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1. Qual é o problema que existia para que a disciplina de Politicas Públicas foi a solução.

R: As políticas públicas ganharam a sua autonomia como ciência há algumas décadas atrás,
especificamente nos finais da década de 40 a início da década de 50, e o seu antepassado é a
ciência política, isto é, ela deriva da ciência política. Com efeito, foi a passagem da ciência
política clássica com o seu enfoque nas instituições e estruturas governamentais para a
ciência política moderna com enfoque virado para os processos e comportamentos associados
ao fenómeno da governação na segunda metade do século XX, que o movimento de
autonomização da disciplina de políticas públicas se dá. São as mudanças ocorridas na
segunda metade do séc. XX com as novas dinâmicas do pós II GM que emerge a
administração pública como ciência para explicar as decisões dos governos e esta disciplina
consolidou-se muito rapidamente e veio responder estas questões que as outras ciências não
conseguiam.

2. Utilidade das teorias no labor científico: o que fazem para que servem?

R: A teoria é uma construção social e intelectual que visa explicar uma determinada
realidade, fenómeno ou coisa. Em outros termos é a construção filosófica por detrás dos
fenómenos ou acontecimentos.

No labor científico, a teoria debruça-se sobre uma problemática que, essencialmente diz
respeito à elucidação da natureza da explicação das acções humanas. Esta problemática
apresenta três contornos principais: a) a questão filosófico-político das determinantes das
acções humanas; b) a questão teórica da precedência dos agentes ou das estruturas sociais na
explicação das acções humanas; e c) a questão metodológica que se centra no valor relativo
dos métodos científico e histórico, e na aplicação da indução ou dedução, na busca do
conhecimento relativo aos fenómenos sociais.

3. Comparar e contrastar o Voluntarismo dos Agentes Sociais versos o Determinismo


Social.

R: Voluntarismo dos Agentes Sociais é a acção compreendida com base nas preferências e
expectativas subjectivas dos agentes sociais, que determinam a escolha das acções humanas
empreendidas, enquanto o Determinismo Social compreende acção dos indivíduos explicada
a partir das leis e normas sociais.

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O contraste fundamental sobre o voluntarismo dos agentes sociais e o determinismo social
está assente no facto de que enquanto no determinismo social a acção dos indivíduos está
relacionada com a estrutura social e as funções que os indivíduos desempenham, isto é, a
norma social implica a indagação de significados historicamente contextualizada e
circunscrita àqueles espaços geográficos e sociais, recusando portanto generalizações inter-
societal e intercultural. A metodologia de grupo explica o comportamento dos indivíduos a
partir de leis macroscópicas que partem da sociedade como um todo e da descrição das
posições (funções) que os indivíduos detêm nesse espaço sócio-político.

Por seu turno, a opção pela explicação a partir das preferências individuais, sobretudo dos
agentes sociais em posição privilegiada de decisão, segue uma lógica positivista que encontra
a sua consagração no behaviorismo, isto é, a sua exaltação no comportamento humano. A
lógica da metodologia individual(ista) faz deduzir os fenómenos sociais a partir dos
princípios que governam o comportamento dos indivíduos e da descrição da situação destes

4. Sobrepor com base na destrinça supra as teorias clássicas de estudo de fenómenos


sociopolíticos e as teorias usadas na disciplina de Politicas Publicas.

R: Na Metodologia Individualista=Voluntarismo dos agentes Sociais- faz deduzir os


fenómenos sociais a partir dos princípios que governam o comportamento dos indivíduos
e da descrição da situação destes. Para o efeito encontramos as seguintes perspectivas:
Perspectiva Racionalista (emprega o modelo de escolha racional- metodologia
individualista e o apelo às generalizações inter societal/cultural; caracterizada pela
racionalidade instrumental; calculo estratégico; motivações individuais e interesses
próprios) e Perspectiva Institucionalista (modelo institucionalista-as instituições são uma
categoria analítica importante no domínio da perspectiva racionalista; caracterizada por as
instituições serem vistas como solução do cálculo de custos e benefícios das acções que
os indivíduos adoptam).

A Metodologia de Grupo=Determinismo Social- explica o comportamento dos indivíduos


a partir de leis macroscópicas que partem da sociedade como um todo e da descrição das
posições (funções) que os indivíduos detêm nesse espaço sócio-político, com as seguintes
perspectivas: Perspectiva Sistémica (também chamado de modelo sociológico; o
comportamento das pessoas é compreendido e explicado com base no posicionamento e
papel que estas possuem na esfera do relacionamento social. Caracterizado por imposição
social; socialização; identificação social e classe social); e a Perspectiva Discursiva

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(modelo de crenças- é baseado no sistema de crença para se desenvolver decisões
politicas e tem algumas características sociais que devem ser levados em conta, a
contextualização; a questão inter-cultural e a inter-social).

Há um outro modelo que parece marginalizado pois não se adequa a estes, mas ee
importante também tratar deste, que é o modelo Organizacional Burocrático- este não tem
a questão do voluntarismo em si, mas uma visão da perspectiva institucionalista, baseada
na razão ligada a regras de conduta instituídas que a sociedade assume e são regras
formais (escritas) e informais (de conduta social). Tem de se ter em conta a questão das
normas sociais, as regras sociais e a cultura

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