa de pessoas perturbadas dentro da comunidade.
Desenvolve actividades de comunitárias para a melhoria da saúde mental
comunitária.
8. Psicologia de aconselhamento. Aconselha pessoas com problemas de adaptação a
determinados contextos e promove o seu desenvolvimento.
9. A Psicologia Geral, que busca determinar o objecto, os métodos, os princípios
gerais e as ramificações da ciência; a Psicologia Fisiológica, que procura investigar
o papel que eventos e estruturas fisiológicas desempenham no comportamento;
Psicologia Animal ou Comparada, que tenta estudar o comportamento animal com
o objectivo de, comparando-o ao do homem, melhor compreendê-lo e, também, por
buscar a compreensão do comportamento animal em si;
10. Psicologia Diferencial, que busca estabelecer as diferenças entre os indivíduos em
termos de idade, classe social, raças, capacidades, sexo, etc., suas causas é efeitos
sobre o comportamento, além de procurar criar e aperfeiçoar técnicas de
mensuração das variáveis consideradas;
11. Psicopatologia, que é o ramo da Psicologia interessado no comportamento
anormal, como: as neuroses e psicoses;
12. Psicologia da Personalidade, que é a denominação da área que busca a integração
ampla e compreensiva dos dados obtidos por todos os sectores da investigação
psicológica.
Assim como existem muitos e variados campos de aplicação da Psicologia, assim também
existem muitos profissionais que trabalham basicamente com a Psicologia.
Sem dúvida, o principal deles é o psicólogo, que pode actuar em áreas diversas, como sugere
a lista de subcampos e aplicações da Psicologia.
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Mas muitas pessoas confundem psicólogos com psiquiatras. O psicólogo é o profissional
que faz o curso de graduação ou licenciatura em Psicologia e pode se especializar em
qualquer das variadas áreas da Psicologia.
Para ilustrar estas relações, basta lembrar as inúmeras pesquisas psicológicas orientadas para
os aspectos biológicos do homem e do animal, como as realizadas pela Psicologia
Fisiológica, Animal e Comparada; e, também, aquelas que investigam as actividades sociais
dos indivíduos como as da Psicologia Social, Educacional, do Trabalho.
Mas, as relações da Psicologia com outras ciências não se limitam à Biologia e às Ciências
Sociais. A Psicologia conota-se hoje pela sua natureza interdisciplinar. Assim como a maior
parte dos outros campos de estudo, a Psicologia não se preocupa com a extensão em que
uma investigação permanece dentro dos limites formalmente definidos da disciplina. “Quase
todos os campos da Psicologia se sobrepõem a outros campos de estudo, servem-se deles e,
por seu turno, contribuem para eles” Telford e Sawrey, (1973).
Podem-se ilustrar estas afirmativas mostrando que a Psicologia Fisiológica contribui para o
desenvolvimento da fisiologia, bioquímica, biofísica, da biologia geral, etc., mas também se
serve das mesmas para seu desenvolvimento.
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Das ligações da neurologia com a psicologia apareceu um novo ramo da Psicologia que se
apresenta como uma nova interciência: a neuropsicologia, que é o estudo sobre as relações
do comportamento com os dados da fisiologia nervosa e da neuropatologia. Muitos outros
exemplos poderiam ser dados, mas o que importa é ressaltar que não há, hoje, a preocupação
de manter as ciências dentro de um âmbito de investigação restrito pela definição de seu
objecto de estudo.
Para concluir este capítulo, que procurou mostrar em linhas gerais o que é a Psicologia
contemporânea, repete-se, com Marx e Hillix (1974) que “a Psicologia de hoje nega-se a ser
limitada a um estreito objecto de estudo por definições formais ou prescrições sistemáticas”.
BRAGHIROLLI e Elaine Maria, (2002).
Bibliografia da Unidade
BRAGHIROLLI e Elaine Maria, (2002).
Actividades
1. Fazer a leitura do material disponibilizado para esta unidade e outra literatura que julgar
relevante para este conteúdo.
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2. Reflicta sobre o seguinte:
Imagine que você seja um professor. Durante o decurso das aulas você nota que
metade da sua turma não toma notas sobre o que você diz. Consequentemente, seu
comportamento afecta o seu desempenho nas notas conseguidas na avaliação. Que
método de pesquisa usaria para descobrir o problema da turma? Justifique.
O que distingue a abordagem da psicologia e do senso comum em torno do
comportamento humano.
11. Aponte alguns exemplos de assuntos cujo estudo implica a relação da Psicologia
com outras ciências.
Autoavaliação
1. Foi só a partir do final do século ______ que a psicologia se tornou uma disciplina
autónoma da ______.
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4. Diferentemente de outros estudiosos da psicologia, Freud destacou-se pelo
desenvolvimento da _____.
6. Para o Behaviorismo a Psicologia deveria ter como seu objecto de estudo o ______ .
Os processos psíquicos são conceitos centrais nos estudos em psicologia. Muitos dos
eventos que acontecem na nossa mente e determinam o nosso comportamento se encontram
intimamente ligadas aos processos psíquicos. Qual é a necessidade de estudarmos os
processos psíquicos? Veremos alguns dos aspectos que mais influenciam o nosso
comportamento, nomeadamente: percepção, memória e aprendizagem, linguagem e
pensamento, e, por fim, as motivações e emoções. Estes são temas fundamentais para
compreendermos o comportamento humano visto que ele é sempre motivado e ligado aos
eventos e ambiente sociais e tem influência directa nas atitudes dos indivíduos.
A sensação designa a activação dos órgãos dos sentidos por uma fonte de energia física. O
homem tem a característica particular de gozar de um conjunto de experiencias sensoriais
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que o interligam ao seu meio. Mas na verdade ele entra em contacto com o seu meio através
de experiencias como a visão, audição, o olfacto, o paladar, a dor, o toque que a ciência da
psicologia as denomina por sensações.
As sensações começam com a estimulação dos órgãos de sentido ou então os receptores das
sensações são activados ou estimulados. Isto acontece porque toda a vez que energias
chegam aos receptores são convertidos em impulso e por meio de nervos são transportados
para o cérebro. São as células receptoras as responsáveis que ligam o mundo exterior ao
mundo interno do indivíduo.
Dentre os vários sentidos de que o ser humano é detentor, os psicólogos elencam a visão e a
audição como os sentidos mais importantes do ser humano. O homem é bastante dependente
deles. Até na área da publicidade e comunicação estes são os sentidos de que a estas se
servem para manipular e estimular o homem para aderir à cultura de consumo.
1. Visão
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ganglionares, cujos axiomas se agrupam para formar um nervo – denominado óptico que, é
responsável pela transmissão de mensagens ao cérebro.
2. Audição
A audição é um sentido que também goza de capital importância para o homem. Ele está
intimamente ligada a nossa capacidade de comunicar através da linguagem. De facto, o
homem goza de um profundo privilégio no uso deste sentido, pois, ouve todos os sons
emitidos no ambiente circundante. É a adução associada a imagem que nos permite captar o
que o sentido de uma peça de um documentário ou notícia que passa na televisão.
O homem recebe os sons de seu meio graças a acção das ondas sonoras (que são os
estímulos físicos) que provocam uma vibração do tímpano. Esta vibração acontece quando
são accionados três ossos do ouvido médio, nomeadamente, o martelo, bigorna e estribo que
vibram em sequência. Depois disso acontece uma amplificação destas vibrações quando
passam para o ouvido interno.
2.1.2 PERCEPÇÃO
Princípios da percepção
A percepção é definida como a classificação, interpretação, análise e integração de
estímulos realizada pelos órgãos dos sentidos e pelo cérebro. Os estudiosos da Gestalt foram
os pioneiros nos estudos da percepção. Estes psicólogos se interessaram bastante com o
estudo do modo pelo qual o processo perceptivo cria figuras, formas que muitas vezes
distam da imagem do objecto observado, sendo, que este processo reflectiria apenas o modo
como os organismos cerebrais organizam as imagens. Geralmente, quando estamos diante
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de um objecto, acreditavam os gestaltistas, primeiro percebemos o seu todo e depois nos
detemos aos aspectos particulares.
A percepção
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d) Percepção olfactiva (acontece por meio de substâncias químicas, suspensas no ar e
solúveis em água ou gordura. Por exemplo, os feromônos, substancias olfactivas
responsáveis pela atracção sexual)
e) Percepção gustativa ou paladar (provocada por substâncias químicas. Fornecem
informações sobre o que os animais podem, ou não, desejar comer)
f) Percepção cinestésica ou cinestesia (fornece informações sobre a velocidade e
direcção de nossos movimentos).
Apesar de a percepção resultar do contacto com estímulos exteriores, esta deve ser
considerada uma realidade resultante de uma construção interna, que, resulta das actividades
do sistema nervoso central.
A percepção depende das sensações. Ou seja, uma experiência perceptiva coerente é a soma
das informações sensoriais disponíveis. De tal forma que, na percepção se deve ter em conta
a estrutura total do objecto (o objecto consiste na unidade do conjunto das partes integrantes,
da análise e da síntese).
Quando falamos de memória, geralmente, nos ocorre a ideia de um grande depósito onde se
acumula tudo o que aprendemos. Esta não só armazena a informação, mas possui a
capacidade de conservar e recuperar as informações. A memória designa o processo pelo
qual codificamos, armazenamos e recuperamos informações. Geralmente, o processo de
memória pode ser subdividido em três fases distintas, nomeadamente,
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i) Aprendizagem (compreensão e assimilação em nossa memória);
ii) Retenção/recordação (informação invocada para ser recordada); e
iii) Esquecimento (a fase em que nos esquecemos de informações pouco relevantes,
pouco interessantes ou dolorosas).
Tipos de memória
Geralmente, quando saímos de casa para a rua, recebemos ou captamos muita informação de
forma bruta em curto intervalo de tempo através dos nossos sentidos. Pode ser através do
tacto, da visão, da audição ou do tacto. A memória sensorial, também conhecida como
registo sensorial, deriva de um conjunto de estímulos que recebemos do meio ambiente em
curto intervalo de tempo. A informação assim recebida pode durar até dois segundos.
A incapacidade de nos lembrar ou não das informações que recebemos em puco tempo
resulta do conjunto de operações que realizamos sobre ela. Na verdade, nós concedemos
pouca atenção as informações dos nossos registos sensoriais.
A memória de longo prazo é a que tem a capacidade de armazenar uma grande quantidade
de informação por muito tempo. Esta pode durar de minutos até mesmo anos. Alguns
estudiosos defendem que uma vez armazenadas as informações neste tipo de memória, estas
não desaparecem ainda que se tornem menos acessíveis. É com recurso a processos
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diferenciados que se consegue a recuperação das informações contidas neste tipo de
memória. As informações da MLP podem ser recebidas em nenhum esforço e outras exigem
um esforço para a sua memorização.
2.2.2 APRENDIZAGEM
Condicionamento clássico
Esta forma de aprendizagem foi acidentalmente descoberta por Pavlov (1849-1936) quando
este estava estudando processos digestivos de cães. Este constatou que o cao, ao ver o
alimento começava a salivar. Uma vez que Pavlov acendia a luz antes de mostrar o alimento
ao cão, percebeu que o cão salivava, sempre que a luz fosse acesa. Este concluiu que o cao
tinha aprendido a associar a luz ao alimento. Pavlov migrou para o uso da campainha antes
de administrar o alimento e constatou que o cão teria aprendido a associar a campainha ao
alimento. Todavia, depois da desassociação da luz e da campainha ao alimento, este assistiu
um fenómeno de extinção, ou seja, se a resposta não foi mais seguida pelo reforço – o
alimento – um pouco mais ele desaparecia. No homem este tipo de aprendizagem estaria
associado, por exemplo, ao medo.
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Condicionamento operante
As pessoas também aprendem a agir diante de determinados eventos e podem ter o seguinte:
efeitos positivos, a punição e a indiferença.
A nossa vivencia e experiencia nos tem demonstrado que não aprendemos apenas de forma
directa, mas também por meio da observação de comportamentos de pessoas alheias. Basta
pensarmos no lugar que nossos, primos, amigos, professores e outras pessoas ocupam em
nossa vida.
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2.3 MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO
2.3.1 Motivação
A motivação é um impulso que leva o indivíduo a fazer algo, ou então, a afastar-se de algo,
percebido como perigoso. No primeiro caso trata-se de motivação de aproximação e, no
segundo, de motivação de afastamento.
Pode acontecer que estas duas motivações coabitem num mesmo indivíduo. Aqui estaremos
perante um caso de conflito de motivações. Este conflito geralmente pode gerar uma
neurose.
Ciclo motivacional
Estímulo interno/
externo
Plano de
acção
Acção
Satisfação Frustração
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Motivação ao estudo;
Motivação ao trabalho.
Abraham Maslow (1954) organizou os motivos em uma hierarquia, dos inferiores aos
superiores. Os inferiores resultam de necessidades corporais que precisam ser satisfeitas. À
medida que se vai subindo a hierarquia das necessidades de Maslow, as motivações passam
a ser superficiais. Maslow acredita que compreender as motivações de uma pessoa permite
predizer seu comportamento.
Necessidade
de auto-realização
Necessidade de estima
Necessidade de pertencer a algo
Necessidade de segurança
Necessidades fisiológicas
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2.3.2 EMOÇÕES
As emoções básicas são: medo, surpresa, tristeza, repulsa, raiva, antecipação, alegria e
aceitação. Mas poderíamos elencar a saudade, melancolia, desilusão, surpresa, vergonha,
tédio, agitação, indiferença.
Indicadores emocionais
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3. Teoria do processo em oposição de Salomon e Corbitt. Todo o estímulo causador do de
emoções também provoca emoção oposta.
Ela resulta da combinação de fonemas (sons). São os fonemas que criam morfemas
(menores unidades da palavra), que por sua vez dão origem às palavras. As palavras são as
que por sua vez nos levam a criação de sentenças e a representação de ideias complexas, ou
seja, à formulação do pensamento.
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conhecimentos, interferindo na percepção da realidade. A origem da linguagem é resultado
de um processo de socialização do ser humano, que é estimulado pelo meio em que se vive,
no qual ocorre a adequação dele e a transformação, proporcionando associações das
diferentes áreas sensitivas, Perceptíveis e motoras. O pensamento precede a linguagem, que
também é considerada outra forma de pensamento. A etapa das imagens mentais precede a
primeira palavra da criança. As imagens mentais, segundo estudiosos, são cópias activas da
realidade que é organizada pelo cérebro.
Propriedades da linguagem
2.4.2.PENSAMENTO
O homem distingue-se dos demais animais da sua capacidade de pensar. Basta fazermos
uma análise da forma como usamos a palavra pensar no nosso quotidiano. De facto, a maior
parte dos indivíduos passa parte de seu tempo pensando. Existe uma ligação profunda entre
processos psíquicos como a atenção, memória, pensamento e linguagem.
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processo de fala que se opera através do interior. Para a operacionalização do pensamento
ocorre através de uma simbiose onde perfilam elementos de imagens visuais, auditivas,
tácteis ou gustativas.
Elementos do pensamento
A psicologia propõe três ideias para apontar o que está no centro do pensamento,
nomeadamente, a imagem, a acção e a representação.
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“A função organizadora da linguagem emigre da relação entre a fala e acção, no momento
em que as duas se deslocam, assim com a ajuda da fala, as crianças adiquem a capacidade de
ser tanto sujeito como objecto de seu próprio comportamento.”
Actividades
A partir da execução dessas actividades, você terá a oportunidade de compreender a
importância do estudo de processos psíquicos e a sua relação com a comunicação.
1. Fazer uma leitura complementar do material ligado a temática deste conteúdo.
2. Reflicta sobre as seguintes questões:
a) A distinção que pode ser feita entre a sensação e percepção.
b) A criação do impulso nervoso pela luz.
c) O sentido que usaria para apresentar a alguém uma música que tanto gosta.
d) Relação dialógica entre a memória e aprendizagem.
e) Características dos três tipos de memória.
f) O conceito de aprendizagem.
g) O significado de motivação.
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h) O recomendaria a alguém que desejasse perder peso depois de ter fracassado
muitas vezes.
i) Qual é a teoria da emoção que você prefere e por que razão?
j) Relevância da representação para o pensamento.
k) Relação entre linguagem o pensamento.
6. Tomando como base o teu conhecimento sobre as emoções, explique se os medos são
aprendidos ou inatos.
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7. A resposta que produzimos em resposta de um estímulo é denominada de _____.
8. Geralmente as pessoas se sentem impelidas a realizarem uma determinada tarefa
quando estão _____.
9. O ciclo motivacional evolve __ etapas que culminam com a satisfação ou frustração.
10. Podemos associar o motivo de ___ à necessidade de a pessoa sentir-se apoiada pelo
grupo.
11. A teoria da emoção do processo está ligada ao amor pelo ____ .
12. O tipo de aprendizagem ligada a associação a assimilação de um comportamento a
um evento é conhecida por _____.
13. O conjunto de símbolos que o homem usa para a sua comunicação é denominado por
_____.
14. A imagem, representação e acção estão no centro da emergência do ____.
Bibliografia da Unidade
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3. COMUNICAÇÃO HUMANA
3.1 Comunicação
O que é comunicar?
Os antigos gregos concebiam o ser humano como um ser em relação, por isso, sua
habilidade e predisposição para comunicar. Comunicar é o acto de entrar em contacto com o
outro; transmitir alguma mensagem; tornar participante; interligar-se aos outros. A
comunicação transmite suas informações através de mensagens socorrendo-se de
determinados códigos.
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Factores que condicionam a comunicação
A comunicação não é um facto isolado do meio. Ela se encontra ligada ao seu meio. Por
isso, é preciso estar consciente de que entre o emissor e o receptor podem surgir
perturbações, interferências e outros intervenientes que podem influenciar positiva ou
negativamente a comunicação. Dentre estes factores destacam-se os ambientais, os
psicológicos e as relações sociais.
Os axiomas da comunicação
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Figuras retóricas da comunicação verbal
Na comunicação verbal e também na publicidade são usadas algumas figuras de estilo que
tornam particular a comunicação. Dentre elas destacamos:
A metáfora;
A comparação;
A metonímia;
O paradoxo; e
A sinédoque.
A escuta
Geralmente, somos fascinados pela ideia de termos pessoas a nossa volta nos ouvindo. De
tal forma que escutar a outrem é das tarefas mais difíceis. A escuta torna-se mais difícil
quando existe um conflito ou interferência entre os interlocutores.
Por conta disso, tendemos a interromper quem nos dirige uma palavra, julgar, e até a
oferecermos respostas rápidas sem sequer compreendermos a mensagem que nos é dirigida.
É importante aprender a escutar. A escuta é fundamental em comunicação. Já pensou em um
vendedor que não sabe escutar seus clientes? É preciso saber escutar com recurso a:
a) Escuta passiva, que consiste em ouvir o outro sem intervir e de vez em quando
acenando para consentir ou acompanhar emoções de outrem.
b) Escuta activa, que consiste em compreender o estado de espírito do outro. Através
da empatia se transmite o calor humano e colocar-se no lugar de outro e gestos que
indicam que eu compreendi o outro.
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A comunicação para verbal
Falar não é apenas dizer palavras. A forma como dizemos, o estado de espírito, o tom de
voz, falar rápido, hesitar, nervosismo… indica o nosso estado de espírito. Estes sinais
também comunicam. São uma forma de comunicação denominada para verbal.
Linguagem não-verbal
Comunicação de massa
Falar de comunicação de massa pressupõe antes de mais nada falar da sociedade de massa.
A sociedade de massa deriva dos eventos que marcaram o século passado derivadas do
progresso tecnológico e do desenvolvimento de invenções como cinema, rádio e televisão
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que permitiram muito mais pessoas consumirem informação de livre de impedimentos
físicos e temporais.
A partir da década de 1980 assistiu-se igualmente uma nova revolução com a descoberta da
internet. Esta foi a que muito encurtou distâncias e permitiu a interacção em tempo real de
pessoas em vários quadrantes do mundo. A internet significou a morte da distância e um
aprimoramento da comunicação de massa. A comunicação de massa é aquela que é dirigida
a uma massa indiferenciada de pessoas heterogéneas.
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7. Transmissão da cultura pelos meios de comunicação;
8. Tem a função de divertir.
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Actividades
A partir da execução dessas actividades, você terá a oportunidade de compreender a
importância do estudo da comunicação e comunicação de massa.
1. Imagine que você deseja ajudar um amigo que esteja atravessado por uma
dificuldade e precise de alguém com quem confidenciar sua dificuldade. A que tipo
de recurso você recorreria para o ouvir? Justifique.
2. Explicite o sentido da sentença destacada: “ Os meios de comunicação de massa
não detêm o controlo absoluto da nossa subjectividade”
1. A comunicação é:
a) Conviver com todos de forma harmónica.
b) Transmissão de informação por um canal através de um código.
c) Linguagem exclusiva emitida pelo corpo.
2. Qual das opções abaixo se refere aos elementos da comunicação verbal:
a) Emissor, massagem, recepção, fonte.
b) Emissor, código, mensagem, decodificação da mensagem, receptor.
c) Emissor, código, mensagem, decodificação da mensagem.
3. Em comunicação quando fala-se de proximidade refere-se
a) A distância entre as pessoas.
b) A posição dos olhos.
c) A relações de intimidade.
4. A expressão “entendo o que você sente” pode ser utilizada explicar a
a) Escuta impotente.
b) Escuta passiva.
c) Escuta activa.
5. A mímica se refere ao conjunto de
a) Gestos faciais.
b) Contactos oculares.
c) Forma de apertar a mão.
6. Exposição selectiva é a
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a) Protecção de informações.
b) Exposição apenas às informações e comunicações a que estamos de acordo.
c) Existência de uma dissonância.
7. Na selecção de notícias o opinion leader
a) Presta atenção a quem lhe interessa.
b) Cria mecanismos de defesa.
c) Aconselha e indica modelos de comportamento.
8. A sociedade de massa refere-se àquela derivada da
a) Consumo exagerado de fast food.
b) Crescente difusão dos meios de comunicação e a submissão de pessoas a uma
maré de informações que condicionam o seu modo de pensar.
c) Sociedade do espectáculo.
9. A comunicação de massa
a) Inibe a transmissão e repetição da mensagem mais vezes.
b) Criam barreiras entre o emissor e o receptor.
c) Reduzem custos de comunicação.
10. A comunicação de massa está intimamente ligado a
a) Venda de massa alimentar;
b) Transmissão de modelos de comportamentos por meio da publicidade e propaganda;
c) Nenhuma das opções.
Bibliografia da Unidade
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STROCCHI, M. Psicologia da comunicação: manual para estudo da linguagem publicitária
e das técnicas de venda. S. Paulo: Paulus, 2007.
Até aqui está claro que os grupos exercem uma profunda influência sobre o indivíduo. Mas
também faz-se relevante reconhecer que os indivíduos afectam de forma significativa seus
grupos. Como mencionamos no tópico sobre a motivação, o ser humano é naturalmente
predisposta a filiação, ou seja, ele tem a necessidade de pertencer a um grupo e de estar
junto com os outros, daí a emergência do tópico sobre a influência social no contexto de
grupos.
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Influência social
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O grupo
Falar de grupo em psicologia social seria evocar um conjunto de pessoas que se identificam
umas com as outras, que sentem que estão interligadas. Grupo são aqueles que possuem
objectivos em comum e dependem uns dos outros. Ou então, grupo como duas ou mais
pessoas que interagem e se influenciam mutuamente.
O grupo secundário tem particularidade de ser constituído por um vasto número de pessoas.
Estas, geralmente, unem-se em vista ao alcance de um objectivo comum. Sua característica
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é uma união baseada exclusivamente em relações afectivas e não necessita que os indivíduos
que compõem o grupo se conheçam. O seu foco é a eficiência e o sucesso no alcance de
resultados. Um exemplo típico deste tipo de grupos, são os adeptos de um clube de futebol,
membros de partidos políticos, estudantes de uma turma, etc.
Influência de grupo
A sociabilidade impõe e condena ao homem a saber ser e estar quando confrontado com os
outros. Contudo, em cada grupo social existem normas que regem a as relações entre os
indivíduos e, quando assumidas por todos membros, cristalizam o grupo e levam a criação
da cristalização.
Agora podemos pensar em toda a variedade de situações que experimentamos no nosso dia-
a-dia e daí tentarmos compreender as diversas situações em que, por um lado, somos mais
determinados e, por outro lado, situações outras em que somos menos determinados, ou
seja, usamos a efectivamente a nossa liberdade.
Imagine que estejas entrando em uma loja de artigos de vestuário e decides comprar uma
peça de vestuário da marca X. Ao te aproximares do caixa para efectuar o pagamento, um
famoso cantor/cantora da tua cidade, que tenha apetência por uma marca Y, cruze passe
adiante e compre um artigo de sua marca preferida. O facto de ser o/a admirares pode levar-
te a trocar a sua opção e poderás então ficar convencido de que gostas da peça de vestuário
Y.
As crianças são um exemplo típico de forma como aprendemos a partir da observação dos
outros. Isto prova como funciona a teoria da aprendizagem social. Contudo, isto não
sentenceia o este modelo de aprendizagem como uma simples imitação.
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Afinal, se nós apenas agimos determinados pelos outros, como explicar as características
que individualizam cada um de nós?
É importante reconhecer que as pessoas são detentoras de várias, necessidades, desejos e até
motivações. As pessoas possuem um mundo de preferências e percorrem todos os campos
de sua vida. De facto, a maior parte de nossos interesses partem da ligação com a nossa
família, o nosso grupo cultural, circuito de amizade, etc., mas sempre existe algo que faz a
individualidade.
Mas, existe um processo de liderança (que pode ser manipuladora, autoritária, democrática e
nominal) e comunicação no grupo que leva o indivíduo a estar mais próximo ou distante do
grupo e responsáveis por tornar o grupo mais ou menos coeso. Os esquemas de
comunicação podem ser: centralizada, de mesa redonda, linear e pentagonal (das quais
falaremos no ponto seguinte).
Falar de grupos geralmente nos submete a pensar em aglomerados que despenham um papel
fundamental de interligar o indivíduo à sociedade. Estes representam o conjunto de ligações
temporal e espacial, de atribuições de papéis e tarefas entre os indivíduos.
Uma vez que estes são compostas por pessoas com comportamento, objectivos e
individualidades diferentes. Por isso, os grupos são uma realidade dinâmica que está em
constante transformação dadas as diferenças contextuais e em função das necessidades
materiais e humanas que devem garantir a satisfação de todos.
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Daí importância da comunicação. Contudo, comunicar ou falar com e para grupos exige um
domínio de técnicas para conseguir obter sucesso na conversação com as outras pessoas.
1. Liderança autoritária (marcada por uma rigidez na atribuição de tarefas e tudo imposto
pelo líder)
2. Liderança manipuladora (manipula com recurso ao sentimento de culpa)
3. Liderança democrática (aberta às ideias dos outros)
4. Liderança nominal (ausência do líder nas acções do grupo).
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A B C
Fonte: Adaptado de Strocchi 2007
B A E
D MESA B
Transmitir ideias a grupos não é tarefa fácil. Pressupõe a capacidade de superação dos
limites advindos de emoções e sentimentos pessoais, interferências ambientais, mas também
dos interlocutores que compõem o grupo. A comunicação com grupos apresenta algumas
dificuldades tais como:
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2. Deixar de prestar atenção (as pessoas tendem a não prestar atenção a quem fala no
grupo, pois, buscam sempre dialogar);
3. Irrelevância (as pessoas tendem a evocar assuntos com pouca relevância em relação ao
assunto tratado no grupo);
4. Menor participação (a ausência de feedback)
5. Emoção reprimida (no grupo exige-se um domínio de emoções e quando isto acontece
há perda de absorção de odeias);
6. Ampliação de inibições e impulsos (necessidades e receios de membros de grupos
tendem a criar inibições a sua participação)
Actividades
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1. A partir de sua experiencia pessoal, reflicta sobre como é que a cultura influencia
na sua maneira de vestir, de se alimentar e de estabelecer relações com outras
pessoas.
2. Pense em uma pessoa que influenciou algum tipo de decisão na sua vida. Por
exemplo, um professor, líder religioso, um curandeiro, um amigo, um namorado, um
colega, etc. Que tipo de mensagem ele/ela transmitiu? Como é que essa mensagem
foi transmitida? Como é que você reagiu a ela? Como é a mensagem impactou em
sua decisão?
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Bibliografia da Unidade
MORRIS, C.; MAISTO, A. Introdução à Psicologia. S. Paulo: Prentice Hall, 2004.
TORRES, C.; NEIVA, E. (org). Psicologia Social. Principais temas e vertentes. S. Paulo:
Artmed, 2011.
O homem é considerado um ser social. Ao longo de sua vida ele aprende um conjunto
regras, hábitos, valores e, consequentemente, elege um determinado estilo de vida que o leva
a construir uma identidade e personalidade própria. Estes elementos não são inatos, mas
adquiridos por conta de sua apetência à sociabilidade. É na visão de um homem em
constante aprendizado que nesta unidade trataremos de alguns aspectos como a psicologia
de venda, comunicação publicitária e comunicação motivacional que vão fornecer uma base
epistemológica sobre a forma como a publicidade, as estratégias de venda são determinantes
na alteração de hábitos. Abordaremos aspectos que possibilitarão uma análise e crítica sobre
a publicidade e os sinuosos caminhos trilhados pela sua mensagem sedutora.
No séc. XIX foram feitas muitas descobertas científicas e tecnológicas que mudaram
profundamente a vida e estrutura da sociedade. As novas invenções, como o cinema, a rádio
e a televisão permitiram a muito mais pessoas receberem informações e superarem os
limites colocados pelo seu distanciamento geográfico e temporal. Na última metade do
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século passado, com a invenção da internet, a ligação dos indivíduos, foi acelerada e se
assistiu um rápido fluxo de informações e o falecimento das distâncias.
À comunicação publicitária tem como finalidade fazer conhecer, difundir produtos e/ou
serviços e convencer as pessoas a adquirir determinado produto. De tal forma que, à
comunicação publicitária não interessa mudar a opinião das pessoas, e sim induzir o
comportamento aquisitivo.
Tipos de publicidade
Existem vários tipos de publicidade e a psicologia esteve sempre associada a elas. Traremos
oito tipos de publicidade.
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1. A publicidade de repetição (fundada sobre a teoria de aprendizagem). Ela se baseia no
condicionamento clássico, no condicionamento operante e na imitação.
a) O condicionamento clássico se fundamenta sobre a aprendizagem por associação de
estímulos (Por exemplo, a publicidade do uísque Tentação, na qual associamos uma
linda mulher negra a ela).
b) O condicionamento operante aponta para o facto de o comportamento do indivíduo
ser mantido pelos efeitos produzidos pelo ambiente, os positivos o mantêm e os
negativos/indiferença o eliminam.
c) A teoria de imitação defende que todo o ser humano aprende a partir de um modelo.
Esta geralmente pode utilizar personagens famosas.
A publicidade por repetição se funda sobre o principio de que a mensagem é tanto mais
eficaz quanto mais for repetida. A repetição, porém, não deve superar certo limite, pois, do
contrário, pode criar saturação e levar à rejeição da mensagem.
3. Publicidade inspirada na Gestalt. Segundo esta teoria, nós percebemos a realidade sob
forma de conjunto, de estrutura e, num segundo momento, os elementos particulares. A
comunicação publicitária que se inspira nessa teoria propõe um problema, cuja solução é
representada pelo produto.
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Esta publicidade, tal como outras tipologias, apoia-se sobre importantes mecanismos
psicológicos, como é o caso do mecanismo de compreensão e o de identificação.
Campanha publicitária
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O sucesso de uma campanha publicitária está ligado a uma melhor combinação entre a
exposição e a repetição da mensagem. Se uma campanha publicitária é repetitiva e exposta
há muita gente mais eficaz se vai tornar, pois, na verdade o que o consumidor compra não é
o produto, mas a imagem dele e suas representações simbólicas.
Os símbolos na publicidade
Compreender a psicologia da venda pressupõe antes de mais nada nos situarmos o indivíduo
no contexto individual e no paradigma de grupo. Tal como foi mencionado nos pontos
anteriores, o indivíduo só é entendido como um ser em sua relação com os outros. Uma vez
que ele é naturalmente um ser social, seus hábitos e necessidades de consumo derivam, por
um lado de sua individualidade, e, por outro lado da pressão e factores inconscientes
derivadas do grupo a que pertence. É no contexto de grupo que a pessoa passa a aceitar
passiva ou activa às forças do grupo e também da publicidade. Na verdade os grupos têm
um poder de determinação do comportamento sobre o consumo dos indivíduos.
Existem tipos de grupos, assumindo, acima de tudo, o facto de que grupos influenciam
positiva e negativamente ao indivíduo.
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É importante frisar que para compreendermos o papel da psicologia de vendas não devemos
de modo algum nos separarmos da questão dos grupos. É em função dos grupos a que o
indivíduo pertence que ele desenvolve uma apetência para a compra e o consumo. Na
psicologia da venda e na publicidade a relevância do grupo na moldagem de determinados
hábitos não pode de forma alguma ser ignorada.
A psicologia da venda deve ser localizada num contexto de expansão das forças produtivas
do capitalismo, que, aliadas com o desenvolvimento das tecnologias levaram a indústria e os
serviços a uma produção em superabundância à escala nacional e transnacional, e,
consequentemente, devido a concorrência, tiveram que recorrer à publicidade como a via
segura para se fazerem face ao mercado saturado de muitos produtos e serviços.
A publicidade emergiu, então, como uma ferramenta indispensável para a subsistência das
empresas no mercado. Daí a emergência de recursos como:
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o perfil de seus clientes. É o conhecimento do perfil dos clientes e da dinâmica do mercado
que confere uma maior longevidade as empresas num mercado competitivo.
O cliente é que garante a vida a organização/empresa. Por isso, ele precisa e deve ser tratado
com atenção; é preciso que a organização que fornece o produto ou o serviço conheça as
suas reais necessidades e desejos, e, ser capaz de fazer com que ele ganhe um interesse pelo
produto. De facto é importante que as organizações produzam um comportamento de
aquisição, ou seja, um comportamento orientado para a compra.
A persuasão
Com recurso a uma linguagem própria criam levam ao destinatário a criar uma
verossemelhança e, assim, fazem com que o público alvo se sinta cada vez mais próximo de
tal realidade e lute para poder alcança-la. De facto, esta captura do público alvo é bastante
discreta e, em muitos casos, dada a pressão exercida com recurso à persuasão, escapa a
capacidade de nossa racionalidade. Daí deriva que ninguém resiste a ela.
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5.3 COMUNICAÇÃO E MOTIVAÇÃO
Estudos de motivação
1. Conhecer os produtos mais vendidos (são pesquisas de mercado feitas para saber
quais os produtos/serviços mais vendidos).
2. Fazer sondagens de opiniões e pesquisas sociológicas (fornecem opiniões sobre
importantes dados da vida social, económica e hábitos).
3. Questionários, entrevistas, sondagens.
Motivações do consumidor
Como foi mencionado no ponto 5.1, a maior parte dos consumidores são compradores
inconscientes de produtos e serviços. De facto, o que leva-os ao consumo são razões
inconscientes. Uma análise das motivações por detrás de suas escolhas pode nos levar a
concluir que as escolhas em muitos casos distam daquilo que são as suas reais necessidades.
Se tomássemos o exemplo da redução do preço da cerveja, poderia ser entendido por muitos
consumidores jovens como um indicador de queda de qualidade da mesma. Isto aponta para
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a irracionalidade que está por detrás da irracionalidade que governa a acção dos
consumidores.
A motivação na publicidade
Planos de motivação
O primeiro plano é o de motivações inatas. Estas são de natureza biológica (sexo, sede,
fome, sono). Quando há uma necessidade de as satisfazer o organismo emite mensagens e
estimula o indivíduo a acção. O segundo plano se refere a motivações ligadas á necessidade
de conhecer e estar no meio dos outros. Estas são as necessidades para estimulação, a
curiosidade e a filiação. O terceiro é constituído por motivações à competência, a auto
realização e ao sucesso.
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Actividades
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Glossário
Bibliografia da Unidade
TORRES, C.; NEIVA, E. (org). Psicologia Social. Principais temas e vertentes. S. Paulo:
Artmed, 2011.
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