Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Produzido pelo Núcleo de Ensino a Distância da Faculdade de
Jaguariúna.
COORDENADOR
SILVIO PETROLI NETO
CONTEÚDO
ROSELI COUTINHO DOS SANTOS NUNES
ANALISTARESPONSÁVEL
TIAGO NOGUEIRA DE SOUZA
2
Sumário
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO..............................................................5
Introdução .....................................................................................6
3
Abordagem Waloniana e o desenvolvimento Afetivo ....................54
4
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
5
Introdução
6
importantes na História da Humanidade. É importante para os
profissionais da educação conhecer um pouco dessas ideias
psicologias sobre aprendizagem.
7
autores, suas teorias e suas sugestões de observação e análise para
o entendimento dos processos mentais e do comportamento.
8
lá, também, sua origem, pois o seu estudo iniciou-se com o estudo
da filosofia.
9
espiritualidade e a necessidade de transcendência como própria da
natureza humana e contempla o ser em suas dimensões
biopsicosociocultural e espiritual. Aborda e estuda o ser humano
em sua totalidade, como indivíduo na sociedade, e seus
relacionamentos ecológicos e cósmicos.
10
Marx (1818-1883) na compreensão dos processos históricos e
sociais, pois ousou colocar os “processos misteriosos” do
psiquismo, suas “regiões obscuras”, isto é, as fantasias, os sonhos,
os esquecimentos, a interioridade do homem, como problemas
científicos. A importante descoberta de Freud foi a força psíquica
do inconsciente.
11
Na contramão da ênfase ao estudo do comportamento, a psicologia
humanista caracteriza-se pelo interesse na consciência e
introspecção, com ênfase na capacidade dos seres humanos de
serem direcionados e motivados internamente e a alcançarem a
autorrealização em seu completo potencial humano.
12
do homem; de Carl Rogers (1902-1987), psicanalista americano e
um dos maiores exponenciais da obra humanista e criador da
terapia centrada no cliente; assim como, Erik Erikson (1902-1994),
alemão, médico psiquiatra responsável pela teoria do
desenvolvimento picossocial; Viktor Frankl (1905-1997), austríaco,
médico psiquiatra fundador da logoterapia, entre outros.
13
psicologias anteriores, mais especificamente da psicologia
humanística (MANZOLI, 2013), e estabelece conexão entre
existencialismo, fenomenologia, humanismo e as mais recentes
descobertas nos diversos campos do saber humano.
14
estímulo/resposta segundo modelo de Watson e Gates, com o que
se chama de behaviorismo:
15
atenção e estudos para a criança, pois é por meio dela que é
possível ter acesso às origens dos processos psíquicos.
16
Wallon esteve muito envolvido com a educação de forma não
apenas teórica, mas prática também.
17
[...] a psicologia da educação é uma disciplina-ponte
entre a Educação e a Psicologia, cujo objeto de estudo
são os processos de mudança [...] que ocorrem nas
pessoas em consequencia de sua participação em uma
ampla gama de situações ou atividades educacionais.
(COLL, 2004, p. vii).
18
Internamente, o aluno ao aprender recorre a múltiplos processos
mentais: associa, compara, avalia, interpreta, classifica, estabelece
hipóteses, compreende, imagina, julga, reflete, memoriza,
reconhece e recorda.
19
conexão com o ensino. Em certas circunstâncias, condições, fatores
e ações totalmente estranhos à aprendizagem e ao ensino
prejudicam ou bloqueiam totalmente esses processos.
20
Abordagem Comportamental (Teoria de Skinner)
21
Para Skinner, a aprendizagem concentra-se na capacidade de
estimular ou reprimir comportamentos, desejáveis ou indesejáveis.
A contribuição de Skinner à compreensão da aprendizagem está na
associação entre uma resposta desejada e um estímulo reforçador
que a segue. A aprendizagem concentra-se na aquisição de novos
comportamentos. Segundo a teoria, na sala de aula, a repetição
mecânica deve ser incentivada, pois leva à memorização e, dessa
forma, ao aprendizado. Assim, o papel do professor é criar é criar
ou modificar comportamentos para que o aluno faça aquilo que o
professor deseja (MOREIRA, 1995).
22
Interessado por diferenças entre o comportamento operante e o
comportamento respondente, Skinner concluiu que o primeiro é
emitido pelo organismo e opera (ou tem um efeito) no ambiente,
enquanto o comportamento respondente é eliciado por mudanças
de estimulação no ambiente. A dilatação e a contratação das
pupilas, em resposta a mudanças de iluminação, ou a salivação
diante de um prato saboroso, são exemplos de comportamento
respondente.
23
O processo como foi defendido pelos neobehavioristas consiste em
uma substituição de estímulos que, antes neutro, adquire o poder
de determinar a respostas que originalmente era eliciada por outro
estímulo. O condicionamento diz respeito a respostas do sistema
nervoso. Em função disto, o próprio Skinner considera seu trabalho
como “uma análise das relações funcionais entre estímulo e
resposta” (MOREIRA, 1999, p. 50).
24
comportamentos e controlá-los sem considerar as atividades
mentais que acontecem entre a apresentação do estímulo e a
emissão da resposta.
25
Abordagem Psicanalítica (Teoria de Freud)
26
De acordo com a teoria de Freud, o Id, palavra latina que significa
isto, é o sistema original, inato da personalidade, do qual surgem os
dois sistemas. É o reservatório de energia psíquica que fornece a
força para a operação de toda a personalidade. O Id contém os
instintos básicos do sexo e da agressão.
27
comportamento adulto é governado pela realidade, mas também
pela moralidade, isto é, pela consciência do indivíduo ou pelos
padrões morais que o indivíduo desenvolve na interação com seus
pais e a sociedade.
28
sobre si mesmo substitui a direção dos pais ou mesmo as direções
externas. A personalidade funciona como um todo integrado, muito
mais do que como os três segmentos separados. Caso não seja
dessa maneira, o indivíduo estará em dificuldades. (QUEIROZ,
2014).
29
A contribuição da Psicanálise à Educação
30
devoção e a admiração mais afetuosa até a inimizade e a
hostilidade mais acirradas que, segundo Freud, deriva das relações
afetivo-sexuais anteriores e inconscientes do paciente (CARRACA,
2007).
31
natureza tênue, traz a marca de sua origem sexual no empenho e
na paixão com que alguns indivíduos se dedicam a ela.
32
Abordagem Genética e o desenvolvimento Cognitivo
33
cognitivo quando estava trabalhando como assistente de pesquisa
no laboratório de Alfred Binet e Theodore Simon, criadores do
primeiro teste de inteligência padronizado para crianças. Piaget
ficou intrigado com as razões que as crianças apresentavam ao
responder a certas questões de maneira incorreta. Mais tarde,
observou e estudou outras crianças, inclusive os seus três filhos.
34
motor e aprender sobre os objetos físicos que a rodeiam. Esse
estágio é sensório-motor, pois o bebê adquire o conhecimento por
meio de suas próprias ações que são controladas por informações
sensoriais imediatas.
35
idade – a criança começa a raciocinar lógica e sistematicamente.
Esse estágio é definido pela habilidade de desenvolver o raciocínio
abstrato. No estágio das operações formais, desenvolvido a partir
dos 12 anos de idade, a criança inicia sua transição para o modo
adulto de pensar, sendo capaz de pensar sobre ideias abstratas.
36
fluxo ininterrupto de sensações e movimentos. Evidenciando o
papel ativo do sujeito na interação com o meio, o bebê realiza um
duplo movimento de constituição de si mesmo, como sujeito e do
seu exterior. A inteligência sensório-motora, feita de sensações e
movimentos, é uma inteligência prática, que se realiza na e pela
ação, uma ação que se exerce no aqui e agora porque ainda não se
formaram os instrumentos de representação.
37
que se chama de predisposição da espécie), a de sugar e a de
agarrar o seio da mãe, seu próprio polegar ou qualquer outra coisa
que esteja ao seu alcance. De maneira semelhante, agarram um
chocalho por reflexo e quando percebem que o som vem dele
começam a sacudir tudo que conseguem segurar, em uma tentativa
de reproduzir o som. Finalmente, os bebês distinguem entre coisas
que fazem barulho e as que não fazem e, dessa maneira, começam
a organizar suas experiências, colocando-as em categorias
rudimentares, tais como “sugável” ou “não sugável”, “barulhento”
ou “não barulhento”.
38
fundamental, e mesmo mais tarde, deveriam se adequados a
crianças que pensam em termos concretos” (BARROS, 1996, p.112).
39
pedagogos, têm encontrado nas descobertas e pesquisas de Jean
Piaget muitas orientações importantes.
Celia Barros (1996) destaca que para Piaget todo ser vivo ao se
adaptar ao seu ambiente é organizado de modo a possibilitar essa
adaptação. Dessa forma, acreditava também que a mente e o corpo
não funcionavam independentemente um do outro e que a
atividade mental se submete às mesmas leis que, normalmente,
governam a atividade biológica.
40
A teoria de Piaget apresenta a inteligência ligada à biologia no
sentido em que se herdam as estruturas anatômicas (por exemplo,
o sistema nervoso e sensorial), bem como o modo de
funcionamento mental. É sobre esta base biológica que o homem
constrói o conhecimento: “nessa construção, o homem transforma
o ambiente agindo diretamente sobre ele e, ao agir, também se
modifica. Por isso, a teoria piagetiana é considerada interacionista”.
(BARROS, 1996, p. 43).
41
Abordagem histórico-cultural e o desenvolvimento Social
(Teoria de Vygotsky)
42
objetivo de compreender o funcionamento psicológico do ser
humano, Vygotski procurou conhecer os problemas neurológicos e,
para isso, estudou medicina.
43
Vygotsky construiu sua teoria tendo por base o desenvolvimento
do indivíduo como resultado de um processo sócio histórico,
enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse
desenvolvimento, teoria considerada histórico-social. A questão
central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito
com o meio.
44
internalização e ao papel da escola na transmissão de
conhecimento, que é de natureza diferente daqueles aprendidos na
vida cotidiana. Vygotsky propôs uma visão de formação das funções
psíquicas superiores como internalização mediada pela cultura.
45
não tem acesso direto aos objetos, mas acesso mediado, através de
recortes do real, operados pelos sistemas simbólicos de que dispõe
(LA TAILLE, 1992).
46
A cultura fornece ao indivíduo os sistemas simbólicos de
representação da realidade, ou seja, o universo de significações que
permite construir a interpretação do mundo real e fornece o local
de negociações cujos membros estão em constante processo de
recriação e reinterpretarão de informações, conceitos e
significações.
47
A contribuição de Vygotsky à educação
48
dos outros membros do grupo social na mediação entre a cultura e
o indivíduo, pois uma intervenção deliberada desses membros da
cultura, nessa perspectiva, é essencial no processo de
desenvolvimento e demonstra os processos pedagógicos como
intencionais, deliberados, sendo o objeto dessa intervenção: a
construção de conceitos.
49
real. Nesse espaço, o ensino deve passar do grupo para o indivíduo,
isto é, o ambiente influenciaria a internalização das atividades
cognitivas no indivíduo, de modo que o aprendizado gere o
desenvolvimento. O desenvolvimento mental, portanto, só pode
realizar-se por intermédio do aprendizado.
50
O papel do professor, então, será de agente mediador no processo,
pois caberá a ele criar situações, propiciado condições em que se
estabeleça uma relação de reciprocidade e cooperação. É papel do
professor também, evitar a rotina e fixação de respostas,
promovendo a interação do aluno bem como orientá-lo à busca da
autonomia provocando no mesmo o desequilíbrio, a desconstrução
para em seguida construir ou reconstruir.
51
que não exclusiva, do professor como parceiro privilegiado,
justamente porque tem mais experiência, entre outras funções, de
tornar acessível ao aluno o patrimônio cultural já formulado pelos
homens e, portanto, desafiar através do ensino os processos de
aprendizagem.
52
Para que possa intervir e planejar estratégias que permitam
avanços – reestruturação e ampliação do conhecimento já
estabelecido pelo grupo de alunos – é necessário conhecer o nível
efetivo dos alunos, as suas descobertas, hipóteses, informações,
crenças, opiniões, enfim, suas “teorias” acerca do mundo.
53
Abordagem Waloniana e o desenvolvimento Afetivo
(Teoria de Wallon)
54
ano de vida e tendo continuidade nos demais estágios do
desenvolvimento.
55
perspectiva coloca o processo ensino-aprendizagem em outro
patamar, porque dá ao conteúdo desse processo, que é a
ferramenta do professor, outro significado, expondo sua relevância
para o desenvolvimento concomitante do cognitivo, do motor e do
afetivo.
56
para se desenvolver. Pode-se entender, portanto, que ambas se
complementam e auxiliam no processo de desenvolvimento.
57
“A criança normal se descobre na criança patológica. Mas sob a
condição de não tentar entre elas uma comparação, uma
assimilação imediata.” (WALLON, 1984, apud MAHONEY, 1999, p.
308). A comparação visa tanto às semelhanças quanto às
diferenças, cujas condições é preciso identificar cuidadosamente. O
conhecimento busca simultaneamente o mesmo e o diferente. O
contraste é um dos recursos mais surpreendentes pelos quais se
opera a diferenciação. A diferença entre a criança normal e a
patológica é profunda e não consiste apenas no contraste entre
progressão gradual e contínua, é um atraso e fixação de certos
comportamentos (MAHONEY, 1999).
58
normais e patológicas, entre crianças e adultos, foi extraindo os
princípios reguladores desse processo e identificando seus vários
estágios. Assim desenvolveu a sua teoria que faz a leitura do
desenvolvimento considerando suas consequências para a
aprendizagem.
Personalismo (3 a 6 anos);
Categorial (6 a 11 anos);
59
Puberdade e Adolescência (11 anos em diante).
60
para a reflexão tornar o processo ensino-aprendizagem mais
produtivo, propiciando ao professor pontos de referência para
orientar e testar atividades adequadas aos alunos que tem em sua
sala de aula. A identificação das características de cada estágio pelo
professor permitirá planejar atividades que promovam um
entrosamento mais produtivo entre essas características, conforme
se apresentem em seus alunos concretos, e as atividades de ensino.
A mãe quando abre os braços para receber seu bebê, que dá seus
primeiros passos, expressa a intenção de acolhê-lo, a reação é o
bebê caminhar em sua direção. A criança amplia seu conhecimento
61
e é estimulada a aprender a andar. Dessa forma, pode-se observar
que o indivíduo é afetado por elementos externos, o olhar do
outro, um objeto que chama a atenção, uma informação que
recebe do meio, quanto por sensações internas, medo, alegria,
fome, e responde a eles. Essa condição humana recebe o nome de
afetividade e, segundo Wallon, é crucial para o desenvolvimento e
eixo do desenvolvimento físico, intelectual e motor do indivíduo.
62
affetare, quer dizer "ir atrás". É o movimento da alma na
busca do objeto de sua fome. É o Eros platônico, a fome
que faz a alma voar em busca do fruto sonhado2.
2Artigo de Rubem Alves, “A arte de produzir fome”, publicado pela Folha de São Paulo em
29 de outubro de 2002. Disponível em
http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u146.shtml
63
permitem ao aluno atingir níveis de evolução cada vez mais
elevados.
64
É por meio de boas decisões pedagógicas planejadas que o
professor tem a oportunidade de garantir que as atividades de
ensino sejam pensadas e desenvolvidas sem se limitar à dimensão
cognitiva no processo, mas que a afetividade também faça parte do
ensino-aprendizagem.
65
Referências bibliográficas
66
BOCK, Ana M. Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes.
Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 13.ed. São
Paulo: Saraiva, 1999.
67
GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do
desenvolvimento infantil. Petrópolis: Vozes, 2002.
68
PAIN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de
aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.
69
Anotações
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
70
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
Anotações
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
71
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
FACULDADE DE JAGUARIÚNA
2017