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CAPÍTULOS
Você aprendeu ao longo do primeiro Manual como fazer uma Hipnoterapia sob medida.
Nesse vamos dar continuidade, apenas repetindo alguns temas. Espero que o básico, as
induções e a linguagem da hipnose ou da terapia ericksoniana já estejam bem adaptadas. Caso
não, por favor, volte ao Manual Básico e reveja as induções e a linguagem hipnótica. Você vai
precisar delas para trabalhar. São suas ferramentas básicas.
Lembrando que você não precisa usar hipnose em todos seus pacientes!
Muitos deles, não vão querer serem hipnotizados, por motivos diversos como: medo de
perder o controle, falta de orientação, medo dos mitos sobre hipnose, falta de paciência com
“aquela coisa monótona” , ter um cérebro mais racional, etc.
O que você precisa saber é fazer uma terapia sob medida para cada cliente. Portanto,
você não terá a mesma técnica sendo aplicada da mesma forma em um mesmo dia! Serão
terapias feitas de formas completamente diferentes , para pacientes completamente diferentes.
Por exemplo, você pode fazer regressão a uma cena traumática da infância para curar
uma fobia social, através de um álbum de fotografias com um paciente. Com outro, apenas
relatando o fato novamente. E com outro através da hipnose falando devagarinho dos infortúnios
que ele viveu, ou fazendo a linha do tempo, ou aplicando Estados de Ego. São tantas as maneiras
diferentes, de fazer a mesma regressão!
É por isso, que muitas vezes, os nossos clientes vão dizer assim: “ela diz que faz
hipnose, mas nunca fez isso comigo!”
Mas na verdade, nós o fizemos, de forma despistada. Sem que o paciente perceba,
vamos falando de coisas que ele mais gosta e valoriza, vamos entrando no assunto que
desejamos, ele fica inteiramente focado e pronto! Temos um paciente acordado e hipnotizado!
A hipnose pode ser um simples uso de linguagem mais adequada. Usamos de forma a
fazer o paciente ficar focado numa solução de problema, e mesmo acordado, ele fica absorvido
naquele tema e se embebe do que necessita como uma provável saída do problema que se
encontra no momento. Por vezes, até se emociona! Chora, fala de coisas passadas, faz
referencias a situações como se estivesse lá vivenciando aquilo outra vez. Isso é uma regressão
feita de forma sutil.
Utilizamos apenas o que o paciente sente-se confortável em falar, trazer, tocar e por aí
vamos refazendo a jornada de vida de cada um que nos procura.
Simples assim!
Fazer uma terapia sob medida, significa que ela precisa ter o “jeitinho” do seu paciente.
Vamos agora, aprender a fazer a terapia sob medida para cada cliente como ele deseja receber.
Antes disso, porem, você precisa fazer uma ficha de cada paciente, que irá usar em
todas as sessões seguintes e deverá manter arquivada!
Ficha do Cliente:
Nome:______________________________________________________
Endereço:___________________________________________________
Idade:_______________________________________________________
Profissão:___________________________________________________
Indicação:___________________________________________________
Queixa Principal:
História Pregressa:
Medicamentos usados:
Hipótese Diagnóstica:
Primeira sessão:
Encaminhamento se houver:
A pedido do paciente?
Essa é uma ficha de acordo com o CRP e CRM . Se você quiser fazer diferente, pode
fazê-lo, contanto que inclua tais dados. É importante ter um relatório geral de suas consultas
terapêuticas, caso aconteça alguma coisa com seu paciente, e o mesmo entre na justiça por
algum motivo. Ou alguém entre na justiça e você receba de surpresa um pedido oficial do juiz
para dar um relatório dos atendimentos de tal paciente. O tratamento é de caráter sigiloso e você
só poderá passar alguma informação ou a pedido do próprio paciente ou porque o juiz lhe
mandou um ofício pedindo o mesmo. Mas você poderá ser visitado por um oficial de justiça, a
pedido do juiz, para mostrar as papeletas deste paciente. Portanto, tenha sempre um arquivo
com todos as consultas de seus pacientes por muitos anos!
E assim por diante, descrever o que você fez em terapia , técnicas utilizadas, breve
resumo do conteúdo das sessões.
Até o dia da alta desse paciente é preciso um breve resumo de cada sessão realizada.
Você pode adicionar a essa ficha básica , as metas e técnicas que você queira fazer
futuramente nas próximas sessões. Isso pode te ajudar com um bom guia e manter você focado
na solução do problema.
Jeffrey Zeig, discípulo e seguidor do Dr. Milton H. Erickson, foi quem teorizou aquilo que
o grande mestre já fazia sem teoria. Jeff foi o fundador da “The Milton H. Erickson Foundation”,
uma entidade que visa a formação de profissionais como Hipnoterapeutas, formando pessoas e
fundado Institutos ao redor do mundo para que espalhem o legado de Milton H. Erickson. Jeff é
ainda professor titular dessa fundação e ministra cursos de hipnoterapia por todos os continentes.
Foi ele também que conseguiu teorizar os ensinamentos do mestre e que veremos a seguir de
forma mais resumida.
Dr. Milton Erickson era habilíssimo em tratar seus pacientes com hipnose sem ao menos
deixa-los constrangidos com as técnicas. Muitas vezes, o fazia até sem o paciente perceber. A
grande maioria de seus atendimentos era feita sem hipnose formal. Ele apenas usava linguagem
hipnótica ou tarefas sutis. Mas os resultados eram sempre muito bons, pois fazia uma terapia
sob medida para cada paciente de uma forma inusitada!
O melhor de tudo é que os pacientes saíam felizes de cada sessão e com algo que se
perpetuava em suas almas, mentes ou o que você quiser chamar. Ele fazia sessões bem
diferentes, mas sempre muito focado na meta que desejava atingir. É fato que na maioria dos
casos, ele não usava hipnose formalmente!
Somente em 10% dos seus casos ele usou dessa hipnose formal. Mas ele hipnotizava
contando estórias, dando tarefas, levando seu paciente para dentro de sua casa e mostrando
algum detalhe que tivesse valor para aquele paciente, fazendo um passeio pela cidade e levando
consigo seu paciente.
Jeff ensina com muita habilidade um esquema básico de fazer terapia sob medida que
descreverei a seguir:
Primeira Parte :
Se você deixar o paciente começar a falar muito você perde o foco do que deseja
alcançar como meta. Por isso, seja breve e pergunte apenas o necessário, tipo:
Qual é o seu problema? Descreva em poucas palavras. Quando isso começou? O que
estava acontecendo em sua vida antes disso aparecer? Alguma contrariedade? Algum acidente?
Algum trauma? Que horas isso aparece? Quando e como?
Após fazer esse breve questionário, que não deve passar de alguns 20 minutos ou meia
hora, você deve iniciar seu trabalho junto ao paciente. Se deixa-lo só falar, nada será feito e o
impacto de uma primeira sessão é muito importante!
Pense numa entrevista em TV, se você for perguntado sobre algo e começar dizendo
desde a origem desse “algo” até o momento, provavelmente sua entrevista será cortada
conforme o gosto do jornalista, que ainda dirá que você é bem prolixo, e não o chamará mais a
dar entrevistas. Além disso, o telespectador nada vai entender do que você queria comunicar!
Um bom comunicador fala nos primeiros minutos de entrevista aquilo que ele deseja comunicar
e ainda dá ênfase. Essa é a dica essencial!
O mesmo acontece numa consulta, principalmente numa primeira consulta! O que o seu
paciente deseja é alívio de seu problema!
Você precisa ser bem objetivo e dar algo de presente já na sua primeira sessão de
terapia. Você precisa comunicar, sendo bem direto e fazendo de forma eficaz o que o paciente
precisa naquele momento. Essa forma mais rápida de ir direto ao problema, já dará algum alívio.
Por isso, é importante esse modelo de terapia. Você faz essa pequena entrevista nos
primeiros 20 minutos. E depois, passa a segunda parte da sessão, que verá a seguir, segundo
Jeffrey Zeig.
Segunda parte:
1- Em uma única frase diga o que você vai trabalhar sobre aquele
problema. Resuma em uma frase, algo que você realmente possa ajudar seu
paciente, dentro daquilo que ele traz como problema. Por exemplo, se ele vem falar
de querer emagrecer, sendo obeso e tendo muita ansiedade. O melhor não é dizer
que vamos trabalhar para que ele coma menos, pois provavelmente, vamos falhar!
Mas você pode dizer que podemos trabalhar com sua ansiedade, que aumenta sua
compulsão a comida; e isso, é o que faremos hoje. Sempre pensar numa meta que
você pode alcançar nesse dia de terapia com alguma técnica que você possui. Diga
apenas aquilo que você sabe que pode conseguir. Assim não vai enganar seu
paciente! Então pense: qual é frase que vou usar...”hoje, nós vamos trabalhar com...”
2 Fazer a Semeadura - Contar estórias de empatia que se pareçam com o
problema que a pessoa apresenta e que houve algum tipo de solução. Pode ser um
citação de alguém conhecido, pode ser uma história de novela da TV, ou sobre um
romance. Essa história de empatia pode ajudar seu paciente a abrir caminho para
possibilidades futuras, e resolver o que hoje, parece sem solução!
Abaixo veja esquema de Zeig sobre o Metamodelo da terapia feita por doutor Erickson.
Nesse esquema breve, Jeff consegue mostrar o que devemos incorporar ao trabalho, montando
as etapas que devem ser feitas em uma sessão de terapia focada na solução de problemas. Se
você conseguir pensar nesse modelo, fará excelentes trabalhos psicoterápicos.
! POSIÇÃO DO TERAPEUTA
Pessoal PROCESSO
Profissional
5a. pergunta:
Como criar um drama ?
1a. pergunta: Que posição eu ou Como criar fluxo?
tomo? Quem sou como
terapeuta? O que eu projeto?
Coração = Compaixão
Chapéu = Papel social
Músculos = Poder técnico
Lentes = Capacidade perceptiva
Sofia Bauer
Demonstração
1. Descrição
2. Analogia
3. Mecanismo do problema
4. Valores
5. Tratamento/solução
6. Relacional
Todos os terapeutas farão três perguntas bem objetivas para o paciente, cada um
seguirá aquilo que começou a ser desencadeado no paciente com sua série de perguntas
até o último colega. Anotem as respostas.
Avaliem e façam uma suposição do objetivo da terapia para este paciente, depois
de pedirem para que ele se ausente por alguns instantes.
1- Redefinir
2- Estória empatia. Semeadura – história que motive o paciente
3- Indução
4- Intervenção principal – história com a solução do problema. Depois tirar o sujeito do
transe.
5- Sugestão pós hipnótica
6- Retirar a pessoa do transe
O que você precisa fazer, é seguir o esquema acima para fazer uma boa terapia sob
medida. Sugiro que treine com alguns colegas esta técnica. Um ajudará o outro com ideias e
metáforas. Um completa o que o outro vai sugerir. Você pode também dividir assim: um faz a
meta, outro faz a semeadura, outro faz a indução , outro faz a intervenção principal com alguma
metáfora, e por último, alguém faz a sugestão pós hipnótica! Caso não tenha companhia, faça
sozinho! Mas esse esquema, deve ser treinado até você conseguir faze-lo sem pensar.
Esse esquema pode ser treinado em todas as sessões de terapia que você vier a fazer
de agora em diante! Pratique, pratique , pratique!
Durante os treinos você ficará mais acostumado a pensar sob medida e com foco na
solução de problemas. Isso sempre fará que aquela terapia do dia seja bem sucedida! Pois com
foco, sabendo que meta você deseja atingir, sempre chegará a um bom final. O cliente fica feliz,
pois você levou-o a alcançar uma nova idéia e um novo rumo, deixando aberto possibilidades
futuras.
Basta você ter em mente que deverá seguir este diagrama abaixo numa sessão de
terapia. Veja como é simples!
Motivação
Diagnose
Terapêutica
Construção
de
respostas
Sofia Bauer
O que teremos será uma sessão de mais ou menos uma hora, onde você faz uma
avaliação do paciente e escolhe qual a meta a seguir. Inicia dizendo ao paciente com o que
vocês vão trabalhar, depois faz a semeadura. A seguir, vem a indução hipnótica ou uma
linguagem hipnótica que leve o sujeito a ficar mais focado em si mesmo. Aí, você vai fazer a
intervenção principal, onde se introduz o que precisamos para ajudar esse paciente a mudar sua
vida! Fecha a terapia daquele dia, com a sugestão pós hipnótica, podendo deixar alguma tarefa,
dica ou gravação do trabalho, para que ele escute outras vezes, ao longo dos dias, até voltar à
próxima sessão.
Trabalho feito sob medida requer foco no que você deseja mudar e comunicar.
Para cada sintoma, você vera que temos uma série de situações que podem leva-lo a
sentir tal coisa. Então é nessa hora, que você se tornará um detetive do bem! Vai procurar
entender o sintoma, o que ele quer dizer, quando aparece ...
Sofia Bauer
Fica para finalizar este capítulo uma sugestão, vejam um filme muito interessante de
Milton H. Erickson de 1979, pouco antes de sua morte, ele ainda dando suas aulas em pequenos
seminários em seu minúsculo consultório em Phoenix , Az. Ele era inusitado para ensinar e vale
a pena você poder vê-lo trabalhando e ensinando nas entrelinhas. Nesse vídeo, você poderá ver
como ele ensinava o que era hipnose, fenômenos hipnóticos, regressão, semeadura, sonhos em
transe, visualizações de futuro e sugestões pós hipnóticas sem dizer que estava ensinando,
apenas praticando!
É um verdadeiro espetáculo poder aprender com Dr. Erickson. Portanto, deixo como
dica, dever de casa ou tarefa, como você preferir aceitar minha sugestão!
Filme de Erickson 1979
Demonstração de Fenômenos
Hipnóticos
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Sofia Bauer
Assim, terminamos este capítulo com um gostoso sabor de aprendizado sob medida...
Você deve estar se perguntando o que é isso? Como uma doença pode ser uma tentativa
de solução de algum problema, causando outro ainda pior?
É isso mesmo, uma doença, um sintoma, são uma forma de tentar alguma solução para
algum problema que não encontramos outra forma de expressão!
Nosso corpo fala sobre nossas emoções com mais força do que imaginamos. Pense nos
exemplos que citarei logo abaixo:
1- Uma pessoa com dor de cabeça, o que ela mais deseja? Ficar quieta,
em silêncio e se possível sem pensar! O que esse sintoma quer dizer ao aparecer?
Fique quieto, durma, pare de pensar!
Dor de cabeça = pare de pensar, durma!
2- Se você tem uma pessoa com pânico, tudo que ela deseja é ter alguém
do lado para protegê-la! Toda pessoa com pânico quer ficar perto de alguém, quer
ter um hospital por perto, ou algo assim. A doença do pânico nos fala que essa
pessoa procura por proteção.
Pânico = necessidade de proteção!
3- Uma pessoa que tem uma hérnia de disco, precisa ficar ereta e quieta
na mesma posição. O que este sintoma quer dizer? Pare, você não aguenta mais!
Deite, descanse, está farta de carregar mais peso do que dá conta! Pare de se
contorcer!
Dor nas costas = descanse, pare de carregar “pesos”.
4- Tique nervoso de piscar os olhos quer dizer que há algo que você não
dá conta de ver. Muito comum em crianças em caso de brigas constantes dos pais.
Tique de piscar olhos = algo que não quero ver.
5- fobia de elevador quer dizer, como uma das hipóteses que não dou conta
de ficar num lugar apertado. Algum dia já fiquei assim, espremido, apertado, agora
aprendi que não posso cair nessa cilada! Ou que não posso ficar onde há saturação
do ar, me sinto mal. Alarme da falta de oxigenação. Muito comum em quem sofre de
pânico.
Fobia de elevador = medo de sentir sem ar, ou preso!
Assim podemos aprender que um sintoma quer dizer algo em especial, que não
queremos ver, sentir. Estamos negando aquele sentimento, mas nosso corpo preserva a
natureza da saúde dos nossos verdadeiros sentimentos. Portanto, o corpo e as emoções
verdadeiras são incorruptíveis! Mesmo que tentamos esconder de nós mesmos, nosso corpo fala
através dos sintomas aquilo que desejaríamos fazer, ou sentir naquele momento da vida.
Quando você consegue responder a tais perguntas você tem a chave da solução do
problema!
Todo sintoma é uma tentativa de solução de problema ou conflito interno entre dois
desejos , geralmente antagônicos.
Exemplo: eu quero ser independente, mas não me sinto pronto para fazer algo sozinho.
Isso pode causar o gatilho que dispara o Transtorno do Pânico.
Outro exemplo: penso demais, preciso parar de pensar. Fico exaurido de tanto pensar!
Dor de cabeça vem como sintoma para fazer a pessoa parar de pensar! Ela se vê obrigada a
não pensar, a não falar, tendo que se retirar e ir dormir, para descansar cabeça pensante!
Veja, basta se tornar um “Dr. House” do seriado americano! Um bom detetive dos
sofrimentos humanos. Logo, você se tornará um especialista em descobrir o que os sintomas
querem dizer. Que atalho é esse que o corpo toma, quando não tomamos um atitude decente
frente aos nossos duplos desejos contraditórios. Ah! Seres humanos! Ganhamos a razão, mas o
coração é quem verdadeiramente manda!
Para se fazer uma boa terapia o terapeuta precisa ser um pouco detetive e investigar as
verdadeiras emoções escondidas lá no fundo de cada paciente. Isso pode demandar tempo,
calma na investigação, mas o principal é a confiança do paciente para entregar o jogo. Pois
sempre será algo muito escondido até dele próprio.
Não que o paciente deseje esconder de si mesmo e do terapeuta. Isso é uma armadilha,
uma tentativa de manter a vida como está e não piorar ainda mais o que já está ruim. Mas
infelizmente, isso se dá de forma subconsciente. Nem mesmo o paciente se dá conta que arruma
um sintoma para manter dois desejos antagônicos agregados. Se soubesse a solução , ele não
faria sintoma.
E não adianta falar : “olha, o que você tem é “X” e precisa fazer “Y” ! Pois isso não vai
adiantar. Muitas vezes, tomar conhecimento gera culpa, mais peso e não muda nada!
O paciente vai se sentir invadido por ser analisado, ou julgado. O melhor é ajuda-lo a
compreender melhor quais emoções vem sentindo e como pode expressá-las! Mudando de
atitude frente aos obstáculos, se tornando mais forte onde se sente fraco, e assim por diante.
Você irá aprender de agora em diante, em cada capítulo, que os variados tipos de
sintomas podem sugerir o que esteja acontecendo com as emoções de cada pessoa.
Apesar dos sintomas como a depressão, obesidade, roer unhas, tiques, ou gagueira,
etc. Cada um pode ter a sua própria causa para aquele paciente.
Um pode ter pânico porque foi promovido, e não está pronto e seguro para dar conta de
cuidar de outras pessoas. Outro pode ter pânico porque esta em época de provas. Mas o sintoma
pânico quer dizer sempre que há alguma desproteção, Você vai procurar onde aquele paciente
que sofre de pânico tem desproteção, e vai ajudá-lo a aprender a dar a si mesmo, tal proteção
necessária!
Se for depressão, ajude-as a sair daquele buraco, daquele sentimento de menos valia,
da paralisação.
Mas algumas mulheres ficarão obesas porque precisam de mais proteção, foram
abusadas quando mocinhas. A obesidade torna-se uma couraça protetora de uma possível
sedução futura.
Em outra, a obesidade vai aparecer após uma traição do marido, como uma forma de
escancarar que ela não é sedutora mesmo!
Outra, por ficar muito deprimida e ansiosa, vai querer comer sem parar, por que perdeu
a auto estima, necessita de serotonina e vai procurar tal serotonina nos carbo-hidratos.
Vamos a mais um exemplo, fobia de avião para um é o medo de ficar preso num lugar
sem poder de lá sair, outro é medo de morrer. Para outro é não ter o controle do avião. Mas
certamente toda fobia, vai falar lá no fundo, de um sentimento de “incompetência” frente alguma
outra coisa que aconteceu há bem mais tempo, talvez até mesmo na infância.
Portanto, devemos buscar cada história de cada paciente para podermos entender onde
está a verdadeira causa do “desvio da vida” feita pelo paciente como “uma tentativa de solução
de problema”!
O que você gostaria de fazer em sua vida e que não está fazendo?
Se houvesse um milagre que pudesse resolver sua vida agora, qual seria?
Bom, depois que você obtiver essas perguntas básicas, terá uma idéia do que essa
pessoa está sofrendo, que emoções estão escondidas. E esse será o caminho de cura. Trazer a
verdade à tona, deixar que essa pessoa possa descobrir novos caminhos para enfrentar os
problemas que até o momento ela teve medo, ou estava presa, sem saída.
É fato, que os sintomas falam de conflitos de dois desejos antagônicos presentes e que
devemos descobrir uma maneira melhor para encontrar uma saída para aquele obstáculo que
gera medo, trava ou empurra para desviar do caminho que deveria ser seguido. Por isso, como
diz Stephen Gilligan em seu Livro “A Coragem de Amar” , que somos eternos desviantes do
caminho!
Exatamente isso, ao invés de enfrentarmos as emoções proibidas, desviamos nosso
caminho do real desejo e criamos um “conflito”, chamado de sintoma. Fazemos de uma outra
maneira aquilo que desejamos de uma forma doente, pouco saudável e acaba por nos deixar
mais tristes do que antes, quando não adoece de tal forma que “mata” nossa rela vida!
Vamos a um exemplo: uma paciente começa a desenvolver uma alergia sempre que vai
trabalhar. Ela gostaria de ter estudado artes e mexer com cerâmica. Mas seus pais lhe disseram
que isso não daria dinheiro. Ela escolhe algo que tenha habilidade com as mãos, que use
“cerâmica” e vai trabalhar como dentista de estética. Mas logo, está raivosa, triste e ao longo do
tempo, sem muita demora, ela desenvolve fibromialgia. Ela fica com tantas dores que não pode
mais exercer sua profissão, e lhe é recomendado que vá fazer algo que goste! Incrível, o sintoma
impede que ela trabalhe como dentista, obriga que descubra uma fisioterapia para as mãos e a
faz sair do trabalho que não gosta! Mas ela fica infeliz, pois não pode exercer sua atividade
profissional, ganhar dinheiro, etc. Quem sabe fará a parte estética, as próteses, se tornará bem
mais feliz! Ou se torne uma artista agora, que está livre para faze-lo! Mas é preciso ter coragem
de descobrir o que seu sintoma te pede e seguir esse novo caminho.
Ora, ajudá-la a descobrir que pode ser uma ceramista de dentes por algumas horas e
gastar outras tantas como ceramista de artes! Ela só precisa do aval dos pais simbólicos que
moram dentro dela! Ela precisa entender que ser artista pode ser em qualquer profissão, dentista,
design, e até mesmo ceramista! Tudo pode com amor. E como se faz tal terapia? Primeiro se
ensina a perceber o que de verdade ela sente, raiva, tristeza, decepção que contorcem seu
braços e cerram seus punhos nesses sentimentos e trazem dor. Se faz técnicas de alívio para
dor, lugar seguro, freeze-frame, e coerência cardíaca para aprender a se dar amor! Depois, se
faz regressão as emoções intoxicantes dos pais através de regressão nas emoções antigas que
a impediram de seguir sua verdadeira trajetória! Aí, se dá permissão através das técnicas do Dr.
Bert Hellinger, para que ela siga seu próprio caminho, abençoada mentalmente por seus pais,
por lhe dar o dom das artes. E assim, se mostra, em uma visão de futuro, que ela pode ser ambas
as profissões em uma só! E por último ensina a relaxar num caminho mais leve fazendo artes
prazerosas em ambas as profissões!
Esse é o caminho da terapia sob medida!
A seguir entraremos nos sintomas, e veremos como eles tem um padrão comum de
desenvolvimento. Caberá a você, como um bom detetive, descobrir nesses padrões com aquelas
perguntinhas básicas qual é a causa do desvio desse paciente, criando um “alter ego” ou vários
“alter egos” que puderam auxiliá-lo nesse percurso da vida, por estar tão intoxicado!
Somos eternos desviantes do caminho, como diz Gilligan, precisamos descobrir que
caminho poderemos seguir, que seja da nossa natureza. Precisamos descobrir, que emoções
estamos escondendo de nós mesmos! A terapia é uma reconstrução do original, devemos e
podemos ajudar nosso paciente a se redescobrir.
A terapia será como uma forma de reconstrução do que já existe, mas está por debaixo.
É mais bonito,. Mais tranquilo e seguirá a natureza de cada um.
Isso é a beleza de ser terapeuta, de fazer as pessoas mais felizes sendo elas mesmas!!!
Eu amo que faço, e digo que sou feliz, a cada dia um pouco mais, por fazer também
alguém mais feliz e mais livre!
Como diz Martin Seligman, dever cumprido e praticar o bem são os pontos cruciais que
mais trazem felicidade e bem estar.
Espero que você possa se sentir fazendo o mesmo por seu paciente.
Vamos aprender sobre cada tipo de sintoma, que pistas eles nos dão, sobre quais
sentimentos estão ali escondidos.
Desde pequeno, a criança vai aprendendo sobre a vida, o mundo, as coisas como uma
pequena esponjinha que suga do mundo os conhecimentos. Assim, vamos desde bem pequenos
aprendendo que o fogo queima, que a faca corta, que a maça é vermelha, que água molha, que
a tomada dá choque, que o palito de fósforo queima e muito mais.
As crianças perguntam sobre tudo. Por que o telefone toca, porque o céu é azul de dia
e de noite quase preto. São curiosos natos. Têm ânsia de conhecer tudo, descobrir tudo. E
desse jeito vão assimilando a vida. Se essas crianças foram criadas em um ambiente de amor e
apego materno, elas terão mais suporte para enfrentarem as dificuldades que certamente
passarão, pois não existe ser humano que não sofre de alguma forma. Mas se por ventura, derem
o azar de nascerem em lares sem amor, ou com muito abuso, serão frustradas em suas
pequenas descobertas do mundo, além disso, não terão recebido aquela proteção básica do
amor necessária como um fermento para se crescer bem!
As crianças vão crescendo e fazendo suas próprias avaliações do mundo, suas crenças
podem ser baseadas no que viram, ouviram ou sentiram. E muitas vezes, farão sentenças
terríveis sobre si mesmas, devido ao que viveram quando pequenas.
Portanto, ainda bem pequenas as crianças criam mandatos sobre seus futuros. Isso é
que traz muitas das doenças na vida adulta das mesmas, como as fobias, a obesidade, o
transtorno dissociativo e muito mais.
Muitas dessas crianças, quando saem da fase da fantasia, onde deixam de existir Papai
Noel, fadas, mundo mágico, super-heróis, a vida , se torna naturalmente difícil par uma criança
amada. Imagina então, a vida de uma criança abusada ou que não foi tão cuidada. Ela vai se
tornar mais afrontada e criará mais doenças para se defender do mundo cruel. Depois dos sete
anos de idade, toda criança cria o juízo crítico, e aprende que pode perder seus pais e passa a
ter medo que isso aconteça. É muito comum que essas crianças nessa idade, procurem
insistentemente seus pais no trabalho através de telefonemas e se estes se atrasam para chegar
em casa, para elas é sempre um martírio. Muitas delas, vão querer dormir na cama dos seus
pais para vigiar se estão vivos mesmo.
Agora, se já tenham algum problema familiar maior, uma mãe deprimida, que não cuida
bem delas, pronto! Essas serão crianças com mais predisposição para adoecerem.
Onde as emoções entram nisso? Aprendemos a nos tornar bonzinhos para termos mais
amor de nossos entes queridos. Se temos raiva, escondemos. Se temos tristeza, escondemos,
se temos inveja, escondemos. Se temos medo é proibido sentir, assim como é proibido ficar triste
ou ter raiva. Desde pequenos vamos aprendendo que algumas emoções não podem ser
demonstradas, devem ser engolidas! Há pais que dizem : “engole esse choro agora! Pare de
chorar”. Imagina que coisa horrorosa essa ordem. Você está impregnando a criança desses
sentimentos que não podem ser sentidos para não perderem seus pais, ou o amor deles.
Se você puder ensine isto aos seus clientes que tem filhos pequenos! Nunca diga engole
seu choro! Eu aprendi isto, enquanto criava meus filhos. Muitas vezes, cheguei a fazer isto, que
remorso. Mas eu não sabia o quanto era nocivo! Mas logo ao saber, ainda a tempo, pude ensinar
que eles poderiam dizer porque choravam e podiam expressar suas emoções. Ainda bem!
Por isso, peço: ensinem aos seus pacientes que tenham filhos pequenos, que falem de
suas emoções.
Portanto, depois de algum tempo, se a criança vai aprendendo que deve esconder suas
emoções negativas, ela vai explodir em outra área aquilo que ficou represado. Porque nosso
corpo não esconde! E será nesse momento, que começamos a adoecer de verdade.
Você verá isso, em cada capítulo a seguir. O que estamos escondendo de nós mesmos?
Quando estamos com raiva, nosso corpo se contorce todo, nossos punhos se cerram,
travamos os dentes, nos colocamos em posição de defesa. Arregalamos os olhos, ficamos com
o coração acelerado. Tudo pronto para lutar contra o “nosso inimigo”.
Quando estamos tristes, ficamos com o olhar voltado para baixo, fechamos o peito,
fechamos nosso corpo na região do coração. Nos preparamos para nos fechar para a vida,
encolhemos como bebes.
Quando estamos com medo, olhamos para os lados, com olhar arregalado, de presa, e
não mais de predador que somos (olhar frontal e focado). Nosso coração acelera, nosso sangue
vai todo para os órgãos vitais, suamos frio. É uma defesa, caso sejamos atacados, podemos
congelar e não perder tanto sangue, até não morrer.
Raiva: trava punhos, mãos, dentes, arregala os olhos, acelera coração. ( fibromialgia,
alergias , doenças psicossomáticas, dor de cabeça, artrite, ATM, bruxismo, torcicolo, dor na
coluna, dores crônicas, etc.)
Tristeza: coração fraco, corpo fechado, choro solto, posição fetal. ( depressão, arritmias,
dor no peito, angústia, fome, compulsão por drogas, álcool, etc.)
Medo: coração acelerado, suor frio, cortisol, noradrenalina, susto, olhar arregalado,
tremor. ( fobias, pânico, doenças psicossomáticas, alergias, artrite, dores crônicas, etc.)
Uma mãe cujo pai é muito “mulherengo”, e vive traindo, diz a filha assim: “homem não
presta, não confie nos homens, eles vão te abandonar por uma melhor! Essa menina vai crescer
pensando que homem não presta, e de verdade, só vai enxergar os homens que não prestam e
ainda se sentirá atraída por eles , confirmando o mandato da mãe.
As vezes, o pai é alcóolatra e bate na mãe. Quando esta está machucada, resmunga
pelos cantos da casa que homem não presta. A filha ouve aquilo e guarda, homem só presta
para bater e judiar das mulheres , não quero me casar! E acaba ficando para titia mesmo!
Também é um mandato, uma crença que limita a vida dessa moça, que ainda jovem já preconiza
que homens não prestam! Coitados dos homens que prestam e querem ter um grande amor,
filhos, família!
Outra crença comum é as mães dizerem: coma meu filho, coma bem para ter saúde!
Você está tão magrinho! Isso caba levando a pessoa a achar que comer é necessário para ser
saudável!
Tem gente que vai ter crença que não sabe ganhar dinheiro, outros que dinheiro traz
infelicidade, que a vida foi feita só para sofrer e assim por diante.
Quando somos pequenos e como uma esponjinha, vamos absorvendo o mundo e seus
conceitos, também absorvemos algumas bobagens como esses mandatos, não porque nossos
pais querem assim! Mas eles falam no intuito de nos proteger do que eles sofreram como trauma.
Mas infelizmente, eles não tem a verdadeira noção do perigo! Estão desviando nosso caminho
de liberdade de escolha na vida, para uma vida já feita pautada no medo deles. E vamos seguir
um caminho desviante do que queríamos de verdade fazer!
Quando você estiver lendo os próximos capítulos irá entender melhor como nosso corpo
fala destes mandatos, crenças limitantes, do medo, da trava que ficamos presos e dos nossos
verdadeiros desejos!
O bom terapeuta ajuda seu cliente a se descobrir e agir como deseja agir em sua vida,
que é diferente de seu pai e de sua mãe, é simplesmente sua!
Assim , só relembrando, nem todo paciente vai permitir que você utilize das técnicas
hipnóticas por vários motivos como: ser controlador, falar demais, achar que não pode ser
hipnotizado, ou que ninguém pode hipnotiza-lo, ou é muito ansioso e não consegue fechar
os olhos, etc. O importante é não forçar seu paciente a fazer uma “hipnose”, algo que ele
tem certo receio sem o mesmo querer.
Se for o caso e seu paciente não quiser fazer uma indução de hipnose, você pode
usar da linguagem hipnótica e fazer as mesmas técnicas com a pessoa conversando e te
acompanhando acordada.
De toda forma, vamos as técnicas mais comuns que usamos sempre em nossas
consultas psicoterápicas.
É sempre bom, antes de fazê-las dizer que você irá fazer um “exercício diferente”
que acalma e faz a imaginação ficar mais aguçada e ajuda que sua mente inconsciente possa
ficar mais aflorada. Não é preciso dizer que vai fazer uma “hipnose” , isso pode amedrontar
seu paciente. Você só dirá que fará hipnose, caso este paciente venha com esta intenção
lhe procurar.
Aí, você pode dizer:
- “Muito bem agora vamos praticar um pouco de hipnose e ver como você
entra em transe e qual os tipos de técnicas hipnóticas farei nos nossos próximos
encontros”.
É bom recordar que a indução pode ser feita a qualquer momento da sessão. Mas
tentamos seguir aquele esquema de Zeig, que mostramos nos capítulos anteriores. Primeiro uma
breve avaliação do dia de terapia, o que faremos com o paciente nessa sessão. Qual será a meta
a ser seguida? Como devemos embrulhar para presente? De que maneira será feita a indução?
Qual modelo de indução é melhor para este paciente? O que faremos como técnica de
intervenção principal? Usaremos metáforas? Quais se encaixariam melhor nesse tema e meta
que quero abordar? E que sugestão pós hipnótica farei? Além disso, terá alguma coisa a ser
colocada como psicologia Positiva durante meu trabalho? Alguma tarefa?
Quando, então, fazemos tais perguntas, podemos ter nossa mente focada naquilo que
vamos trabalhar com nosso paciente e seguir em frente nessa meta. Caso ocorra alguma coisa
que o paciente não goste, por exemplo, do tipo de indução, ou qualquer outra parte, fique esperto
para mudar o rumo da terapia.
Já perdi o numero de vezes, que tive mudar completamente de técnica, pois aquela
indução que imaginei que seria a boa, foi exatamente aquela que o paciente não tinha muita
habilidade. E no caso, simplesmente mudei de técnica e tudo ficou bem.
As vezes, começamos com um simples “lugar seguro” e o paciente diz que não tem lugar
seguro no mundo pra ele, ou que não consegue imaginar isso! Então, vamos para aquilo que é
problema, pois ele insiste em trazer algum problema. Dizemos algo como: “então o que é um
problema para você? “ E usamos tal coisa para que ele descreva o que está angustiando e
fazemos uma técnica baseada nas emoções intoxicantes, a regressão de Gilligan dos sete
passos.
Outras vezes, estamos no meio de algum trabalho, que está até indo bem, quando nosso
paciente resolve se emocionar demais e tem uma “ab-reação”. Ele começa a chorar e reviver
cenas traumáticas. Devemos retirá-lo desse sofrimento e fazer uma terapia específica psicos-
sensorial como coerência cardíaca, para depois sim , trabalharmos em pequenos pedaços toda
cena traumática que foi evocada durante esta sessão. Esse trabalho pode levar meses, não há
pressa ao fazê-lo.
Alguns pacientes são poli traumatizados, e devemos ir devagar ao tocarmos em algo
traumático. Re-traumatizamos quando vivenciamos a cena do trauma novamente, produzimos
mais neuro-hormônios de trauma como a noradrenalina e o cortisol, que fazem mais memórias
de longuíssima duração. Veja capítulo de Gastão Ribeiro sobre trauma.
Portanto, não faz bem ao nosso paciente ficar tendo ab-reações durante as nossas
técnicas hipnóticas!
Lugar Seguro
- peça uma respiração mais tranquila, um pouco mais lenta, mais profunda
e calma;
- peça que se sinta confortável no sofá, poltrona onde estiver;
- peça que se desligue de tudo do lado de fora e fique apenas concentrado
em si mesmo por alguns instantes;
- novamente foque na respiração mais lenta, mais profunda e mais calma;
- então peça que IMAGINE, ou visualize ou apenas pense em lugar muito
especial! Um lugar que chamaremos de seguro! Um lindo lugar onde não há
ninguém que possa vir importunar...esse lugar pode ser uma praia linda e deserta,
ou o alto de uma montanha, ou a beira de um lago ou de uma cachoeira...pode
ser algum lugar que a pessoa já esteve, pode ser inventado ali na hora...dando-lhe
algum tempo para que imagine com todos os detalhes...as árvores do lugar,
arbustos, vegetação, flores, pássaros, canto dos pássaros, a cor de céu, se é de
dia ou de noite, a temperatura do ar...todos os detalhes que lhe vierem a mente.
Mas sempre complete dizendo: que seja um lugar seguro, sem perigo, sem
ninguém para lhe aborrecer...um lugar onde você vai descansar!
- Peça que a pessoa faça um gesto com a cabeça que já está lá. Você
pode, inclusive, perguntar onde ela está, que lugar é este? E depois usar das
palavras que a pessoa descreveu o lugar para continuar sua indução.
- Sempre dando bastante detalhes de conforto e bem estar e usando as
palavrinhas de Dra. Tersa Robles:
confortavelmente...protegidamente...automaticamente... desfrutando e
aprendendo cada vez mais a entrar nesse estado de bem estar!
- Daí em diante fica por conta do trabalho que você irá introduzir!
- Indicação: Técnica protetora (objeto transicional). Pânico, fobias,
ansiedade, tristeza, dor, etc. É usada para induzir o transe terapêutico ou para
fechar uma sessão que se trabalhou com muita emoção assim como a respiração
azul.
- Metáfora: O quadro da paz e Sinos na ilha.
Relaxamento Progressivo:
-imagine que você vai respirar de uma forma nova e inusitada! Pense na cor do céu azul,
limpo, claro, naqueles dias de céu de um azul intenso, bonito...
Você pode associar essas induções acima em uma única indução, ou pode juntar duas
delas, como quiser!
Indicação: para todo o tipo de paciente, inclusive o resistente! Todo mundo respira! É
bom para aliviar o stress, asma, pânico, fobias e para oxigenar as células!
- respiração azul;
- imagine uma nuvenzinha lá do céu de um dia de verão, bem fofinha,
como se fosse um imenso sofá branco e você lá deitado confortavelmente
flutuando no céu, respirando da brisa do céu, de um ar gostos, fresquinho, longe
de tudo, de todos, de todos os pesos, soltando seu corpo e sua mente...se deixe
flutuar e se soltar totalmente...e apenas deslize sobre o céu de confortável e
protegida...desfrutando e aprendendo a se recuperar...dando uma pausa de tudo...
apenas se soltando...flutuando no bem estar...
- de lá você pode ir para um lugar seguro...e...
- Indicação: aprofundamento do transe, aumentar o relaxamento e a
dissociação do paciente. Ótima para crianças.
- Metáfora: Ilha dos Sinos e águia.
- Menino e o carvão;
Indicação: Provar que a mente inconsciente é capaz de fazer muitas coisas por ela
mesmo. Só fazer com pessoas que dão pistas mínimas ideomotoras.
Silêncio
Sonhos Induzidos
- Técnica de respiração
- Técnica de relaxamento
- Aprofunde recontando o sonho tido, as meta mensagens, reconte
ressignificando.
- Peça para que a pessoa se veja no sonho e o modifique
imaginativamente como desejar... Ajude-o a caminhar positivamente.
- Metáfora: Topeira, Ostra, Pérola.
- Vá mantendo o diálogo, são como visualizações simbólicas
imaginativas, siga uma meta para ressignificar.
Distorção do tempo
Indicação: Mostrar como podemos com a hipnose modificar a noção do tempo. Usado
para gratidão, dor, perdão, alimentação, ir ao dentista, etc.
1- Relaxamento progressivo
2- Símbolos – símbolo da dor, do que causa a dor, e de algo que você deu conta
de fazer muito bem como um símbolo de recurso que desmancha o símbolo do que
causa a dor...
3- Cor da dor, luz colorida da dor X cor branca, ou luz branca se misturando a
cor mais colorida da dor ou da luz colorida da dor...
4- Copo de água suja vai gotejando água pura...é uma outra modalidade!
Técnica da cor
1- Pense no seu problema como se ele fosse um símbolo. Qual seria? Descreva os
detalhes. Símbolo A
2- Pense num símbolo, o primeiro que vier à sua mente, que seja a CAUSA DO
PROBLEMA – Qual seria? Dê detalhes. Símbolo B
3- Agora, pare um instante, pense em algo que você conseguiu realizar e foi um
sucesso... (ex: andar de bicicleta, formar).
- Imagine que você tem uma caixinha para guardar lembranças, coisas
antigas, com vários compartimentos etiquetados.
- Coloque dentro de uma gaveta da caixinha essa emoção/ evento...
Feche a caixinha respirando profundamente... Guarde lá no fundo da mente como ALGO
QUE JÁ PASSOU!
- Deixe lá guardado no fundo da mente protegidamente.
Metáfora: A ostra e a Pérola
Eu caio.
É minha culpa.
Saio imediatamente.
Dou a volta.
Muro
- Todos tem uma pele – cerca viva que nos protege dos ventos, frio, calor
- Imagine que você é uma casa e tem uma cerca/ muro como ela é?
Baixa, alta? De tijolos, cerca viva? Imagine com detalhes...
- Tem algum buraco na cerca?
- É fechada demais?
- Agora, respire e se dê um tempo... Você pode modificar sua cerca com
a respiração...
- Respirando e fazendo os arranjos.
Metáfora: A mulher do poço
- Você pode saber o que vem machucando e encontrar uma saída para
não se ferir outra vez.
Metáfora: Ostra e a Pérola.
Repita tantas vezes quanto desejar! Renovando saudavelmente seu bem estar!
Analogia: Chaminé e a fuligem
Técnicas De Regressão:
Alusões
Indicação: usada quando se quer fazer uma regressão à infância sem que a pessoa
perceba. Boa para pacientes resistentes. Quando se quer ter uma idéia da infância do paciente.
Uma vez que o paciente comece a falar, deixe ele ir, explore emoções positivas e se
surgirem as emoções negativas trabalhe com elas...
Indicação: para pacientes que não conseguem se lembrar de seu passado, ou que
tenham passado por algum trauma ou suposto abuso.
Peça pra que tragam antigos álbuns de fotografia, principalmente de quando era criança
e das épocas em sofreu algum trauma. Você verá a diferença até mesmo nas fotos! Pequenos
detalhes são importantes como se está só nas fotos, se está sorrindo em algumas e em outras
não. Quem esta nas fotos junto com seu paciente? Quem falta nas fotos? Será ele que não está
presente? E assim, você irá identificando mudanças que poderá comparar com a linha do tempo,
que deverá ser feita ou antes deste trabalho, na mesma sessão. Você poderá fazer primeiro a
linha do tempo numa sessão, e pedir como tarefa que traga para um trabalho, na próxima vez,
os álbuns de fotografia.
Linha do tempo
Indicação: para pacientes com dificuldade de entrar em transe mas que precisamos
fazer uma certa regressão e descobrir o que houve em seu passado, se há traumas ou alguma
coisa que o deixou preso.
Para pessoas muito racionais, que não acreditam em hipnose, pois pode ser feita em
papel como um desenho. Aliás é maneira que mais prefiro fazer.
Agora vamos fazer um pequeno exercício de investigação da sua história:
Pegue esta folha de papel e nela faça uma linha horizontal ao meio, e nela divida de 7
em sete anos os espaços da folha nessa reta horizontal. Coloque lá acima da linha tudo que for
bom, como numa escala, quanto melhor tiver sido aquela situação, mais alto você a posicionará
no papel como um pontinho de gráfico. Quanto pior , mais abaixo no gráfico essa situação dessa
idade ficará posicionada como um pontinho também.
Isso levará a você fazer uma linha sinuosa por toda a página do papel. Com altos e
baixos. Se você foi atropelado quando tinha 7 anos, colocará lá em baixo no gráfico. Se ganhou
uma bicicleta aos 8 anos e ficou muito feliz, colocará um pontinho lá em cima. Se aos 15 anos
teve uma viagem maravilhosa, colocará lá bem em cima também. Se aos 17 anos tomou uma
bomba na escola, ou foi quando começou a usar drogas e se separou de sua família, coloque lá
embaixo...e assim por diante..
Depois de fazer esse gráfico, converse com seu paciente sobre esses eventos, quais ele
sentiu mais, os quais deverão estar mais baixo do que os outros eventos. Depois você deverá,
no futuro trabalhar com estes dados em outros dias de terapia. Inclusive com o álbum de
fotografia.
Estados de Ego
Indicação: excelente técnica deve ser feita com todos os pacientes sem exceção! Com
essa técnica podemos identificar os momentos em que houve um “desvio do caminho” a ser
seguido, e em que época foi isso. Pois a cada obstáculo que temos na vida, podemos criar um
padrão de “Alter ego” que nos ajuda a resolver aquele tipo de problema, mas nos cria um padrão
de personalidade alterada para nos defender de alguma coisa ou situação. Que devemos então,
buscar através da terapia dos Estados de Ego, entender porque precisamos deste ego auxiliar
nos defendendo e nos comandando.
Peça pra que feche os olhos e se imagine num teatro, onde os personagens que vão
aparecer são partes dele mesmo. Podem vir como figuras interessantes como bailarinas, dona
velha, um índio, um guerreiro, uma fada, um anjo, um juiz, um palhaço, uma puta, um pintor, um
cantor, ou qualquer outra figura que mostre algum aspecto de sua personalidade. Que não há
necessidade de “visualizar”, pode ser apenas imaginando tal personagem entrando em cena...e
que ele irá conversar com tal personagem e saber quando foi que ela apareceu em sua vida,
porque ele está ali, qual é sua função em sua vida?
Você pode dizer assim: “ Deixe me explicar melhor... quando temos alguma situação
difícil em nossas vidas, costumamos, mudar o rumo da vida, ficamos mais rígidos, com um
personagem tipo um policial, que vigia tudo, ou um juiz severo, que nada permite, um velho
rabugento, que resmunga por tudo...mas todos eles querem apenas defende-lo de algo pior
aconteça novamente com você! Por isso, eles começam a aparecer sempre que você está
prestes a entrar numa zona de perigo e aí você fica como um policial, ou um juiz , ou velho
ranzinza...
Preste atenção em você mesmo...tem horas que se sente como um adolescente alegre,
brincalhão, para animar a situação, para ser esperançoso...em outras horas você se torna mais
carrancudo, meio velho rabugento...para se defender também de uma coisa ruim, mas de uma
outra forma...
Com essa técnica, podemos descobrir alguns personagens mais comuns que estão
fazendo parte de sua vida a algum tempo e que você pode entender melhor porque fica daquele
determinado jeito frente a algumas situações específicas. Vamos experimentar fazer tal técnica
agora?”
Você pede para que a pessoa feche os olhos, se imagine no teatro, as cortinas vão se
abrir e lá vem o primeiro personagem, quando ele aparecer pergunte a ele as seguintes
perguntas:
-quando você apareceu em minha vida pela primeira vez? Porque? Qual é sua função
em minha vida? Do que você me defende?
- agradeça a presença dele, e diga a si mesmo, que agora, você entende o que se passa
quando fica assim, aparecido e tomado por essa personagem específica e vai observar melhor
porque ela aparece.
- peça que veja se há outro personagem dele mesmo no palco e faça as mesmas
perguntas: quando, por que, qual é função dele...e agradeça sua presença... mais uma vez você
já sabe porque ele apareceu em sua vida...
-assim, vá fazendo enquanto houver personagens e veja bem as idades quando eles
apareceram, e as funções de cada alter ego.
Você ira usar muito destes alter egos durante toda a terapia de seu cliente. Ele fica
nesses estados sempre que se toca em algum ponto vulnerável...e quanto mais alters
aparecerem mais traumas e stress essa pessoa passou!
Associe o que viu com a linha do tempo e com o álbum de fotografia. Você terá muitos
dados se cruzando nessas fronteiras.
Você poderá ver detalhadamente esta técnica excelente no livro A Coragem De Amar de
S. Gilligan.
Indicação: ótima técnica para todos que se emocionam quando falam de seus sintomas!
Fazer com todos eles! É indicada como a melhor técnica de regressão, mais simples, mais eficaz
e segura. Leva direto ao momento exato do que traumatizou essa pessoa, causando os sintomas
que ora aparecem.
Existem outras técnicas que você poderá meu em meu livro de induções feitas
integralmente para serem usadas com seus pacientes, muitas técnicas!!!
Indução Zen, Indução Budista, Cabala, Mudança Aceitação, Lei da Atração mais
completa, Limpando suas diferenças com seus pais ( modelo Bert Hellinger), Técnica do Perdão,
Ressignificando suas Habilidades, Curando seu Corpo, Técnicas de compulsão para obesidade,
parar de fumar, etc. Veja o Livro de Induções.
As técnicas com crianças você verá num capítulo a parte. Escrito sob medida para quem
trabalha com crianças. Além das técnicas você verá também desde a consulta com os pais, a
primeira entrevista, a devolução ao s pais e o trabalho como deve ser feito com a criança e sua
família.
Relembrando as Metáforas
Para se fazer uma hipnoterapia ao modelo de Dr. Milton H. Erickson, é preciso aprender
a contar histórias durante o processo de terapia.
Erickson dizia que quando você quer que alguma pessoa preste atenção a algum recado
que você queira dar, é só lhe contar uma história que contenha a saída para o problema pelo
qual aquela pessoa está passando. Pense se você está com um problema em seu carro, e
alguém na mesa começa a falar que levou o carro na oficina X e , o mecânico era tão bom, que
resolveu o problema. Você já quer saber quem é o cara, qual é a oficina X e qual foi o problema
que o carro dele teve para consertar o seu. Se você está com problemas com sua empregada e
fica sabendo de uma amiga que tem uma ótima empregada, que a irmã dela está procurando
emprego, já se fica de antena ligada!
Acontece o mesmo quando contamos uma história, onde o conteúdo, tem alguma saída
para o problema de quem estamos cuidando. A pessoa fica antenada na solução que aconteceu
na história narrada e pega aquela idéia para si.
Por isso, usamos a metáfora como uma forma indireta de dizer aquilo que o nosso
paciente precisa ouvir, como um novo caminho, uma saída digna e mais fácil para seus
problemas.
Você não precisa usar em todas as vezes que fizer hipnose, e com pessoas
extremamente concretas, que não conseguem simbolizar o que aquela história quer dizer.
Também tem pacientes, que não têm paciência para ouvir “historinhas” como eles próprios
dizem. Por favor! Não as use!
Abaixo, segue um breve esquema de como você deve usar as metáforas no seu trabalho
hipnótico.
Conceito de Metáfora:
“Consiste em dar à coisa um nome que pertence a outra coisa qualquer” ( Aristóteles)
Conceito de Analogia:
- A- Estórias prontas;
- B- Estórias inventadas.
Para todas elas devemos sintetizar o problema – O que eu desejo comunicar?
A- Buscar a meta:
Depressão –( De – Pressão)
- Evitar Pressão
- Descanse
E- Eliciar os recursos
F- Sugestão Pós-Hipnótica
Problema – De – pressão
Esgotamento
Cansaço
Solução – Pressão
Descanso
Recuperação da energia
Estórias – Formiga
Ostra/ pérola
Mulher/ pássaros
Onça enjaulada
Falta de ar
Exigências demais
Descanse
Auto proteção
Jardim do rei
Vasos imperfeitos
Rituais de Proteção
Pânico
Doença: Pânico : a pessoa necessita de uma companhia, um amparo, sente que não dá
conta sozinha. Vem o desamparo.
Ansiedade
Problema – Inquietação
Trabalhar demais
Preocupação em excesso
Auto exigências
Cansaço
Remodelar o tempo
Descanso
Lugar perfeito
História do sino
Fobia – incompetência
Golias e Davi
Sansão e Dalila
Arvorezinha cortada
Furacão e a árvore
Câncer
Campo de futebol
Formiga e a árvore
Vitiligo / Psoríase
Tijolos e o muro
Campo de futebol
Acabamos de ver um esquema completo de como montar uma metáfora sob medida. O
importante é você fazer alguma história que traga embutida nela a solução do problema. Mas
lembre-se que não há histórias prontas para problema X ou Y! Procurei mostrar nos exemplos,
apenas como é que se faz um sintoma e através dele, como se busca uma solução contando
uma história.
Por isso, nunca busque uma história pronta para algum problema! Sempre pense por
que essa pessoa pediu socorro com esse sintoma específico? O que ela busca de ajuda para
seu conflito interno e inconsciente. Pois já vimos que, podemos ter um mesmo sintoma , dor de
cabeça por exemplo, e no entanto o motivo que a causa ser bem diferente para cada pessoa! A
dor de cabeça o faz parar de pensar, mas precisa parar porque esquenta a cabeça com tudo,
outro por que tem raiva demais, outro porque fica muito tempo sem comer.
Metáforas prontas para problemas nem sempre vão trazer a ajuda certa. Ponha sua
cabeça para funcionar e veja qual metáforas das prontas que existem pode combinar melhor
com o problema daquele seu paciente, que contenha uma saída para o problema, sintoma, que
essa pessoa sofre no momento!
Assim , tenha coragem , ouse, invente histórias caso tenha facilidade. Misture duas ou
três histórias diferentes e crie uma nova.
As histórias em si podem ser de uma banal analogia com algum fato, coisa, ou mesmo
uma historinha de conto de fadas, até algum conto lindo! O que importa é levem nelas uma
mensagem embutida com algum novo caminho para esse paciente.
Normalmente, quando a metáfora serve ao paciente, ele irá comentar depois, ou naquela
sessão mesmo.
Assim, agora, você já tem material suficiente para poder ver em cada capítulo a seguir
como os sintomas têm coisas em comum, onde podemos atuar e ajudar muito com a hipnoterapia
e com as técnicas psicossensoriais.
Divirta-se!
5- Doenças Psiquiátricas
Considerações Gerais
Além disso, que logo que você souber qual é o quadro psiquiátrico a ser tratado, que
você faça a PSICOEDUCAÇÃO.
Psicoeducação é uma palavra usada por um psiquiatra chamado Akiskal. Ele acha que
todos os pacientes e familiares de pessoas que sofrem de depressão, transtorno Bipolar, pânico,
TOC, TDAH, ou outra qualquer, devem ser educados sobre o que tem.
Os familiares, inclusive, por vezes, têm uma imensa antipatia de ter que cuidar de
pacientes com estas doenças. As mesmas não aparecem em exames, mas tiram muito da função
laborativa, social, relacional e adaptativa.
Os pais , ou os filhos não entendem porque a pessoa não consegue fazer suas funções
normais e ainda os criticam por isso. Mas dependendo do caso, podem ser considerados
verdadeiros aleijões emocionais que ocorre na vida destes pacientes.
Diogo Lara tem um ótimo livro que se chama “Temperamento Forte e Bipolaridade”, onde
ele explica muito bem sobre esse problemas. Além disso, você pode ver meu livro “Para
Entender a Depressão” ou “Para entender O Transtorno do Pânico”.
DESORDENS DE ANSIEDADE
Tendência ao aceleramento de ações, preocupações. Pessoas exigentes,
querem sempre mais e melhor, procuram por aprovação dos outros: “Não sou tão amado, se eu
for o que imagina que o outro deseja, posso ser mais amada”. Só que o outro não vê, não percebe
e assim se fecha um ciclo vicioso. A procura do amor no outro faz com que o ciclo se perpetue.
Como diz Teresa Robles, em sua teoria do “Devo Ser”, agradar ao outro não ajuda, só piora. A
única saída é descobrir o que se deseja ser e aprender a si amar em primeiro lugar; independente
de ser o melhor ou não. Você é o que você é, e está muito bom, pois ninguém é perfeito. Portanto,
é necessário, nestas patologias, evitar o perfeccionismo.
O segundo problema comum entre estas patologias é insistir em ter que dar
conta do que não se dá conta. Isto traz sobrecarga, a PRESSÃO, e o sujeito passa a sofrer de
DE-PRESSÃO. Se trabalharmos o PARAR para MUDAR de vida, haverá um grande alívio. Vai
sobrar serotonina (o neurotransmissor do bem) para muitas outras atividades.
Por isso, fique alerta em colher dados sobre os familiares. Você pode começar
cedo um trabalho preventivo de mudanças de atitudes e prevenção das crises tanto de ansiedade
como depressão.
E dependendo do caso, saber que já, na primeira crise depressiva, você iniciará
tratamento medicamentoso
Visto tudo isto, gostaria de ensinar a vocês técnicas hipnóticas que nos tem
ajudado muito a resolver a ansiedade, as fobias, o pânico e depressão. Mais a frente voc6e verá
as técnicas Psicossensoriais descritas por Gastão Ribeiro.
Costumo primeiro averiguar a necessidade de medicação, pois sabemos que
nestes quadros o alívio do sintoma ajuda a mudança de atitude, a aderência ao tratamento
psicoterápico. Assim, peça uma interconsulta com um psiquiatra para que ele avalie isso para
você. Sabe-se que muitos destes problemas necessitam de medicação. Como cuidar de uma
pessoa em franca depressão, sem os remédios que recuperam o nível de serotonina? Fica difícil
tratá-la só com a psicoterapia. Portanto, sempre recomendo que encaminhem seus pacientes
para uma avaliação psiquiátrica.
ANSIEDADE
RÉMEDIOS
ÁREA TÉCNICAS
SINTOMAS NA/SE/DA
CEREBRAL Ansiolíticos Antidepressivos HIPNÓTICAS
DEPRESSÃO
RÉMEDIOS
NA/SE/D ÁREA TÉCNICAS
SINTOMAS
A CEREBRAL Ansiolíticos Antidepressivos HIPNÓTICAS
NA tratamento:
Regressão
formiga
Perdão
Feridas
(Teresa)
Reconstruindo
História de vida
projeção de
futuro
FOBIA
Dispnéia em tratamento
Dessensibilizaçã
o
Projeção futuro
Técnicas
Psicosensoriais
PÂNICO
Despressurizaçã
o
Projeção de
futuro
Técnicas
psicossensoriais
Técnicas Hipnóticas:
Passar a vocês a idéia do que eu faço. Cada caso é único e deve-se fazer uma
terapia única, de uma maneira especial, entrando pelo sintoma e saindo pela solução.
Antes de mais nada, vale saber que podemos empregar regras básicas e
técnicas comuns, mas fazermos um trabalho bem diferenciado.
Procure ver sempre o sintoma como aliado, ele traz a sombra, a verdadeira
vontade que está escondida lá dentro do sujeito. Por ser uma polaridade ao que o sujeito acha
que deve ser, o indivíduo fica preso em conflito psíquico. A única maneira de vir à tona é como
SINTOMA.
Assim, todo sintoma é um caminho que fala de um desejo real que não pode ser
ouvido: pânico, fobias e depressão nos diz algo do tipo:
- Pare
- Descanse
- Não faça pressão
- Aprenda a tomar fôlego primeiro
- Divida tarefas
É como se fôssemos fazer um “personal coach”, colocando a vida da pessoa em
primeiro lugar.
Você deve ter observado que isto é bem parecido com o “tratamento limpeza”.
Mas ele é mesmo! A ansiedade é a base onde vai surgir as fobias, o pânico ou a depressão.
Nas fobias - Freud estava correto quando disse que a fobia é um deslocamento
de um sentimento difícil (raiva, tristeza, medo) em relação a uma pessoa querida. As fobias, em
geral, acontecem em pessoas dinâmicas, aceleradas, competentes. Mas que guardam algum
sentimento de menos valia ou raiva ou frustração da infância ou adolescência. No decorrer da
vida, alguma situação destas da infância gera um trauma, em que um sentimento fica recalcado
dentro do inconsciente. Com o decorrer dos anos, na vida diária, qualquer situação na qual esta
pessoa possa vir a ser cobrada de alguma postura (competência, sucesso, bom desempenho)
serve, então, como disparador da fobia a ser instalada. De uma fobia de avião à fobia social.
Portanto, para a cura das fobias necessitamos fazer a regressão. Eu gosto da
técnica de Stephen Gilligan de Self Relation. A pessoa volta à cena traumática, através das
sensações físicas (das memórias dependentes de estado de stress).
Quando conseguimos que o paciente fóbico volte a cenas nas quais ele ficou se
sentindo desprezado, incompetente ou frustrado, ele pode trabalhar o trauma. A criança que
ficou presa na emoção se liberta da fobia. Volta a se sentir um vencedor.
Como tratá-lo?
- Protegê-lo
- Mostrá-lo como controlar o bem estar - ser perfeccionista em
diminuir tensões.
- Incentivá-lo a fechar a percepção ao mal estar.
- Propor-lhe a mudança de postura: dar menos conta de dar conta.
O que é pior na vida de um ser humano do que não conseguir controlar sua mente de
pensar negativo, não ter mais ilusões, ver o futuro de forma negra e não ter vontade de fazer
nada?
A terapia será sempre bem vinda na vida destes pacientes que buscam algum consolo
para sua mente, alma e corpo. Nós precisamos nos adaptar, entender e nos capacitar melhor
para atender tais pacientes. O que é pior, essa maldita doença nunca vem só! Como já vimos
pode vir acompanha da de outras moléstias do sistema nervoso central, como TOC, TIC, TADH,
compulsões, etc.
Nosso empenho como terapeutas é ajudar que essas pessoas se adaptem melhor a vida
e deem sentido ao seu futuro mesmo que vida doa para se viver.
Na terapia ela vai aprender a ver a vida com outros olhos, numa lente mais otimista de
se viver. E você será o responsável em ajuda-la nessa transição que leva algum tempo para
acontecer.
Mas até lá, quando se fala em medicação psiquiátrica, a coisa fica feia! Pois é...
Ah! Medicina precisa evoluir, estamos a caminho, mas de forma lenta para quem sofre
da doença.
Como psiquiatra, sofro junto com meus pacientes, pois as medicações nem sempre dão
certo de primeira vez, quando não só darão certo lá pela décima tentativa e erro! Os remédios
são necessários, precisamos convencer nosso paciente disso, pois mesmo que ajude só um
pouco em torno de 40 a 60%. Isso já traz muito alívio e qualidade de vida! Tira o paciente de
dentro de casa, o faz voltar ao trabalho com dignidade, elimina o pensamento negativo que o
atormenta e muitas vezes tiras as idéias suicidas.
Precisamos como terapeutas ajudar nossos pacientes a entenderem que vão precisar
dessa medicação como aliado importante, mesmo que traga efeitos colaterais indesejados, mas
é melhor do que uma vida paralisada!
Segundo, é uma doença crônica. Ainda não se descobriu a cura deste mal. Ela vem em
crises, que podem começar na infância com sintomas de hiperatividade ou desatenção,
irritabilidade ou insônia. Ou pode começar jovem adulto entre 17 a 25 anos, numa grave crise de
depressão, ou com suas comorbidades: pânico, TOC, TIC, TDAH, compulsões. Mas certamente,
haverá novas crises depois desta primeira que pode inclusive passar desapercebida num
primeiro momento como uma coisa normal, após um término de namoro, um repetição de ano,
etc.
Terceiro, ela é cíclica! Como doença crônica , significa que voltará. Mas ela também é
cíclica, ou seja, vem e depois desaparece! Pode desaparecer sozinha sem medicação nas
primeiras crises. Mas com o passar do tempo, ela não mais irá embora se não for medicado.
Quarto, deve ser medicada o quanto antes para evitar novas crises, e até onde a
medicina conseguiu evoluir nesse momento, é necessário uso contínuo da medicação que a
pessoa se adaptar. Isso é importantíssimo! Para que as medicações possam surtir melhor efeito,
é melhor não interromper o tratamento porque ficou bom! Não é como ter uma inflamação na
garganta, e tomar o antibiótico por aquele tempo determinado. Uma vez, ficando curado pode
parar!
Se os sintomas persistirem podem ser duas coisas: remédios mal adaptados ao caso,
ou diagnóstico mal feito. Não é fácil acertar a medicação de cara! Ou pode ser que este paciente
sofra de uma depressão refratária , de difícil tratamento que não se cura nem mesmo com as
medicações corretas. Existe uma gama de pessoas que mesmo usando dos melhores
medicamentos, tem pouca ou nenhuma melhora. Mas sem eles, ficariam bem piores!
Tipos:
Depressão reativa:
Pode ocorrer em qualquer idade. Comum nas pessoas acima dos 40 anos, devido
ao desgaste da vida diária. Geralmente já eram pessoas que apresentavam um quadro de
ansiedade como TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizado), ou uma leve depressão que
passava despercebida.
Distmia:
É considerado um quadro de depressão mais suave, onde a pessoa apresenta um
mau humor constante, irritabilidade e este estado é permanente. Está sempre reclamando
de tudo, brava com todos, e quem está por perto “pisa em ovos” para lidar com o mau humor
deste distímico!
Depressão Maior:
É aquela que apresenta todos os sintomas maiores como desânimo, tristeza
profunda, falta de esperança, falta de desejo, idéias suicidas, isolamento, etc. Pode ser parte
do quadro do Transtorno Bipolar; ou apenas como um quadro depressivo grave. A doença
é recorrente; vem em ciclos ao longo da vida e cada vez que retorna vem um pouco pior e
demora mais tempo para ir embora. Além disso, ela ao longo do tempo, vai deteriorando o
cérebro e esta pessoa vai perdendo sua capacidade cognitiva, de fazer as coisas que antes
fazia. Muitos vão reclamar que já não dão conta de ir ao banco, ao supermercado, de saírem
sozinhos. Por isso, o cuidado em fazer logo o diagnóstico, educar para se tomar a medicação
e evitar mal maior no futuro como essa inadequação a vida cotidiana.
Depressão atípica
Essa modalidade de depressão como o nome já diz é diferente. Ela é mais intensa,
mais severa e tem sintomas atípicos, como inquietação e insônia. Essa depressão costuma
não melhorar com o uso apenas de antidepressivos. É preciso fazer o mesmo tratamento que
se faz para o TB (transtorno bipolar). O uso do lítio ou moduladores de humor se fazem
necessários na maioria dos casos. E na maioria das vezes, faz parte do espectro bipolar. Por
isso, são sintomas mais graves e tão difíceis de melhorar.
O espectro bipolar pode ser um diagnóstico, como uma modalidade entre depressão e
bipolar.
A pessoa se lembra bem dos episódios depressivos, mas quando está em euforia, ou
numa pequena mania (Hipomania), não consegue perceber o fato. Dessa forma, ela leva ao
psiquiatra somente o relato dos fatos que acontecem quando está bem deprimida e não se
lembra de contar o outro lado da moeda. Quando ela fica meio eufórica, alegre demais, muito
falante, sem sono, com excesso de atividades, muito sexo, muitos gastos, idéias magníficas e
muito mais que veremos mais a frente.
Além disso, essa doença pode não vir sozinha, mas acompanhada de outras doenças
mentais como pânico, fobias, TDAH – Transtorno de Déficit de atenção e Hiperatividade, TOC –
Transtorno Obsessivo, TAG – Transtorno de Ansiedade Generalizado, etc.
Quanto mais informações o paciente passa ao médico psiquiatra, mais preciso ele pode
ser com a medicação e diagnóstico. Pois é necessário medicar sob medida! Nem sempre os
médicos acertam de primeira nas medicações prescritas aos seus pacientes por falta de algumas
informações básicas como:
-ditúrbios do sono;
-irritabilidade;
-pavio curto;
-gastos compulsivos;
-manias;
-pensamentos ruminativos negativos;
Fique atento a tudo que leu até agora, para que você possa ensinar seu paciente a expor
ao psiquiatra, tudo mesmo que já aconteceu. Além dos hábitos que o seu paciente vem
praticando nos últimos tempos, que antes não faziam parte de sua rotina.
Talvez se todo paciente fosse minucioso em contar tudo que acontece com ele, os
diagnósticos poderiam ser mais precisos. Mas infelizmente, os próprios pacientes não enxergam
o que estão apresentando e não sabem falar disso. É muito bom, quando eles vêm
acompanhados de familiares, que fazem um relato mais minucioso exatamente do que
precisamos para fechar um diagnóstico e medicar sob medida. Se voce achar necessário, deve
e pode chamar os mesmos com autorização do paciente. E também pode pedir que eles possam
ir a consulta médica também.
Pergunte sempre se o paciente tem tais características. Peça que procure o médico
psiquiatra logo que puder, caso apareça alguns dos sintomas citados!
Transtorno Bipolar:
Características do TBH
3. Quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, melhor será sua evolução.
12. Quando não é tratada, causa grande impacto na vida do paciente, da família
e da sociedade, ocasionando prejuízos freqüentes e irreparáveis na saúde, na reputação
e nas finanças do indivíduo, sem falar no sofrimento psicológico e físico, o que
compromete à qualidade de vida do portador, da família e dos amigos.
Tudo isso que você viu acima nos faz crer que essa é uma doença grave e
realmente requer nossa atenção e cuidado! Se você tiver um paciente ou algum parente
ou amigo ajude a alertá-lo das conseqüências para sua vida, caso não seja tratado.
8. Idéias grandiosas.
Três ou mais dos sintomas aqui relacionados devem estar presentes por,
no mínimo, uma semana.
3. Inquietação ou irritabilidade.
Se o paciente tiver alguns dos sintomas citados acima, e eles perdurarem pelo
tempo mostrado no texto, por favor, encaminhe ao psiquiatra! Talvez ele esteja
sofrendo de TB e precise ser medicado!
Se tornem bons detetives como Dr. House, do seriado americano, que faz
sucesso exatamente porque busca pistas em tudo que vê do paciente e vai juntando
para ver se confirmam as hipóteses. Assim, você como bom terapeuta deve ir juntando
os fragmentos de histórias contadas e ver se emendam umas nas outras. Caso não,
chame os familiares, pois deve haver algo errado aí. Lembrando que são famílias
disfuncionais também e merecem ser tratadas!
Fazer hipnoses básicas para ver como entra em transe, lugar seguro,
respiração azul, relaxamento progressivo, coerência cardíaca com freeze-frame,
indução da fada cor de rosa, luz curativa e outras que desejar. O intuito é ver como seu
paciente entra em transe, se entra em transe, se coopera ou não. Se não relaxa. Se
não gosta de fechar os olhos ou receber comandos, se acha monótono. Como ele sente
a indução.
Depois de saber se ele gosta ou não das hipnoses, você pode traçar um
planejamento de ação.
Para aqueles que se adaptarem bem ao transe fica mais simples é só seguir o
esquema abaixo:
Indução das fadas do cérebro ( para quem toma medicação) + ilhas do sino +
jardim do rei
A pessoa deprimida fala com sua depressão que ela esta precisando PARAR!
Muitas pessoas por ficarem desanimadas fazem uma leitura através do cérebro
que falta glicose, que estão fracas e aumentam a ingestão de carboidratos (pães/ doces/pizzas/
etc...). Outras procuram o precursor da serotonina, um aminoácido chamado triptofano que existe
nos chocolates. A pessoa passa a ficar viciada em chocolates. Isso não adianta. O problema
esta na célula que vai transformar o triptofano, ela não esta fabricando a serotonina mesmo tendo
a matéria prima.
- Respirações
- Oxigênio/ escudo de luz colorida
- Ar azul
- Relaxamento
- Lugar seguro
- Técnicas Dr. Epstein – Imagens que Curam
- A Cura egípcia
- A nuvem cor de rosa (Teresa Robles)
- Feridas - Teresa Robles
- Raiva/ Culpa – Limpeza através de técnicas para limpar ressentimentos
como “o palco”, “pedir licença para ser feliz”.
- Linha do tempo
- Estados de ego
- Regressão aos traumas
- Limpeza de traumas com PRI
- Coerência cardíaca e limpeza das cenas de traumas
- Bert Hellinger e licença pra ser feliz
- Visualização de futuro
- Lei das atração
- Planejamento de metas
5- Depressão Ansiosa
- Freeze Frame
- Respiração
- Observar o aqui e agora
- Progressão de futuro
- Mapeamento do futuro
- Induções rápidas de cinco minutos Linha do tempo
- Estados de ego
- Regressão aos traumas
- Limpeza de traumas com PRI
- Coerência cardíaca e limpeza das cenas de traumas
- Bert Hellinger e licença pra ser feliz
- Visualização de futuro
- Lei das atração
- Planejamento de metas
6- Tratamento de cura
Progressão
A psicoterapia breve enfoca o alívio do sintoma e busca quais seriam os fatores que
levariam uma pessoa a ter que usar deste artefato (o sintoma) para aliviar seus conflitos.
Com estas perguntas saberemos qual é o ponto de tensão. Vamos aliviar este
ponto de tensão/ sofrimento. E com isso a dor desaparece!
Muitos de nós aprendemos que não é bonito nem tampouco educado sentir raiva
e que deveríamos “engolir o choro”. Aprendemos a engolir nossas emoções de raiva e de mágoa;
assim elas se acumulam no corpo, em especial nas articulações e músculos. “Estou tenso,
enrijeço! Estou com raiva, endureço, travo os dentes, travo meus músculos!” A raiva acumulada
transforma-se em ressentimento que contribuem para o aparecimento de doenças como artrites,
miosites, fibromialgia até câncer.
A hipnose vai nos ajudar de algumas maneiras. Uma delas é ensinar esta pessoa
a se soltar, através do relaxamento progressivo, do flutuar em nuvenzinhas, do respirar colorido.
Uma outra é criando um lugar seguro e de paz imaginativamente, onde esta pessoa pode ficar
quieta, sem estímulos recuperando seu bem-estar, suas energias. E por último, a regressão com
a limpeza dos momentos de raiva represados nos músculos e nos tendões que podem ser
aliviados se trabalhando a essência daquilo que causa o sintoma. Neste ponto, se trabalha o
perdão, uma nova promessa de vida, um novo projeto de vida. Uma vida nova.
Técnicas Hipnóticas:
Temos várias técnicas que você pode escolher. Técnicas de respiração, técnicas
de relaxamento, técnicas de imaginar coisas agradáveis, como ditas logo á cima nesta apostila,
podemos usá-las para inúmeros transtornos, precisamos apenas transformar sobre medida cada
uma delas.
O ponto básico é descobrir o que está TRAVANDO a vida deste paciente. O que
faz este paciente viver guardando a raiva no corpo, transformando-a em tensão.
O principal é ajudar o paciente a entender que podemos mudar nossa vida onde
ela se travou!
Você pode se permitir, neste momento, receber algum alívio pelo sofrimento que está
passando...
Se dê alguns minutos para poder trabalhar de um jeito budista com seu sofrimento...
Apenas respire... Tome fôlego... Deixe o ar entrar e sair... No ar que respira apenas sinta
a vida fluindo... As mudanças constantes a cada minuto ocorrendo em sua vida... Pois tudo muda
a todo instante, até mesmo o que estiver machucando você... Pois tudo passa! TUDO PASSA!
NADA DURA PARA SEMPRE NESTA VIDA!
Enquanto você vai respirando, respirando... Deixando o oxigênio trazer vida para você...
Vai também com a respiração tomando o fôlego que você precisa agora na sua vida para passar
por este sofrimento e vai se lembrando da IMPERMANÊNCIA NATURAL da vida como sua
aliada... Tudo muda!
Respirando e soltando... Cada vez que respira sente a vida fluindo... E vai observando
com carinho seu sofrimento...
O que aflige você? Como isso perturba você? Que tipo de sentimento aparece? Tristeza,
raiva, impotência, o que é? Que tipo de dor física isto traz...
Os budistas dizem que há dois tipos de sofrimento, o sofrimento inútil que não Leva a
lugar algum, só traz mais dor... e o sofrimento útil... Aquele que a gente sofre, encara e passa
pelo obstáculo que deve passar...
O primeiro passo budista é encarar nossa dor e aceitá-la por mais difícil que seja. As
pessoas pensam que o melhor é evitar o sofrimento ignorando-o ou negando-o. Mas
paradoxalmente, quanto se tenta ignorá-lo, mais desconfortável a vida se torna. Mas se você
enfrentar aquilo que não está bom, você pode resolver a situação com sofrimento é claro! Mas
um sofrimento útil! Aquele sofrimento apenas necessário para que você mude alguma coisa...
Dalai Lama dizia: “Se você confronta seu problema diretamente, você fica numa posição
muito melhor para apreciar a profunda natureza do que te faz mal...”
Que tal parar por um momento... Respirar e buscar aquilo que machuca você hoje...
Apenas observe, sinta... Enquanto eu vou lhe contando sobre o que Buda descobriu
sobre sofrimentos...
Ele diz que para podermos nos livrar dos sofrimentos devemos reconhecê-los, ver suas
raízes, ver como podemos lidar com eles e acharmos uma nova forma de passar este momento...
Os sofrimentos são universais e de acordo com Buda podem ser de seis tipos:
QUARTO: A presença constante do medo da morte faz parte da vida... Todos teremos...
Também devemos apenas aceitar que temos medo! Faz parte do estar vivo. Melhor é viver e
bem!
QUINTO: Através da vida nós sofremos quando estamos envolvidos em alguma coisa
que não gostamos... Isso é natural, faz parte da vida este sofrimento...
Seu sofrimento pode estar dentro de um desses seis sofrimentos básicos... Faz parte da
vida sofremos também...
Mas a sabedoria budista nos mostra a saída... Ao invés de evitá-los podemos enfrentar
estes momentos tendo como aliados a lei da IMPERMANÊNCIA... Que na vida tudo passa e
mudar nossas vidas! Tomando uma nova direção, um novo posicionamento frente ao que estava
estacionado/ travado...
...Assim você pode acreditar... a lei natural da impermanência é seu aliado agora... Pois
nada dura para sempre... Nós desejamos manter as coisas boas e assim criarmos a ilusão de
que elas podem durar para sempre... O segredo?! É mudar com a impermanência e sempre
mudar e transformar para melhor... E se você vai entendendo isto agora, você pode começar a
se mover para ter mais alegrias...
Vamos começar a limpar de um jeito budista a tristeza, ou a raiva ou a dor pela qual você
passa agora...
Comece contemplando a impermanência pensando sobre as muitas mudanças que
ocorrem à sua volta... Por exemplo, rever um amigo que você não via há anos e perceber as
notórias mudanças na aparência dele... Ou perceber sua vizinhança... Casas... Prédios... Como
tudo vêm mudando nos últimos 10 anos...
Vai expandindo seu pensamento sobre mudanças... Pense como o mundo mudou nos
últimos 100 anos... Carros... Telefones... Computadores...Aviões... Pense sobre 200 anos atrás,
500 anos ou mais de mil anos... E veja como a terra se transformou ao longo desses anos todos,
e agora pense como você estava há 10 anos atrás, ou apenas há 5 anos ... Imagine, então, como
tudo muda, como você estará nos próximos 5 anos e depois daqui há 10 anos e mais 10! Tome
uma atitude, mude! Faça alguma mudança para frente! Você pode começar já!!!
Enquanto isso... Se deixe ir... Através da impermanência contando a sua mente mais
profunda... a sua sabedoria... que você já está mudando... seu processo de mudança já
começou... e talvez você tenha uns instantes para rever o que você pode evitar... Que caminhos
alternativos você pode se dar... AMAR A VOCÊ EM PRIMEIRO LUGAR! Se cuidar... Mudar as
leis rígidas que prendem você sem saída... e ver que há algum caminho... Algum atalho! E você
vai descobrir que encarando este sofrimento ÚTIL, você vai descobrir o que de verdade te faz
mal... e aí sim poderá mudar!!! Busque ajuda! Alguma coisa, alguém que possa te ajudar a
descobrir saída... Às vezes, precisamos primeiro sofrer para depois colher o que é bom... Isso
pode significar abandonar alguém, alguma coisa de valor... Renegar algo que aparentemente é
bom... Mas lembre-se esta machucando você... Ou algo que parece bom, mas lhe traz muita dor
depois... Aprenda a evitar isto... Abrindo um novo caminho... Um caminho de força e coragem
onde o que é bom vem para frente... Acredite, se você plantar direitinho, o que é bom, chega!
Então pense! O que traz sofrimento para você?!! È algo que parece bom, mas no fundo
não está sendo...
... Conta uma estória que uma pequena formiga ia lá pelo seu caminho da vida e achou
um enorme grão de mostarda... Ficou feliz demais! Aquele grão enorme economizaria um dia
todo de trabalho... Que coisa boa! Mas o grãozinho pediu a formiga... Não me leve! Plante-me
aqui em frente ao formigueiro... Por hora você ficará sem alimento, mas em breve te darei tantos
grãos que você terá a recompensa pela coragem de me plantar”... A formiguinha parou, pensou,
pensou e teve a coragem de perder aquele grão, naquele momento... plantando-o! Passaram-se
meses... anos e quando ela já havia esquecido... o pé de mostarda estava dando muitos grãos...
tantos que se espalhavam por todo o chão e todas as formigas aproveitavam também!
Neste momento apenas respire e pense que hoje você pode plantar um sofrimento útil e
colher amanhã frutos de uma energia boa... Tudo passa seu sofrimento também! Pense em
mudança... Descubra um novo caminho! Há sempre uma saída...
Agora, aos poucos, sinta que você está respirando diferente de um jeito gostoso... Cheio
de uma nova energia e acredite você pode mudar sua vida! São você pode!
Você pode continuar relaxando ou até mesmo adormecer um sono tranqüilo... Se você
precisar despertar agora é a hora... Vá acordando protegidamente com uma idéia nova já em
processo de transformação aí dentro de você! Vã despertando por completo... Da ponta dos pés
até a cabeça com uma prazerosa sensação de alívio... Tudo muda! E pode ser para melhor!
Terminando esse capítulo, espero que você possa fazer uma terapia única para
cada paciente! Seja criativo, mas fique focado na solução de conflitos!
6 - DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS
Todo paciente que vem ao nosso consultório em psicoterapia porque tem alguma doença
psicossomática, vem buscando ajuda para a DOENÇA em si! Ele não percebe que aquilo que
ele tem é uma manifestação de algo que vem das emoções escondidas lá no fundo de seu corpo.
O corpo é incorruptível em suas emoções genuínas.
Muitas vezes, em nossa educação judaico cristão não podemos manifestar as nossas
verdadeiras emoções de raiva, tristeza ou medo. Ao esconde-las, acabamos por nos adoecer!
Assim, todos nós estamos sujeitos a termos algum tipo de doença física crônica ou não,
quando guardamos emoções negativas em nosso corpo por muito tempo.
Quando temos medo, vamos arregalar os olhos, olhar para os lados, menos para frente,
acelerar o coração, gelar o corpo, mandado todo sangue para o coração e vísceras, encolher o
corpo pra proteger nosso coração e pulmão do ataque do inimigo. Trememos, urinamos para
defender nosso território ou até defecamos no intuito de espantar o inimigo! O que esse medo
traz? Taquicardia, sudorese, brancos na mente, metabolismo desconcertado, olhar desfocado
do futuro, etc.
Quando temos tristeza, ficamos encolhidos, fechamos o peito, olhamos para baixo,
baixamos a guarda, lentificamos os batimentos cardíacos. Adoecemos de tristeza, mais bile
fossilizada, fígado congestionado, dores musculares de contrair o corpo e muito mais.
Impossível!
O melhor é aprendermos e ensinarmos aos pacientes que podemos sim sentir tais
sentimentos, que são humanos! Ter tristeza, raiva e medo é normal e podemos sentir! Só não
podemos ficar preso neles pelo resto da vida! Isso gera dor física real! Precisamos encarar
nossas dificuldades e resolve-las!
A maioria dos pacientes vai falar isso, quando chega aos nossos consultórios com
alguma enfermidade psicossomática.
“Bem como dizia o comandante, doer, dói sempre. Só não dói depois de
morto, porque a vida toda é um doer.
O ruim é quando fica dormente. E também não tem dor que não se
acalme – e as mais das vezes se apaga. Aquilo que te mata hoje amanhã estará
esquecido, e eu não sei se isso está certo ou errado, porque o certo era lembrar.
Então o bom, o feliz se apagar como o ruim, me parece injusto, porque o bom
sempre acontece menos e o mau dez vezes mais. O verdadeiro seria que
desbotasse o mau e o bom ficasse nas suas cores vivas, chamando alegria.
Pensei que ia contar com raiva no reviver das coisas, mas errei. Dor se
gasta. E raiva também, e até ódio. Aliás também se gasta a alegria, eu já não
disse?
Embora a gente se renove como todo mundo, tudo no mundo que não
se repete jamais – pode parecer que é o mesmo mas são tudo outros, as folhas
das plantas, os passarinhos, os peixes, as moscas.
Nada volta mais, nem sequer as ondas do mar voltam; a água é outra
em cada onda, a água da maré alta se embebe na areia onde se filtra, e a outra
onda que vem é água nova, caída das nuvens da chuva. E as folhas do ano
passado amarelaram, se esfarinharam, viraram terra, e estas folhas de hoje
também são novas, feitas de uma seiva nova, chupada do chão molhado por
chuvas novas. E os passarinhos são outros também, filhos e netos daqueles que
faziam ninho e cantavam no ano passado, e assim também os peixes, e os ratos
da dispensa, e os pintos... tudo. Sem falar nas moscas, grilos e mosquitos.
Tudo.”
Dôra, Doralina
Raquel de Queiroz - 1975
1. Visão Geral
Podemos pensar que o corpo expressa, põe para fora as emoções que por vezes
escondemos de nós mesmos. Nosso corpo fala através de gestos, mímicas, contraturas, calor,
tremor, dores de barriga, sustos, travamentos dos dentes, enfim tantas e tantas demonstrações
físicas...
De certa forma, fazer a conexão! Conhecer quais as emoções que você tem
receio de lidar porque aprendeu a desempenhar papéis do que deveria ser e portanto fica difícil
demonstrar raiva, tristeza e medo todo o tempo e com todos que o arcam.
Por incrível que pareça, o corpo é tão sábio que até mesmo as partes do corpo
atingidas têm uma leitura especial. Por exemplo, a vesícula biliar (fel) expressando a raiva
guardada. Veja os livros Doença como Caminho, Doença como Linguagem da Alma, Doença
como Símbolo, Quem ama não Adoece, Você pode curar sua vida, etc.
Para Dra. Teresa Robles, desempenhamos papéis, que quanto mais rígidos
forem, mais nos levam a chance de sofremos de uma doença psicossomática. Somos formados
de partes, por exemplo: parte amorosa, parte guerreira, parte sonhadora, etc. Se ficamos rígidos
desempenhamos apenas uma das partes, adoecemos. Não conectamos, não extravasamos
nossas emoções. Uma mãe muito boa, educada para ser amorosa com filhos e marido, fica rígida
nesta postura para ser querida (bem amada) e acaba por ser desprezada por filhos e marido.
Sofre, tem raiva, não pode expressar e assim adoece para pôr para fora suas mágoas.
ora parte
onhad amorosa
amorosa
s
nal
ofissio parte
pr
guerreira
doença saúde = conexão
Se tenho raiva, cerro os punhos, travo os dentes, arregalo os olhos, fico quente, disparo
o coração. O que o meu corpo quer dizer? Que estou pronto para atacar!
Assim, cada emoção prepara meu corpo para desempenhar uma reação a ela.
E quando não vejo, não percebo, não sinto?! O corpo vai realizando e represando as emoções
e os nossos órgãos desconectados chegam num ponto que berram por socorro.
A primeira coisa a saber é que estamos lidando com algo que a pessoa não
simboliza em termos da emoção vinculada aquele sintoma. O corpo da pessoa fala. Há uma
desconexão.
A doença não mente! Traz a polaridade que está sendo negada, negligenciada.
Põe o sujeito para lidar e resolver o que o impede de ser o que ele deseja ser. A emoção e o
sintoma são INCORRUPTÍVEIS! Eles querem que o sujeito mude o caminho da vida. Cada
doença mostra um caminho metafórico e nos propõe algumas perguntas interessantes:
É preciso aceitar a doença, para poder curá-la. Mesmo que isto traga tristeza e
sofrimento é a maneira honesta de ouvir o que seu corpo fala sobre você. Precisamos ter
coragem de sentir este sentimento para poder curar. É como assumir a guerra e assim lutar!
Conhecer o que a doença quer dizer, que coisas devo matar, retirar, mudar para sarar. O que
devo cuidar? Dos sentimentos, é claro.
Não podemos pensar em curar uma pessoa num dia! Isso seria uma grande
pretensão! Há técnicas como das mãos paralelas de E. Rossi que pode fazer um belíssimo
trabalho, às vezes, em até uma sessão. Mas a remissão dos sintomas necessita tempo de
recuperação, cicatrização, etc. Existe um comprometimento físico, muitas vezes, já avançado
(artrite reumatóide, câncer com graves lesões, etc.) que necessitam tempo para recuperação.
Esta recuperação dependendo do órgão e lesão pode levar semanas, meses ou ano.
Cada caso é único. O corpo de cada um reage de uma maneira e também cada
um metaboliza emoções de uma maneira.
Aqui, vale mencionar as crenças limitantes que cada pessoa possui. Aquelas
crenças que aprendemos quando crianças, ou porque ouvimos nossos pais as profetizando, ou
porque chegamos a essa conclusão por nós mesmos, mas quando bem pequenos, quando ainda
não sabíamos julgar bem as coisas da vida. As profecias ficam, não importa se de cura ou de
morte. Também precisamos ver os traumas que cada pessoa passa e deixam marcas que
retornam com os sintomas.
Podemos considerar uma crença limitante quando aprendemos com a mãe, que ser
mulher e ter que casar pode ser ruim, pois o pai foi um péssimo marido para aquela mãe.
Outro exemplo, uma mãe que sempre dizia ao filho, coma para ficar forte. Menino
magrinho fica doente.
Mas, saudavelmente, a doença aparece até que o sujeito vá lidar com seus
verdadeiros problemas.
Resumido:
3- Todo sintoma é uma metáfora que ex-pressa (põe para fora) uma
verdade escondida. Veja o que o corpo quer dizer com esta metáfora/ doença.
3. Técnicas
Como a hipnose ativa o sistema límbico, o sistema das emoções, ativa digerir
emoções retidas. Para Erickson era possível treinar o sujeito em hipnose para desenvolver
habilidade de enrubecer, anestesiar, sentir peso numa das mãos enquanto a outra ficava leve.
Depois, em estágios mais avançados do treino hipnótico, fazê-lo imaginar imagens como pingar
limão e a boca ficar seca (ótimo para dentistas), pôr a mão num balde de gelo para formigar, um
prato de comida gostosa e salivar e assim por diante, até desenvolver neste sujeito a capacidade
de controlar fluxo sangüíneo, ordens para as células que seriam sugestionadas a seguir.
São técnicas simples de Hipnose para ajudar o sujeito a fazer a conexão do corpo e
da mente. Experimente!
6. Metáforas – Entreameadas –
A metáfora natural do sintoma .
Criança pequena na palma da mão/ coração/ perdão
Jardineiro descuidado
Raiva/ pregos
Jogo do contente
Árvore e as formigas saúvas
Cuidados com as terras desérticas
A arvorezinha isolada
Resumo
• A pessoa adoece quando desconecta da emoção.
• As emoções são incorruptíveis.
Todo ser humano tem polaridades. Se não está em equilíbrio com
suas partes a sombra aparece como doença.
• Os órgãos são como metáforas:
rins – parelha, amor
artrite reumatóide – pare! desacelere! mostra os punhos cerrados, a
raiva que não se fala.
rinite – irritação com o que vem de fora, raiva.
enxaqueca – raiva sobe à cabeça. Me deixe quieto!
anorexia – me deixe magra! Não quero ter bebês!
cólicas menstruais – ei, estou menstruada, sou mulher, mas tenho
muita raiva para aceitar.
Assim, pode ver que as doenças têm sua maneira particular de mostrar as
emoções escondidas.
• Saúde – depende da aceitação e da conexão.
• Ir contra a doença só aumenta os sintomas.
Exemplos:
- inflamação – o que te inflama de raiva? O que te aquece a ponto
de explodir? O que isso te impede?
- Alergia – uma agressividade que se materializou porque não
suporto tomar consciência da minha raiva e transfiro para o corpo?
- De que tenho medo e evita?
- Qual a minha capacidade de amar?
- Onde é a minha alergia?
- Gripes e resfriados
- Tristeza
- Baixa de imunidade
- Processo inflamatório agudo
- Sufoco/ entupida até o nariz
- Crise de cansaço
- O resfriado permite o descanso/ o afastamento
- Espirro bem dado = arma protetora
- “Se afaste de mim”
- “Quero descanso!”
- Digestão
- Assimilação de impressões
- Discriminação do suportável/ insuportável
- Diga-me o que comes e te direis o que és Fome é um símbolo
do desejo de ter
- Comer é a satisfação do desejo.
- Fome de amor → Fome de doces
- Quem petisca quer ser amado
- Pessoas que pensam demais → fome de salgado
- Dieta líquida → dieta de beber
- Dentes: potência, garra: perda da potencia, do poder, do
dinheiro.
- Náuseas/ Vômitos
- Recusa de algo → náusea
- “Perda no sapato” → Não conseguir engolir quando penso
naquilo perco o apetite.
- Vomitar é não aceitar
- Vômito na gravidez → dificuldade em aceitar aquele estado
- “Toxemia gravídica” → dificuldade em aceitar aquele hormônio
– Tóxico! Recusa do papel feminino...
- Estômago:
- - Falta de capacidade de lidar com os aborrecimentos e com a
agressividade conscientemente...
- - Estou azedo/não consigo digerir
- Se queimar com as coisa da vida
- Ou engole tudo ou exagera na agressividade
- Sente saudades da infância livre de conflitos.
- Respiração para digerir emoções
- Banho de cachoeira – limpa/ acalma/ gela
- Limpeza das raivas – crenças limitantes → regressões
- Aceitação/ perdão/ permissão para ser feliz
- Intestinos:
- O mais difícil de digerir, o mais escondido, emoções mais difíceis
- O cagaço = medo (cagando de medo)
- Raiva profunda
- Intolerâncias
- “Dei uma cagada” = bobagem
- Apego = constipação/ vergonha
- As coisas não fluem = energia estagnada
- Lavar os intestinos – riacho
- Lavar as raivas
- Escovar com escovas douradas
- Banho de luz curativa
- Regressão com limpeza das mágoas e raivas
- Licença para ser feliz/ perdão
- Relaxamento
- Pâncreas:
- Açúcar X ácido
- Doce X azedo
- Suco gástrico = agressividade
- Não digerir o doce → ficar azedo amargo
- Diabetes = desistir do doce da vida/ amor
- Desejo do amor/ da vida doce
- Fazer do limão uma limonada!
- Adoçar a vida!
- Aprender a adoçar o dia a dia, a conviver com os azedumes e amargores
da vida.
- Equilíbrio/ relaxamento/ respiração
- Fígado:
- Mágoas = amargor
- Tristeza = amargo
- Depressão = falta de energia
- Excessos → álcool, gordura, intoxicação
- Amargo
- Venenoso
- Morte
- Vesícula Biliar:
- Bile= agressividade sem conotação negativa impedido de se livrar da
raiva.
- “Aquela pessoa que é um poço de fel”
- “Verde de raiva”
- Guardar o amargor
- Fossilizar a raiva = pedra na vesícula
- Comum em mães de família
- Alegria
- Sabor doce
- Vida boa
- Cabala = ser proativo
- Combater o mau humor
- Combater a depressão
- Ser proativo
- Anorexia:
- É do feminino
- Medo da sexualidade
- A menina que não quer crescer
- Ser antipática afasta as pessoas
- Ter o corpo de criança
- Não engordar = não engravidar
- Comem alimentos ácidos – limão, maçã ácida, saladas ácidas, cafés
- Tendência ao isolamento
- Crescimento da menina
- Tratamento da depressão
- Visualização de futuro
- Viver a vida com prazer
- Desejar o amor
- Sexo e filhos
- Dor de Cabeça:
- Não pensar/ cabeça muito pensante
- Se isolar – parar de pensar
- causas da enxaqueca:
- Raiva
- Fome
- Falta de sono
- Pensar demais
- Descanse!
- Pare de pensar!
- Sorria!
- Relaxe!
- Solte-se! Alimente-se! Durma bem!
- Mudanças de hábitos
- Higiene do pensamento
- Dormir/ relaxar/ retirar raivas
- Doenças de pele:
- Maior órgão do corpo
- Área de limite/ contato
- Proteção/ carinho
- Sexualidade
- Respiração/ eliminação
- Vermelho de raiva
- Irritado/ inflamado/ alergia
- Alergia:
- Alegria x alergia!
- Irritado com o que?
- Pondo o que para fora?
- Desintoxicando do que?
- Afastando – se do que?
- Dar alegria a vida novamente
- Cuidado/ carinho
- Falar da raiva – EX-PRESSAR
- Banho de banheira
- Limpando raivas, desintoxicando
- Aprender a conviver com o outro
- Vitiligo:
- Espanta
- Da “Asco”, afasta os outros
- Sou um monstro/ não se aproxime
- Não quer contato
- Timidez/ baixa estima
- Dificuldade de se relaciona
- Psoríase:
- Esfolado pela vida
- Desgaste/ se machucando
- Sofrimento
- Ferida à flor da pele
- Cansaço
- Indução do campo de futebol: Se ficar pisoteando o mesmo lugar vai
encher de buracos (brancos, grandes, fundos).
- Deixe o campo descansar...
- As mangueiras irão irrigar o campo as sementinhas da grama irão dar
brotos e crescer novamente.
- A grama nasce verdinha, uniforme, lisa...
- (serve para alopécia também)
- Indução do muro de tijolos se refazendo: A pele é como tijolos de um
muro... Todo dia nascem novas células, novos tijolos na base do muro... (bem coloridos,
bem formados, inteiros...
- E todo dia a pele se desmancha e descama para dar espaço a novas
células... Imagine um muro se refazendo debaixo para cima todos os dias... A pele se
renova todo o tempo...
- Rins
- Parelha/ parceria
- Filtro das emoções
- Medo
- Pedras – bloqueio/ estagnação
- Bexiga
- O que me apego
- Cistite de lua de mel (pare, descanse)
- Menstruação:
- Aceitação feminino/ entrega
- Cólica/ TPM = dificuldade com o feminino
- Gravidez – medo de virar mulher
- - medo de não dar conta de ser mãe
- parceiro “filho”, aquele que não protege
- mulher fálica
- desmetriose
- Hematomas:
- Profunda tristeza
- A vida se “esvaindo”
- Trombos:
- Falta de motilidade
- Varizes:
- Estagnação
- Fluir da vida
- Alegria
- Limpeza das tristezas
- Coluna vertebral:
- Eixo de sustentação
- Sentir-se quebrado/ duro
- Finanças/ dar contas
- Carga em excesso
- Sexo
- Equilíbrio
- Relaxe
- Solte as cargas
- Alongue-se
- Curta a vida com leveza!
- Artrite:
- Pessoa ativa, mas boa
- Prende as garras
- Mostra as garras
- A agressividade presa
- Rigidez de emoções
- Indução de Imagens que Curam (Epstein):
- Solte-se como o polvo...
- Solte seus braços, pernas...
- Sinta as ondas do mar lavando e limpando as articulações...
CÂNCER
O Câncer fala de uma loucura das células. Há teorias que defendem a genética e
hereditariedade.
O principal é não o sujeito , pois já está vivendo sua penalização.
Trabalhar com todas as técnicas acima.
Reforçar o trabalho celular, as células boas podem vencer, limpar, reorganizar uma
vida.
Símbolos e metáforas.
Ver as mágoas da vida.
Localização do câncer.
Trabalhar a conexão das emoções.
Leitura indicada: psicoonlogia (Maria Marguarida Silva).
MEDITAÇÃO DE CURA
No fundo do centro do meu ser existe uma fonte infinita de amor jorrando... Agora, eu
permito que esse amor flua para a superfície do meu corpo e da minha mente... Me limpando
com amor... Limpando meus pensamentos com amor... Limpando desde a minha essência...
Desde as raízes desse problema... Jorrando amor para mim mesmo. Quanto mais amor eu me
dou... Mais fico curado... Eu sou eu me curando dia a dia cada vez mais...respirando e curando,
tirando tudo que não me pertence mais, desintoxicando, limpando ressentimentos, mágoas,
medos , tristezas, raivas e tudo que não preciso mais carregar...
Mais tenho energia para emanar a todos, muita luz e paz...
7. PROBLEMAS SEXUAIS
Todos sabemos que existem quatro sentimentos básicos: amor, raiva, medo e
tristeza. Também sabemos que os afetos em desequilíbrio se derivam de trauma. E, por trauma
entendemos que houve alguma situação em que a criança ou o indivíduo não suportou, ficando
com o sentimento negativo, bloqueado, e ligado a uma lembrança primária do evento. Assim,
gerando a seguir uma série de acontecimentos, como um espiral de eventos futuros, que passam
pelo mesmo sentimento negativo, reforçando-o seguidamente.
Dessa maneira, como em toda neurose, o corpo vem falar das emoções não
ditas ou evitadas. Os problemas sexuais são exemplos de uma linguagem que vai nos dizer
sempre algo mais sobre as relações dos seres humanos. Devemos observar nos pacientes que
nos procuram, sua história passada e seus relacionamentos.
Mas vemos muitos casais que fazem uma troca , onde seus problemas emocionais serão
convertidos em problemas sexuais. Um homem que ganha menos que sua esposa, pode ter uma
impotência com ela e não ter com outras mulheres de nível sócio econômico mais baixo. Ele
pode vir a ter uma amante, porque sua esposa “endureceu” no poder da casa. A esposa magoada
com sua situação de ter que dar conta do sustento, fica mais severa e menos carinhosa, quando
não mais gorda e menos atraente.
Um homem, que se torna alcóolatra, vai perder a admiração da esposa, que passa a não
o desejar mais. E assim por diante, são tantas as mazelas da vida. Fique de olho nessa relação
de troca de moedas dos afetos , nas relações sexuais.
Para os homens sua riqueza está no copular, ser viril, espalhar sua semente, a qual
fabrica diariamente milhões! Ele precisa espalhar sua opulência! As mulheres estão fadadas a
ter apenas um óvulo por mês! Elas querem dar mais atenção as crias depois tê-las! Já há um
desequilíbrio natural entre as duas partes, e que ainda piora na fase de menopausa da mulher,
pois esta perde 100% dos hormônios, e perdem sua feminilidade na pele, nas suas partes
íntimas, o que também piora a vida do casal. Graças a Deus, a medicina evoluiu bem e hoje,
temos a reposição hormonal pra evitar esse desequilíbrio.
Podemos observar que todos os seres humanos têm suas marcas afetivas.
Cenas infantis, às vezes traumas que afetam nossas vidas, relacionamentos, sucesso, trabalho
e tudo o mais. Vejam essa parte também!
Mais tarde, por volta dos 4 anos, ela é esquecida na escolinha. O pneu do carro
da mãe fura, não é culpa da mãe, que também está triste e desesperada. Mas a menina pensa
e sente de novo: minha mãe não gosta de mim, não sou amada. Mais uma vez marca a pegada,
reforçando e seqüestrando sentimentos, seqüestrando toda a energia da criança.
A história continua. A menina, aos 7 anos, não é escolhida pela professora para
alguma atividade importante. Vem o mesmo sofrimento. Depois, aos 15 anos, o namorado atrasa
para vê-la. Ela sente o mesmo: ele não me ama. E fica brava com ele. Perde o namorado.
Mais tarde, problemas com o chefe: ele não gosta de mim. Mais à frente, aos 30
anos, sem namorado e sentindo-se mal-amada por todos.
Com essa explicação já ficou claro que precisamos tratar do sintoma, mas
também precisamos regredir esta pessoa até as bases dos seus sentimentos negativos. Pela
hipnose temos condição de fazermos regressão e também de mudar os sintomas, mudando o
padrão da sintomatologia. Devemos usar das duas possibilidades.
Erickson sabia como lidar nesses casos. Por vezes, dava tarefas ou sugestões
pós-hipnóticas que mudavam o padrão do sintoma, ressignificava a crença limitante, e em alguns
casos utilizava a regressão como ajuda terapêutica.
No nosso caso, como psicoterapeutas, devemos, além de mexer no sintoma
como Erickson fazia, fazer regressão, buscar os primórdios dos problemas que geraram essas
crenças limitantes, poder entender qual a metáfora do sintoma também. Erickson tinha um jeito
especial e, assim, ao dar tarefa ou a sugestão pós-hipnótica, ele já estava ressignificando o
essencial.
Às vezes nós não somos tão habilidosos como Erickson, por isso é mais
cauteloso que pratiquemos inclusive a regressão via de regra. Não devemos nos esquecer
também das relações. Por isso, as técnicas sistêmicas de casal são necessárias.
Precisamos então lidar com essas relações afetivas proibitivas, ajudar os casais
a resolverem as suas verdades. O que importa é a verdade, o corpo fala das nossas sombras,
daquilo que escondemos. Tenha cuidado e paciência para ajudá-los a resolver da melhor
maneira possível. Assim, em todos os casos, antes de tratar o problema como tal, tratar a
metáfora do problema que contém, lembrando que cada caso é único. Lembrar de observar
amor, afetos, confiança e relações.
1o) a hipnose leva a pessoa a aprender a soltar-se, relaxar-se, abrir. Então você
pode usar relaxar, um lugar agradável, erguer, levantar, penetrar fundo, abrir, demorar para
comer uma boa refeição.
2o) hipnose versus regressão – com técnicas hipnóticas podemos ir à origem dos
traumas, re-significar afetos, situações, atitudes, crenças limitantes. Técnicas utilizadas:
regressão do self, os sete passos de Guiligan, EMDR, revisando o passado para criar o futuro.
Limpar as pendências, as raivas, cicatrização das feridas.
3o) Dessensibilização – técnicas de imaginação visualizadas, contando histórias,
meta-mensagens. Você faz o sujeito experenciar mentalmente novas aprendizagens,
ressignificando novas possibilidades. Levitação das mãos, imaginando tudo aquilo que se pode
levitar. Aprendizado de mergulhar fundo numa lagoa, num rio, numa piscina, no mar.
4o) Entrando pelo sintoma e saindo pela solução. Neste trabalho utilizar o vírus
que atrapalha o sintoma. Existem alguns casos que Milton Erickson ilustra bem esta técnica.
Você poderá pedir estes textos de forma complementar. Onde Erickson utiliza o padrão
obsessivo da pessoa e apenas introduz alguns vírus.
Uma pergunta básica: como você faz para tal coisa acontecer? Veja os passos,
que então você terá o caminho do que ela está fazendo errado. Este é apenas um sinal de alerta.
Como fica sua vida sem esse problema? Um sintoma fala de um sofrimento. Os seres humanos
são indivíduos que têm suas diferenças básicas e, portanto, cada caso deve ser considerado
como uma unidade.
Sabemos que existem premissas básicas para cada tipo de problema. Veremos
o geral, e veremos sim, também, o que cada pessoa precisa nos dizer.
Devemos sempre ter em mente que existe aquele tal material recalcado, e que
devemos procurar pistas conscientes para a nossa busca inconsciente.
Aproveite esse momento, enquanto pergunta, já aproveita para reeducar seu paciente!
Pois é muito comum, que alguns pacientes tenham problemas de ordem sexual por pura
desinformação ou inadequação! Nas mulheres, é comum que elas não se masturbem e portanto,
não sabem o que é um orgasmo, a não ser que caiam com um bom homem que possa ajuda-las
nesse quesito! Algumas nem sabem que podem ter orgasmos em diferentes momentos do que
seu parceiro. Para elas, o orgasmo só poderia vir com a penetração, coisa que para muitas
mulheres não é difícil de conseguir. Acabam por se sentirem frígidas sem o ser de verdade!
Alguns homens que sofrem de ejaculação precoce, sentem vergonha disso. Mas basta
que transem mais de uma vez, que na segunda, já vão demorar um pouco mais e não há
problema, poderão satisfazer sua parceira nessa segunda ejaculação!
Você terá oportunidade de ajudar seus pacientes educando-os durante esta entrevista,
como uma educação sexual.
Depois de fazer todas essas perguntas ou todas outras que você interessar, você
pode passar para ajuda específica do problema sexual.
A Infantilidade e Traumas
Temos muitos pacientes com queixas sexuais que seu problema nada mais é que
estarem presos numa mentalidade infantil. Ainda não se tornaram adultos. São fisicamente
adultos, mas permanecem com comportamentos ainda infantis. Tem uma mente frágil e presa
numa ideia antiga, em costumes que se aplicam as crianças. As vezes, até falam como criança.
Voz e maneirismos. São adultos e com voz de criança, quando conversam sobre o assunto sexo,
se comportam como tal, bem infantis!
Verificar se houve trauma. Certamente você irá encontrar coisa por aí. Numa família
normal, se aprendem com os próprios pais que beijar, andar de mãos dadas, dormirem coladinho,
saírem pra namorar é coisa bem natural. Mas se por ventura, for uma família disfuncional, onde
o pai é bravo, ou abusador, ou alcóolatra, e a mãe vive encolhida, sofrida e humilhada, sexo não
será bem visto pelos filhos.
Muitas vezes, aprendem que fazer sexo é algo pecaminoso, ou que é melhor não fazer
para não sofrer como seus pais sofreram. Assistir a brigas dos pais, por vezes, gera nos filhos
tais sentimentos também.
Se você identificar em seu paciente uma postura infantil, busque ver seu passado e
descobrir cenas intoxicantes.
A anorgasmia feminina
É o não poder atingir o clímax, o êxtase do orgasmo. O que impede essa mulher
de ter prazer? O que ela está sendo proibida ou está se sentindo imatura? Ela ainda é uma
menina, uma adolescente? Ela ama seu parceiro? Normalmente, uma mulher ao amar uma
pessoa, se torna como uma flor se abrindo, desabrochando para receber o parceiro. Procure
averiguar todas essas questões.
Verifiquem que tipo de crença limitante essa mulher traz. Se não há crenças, vejam se
apenas ela não teve a oportunidade de aprender a fazer sexo com um homem que o sabia fazer.
Talvez, seus parceiros até o momento são como ela, ainda estão aprendendo sexo! Isso é mais
fácil de tratar. É só preciso educar, ensinar como fazer sexo. Outra questão pode ser que ela
demore para chegar lá, e que também pode aprender ao se masturbar, qual é seu tempo básico
para chegar ao orgasmo. Também pode ser, que seu parceiro não é atraente, não dá tesão!
Veja, se essa mulher está livre para criar intimidade em seu relacionamento atual, coisa
muito importante!
O que é fato é toda mulher pode ter orgasmo! Faz parte da sua natureza. Ela só precisa
aprender e também gostar de quem ela está junto, ou melhor sentir aquela coisa chamada
“Tesão”!
Técnicas utilizadas na anorgasmia:
E, por último, histórias de abertura. A flor, o homem, coisas que possam fazer a
mulher se sentir se abrindo.
Fazer a leitura pessoal de prazer sexual. Muitas pessoas choram pela vagina,
pela bexiga. Procure ver qual é a metáfora desse sintoma.
Ejaculação precoce
Alguns para piorar esta situação ainda têm sentimentos infantis, atitudes infantis. O que
só piora as coisas. Pois se sentem mal com essa dificuldade de segurar o orgasmo. Eles
precisam aprender que podem fazer sexo pelo tempo que quiserem, que podem repetir o sexo
muitas vezes, que podem numa segunda e terceira vez irem bem mais devagar. Que o orgasmo
não vira tão depressa como na primeira vez. Que numa segunda, será mais demorado e podem
agradar bem suas companheiras de cama!
Por isso, é bom verificar a urgência em obter prazer. Sexo é algo para se desfrutar aos
poucos e criar uma rotina sexual junto a sua parceira sem constrangimento de quem vai atingir
o orgasmo primeiro.
Ver como esse homem come as refeições, como ele trabalha em suas
atividades. Mostrar o paralelo da impulsividade no dia a dia. Mostrar que pode fazer as coisas
com mais calma e ser mais feliz.
Técnicas de hipnose:
- relaxamento, lugar seguro;
- curtir um lugar agradável curtindo devagarinho cada detalhe;
- aprendizado da dessensibilização.;
- Imaginando comendo devagarinho, um banquete, saboreando
cada pedaço dos alimentos.;
- Imaginar mergulhar numa piscina, e sentir cada pedacinho do
seu corpo, tirando prazer disso;
- Imaginar penetrar uma mulher em cada detalhe dessa
penetração; lembrar que pode gozar mais de uma vez, que a mulher pode ter
seu orgasmo de muitas maneiras e até mesmo em sua segunda tentativa;
- Colocar isso progressivamente no tempo, para essa pessoa
aprender.
- Injetar vírus no padrão da obsessivo que essa pessoa tem;
- Limpar os sentimentos negativos sobre sua sexualidade se tiver;
- Visualização de transas futuras com calma e bom desempenho!
• Somente um detalhe importante, homens que fazem uso
de antidepressivos ISRS ou dual, podem ter seu orgasmo retardado
um pouco e se curarem deste problema. Assim, para alguns casos,
que coincidentemente têm outras patologias psiquiátricas a serem
tratadas como TOC, TIC, ou depressão ansiosa, essa medicação
traz um alívio sagrado!
Disfunção Erétil
Uma pensamento, uma atitude, uma baixa de estima, uma falta de educação sexual,
liberdade sexual, o mito de ser infeliz, ter sido pobre na infância, ter uma mulher muito poderosa?
O que mais poderia tornar esse homem, que você atende, sentindo-se impotente frente
à vida?
Muitos homens vão passar por alguma fase da vida, onde vão se sentir menos
competentes, por que faliram, porque estão sem dinheiro, ou porque suas mulheres são
melhores que eles. Também a questão da idade. Alguns homens, em certos momentos de suas
vidas, vão se sentir menos potentes frente as suas amadas mulheres. Isso pode prejudicar sua
potência sexual.
Trabalhar em hipnose:
- O significado da metáfora do sintoma,
- a auto-estima,
- relaxamento com levantamento das possibilidades de bem-estar;
- levitação das mãos como sugestões indutivas de outras possíveis
levitações, aumentar o bem-estar;
- Lugar agradável, tirando a conotação de obrigação;
- Limpar traumas e crenças limitantes com regressão de linha do tempo;
- Regressão para descobrir o ponto em que essa pessoa se sentiu
impotente frente à vida;
- estados do ego;
- regressão às emoções (Gilligan); limpeza das toxinas colocadas pelos
pais, pela religião, retirar as crenças limitantes;
- Bert Hellinger pedindo permissão para ser feliz;
- Visualização de cenas do futuro com sexo bom;
- Técnicas psicosensoriais de limpeza (trauma, crenças limitantes) com
coerência cardíaca e PRI, além de BSFF para limpeza de traumas passados;
- Psicologia Positiva, agradecer as boas coisas da vida, ver as vitórias e
conquistas.
Algumas regras gerais que valem para ambos os sexos e todos os casos:
Pois se essa pessoa estiver presa em alguma ordem ou crença limitante, não adianta
nada fazer hipnose para ter uma bom desempenho sexual!
Portanto comece limpando o passado, tirando crenças e traumas, fazendo uma boa
educação sexual, pra só depois ir direto ao sintoma. Se não, nada feito! Seu paciente precisa ter
permissão pra ter uma boa vida sexual!
8- Compulsões
Comece por aí. Pesquise se há por detrás destas compulsões alguma patologia
psiquiátrica. Se houver de nada adianta só fazer terapia! É preciso encaminhar ao psiquiatra pra
que medique adequadamente, sanando a ansiedade ou a depressão que fazem essa busca
constante de alívio através do vício.
Vamos entender o que é um hábito vicioso:
Todo hábito é um mecanismo automático;
Todo hábito é feito distraidamente;
Pode acalmar;
Pode distrair;
Pode preencher;
Pode desconectar;
É tudo aquilo que se faz muitas vezes e automaticamente .
Exemplos: tiques nervosos, enurese noturna, gagueira, roer unhas, arrancar cabelos,
obesidade, tabagismo, alcoolismo e uso de drogas.
Hábito vicioso é o que uma pessoa faz repetitivamente.
Sem controle e ou consciência.
Muitas vezes, quando percebe, e não consegue parar de fazê-lo!
Basta fazer apenas uma vez, para que ele se instale!
O hábito vicioso é parte de um ciclo vicioso:
-ansiedade; temor;
-necessidade de tapar o buraco;
-necessidade de algo que acalme;
-buraco → angústia – medo;
-preencher o buraco vazio.
Por detrás de um hábito vicioso tem:
Uma desordem de ansiedade ou uma depressão!
Observe pra que serve este hábito...
Falta algo !
Fique atento para descobrir o que esse hábito traz...
Roer unhas:
-Ansiedade,
-Raiva,
-Ferocidade engolida.
Gagueira mostra:
Houve um trauma na vida.
Ele não pode falar.
No abuso de drogas:
Reposição de alguma coisa.
Desejo de prestar atenção no casos das pessoas com TDAH.
Desejo de acalmar nos ansiosos.
Desejo de se alienar nos ansiosos e deprimidos.
Desejo de sair fora do mundo real na depressão.
No uso da maconha:
Para acalmar;
Para ficar inteligente;
Para se desligar.
A Obesidade
Ansiedade;
Após ter filho;
Após casamento;
Após separação.
Após estupro.
Obesidade mórbida
Depressão ou Transtorno Bipolar;
Ansiedade;
Compulsão.
Para todos os casos segue-se o esquema que se aplica a todos os casos, veja abaixo:
O que fazer?
Observar tudo...
O que acontecia antes de iniciar ...
Qual a metáfora do hábito?
Tem crença limitante?
Qual sentimento básico?
O que está sendo preenchido?
Qual o significado pessoal do sintoma?
Tem algum transtorno psiquiátrico?
Porque a pessoa precisa do hábito?
Apenas fique curioso...
Muitos querem milagres, muitos procuram pela hipnose, como uma saída milagrosa.
Não querem fazer esforço para fazer uma mudança, mas já estão acostumados a quererem um
milagre! Pois já tentaram de tudo, como dizem! E sempre desistem. Já foram muitos regimes,
muitas terapias, muitos remédios, e nada! Desistem de fazer sua parte. Pois é preciso um “que”
de sacrifício, de disciplina para se conseguir mudanças num hábito vicioso. É preciso transformá-
lo em algo consciente sempre e fazer uma troca mais saudável. Você precisa convencer seu
paciente que será uma troca muito saudável, muito boa e que ficará muito mais feliz.
A terapia precisa ser baseada em coisas boas a se propor. Precisa se de sessões mais
afetivas, mais intensas e com menos intervalos pra que não se dê tempo a se ter muitas recaídas.
Muitas vezes, até mesmo, internação em alguns casos, para que a pessoa consiga vencer não
beber, ou usar a droga ou fazer a dieta mais adequada.
Hábito vicioso é difícil ficar livre, portanto é bom você saber que haverá recaídas. E é
bom aceitar as recaídas e ver quando ela acontece. Vai dar algumas dicas interessantes do que
dispara o hábito. Alguns vão ter seu alvo disparado por ansiedade, ou por tristeza, ou por que
foram insatisfeitos em algum pedido. Ou porque são tímidos, ou porque precisam se acalmar, ou
acelerar. Veja, porque seu paciente voltou ao hábito. O que o fez comer de novo, fumar de novo,
usar cocaína outra vez, etc.
Então, não considere algo ruim, ele ter uma recaída, veja os passos de como aquilo
voltou a acontecer e arrume alguma outra coisa mais saudável que substitua o “gatilho
disparador” do hábito.
Com isso, você terá mais pistas sobre o que leva alguém a repetir o mesmo hábito? O
que ele busca com aquilo?
Mas antes começar a resolver o problema de hábito vicioso, é preciso fazer o paciente
se responsabilizar pela sua cura. Transformar um “problema alho, em problema cebola”.
Alho, a pessoa come e não sente o cheiro que ele traz, só os outros! No “problema
cebola” a pessoa chora com seu próprio problema! Precisamos fazer nosso paciente se
conscientizar do que sofre e que só ele pode se curar!
Esse é o seu primeiro passo, que a pessoa se responsabilize por seu problema de hábito
vicioso e a dificuldade que terá pra chegar lá!
Uma boa conversa pedindo a ajuda do sujeito, mostrando que a hipnose não faz
milagres, que tudo vai depender de descobrir como ele procura o hábito e como ele pode fazer
boas substituições. Muito mais saudáveis do que o próprio hábito.
Melhor ainda, é ajudar o paciente a entender que a hipnose acalma, e pode mostrar que
ele é capaz de superar alguns momentos difíceis. A hipnose acalma, faz imaginar momentos de
tranquilidade que ele poderá repetir em casa com CDs gravados , induções feitas sob medida. E
que aos poucos, com algum sacrifício poderá ficar totalmente livre deste hábito ruim.
O Uso da hipnoterapia pode ser bem vindo:
Vamos agora, ver cada um dos tipos de compulsões e como poderemos trata-las com
mais detalhes.
Tiques nervosos:
Arrancar cabelos, tiques faciais, roer unhas, gagueira, enurese noturna.
Distração?
Calmante?
Raiva contida?
Ansiedade?
Medo ?
O que significa cada um desses problemas?
Eles têm coisas em comum sim, podemos observar alguém que rói unhas ou arranca
cabelos e diz que faz isso pra se acalmar. Mas que também faz isso quando está com medo ou
muita raiva. Interessante ver que uma criança pequena que já havia feito o controle esfincteriano
da noite do seu “xixi”, volta a molhar a cama com o nascimento do irmãozinho, raiva? Medo?
Podemos ver uma criança desenvolver um tique de piscar os olhos após uma cena
traumática que trouxe muita raiva. Ela não deseja mais ver tal situação. Passa a piscar os olhos
em qualquer situação que se parece com aquela do constrangimento anterior. Raive, medo,
ansiedade juntas, pronto! Lá vem o tique! Se está quieta em seu canto, segura, nada de tiques!
Portanto, acabamos de ver que essas pequenas patologias estão associadas ao medo,
a raiva e a ansiedade.
Devemos procurar na história do paciente quando tudo isso começou? Que sentimentos
disparam esse problema? Que horas se manifestam? O que o sintoma quer dizer? Estou
precisando me acalmar, então arranco cabelos, por exemplo? Estou com muita ansiedade por
isso, pisco mais os olhos? Estou nervoso, por isso roo minhas unhas? O que este sintoma diz?
Veja, repare se durante sua consulta seu paciente faz algum desses problemas citados aqui?
Como, quando, o que você disse que dispara o problema? São todas informações importantes.
Stephen Gilligam faz um exercício de hipnose muito interessante para colocar o paciente
mais consciente do seu “tique” e do que este quer dizer. Veja abaixo:
Você pode ensinar este exercício ao seu paciente como uma forma de terapia e de
mudança de padrão, colocando um vírus naquele tique de antes. Assim , toda vez que seu
paciente for fazer novamente o mesmo ato, já não será como antigamente, ele vai se lembrar do
que aprendeu com você com este tipo de treinamento.
Tenho muitos pacientes que deixaram seus tiques em função desse treinamento! Vale a
pena fazer com seu paciente. Claro depois, verifique os problemas de base. De onde vem as
raivas, a ansiedade , ou o medo. Trabalhe para poder livrar seu paciente dos conflitos que ele
vive.
Nos tiques nervosos: observar qual o sentimento que causa ansiedade e trabalhe com
isto!
No tique de roer unhas observe:
-ansiedade;
-contenção de uma agressividade;
-unhas afiadas são como garras de fora, devo contê-las!
-comum na latência estes problemas de ansiedade;
-ferocidade contida;
-medo;
-tentativa de conter a raiva;
-descobrir quais são os sentimentos escondidos...
Converse mais e veja a história por detrás desse sintoma, veja quando tudo começou. É
muito comum na idade escolar, as crianças com dificuldades de aprendizado, ou que têm
hiperatividade apresentarem esse hábito de roer unhas. Troque por desenhar ou escrever a
matéria enquanto ouvem o professor. Vai continuar mexendo as mãozinhas, mas num bom
sentido!
Chupar dedos:
- existe uma ligação com objeto transicional maior;
-crianças inseguras, onde somente o objeto transicional não funcionou como acalento e
ainda precisam manter este objeto para se protegerem;
-necessitam proteção;
- o dedo é o consolo, a ligação com a mãe;
-ausência de proteção paterna;
-a metáfora do problema é ficar ligado a alguma proteção!
- procurar qual proteção se pode dar.
Gagueira:
-sentimento de castração ou impotência;
-raiva engolida, travamento da fala;
-se instala na primeira infância;
-momento traumático , procurá-lo;
-uma briga, uma separação dos pais, um acidente;
-existe muita ansiedade;
-pode ser fobia social também;
-pode ser familiar(pais com gagueira);
-ver que ocasião acontece a gagueira: no telefone, num momento tenso de um primeiro
encontro. Quando piora? Quando não tem?
- lembrar que não se gagueja quando se fala em outra língua o quando se canta!
Hipnoterapia:
-relaxamento progressivo, isso relaxa voz, e a pessoa consegue falar melhor!
-fazer falar durante o transe, o paciente vê que consegue falar sem gaguejar!
-quando canta ou fala outra língua também não tem o sintoma!
-lugar seguro e de proteção;
-luz curativa limpando a raiva presa na garganta;
-ver qual sentimento preso: raiva e impotência, limpar com técnicas regressivas ou com
coerência cardíaca e PRI;
-trabalhar a criança interior presa numa raiva usar regressão de Gilligan, limpar a
castração nas cenas intoxicantes de baixa estima ou constrangimento;
-usar progressão e apadrinhamento Gilligan também; sempre mostrando as qualidades
e limpando a castração que ouve no passado e trouxe este sintoma de baixa estima;
-tarefas com vírus no padrão, cantarolar ao falar no telefone, ou fazer um sotaque
diferente, falar mais lentamente!
-metáforas como a arvorezinha isolada no alto da montanha
- visualizações curativas, luz que limpa a raiva da garganta;
-sugestões pós hipnóticas .
Enurese Noturna
-é considerado enurese primária quando a criança não para de fazer xixi na cama;
-secundária quando volta a fazer a xixi na cama após ter tido controle;
-fala-se em enurese somente após os 5 anos;
-é hereditária, pias geralmente tiveram o mesmo problema. Passa espontaneamente
nestes casos com a idade. Mas se for emocional, tende a piorar com o tempo, caso o problema
perdure!
-é um desenvolvimento motor fino atrasado;
-pode ser também um descuido no educar a criança, mães relapsas na educação das
crianças;
-pode ser a chegada de um irmão;
-pode ser a separação dos pais;
-qualquer coisa que pare o desenvolvimento!
-qualquer emoção mais forte!
- A criança diz : cuide de mim!
Hipnoterapia
Sugestão de leitura : Hipnose Centrada na Solução de Problemas de W. O`Hallom. Um
ótimo livro que mostra vários casos em que Erickson trabalhou com tarefas com crianças
enuréticas, melhorando o desenvolvimento motor fino.
Estratégias simples para alcançar o desenvolvimento motor fino com hipnose :
-relaxamento progressivo;
-desenhos do corpo humano com esclarecimentos do que é a bexiga, como ela segura
o xixi, como apertar a “torneirinha” quando se tem vontade até ir ao banheiro!
-bexiga cheia de água e um balão, mostrando a criança e brincando de encher e esvaziar
o mesmo;
-educação ao deitar da criança, mostrando que ela pode levantar ir até o banheiro, que
pode amanhecer de roupa seca!
- educação dos pais de como agir com os pequenos molhadores de cama. Levar a
criança até o banheiro antes d ameia noite, repetir o procedimento lá pelas três horas da manhã
e depois lá pelas cinco, até que a mesma aprenda a dormir sequinha!
-visualizações de cura e planejamento da semana ou do futuro, fazer tabela do mês com
dias que molham ou não cama e estipular o desafio de mantê-la seca em troca de algo que
queira muito conseguir!
-desenho problema e da solução;
- buscar as emoções contidas, limpá-las com a espada mágica, anjo, fada, moeda
mágica, etc.
Tabagismo
-é um hábito vicioso grave, sendo depois do álcool, a segunda droga que mais vicia! A
nicotina tem um poder enorme de vício orgânico. Bem diferente da maconha que o vício é apenas
psicológico, ou seja, seus efeitos é que trazem algum “benefício” ao usuário como calma, cabeça
lenta, ficar completamente “out”. O usuário fica viciado nos quesitos que a droga traz, mas a
mesma não traz vício ao corpo. Já com o cigarro, a coisa é bem pior! Ela vicia o organismo, que
passa a pedir a droga!
- é importante saber, que é muito difícil de se livrar do cigarro. Recaídas são comuns.
Além disso, seus usuários não veem o mal que faz. Já foi visto em pesquisa, que um em cada
dois fumantes morrem dos efeitos nocivos do cigarro. Entre eles estão o câncer de pulmão, os
enfartos, e os AVCs, pois o cigarro vai destruindo as artérias que irrigam nosso corpo. E ao longo
do tempo, causam tromboses ou ajudam a fazer um “bom câncer”.
- a nicotina vicia o corpo, basta iniciar o uso do cigarro, e após apenas dois meses de
uso contínuo, que seja uns poucos cigarros por dia, já estará preso no vício orgânico! Por isso,
o cuidado em mostrar ao seu paciente que ele não domina o tal vício, que fumar só um
“cigarrinho” vicia e muito!
- muitos pacientes fazem uso do cigarro para se livrar da ansiedade. Eles dizem que
parece ajudar a acalmar. Outros dizem que é bom para pensar. Outros dizem que fumam mais
quando saem e bebem com os amigos. Mas qualquer que seja a desculpa para fumar, é bom
saber qual é o motivo, qual é o gatilho disparador do fumante. Sabendo disso, você pode montar
hipnoses que que façam o gatilho disparador desaparecer...algo que acalme, o que faça pensar,
ou que deixe a pessoa mais forte para não fumar quando for beber!
-deprimidos sentem muito bem com a nicotina, isso é fato. Por isso, é preciso medicá-
los quando for tratar de tabagismo. A nicotina acelera a mente, então precisam de remédio para
depressão. A nicotina aumenta a liberação de dopamina que acelera o cérebro, faz pensar
melhor, faz ficar mais desinibido. Viu só porque um deprimido fuma?
Quando se para de fumar a pessoa se sente irritada ou deprimida. Veja se isto está
ocorrendo.
Ver qual é o nível do tabagismo, pois você pode trabalhar em cada um destes níveis
conforme a causa:
-nível orgânico: nicotina vicia! É depressão? Ou é tensão? A pessoa usa para aliviar, ou
acalmar?
-nível do hábito em si :colocar vírus no padrão ou ver qual é o padrão do comportamento
do usuário.
-nível simbólico: fumar para descansar ou para não ficar só e pensar.
-nível emocional: qual emoção está por trás?
-nível sistema familiar: há mais casos na família?
-nível de interação : fuma para judiar do marido? Para enfrentar o pai?
Hipnoterapia
-a pessoa quer um milagre?
-quer parar de uma só vez? Ou não dá conta?
-injetar vírus no padrão: marcar cigarros , por as guimbas num saco zip, queimar o retrato
de um filho ao fumar um cigarro, beber um copo de água antes de fumar, etc.
-fazer induções hipnóticas como:
- ar azul que limpa;
- banho de despoluição, limpeza, nuvens no céu, floresta que limpa da poluição,
- Símbolo do desejo de fumar e símbolo do desejo de parar
-fumar oxigênio que limpa as emoções negativas, tragar o ar azul e soltar as toxinas dos
sentimentos...
- lugar seguro, luz curativa, escudo de luz protetora;
-induções que acalmam; relaxamento e boas lembranças.
- sugestões pós hipnóticas de bem estar, de limpeza do corpo, da nicotina, da saúde
física!
- completar a frase : eu sei que eu posso, porque. Peça umas frases que você usará
mais a frente durante a indução.
- dar tarefas para quando for fumar, logo depois das desculpas inteligentes. É como
colocar o paciente num “cheque mate”. Pense aí...vale a pena fumar mesmo?...e então, peça
alguma tarefa bem esdrúxula, como guardar as guimbas do cigarro num saquinho zip log e deixar
em sua bolsa, limpar cinzeiros, fumar o cigarro só até a metade, beber água antes de fumar,
pagar um dinheiro para o partido ou time de oposição ao do paciente, etc.
- depois pergunte ao seu paciente quantos % dele quer parar de fumar? Anotar a
porcentagem... E dizer assim de passagem: é como uma parte ainda criança que você
tem...depois vamos trabalhar com isso!
- faça uma indução nas nuvens, respirando oxigênio puro...peça que possa sentir bem o
oxig6enio, que respire calmamente...
- então conte uma estória... a mãe com uma criança no colo, tentando distraí-la do
desejo de se levantar e pegar balas no baleiro enquanto estão numa repartição pública,
esperando a vez de serem atendidas... a mãe tentando segura-la firme com x% da força;
enquanto ela deseja sair do colo da mãe, com outro x% de força...e quanto mais a mãe a força
a ficar quieta sem ir ao baleiro, mais forte ela fica em comparação a força de sua mãe. Pois
quanto mais ela quer, mais é impedida, mais força ela faz e fica com mais vontade...então se
mostra à mãe que pode distraí-la cantando, brincando , e a criança pode ficar longe do baleiro!
Uma analogia à vontade de fumar...quanto mais se quer, pior fica! O que se deve fazer é se
distrair...isso é a sugestão embutida nessa história!
Essa é uma excelente sessão de hipnoterapia, que resumi aqui, pois vi Jeffrey Zeig
fazendo com uma paciente num congresso em São Paulo nos anos idos de 1994. Por muitas
vezes, já usei do mesmo esqueleto, encaixando as frases do paciente, contando a história da
mãe e seus x%, onde ela perde toda sua força, quando obriga a criança a fazer o que não quer.
Melhor mesmo, é ensinar a parte infantil que podemos distrair a vontade de fumar com alguma
coisa.
Como é o segundo vício mais difícil de se parar, lembrar dos AA ( Alcóolatras Anônimos)
que dizem só por hoje... no caso, NÃO FUMAREI! E assim, dia a dia, depois de dois meses você
estará livre do hábito e da nicotina.
Mas qualquer tentativa de fumar de novo, é provável que o fumante volte a fumar!
Lembre sempre a ele, deste risco grande!
Lembrando Dr. José Feldman, renomado pneumologista e professor da UFMG, ele dizia
que um fumante pode ou não morrer de câncer de pulmão. Que fumar não quer dizer que terá
um câncer de pulmão, pois muitos não fumantes também o tem. Mas que infelizmente, é certo
de todo fumante terá enfisema! Esta doença virá com o tempo, ela é uma doença que vai
“endurecendo “ a musculatura em volta dos alvéolos, a região, vai se enrijecendo, e o fumante
passa ter muita dificuldade de inspirar. Aos poucos, ele precisa ir ao hospital para usar o
xoig6enio pressurizado, e depois nem mesmo assim haverá saída. Essa é uma das mortes mais
sofridas que existe, por falta de ar!
E por falar em Dr. Feldman, seu filho, o famoso jornalista Boris Feldman, que brincamos
de chama-lo na intimidade, de Boris Freudman, com suas boas tiradas, diz que uma boa
definição de cigarro é ter de um lado uma brasa e do outro, um bobo!
Fica a sugestão de que viver a vida saudavelmente, não combina com cigarro!
Em alguns pacientes, será suficiente uma única sessão, pois eles veem completamente
motivados a parar de fumar. Enquanto, para outros você terá que fazer inúmeras sessões e
talvez, não encontre sucesso. Esse paciente, de verdade, não quer por hora parar de fumar.
Aconselho que faça apenas quatro sessões, se ele não parar nestas sessões você deve desistir
do caso. Será um fracasso do paciente e não seu! Pois você corre o risco dele dizer que você
não sabe fazer um paciente parar de fumar com a tal “hipnose”!
ABUSO DE DROGAS
Mas vamos nos basear, nas doenças psiquiátricas que acabam levando a ansiedade ,
depressão, tiques nervosos, entre outras coisas mais. Todas elas levam a busca de algo que
acalme! E aí, a pessoa procura por uma “droga calmante, ou excitante” dependendo do problema
em questão.
Uma vez que se faça uma vez, as chances são grandes de se fazer novamente, nestes
casos de ansiedade ou depressão. Lembrando sempre que basta fazer uma vez para algo se
tornar um hábito.
Por isso, assim como a pessoa é capaz de criar um hábito fazendo uma primeira vez,
usamos do mesmo princípio para dizer que, ela também pode criar um NOVO HÁBITO, fazendo
algo novo pela primeira vez!
Aqui temos uma mistura de ansiedade, insegurança e depressão. A droga para acalmar,
a droga para substituir a droga de vida. Um pouco de insegurança gerada por uma infância numa
droga de família que não gerou apoio. A droga alivia um pouco da depressão, não foi
estabelecida uma boa relação de objeto. Pouco amor, pouco carinho, não houve algo que
pudesse sustentar essa pessoa.
O haxixe, a parte ruim da maconha, um pouco pior que a mesma, elimina a dureza da
vida e a nitidez dos seus contornos. Tudo se torna suave. Usa-se nos mesmos intuitos que se
usa a maconha. Um pouco mais barata.
A cocaína tem efeito oposto ao álcool e à maconha. Ela melhora bastante o desempenho,
e por isso dá a falsa idéia de alcançar o sucesso facilmente. Aumenta violentamente a
capacidade criativa. Ela é muito usada no meio artístico ou no meio dos empresários. Revela
uma fome de amor, revela a necessidade de se sentir poderoso. É uma droga comum nas
pessoas tímidas, que necessitam de algo mais para poderem aparecer. Mas, infelizmente, causa
grande toxicidade e dependência química. E pouco tempo depois, já não funcionam mais os
estímulos que outrora funcionavam. O usuário ficará viciado fisicamente, necessitando usar a
mesma, sem ter mais os efeitos que antes conseguia, Muito triste!
A heroína possibilita a fuga total do confronto com este mundo. É a droga mais
poderosa de toas, mais cara e usada quando a cocaína já não faz mais efeito. Bem pior, causa
os mesmos efeitos que a cocaína, além da dependência física também.
Podemos observar que as pessoas que usam álcool, cocaína, têm comorbidade
com psicopatologias como: distúrbio bipolar, depressão maior, distimia, hipomania, e até mesmo
alguns casos de psicose. Muitas vezes, precisamos contar com medicações psiquiátricas, na
ajuda da contenção da ansiedade e da depressão, na retirada dessas drogas, além do que
protegem da síndrome de abstinência.
Sabemos que os remédios são apenas um apoio em alguns casos, como uma
muleta. Tão logo o sujeito melhore, as muletas serão retiradas. Mas se sofrem de alguma doença
psiquiátrica é melhor que continuem com a medicação que auxiliou a saírem deste quadro de
drogas.
Com a hipnoterapia, procure dar ao sujeito a possibilidade dele próprio criar vida nova,
sem ser a droga de vida. A hipnose funciona como uma fuga saudável, agora não mais como
uma alienação. Desta vez, é voltar do exílio em que o sujeito se colocou, é sentir a si mesmo, é
ver o grau de tensão, alienação, e buscar o retorno àquilo que você realmente deseja ser, não o
que você deve ser.
Nestes casos de abuso de droga, veja qual a droga, veja o que a pessoa busca,
veja qual a metáfora que esta pessoa faz para estar usando determinado tipo de droga. Veja se
o que dispara a vontade fumar, usar cocaína, maconha ou álcool e querer ficar lesado, calmo,
ligado, aceso... Dependendo do gatilho disparador da droga, você saberá o que deve fazer em
hipnose para tirá-lo desta droga de vida.
Se ele usa droga para se acalmar, use relaxamento progressivo, lugar seguro, escudo
de luz protetora, subir nas nuvens, limpar pensamentos negativos.
Se ele usa droga para ficar ligado, faça projeção de futuro, limpe as crenças limitantes
antes com regressão e Bert Hellinger. Crie um cartaz com metas e com seus desejos futuros.
Se ele estiver fugindo da vida ruim, ajude-o a ver perspectivas de futuro, ajude a ter
metas. Planeje futuro, limpe passado e crenças.
Agora, veremos alguns exercícios que podem ser praticados com essas pessoas
em geral:
Sempre que estiver trabalhando com abuso de drogas, é preciso lembrar que
esses tratamentos necessitam uma colaboração familiar. Muitas vezes internamento, ou hospital-
dia. Mas, de qualquer maneira, encaminhá-los a grupos de ajuda como alcoólatras anônimos,
grupos de terapia de comunidade, seria muito interessante. E também o trabalho com a família,
com a ajuda de toda a família.
ALCOOLISMO e DROGAS
Nós precisamos lidar com as recaídas e com as crises, porque elas são naturais no
tratamento. Milton Erickson costumava inclusive prescrever pequenas recaídas para que a
pessoa não se sentisse como fracassada, e sim que ela pudesse trabalhar, através de seus
fracassos, uma renovação da sua vontade. Ver quando tinha um gatilho que disparava de novo
a vontade de usar a tal substância, isso ajudar a fazer essa pessoa entrar num pequeno transe
nessa horas e poder se distrair do uso da substância. E aos poucos, ela prende a viver uma vida
mais saudável!
Obesidade
Um dos trabalhos mais cansativos e difíceis de se fazer. O resultado não é dos mais
promissores. As recaídas são constantes. Os pacientes já foram a muitos médicos, a muitos
nutricionistas e como sempre, buscam por um milagre! Já fizeram inúmeras dietas, e sempre
voltam a estaca zero. Por que? Porque comer é uma das coisas mais gostosas de se fazer!
Comemos para celebrar tudo! Nascimento, casamento, aniversários, encontros, tudo! Quem não
gosta de comer está doente! Assim, pelo culto da comida temos um enorme inimigo nesta jornada
do emagrecer. Precisamos ensinar que não é ficar sem comer, mas COMER
SAUDAVELMENTE!
Quando nos procuram, pensam que hipnose será o próximo milagre. Esse é o grande
erro. Precisamos ver porque essa pessoa come muito, que tipo de comida ela come mais. Se ela
só belisca o dia inteiro ou se faz grandes refeições. Todos os detalhes são importantes sobre o
hábito de comer. Se gostam de doces, ou chocolates, se preferem comida salgada, que horas
comem mais. Se estão tristes, ou mais ansiosas quando comem mais. Se comem mais a noite,
etc.
Tudo se torna importante nessa lida com a obesidade. Os obesos não percebem bem
quando comem. Eles apenas comem muito e só! Outros nem comem tanto assim, mas tem um
metabolismo muito lento, ou sofrem de hipotireoidismo, que desacelera o mesmo.
Quando vier algum paciente obeso, ajude a ver o que há por detrás deste problema. Não
dá para sair pedindo que coma menos, isso não vai dar certo. Os outros já o fizeram. Precisamos
propor uma terapia, isso sim. Aí poderemos acalmar, tirar a ansiedade, a depressão, regular a
medicação, ou indicar para um psiquiatra que o faça, caso você não seja psiquiatra.
A obesidade pode ser apenas um sobrepeso após alguma acontecimento, como casar,
ter filhos, mudar de cidade, entrar na menopausa, ou ter tido uma grande decepção amorosa,
sofrer um abuso sexual. São todas causas de sobrepeso.
Há também os casos de obesidade mórbida, onde tudo começa desde cedo, uma
compulsão desenfreada para comer! Nesses casos, precisamos ajudar com antidepressivos,
moduladores de humor entre outras medicações que diminuem o apetite e não anfetaminas como
bupropiona e topiramato. Bons coadjuvantes nesse seara.
O fato é que precisamos fazer um bom rapport e dizer que para tudo há solução! Mas
que precisamos mudar tantas coisas, que precisamos aumentar a auto estima, e trabalhar com
a ansiedade, a depressão e muito mais. Vamos com calma, pois este santo é de barro! Devagar
e sempre, muita terapia, muito cuidado, muito carinho e paciência!
Estes pacientes são carentes e precisam do nosso afeto e da nossa permissão para
terem recaídas e sair do regime. Observe o que fez ter recaída. Se foi alguma decepção, se foi
ansiedade, se for depressão ou se foi o vício mesmo. Diante do fato que desencadeia as crises
de comilança, agiremos com a terapia sob medida. Jamais trabalhe apenas para que essa
pessoa emagreça. Será fatal o erro! Pois sempre há algo por debaixo desse sintoma.
Hipnoterapia:
- conhecer bem a história do paciente;
- ajuda-lo a vencer os obstáculos;
- Dieta, devemos trocar este nome por reeducação; ensinar a fazer dieta;
ver em que ponto esta pessoa para; quais são suas dificuldades; o que ela não gosta e
o que gosta de comer; psicoeducar!
- Tem muita ansiedade? É deprimida? Tem alguma outra patologia? Se
tem algumas dessas citadas, encaminhar ao psiquiatra que vai ajuda-lo nesse
tratamento;
- Tem crenças limitantes? Foi abusado sexualmente, precisa se esconder
num corpinho pouco sensual? Separou-se a pouco? Foi traído? Veja se há alguma
questão que trouxe uma crença de que não ser atraente. Isso poderia prejudicar o que?
Trabalhe estas questões com regressão, Bert Hellinger, visualizações do futuro, metas,
cartazes, Psicologia Positiva, relaxamentos antes das refeições;
- Induções de visualização do futuro se vendo mais magro, vendo sua
tabela de metas, vendo as comidinhas ligths e saudáveis, vendo comendo e saboreando
o novo, se vendo praticando exercícios aeróbicos. É como uma projeção de futuro;
- Metáforas como da borboleta, daáguia que vivia como galinha;
- Em muitos casos será necessário trabalhar resistências do paciente, que
tem algum ganho secundário que vocês dois juntos vão descobrir e rever os valores.
Enfim, o que é mais importante para essa pessoa;
- Outro detalhe importante, mobilizá-la a fazer esforço! Sem fazer algum
sacrifício não chegará lá! Mas valerá muito apena! Portanto negocio, alguns meses de
dieta, se falhar, não há problemas começa-se logo depois a seguir novamente o mesmo
esquema. Veja a falha, onde foi? O que disparou o gatilho do comer? Que emoção
estava presente?
- Trabalhar recaídas sempre será necessário, um gordinho, precisa de
muito tempo para aprender a ter hábitos saudáveis.
- E sempre finalizar cada sessão com sugestões pós hipnóticas de comer
menos e mais saudavelmente, em menos horas de jejum, comendo a cada 2 ou 3hs
pequenas porções saudáveis de comida. Sugestões de que devagar se chega mais
depressa;
- Tarefas aos que aceitam como: caminhar mais, fazer algum exercício,
fazer um diário do se come; passar creme no corpo antes de comer; se olhar no espelho
depois do banho antes de comer, fazer uma oração antes de cada refeição, fazer apenas
um prato onde ½ será de legumes e verduras, e da outra ½ será dividida em 30% de
proteína( carne branca ou peixe) e 20% de carbo-hidrato de um só tipo.
Existem técnicas de hipnose mais clássica, como as de sugestão direta. Não acredito
nelas pura e simplesmente! Serão como uma dieta prescrita...fogo de palha!
Veja que é preciso além do balão hipnótico ou de outra técnica diretiva, usar dos
problemas que o seu paciente traz, para poder ajuda-lo ater a força que precisa nesse primeiro
momento.
E como já disse, cada caso será único, mesmo que todos deem trabalho, alguns você
vai conseguir que o paciente emagreça, outros não.
Anorexia
Pode levar a morte, caso não seja cuidado a tempo. A desnutrição pode ser tão violenta
que a pessoa não suportaria ter uma gripe forte. Podem ficar amenorreicas, sem menstruação
devido ao grau de desnutrição, o corpo já responde impedindo-as de poderem engravidar ou de
perder algum sangue que seja, menstruando!
Essas garotas tem alguma dificuldade a nível psicológico com o ser mulher adulta,
engravidar, fazer sexo. Ainda são meninas, que não podem crescer. Podem ter algum problema
direto com suas mães ou apenas ser parte de um quadro depressivo que virá se manifestar um
pouco mais a frente.
O que importa é que você possa ver a origem desse mal. Qual é a dificuldade dessa
menina mulher. O que gera nela medo de s e tornar adulta, e engravidar, medo de engordar,
medo de fazer sexo, ou ela tem alguma proibição nessa área?
Muitas virão com crenças limitantes como: fazer sexo é coisa pecaminosa, ou suja;
engravidar é coisa de mulher vadia; homem não presta, melhor ficar longe deles; etc. Veja,
porque ela não quer engravidar ou fazer sexo. Lembre-se que é por esse motivo que ela não
quer se tornar atraente, cheia de curvas. Pois homens gostam de mulheres que têm “curvas”,
que possam gerar bons filhotes!
Elas normalmente tem um perfil infantil. Não são mulheres ainda. Elas negam essa parte
do crescimento. Preferem ficar mais antipáticas, amis magras , menos atraentes do que correrem
o risco de arrumarem um homem perigosos em suas vidas.
Bulimia
No caso da bulimia, que é o comer compulsivamente, vemos também que acomete muito
mais mulheres que homens. Que também é uma questão de imaturidade sexual. A mocinha já
aceitou a idéia de ser mulher, mas continua com medo de sexo, de engravidar, de ter que viver
de forma adulta. Ela fica no meio do caminho. Geralmente não são gordas, estão apenas com
um leve sobrepeso, quando o tem.
Hipnoterapia:
- lugar seguro, ar azul, e técnicas de relaxamento para tirar ansiedade;
- regressão às cenas intoxicantes da infância, os medos, algum abuso, o
cena de ser molestada. Limpar tais cenas com regressão, técnicas psicosensoriais,
coerência cardíaca e PRI. Limpeza das toxinas em geral, em todas a s etapas de seu
desenvolvimento;
- técnicas baseadas em Bert Hellinger de permissão para ser feliz, mais
do que a mãe fora, caso essa tenha sofrido em seu relacionamento conjugal;
- técnicas de visualização de futuro, bela, linda e até mesmo em um
relacionamento sadio e com filhos se o desejar;
- sugestões pós hipnóticas de comer saudavelmente; quantidades
razoáveis ao seu bem estar;
- tarefas, caso seja necessário, como: comer de 3 me 3 horas, beber
bastante líquidos, comer saudavelmente um sanduiche, uma salada, etc.
Para finalizar este capítulo, desejo que você consiga conquistar o coração deste
paciente, que com muita coragem de amar você espere pouco deles, pois eles irão cooperar
apenas no princípio. Depois é necessário muita força e criatividade para ajuda-los. Pois quando
a tal “Maria Fumaça” do esforço começa a subir a montanha das dificuldades eles começam a
baixar a vontade de se curarem, alguns desistem , outros deprimem, outros se rebelam contra
você!
Nessa hora, os mais habilidosos terão alguma chance, se tiverem um bom rapport e
prescreverem a recaída como algo sinalizador e até mesmo, bom! Sim, nos avisa o que pode vir
sempre a atrapalhar o esquema de auto cura! Lembrar que o ser humano é programado com
este esquema de auto cura!
E assim, boa sorte a todos que vão passar por este desafio. Se por ventura, seu paciente
sumir, e não quiser se tratar, lembre-se que não é culpa sua! Algo maior impede esta pessoa de
se curar...e você não é nenhum santo milagreiro, apenas um bom terapeuta querendo ajudar
sempre...
Dor Aguda:
Ocorre quando existe um tecido lesionado e o tempo da lesão é inferior a seis meses.
Quando o tecido se restabelece ou a parte lesionada é eliminada, a dor desaparece. Por
exemplo: queimaduras, apendicite, a fratura de um osso, machucados, etc.
Dor crônica:
Sua característica geral é que ultrapassa os seis meses de duração. No entanto, convém
estabelecer a diferença entre dor crônica chamada de maligna, e a dor crônica benigna. Pois
existem diferenças importantes na etiologia de ambas, e o controle terapêutico também
apresenta modalidades distintas.
A dor crônica maligna é similar a aguda já que também existe um mal orgânico, no
entanto, apresenta-se continuamente por mais de seis meses. Exemplo, um câncer com dores
terríveis, uma atrite.
A dor crônica benigna se caracteriza por uma longa história de tratamentos sem
sucessos que implicaram múltiplas cirurgias e medicação. Esta dor é qualificada de intratável,
tenaz, rebelde ou de difícil tratamento. Sua etiologia é imprecisa, e o pobre coitado do paciente
é enviado de um especialista a outro sem alívio dos sintomas.
A dor é um mecanismo do nosso organismo útil, para nos mostrar que há algo ali que
precisamos tratar. Mas existem situações em que a dor é inútil, porque já sabemos que existe
um tecido lesionado e que já esta sendo tratado.
Assim , sabemos que toda dor tem um significado real ou não, que querem nos dizer
alguma coisa e devemos procurar. Primeiro, pelo sinal orgânico desta dor.
E depois, caso não o tenha, o que essa dor quer dizer? O que ela te impede de fazer?
O que ela te obriga? Lembra-se do capítulo sobre doenças psicossomáticas, ela pode ter um
significado emocional. Uma forma de trava emocional.
Vem dizer algo que o corpo está querendo, mas que geralmente, não obedecemos. A
emoção é mais forte, ela sai pela dor.
Pode ser uma raiva como a dor de garganta ou a dor de cabeça, até mesmo um intestino
enfezado!
Ao receber um paciente que sofre de dor crônica precisamos ver alguns itens como:
- qual seu posicionamento físico, muitas dores são geradas pela má
postura, ou por movimentos repetitivos. Isso não é emocional , é físico mesmo!
- Se há alguma coisa que irrita essa pessoa no dia a dia , em seu trabalho,
em casa;
- Se há medos;
- Se há raiva guardada;
- Que tipo de sentimentos poderiam falar sobre essa dor?
Sempre devemos olhar o passado do paciente e ver alguns aspectos importantes como:
quando tudo isso começou, como estava a vida dessa pessoa nos antes da dor aparecer?
Geralmente, a dor é uma característica que vem falar de coisas escondidas, que a
própria pessoa não faz essa conexão. Mas ao se perguntar, ela pode ir agregando fatos e
entendendo o que esta dor quer dizer.
Assim, também acontece com adultos, que sofrem de dores crônicas, escondendo de si
mesmos problemas emocionais, que se parecem insolúveis.
Vamos lá, buscar o que essa dor impede o seu paciente de viver bem!
Algumas vezes, a dor tem uma função na interação do paciente com outras pessoas
próximas ou com o médico. Por exemplo, queixar-se ou sentir dor, pode ser a forma aprendida
ao longo de uma história de doença ou como estilo familiar, para obter atenção ou para agredir
os sadios, provocando-lhes culpas. Se encontramos que esta presente este nível, teríamos de
trabalhá-lo desde o princípio, ao mesmo tempo ou antes dos outros.
3- Nível sócio-cultural
Finalmente, está o significado social e cultural de uma dor. Fala-se, por exemplo, das
dores do parto e não das contrações. Existe um medo generalizado de ir ao dentista.
Como devemos tratar uma dor? Dizem que não devemos eliminar uma dor, pois é um
sinalizador de que algo não vai bem, seja orgânico ou psicológico. Mas podemos e devemos
melhorar a mesma, diminuir sua intensidade. Podemos fazer isto através das hipnoses. Mas
antes, devemos entender o porque não podemos eliminá-las.
É útil continuar percebendo a dor de uma forma tolerável, como indicadora do que esta
sucedendo no corpo. Continua sendo um bom sinalizador, de uma inflamação, fratura, hérnia,
etc. Até que o processo se cure totalmente.
Depois, é muito difícil eliminar uma dor completamente! Dizem que quando eliminamos
a dor por completo, a pessoa pode continuar com a atenção focalizada no lugar onde estava,
observando se volta a aparecer ou não. E se deixarmos uma dorzinha, ou um leve dolorimento,
a pessoa pode se distrair com outras coisas, sem fazer exageros com esta parte do corpo, que
no momento não deve se mexer demais.
Hipnoterapia:
Trabalho com metáforas é muito interessante quando se fala de dor, inclusive pedir que
seu paciente invente uma analogia a sua própria dor, ou a desenhe em um papel para você.
Você pode trabalhar só com metáforas com pacientes com dor crônica e ter excelentes
resultados. Enquanto trabalha conversando sobre a metáfora, peça que ele desenhe a dor...
5- Propor que tudo o que suceder de agora em diante é um passo no caminho para a
recuperação completa da saúde (ver o que já se conseguiu e mais o que ainda falta).
7- Ensaiar diferentes técnicas para controle da dor, lugar seguro, ar azul, escudo de luz,
passear na nuvenzinha, etc.
Com toda esta informação integrar uma indução para o momento (que pode ser
gravada), que inclua tudo o que foi visto anteriormente, várias técnicas de controle da
dor , como já disse anteriormente entremeada de sugestões para depois da intervenção,
como cicatrização mais rápida, seu corpo trabalhando a seu fazer, enxugando as células
de suas secreções, fazendo seu trabalho de regeneração celular o melhor e mais rápido,
sem inchaços desnecessários, e a dor somente aquela que vier para deixa-lo parado a
ponto de cicatrizar a ferida...e se houver algum pontinho de inflamação pouca dor
suficiente para avisar que há algo que precisa ser visto...e que seu corpo sabe guiar para
o caminho da recuperação mais rápido do que se imagina!
Finalizando este capítulo, podemos dizer que manejar a dor é algo muito gostoso de se
trabalhar, principalmente se você incluir o lado lúdico da terapia, desenhos, mandalas, arte
terapia em geral.
10 - TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS
O Transtorno Dissociativo (TD) é uma desordem que requer paciência e muito cuidado
no tratamento. Ela é consequência de traumas da infância ou de adolescência. Na maioria das
vezes, abusos sofridos pelos próprios cuidadores, quando não seus próprios pai ou mãe.
É muito comum, estes pacientes arrumarem alguma discórdia por qualquer coisa, nos
consultórios de seus médicos e terapeutas por um motivo banal. Reclamam se não são atendidos
na hora, reclamam se houver mudança no horário de consulta, reclamam que seus remédios
derem muitos efeitos colaterais, inclusive coisas que jamais um remédio poderia dar. São
geralmente, muito chatos!
Cuidado! Pois basta um pequeno deslize da parte do cuidador, para se entrar para o rol
dos inimigos deste tipo de paciente. É preciso ter paciência e muita coragem de amar para cuidar
bem deste paciente. Ele testa o tempo todo seu amor por ele. É como se lelé quisesse ter certeza
que você não fará com ele o que o abusador fez no passado. Assim, num primeiro momento até
adquirir uma certa confiança tudo pode ser contra você!
Quando você tiver um paciente muito chato, que cobra tudo, pense na hipótese dele ter
sido abusado e sofrer desse transtorno. Claro que ele não é chato porque quer, coitado!
Tenha respeito e cuide bem dele! Caso você não de conta, indique para alguém que
tenha muita paciência e pode tolerar os ataques que ele fará certamente, na tentativa de ver se
a pessoa o tolera mesmo.
É certo, que estes pacientes vão ter alguns traços psiquiátricos e podem apresentar
doenças nessa área como: depressão, alcoolismo, pânico, fobias, tiques, etc.
- Insônia;
- Dificuldades de socialização;
Psicodinâmica:
A criança é abusada (palavras, brigas, abuso sexual, provações, etc.). Fica congelada
tentando se defender deste trauma. Cria, então, alter egos de ajuda para se defender de ser
novamente abusada. Assim ela terá um alter ego defensor (João Grandão), terá um alter ego
abusado e sem defesas (Joãozinho), e outros que irão aparecendo como alternativas para
sobreviver quando está bravo (João Grandão) ou quando esta com medo de ser agredido
(Joãozinho). Desta maneira, a pessoa passa a vigiar o mundo e todas as pessoas que poderão
agredi-la, principalmente as pessoas cuidadoras (médicos e terapeutas).
A criança costuma ter amnésia do período que foi abusada, como defesa. Algumas
vezes, passa a ter sintomas somáticos como dores abdominais, cefaléias, diarréias, dor crônica,
fibromialgia, artrite reumatóide, entre outras.
A partir daí, a pessoa passa a ter uma vida dissociada. Uma parte adulta trabalha, age,
tem relacionamentos. E uma outra parte infantil, que a qualquer sinal do gatilho disparador (algo
que tenha a ver com seu trauma), faz-se presente, trazendo o estado de stress, a vigilância pela
sobreviv6encia.
- Brancos na mente;
- Desajuste social.
Uma grande quantidade de pacientes que sofrem de transtorno dissociativo teve amigos
imaginários na infância. Por exemplo, tem relatos de artistas que afirmam terem sido cuidados
por pessoas boas (Salvador Dali, Van Gogh etc.). Provavelmente tiveram situações traumáticas
e nestes momentos precisavam de contenção, as pessoas que cuidam, os amigos imaginários,
etc.
TRAUMA
2- Recalcamento do mesmo;
4- Dissociação
Lembrar, que todos nós temos um pouco deste transtorno em menor grau. Pois todos
nós temos nossos traumas maiores e menores. É impossível passar nessa vida sem ser
traumatizado de alguma forma. Mas quem tem pais amorosos, se recupera com mais facilidade
dos ataques da vida. Mas é fato, que todos teremos nossos alter egos em maior ou menor grau
nos ajudando a enfrentar os ataques da vida emocional.
Portanto, insisto numa fala de Stephen Gilligan, em seu livro A Coragem de Amar, ele
diz que todos nós somos desviantes eternos do nosso verdadeiro caminho. E que alguns vão
realmente morar no exílio, longe de seu eu verdadeiro para se esconderem de um medo maior.
Cabe a nós terapeutas, usarmos da técnica de Estados de Ego, com todos nossos pacientes!
Assim , poderemos ajuda-los a voltar ao seu eixo e caminho natural.
Portanto, você naturalmente fará uso da linha do tempo e da técnica de Estados de Ego
com estes pacientes de uma forma bem cautelosa. Além disso, podemos contar com as técnicas
psicossensorias que são excelentes no limpar traumas. Você verá amis a frente.
Muito carinho, compaixão, e rapport para lidar com essas pessoas já tão traumatizadas
pela vida.
Você pode pegar crianças que estão em processo de dissociação, que acabaram de
passar pelo trauma, ou ainda estão sofrendo o tal abuso.
Uma mãe que está muito ocupada e que não percebe as necessidades da criança, leva
a mesma a ter ansiedade e controlar o ambiente, além de raiva à mãe. E não pode soltar estas
emoções porque, na cabecinha dela ela “não pode ter raiva”, pois será “castigada”. Não pode
sintonizar nas emoções e necessidades, pois não terá o suporte de quem deveria receber. Assim,
o transtorno dissociativo começa.
Imagina a transferência! O terapeuta é visto como alguém que vai repetir o passado
desagradável. Vem a vigilância em qualquer contato, pois será perigoso, inclusive com o
terapeuta. É necessário o RAPPORT para retirar o medo do cliente de fazer contato.
Trauma crônico
Se o cortisol é ativado cronicamente, ele vai atuar sobre o hipocampo que desativa as
funções cerebrais por sobrecarga.
MEDO
Assim como as palavras boas da mãe são muito importantes no início do aprendizado
da criança, o amor e zelo do terapeuta nesse momento são muito importantes.
Hipnoterapia:
Primeiro você deve fazer uma indução teste e ver ele entra em transe. Caso não o faça,
vá devagarinho. Ensine-o primeiro, o que é Transtorno dissociativo, diga que fará algumas
técnicas psicossensoriais. Eles gostam destas técnicas, pois podem ver os resultados
imediatamente. Comece com elas.
Depois quando ele já estiver mais tranquilo com você, pode introduzir as mesmas
induções que já aprendemos á cima nesta apostila.
Sabendo disso, se você não der conta, não se sinta o pior terapeuta do mundo. Eles as
vezes, não estão prontos para serem tratados. E se você se vir nessa situação, com alguma
chance de encarar o desafio, não tenha medo! Tenha a coragem de amar a situação de curador
e tentar o desafio!
A Psicologia Positiva foi inventada por Dr. Martin Seligman, que percebeu que era
possível fazer as pessoas se tornarem mais felizes por intermédio de tarefas, pensamentos,
atitudes no seu dia a dia. Que o otimismo poderia ser aprendido! Que a alegria contamina!
Em uma pesquisa realizada por ele, nos USA, em pessoas que se consideravam felizes,
Martin descobriu características muito importantes. Essas pessoas felizes tinham uma saúde
melhor, adoeciam menos e quando adoeciam se curavam mais rápido. Eram pessoas mais bem
sucedidas em seus trabalhos. Além disso, tinham relacionamentos estáveis, amigos e família em
harmonia.
A partir deste estudo, ele foi desenvolvendo teorias e tarefas relacionadas a felicidade,
que ajudavam os menos felizes a se tornarem um pouco mais otimistas e felizes. Melhor
descoberta foi ver que a alegria contagia. Isso foi tão bem sucedido, que a Coca-Cola patrocina
este trabalho da felicidade.
Dr. Martin Seligman escreveu bons livros sobre o assunto como Felicidade Autêntica e
Florescer, os quais recomendo a leitura se você deseja ser uma pessoa mais feliz e um bom
terapeuta. Seus seguidores como Tal Ben Sahar, se tornaram pessoas conhecidas e famosas
nessa abordagem. Recomendo a leitura dos livros de Tal, são maravilhosos!
A maior descoberta de Dr. Seligman foi ver que apenas duas coisas eram básicas no
trazer felicidade: dever cumprido e praticar boas ações.
Nas suas pesquisas com as pessoas felizes, ele pode perceber que a partir do momento
que a pessoa tem o básico da moradia, proteção e alimentação, sendo pobre ou rica, isso não
importava. Nem mesmo comprar muito, comer chocolates, buscar desafios! Então o que era
importante? Era se a pessoa tinha uma vida com significado, cheia de coisas que a
completassem em sua jornada! Uma vida vazia, certamente não faria uma vida feliz. Ele chamou
esse processo de “fluir com a vida”. Algo fantástico!
Abaixo vou descrever algumas dicas desses professores de otimismo que você pode
incluir como tarefas, ou mesmo incrementar suas induções de hipnose com visualizações de
futuro, fazendo metas mais saudáveis no dia a dia de seu paciente.
Gratidão
Ser sempre grato a tudo a e a todos, é um quesito que faz o nosso paciente ver o lado
belo da vida. Nossos pacientes costumam ser poliqueixosos. Eles veem sempre o lado negativo,
estão sofrendo, e só olham para sua dor. Ele recomenda que façam um diário de gratidão.
Escrevendo nele, todos os dias, pelo menos três coisas boas que aconteceram. Podem ser
coisas simples como um banho gostoso, um café da manhã em casa, um passeio no jardim
ouvindo os pássaros cantar, ver o por do sol, o sorriso que recebeu de alguém, etc.
Exercícios físicos
Foi comprovado por Dr. John Rattey, psiquiatra da Escola de Medicina de Harvard, em
pesquisa enorme, que fazer exercícios aeróbicos todos os dias, leva a pessoa a ficar menos
deprimida, mais otimista, diminui o TDAH, o TOC, os tiques nervosos, além de trazer muita
saúde!
Pessoas deprimidas necessitam de uma rotina para aprenderem coisas novas. Pois já
estão muito acostumadas a só sofrer e choramingar. Encurraladas em sua própria prisão, não
veem saída dali. Mas podemos introduzir pequenos rituais de mudança. Assim , seguindo aquele
pequeno ritual ela pode mudar. Exemplos: rezar todo dia agradecendo o que teve de bom. Fazer
uma pequena caminhada até a padaria para comprar seu pãozinho. Antes de comer, nos casos
de obesidade, olhar-se no espelho, tomar um banho, fazer somente um prato de comida, comer
a cada 3 horas, etc.
O paradoxo do trabalho
Todo mundo acha que para ser feliz tem que ficar de férias eternamente. Grande engano.
Vira tédio! A vida de uma pessoa que não trabalha, ou não tem o que fazer é chata, monótona.
Ela passa a ficar sem graça e sem motivação para ir em frente. Mas férias não é tão bom? Sim,
mas depois do dever cumprido e por algum tempo. E o melhor é que essas férias sejam vários
pequenos períodos durante seu não. Assim , você trabalha e depois descansa! Quem trabalha,
tem objetivo, metas, ve futuro, quer chegar lá. Fica mais feliz. Introduza alguma atividade na vida
dos seus pacientes pessimistas que possam dar significado a vida deles!
Significado na vida
Para ser feliz temos que seguir aquilo que traz algum significado em nossas vidas. Tem
gente que nasceu para ajudar como você que está lendo isso. Outros nasceram para desenhar,
pintar, criar. Outros pode ser que nasceram para cantar. Não importa qual é o seu dom, mas é
importante seguir na vida dentro daquilo que você gosta e faz melhor. Veja com seu paciente o
que traz significado avida dele e ajude-o a se encaminhar nessa direção.
Praticar o bem
Essa é uma das poucas coisas que por si só traz felicidade, portanto, de como tarefa ao
seu paciente que ele pratique alguma caridade, que faça alguma ajuda...um bolo para a vizinha,
uma lembrancinha a um amigo, um sorriso para alguém na rua, etc. Quando praticamos o bem,
ficamos mais alegres. Essa alegria dura dias, meses dentro de nós! É a corrente do bem, você
faz um bom ato, o outro que recebe fica feliz e faz também. Ah! Se todo mundo fizesse isso, não
haveriam guerras!
É muito importante que deixemos nossa cabeça descansar. Ela trabalha todo tempo.
Também precisa pensar em nada. Tem gente que medita correndo, ouvindo música, rezando,
ou fazendo nada. Peça que seu paciente faça alguma coisa que esvazie a cabeça dos
pensamentos que o consomem. Ensine uma meditação, de um CD gravado para relaxar, ou uma
oração, ou que ele faça uma tarefa como pintar mandalas. use sua criatividade para ajuda-lo.
Muito importante! Depois que você limpar as crenças limitantes, que pedir permissão
para ser feliz, é hora de buscar o que traz significado a vida de seu paciente e conduzi-lo para
construir metas. Você pode fazer com ele como se fosse um mural, um cartaz. Ou pode fazer
somente com visualização de futuro. Fale da Lei da Atração.
Nossos pacientes querem melhorar naquilo que são péssimos, mas melhor do que isso,
é ajuda-los a ficarem bem melhor no que já são bons! Pois é, uma pesquisa sobre felicidade
mostra que insistir em melhorar uma pessoa no que ela não tem aptidão, só vai piorar o caso!
Melhor é fazermos que ela fica melhor no que já faz bem feito, pode receber elogios, pode se
tornar uma expertise naquilo.
Dinheiro e felicidade
A pesquisa também mostrou que basta se ter o básico, moradia, comida e proteção, que
a diferença financeira não vai trazer mais felicidade. Ganhar na loteria traz felicidade nos
primeiros meses, depois não mais. O que traz felicidade é estar de bem com avida, com seu
dever cumprido, fazendo coisas que preencham sua vida bem! Comprar algo material como uma
bolsa, um sapato, uma moto, um carro, é muito bom apenas por sete semanas! Depois disso,
perde o sentido. Mas quando se faz algo bom, como uma viagem com amigos, um ato de
caridade, uma criação maravilhosa como um quadro, aquilo dura meses, anos em nossos
corações nos alimentando! Ensine isso ao seu paciente!
Acho que passei as dicas básicas! Tenho uma pequena Cartilha do Otimismo, onde
explico detalhadamente cada uma dessas possibilidades. Se quiser é só procurar lá!
Para finalizar este livro eu não poderia deixar de abordar este tema!
Essa pergunta fica em nossas cabeças, muitas vezes, atormentando o que podemos
fazer para melhorar a qualidade da nossa profissão.
O bom terapeuta não é aquele que sabe mais, que tem mais estudos ou mais teorias
para colocar em prática com seus pacientes.
Na verdade, o bom terapeuta é que cuida bem do seu paciente. Se interessa por ele,
tem compaixão e faz o que pode pelo interesse dos melhores benefícios para que o paciente
fique bem.
Com certeza quem tem mais estudos, tem mais ferramentas. Além do que, os anos de
prática ajudam bastante neste quesito. Mas o amor ao que se faz, e também aos pacientes é o
ingrediente que faz a diferença!
Ele diz coisas como: meu terapeuta cuida bem de mim, meu terapeuta se importa
comigo, até briga comigo, me passa um pito! Ele acha que o seu terapeuta o enxerga, vê seus
problemas, sabe o que ele gosta, o que sente, e até admite tomar uma bronquinha de vez em
quando!
O fato é que o paciente sente quando é somente mais um na imensidão da vida do seu
médico ou psicólogo. Mas sente também único, quando tem um tratamento único! Quando
percebe que seu terapeuta tem cuidado, que sabe como ele realmente é, do que precisa e até
mesmo dá bronca nele. Ele se torna como “um padrinho” para seu cliente.
Pois o que os nossos pacientes precisam é uma coisa bem animal, bem de mamífero. O
aconchego. As crias dos mamíferos são lambidas, são cuidadas com zelo e muita proximidade.
Mamíferos gostam de se deitarem juntinhos, todos amontoados. Nós também!
Uma criança que foi bem maternada, que mãe cuidou com carinho, que elogiou, beijou,
“lambeu sua cria”, tudo fica melhor na vida futura dessa criança. Pois quem foi lambido de
pequeno, se torna mais forte as dificuldades da vida no futuro. Nossos pacientes, em sua maioria
não foram bem lambidos, sentem baixa estima, mal amados e muitas vezes, até rejeitados.
Esses merecem que cuidemos com muito zelo e aconchego. Vale um chazinho na terapia, um
colo se precisar, uma lembrancinha de aniversário até pode ser...coisas que mimam no tanto
exato! Não é para ficar mimando cliente...é para cuidar com zelo, com carinho, com respeito. Por
algumas vezes, ser como pais, dar a bronca que for necessária, dar tarefas, falar verdades
doídas.
Se essa pessoa não teve o amor que precisava para crescer com dignidade, e vencer
as dificuldades que virão no dia a dia, o que virá será dor, tristeza, desafeto, desesperanças. Isso
é o mais difícil de cuidar.
Nosso desafio?
Sim!
Dar além do que precisamos em teoria, o afeto, o carinho, o apoio, a alegria de viver, um
novo olhar para a vida! É como poder abraçar seu paciente. Por favor, não leve ao pé da letra.
Não saia por aí abraçando e dando presentes aos seus pacientes. Cuide deles! Apenas cuide
com zelo, carinho, afeto e respeito. É tudo que eles precisam.
Muitos serão um desafio em nossas vidas, pois vão testar nossa paciência, como prova
de amor. Não receberam de seus pais, querem ver se os toleramos de fato. Cuidado com essa
armadilha, comum nos que sofreram abusos dos pais ou cuidadores no passado. Primeiro, eles
nos testam, depois se conseguimos manter a calma e ajuda-los no foi preciso, passarão a confiar
mais.
O que quero dizer é que terapia sem o ingrediente principal, o amor, não funciona.
Fica a dica...
Aconchego, interesse, cuidado, respeito, admiração pelo ser que está a sua frente
pedindo ajuda.
Caso você não consiga sentir isso, melhor será dispensar tal paciente. Essa terapia não
dará certo.
Mas se você tiver um cliente, mesmo que ainda saiba muito pouco de teorias para cuidá-
lo, tudo correrá bem. O amor faz a dança da terapia sob medida, coração sintonizado em outro
coração, e quando se vê, o paciente interage bem e você se abre para cuidar cada vez melhor.
Lamber a cria...
Além disso, como dizia o professor Malomar Edelweis, treine, estude bastante, pois
quando você não estiver inspirado, saberá bem aplicar as técnicas com tanta perfeição, que seu
paciente se sentirá muito querido!
Outro detalhe muito importante, cuide de sua cabeça. Faça a sua terapia. Como você
pode achar que está pronto a ajudar os outros se estiver cheio de problemas a serem resolvidos?
Assim, se estiver lendo isso, e ainda não tiver passado por um processo de terapia, de revisão
de sua vida, está na hora!
Siga bons mestres, siga boas teorias, trabalhe com gente que sabe trabalhar, tenha
supervisão dos seus casos, pergunte, leia, veja coisas novas, inove, crie teorias novas, faça sua
parte! Doe ao mundo aquilo que traz significado a vida de um bom terapeuta: cuidar, ajudar a
crescer e aliviar o sofrimento humano!
O Artista Perfeito
Um artista plástico que fazia floreiros. Vasos de barro. Tinha um ateliê que ficava em
uma praça, e ali ele ficava vendo o movimento enquanto trabalhava em suas peças. Mas ele era
perfeccionista, se o floreiro saísse um pouquinho torcido, não o agradava ele jogava o floreiro
fora. E assim ele perdia inúmeros floreiros, porque eles saiam tortos.
Um dia, passava uma garota linda pela praça, e ele ficou observando aquela mulher
maravilhosa, e sua mão errou, e o floreiro saiu torcido. Ele já ia desprezando o floreiro, quando
a garota chegou perto, pedindo para comprar aquele determinado floreiro torcido. Ele ficou um
pouco desconfiado, disse a ela que não estava a venda, que o floreiro estava arruinado. Mas ela
insistiu, queria exatamente aquele floreiro torcido. Acabou cedendo o floreiro a garota. Outro dia
a garota passava novamente na praça, erra a mão outra vez no floreiro, acontecem as mesmas
coisas, e a garota acaba ficando com mais um floreiro torcido. Esta cena se repete algumas
vezes.
Depois de algum tempo, a garota lhe traz um convite para exposição de bens de arte,
onde o expositor era ela. Ele, muito assustado, perguntou a garota: Como? E ela disse eu resolvi
expor suas obras de arte. São floreiros lindos , são obras primas. Toda obra-prima é aquela obra
feita em um único momento de inspiração, onde a mão se coloca perfeita em um momento
perfeito, e faz algo que outra pessoa não pode fazer igual. Nunca, jamais. Isso é uma obra-prima.
O moço entendeu, e valorou aquele ato tão delicado de uma expert em artes. E dali para
frente ele entendeu o que toda obra é única.
A Mulher e os Pássaros
Uma mulher cheia de preocupações, procurava por paz, e ficava as vezes, muito irritada
com as coisas que aconteciam. Ás vezes irritada além da conta. Ás vezes ficava mal-humorada,
cansada, triste. Esta mulher pediu ajuda a um professor, para que a ajudasse a resolver todas
as aquelas irritações. Este professor lhe pediu que fosse a um parque, um parque onde não
houvesse ninguém nem nada que pudesse perturbá-la, um lugar tranqüilo. E que ela lá ficasse
com seus pensamentos, aqueles que exasperam, que dão mau-humor, cansaço, tristeza. Que
ela ficasse lá olhando a paisagem o céu azul, as árvores.
Assim esta mulher fez. Foi se desenvolvendo com seus pensamentos irritativos, e aos
poucos vieram pássaros. Os pássaros não cantavam, eles logo que gritavam estridentemente
sobre a cabeça da tal mulher, de tal maneira que a irritação dela foi aumentado, aumentando,
até o ponto que ela começou a gritar, gritar com aqueles pássaros. Trocou de lugar, tentou ficar
em novo em paz, e os pássaros. Trocou de lugar, tentou ficar em novo em paz, e os pássaros
voltaram a sobrevoar sobre sua cabeça. E gritavam, gritavam, gritavam, ao ponto dela ir embora,
completamente irritada.
Procurou pelo professor e contou o que tinha acontecido. O professor, sorrindo, disse
que previa que aquilo aconteceria, que era como uma ressonância do universo. E ele disse a
ela: imagina quando jogamos uma pedra no lago, vai formando circunferências cada vez maiores.
É o que passou a seus pensamentos negativos, irritativos. Forma captados pelos pássaros, que
por sua vez ficaram irritados. A vida é exatamente assim, uma coisa que puxa outra, uma energia
que chama a outra.
O professor, então, continuando, pede à mulher que volte para parque, que se sinta lá
novamente, que pense de novo seus pensamentos irritadiços, agitados, negativos. E quanto os
pássaros venham, que ela comece a pensar sobre suas coisas mas, que fique um pouco quieta
e em paz. Que ela tente até, possivelmente ter um pensamento positivo, se recordar de alguma
coisa boa que já aconteceu, ou alguma coisa boa que poderia acontecer.
Até que um dia passa por aquelas paragens um naturalista, que ao ver uma águia (ave
de rapina) criada como se fosse uma galinha, leva o maior susto. Era preciso ajudá-la a mudar!
Pediu licença ao fazendeiro para ensiná-la a voar e começou...
No primeiro dia, agarrou a águia e a colocou no braço, dizendo: Você não é uma galinha,
é a rainha dos pássaros , uma águia; bata suas asas e saia voando, a águia não entendeu nada.
Nunca tinha visto uma águia antes, saltou para o chão e voltou para poleiro.
No terceiro dia , o naturalista entendeu o que era uma questão de tempo e oportunidade.
Então ele fez a oportunidade, levou-a para o alto das montanhas, lugar de águia e lhe mostrou
muitas outras águias voando. Voltou a dizer: bata as asas e saia voando. Suas asas foram feitas
para voar alto. É a rainha dos pássaros. Ela ficou observando as outras e, de repente em um
grito de liberdade, em um grito de águia, saiu voando de asas abertas. Diz a lenda que esta águia
nunca fez uma galinha de vítima, porque foi com as galinhas que aprendeu a ter o pé no chão, a
provar seus amadureça de milho e, de vez em quando, sentar no poleiro, esperando sua vez.
Arvorezinha
A arvorezinha vivia feliz Á margem da floresta. Todo dia sua amiga Amanda devia brincar
com ela.
Na manhã seguinte o vento parou de sopro. Amanda voltou a ver como Arvorezinha tinha
sobrevivido a tempestade.
Imaginação colocou o ouvido no tronco da Arvorezinha “hummm”. Ela disse : “Você tem
coração muito bom.”
Reparação, “podemos lhe dar ervas para esfriar seu bagaço”, disse.
“Mas para ajudá-la realmente, teremos que arrumar seus galhos quebrados e tirar o que
não podemos arrumar. Então nós o envolveremos em brandas folhas brancas até que suas
pontas fiquem curadas.”
Primeiro, Amanda, você fica por perto para deixar que Arvorezinha saiba que você esta
com ela. Então, Arvorezinha, quero que você imagine um desenho naquela nuvem lá em cima
do que se parece o sentimento de medo. Visualize a cor e a forma.
“Bom”, disse Imaginação. “Agora que cor e forma esse sentimento teria se estivesse bem
melhor?”
Arvorezinha pensou e pensou. Finalmente, ela disse, “Azul – azul como o céu azul, com
grandes nuvens brancas inchadas formadas como animais.”
“Ótimo, agora que você pode ver sua melhor imagem, faça uma profunda e lenta
respiração e imagine aquele céu lindo rodopiando através de seu tronco e galhos. É como uma
respiração. Magia feliz”.
Quando Arvorezinha se sentiu mais tranqüila por dentro, Reparação lhe deu uma
medicina especial para ajudá-la a se sentir sonolenta e confortável. Imaginação lhe pediu para
recordar de fazer a Magia da Respiração Feliz. E Amanda ficou perto.
Imaginação sacudiu a cabeça e disse, “Não sei porquê, Arvorezinha. É uma daquelas
questões que não sabemos responder ainda. O que sei é que você tem raízes Fortes e um
coração valente. Um dia você descobrirá alguma coisa muito especial sobre si mesmo”.
Alguns dias mais tarde , disse, “Hoje vamos tirar as folhas. Está na hora de você se ver
como esta agora”.
“Verá que você vai parecer diferente”, disse Imaginação. “Mas há alguma coisa
importante e valente a fazer ver-se como você está”.
Quando Arvorezinha se olhou no lago, não se reconheceu. Chorou porque tudo que ela
via eram seus galhos perdidos.
Depois de pouco tempo, todo mundo na floresta estava feliz em ouvir Arvorezinha rir e
cantar novamente. Especialmente Amanda, que estava orgulhosa de ter Arvorezinha como seu
valente e especial amiga.
Estrelas do Mar
Era uma vez um escritor que morava numa praia tranqüila, em uma colônia de
pescadores. Todas as manhãs ele passeava à beira-mar para se inspirar, e de tarde ficava em
casa, escrevendo.
Um dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Quando chegou perto,
era um jovem pegando na areia as estrelas-do-mar uma por uma e jogando novamente de volta
o oceano.
- Você não vê? Disse o jovem. A maré esta baixa e o sol está brilhando. Elas vão secar
ao sol e morrer se ficarem aqui na areia.
- Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praia por esse mundo afora, e centenas
de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pelas praias. Que diferença faz? Você joga umas
poucas de volta ao oceano, mas a maioria vai aparecer de qualquer forma.
O jovem pegou mais uma estrela na areia, jogou de volta ao oceano, olhou para o escritor
e disse:
Naquela noite o escritor não conseguiu dormir, nem sequer conseguiu escrever. De
manhãzinha foi para a praia, reuniu-se ao jovem e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar
de volta ao oceano.
Onça Enjaulada
Conta que uma onça que foi levada da África para um zoológico na Alemanha e colocada
numa jaula pequena. Aos poucos, ela foi ficando deprimida e só rodava em círculos (no tamanho
da jaula), comia e dormia.
Anos mais tardes, fizeram um zoológico e deram a esta onça um lindo lugar aclimatado
e arrumado como se fosse a África, seu habitat natural, com riacho e até árvore para subir.
E viram que a onça só conseguia fazer o mesmo trajeto da antiga jaula pequenina .
Rodar em círculos.
Sinos na Ilha
É a história de um homem que foi para uma ilha para se tornar iluminado. Diziam que
parte daquela ilha havia submergido – uma parte onde havia um templo com mil sinos feitos por
artesãos. Na história, dizia-se que a pessoa que ouvia os sinos submergidos, cujo som vinha do
mar, tornava-se iluminada. Esse homem ficou na ilha e colocou-se à beira-mar. O barulho das
ondas do mar o irritava, enquanto ele procurava o som dos sinos. Mesmo assim ele insistia. O
tempo foi passando... meses... até que ele desistiu. Deitou-se na areia da praia, ficou ouvindo o
barulho da águas ,das ondas, dos coqueiros batendo e, de repente sem querer ouviu um sino
repicar. Logo pensou que estivesse alucinado e, como tal, continuou a admirar aquilo que antes
o irritava, a curtir o mar, seus sons e a natureza. Ouviu mais e mais sinos, até ouvir como se
fossem mil sinos tocando conjuntamente. Foi nesse momento que o homem entendeu o que faria
uma pessoa iluminada: curtir a beleza de cada momento.
Jacinto só chorava sua sorte. Ele queria virar gente! Foi até o mestre chorando pela
floresta sua má sorte de ter nascido gnomo, tão pequenino.
Atravessara a floresta toda até onde morava seu mestre. Pelo caminho choramingava e
reclamava. Quando lá chegou, explicou o queria: virar gente. O mestre sorrindo lhe disse:
-Jacinto, olhe para trás e veja. Se você veio até aqui chorando e , cada lágrima que você
soltou ao chorar fez tantas flores nascerem, imagine se você voltar para casa sorrindo?
Jacinto ouviu aquilo com calma e voltou pra sua casa. Ao caminhar pensou a respeito,
como seria se sorrisse? E sorriu...e logo cresceu uma perna. Sorriu de susto novamente, outra
perna cresceu! Nossa, deu um grande sorriso e apareceu um braço de gente...sorriu outra vez,
e já estava grande, como gente grande!
Ao chegar em casa, entendeu o que seu mestre lhe disse...o poder do sorriso, do
pensamento positivo. Valeu a pena sorrir e ver a vida de uma outra forma, virou gente!
Os dois cachorros
Havia um homem que tinha dois cachorros, um era muito bravo e malvado, um pit bull
não domesticado, pronto para atacar todo tempo. O outro era um cachorro gentil e dócil, um
golden retrivier. Mas, infelizmente, ele precisava escolher qual cachorro ele iria alimentar dali
para frente, pois passava por uma situação difícil.
Qual escolher? O que te faria boa companhia, te acolheria? Ou escolher aquele que
poderia, numa hora dessa, te engolir vivo?
Carvão e o menino
Um garoto chega em casa furioso com seu coleguinha que o havia ofendido. Cheio de
raiva conta o caso ao seu pai. Este lhe diz que há uma boa maneira de se livrar daquela raiva
toda. Era só pegar um saco de carvão e atirar pedras de carvão nos lençóis brancos pendurados
ao sol, como se o lençol fosse seu coleguinha. Daí a pouco todo o carvão se foi atirado no tal
lençol. O pai volta ao quintal e o garotinho, diz feliz ao pai:
-Viu só, pai, olha lá acertei o meu coleguinha, olhe as manchas que deixei no lençol!
O pai sorri, e leva seu filho até o espelho do banheiro e mostra como este ficara, todo
pretinho de carvão! Então, ele diz:
- Pois é meu filho, a raiva que você sentiu só manchou com poucas
manchas o “seu coleguinha”, mas olha como você ficou todo sujo com sua raiva!
Raiva faz mal para quem sente...livre-se dela!
A ostra e a pérola
Conta a lenda que a ostra coitada, um molusco sensível, toda vez que abria sua concha
no fundo mar pra ver avida, se arranhava com a areia. E chorava fechada em si mesma um nácar
de lágrimas com aquela ferida. Mas ela continuava tentando se abrir...mal se abria e lá se
machucava novamente! Ao longo tempo, fora se formando esse nácar de sua dor e sofrimento,
que na verdade se tornara uma pedra preciosa, a pérola! Como diz o ditado: “ostra feliz, não faz
pérolas”!
Doce de figo/laranja
Para se fazer um doce de figo ou de laranja é preciso tirar o amargor da fruta primeiro,
muita água, muito tempo de molho...e lá vai embora todo o amargo do gosto...depois é só colocar
o açúcar e deixar cozinhar...aparece um doce suavemente gostoso!
O Quadro da Paz
Um rei queria mostrar o que de verdade era paz. Propôs um concurso do quadro que
representaria melhor a paz. Os artistas fizeram quadros de todos os modelos, quadros de uma
pomba branca, de um céu azul, de uma vela iluminada, muitos modelos de quadros...
O rei escolheu dois quadros, um que era de uma cena linda...um lago calmo, com um
céu muito azul, uma montanha verde que reluzia no lago azul...até um casinha se refletia no
lago...O outro quadro, era de um dia de tempestade, com um raio, montanhas escarpadas e
chuva caindo. Mas entre uma fenda e outra, estava uma andorinha em ninho, olhando
passivamente e se escondendo da chuva.
O rei diz aos súditos que o primeiro quadro é paz que sonhamos numas férias, no paraíso
se existir. O segundo, mostra o que podemos conseguir de paz, ao passarmos por tempestades
da vida!
Um filho de domador de cavalos escreve uma redação na escola contando seu sonho
de vida quando crescer. Descreve uma fazenda linda de cavalos, uma casa linda com uma
família feliz, e ainda uma escola modelo para crianças pobres. O menino ganha uma nota
mediana, ao que ele pergunta ao professor porque, pois ele havia feito o seu melhor! Ao que o
professor retruca dizendo, que pobre não pode sonhar sonho de rico! Que ele volte em casa e
refaça sua redação. Em casa ele conta esta história ao seu pai, que recomenda que ele jamais
desista de seu sonho. O menino volta a escola com a mesma redação e diz ao professor o que
seu pai lhe recomendou.
Anos mais tarde, um professor velhinho leva alunos para visitar uma fazenda modelo,
de criação de cavalos na redondeza, que até escola modelo tinha. Lá o professor confessa, que
fora ele o sujeito mais estúpido do mundo, reconhecendo no dono da fazenda, aquela criança
daquela redação. Ele vai até o domador jovem rico e cheio de alegria e conta a ela que fora seu
professor, aquele não o deixara um dia sonhar! Mas agora, aprendeu bem a lição...nunca desista
de seus sonhos! Um bom sonho, uma boa meta, sempre trazem grandes projetos!
Conta que um certa vez, um anjo tinham mais 15 minutos para fazer o desejo dos
humanos. Mas estava cansado e resolveu dar seu dom a dois caipiras que vinham voltando da
lavoura a notinha.
Um deles mais otimista, ao chegar perto do seu pomar, vendo as folhas secas dos pés
de fruta pensou...O deus bem que o senhor poderia dar uma boa chuvinha, uns pés de frutas
bem carregados...imediatamente começou uma chuva leve e os pés se transformaram em
árvores frutíferas carregadas de bons frutos.
O outro caipira, mais pessimista, ao ver seu pomar bem feio, pensou...droga de pomar,
podia era cair um raio de vez e queimar tudinho! E pronto, vurum!!! Lá veio o raio! Esturricou
tudinho mesmo!
O primeiro chegou na horta e viu seu porcao comendo o pouco que tinha...logo pensou,
eu podia ter um chiqueiro bem limpinho, cheio de ração e uma horta linda ...ah! Como seria
bom!...não mais que de repente, tudo se transformou! Um chiqueiro limpo, muitos porcos bem
gordos, uma horta maravilhosa!
O segundo pessimista, ao ver que seu porcão comia o resto da horta, pensou , o porcão
danado! Podia virar torresmo com um raio também...dito e feito! Virou torresmo na hora!
O primeiro chegando em casa mais feliz ainda nesse dia encantado...viu que a fechadura
da porta havia caído...e pensou...bom já que ganhei dos céus estes presentes...quem sabe Deus
me dá uma casa novinha em folha! E pronto, num instante pedido realizado!
O anjo apavorado com que havia feito chegou no céu para contar a Deus tudinho...e Este
o acalmou dizendo a ele que havia adorado a idéia....dar aos humanos quinze minutos de
bênçãos, mas sem avisá-los antes...que pensar positivo era algo muito importante!
Topeira
Uma pequena topeira vivia escondida em sua caverna com medo de sair de lá e ser
pisoteada pelos bichos maiores. Até que um dia ela sonhou que havia passado um cometa e
havia jogado suas estrelas em seus olhos...e depois disso, ela passara a enxergar tudinho, a
natureza, as flores, os bichinhos bem menores que ela que viviam sua vidinha felizes como a
formiga, a cigarra, a joaninha, o grilo e muitos outros que habitavam a mesma floresta que ela.
No dia seguinte, criou coragem e procurou pelo Dr. Coruja para que lhe fizesse um par de óculos.
Após coloca-los saiu feliz andando e percebendo o mundo a sua volta. Conta a história, que a
partir desta data, ela sempre saiu de sua toca pra ver o mundo lá fora.
Pedra no vaso
Um professor um dia chega em sala de aula com um imenso vaso de vidro, coloca nele
inúmeras pedras até a boca do vaso. Pergunta aos alunos se caberia mais alguma coisa lá
dentro. Os mesmos dizem que não. Ele então, pega pedras pequenas que rolam no meio das
grandes e enche até a boca do vaso. Pergunta a mesma coisa outra vez, ao que os alunos
novamente dizem que agora, não cabe mais nada! Mas o mestre pega areia e enche o vaso até
a boca, pois a areia penetra nas frestas e completa o vaso. Novamente ele pergunta, os alunos
nada dizem...ele coloca água completando até a boca!
Em seguida, ele pega um vaso igual e enche só de água. Pergunta o mesmo, os alunos
já meio desconfiados ficam mudos esperando o que vem. Ele então pega as pedras grandes e
tenta coloca-las e a água começa a sair do vaso...
-precisamos dar preferencia ao que for mais sério em nossas vidas, pois se nos
enchemos de coisas sem peso, não haverá espaço para aquilo que for mais importante!
Conta uma história, que havia um rei que tinha em seu castelo um jardim encantado.
Que todas as plantas do jardim queriam muito agradar seu rei e com ele sempre conversavam.
Mas um belo dia, enquanto o rei por lá passeava, notou que o sua grande castanheira
estava seca e sem folhas. Indagando-a porque estava assim, ela lhe disse que gastara toda sua
energia para ficar bem verdinha como o pinheiro no inverno e agora, estava assim, sem folhas
carequinha!
O rei andou mais um pouco e viu que o pinheiro também estava seco! Perguntando
porque, este respondeu que querendo agradar mais ao seu rei, ele tentara dar frutos como a
parreira, de tanto tentar se esturricou!
Passeando mais a frente viu que sua parreira de uvas estava bem murcha e sem uvas.
Fez os mesmos questionamentos, ao que ela respondeu que queria agradar o rei e tentou fazer
rosas como a roseira...
O rei desolado com tantas tentativas de agradá-lo, viu que num cantinho tinha uma
florzinha muito linda inteira, bela...e foi perguntara a ela como ela fazia para ficar assim, tão linda!
Ela respondeu, que nascera pra ser daquele tamanho e forma, e que para agradar seu rei, ela
era o que tinha que ser do melhor jeito! O rei perguntou então, quem era ela, ao que ela
respondeu:
O rei percebeu que precisava ensinar ao seu jardim que bastavam ser o que tinham que
ser o melhor que podiam ser!
A Senhora do poço
Numa pequena vila, morava uma mulher que tinha em seu quintal um poço encantado,
dele saía uma água curativa, que bastava um copo dessa bendita água e se ficava curado de
qualquer mal. Mas água só saía do poço se a senhora fosse buscar, mais ninguém conseguia
pegar. Então, ela tinha que ir o dia inteiro buscar copos de água para a imensa de pessoas
doentes que a procuravam. Era um trabalho sem fim...E ela prontamente ajudava a todos...mal
voltava de uma ida ao poço e já voltava de novo!
Até que um dia ela caiu doente, não conseguindo se levantar nem para ir ao poço buscar
água para si mesma...
Todos os doentes da fila, apavorados, se reuniram e levaram –na no colo até o poço
para que ela pudesse receber do seu poço essa água milagrosa e se curar...
Ela fica boa e aprende a lição...primeiro um copo de água para ela, depois ela ajuda o
outro! Para se cuidar de alguém, é preciso se cuidar primeiro!
Xícara cheia
Um rapaz muito estudioso e afoito, procura por um mestre para aprender mais sobre um
novo assunto. Mas o rapaz está cheio de tarefas de seu mestrado. O mestre o recebe, pergunta
o que ele gostaria e lhe serve uma xícara de chá, enquanto houve o rapaz contar empolgado o
que mais deseja estudar. Enquanto isto, o mestre vai servindo o chá na xícara, o xá começa a
entornar no pires e o rapaz avisa ao mestre que a mesma já se encheu e está derramando no
pires.
Dia da fraternidade
Um mestre leva seu discípulo, em um dia de fraternidade, para aprender a fazer caridade.
Passam por um homem velho, caído ao chão. O aprendiz quer logo levantar o velho e se baixa
para fazer esse gesto, quando o mestre lhe impede.
O moço novo e curioso indaga porque não levantá-lo? O mestre responde que podemos
e devemos ajudar apenas aqueles que nos pedem ajuda. E que aquele senhor, nem mesmo o
dedinho levantou para pedir ajuda. Que era possível, o aprendiz quebrar as costas e não
conseguir levantá-lo dali...
A Lagarta e a Borboleta
Todos nós abemos que uma lagarta vai gerar uma borboleta um dia! Que apesar dela
começar a vida rastejando, precisando das folhas das árvores, um dia se tornará um bela
borboleta flutuando pelo céu, saboreando o vento, as flores, a vida!
Mas para se tornar o que ela veio para ser, precisa passar por uma fase de metamorfose,
e sofrer as dores necessárias desta transformação. Ela se fecha em si mesma, e lá dentro do
casulo , vai poder se desmanchar num liquidozinho que contém as células germinativas que
darão origem a uma bela borboleta.
Uma terapia nos remete a esta fase de casulo, de mudança necessária, sofre mas se
muda!
Conta que Deus estava muito chateado com os homens e resolveu se esconder. Disse
ao seu anjo que iria para o fundo do mar se esconder. Mas o anjo retrucou que lá não seria um
bom lugar, pois os homens chegam de submarino. Deus então, pensou em ir para a Lua, mas o
anjo novamente retrucou. Disse que ali o homem já chegava também! O anjo resolveu dizer a
ele que existia um ótimo lugar para se esconder dos homens...que era dentro dos seus
corações...eles nunca vão lá!
Quatro velas
Um garotinho vai rezar com sua mãe em uma capela. Chegando lá, vê 4 velas
conversando...a primeira a vela do amor disse que não aguentava mais que iria se apagar, ah!
Humanos ...eles não tem mesmo amor a nada! A segunda vela, da paz, disse ao ouvir a primeiro,
eu também não tenho mais forças para trazer a paz de volta ao mundo, vou me apagar! A
terceira, a vela da fé disse em seguida, pois eu perdi toda minha força nessa vida, estou me
apagando...
O menino desesperado viu que ainda tinha uma das 4 velas acesas e correu a ela, que
lhe disse:
-fique calmo, eu sou a vela da esperança, aquela que nunca se apaga, posso acender
todas elas!
A menina estrela
Uma menina pequena, com medo de dormir no escuro, chamou sua mãe em socorro...
esta, sabiamente, ouvindo a filha... abriu as janelas e mostrou as estrelas do céu... contando a
seguinte estória... Quando Deus criou o mundo, criou o céu, deixou-o escuro demais. Ele, então,
pensou em criar alguma coisa que pudesse brilhar na escuridão infinita/mente... criou as
estrelas... de toda as espécies... umas maiores... outras menores... umas de brilho dourado...
outras, prateado... umas mais azuladas... outras alaranjadas... Mas criou-as com o intuito de que
elas iluminassem todos os asteróides e planetas ao seu redor, infinitamente. Criou até mesmo
revoluções estrelares... de onde sempre surgiriam novas estrelas... como também criou estrelas
bem maiores para que estas, pouco a pouco, fossem dando filhotes e fizessem seu brilho seguir
infinito afora... Mas Ele foi tão genial que criou o espaço tão grande que todas, mas todas as
estrelas mesmo poderiam habitar este espaço sem se esbarrarem... Deus deu uma missão
importante a todas elas: brilhem, brilhem bem... levem sua luz a todos os lugares que vocês
puderem... Dê luz a todos os planetas e asteróides que precisarem de luz e de calor e é certo
que vocês terão brilho suficiente para levar a todos... pois, uma vez sendo estrela, sempre será
uma, sempre brilhará pelos seus méritos naturais... Descubra como você brilha, e seu brilho se
tornará ainda maior...
... A menina entendeu que o brilho está nela e com ela... por isso podia dormir
iluminada... O sono iluminado...
... Deus está em toda parte ao mesmo tempo, ao redor e dentro de você! Você
jamais está só e desamparado. Pare, medite, volte-se para dentro de você e ouça a voz de Deus
falando aí dentro; guiando seus passos através da sabedoria do seu coração inconsciente. Siga
os passos do seu coração... Viva no entusiasmo (do grego en = dentro de + theos, teós = Deus),
amando Deus dentro de você, e a luz da criatividade guiará os seus passos, iluminará o seu
caminho.
A Rosa
Esta estória me foi contada por um amigo apaixonado. Um certo dia, na tentativa
de declarar seu amor pela namorada, deu-lhe um botão de rosa e pediu-lhe que, todos os dias,
invariavelmente, observasse aquele botão, pois ela teria uma surpresa maravilhosa.
E assim, todos os dias, pela manhã, a namorada olhava o botão que ia
crescendo e se abrindo aveludadamente, exalando um perfume discreto e inebriante,
responsável pela atração dos zangões e beija-flores, até que um determinado dia o botão se
transformou numa bela rosa e, de dentro dele, visualizava-se uma aliança com um bilhete que
dizia: “Quando o botão se abre eu entrego o meu amor, porque assim eu sei que a rosa já está
madura para recebê-lo”.
O Rei e o sábio
Diz uma estória que o conselheiro sábio do rei estava morrendo e o rei estava
desesperado porque, o que seria dele sem o seu conselheiro? Quem indicaria o caminho e lhe
daria as respostas? No leito de morte, o sábio deu ao rei um anel e lhe disse: “Ó, meu rei, tu que
já aprendeste tanto, saberás levar a vida sem os meus conselhos, eles já estão lá dentro de ti,
mas quando achares que não consegues mais, depois de tudo tentar, tu poderá ler a mensagem
de dentro do anel.”
Passaram-se anos, o rei foi lutando, péssimas colheitas, boas colheitas, tempos
de paz, tempos de guerra e ele lá... lutando... até que, num certo dia, desesperado, achando que
não daria conta, sentindo-se sem conseguir achar alguma saída, lembrou-se do anel do sábio, o
qual andava em sua mão por todos aqueles anos... Abriu o anel e lá estava escrito: “... Assim
como tudo que tu já passaste, enfrentaste e deste conta... também isto passará...”
O velho e o jornaleiro
Também ouvi esta estória por aí... Dizem que, quem conta um conto sempre
aumenta um ponto... É mais ou menos isso que vocês vêem por aqui... Algumas estórias têm
autor conhecido, outras, desconhecido, outras estão um pouco distorcidas, mas o que importa
mesmo é o objetivo de contar a estória e ressignificar o caminho. Caso você encontre algumas
estórias já vistas, elas estão aqui só para mostrar que estórias comuns podem ser o veículo de
estórias únicas que virão a seguir.
Esta estória é mais uma que, se lhe forem acrescentadas peculiaridades e
valores pessoais, poderá se tornar única e ainda levar a mensagem de que nunca está tudo
perdido...
... Clara era uma moça triste que não gostava da vila de pescadores onde vivia,
não gostava do que fazia, e só sabia reclamar... Numa madrugada de tempestade ela foi
acordada por uma voz que dizia: “Clara, vá até o rio agora, e você fará uma grande descoberta.”
Clara, apesar de triste e reclamona, era cheia de vontade de melhorar. A descoberta seria uma
boa nova... mesmo no meio de toda aquela chuva, ela saiu na noite e foi até a beira do rio... lá
chegando, tropeçou num saco de pedras e começou a procurar pela grande descoberta... não
via nada... para passar o tempo, foi jogando as pedras do saco na correnteza do rio... o tempo
foi passando e nada... nas primeiras luzes do raiar do dia, Clara segurava a última pedra do
saco... ao perceber, num misto de desespero e clarividência, que se tratava de um diamante...
Ela havia jogado rio abaixo inúmeros outros diamantes... mas a voz veio novamente e disse:
“Clara, você ainda tem um diamante na mão, use do brilho e da riqueza dele e mude sua vida,
ele pode ser sua grande fortuna”... A partir deste dia Clara mudou sua vida. Com aquele diamante
teve o dinheiro suficiente para fazer um negócio próprio e começar sua vida... Muito trabalho...
mas com a vontade e o brilho que levam alguém a mudar de vida e vê-la com bons olhos...
Boiar no mar
Esta é uma boa metáfora para quem tem dificuldade de entrar em transe, de se
entregar ou tem medo de perder o controle...
... Quando eu era criança, como já disse, morava numa praia... minha mãe não
sabia nadar... tinha muito medo que nos afogássemos no mar e ela tivesse que socorrer sem
saber nadar... por isso ela só nos deixava entrar no mar até a altura dos joelhos... o que era
muito pouco...
... Um dia meu pai resolveu nos ensinar a boiar... aquilo poderia aliviar um pouco
a aflição da minha mãe... A praia perto de onde eu morava tinha uma correnteza que levava a
uma prainha ao lado... Ele acreditava que, nos ensinando a boiar, chegaríamos a esta prainha,
caso a maré nos puxasse mar adentro...
... Mas do que eu me lembro como se fosse hoje foi da aula... da primeira vez
em que eu boiei... que delícia! Que coisa boa! Eu era tão pequena que a mão do meu pai,
apoiando as minhas costas, era um apoio enorme!... e ele dizia: “... solte-se, eu estou te
segurando... respira fundo, Sofia... seu pulmão se enche como se fosse uma bóia... respire...
olhe para o céu... veja o azul do céu... as nuvens...sinta o barulho do mar em seus ouvidos... vai
soltando seu corpo... abrindo os braços... abrindo as pernas... respirando fundo... agora sinta...
você flutua sobre as ondas... você está respirando gostoso... seu pulmão é como uma bóia...
agora você vai subir a onda... veja como é gostoso... e assim... lá pelas tantas... eu estava
flutuando... leve... gostoso... sem a mão dele me segurando... Pulava as ondinhas... mergulhava
nas ondonas... para logo poder estar boiando... sol batendo... barulhinho da água nos ouvidos...
o corpo solto... curtindo cada movimento... que delícia!...
Existem inúmeras versões para esta estória. Aqui vai mais uma. Na verdade
gosto de usar esta estória para mostrar às pessoas que um amor pode durar uma vida... basta
você querer... é diferente de uma grande paixão... é uma conquista feita aos pouquinhos... todo
dia.. Não é desfazer todo dia... é fazer todo dia um pouquinho...
... Conta a lenda que um sultão fora traído por sua esposa e jurou nunca mais
sentir a dor do amor e perder a sua amada... por isso instituiu uma lei em que ele se casaria todo
dia com uma nova esposa, teria com ela uma noite de sexo e no dia seguinte, pela manhã,
mandaria lhe cortar a cabeça, antes que pudesse se apaixonar por ela... Assim ele ia fazendo,
as mulheres do reino ficavam apavoradas, com medo de serem as próximas vítimas. Até que
Xerazade, filha do vizir, se dispôs a casar-se com o sultão para pôr fim àquela maldição. Seu pai
entrou em desespero, pois era ele quem mandava cortar as cabeças... Pediu à filha que não o
fizesse...mas ela insistiu... Conta a lenda que Xerazade era mulher culta... que lera toda a
biblioteca do Sultão... sabia poemas... estórias... provérbios... como ninguém... nada se fala
sobre seus dotes de beleza... Xerazade se casa com o sultão... tem uma noite de sexo
maravilhosa... quando o sultão começa a cochilar para adormecer, Xerazade começa a pensar
que é hora de fazer alguma coisa para não morrer decepada na manhã seguinte... Ela conta
estórias, as mais lindas, em versos e prosa... ao pé do ouvido do sultão...e devagarinho vai
soprando, suavemente, palavras... tramas e amor... o sultão se encanta... no dia seguinte, pela
manhã, o sultão adia sua morte para o dia seguinte e... assim por mil e uma noites e mais uma...
eternamente... ele vai adiando a morte daquela mulher que o encantava dia a dia... Mas todos
os dias de sua vida... o amor nasce... cresce e deve ser criado assim... todos os dias um
pouquinho...
O pássaro encantado
... Conta a estória que um pássaro encantado visitava uma menina, vez por
outra, para cantar as mais lindas melodias... Vinha sempre com uma penugem
maravilhosamente colorida... um canto de cada lugar do mundo que já havia estado... A menina
se encantava com ele... e um dia resolveu prendê-lo, para que ele só cantasse para ela...
colocou- numa gaiola e lá ficou observando-o... ele foi parando de cantar... perdendo a cor de
suas penas e aos poucos foi ficando cada vez mais triste... Então a menina percebeu que para
ele viver era preciso libertá-lo... Soltou o pássaro... ainda que ficasse triste... mas sabia que, se
o tratasse bem, ele voltaria a visitá-la sempre... pois ele a visitava porque gostava dela... Assim,
toda vez que ele viesse seria bem recebido, com amor e prazer, de ambos os lados. Isto bastaria
para que ele retornasse sempre e o que havia de belo permanecesse...
Muitas vezes aprendemos com os nossos filhos. Esta estória aprendi com o meu
filho Pedro que sabiamente ajudou a curar “uma dor” que constantemente aparecia em minha
filha Marcella. Acredito que, mesmo sendo uma estória infantil, você possa aproveitar com seu
cliente e utilizá-la nos casos de dores somatizadas.
... Tudo começou com queixas constantes de minha filha, antes, durante ou
depois da aula... Num dia tinha dor de cabeça, noutro dor de barriga, noutro dor de garganta, e
assim por diante... Estava entrando no primário, tinha lá suas dificuldades: aprendizado do
alfabeto, a matemática e a adaptação a uma nova escola... Menina sensível... sentia mas não
sabia expressar... então colocava em “dores” ...melhor dizendo “em sofrimentos”...
... “Em casa de ferreiro o espeto é de pau”!... Eu não via isso!!! Até que um dia
meu filho, ouvindo uma queixa de dor de cabeça, disse: “Deixa mãe, eu resolvo isto. Vou trazer
um livro da escola e vou contar uma estória que vai curar estas dores! Sabia que esta dor da
Marcella tem outro nome?!”...
... Voltou da escola orgulhoso... livro na mão, pôs-se a ler para nós duas... Fomos
ouvindo a estória... Percebi que ambas estávamos curiosas... afinal, algo nos curaria!...
... Era a estória de uma menina que foi para a escola e, durante o ano, começou
a ter dores todos os dias... Um dia tinha dor de garganta... ia ao médico, não era nada... Noutro
tinha dores de cabeça, ia ao médico, não era nada... E assim as dores vinham e iam... vinham e
iam os médicos... doença de verdade... nenhuma...
... Até que um dia foram num médico diferente... ele ouviu as queixas e disse à
mãe e à filha: “Sua filha sofre sim, mas essa dor tem outro nome”... Que susto! Como?! O que
era?... O médico explicou que só a filha saberia dizer qual o outro nome da dor... Toda vez que
uma dor viesse... a mãe deveria parar tudo e perguntar à filha.
Lembro uma vez, ainda estudando como criar metáforas, num curso fora do país,
em que tive de criar um diálogo em que eu deveria falar algo ao meu professor. Que aperto! Mas
aprendi, dentro das teorias budistas, que é exatamente a incerteza, a insegurança, que trazem
a criatividade... fui em frente... mais um grande desafio: hipnotizar, criar uma estória numa língua
diferente e para o professor! Meu Deus, era desafio demais...
... Depois de uns minutos de silêncio, pensei: Por que não contar a minha história
para ele? O resto... a interação, o diálogo viria...
Veja o que deu... eu a uso até hoje... Aproveite para fazer as suas...
... Mas a laranjeira era novata, nada sabia, ela queria aprender a florescer como
as grandes laranjeiras... mas o simples fato de estar florescendo pela primeira vez a deixava
emocionada... ela produzia flores, então viriam os frutos... Pelo fato do seu excitamento, sua
robustez, ela exalava um perfume mais intenso... era diferente... chamava a atenção o perfume
de laranjeira nova...encantava... O carvalho, árvore frondosa, que trazia a sombra do sol forte e
a proteção aos grandes vendavais, foi sentindo o cheiro da coisa nova... quem era essa laranjeira
tão pequenina, mas tão saliente, mostrando seus ares de curiosa?... Assim, o carvalho indaga a
ansiosa laranjeira... Ela responde que é nova na área, fora enxertada naquele terreno há pouco
tempo, mas estava gostando de ter ao seu lado tão grande carvalho como protetor... Ele então
responde cordialmente ao cumprimento dizendo: ...É muito bom receber gente nova, ainda
viçosa, com perfume novo, que vem arejar estes ares... Há sempre uma troca, laranjeira nova...
eu lhe dou sombra... você dá um novo perfume...
... os dois assim entraram num bom diálogo e, dali pra frente, fizeram um pacto
de troca... como estariam sempre por perto, seria muito bom que as trocas se fizessem sempre...
A parte jovem entrava com garra, alegria, entusiasmo e muita vontade de aprender... a parte
mais sábia, mais vivida, entraria com a sabedoria... guiando passos... indicando as estações do
ano... dando proteção... sombra... carinho e compreensão aos atos impulsivos da parte nova...
já sabiamente podado pela vida, o carvalho sabia que haveria tempo de primavera... flores...que
dariam frutos... mas que viriam longos invernos... e seria exatamente neste período... que haveria
de se ter força para sobreviver... ...O diálogo dura até hoje... enquanto houver vida, haverá
troca... E os dois lados dão e recebem... isto faz a união...
Esta é uma estória que uso muito para dizer que o novo aprende com o velho,
mas o velho aprende também com o novo.
Há sempre trocas... Você pode dar o que você tem de bom, até sua curiosidade,
e com isso receber o conhecimento... o amadurecimento...
... Há sempre o que dar e, do outro lado, o que receber...
Porco-espinho
Conta uma estória que mandaram um casal de porcos espinhos para a neve.
Eles sentiam tanto frio que resolveram esquentar um ao outro, ficando bem juntinhos, mas,
abraçados, começaram a se espetar com seus espinhos, um ao outro. Daí que se intoxicavam
com o veneno um do outro, devido à proximidade exagerada.
... Quando eu tinha 12 anos minha mãe faleceu... fiquei muito abalada porque eu
a amava demais... ela era linda, em todos os sentidos, até na alegria... Na hora do enterro,
quando eu não a veria mais, pedi a Deus que me desse força para guardá-la no coração e que
eu aprendesse as lições que ela havia me dado até então, inclusive a alegria de viver... Lembrei
dela sorrindo e me dizendo: “Sofia, olha para o céu, hoje tem festa de aniversário lá, está cheio
de docinhos de coco, olhe!” (eram aquelas nuvens branquinhas, pequeninas e ralas). Neste
mesmo instante olhei para o céu... ele estava rosado com o pôr-do-sol... lindo para recebê-la...
eu pedi a Deus que me desse um sinal de que eu daria conta do meu recado e de não tê-la por
perto... Foi chegando uma freira do colégio onde eu estudava e me deu um livro... Foi o sinal de
Deus... O livro era este, Pollyana, que falava do jogo do contente... Saí dali já lendo e aprendendo
que tudo tem um lado positivo... Deus levava quem eu amava, mas me dava coragem para cuidar
de outros que eu poderia amar e ensinar a alegria de viver... Ali começava minha jornada de
fazer alegre aquilo que se entristece...
Mas um dia ganhei um livro de uma pessoa especial, e o livro se chamava: Longe
é um lugar que não existe, de Richard Bach. O nome já me interessou e logo comecei a lê-lo.
Contava a história de uma gaivota que morava no norte dos Estados Unidos e
que chorava porque sua melhor amiga fora embora para o pólo Sul num navio. Chorava dizendo
que a amiga tinha ido morar muito longe, muito longe...
... Mas uma ave amiga, ao vê-la chorar, disse: “Longe é um lugar que não existe,
só existe dentro da cabeça das pessoas. Se você gosta dela, vá em frente. Sempre em frente. A
vontade levará você até o pólo Sul. Pelo caminho, quando estiver cansada, pare e pense... longe
é um lugar que não existe... Eu chegarei lá...”
... Ouvindo estas palavras, a gaivota pôs-se a caminho. Foi voando e de quando
em quando perguntava: Onde estou, falta muito para o pólo Sul? Ao que os pássaros respondiam
que estava longe, muito longe. Ela só pensava na frase da ave amiga e continuava sua jornada.
A vontade, a garra e a disposição eram tão fortes que ela voava feliz...
... Aprendeu a admirar as paisagens, o céu, o mar, o canto, as outras aves, a ver
a beleza da natureza... e, com isso, a apreciar a passagem por aquela etapa da viagem...
... E quando deu por si, ela estava lá junto da amiga no pólo Sul!
Gansos
Os gansos sabem como é difícil voar sozinho. Eles voam em bando. Isso diminui
a força que fazem ao voar, cortando os ares.
Fazem uma formação em V, de tal maneira que um voa na frente, fazendo mais
força que os outros. Logo a seguir, vêm dois outros, um em cada lado da asa do primeiro,
pegando o vácuo e assim por diante o resto do bando. Os que vão atrás vão grasnando,
incentivando o líder para que este continue mantendo a força.
Quando o líder cansa, vem à frente o segundo, e o líder vai lá para o final,
descansar. E assim, o bando caminha junto. Quando, às vezes, um resolve debandar, percebe
que precisa fazer força demais e vê que é preferível retornar ao bando e ter certa proteção.
Neblina
Resfriado
... Quando ficamos gripados, achamos que é o fim do mundo... que aquele mal-
estar não passará nunca... nos sentimos muito mal... O mal psíquico age da mesma maneira e,
como na gripe, repouso e tempo ajudam o corpo ou a mente a melhorar... O silêncio, a
meditação, a hipnose são maneiras de repousar a mente... acalma... alivia... podendo esta
encontrar as saídas para aquilo que pensava não existir...
Abscesso
Alarme
“O alarme de incêndio está bom quando toca devido ao fogo que está
acontecendo. O alarme estragou de vez se há incêndio e ele não toca. E o alarme está sensível
demais se toca por qualquer fumaça de um bife na frigideira. Este alarme precisa somente ser
reequilibrado.”