Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
- APOSTILA IV –
Por Sofia Bauer
CURSO BÁSICO DE HIPNOTERAPIA
APOSTILA IV
REGRESSÃO E METÁFORAS
REGRESSÃO
1. a) Recalque
2. b) Trauma/crença limitante
3. c) Conceito
4. d) Como levar a pessoa à regressão - emoção
5. e) Técnicas:
1. Referências/Alusões
2. Eu grande / Eu pequeno
3. Túnel
4. Contagem Regressiva
5. Álbum de fotografias
6. Linha do tempo
7. Datas significativas
8. Emoção/sensação (Gilligan)
a) RECALCAMENTO OU RECALQUE
Histórico
O termo alemão para recalcamento ou recalque, “Verdrängung” foi usado pela primeira
vez pelo filósofo e pedagogo alemão Johann Friedrich Herbart (Oldenburg, 1776 - Göttingen,
1841), aluno de Pestalozzi, e Freud veio a tomar conhecimento de sua obra através de Meynert.
Definição
Todos sabemos que existem quatro sentimentos básicos: amor, raiva, medo e tristeza.
Também sabemos que os afetos em desequilíbrio se derivam de trauma. E, por trauma
entendemos que houve alguma situação em que a criança ou o indivíduo não suportou, ficando
com o sentimento negativo, bloqueado, e ligado a uma lembrança primária do evento. Assim,
gerando a seguir um encadenciamento, como um espiral de eventos futuros que passam pelo
mesmo sentimento negativo, reforçando-o seguidamente.
Em psicanálise recalcamento e retorno do recalcado, são os nomes dados a este afeto
vinculado a uma cena traumatizante. São marcas que, ao pisarmos num ponto comum,
reforçamos.
Dessa maneira, como em toda neurose, o corpo vem falar das emoções não ditas e/ou
evitadas. Os problemas sexuais são exemplos de uma linguagem que vai nos dizer sempre algo
mais sobre as relações dos seres humanos. Devemos observar nos clientes que nos procuram,
sua história passada e seus relacionamentos.
Podemos observar que todos os seres humanos têm suas marcas afetivas. Cenas
infantis, às vezes traumas que afetam nossas vidas, relacionamentos, sucesso, trabalho e tudo
o mais.
Dra. Teresa Robles chama de pegadas as marcas que fazemos ao repisarmos uma
mesma emoção por diversas vezes. Pode acontecer, por exemplo, quando uma pequena
garotinha ficou chorando no berço enquanto a mãe estava dando risadas com o pai no outro
quarto. Essa criança então, pela primeira vez, ou uma das primeiras vezes, sentiu: minha mãe
não gosta de mim, não sou amada o suficiente. Aquilo marca como uma pegada.
Mais tarde, por volta dos 4 anos, ela é esquecida na escolinha. O pneu do carro da mãe
fura, não é culpa da mãe, que também está triste e desesperada. Mas a menina pensa e sente
de novo: minha mãe não gosta de mim, não sou amada. Mais uma vez marca a pegada,
reforçando e seqüestrando sentimentos, seqüestrando toda a energia da criança.
A história continua. A menina, aos 7 anos, não é escolhida pela professora para alguma
atividade importante. Vem o mesmo sofrimento. Depois, aos 15 anos, o namorado atrasa para
vê-la. Ela sente o mesmo: ele não me ama. E fica brava com ele. Perde o namorado.
Mais tarde, problemas com o chefe: ele não gosta de mim. Mais à frente, aos 30 anos,
sem namorado e sentindo-se mal-amada por todos.
Este é um exemplo do que chamamos crença limitante, onde o recalcamento faz a
repetição do mesmo afeto em várias situações. É como se a pessoa atraísse para si, como um
imã, tudo de negativo que contribui para a afirmação da crença limitante de que ela não é amada.
Os exemplos que podemos citar: no caso da impotência, quando este homem se sente
impotente frente à vida? No caso da ejaculação precoce, aqui ele está vetado aproveitar
sossegadamente. No caso do vaginismo, da anorgasmia, o que também está proibindo de se
sentir.
Com essa explicação já ficou claro que precisamos tratar do sintoma, mas também
precisamos regredir esta pessoa até as bases dos seus sentimentos negativos. Pela hipnose
temos condição de fazermos regressão e também de mudar os sintomas, mudando o padrão da
sintomatologia. Devemos usar das duas possibilidades.
Erickson sabia como lidar nesses casos. Por vezes, dava tarefas ou sugestões pós-
hipnóticas que mudavam o padrão do sintoma, re-significava a crença limitante, e em alguns
casos utilizava a regressão como ajuda terapêutica.
Às vezes nós não somos tão habilidosos como Erickson, por isso é mais cauteloso que
pratiquemos inclusive a regressão via de regra. Com técnicas hipnóticas podemos ir à origem
dos traumas, re-significar afetos, situações, atitudes, crenças limitantes.
c) CONCEITO
Algumas pessoas regridem através da emoção e sentem “como se” fosse aquele tempo;
mesmo tendo consciência do tempo aqui e agora. Ocorre uma dissociação, duas partes de uma
mesma pessoa.
Regressão - Lembrando
Regressão é uma das formas de estar hipnotizado. Mas nem todo transe hipnótico é
regressão.
Regressão - Religião
Neste ponto, basta perguntar quando já sentiu isto pela primeira vez. A pessoa vai relatar
um fato traumatizante.
c) escolher local na sala que represente o momento do nascimento (ou entregar uma folha de
papel e pedir para ele indicar um ponto que represente este momento);
e) pedir-lhe para caminhar lentamente, desde o ponto do nascimento até a morte, parando nos
momentos mais significativos no papel, traçar uma linha com o mesmo objetivo, realçando os
sentimentos e emoções.
Fazer uma indução onde se vão salpicando pequenas lembranças genéricas da infância
(possíveis situações vivenciadas, usando-se a probabilidade: “Eu não sei se...”), pontuando-se
datas específicas, de maneira regressiva, até atingir a idade entre os 4 e os 6 anos, ou até menos,
de acordo com o que for necessário trabalhar.
Se você deseja que seu cliente fale sobre um fato do passado, conte-lhe uma história
sobre seu próprio (do terapeuta) passado, ou do passado de um cliente ou de um parente ou
irmão, ou amigo, etc. Esta é uma maneira eficiente de se levar o cliente a regredir na idade e se
situar em um passado recente ou remoto, de acordo com o que se deseja trabalhar.
Numa terapia, dois especialistas se encontram: o primeiro é o cliente, que tem dentro
dele todo o conhecimento sobre si mesmo; o segundo é o terapeuta, que conhece as técnicas.
- Qual é a sensação?;
- Sugestão de um elevador que começa a descer (pode ser uma escada) de volta ao
passado, até a primeira vez em que vivenciou essa sensação. Quando chegar lá, o cliente desce
do elevador e partilha com o terapeuta o que vivenciou. Explorar ao máximo.
- pergunta de acesso: “Você poderia imaginar a sua parte mais adulta indo até a
mais jovem e perguntando se esta gostaria de falar com ela?”;
e) Identificação do problema
- “Você poderia deixar a sua parte mais adulta perguntar à parte mais jovem o que ela
está pensando e sentindo?” (estabelecer a meta terapêutica);
- pressuposto: “o que você pensa que é o problema, determina o que você acha que
seja a meta a ser atingida”;
- parte adulta pergunta à criança o que ela está pensando, além de compreender
suas sensações, pensamentos e sentimentos;
g) Intervenção
- se as idéias fixas (ou crenças limitantes) não emergiram, elas o farão após a
mudança de alguma coisa na experiência da pessoa;
- pedir à parte adulta do cliente para fazer ou dizer alguma coisa usando sugestões
do contexto atual;
- perguntar à parte adulta, caso o cliente não tenha recursos para lidar com a
situação apresentada à sua criança: “O que você faria se...?”, “Você poderia...?”;
- perguntar: “Como se sente? Alguma coisa lhe preocupa?” (avaliar a idéia fixa ou
crença limitante);
- ratificar a mudança.
h) Reorientação
Talvez você já tenha entrado em transe antes... Talvez você queira permanecer com seus olhos
abertos, mas a maioria das pessoas prefere, ao entrar em transe, fechar os olhos... Você pode
escutar as minhas palavras e escutar a você mesmo... e vá para dentro... e você vai explorando
naturalmente aí dentro... E seus olhos se fecham... logo, logo... agora... e vão ficar fechados...
Cada um de nós sabe mais sobre seus próprios conhecimentos do que a gente jamais
saberá... do que você mesmo sabe que sabe... a gente não sabe como adormece. A gente não
sabe como perde a consciência, a percepção consciente... e está cada vez mais agradável... e
você pode... entrar num transe tão profundo que vai parecer- lhe que não tem mais corpo... vai
lhe parecer que você tem só a mente, o intelecto, flutuando no espaço, no tempo.
Talvez você seja um(a) menino(a) brincando em casa, ou talvez um(a) menino(a) na
escola... gostaria que você deixasse surgir várias lembranças que já esqueceu há muito tempo.
Quero que você tenha sentimentos de um(a) menininho(a). Todos os sentimentos. E pode
escolher, depois, qualquer dos sentimentos que teve, para nos contar.
Você pode... estar brincando no pátio da escola. Ou você pode estar comendo seu
lanche, ou você pode estar apreciando a brincadeira de seus colegas, ou você pode... estar
interessado na roupa de sua professora na sala de aula... e no que vê no quadro negro, ou em
gravuras num livro ilustrado, coisas que você esqueceu há muito tempo atrás.
E o ano de 2001, está muito distante... e não é mesmo nem 2000... não é nem mesmo
1995... e nem mesmo 1990 ou 1985... (chegar até os 4, 5, 6 anos do paciente). E eu não sei se
você está olhando para uma vitrine de brinquedos, ou para uma árvore de Natal... ou uma Igreja...
ou se está brincando com um cachorro ou um gato... ou um passarinho... ou qualquer outro bicho
de estimação...
E enquanto eu estive falando com você, sua respiração mudou, o ritmo de seu coração
mudou. A pressão sangüínea mudou. Seu tônus muscular mudou. Seus reflexos motores
mudaram... e você faz pequenos ajustes em seu corpo e em suas posições e você pode... se
sentir bem confortável, confortavelmente acomodado... E, quanto mais confortável você se sentir,
mais lembranças poderão vir e mais aprendizados com as lembranças...
Depois de algum tempo você vai acordar e vai nos falar do(a) menininho(a) chamado(a)
................. E seja realmente este (esta) menininho(a), no ano de........ ou .......... (correspondente
à idade de 4, 5, 6 anos).
E você pode estar numa festa de aniversário... ou numa festa de Natal... ou mesmo na
sua festa de aniversário... e você abre presentes... e talvez você aprecia longamente o brinquedo
que mais te agrada... com o encantamento próprio da criança... Um adulto que gosta de você se
aproxima, passa a mão na cabeça, faz um carinho... é bom fazer aniversário...é bom receber
atenção... carinho...
Agora, gostaria que você tivesse a experiência de deixar seu corpo adormecer
profundamente enquanto você desperta só do pescoço para cima...
E agora você retorna no tempo... retorna no tempo... e você percebe e se vê com ____
anos... Se veja nos seus ____ anos: como você é, o que você faz, o que você gosta... Volte
agora um pouco mais, veja-se com ____ anos... e retornando um pouco mais, agora você tem
____ anos... Veja como você é, o que faz, o que gosta... e agora você está com ____ anos... e
agora você está com ____, observe-se, veja como você é, o que faz, o que gosta... e agora você
tem 8 anos... 7 anos... 6 ou 5 ou 4 anos... e você é então um(a) menininho(a). É bom ser um(a)
menininho(a). E talvez você esteja festejando sua festa de aniversário ou indo a algum lugar:
indo a um parque acompanhada de seu pai ou de sua mãe... ou indo visitar a vovó... ou indo à
escola... Talvez exatamente agora você está sentado na Escola, olhando para sua professora,
ou brincando no pátio, ou quem sabe é época de férias... Você está se divertindo de fato. E quero
que você fique satisfeito(a) com o fato de ser um(a) menininho(a) que sabe que vai crescer. E
talvez você goste de imaginar o que será quando crescer... Talvez goste de divagar sobre o que
vai fazer quando for rapaz (moça). Fico pensando se você vai gostar da faculdade e você pode
também pensar na mesma coisa...
E minha voz segue com você e se transforma na voz de seus pais, professores, seus
colegas e nas vozes do vento e da chuva.
Talvez você esteja no jardim colhendo flores, fazendo um carinho nas flores, cheirando-
as e rindo satisfeito(a) ao olhá-las, acariciá-las. E um dia quando você já for maior, você vai estar
junto a um grupo de pessoas e vai lhes contar fatos felizes de quando você era pequeno(a). E,
quanto mais satisfeito(a) você se sentir, mais se sentirá como um(a) menininho(a), porque você
é um(a) menininho(a)... Agora, eu não sei onde você mora, mas talvez goste de andar
descalço(a)... Às vezes, gosta de sentar-se perto da piscina e mergulhar o pé na água, e gostaria
de saber nadar... Você gostaria de comer seu doce predileto neste momento?... E aqui está e
agora você o sente na boca e o saboreia. Bem, um dia, quando você for maior, falará para alguém
sobre seu doce predileto de quando era menino(a)...
E agora você vai voltar, devagar, repassando algumas lembranças de sua infância...
crescendo..., aprendendo com as lembranças até chegar no aqui-agora novamente. Vá vindo
devagar, usufruindo das lembranças que forem vindo: 4, 5, 6, 7 anos... agora passe pelos 8, 9
anos... 10 anos... chegando nos ____ anos... agora ____, ____ anos... agora ____ anos...
crescendo confortavelmente, aprendendo protegidamente... ____ anos... e retornando à idade
atual, devagar, no seu ritmo... aos poucos vá se reintegrando, aqui... agora... agora... aqui...
espreguiçando... abrindo os olhos... esticando todo o seu corpo...
Aspectos Gerais:
Hiperminésia
Estados de Ego
. É um fenômeno da Hipnose
. Trazer a consciência memórias antigas de uma forma consciente . Você pode Recordar,
Reviver, Sentir gosto/ tato/ afetos . Você pode ter memórias boas/ ruins.
. Você pode ter bloqueios de certas etapas da vida (verificar trauma) e não ter memória de
períodos da vida...
Qual a diferença entre hipnose e regressão?
Telefonema pré-sessão: Quero regressão – vamos ver como você reage a hipnose e a regressão
HIPNOSE
REGRESSÃO
MEMÓRIA
Regressão é um fenômeno que acontece durante a hipnose onde a pessoa acessa uma
memória (passado/ genética/ criada).
MEMÓRIA TRAUMÁTICA
A amigdala entra em estado de alarme, não passa para o hipocampo. A amígdala guarda
esse registro ruim (emoção + cena) com um signo/signal (uma memória encobridora)
Memória ruim associando uma cena a uma emoção dolorosa. Fica guardada, até ser
resolvida. Quando é explicado à amigdala o que aquilo quer dizer, desmancha o signo- signal e
o recalque.
HIPERMINÉSIA
Pode ser acessada pelas recordações, pelas emoções, por um filme, música, gosto, ou
palavras... alusões... fotos... conversas...
Clientes com fé/ ou espíritas/ ou histéricos têm mais facilidade em regredir, pois entram
mais na realidade interna e criam mais facilmente imagens. Não há milagres. A mente pode
criar realidades em hipnose.
Um acidente traumático
Memórias recalcadas – são proteções à emoções difíceis de serem resolvidas pela nossa
CRIANÇA INTERIOR.
Um fato traumático acontece. A criança não tem defesa. Ela reage com seu universo.
Cria uma lei - uma crença limitante e LIMITA SUA VIDA – “ISSO NÃO PODE!”
Crenças Limitantes
- A vida é difícil
Trauma
Algo acontece que não é capaz de lidar porque não tem idade, porque ameaça a vida,
etc... O trauma fica registrado na amígdala como defesa através de um Signo sinal.
Para trabalhar com Regressão e limpar registros negativos ou Ressignificá-los tem que
acessar um signo sinal – o gatilho que dispara uma emoção desagradável.
Signo sinal = gatilho Dor/, incômodo, Crença Limitante, Lembrança traumática, Sensação
física. Algo que você não gosta.
Mitos
- Memórias condensadas Ex: Acidente aos 7 anos, outro acidente aos 15 anos
misturados)
Você não precisa provar nada! O que importa é o que você pode usar das memórias
vindas. Procure limpar o que aconteceu lá.
Aparece a cena: “Mulher presa porque falou o que não deveria, angustiada por
estar no frio, gelada, querendo uma solução rápida.” “Hoje, você deve falar filtrando os
pensamentos e sem emoções afloradas e misturadas, refletindo e se acalmando antes
de falar!” Pode falar em público.
Metas
- Solucionar problemas
– duas vidas
- A criança interior tem uma crença limitante que tem uma função importante
– Proteção.
- A criança acredita em seu pensamento mágico e por lá fica presa, não conseguindo
ter uma atitude adulta para solucionar os problemas de hoje.
- Você acessa a memória/ cena . Traz à tona a criança/ sua função protetora/ sua
crença que limita.
- Você dialoga como adulto, ensina a criança, apadrinha e dissolve aquilo que
parecia insolúvel à criança.
Técnicas
1. Alusões – Entremear – Técnicas do Dr. Erickson
Feche seus olhos, vá lá para dentro de você, fundo para dentro de você... Se lembrando
de como você já deu conta de resolver muitas tarefas difíceis... Vá para dentro de você
confortavelmente, muito confortavelmente... Lembrar de memórias guardadas lá no fundo do seu
cérebro... Talvez você se recorde da “dificuldade” que foi aprender todas as aquelas letras do
alfabeto, letras maiúsculos, minúsculas, letras de forma, letras cursivas...
Que P era B invertido, que o numeral 3 poderia ser invertido e virar a letra E.
Mas você foi aprendendo e guardando uma a uma dessas letras e formas, montando
imagens visuais, mentais em alguma parte do seu cérebro... gradualmente você foi
memorizando, guardando tudo lá no fundo do seu cérebro automaticamente...
Hoje, você não tem dificuldade mais, você escreve e lê usando memórias guardadas no
tempo lá atrás... ... E enquanto fui falando sua respiração mudou, seu pulso mudou... E você
pode sentir mais e mais confortável como um corpo sem a cabeça e sua cabeça pode flutuar no
tempo e no espaço... e continuar indo fundo, indo para trás no tempo em memórias gostosas
para você...
E minha voz irá com você, como a voz dos seus pais, dos seus coleguinhas, dos seus
vizinhos ou dos sons de coisas como do vento, da chuva, da água do rio, do lago...
Talvez se veja na escola, sentado na carteira... talvez se veja no quintal de casa ainda
pequeno... E sonhar é algo tão real que podemos sonhar que estamos comendo um sorvete e
sentir o real gosto do sorvete... ... Assim ele continua aludindo...
2. REGRESSÃO DO TEMPO
• - Relaxamento Progressivo
• - Luz entrando pela cabeça
• - Contagem regressiva 20 a 1 descendo uma escada que vai dar numa
praça.
• - Assentar no banco da praça e olhar para frente e ver o que parece
• - Ou olhar vários espelhos, escolher um deles na praça e ver o que você
enxerga lá.
• - Ou a opção de regredir por contagem regressiva a infância, ao útero e
depois como um túnel de luz do tempo ver aonde vai chegar.
3. LINHA DO TEMPO
4. ESTADOS DE EGO
• - Você tem várias partes de si mesmo cada uma como alter ego que
ajuda você. Todas são importantes e têm funções importantes.
• - Você vai imaginar um palco
• - Um a um vão entrando os personagens, pergunte:
• - Quem é você, quando entrou na minha vida, qual a sua função?
• - Depois desenhe todos num papel
Brian Weiss
• - Quando temos uma memória dependente de estado de stress se a gente tocar o ponto
sensível dessa pessoa ela vai reconectar a memória dependente de estado de stress e
vai trazer a cena que primariamente intoxicou.
• - Essa técnica não requer indução previamente. Já é uma indução tocar o ponto sensível
de uma pessoa. (Ela já está em um transe negativo a partir do momento que você toca
no ponto sensível).
• - Para disparar a memória dependente do estado de stress nós precisamos de apenas
7 minutos! Então, 7 minutos relatando um fato doloroso, nós choramos! Nós
desmanchamos, nós ficamos vermelhos, a gente começa a tremer e a pessoa entra em
estado dependente daquela memória antiga e passa a reagir com aquele Alter-Ego
que a defendeu naquele instante, e a pessoa fica presa lá naquela memória!!! De Luta
ou Fuga que ela não consegue sair.
• Técnica passo a passo...
• 1 – Descreva o problema (7 minutos). Sinta qual a emoção – sensação física
Na sensação física é que temos um registro de memória dependente de estado de
stress. Sensação física = emoção.
Emoção = sentimento
Raiva Tristeza Medo Dor
• 2 – Cena intoxicante – quantos anos? E agora?
• 3 – O que o seu pai diria? E sua mãe?
• Você adulto (EU grande) Você pequenino
• Sensação física
• Tô com nó na garganta... Meu coração está disparado... Minha mão está fria ...
Eu estou tremendo ...
• IMPORTANTE!!!
Nesse momento nos deparamos com algo interessante: ninguém ajuda! A mãe e o pai
estão fora ou foram os “alienígenas” que intoxicaram essa pessoa. Então o EU grande
não vê saída e o EU pequeno só reclama!!
• 4 – Falar dos sentimentos ...
• 5 – Apadrinhamento do terapeuta
- liberação da culpa
- limpeza da cena
Muitas vezes a terapia trava nesse momento! Tem pessoas que não querem perdoar,
não querem limpar a cena! Aí a gente pode dizer: é exatamente nesse ponto que você
está preso! Falar um pouco da Cabala.
• 6 – Recontar toda a história (história oficial – história íntima)
• 7 – sugestão pós - hipnótica
METÁFORAS
- Quando nos falta palavras para os sentimentos falamos através das imagens...
Objetivo:
• Estórias prontas
• Estórias inventadas
A- Buscar a meta:
→ Evitar pressão
→ Descanse
Nada como uma formiga de costas quebrada aprendendo a descansar com a cigarra.
O que esta faltando para esta pessoa? Onde está bloqueada? O que precisa aprender
para chegar lá? Como se consegue isso? O que a impede? Crença limitante? Todo mundo tem
suas polaridades...
EX: Depressão → De-pressão → descanso → não posso! Tenho que ser “legal” → Custo
alto → cansaço → corpo pára → POSSO SER FELIZ SE AGRADAR A MIM MESMO EM 1o
LUGAR → ASSIM AGRADAREI BEM A TODOS!
- A “antena” do paciente capta a idéia indireta do caminho para a solução “ Meu terapeuta contou-
me uma estória que tem a minha cara. Adorei”.
E – Eliciar os recursos
EX: dona formiguinha era muito trabalhadeira, adorava ajudar a todo mundo,
carregava mais peso do que deveria e agora está aprendendo saudavelmente a ajudar a si
mesmo em 1o lugar...
- Dar sugestões daquilo que você deseja eliciar de recursos da prórpia pessoa. - Entremear a
sugestão dentro da estória dita.
EX: ... e na medida que a formiguinha trabalhadeira mas muito cansada, aprendeu
um pouco com a dona cigarra, ela viu que poderia descansar e ganhar mais saúde... para
trabalhar mais saudavelmente/ protegidamente...
“A metáfora consiste em dar à coisa um nome que pertence a outra coisa qualquer, a
transferência pode ser feita em gênero e espécie ou de espécie para espécie ou como analogia.”
Turbayne sugere trocar nome por signo ou coleção de signos. E também sugere que
mitos, parábolas, fábulas e alegorias são subclasses das metáforas.
“Tropo que consiste na transferência de uma palavra para um âmbito semântico que não
é o do objeto que ele designa, e que se fundamenta numa relação de semelhança subentendida
entre o sentido próprio e o figurado.
Deveria dizer que muitas vezes pode-se apenas usar uma analogia, o que seria fazer
um paralelo entre coisas diferentes. Empregamos metáfora quando contamos uma estória. Toda
metáfora é uma analogia, mas nem toda analogia é uma metáfora. Nas interpretações analíticas
o que se vê é um emprego maior de analogias.
Freud fazia muito uso de metáforas em suas interpretações. Bettelheim (1984) sugere
três razões para que Freud tenha usado metáforas ao explicar a natureza da psicanálise.
Primeiro, a psicanálise emprega interpretação imaginativa para explicar as causas escondidas
por detrás dos fatos. Segundo, por causa do recalcamento ou da censura, o inconsciente se
revela através de símbolos e metáforas, falando em sua própria língua metafórica. E, finalmente,
as metáforas são capazes de tocar as emoções humanas.
A metáfora vem como uma linguagem peculiar de cada indivíduo; fala dos afetos e das
relações objetais. E tipicamente aparece quando os sentimentos estão exacerbados e quando
literalmente as palavras não parecem fortes o bastante ou precisas o suficiente para exprimir a
experiências. Exemplos disso são frases metafóricas como: “o céu vai cair sobre a minha
cabeça”, “estou perdido no espaço”, “perdi a cabeça”, “estou sem ar”, etc.
Você pode usar da mesma metáfora do cliente e ressignificá-la (reframing)
positivamente, mostrando, por meio de estórias metafóricas, uma nova maneira de ver aquilo
que se pensava ser o pior. Tudo isso com a intenção de reduzir, melhorar a experiência do sujeito
e estabelecer uma maior coerência do eu; apresentar saídas e mostrar os recursos naturais que
toda pessoa tem dentro de si mesma.
Uma justificativa para o emprego de metáforas é que elas são muito efetivas, pois
permitem ao cliente a distância emocional em relação ao seu material, mantendo-se o respeito
à sua inteligência e auto-estima e, ao mesmo tempo, integrando elementos necessários a uma
ressignificação (reframing).
Mas é importante frisar que, mesmo que seja o terapeuta a criar uma metáfora, se ela
funciona é porque o cliente se engatou bem no processo interior que aquela metáfora sugeriu. O
cliente aceita e trabalha suas questões. Aquela velha estória, “se a carapuça serviu...” As
interpretações metafóricas que ajudam o cliente a capturar uma nova experiência e significado
em sua linguagem não podem ir além daquilo que ele apresentou, e assim existe uma enorme
possibilidade de serem aceitas por este. Fique atento: não dê mais do que o cliente possa digerir.
Ele terá uma indigestão. Tenha muito cuidado também em não cometer um “meta fora”, (meter
fora do lugar).
Deve-se dar ao cliente uma interpretação metafórica que capture uma experiência de
sua vida diária, e então ele pode fazer seu processo cognitivo de engate com a estória ou
analogia apresentada.
Agora, se você utiliza, explora e transforma uma imagem metafórica criada pelo cliente,
ele diretamente adere ao processo de ressignificação, em que o terapeuta guia a uma exploração
interior (realidade interna) e convida a uma transformação. E, dessa maneira, o cliente se sente
dono da situação (do processo) porque as imagens metafóricas vieram de dentro dele.
Seguindo o mesmo pensamento, Jung era adepto da teoria da imaginação ativa, dos
símbolos e do trabalho com a interpretação dos sonhos, em que se dava uma enorme
importância às metáforas. Como em Freud, um período inicial do desenvolvimento do
pensamento por imagem predominaria, mais poderoso que outra linguagem mais elaborada. O
que sugere também o uso de metáforas para termos acesso ao pensamento mais primário do
homem.
De acordo com Salvador Minuchin e Fishman (1981), a família constrói sua realidade
apresentada, e é tarefa do terapeuta selecionar “da cultura da própria família, as metáforas que
simbolizam sua realidade reduzida”, e usá-las como um “rótulo que aponta a realidade da família
e sugere a direção da mudança”.
Exemplos podem ser dados: o pai como o caixa forte, a mãe como uma rainha, o filho
como o bobo da corte, a filha como a gata borralheira etc.
Hipnoterapia ericksoniana
Para fazê-lo, Milton H. Erickson utilizava a linguagem do próprio cliente, contava casos,
estórias, usava metáforas embutidas dentro de outras com o intuito de confundir a mente
consciente e assim levantar resistência.
O princípio do uso das metáforas era bem simples: falar de algo que chamasse a atenção
do cliente, como uma ponte de ligação ao seu problema, ou que o levasse a agir como um radar,
captando o que lhe interessa. Por exemplo: se você tem um problema em seu carro e conta a
alguém o que fez para consertá-lo, onde levou, o que trocou, etc., faz imediatamente a pessoa
se remeter a um estrago em seu próprio veículo, onde levou, como consertou ou como poderá
fazê-lo, caso esteja precisando de ajuda. É o mesmo princípio.
Deste modo, você não provoca atritos com a resistência, o que ocorreria se dissesse
diretamente vá e faça assim. Você sugere (suggerere, su + gerere) ao outro uma maneira de ver,
de lidar, de experienciar algo novo e diferente.
Lembrando:
Metaforizar é essencial. É o meio de ser indireto, de conversar a língua do inconsciente.
A pessoa guarda com mais facilidade casos, estórias, interpretações metafóricas do que
conversas e interpretações lógicas. As metáforas ficam como uma ponte de tratamento. O cliente
vai embora, mas leva algo de que, se a metáfora foi feita de acordo e sob medida para aquele
sujeito, não se esquecerá.
Milton H. Erickson atendia pessoas dos Estados Unidos inteiro, alguns estrangeiros e,
numa terapia brevíssima, precisava deixar o seu recado e sua ressignificação. Ele o fazia através
das metáforas que usava ou das tarefas metafóricas.
Imagine só, véspera de Natal, numa beirada de janela, pensando em metáforas para
ensinar a alguém como mostrar o “caminho das estrelas” àquele que não vê a luz. Isto tudo, a
o
menos de 0 C, nevando floquinhos brancos lá fora, montanhas branquinhas, carros cheios de
neve, música clássica com temas de Natal...
É assim que estou aqui, emocionada em poder estar tão perto das estrelas do norte.
Dizem que Papai Noel vem do norte, espero que ele me ajude a ensinar vocês a praticar a
construção de estórias que mostrem luz aos seus clientes.
Como terapeutas, não precisamos brilhar em estórias maravilhosas, mas sim tocar o
coração do cliente, mostrar-lhe que há luz no final do túnel, que há saída para o seu sofrimento.
Para isso, não é preciso estórias muito elaboradas, mas com simplicidade, palavras-chave,
metáforas do próprio cliente. Aí você consegue dar o suporte necessário ao crescimento dele, o
alívio de sua dor.
Agora veremos como fazer metáforas e atingir vários níveis de comunicação. O mais
importante é que você fará algo comum (uma estória comum, conhecida) se tornar única para
aquela pessoa.
Você se lembra do processo de avaliação de Jeffrey K. Zeig? Ele ajudará você aperceber
a linguagem metafórica do seu cliente. Para isto veremos uma série de dicas. Vamos lá!
1) Dentro da avaliação você pode ver se a pessoa é interna; então, fale de sentimentos,
sensações, é o que vai atingi-la. Se a pessoa é externa, fale das coisas que rodeiam esta pessoa,
as coisas que ela valoriza quando vê, ou que ela deseja ver.
Assim, você vai seguindo a avaliação. Veja cada item, anote-os. Você fará a estória ser
moldada de acordo com os itens anotados. Preste bastante atenção nas relações sociais (filho
mais velho, intrapunitivo, radiante, dominante, etc.). Isto irá ajudar você a construir a estória,
colocando estes valores idiossincráticos da pessoa. Qualquer estória, como a do patinho feio,
por exemplo, pode se tornar única se for feita colocando os aspectos pessoais e idiossincráticos
do sujeito nesta estória comum. Isso toca a pessoa em questão, e a estória passa a ser pessoal.
Assim a avaliação é uma ferramenta importante ao construir uma estória sob medida.
Você vai checar os valores, as questões que são idiossincráticas e vai colocá- las na estória
comum. A estória comum, por exemplo, “O patinho feio”, por si mostra sobre o descobrimento
dos valores pessoais, a auto-estima. Se você descreve detalhes em que se encaixem os valores,
características daquela pessoa, torna-se uma estória pessoal.
Todo mundo tem uma espécie de antena, radar. Quando o assunto interessa, você ouve.
É como uma dona de casa que está sem empregada e alguém fala de uma forma fácil de fazer
comida e estocar ou de lavar roupa. Ela vai prestar atenção, pois tem o mesmo problema. Então,
você fala de algo semelhante que tem o objetivo de mostrar um caminho (solução) e a pessoa
vai fazer sua escolha para a busca de tal solução. É uma alusão as possíveis formas de
solucionar algo.
Também quando você fala dos seus filhos, o outro tende a falar dos filhos dele. Quando
você fala do seu carro, o outro tende a falar do carro dele, e assim por diante. É uma excelente
fórmula ericksoniana de fazer o outro falar de suas coisas e, conseqüentemente, de solucionar
suas coisas pelo mesmo princípio. Tente.
Quando você quiser sugerir que há algum caminho, ou uma luz, fale de algo semelhante
ao problema da pessoa. Ela se “antena” àquele problema porque é semelhante ao dela e assim
quer ouvir que solução foi encontrada. Pronto! Você faz a pessoa pensar que existe saída para
aquilo que parecia não ter. Este é o “princípio- antena”.
As metáforas tendem a atuar em nível inconsciente, portanto fazendo um “by-pass” das
resistências da mente consciente. Erickson acreditava que as mudanças significativas ocorriam
a nível do inconsciente e que as metáforas permitiam um trabalho mais direto com a mente
inconsciente.
Parece haver uma correlação entre o que Erickson chamava de inconsciente e o que os
neuropsicologistas chamam de hemisfério não-dominante (hemisfério direito). O H.D. tem um
tipo de processamento artístico e integrativo. Parece que as metáforas se conectam e se utilizam
do funcionamento do H.D., o que ajuda o cliente a liberar sua própria criatividade.
Um casal procurou uma vez o Dr. Erickson para uma terapia conjunta, com um problema
de desajuste sexual. O problema surgia do fato de o marido querer ir logo “aos finalmentes” e a
mulher querer passar mais tempo se envolvendo nos “preparativos”. Depois de ouvir o problema
apresentado, o Dr. Erickson mudou de assunto e falou de outras coisas. Perto do fim da sessão,
Erickson deu ao casal a tarefa de planejar e cozinhar uma refeição em conjunto, cabendo ao
marido preparar a entrada e, à mulher, o prato principal. Depois de preparada a refeição, o casal
tinha que se sentar e saboreá-la juntos.
A metáfora pode ser usada como uma “ferramenta” no processo terapêutico por várias
razões:
1. A metáfora é uma técnica não manipulativa. No uso das metáforas o terapeuta não
oferece uma interpretação, ao contrário, permite que o cliente extraia seu próprio significado,
consignando seus próprios valores à história.
2. Espaço semântico: é a área geral de conteúdo que será usada na metáfora. Alguns
exemplos de espaços semânticos são: estórias de animais, ficção científica, contos de fadas, um
incidente da infância, história de um outro cliente, um amigo e crianças. As possibilidades de
espaços semânticos são muitas. Ao escolhê-lo deve-se espelhar o cliente, utilizando sua idade,
interesses e talentos.
3. Conquista de objetivos: em todas as técnicas terapêuticas a conquista de objetivos
é um assunto importante. Muitos clientes vêm à terapia com um objetivo específico ou mudança
em mente. O terapeuta deve entender o objetivo e construir a metáfora de tal maneira a ser
eficaz em ajudar o cliente no processo de conquistar o objetivo. A primeira parte da metáfora
deve espelhar e acompanhar o cliente no seu modelo de mundo e, à medida que se desenvolve,
deve conduzir o cliente em direção à conquista do objetivo.
4. Acesso a recursos: em alguns casos, esses recursos podem ser específicos como
relaxamento, autoconfiança ou assertividade. No entanto, eles podem também ser mais gerais,
como tomar decisões ou conseguir a habilidade para resolver problemas. É invariavelmente útil
incorporar um acesso ao inconsciente na seção de recursos da metáfora, tal como ter um sonho
que ocorre dentro da estória. O estado de sonho é considerado como um arquétipo para o
processo inconsciente. A metáfora, muitas vezes é feita para ensinar ao cliente a confiar e se
apoiar nos seus próprios recursos, como intuição, conhecimento tácito, integração das partes
internas e uso dos aprendizados passados. Além disso, para ganhar acesso a recursos internos,
uma metáfora pode facilmente ajudar um cliente a utilizar recursos externos, como os de outra
pessoa, livros, cursos etc.
Exemplo de um caso
A seguinte metáfora foi construída para este cliente a fim de ajudá-lo a facilitar o processo
de chegar a uma decisão.
Era uma vez um rei que vivia num reino mágico muito distante daqui. Um dia, o rei
percebeu que havia um problema em um estado do norte de seu reino. O rei sabia que este
problema precisava ser resolvido para restabelecer a paz. No entanto, ele não estava muito
seguro de como fazer isto e, perturbado pelo problema, pensou nele a tarde inteira. À noite,
quando foi dormir, caiu num sono profundo e sonhou que estava em uma reunião com os
ministros do reino. Nesta reunião estavam presentes o Ministro do Interior, o Ministro das
Relações Exteriores, o Ministro da Saúde, o Ministro da Educação e do Bem-estar Social e o
Ministro das Minas e Energia. Durante este encontro, seus ministros foram capazes de colocar
e abordar suas questões de tal maneira, que cada um ficou satisfeito. Quando acordou de seu
sono, ele estava alegre e feliz, porque tinha aprendido uma nova maneira de resolver o problema.
O rei, então, aplicou a nova capacidade encontrada para dirigir seu reino.
CASO METÁFORA
SUBSTANTIVOS
Rei
Reino
stado do Norte
PROCESSOS
RECURSOS
Sonho
Ministro das Minas e Energia
Ministro do Interior
Ministro das Relações Exteriores
Ministro da Saúde, Educação e Bem-estar social
OBJETIVOS
1. Evocar um caso-problema.
2. Isolar o problema que se apresenta.
3. Definir o objetivo.
4. Listar os substantivos.
5. Listar as palavras processuais (verbos, advérbios, adjetivos).
6. Selecionar o espaço semântico.
7. Criar um substantivo para cada substantivo do problema.
8. Criar uma palavra processual para cada palavra do homem.
9. Selecionar os recursos necessários para se atingir os objetivos
desejados.
10. Transferir esses recursos em linguagem metafórica consistente com o
espaço semântico selecionado.
11. Estabelecer uma ponte ao futuro e traduzi-la no espaço Exercícios sobre
o uso de anedotas
As pessoas criam hábitos que, mesmo sem perceberem, seguem uma seqüência. O
sintoma, como já sabemos, é a expressão do inconsciente de que algo não vai bem. Ele também
segue uma seqüência em sua manifestação. Ele acontece por partes. Primeiro um espirro,
depois a sensação de sufoco, depois a taquicardia, o suor frio, o tremor e o medo de morrer, por
exemplo. Isto é uma seqüência que se manifesta num paciente.
Nesta técnica há dois objetivos. O primeiro, ressignificar o que para o paciente leva ao
pânico; o olhar enfocado em algo ruim. O segundo, injetar um vírus na seqüência que determina
o problema. Quando você muda os passos, muda o padrão e assim muda a forma como o
problema é gerado.
E uma técnica muito simples que aprendi com Jeffrey K. Zeig. Como é uma técnica passo
a passo, você seguirá passos. Com o tempo, aprenderá a fazê-lo automaticamente. Utilizando
cada passo como a pessoa cria o problema, ressignificando e criando a indução com estes
mesmos passos, só que ressignificados. O paciente já conhece esse caminho, por isso ele já vai
automaticamente. Ele só não percebe que inconscientemente, estamos mudando a visão daquilo
que era negativo para um enfoque positivo.
• Pergunte com que se parece o problema da pessoa. Ela vai lhe dar a metáfora que
você poderá utilizar mais a frente.
• Pergunte como o problema acontece. Peça uma seqüência. O que vem primeiro.
Depois e depois. Anote no mínimo cinco passos desta seqüência Você vai utilizar estes mesmos
sintomas, problemas, ressignificando-os.
• Em seguida, crie uma indução onde colocará os passos ditos de uma forma que se
transformem em passos positivos.
Veremos, a seguir, um exemplo desta indução. Não é possível criar um roteiro único,
porque cada pessoa terá o seu sintoma e a sua seqüência. O que você terá em mente é o
seguinte:
- Bem acomodado
- Respirando mais tranqüilamente
- Relaxando o corpo
- Voltando-se para dentro em busca de soluções
- Descobrindo que pode se acalmar.
Vamos ao exemplo:
Rapaz deprimido devido a síndrome de pânico, que não lhe permite mais fazer as coisas
NORMAIS da vida. Fica preso dentro de casa, só enxerga as coisas como se elas fossem
desabar sobre sua cabeça. A pressão é muito forte.
Com que se parece seu problema? Afundando num buraco. Os passos de como ele
entra em pânico:
- pensa em algo sistematicamente
- respiração curta
- suor nas mãos
- não vou dar conta, vou cair
- não quero sentir, mas já estou sentindo medo.
A expressão usada pelo paciente para o seu problema é aprofundar num buraco. Que
tal, já que aprofunda tão bem, aprofundá-lo num lugar seguro e protegido, onde poderemos retirar
a pressão?! Eis a nossa meta.
Existem algumas palavras que podemos aproveitar para ressignificar. Elas já fazem
parte do vocabulário dele. Podemos apenas mudar o significado. São elas: Coisas normais, ficar
preso, enxergar, desabar, pressão.
... E você pode fechar seus olhos agora... ir lá para dentro... onde só você ENXERGA a
PRESSÃO... e então, (1) pensar em algo bom, sistematicamente... aprendendo a FICAR PRESO
no bem estar... Você pode ir DESABANDO seus pensamentos em algum lugar aí dentro de você
(2)... de modo que você pode respirar e a curto prazo... sentir FICAR PRESO no bem estar...
Inspirando e abrindo o peito... Soltando (3) o suor que fica preso às suas mãos... e a cada vez
que você respira... a curto prazo vem o bem estar... e assim VOCÊ PODE IR AFUNDANDO na
sensação de paz... (4) e cair na tranqüilidade segura de FICAR PRESO na segurança que vem
lá de dentro do seu peito... e deste modo, (5) você já estará sentindo alguma diferença em
AFUNDAR na calma que traz a luz e a liberdade... Isto é apenas uma indução. Divirta-se.
Esta técnica segue o mesmo padrão. Veja as palavras chave que a pessoa utiliza
constante e, que podem ajudá-la em seu problema, se forem ressignificadas.
Utilize delas, durante o transe, mudando a entonação de sua voz e mudando o sentido
enfocado pelo paciente.
Por exemplo: perder peso. É algo tido como muito difícil pelos pacientes obesos. Eles
detestam pensar em ter que PERDER. Mas você pode ressignificar perder o que é feio, ganhar
leveza. Perder tristeza, decepção.
Milton H. Erickson era um mestre nesta arte. Sempre que podia ele entremeava alguma
palavra comum ao cliente num sentido.
Experimente, você vai gostar. Faça isso também na sua vida pessoal.
... Quando você descobre um caminho novo que te leva ao paraíso... Você só quer segui-
lo... O silêncio faz parte do ser humano... É uma das maneiras de encontrar- se...
Dicas Finais:
... Isso vai continuar... como um processo... Tudo que você precisa mudar leva tempo...
E vai mudando... mas o processo já começou... um pouquinho só a cada momento...
GRAVAR FITAS
PONTOS CHAVES