Exercícios Sistêmicos para Terapeutas e Consteladores

Exercícios Sistêmicos
para terapeutas e consteladores
Sabrina Constela
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er um ajudante é estar disponível para uma
S
força maior que guia a todos.
Não é sobre dominar todas as técnicas, pois quando
lidamos com pessoas, apenas precisamos reverenciar a

complexidade que existe em cada um de nós, entendendo
que todos nós estamos ligados em alguma esfera e, cabe a
nós ajudantes, estar atentos a isso e à serviço do todo que
envolve cada cliente e cada pessoa que passa pelo nosso
caminho.
Ser um ajudante é estar livre de julgamentos,
livre dos seus próprios valores quando
lidamos com o outro.
O PDS é não é um oráculo, é uma ferramenta que nos
mostra através da fenomenologia e do sentir, as
possibilidades de caminhos para solução.
Cada ser humano é único e funciona de uma maneira.
Cada um processará, as informações recebidas nos
exercícios, de uma maneira.
Confie, todos receberão aquilo que
precisam. Basta você estar aberto e
disponível para se manter em sintonia com
seu cliente.
Exercícios Sistêmicos - Sabrina Constela

PONTOS IMPORTANTES AO APLICAR OS EXERCÍCIOS
Os exercícios são aplicados em segredo. Não abrimos para o cliente o

que é cada âncora. Fazemos dessa maneira para que o cliente não
fique sugestionado ao subir nas âncoras.
Depois de um tempo, abrimos para ele o que cada uma significa.
A cada exercício, sentimos qual o momento de abrir para o cliente o
que cada âncora representa.
Outro ponto importante, caso seu cliente faça um acompanhamento

com você, é a tarefa dada para a semana.

As tarefas podem ser desde uma postura interna, como olhar
diferente para alguém e entender o outro na perspectiva do outro,
como uma tarefa prática que exige disciplina, como: se exercitar
todos os dias.
Os exercícios foram desenvolvidos para trazer uma clareza sobre os
conflitos ocultos e transformar em resultados práticos na vida.
Por isso, as ações práticas são importantes para que ele consiga dar
um direcionamento novo em sua vida e extrair o máximo de
resultados com os exercícios.
Alguns exercícios aqui vão além dos conceitos da Constelação,

alguns trabalham suas memórias eternas, que são vivências em
outras dimensões e vidas, que possam estar interferindo no seu
caminhar nesta existência.
Os exercícios não são para serem usados como um oráculo de

consulta. Eles são ferramentas para abrirmos a consciência e
tomamos nossas próprias ações e caminhos a partir daí. Ele não traz
respostas sim ou não. Isso não ajuda o cliente em nada.

OS EXERCÍCIOS COMO UM PROCESSO
FENOMENOLÓGICO
Quando colocamos uma âncora para representar algo, o cliente mesmo sem
saber o que é, sentirá a energia do que representa a âncora.
Todo o trabalho com os exercícios são baseados nos campos morfogenéticos,
na fenomenologia e no campo quântico.
Porém, como a fenomenologia é algo que se apresenta de maneiras
diferentes, é importante estar em sintonia com o campo para entender qual o
próximo movimento a fazer.
Porém muitos clientes não sentem nada quando sobem em uma âncora.
Neste caso você tem duas opções a princípio:

A primeira é sentir por ele. Se colocando nas âncoras e trazendo as
informações.
A Segunda é pedir para o cliente trazer uma cena de sua vida. A primeira que
vem a mente quando sobe nesta âncora.
Mesmo que pareça não ter relação com o que a âncora representa, esta cena
nos traz uma informação para iniciarmos o caminho de solução dentro do
exercício.
Você pode perguntar o que essa imagem significa para ele, entender quais
sentimentos se apresentam junto com essa cena, como se sentiu naquele dia.
Lembrando que pode vir uma cena que o cliente se sentiu bem, então
trabalhamos o tema através do positivo, ou uma cena que gera sentimentos
diversos e ruins, então linkamos aos traumas.
Como falei anteriormente, o PDS não é um oráculo que vai trazer tudo muito
claro como a luz, por isso que, para que você desempenhe bem, é necessário
estar aberto para a intuição que é livre de suas próprias histórias, e isso só é
possível quando entramos em sintonia com o cliente.
Outro ponto que você pode perceber também dentro da dinâmica é em
relação ao corpo. A linguagem corporal do seu cliente.
O corpo nos diz antes da mente processar.
Porque primeiro vem o sentimento, que muitas vezes é oculto, depois se
expressa no corpo e só então vem pra razão.
Neste processo, o corpo pode muitas vezes trazer muitas informações e, saber
decifrá-las, vai também se você estiver em sintonia com o cliente.
OS EXERCÍCIOS COMO UM PROCESSO
Todo processo tem começo, meio e fim, para que traga um resultado final.
Com esses exercícios você pode estruturar seus atendimentos não em apenas
uma consulta. Você pode propor para seu cliente um desenvolvimento e neste
caso é importante fazer com que o cliente perceba seus avanços dentro do
processo.
Se você quiser estruturar um processo com esses exercícios, sugiro que nas
primeiras sessões, busque desvendar onde está a raiz do conflito e o que está
envolvido neste processo.

A segunda parte do processo, crie as metas e dê os direcionamentos para que
ele chegue ao objetivo.
Na terceira parte do processo, reavalie como o cliente está e caso necessário,

ajuste as ações práticas no dia a dia, ou ainda, trabalhar alguns outros
pontos nos exercícios.
Quando um cliente busca se desenvolver além de uma única sessão de

constelação ou uma prática terapêutica, ele está aberto a dar espaço para um
novo olhar para a vida e para os conflitos.
Se você estruturar bem seu processo junto com ele, conseguirá extrair
excelentes resultados, levando seu cliente a uma nova postura diante da vida
e os resultados práticos virão quando essa postura se fizer presente na vida
do cliente.

ESTRUTURANDO UM PROCESSO DE
ATENDIMENTO EM 6 A 10 SESSÕES
Antes de iniciar o processo em si, você deve ter uma conversa com seu cliente
sobre como é o processo e o que vocês juntos irão desenvolver neste período.
Você deve explicar para o cliente como funciona o processo em si:

Através de exercícios sistêmicos e outras técnicas que você utiliza, onde você irá
identificar onde estão as travas e também o que o cliente precisa para dar os
próximos passos.
Deve deixar claro que o objetivo do processo é trazer para ele um novo olhar
para a vida, mudando na prática suas atitudes internas que terão reflexo em

suas atitudes externas.
Para auxiliar nessa nova postura, você irá propor tarefas e reflexões para a
semana, para que ele se atente aos gatilhos e também criar um novo hábito e
postura, mesmo sendo uma ação planejada, esta poderá contribuir para que
haja mudança no cenário que se encontra. Aos poucos ficará natural as
posturas internas.
Também é importante nesta primeira conversa deixar acordado alguns pontos:
-Garantia de resultados: Quando se lida com o Ser Humano, não tem como
garantir nenhum resultado. Tudo irá depender da disponibilidade interna dele
em ver o que precisa ser visto, e também da disciplina dele colocar em prática
o que percebeu nos exercícios e nas sessões.
-O que você irá oferecer: Estará disponível para atendê-lo nos dias e horários
marcados. Aplicar os exercícios e outras ferramentas que já utiliza e traçar com
ele as metas e tarefas da semana.

COM O QUE O CLIENTE DEVE SE COMPROMETER:
Estar aberto para ver e sentir o que os exercícios apresentam. Estar disponível
nos dias e horários combinados, com o material necessário para fazerem o
exercício (folhas para as âncoras). Garantir que não será interrompido durante
a sessão e estar em um lugar tranquilo. Se comprometer a fazer a tarefa de
casa.

ACERTO DO ACORDO ENTRE VOCÊS
Na primeira conversa você deverá passar os valores e a forma de pagamento.

Deixar claro que é um processo e que ele deve se comprometer a seguir esse
processo. Então o valor deve ser combinado das 6 ou 10 sessões fechadas, no
valor total do processo, e que você não se responsabiliza pela desistência dele.
O ideal é que seu cliente pague antecipado. Ou você pode parcelar no cartão.
Essa primeira conversa é fundamental para não gerar ruído ao longo do

processo.

COMO CONDUZIR O PROCESSO
Não há uma sequência com uma ordem, em relação aos exercícios, para
aplicar, você deve sentir o campo que se apresenta no dia da sessão.
Você perceberá que a cada sessão algo novo pode se apresentar e você irá
entender qual melhor exercício para aplicar.
Nas próximas páginas desta apostila, terão vários exemplos de exercícios que
você poderá aplicar no momento do processo que achar pertinente.
Não é necessário usar todos os exercícios. Você sentirá o que cabe para cada
cliente e em cada sessão.

COMO CONDUZIR OS EXERCÍCIOS
Os exercícios aqui apresentados, são exercícios fenomenológicos.
Para que você os conduza bem, é necessário estar atento a todos os detalhes
que o seu cliente trouxer.
Observe os movimentos de seu corpo e também algo externo que possa
acontecer, como uma ancora sair do lugar ao bater um vento, entre outras
coisas.
Junte todos os detalhes para trazer uma compreensão do que o campo está
querendo que seja olhado.
A partir dai, abra-se para sua intuição, mas ela só será válida se você estiver
em sintonia com seu cliente, pois só assim saberá qual próximo passo dar
dentro do exercício.

VOCÊ APLICANDO OS EXERCÍCIOS
O profissional da ajuda, quando aplicar os exercícios, deve ter em mente alguns

pontos importantes para que ele consiga desempenhar os atendimentos da
melhor maneira possível, ajudando seu cliente a conseguir chegar nos
objetivos que ele deseja.
Antes de falarmos sobre as posturas, preciso trazer aqui algo importante:
Quando uma pessoa busca um profissional da área da ajuda para auxiliá-lo no
seu caminhar, ele busca alguém que está em sintonia com sua energia
também.
Quando um cliente nos procura ele espera que possamos ajudá-lo. Alguns
esperam que façamos por ele, mas para estes traremos exemplos e posturas

mais pra frente nesta apostila.
Nós só conseguimos ajudar um cliente se nos mantermos nas posturas corretas.
E quais são essas posturas?
SEM MEDO
O medo atrapalha que se apresente o que precisa se manifestar.

O terapeuta que tem medo de errar, provavelmente irá errar. Pois quando
entramos com medo em uma sessão ele nos cega de encontrar o caminho de
solução para o exercício.
SEM PENA
Quando temos pena do nosso cliente, tiramos a força dele de achar uma
solução pra sua vida. O que aconteceu com ele pode ser pesado demais, mas
ainda assim, a postura de pena o deixa ainda mais fraco em relação ao
objetivo.
Quando temos essa postura de pena, já não conseguimos mais ajudar nosso
cliente. Melhor encaminhar para outro terapeuta.

SEM JULGAMENTO
Quando julgamos não encontramos um caminho de solução.

Pense comigo uma coisa: Se você acredita que seu cliente não será capaz ou
merecedor de conseguir seu objetivo, ele tem grande chance de não conseguir,
pois ele confiou em você para auxiliá-lo. Então vocês formam uma equipe,
mesmo que energética, para chegarem no objetivo.
Algo que é importante você observar quando ocorre um julgamento de sua
parte é:
Qual parte minha tem nesse julgar? O que eu não acredito e confio em mim?
Outra pergunta que você pode se fazer quando o julgamento vem de um lugar
de duvidar do merecimento do cliente é: Aos olhos do criador, quão paciente

Ele é com cada um de nós e o que pode acontecer de uma hora para outra que é
possível ele conceder?
SEM INTENÇÃO
Quando queremos muito resolver o problema do cliente e ainda encontrar a

solução melhor pra situação dele e neste ponto fazemos muito para ajudar
neste processo, estamos condicionando o processo a chegar a um desfecho que
entendemos como o melhor, porém essa intenção atrapalha o processo, pois o
que o cliente irá colher do PDS e de todo o desenvolvimento, pode não parecer
com o que objetivo inicial, mas talvez seja o melhor para ele, mesmo que
aparentemente ruim.

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OS EXERCÍCIOS SISTÊMICOS
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OS EXERCÍCIOS SISTÊMICOS
Os exercícios, em sua maioria, são aplicados com âncoras. As âncoras são papeis
(A4) ou ainda EVA, que caibam os dois pés do cliente.
É importante que as âncoras sejam de um tamanho onde o cliente possa ficar
em pé sobre ela.
Como opção, você pode utilizar Post-it e o cliente coloca a mão sobre eles,
mas não tem o mesmo efeito, ao meu ver.

ANOTAÇÕES DO TERAPEUTA
Para que você tenha um bom acompanhamento do seu cliente, é ideal que você
tenha um caderno de anotações do que aconteceu na sessão.
A cada âncora que seu cliente subir, vá anotando as sensações ou, se preferir,
no final da sessão faça suas anotações.
Importante você anotar o que aconteceu no exercício, insights e observações

importantes e também anotar a tarefa da semana, para que possa no início da
outra sessão perguntar como foi para ele executar a tarefa.
DIÁRIO DE BORDO DO CLIENTE

Para que seu cliente perceba de forma mais visual o seu desenvolvimento e
possa consultar depois os passos que deu dentro do processo, peça a ele fazer
um diário de bordo. Ele vai anotar suas sensações, insights, e tudo o que vier a
sua mente dentro do processo.

ÁRVORE GENEALÓGICA
Quando formos para a primeira sessão, devemos de início, conhecer
nosso cliente. Como ele não vem sozinho para um processo como esse,
devemos conhecer a história de sua famÍlia também.
Por isso recomendo que no primeiro encontro faça a árvore genealógica

e entenda os principais acontecimentos da família como:
Assassinatos, mortes repentinas, doenças, como são as relações entre
casais, familiares, se tem abortos, pessoas que passaram por guerras,
fome, abandono… todas as informações são importantes.

1
EM QUAL DIMENSÃO SE ENCONTRA O CONFLITO
Esse exercício geralmente é o primeiro que aplico, pois na primeira sessão já
identificamos onde está preso o conflito do cliente e a partir da próxima sessão o
terapeuta conseguirá trazer novos caminhos para este conflito.
Âncoras
Coloca uma âncora que representa o cliente, outra o conflito e mais três âncoras
que representam as dimensões.
As dimensões:
Criança - Para entender se o conflito começou na criança ou ainda se o cliente está

preso em comportamentos infantis em relação ao conflito.
Ego e Regras - essa âncora representa as normas dos pais e da sociedade.

Dependendo do que o cliente sentir nessa âncora ele pode estar preso a normas ou
ainda ao julgamento que vem dos pais.
Alma - quando esta âncora é a que se apresenta mais forte é porque o conflito está
ligado à ancestralidade ou ainda a outras dimensões.
Peça para o cliente subir na âncora dele e sentir.

Depois peça para subir na âncora do conflito e em seguida nas 3 dimensões.
Veja o que ele traz de informação das âncoras. Você pode pedir para ele trazer
alguma imagem ou momento de sua vida e fazer um link com o conflito.
Se necessário colocar outras âncoras.
Algumas vezes peço para o cliente fazer um desenho e posiciona-lo. Este desenho
trago como uma possível solução. O local onde ele coloca e a imagem pode trazer
muitos significados para o processo, ajudando vocês a elaborarem o que o exercício
trouxe.

2
TOMANDO A FORÇA DOS PAIS PARA SEGUIR SEU
PROPÓSITO DE VIDA
Esse exercício é feito para casos que o cliente não está confortável em seu trabalho,
ou ainda não encontrou o caminho do propósito de vida dele
Âncoras
4 âncoras:
- Representante
- Pai
- Mãe
- Propósito

Como aplicar:
Peça para olhar para as duas âncoras estando em cima da sua.
Observe como ela se sente em relação às âncoras que estão ali (pai e mãe).
Coloque em seguida uma âncora que representa o propósito e peça para o cliente
subir.
Após subir nesta âncora veja o que ele sente.
Abra o que é cada âncora e peça para ele apresentar o propósito para seus pais.
Neste momento você pode ajudá-lo com frases.
Dependendo do que o cliente trouxer, talvez seja necessário dar umas frases e
reposicionar o propósito, o cliente e os pais.
Observações quanto ao exercício:

Geralmente quando aplicamos este exercício vem alguns insights em relação a falas
dos pais que desencorajou a seguir um caminho, ou ainda uma imagem de algum
momento da vida.
Neste caso, você pode reposicionar as âncoras e colocar uma nova âncora como
FUTURO e veja se o próprio cliente busca um novo futuro em relação ao que ele
traz.

3
EM BUSCA DE UM OBJETIVO
Esse exercício ajuda a ver os recursos que temos para alcançar nossos objetivos.
Geralmente aplico quando o cliente está precisando organizar a ação em relação a
um objetivo para alcançá-lo.
Materiais necessários:
Papeis, giz de cera e/ou lápis de cor.
Como aplicar:
Peça para o cliente desenhar com a mão dominante em um papel. Ele pode
desenhar o que quiser, abstrato ou não.
Depois em outra folha, com a mão não dominante, ele faz outro desenho.

Na terceira folha ele desenha algo que representa o que quer alcançar.
Em seguida peça para o cliente posicionar no chão os desenhos

Suba no primeiro e sinta o que este desenho transmite
Depois faça o mesmo com o segundo
Em seguida coloque o que ele desenhou como o que quer alcançar.
Veja como ele se sente.
Ampliando a percepção
Você pode trazer para ele que, o desenho feito com a mão dominante é a força que
ele tem. O desenho com a mão não dominante são os desafios.
Você também, em sintonia com o cliente, pode perceber o controle na mão
dominante e a entrega com o desenho da mão não dominante.
Isso vai depender das informações que o campo trará pra você.
Após percorrer os 3 desenhos, você pode trazer uma nova folha em branco que é a
metaposição e peça para ele subir.
Veja como ele se sente em relação aos desenhos e a dinâmica que se apresentou.
Diga a ele que nessa posição ele pode encontrar um caminho mais fácil para
alcançar seu objetivo.
Observação: Metaposição é um lugar onde o cliente pode ver de fora e além de seus
sentimentos e envolvimento com a situação. Nesta posição o cliente tem mais
clareza da situação.

Ampliando a percepção
Depois que ele trouxer suas sensações, você pode trazer para ele que o desenho feito
com a mão dominante é a força que ele tem. O desenho com a mão não dominante
são os desafios.
Você também, em sintonia com o cliente, pode perceber o controle na mão
dominante e a entrega com o desenho da mão não dominante.
Isso vai depender das informações que o campo trará pra você.
Após percorrer os 3 desenhos, você pode trazer uma nova folha em branco que é a
metaposição e peça para ele subir.

Veja como ele se sente em relação aos desenhos e a dinâmica que se apresentou.
Diga a ele que nessa posição ele pode encontrar um caminho mais fácil para
alcançar seu objetivo.
Observação: Metaposição é um lugar onde o cliente pode ver de fora e além de seus
sentimentos e envolvimento com a situação. Nesta posição o cliente tem mais
clareza da situação.

4
ACESSANDO A SABEDORIA ATRAVÉS DO TEMPO
Esse exercício ajuda a olharmos para o futuro. Muitos clientes podem estar
desanimados ou desacreditado com o que pode vir pela frente. O intuito desse
exercício é trazer clareza desses medos e do desânimo, trazendo consciência para
uma ação.
Como aplicar:
Primeiro coloque a âncora que determina o conflito e a questão que ele não tem
boas perspectivas.
Em seguida coloque a âncora do tempo atual (hoje) e em seguida as âncoras que
determinem o tempo. Você pode colocar âncoras que determinem a cada 5 anos ou
10 anos, até chegar aos 90 anos. Coloque uma na sequencia da outra, para trazer a

sensação de escala de tempo.
Conforme ele vai subindo nas âncoras, ele vai trazendo sensações e falas. Ele não
sabe o que cada uma significa, nem sabe que é um exercício de linha do tempo.
Mensagens de Apoio
Em algum momento você pode trazer algumas palavras de apoio. Peça ao cliente
escolher um número e você escrever em um papel a palavra e pede para ele colocar
em cima da âncora do tempo em que ele está pisando ou ainda dar para ele
segurar.
As palavras de apoio estão na próxima página.
Quando ele chegar na ultima âncora, peça para ele olhar as palavras de apoio e o
caminho percorrido até chegar na primeira âncora que ele subiu. (o conflito) e peça
para ele dizer algo para aquela âncora.
Depois faça o mesmo olhando para o tempo atual.
Caso o cliente esteja com dificuldades em trazer falas ou se entregar para o

exercício, mostre para ele que o que mais ele está criando a partir de hoje para a
vida dele.
Peça para colocar mais uma âncora, que representa a solução (a luz) e veja como
ele se sente.
Se ainda assim não sentir nada, nem perspectiva boas. Faça um ultimo movimento.

Peça para trazer mais uma âncora (essa vai representar a ancestralidade) e veja
como ele se sente.
Diga a ele para repetir, eu não consigo fazer mais nada e assim eu sigo um destino
por vocês.
Veja como ele se sente com essa frase. Se ele sentir alívio. Traga consciência para
ele de que talvez ele possa estar seguindo o destino "Infeliz" de alguém da sua
família. E ele faz por amor ou por necessidade de pertencer.
Caso ele ainda assim não entenda, de um tempo para que a alma dele processe e
diga que falam no próximo encontro.
Palavras de Apoio:
1- Alegria

2- Amor
3- Reconhecimento
4- Força
5- Compaixão
6- Vitória
7- Bençãos Ancestrais
8- Intuição
9- Justiça
10- Pertencimento

5
REVERENCIANDO A ORIGEM DA VIDA
Esse exercício trazemos quando o cliente tem questões fortes com os pais e você já
tentou vários movimentos em sessões anteriores, mas ele ainda acha que é a vítima
de seus pais.
Como Aplicar:
Coloque uma Âncora para o cliente
Uma para a Vida dele
Outra para a Mãe e outra para o Pai
Peça para posicionar e subir em cima de sua âncora primeiro, depois na âncora da
sua vida. Observe se ele olha para as âncoras dos pais.

Depois peça para subir na âncora dos pais, um de cada vez.
Observe como ele se posiciona.
Em seguida, após o cliente trazer o que está sentindo, peça a ele que faça um
movimento de se ajoelhar virado em cima da âncora que representa ele e incline a
cabeça até o chão.
Observe como é para ele fazer esse movimento.
Caso ela sinta dificuldade nesta âncora, peça para ir para a âncora da vida e fazer o
mesmo movimento.
Perceba como é pra ele.

Quando ele terminar, abra as âncoras e veja como ele reage ao saber o que significa
cada âncora.
Se ele começar a falar muito e discordar ou qualquer outra coisa que o tire do bom
movimento, o interrompa e diga a ele para não estragar a experiência, pois se
assim ele fizer será uma escolha dele. Assim que ele faz na vida dele em relação a
tudo.

6
LIBERANDO OS FILHOS
Esse exercício trazemos quando percebemos que o cliente tem questões que
impactaram nos filhos, mesmo sem eles dizerem. Exemplos- em uma separação, a
mãe ou o pai trazerem para o filho as questões do casal.
Outro ponto é uma cobrança interna inconsciente dos pais, que os filhos devam
cuidar deles.
Como Aplicar:
Coloque uma Âncora para o cliente (pai/mãe)
Depois coloque uma âncora pra cada filho.
Tenha um objeto que represente o que o filho pegou dos pais que não era
responsabilidade dele. Não abra para o cliente o que esse objeto significa e peça

para ela colocar esse objeto na âncora que sentir. Dele ou de um dos filhos.
Veja como o cliente se sente. Se ele coloca nos filhos ou se ele pega para ele.
Se ele deixar com os filhos, diga a ele que você está dizendo pela ancora do filho
para o campo: (Está pesado demais para mim)
Veja como o cliente se sente
Peça para ele subir em cima de sua âncora e dizer para o(s) filho(s)
Isso é meu e deixe comigo.
Veja como o cliente se sente.

7
DANDO LUGAR AOS ABORTADOS
Esse exercício é para dar lugar aos abortados da família.
Pode ser feito pelos pais, que darão um lugar aos seus filhos abortados ou se, na
família do cliente tiver abortos, pode ser feito para que ele olhe para as crianças
que não ficaram.
Também pode ser feita a mesma dinâmica para os excluídos e julgados da família.
Apenas você deverá conduzir em relação às falas que dará.
Materiais necessários;
Âncoras
Uma corda ou um fio para fazer um círculo no chão.
Caso não consiga a corda, pode delimitar um espaço como sendo o sistema familiar

e fora deste espaço delimitado fica como "fora do sistema"
Como Aplicar:
Faça o círculo com a corda e em sua mente dê o comando de que dentro do círculo
representa pertencer ao sistema e fora do circulo representa excluido ou não
lembrado.
Primeiro coloque a âncora do cliente e peça para ele posicionar. Veja se ele sente
melhor colocando dentro ou fora do sistema. Peça para subir em cima. Depois peça
para se posicionar do outro lado.
Depois dê as âncoras que represente os excluídos ou abortados.

Peça para o cliente colocar no círculo ou fora dele. Você perceberá que alguns
abortos estarão fora do círculo ou ainda dentro.
Em relação aos excluídos o mesmo.
Dê frases para os abortados como:

Eu sinto muito pelo seu destino. Sinto sua falta aqui. Você faz parte desta família.
Se foi um aborto da pessoa dizer: Você é meu filho (primeiro, segundo... colocar ele
na ordem) e esse lugar é só seu.
Se for um excluído dar a frase: Eu vejo você e sei que não foi fácil. Sinto muito. E
honro sua vida.
Você faz parte do sistema. Eu te incluo em meu coração.

8
ORDEM NAS MULTIPERSONALIDADES
Esse exercício é para situações onde fizemos vários movimentos e ainda o cliente
continua no condicionamento ou atraindo questões que o tiram do foco em relação
ao seu objetivo.
Provavelmente ele pode estar sofrendo influência de uma personalidades de outra

dimensão, ou ainda dentro de uma dinâmica oculta com as pessoas envolvidas em
seu conflito, também vindo de outra dimensão.
Como Aplicar:
Separar o espaço com uma linha ou mesmo uma corda
Em seguida colocar as âncoras:

O cliente nesta dimensão
O personalidade do cliente de outra dimensão
O conflito
A pessoa envolvida no conflito
A personalidade de outra dimensão da pessoa envolvida no conflito.
Veja como a Dinâmica e a distribuição das âncoras se apresentam.

Veja as falas e sensações que o cliente traz ao subir em cada âncora.
Conforme a dinâmica se apresenta dar frases como:

Para a pessoa envolvida: Eu sinto muito, mas agora podemos fazer diferente e
seguir diferente.
Para a personalidade de outras vidas: Não há mais necessidade de manter esse

conflito. Eu vivendo agora como ________ escolho seguir (complete com palavras
de liberdade em relação ao que aconteceu em outras dimensões ou ainda em
relação ao objetivo )
No final ver com o cliente se quer fazer movimentos nas âncoras para deixar mais
harmônico o campo.

9
JANELA DA HONRA
Esse exercício pode ser feito para pessoas ou coisas.
Ele é um processo onde colocamos primeiramente tudo o que achamos (julgamos)
da pessoa ou coisa, pelo lado pejorativo.
Como aplicar:
Primeiro defina com o cliente para o que irão fazer o exercício. Se é para uma
pessoa ou coisa, como por exemplo - dinheiro.
Comece a janela da honra pelo quadrante 1.

Peça para o cliente repetir a frase inteira e completar com algo que ele julgue a
pessoa. Neste momento do exercício, ele trará neste quadrante somente coisas

"Ruins" que vê ou sente dessa pessoa ou coisa em relação à sua vida.
DIGA AO CLIENTE: Independentemente de você conscientemente manter ou não

julgamentos sobre esta pessoa ou coisa, procure pelo menos cinco maneiras pelas
quais você pode dizer que essa pessoa ou coisa é muito _____________.
Em seguida vamos para o quadrante 2. Neste quadrante o cliente vai colocar o que
ele tem de bom para poder julgar se comparando com a pessoa ou coisa. Não é para
ser o oposto, mas a primeira coisa boa que vem a mente.
DIGA AO CLIENTE: Tenha cuidado para não escrever apenas o oposto do

julgamento. Certifique-se de olhar para a maneira específica em que a pessoa ou
coisa é muito ______, e, em seguida olhe para ver o que você se levanta para ser.
Depois segue para o quadrante 3. Neste quadrante a dinâmica vem da coisa ou

pessoa para o cliente. O que faremos aqui é pedir para o cliente se colocar no lugar
da coisa ou pessoa e dizer o que pensaria dele.
Também neste momento, como a coisa/pessoa está se defendendo, traz algumas
verdades não muito "boas". para o cliente.
DIGA AO CLIENTE: Claro, você não sabe com certeza o que esta pessoa ou coisa
diria. Basta ler a declaração de completar os espaços em branco, enquanto tenta
olhar-se criticamente a partir da perspectiva deles.

Por fim vamos para o 4 quadrante. Aqui quem fala é a pessoa ou coisa. Ela observa
todos os julgamentos do primeiro quadrante e se defende dizendo que busca ser ou
é melhor e esse melhor vem em uma qualidade.
DIGA AO CLIENTE: Seja cuidadoso para não escrever algo que seja menos que
inspirador. Faça o seu melhor para se colocar no lugar dele(a) para ver o que ele(a)
poderia dizer. Pode ser um adjetivo, um substantivo ou ambos. Por exemplo, essa
pessoa ou coisa pode se levantar para ser um bom pai, um líder poderoso, um
marido amoroso, um apoio eficiente, ou mestre sábio, etc.

Até aqui a dinâmica ajudou o cliente perceber o lado da outra pessoa/coisa.
E agora podemos finalizar entendendo o que cada um significa para o outro.
*Para que o exercício seja executado de forma que faça um bom movimento
interno no cliente, é importante repetir todas as frases e completá-las.
É importante a presença de quem aplica e a disponibilidade do cliente para sentir.

JANELA DA HONRA SOBRE:
(preencha os espaços com o nome da pessoa, identidade, idéia, assunto, ou objeto
com o qual você percebe que tem um conflito).
“Quando eu digo que ________ é muito e que eu Quando eu digo que ________ é muito , na
4 procuro ser, eu sou ele(a) diria que: Não, isso não

é verdade! Na verdade eu procuro ser, eu sou .” 2 verdade eu estou dizendo que eu procuro ser,
eu sou ”

Quando eu digo que __________ é muito e que eu
1 “______________ , para mim você é muito .”

3 me procuro ser, eu sou , se ele(a) estivesse aqui
ele(a) diria: Não , isso não é verdade! Você é que
é muito .”

RECONHEÇO E HONRO:
Nesta parte do exercício é importante que o cliente faça como se realmente tivesse
com a pessoa/coisa em sua frente.
____________, ultimamente tenho julgado você em pensamentos e

palavras como...
1. _______________
2. _______________
3. _______________
4. _______________
5. _______________

Mas na verdade descobri que você _______ é alguém que se levanta todos os
dias para procurar ser ou ser...
1. _______________
2. _______________
3. _______________
4. _______________
5. _______________
Reconheço e Honro isso em você!
Quem é você para mim?

Você é pra mim aquele que ___________________
E quem eu sou pra você?

Eu sou pra você aquele que ___________________

10
OBSERVANDO O LUGAR DO TERAPEUTA
Esse exercício utilizamos para nós mesmos.

Ele é para percebermos o quanto nosso cliente está projetando em nós sua salvação,
como uma transferência de alguém do seu sistema.
E poderemos observar como o terapeuta estará diante do cliente e do sistema dele.
Observamos o quanto o terapeuta está envolvido e se ainda está nas posturas
necessárias para seguir o processo.
Esse exercício é bom fazer com colegas de turma ou pedir ajudar de outras pessoas,
que representarão também no segredo.

Como aplicar: Peça para um colega definir quem representa o cliente, quem
representa o sistema do cliente e quem representa você.
Veja como a dinâmica se apresenta. Se o cliente projeta algo em você e se você tem
força ou não e se posiciona no lugar de ajudante ou se envolve com o sistema.
Você pode pegar uma Âncora para definir o lugar do terapeuta nas posturas e ver se
o seu representante caminha até lá. Se não caminhar, conforme a dinâmica for
acontecendo, você pode pedir para ele subir na âncora e ver como se sente e se fica
melhor lá ou fora de lá.
Não tem um caminho de solução neste exercício, apenas uma tomada de

consciência.

Exercícios Sistêmicos para Terapeutas e Consteladores

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Exercícios Sistêmicos

para terapeutas e consteladores

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Exercícios Sistêmicos - Sabrina Constela

Os exercícios são aplicados em segredo. Não abrimos para o cliente o

Outro ponto importante, caso seu cliente faça um acompanhamento

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Alguns exercícios aqui vão além dos conceitos da Constelação,

Os exercícios não são para serem usados como um oráculo de

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Na terceira parte do processo, reavalie como o cliente está e caso necessário,

Quando um cliente busca se desenvolver além de uma única sessão de

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Você deve explicar para o cliente como funciona o processo em si:

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Também é importante nesta primeira conversa deixar acordado alguns pontos:

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Na primeira conversa você deverá passar os valores e a forma de pagamento.

Essa primeira conversa é fundamental para não gerar ruído ao longo do

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O profissional da ajuda, quando aplicar os exercícios, deve ter em mente alguns

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O medo atrapalha que se apresente o que precisa se manifestar.

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Quando julgamos não encontramos um caminho de solução.

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Quando queremos muito resolver o problema do cliente e ainda encontrar a

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Importante você anotar o que aconteceu no exercício, insights e observações

DIÁRIO DE BORDO DO CLIENTE

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Por isso recomendo que no primeiro encontro faça a árvore genealógica

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Ego e Regras - essa âncora representa as normas dos pais e da sociedade.

Peça para o cliente subir na âncora dele e sentir.

Se necessário colocar outras âncoras.

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Observações quanto ao exercício:

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Em seguida peça para o cliente posicionar no chão os desenhos

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Depois faça o mesmo olhando para o tempo atual.

Caso o cliente esteja com dificuldades em trazer falas ou se entregar para o

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Observe como é para ele fazer esse movimento.

Perceba como é pra ele.