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Freud e a Psicanálise
Quando o futuro pai da psicanálise tinha quatro anos, sua família mudou-
se para Viena — à época berço de grandes produções nas áreas de cultura, arte,
música, literatura e ciências.
Essa palavra define todos aqueles processos mentais que ocorrem sem
que o indivíduo se dê conta. Sem que tenha consciência sobre eles. Esse é o
significado mais amplo, – ou genérico – atribuído ao termo.
A Transferência
O termo "transferência" foi utilizado pela primeira vez por Freud em 1895,
como uma forma de resistência, ou seja, um obstáculo ao processo analítico,
como meio de evitação aos conteúdos da sexualidade infantil que ainda
permanece ligada às "zonas erógenas", as quais, na evolução normal, já
deveriam estar desligadas. (ISOLAN, 2005)
Foi em 1912 que Freud publicou a primeira obra exclusivamente dedicada
à transferência, denominada “A dinâmica da transferência”, na qual explica como
a transferência é necessariamente relacionada ao tratamento psicanalítico.
Freud enfatiza que a transferência não se deve ao tratamento psicanalítico, mas
é devido à neurose. Ele explica que se a necessidade de amar de algum
indivíduo não é totalmente satisfeita pela realidade, ele irá se aproximar de cada
pessoa que conhecer inclusive o médico. Por isso, para ele, a transferência é
um dos elementos fundamentais para caracterizar o método de tratamento
psicanalítico. (BARTOLOMEI, 2008)
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Para Freud: transferências são reedições, reduções das reações e
fantasias que, durante o avanço da análise, costumam despertar-se e tornar-se
conscientes, mas com a característica de substituir uma pessoa anterior pela
pessoa do médico. Dito de outra maneira: toda uma série de experiências
psíquicas prévias é revivida, não como algo do passado, mas como um vínculo
atual com a pessoa do médico. Algumas são simples reimpressões, reedições
inalteradas. Outras se fazem com mais arte: passam por uma moderação do seu
conteúdo, uma sublimação. São, por tanto, edições revistas, e não mais
reimpressões. (FREUD, 1969. v. 7, p. 109-19)
Freud irá falar nas fases do desenvolvimento onde constata que em cada
idade, a criança sente mais satisfação em uma parte do corpo e estes registros
vão se somando de forma parcial no psiquismo até chegar à totalização das
pulsões, caracterizada pela resolução do Complexo de Édipo e do Complexo de
castração, culminando então com a realização sexual, no coito genital através
do orgasmo na vida adulta.
ESTÁGIO ORAL
FASE ANAL
ESTÁGIO FÁLICO
ESTÁGIO DE LATÊNCIA
As Pulsões
Assim, o processo de pulsão pode ser considerado como sendo algo que
tanto pode surgir na esfera mental como também pode ter origem no interior do
organismo vindo posteriormente a chegar na mente. O que não deixa claro de
onde se origina desse fenômeno psíquico.
Alvo, objeto, pressão e fonte são os quatro termos utilizados por Freud
para montagem do conceito de pulsão.
Segundo Moura (2008, p.4): “Uma pulsão não pode ser destruída nem
inibida, uma vez tendo surgido, ela tende de forma coerciva para a satisfação.
Aquilo sobre o qual vai incidir a defesa é sobre os representantes psíquicos da
pulsão”. Isso mostra que o sujeito não consegue impedir a busca em satisfazer
o objeto da pulsão, pois a partir do momento em que surge há todo um processo
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de emprego de energia para que o objetivo da pulsão seja alcançado.
Freud estabeleceu que a pulsão era a tensão corporal que tende para
diversos objetos e que se descarrega ao aceder aos mesmos, ainda que
momentaneamente, uma vez que a pulsão nunca é completamente satisfeita”.
Percebe-se que a pulsão é um fato que pode acontecer em determinados
momentos da vida de um indivíduo, e por não ser satisfeita por completo ela
tende a voltar a se manifestar.
O Recalcamento e repressão
Todavia, este mecanismo não impede que o conteúdo que fora omitido da
consciência volte a se manifestar; o recalque é imperfeito, e não impossibilita
que o retorno do recalcado sob nova representação aconteça (FREUD, 2006c).
Desta forma, como o conteúdo recalcado não está banido eternamente da
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consciência, ele se elabora, fica em um período de incubação (FREUD, 2006a),
onde ele, sem a influência da consciência, se prolifera e transforma, de forma
que não mais seja reconhecido, e possa se manifestar, Ele se move pelos traços
mnêmicos construídos em cadeia, composta pelo conteúdo recalcado (FREUD,
2006b). A pulsão, desta forma, se desloca a representantes que tem a
possibilidade de satisfazê-la parcialmente, omitindo sua verdadeira face ao ego,
mas não necessariamente, impedindo o seu sofrimento. É neste momento que
podemos intitular o retorno do recalcado de sintoma (FREUD, 2006a).
O recalque é um ato que faz com que o objeto indesejado seja empurrado
para o inconsciente do sujeito e a repressão age no sentido de manter o desejo
desagradável em um segundo plano da consciência, na pré-consciência.
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Referências
https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/transferencia-e-
contratransferencia
https://www.ebiografia.com/sigmund_freud/