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Seu próximo desafio foi tornar-se psicanalista, apesar das críticas de seus
colegas psiquiatras, na Sociedade Psicanalítica de Paris, da qual seria presidente
e diretor do instituto de ensino anos mais tarde e um dos mais destacados membros.
Apesar de ser este um período em que Lacan já se afastara dessa sociedade e da
Associação Psicanalítica Internacional, Green frequentou seus seminários durante
vários anos e estudou com seriedade suas contribuições, demonstrando outra vez
sua independência de pensamento. Embora tenha posteriormente rompido com
Lacan e escrito trabalhos críticos a ele, nunca deixou de reconhecer sua influência
na forma como foi desenvolvendo suas próprias ideias.
Mais adiante, ao mesmo tempo em que continuava sua leitura de Freud, de
cuja obra foi possivelmente um dos mais profundos conhecedores, passou também
a se interessar pelas obras de dois grandes psicanalistas ingleses, Bion e Winnicott,
e a partir daí suas contribuições para o pensamento psicanalítico se constituíram
numa síntese pessoal e numa elaboração desses quatro grandes autores com os
quais, pode-se dizer, continuou dialogando ao longo de sua vida. Mas fica claro
com quem mais dialogou, quando iniciou suas conferências brasileiras no Rio de
Janeiro, em 1986, com esta frase:
1
As traduções dos títulos das obras de 2002a, 2005, 2007 e 2010 foram feitas pelo autor.
Referências
GREEN, A. (1990). Conferências brasileiras de André Green: metapsicologia dos limites. Rio de
Janeiro: Imago.
Recebido em 22/03/2012
Aceito em 29/03/2012