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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciências Humanas

Curso de Psicologia

Disciplina Psicologia Ciência e Profissão

PSICOLOGIA CIÊNCIA E PROFISSÃO:

ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO CONTEXTO CLÍNICO

2022
RESUMO

Este trabalho apresenta uma análise sobre a atuação do psicólogo no contexto clínico. Propõe
evidenciar suas atividades, contextos e áreas de atuação. Bem como, observar acerca da
população atendida. Tal qual, refletir sobre a opinião, imagem e contribuição do psicólogo
diante da sociedade. Como também, discorrer sobre a formação profissional do psicólogo
clínico, durante e posterior à graduação. Além de analisar a situação atual do mercado de
trabalho e expectativas para o futuro da profissão no contexto da psicologia clínica. Para isso,
foram realizadas três entrevistas, com diferentes profissionais, atuantes no contexto
mencionado. No mais, foi feito o estudo e discussões dos dados obtidos, a fim de elucidar a
realidade da atuação do psicólogo, na esfera clínica.

Palavras-chave: psicologia. atuação do psicólogo. contexto clínico.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 5

A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA 6

OS DIVERSOS CONTEXTOS DE ATUAÇÃO DO 8


PSICÓLOGO

A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO CONTEXTO 11


CLINÍCO

A FUNÇÃO SOCIAL DO PSICÓLOGO 13

CONCLUSÃO 15

REFERÊNCIAS 16
INTRODUÇÃO

O presente trabalho discorre a respeito da psicologia como ciência e profissão. Procura


apresentar ao leitor, um resumo, sobre a atuação do psicólogo e suas vertentes, em diversos
contextos de atuação. Sendo o objetivo principal, a atuação do psicólogo no contexto clínico,
objeto deste estudo.
Ademais, foram feitas análises de artigos, teses e entrevistas com profissionais atuantes
no contexto mencionado. Tendo por finalidade analisar, discutir e entender a atuação do
psicólogo clínico nos dias de hoje.
Como também, analisar a função social do psicólogo clínico atualmente, ou seja, analisar
e discorrer sobre suas contribuições para a sociedade em geral.

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A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA

Entende-se por psicologia, a ciência que estuda o comportamento, processos mentais e


cognitivos do ser humano, a qual é regida por métodos científicos, buscando o conhecimento
objetivo, através de fatos empíricos.
Além disso, antes mesmo de ser considerada uma ciência, a psicologia era muito utilizada
para “compreender as ações, os sonhos, os comportamentos e os impulsos dos seres
humanos” (ANHANGUERA, 2022).
Em 1879, o filósofo, médico e psicólogo alemão Wilhelm Wundt (1832-1920), considerado
o pai da psicologia, devido a suas amplas contribuições, fundou o primeiro laboratório de
psicologia na Universidade de Leipzig, na Alemanha. Após estudar medicina, Wundt deu o
primeiro curso universitário de Psicologia Científica, em Heidelberg, onde em 1875 criou o
primeiro laboratório dedicado à psicologia experimental. Desta forma, separando a psicologia
da filosofia e da biologia, tornando-se a primeira pessoa a ser chamada de psicólogo,
conforme elenca Oliveira (2019).
No mais, Oliveira (2019), destaca que para Wundt:

“o objeto de estudo está na consciência e para estudá-la ele utilizou os métodos


experimentais das ciências naturais. Ele adaptou muitas técnicas empregadas
pelos fisiologistas para avançar com sua pesquisa da nova Psicologia. É
importante destacarmos que Wilhelm Wundt pensava que a consciência incluía
várias partes diferentes e podia ser estudada pela análise ou redução. Para
ele, a consciência era ativa e organizava seu próprio conteúdo.”

Bem como, elucidou que “Wundt concentrou-se no estudo da própria capacidade de


organização da mente, no qual atribuiu o nome de voluntarismo ao seu sistema. Voluntarismo
é a ideia de que a mente é capaz de organizar o conteúdo mental de pensamento superior”
(OLIVEIRA, 2019).
Além de, afirmar que “para ele, os psicólogos deveriam dedicar-se ao estudo da
experiência imediata; do contrário, a experiência mediata proporciona ao indivíduo
informações/conhecimentos de algo além dos elementos de uma experiência”
(OLIVEIRA,2019). Começando assim, a utilizar uma abordagem empírica para explicar
inúmeros casos e situações, ou seja, o início da psicologia como ciência.
Desde os tempos coloniais as questões psicológicas – da mente e do comportamento –
eram questionadas. Entretanto, somente no século XIX a psicologia passou a estar mais
presente em diversas áreas de conhecimento da sociedade brasileira. Deste modo, “com o

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passar do tempo, a ciência passou a ser vista de forma distinta, consolidando-se como um
campo específico do saber” (ANHANGUERA, 2022).
A partir disso, iniciou-se diversas atividades em laboratórios de pesquisa, em 1952, o
curso foi autorizado pelo Ministério da Educação, e no ano de 1971, a lei n.º 5.766 estabeleceu
os Conselhos Regionais e Federais de Psicologia, regularizando a profissão”,
(ANHANGUERA, 2022). Desta forma, a Psicologia ganhou destaque em todo o país,
“ocupando espaço próprio enquanto campo de conhecimento e de oportunidades
profissionais”, (ANHANGUERA, 2022).
Salienta-se que, dentro da psicologia, encontramos diversas abordagens – Terapia
Cognitivo Comportamental; Psicanálise Freudiana; Behaviorismo; Análise Junguiana; entre
outra. Ou seja, uma infinidade de formas de pensar, analisar, de ideias e convicções.
Entretanto, apesar de divergentes, elas coexistem e constroem a psicologia como um todo.
Isto posto, entende-se que a psicologia tem como principal objetivo o estudo da mente,
comportamentos e ações humanas. A qual, utiliza-se de diversas matrizes psicológicas. Além
de, correlacionar diversas áreas de conhecimento, como a filosofia, biologia, medicina, etc., a
fim de compreender, explicar e orientar o comportamento do indivíduo, auxiliando no
desenvolvimento pessoal, profissional e social.

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OS DIVERSOS CONTEXTOS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO

É certo, que há diversos contexto de atuação do profissional da psicologia, conforme


resolução do Conselho Federal, o qual dispõe em seu Art. 3º:

“- As especialidades a serem concedidas são as seguintes: I - Psicologia


Escolar/Educacional; II - Psicologia Organizacional e do Trabalho; III -
Psicologia de Trânsito; IV - Psicologia Jurídica; V - Psicologia do Esporte; VI -
Psicologia Clínica; VII - Psicologia Hospitalar; VIII - Psicopedagogia; IX -
Psicomotricidade; X - Psicologia Social; XI - Neuropsicologia; XII - Psicologia
em Saúde; XIII - Avaliação Psicológica” (CFP, 2007).

Dentre estas, podemos destacar:

• Psicologia Escolar/Educacional - o profissional atua para identificar o modo como


a escolaridade afeta o desenvolvimento dos alunos, observando, diagnosticando e
auxiliando em problemas do ambiente escolar. Ademais, conforme Arnaldo (2021):

“Hoje, a atuação da Psicologia Educacional é uma subárea teórica da


Psicologia, que trabalha os saberes ligados ao processo psíquico de aquisição
do conhecimento. Já a Psicologia Escolar é uma subárea aplicada da
Psicologia, ou seja, a intervenção prática no ambiente escolar, mediante a
aplicação dos conhecimentos da Psicologia Educacional”.

• Psicologia Organizacional e do Trabalho – nasceu através das diversas mudanças


que ocorreram nas relações de trabalho do indivíduo. Atua no desenvolvimento e
manutenção da qualidade e saúde, do ambiente organizacional, conforme elenca
Ferracciu (2021). Para Ferracciu (2021), este campo de atuação da psicologia,
“viabiliza a gestão estratégica de pessoas. Seus recursos viabilizam contratações
mais acertadas, redução de custos relacionados a demissão de colaboradores e
melhorias na performance dos times”. Bem como, salienta a diferença entre a
psicologia organizacional e a do trabalho. Na primeira, “o psicólogo organizacional
trabalha a atração de talentos, realiza a gestão de conflitos, estimula a capacitação
e faz a avaliação de cargos e salários”, entre outras. Já na segunda, “a psicologia
do trabalho aplica ferramentas de desempenho, trabalham as metas para
lideranças e a comunicação interna”, concluindo que, “o psicólogo organizacional é
responsável pelos times de maneira geral, e o do trabalho foca no indivíduo”,
FERRACCIU (2021).

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• Psicologia de Trânsito – estuda o comportamento humano diante o contexto do
trânsito, “investigando fatores internos e externos, conscientes e inconscientes que
promovem, influenciam e transformam esses comportamentos”, VELTEC (2019).
Logo que, dependendo das ações que comente, o indivíduo pode desorganizar
todo o sistema, ora essa vertente da psicologia, enfatiza seus estudos no
“comportamento dos motoristas e como estes influenciam na ocorrência dos
acidentes de trânsito”, ressalta Veltec (2019). Ademais, o autor destaca os
aspectos psicológicos do comportamento durante a direção, como: Tempo de
reação; Orientação espacial; Processamento de informação e tomada de decisão;
Verificação do equilíbrio entre aspectos da personalidade; Percepção das ações
adequadas ou não ao trânsito. No mais, o profissional desta seara, pode trabalhar
aplicando testes psicológicos, desenvolvimento de pesquisa, entre outros.

• Psicologia Jurídica - trata do comportamento humano, aplicado ao direito. É um


segmento muito importante no tocante aos conflitos do Poder Judiciário, “busca
aplicar conhecimentos e conceitos teóricos da área às situações com as quais o
direito se preocupa, em geral ilegalidades e infrações”, (UNOPAR, 2021). O
psicólogo jurídico, colabora com o judiciário em diversas esferas, como por
exemplo, questões de comportamento e saúde mental dos sujeitos envolvidos em
situações legais, litígios familiares e de guarda, além de atuação específica na área
da criminologia (UNOPAR, 2021).

• Psicologia do Esporte – estuda o comportamento do indivíduo no contexto


esportivo. Nesta esfera, o psicólogo “deve entender de que forma a mente exerce
influência no desempenho e no desenvolvimento da saúde e do bem-estar dos
praticantes”, (ANHANGUERA, 2021). O profissional da psicologia, “analisa as
emoções e as estruturas mentais dos indivíduos para zelar da saúde psíquica dos
praticantes em sua rotina de treinos”, (ANHANGUERA, 2021). Logo que, muitos
atletas têm demandas psicoemocionais, o que pode influenciar diretamente nos
resultados esportivos.

• Psicologia Hospitalar – este ramo da psicologia, tem por escopo “acolher e tratar
as pessoas enfermas ou com a saúde mental debilitada. Podem ser pacientes de
clínicas, de hospitais, de ambulatório, de enfermaria ou de UTI” (ANHANGUERA,
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2020). O profissional desta área pode atender também os familiares e profissionais
da saúde, relacionados ao caso. No mais, o profissional atua junto a pacientes
debilitados, devido a enfermidades graves ou doença mental. Assim sendo, o
profissional do contexto hospitalar “é capaz de reajustar a vida desses enfermos e
das pessoas envolvidas com eles. Suas técnicas terapêuticas contribuem para o
aumento do bem-estar e da saúde mental”, (ANHANGUERA 2020).

• Psicologia Clínica – atua junto ao indivíduo, com a finalidade de orientá-lo na


resolução de suas questões. Procura, através da análise e diferentes métodos
terapêuticos – terapia cognitiva comportamental, psicanálise, etc. – ajudar o
paciente/cliente a encontrar as próprias respostas, buscando o crescimento e
desenvolvimento pessoal, tal qual, auxiliar no tratamento de doenças psíquicas e
emocionais, este é o entendimento de Fagundes (2018). Para mais, o psicólogo
clínico “independentemente de sua abordagem, é um facilitador que, munido de
uma bagagem teórica e prática, convida seu cliente a ser mais tolerante, resiliente
e a desenvolver um olhar mais sensível para o mundo”, FAGUNDES (2018). Em
seguida, abordaremos mais a respeito da atuação do psicólogo clínico, uma vez
que, foi objeto principal do estudo deste trabalho.

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A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO CONTEXTO CLÍNICO

Após o exposto, percebemos a importância do trabalho do psicólogo, em diversos


contexto de atuação. No que refere a área clínica, Fagundes (2018) elenca que:

“A Psicologia Clínica é uma área de atuação do psicólogo que se utiliza de


métodos e técnicas para conhecer a realidade psíquica e comportamental de
um sujeito, ou grupos de pessoas, com intervenções sistematizadas para a
promoção de mudanças duradouras, cuja finalidade é a promoção da saúde
mental e do bem-estar individual e coletivo. Os atendimentos podem ser
individuais, de casal, em família ou grupos de pessoas e a clientela varia desde
o público infantil até pessoas passando pelo processo de envelhecimento. As
demandas são absolutamente heterogêneas: há aqueles que estão passando
por problemas existenciais mais focais, ou enfrentando períodos difíceis e que
precisam de um suporte, ou necessitando de um auxílio para reorganizarem
suas vidas, ou sofrendo com psicopatologias francas, até mesmo que buscam
respostas sobre sua sexualidade, sobre seus relacionamentos interpessoais,
sua dinâmica familiar, outros buscam ser acolhidos em situações de luto e de
readaptação”, FAGUNDES (2018).

Percebemos também, durantes as entrevistas com psicólogos atuantes no contexto


clínico, que nos últimos anos, a demanda aumento muito. Um dos fatores expostos por esses
profissionais, foi a pandemia de COVID-19, declarada pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), em março de 2020. No qual, percebeu-se um aumento significativo no número de
pacientes clínicos.
Acredita-se que devido a toda situação de saúde, social e econômica, vivida nos últimos
anos, o número de pessoas deprimidas, ansiosas, até mesmo em processo de luto, aumentou
significativamente.
No mais, observou-se que muitas pessoas passaram a compartilhar seus anseios e
sofrimentos, inclusive pessoas públicas (artista, atletas, influenciadores digitais, etc.). O que
ajudou na difusão do processo terapêutico, divulgação da atuação do psicólogo no contexto
clínico, e consequentemente, na diminuição do preconceito.
Apesar da profissão ter sido regulamentada, através da promulgação da Lei Federal nº
4.119, de agosto de 1962, e a criação do Conselho Federal de Psicologia e seus Conselhos
Regionais, criados pela Lei Federal n° 5.766, em dezembro de 1971, a profissão ainda era
vista com muitos estigmas e preconceitos. Ambos, estão cada vez menos presentes. Fato
este, acelerado pela vivência da pandemia.
Observou-se também durante as entrevistas, que a procura pelo atendimento clínico
aumento em todas as faixas etárias, inclusive em pessoas idosas, que de acordo com um dos

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entrevistados, eram mais resistentes ao tratamento. Pois, muitas vezes o paciente clínico, era
visto como “louco, incapaz, ou até mesmo melindrável”, o que cada vez mais, está caindo por
terra.
Outro ponto observado, foi que, o avanço da internet e principalmente, das mídias sociais,
contribuíram muito para a difusão do psicólogo clínico. Inclusive, referente ao salário. Os
entrevistados apontaram que hoje é completamente viável, trabalhar apenas com o
atendimento clínico e ser muito bem remunerado, algo que anos atrás, poderia ser uma
exceção.
Ademais, acredita-se que o mercado de trabalho para o psicólogo clínico, está em
expansão e será promissor. Logo que, muito destes preconceitos e estigmas, estão sendo
quebrados. Além do aumento na divulgação do processo terapêutico, feita pelos próprios
pacientes. E também da crescente necessidade de conexões humanas, devido as constantes
mudanças na forma do relacionamento interpessoal, causadas principalmente pelos avanços
tecnológicos.
Destacou-se, a elucidação na procura e expansão dos atendimentos on-line, fato também
decorrente de pandemia, e possível somente devido as melhorias tecnológicas –
importantíssimas nesse tipo de atendimento –. O grupo observou que o atendimento on-line,
é uma grande vantagem no trabalho do psicólogo clínico. Uma vez que, quebrada as barreias
geográficas, amplia-se muito a possibilidade da clientela atendida.
Ademais, observou-se – inclusive foi um ponto comum entre as entrevistas – a
necessidade de constante estudo e atualização, pois a psicologia está sempre evoluindo. O
grupo concluiu também que, apesar do extenso conhecimento ensinado na graduação, é
extremamente necessário, a continuação dos estudos, seja através de cursos de
especialização, cursos livres, grupos de estudos e mentorias, supervisão, etc. Entendemos
que, para ser um bom profissional, é preciso estudo e aprimoramento permanente.
Além disso, foi observado diferentes técnicas de abordagens, como a hipnose e
psicanálise. Bem como, a importância de conhecer diversas abordagens e métodos
terapêuticos. Como também, o contato com outros profissionais da área da saúde, como
psiquiatras, terapeutas ocupacionais, etc., sempre buscando o bem-estar do paciente.
No mais, observou-se a importância do sigilo e ética durante o tratamento terapêutico, tal
qual, a necessidade de encaminhar o paciente para outros profissionais, quando não nos
sentirmos seguros e/ou capacitados para aquele atendimento.
Outro ponto observado, foi a função social do psicólogo, ou seja, sua contribuição para a
sociedade, a qual discorremos a seguir.

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A FUNÇÃO SOCIAL DO PSICÓLOGO

Entendemos por função social do psicólogo “como os efeitos do trabalho do profissional


sobre a sociedade”, BETTOI (2017, p.40). Entretanto, independentemente do número de
pessoas que estão sendo atingidas, sempre haverá a função social, é o que elenca Bettoi
(2017):

“Nessa medida, sempre haverá alguma função social sendo exercida, ainda
que essa função social signifique efeitos apenas sobre poucos ou que esses
poucos pertençam a uma única classe social. Não faz sentido, portanto, dizer
que não há função social quando o psicólogo atinge poucas pessoas com sua
atividade profissional.” BETTOI (2017, p.40)

Um ponto importe, é que a abrangência da atuação do psicólogo ainda é bastante restrita,


pois, o psicólogo clínico atende – na maioria das vezes – a parcela mais privilegiada da
população. É o que discorre Bettoi (2017):

“É consenso, entre os envolvidos com a profissão, que poucos brasileiros têm


sido atingidos diretamente pela nossa atuação profissional, constituindo-se
eles na parcela mais privilegiada, econômica e socialmente, da nação. Apenas
nos anos recentes a Psicologia tem se aproximado das populações mais
pobres, através de sua inserção nos serviços públicos de saúde, apesar desta
inserção ocorrer de forma bastante paulatina e cercada de problemas, como
se verá adiante.” BETTOI (2017, p.4)

Tal questão foi abordada durantes as entrevistas, sendo que, os psicólogos entrevistados
corroboram com este entendimento. Inclusive, dois dos entrevistados, afirmaram que a cada
determinado número de pacientes, que pagam o valor “cheio” da sessão, eles atendem um a
preço social ou de forma voluntária.
Após análise das entrevistas, nós concluímos que infelizmente, uma pequena parcela da
população tem acesso ao atendimento psicológico clínico adequado. Tendo em vista, o alto
custo do tratamento terapêutico (valor das sessões, aliado ao tempo do tratamento).
Dessa forma, é muito importante, um maior número de políticas inclusivas para o
atendimento da população em geral, levando a psicologia clínica a atender cada vez mais
indivíduos (de diferentes classes sociais). Porque, não são apenas pessoas com um alto pode
aquisitivo, que adoecem mentalmente.

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Outro ponto importante observado, em relação a função social da psicologia clínica, é o
resultado do tratamento terapêutico na obtenção de qualidade de vida pelo paciente. Pois, as
doenças emocionais, são extremamente dolorosas e incapacitantes. Sendo consideradas
hoje, uma das maiores causas de afastamento do trabalho, por exemplo.
Através do processo terapêutico, é possível levar qualidade de vida ao paciente, bem
como, a seus familiares, amigos e sociedade em geral, visto que, quando uma pessoa atinge
o bem-estar psíquico, ela também irá proporcioná-lo a diversas outras pessoas.

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CONCLUSÃO

Isto posto, o grupo concluiu que é cada vez mais importante a atuação do profissional da
psicologia como um todo, ressaltando a atuação no contexto clínico.
Salienta-se a importância do estudo e aprimoramento constante, a fim de nos qualificarmos
mais e mais. E estando sempre atentos as mudanças da sociedade como um todo. Tal como,
levarmos cada dia mais informação a coletividade, combatendo estigmas e preconceitos em
relação a profissão, especialmente na área clínica.
Concluímos também, a extrema importância de sermos profissionais éticos para com os
nossos pacientes/clientes e para com a sociedade em geral. Além de, sempre buscarmos o
bem-estar psicossocial da comunidade, tornando o acesso a psicologia clínica mais acessível
a todos.

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REFERÊNCIAS

BETTOI, Waldir. Universidade Paulista – Unip. PSICOLOGIA: CIÊNCIA E PROFISSÃO,


COLETÂNEA DE TEXTOS PARA FINS DIDÁTICOS, 2017.

Conheça a Psicologia Jurídica e saiba como é a rotina do profissional. UNOPAR, 2020.


Disponível em: <https://blog.unopar.com.br/psicologia-juridica/>. Acesso em: 04 maio. 2022.

Conheça um pouco sobre a história da Psicologia e apaixone-se. ANHANGUERA, 2022.


Disponível em: < https://blog.anhanguera.com/historia-da-psicologia/>. Acesso em: 03 maio.
2022.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução CFP N.º 013/2007. Institui a


Consolidação das Resoluções relativas ao Título Profissional de Especialista em Psicologia e
dispõe sobre normas e procedimentos para seu registro. Disponível em:
<https://atosoficiais.com.br/cfp/resolucao-administrativa-financeira-n-13-2007-institui-a-
consolidacao-das-resolucoes-relativas-ao-titulo-profissional-de-especialista-em-psicologia-e-
dispoe-sobre-normas-e-procedimentos-para-seu-registro>. Acesso em: 04 maio. 2022.

FAGUNDES, Karen V. O que é Psicologia Clínica e Quando Buscar um Psicólogo?


Psicologiaviva, 2018. Disponível em: < https://blog.psicologiaviva.com.br/psicologia-clinica/>.
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FERRACCIU, Stefanie. Psicologia organizacional e do trabalho: saiba as diferenças. Gupy


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OLIVEIRA, Adriele. Você sabe quem é considerado o pai da Psicologia? Educa Mais Brasil,
2019. Disponível em: <https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-
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Psicologia do Esporte: o que é e como trabalhar na área? ANHANGUERA, 2021. Disponível


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Psicologia Hospitalar: quais as vantagens de atuar nessa área? ANHANGUERA, 2020.
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Psicologia Escolar e Educacional: conheça os diferenciais dessa área! Faculdade Arnaldo,
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