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CURSO AVANÇADO

Por Sofia Bauer


CURSO DE HIPNOTERAPIA ERICKSONIANA AVANÇADO

CAPÍTULOS

1 – Hipnoterapia sob Medida


2 – Como fazer terapia sob medida
3 – Toda doença é uma tentativa de solução
4 – Recordando as Técnicas Hipnóticas
5 – Doenças Psiquiátricas
6 – Doenças Psicossomáticas
7 – Problemas sexuais
8 – Compulsões
9 – Trabalho com Dor
10- Transtornos Dissociativos
11- Psicologia Positiva e a Hipnose – tarefas, rituais, brincadeiras
12- Como ser um bom terapeuta
13- Metáforas mais usadas

1 – Hipnoterapia sob Medida

Você aprendeu ao longo do primeiro Manual como fazer uma Hipnoterapia sob medida.
Nesse vamos dar continuidade, apenas repetindo alguns temas. Espero que o básico, as
induções e a linguagem da hipnose ou da terapia ericksoniana já estejam bem adaptadas. Caso
não, por favor, volte ao Manual Básico e reveja as induções e a linguagem hipnótica. Você vai
precisar delas para trabalhar. São suas ferramentas básicas.

Lembrando que você não precisa usar hipnose em todos seus pacientes!

Muitos deles, não vão querer serem hipnotizados, por motivos diversos como: medo de
perder o controle, falta de orientação, medo dos mitos sobre hipnose, falta de paciência com
“aquela coisa monótona” , ter um cérebro mais racional, etc.

O que você precisa saber é fazer uma terapia sob medida para cada cliente. Portanto,
você não terá a mesma técnica sendo aplicada da mesma forma em um mesmo dia! Serão
terapias feitas de formas completamente diferentes , para pacientes completamente diferentes.
Por exemplo, você pode fazer regressão a uma cena traumática da infância para curar
uma fobia social, através de um álbum de fotografias com um paciente. Com outro, apenas
relatando o fato novamente. E com outro através da hipnose falando devagarinho dos infortúnios
que ele viveu, ou fazendo a linha do tempo, ou aplicando Estados de Ego. São tantas as maneiras
diferentes, de fazer a mesma regressão!

É por isso, que muitas vezes, os nossos clientes vão dizer assim: “ela diz que faz
hipnose, mas nunca fez isso comigo!”

Mas na verdade, nós o fizemos, de forma despistada. Sem que o paciente perceba,
vamos falando de coisas que ele mais gosta e valoriza, vamos entrando no assunto que
desejamos, ele fica inteiramente focado e pronto! Temos um paciente acordado e hipnotizado!

A hipnose pode ser um simples uso de linguagem mais adequada. Usamos de forma a
fazer o paciente ficar focado numa solução de problema, e mesmo acordado, ele fica absorvido
naquele tema e se embebe do que necessita como uma provável saída do problema que se
encontra no momento. Por vezes, até se emociona! Chora, fala de coisas passadas, faz
referencias a situações como se estivesse lá vivenciando aquilo outra vez. Isso é uma regressão
feita de forma sutil.

Utilizamos apenas o que o paciente sente-se confortável em falar, trazer, tocar e por aí
vamos refazendo a jornada de vida de cada um que nos procura.

Simples assim!

Fazer uma terapia sob medida, significa que ela precisa ter o “jeitinho” do seu paciente.
Vamos agora, aprender a fazer a terapia sob medida para cada cliente como ele deseja receber.

Antes disso, porem, você precisa fazer uma ficha de cada paciente, que irá usar em
todas as sessões seguintes e deverá manter arquivada!

Aqui no Brasil, devemos seguir as normas do CRP ( Conselho Regional de Psicologia)


e do CRM ( Conselho Regional De Medicina), que pedem que se faça a ficha sugerida logo
abaixo. Você deve gastar alguns minutos preenchendo essa ficha, mas é importante seguir as
regras do jogo!

Ficha do Cliente:

Nome:______________________________________________________
Endereço:___________________________________________________

Idade:_______________________________________________________

Profissão:___________________________________________________

Indicação:___________________________________________________

Data do primeiro atendimento:_________________

Queixa Principal:

História da moléstia atual:

História Pregressa:

Medicamentos usados:

Hipótese Diagnóstica:

Técnicas a serem usadas:

Primeira sessão:

Data da liberação do paciente e motivo:

Encaminhamento se houver:

Alta? Ou apenas liberação?

A pedido do paciente?

Alguma coisa a ser relatada oficialmente a mais..

Essa é uma ficha de acordo com o CRP e CRM . Se você quiser fazer diferente, pode
fazê-lo, contanto que inclua tais dados. É importante ter um relatório geral de suas consultas
terapêuticas, caso aconteça alguma coisa com seu paciente, e o mesmo entre na justiça por
algum motivo. Ou alguém entre na justiça e você receba de surpresa um pedido oficial do juiz
para dar um relatório dos atendimentos de tal paciente. O tratamento é de caráter sigiloso e você
só poderá passar alguma informação ou a pedido do próprio paciente ou porque o juiz lhe
mandou um ofício pedindo o mesmo. Mas você poderá ser visitado por um oficial de justiça, a
pedido do juiz, para mostrar as papeletas deste paciente. Portanto, tenha sempre um arquivo
com todos as consultas de seus pacientes por muitos anos!

E assim por diante, descrever o que você fez em terapia , técnicas utilizadas, breve
resumo do conteúdo das sessões.

Até o dia da alta desse paciente é preciso um breve resumo de cada sessão realizada.

Você pode adicionar a essa ficha básica , as metas e técnicas que você queira fazer
futuramente nas próximas sessões. Isso pode te ajudar com um bom guia e manter você focado
na solução do problema.

2 - Como fazer a terapia sob medida?

Jeffrey Zeig, discípulo e seguidor do Dr. Milton H. Erickson, foi quem teorizou aquilo que
o grande mestre já fazia sem teoria. Jeff foi o fundador da “The Milton H. Erickson Foundation”,
uma entidade que visa a formação de profissionais como Hipnoterapeutas, formando pessoas e
fundado Institutos ao redor do mundo para que espalhem o legado de Milton H. Erickson. Jeff é
ainda professor titular dessa fundação e ministra cursos de hipnoterapia por todos os continentes.
Foi ele também que conseguiu teorizar os ensinamentos do mestre e que veremos a seguir de
forma mais resumida.

Dr. Milton Erickson era habilíssimo em tratar seus pacientes com hipnose sem ao menos
deixa-los constrangidos com as técnicas. Muitas vezes, o fazia até sem o paciente perceber. A
grande maioria de seus atendimentos era feita sem hipnose formal. Ele apenas usava linguagem
hipnótica ou tarefas sutis. Mas os resultados eram sempre muito bons, pois fazia uma terapia
sob medida para cada paciente de uma forma inusitada!

O melhor de tudo é que os pacientes saíam felizes de cada sessão e com algo que se
perpetuava em suas almas, mentes ou o que você quiser chamar. Ele fazia sessões bem
diferentes, mas sempre muito focado na meta que desejava atingir. É fato que na maioria dos
casos, ele não usava hipnose formalmente!

Somente em 10% dos seus casos ele usou dessa hipnose formal. Mas ele hipnotizava
contando estórias, dando tarefas, levando seu paciente para dentro de sua casa e mostrando
algum detalhe que tivesse valor para aquele paciente, fazendo um passeio pela cidade e levando
consigo seu paciente.

Assim, podemos aprender com ele que não há necessidade de se fazer


uma hipnose formal!
Lembre-se que teremos pacientes que não vão querer serem hipnotizados!
Mas que podemos usar da linguagem hipnótica e até mesmo, das técnicas que
você irá aprender ao longo desse livro.

Jeff ensina com muita habilidade um esquema básico de fazer terapia sob medida que
descreverei a seguir:

Modelo de hipnoterapia básico

Primeira Parte :

Avaliação do paciente : Qual é o Problema a ser resolvido? Problema “X”

Pesquise durante os primeiros minutos da consulta, do que se trata o problema, quando


começou, se houve algo antes, e tudo mais que estiver relacionado. Não é preciso gastar muito
tempo nessa pequena avaliação! Dá para ser feita em alguns minutos e com perguntas precisas.

Se você deixar o paciente começar a falar muito você perde o foco do que deseja
alcançar como meta. Por isso, seja breve e pergunte apenas o necessário, tipo:

Qual é o seu problema? Descreva em poucas palavras. Quando isso começou? O que
estava acontecendo em sua vida antes disso aparecer? Alguma contrariedade? Algum acidente?
Algum trauma? Que horas isso aparece? Quando e como?

1- Analogias, metáforas que o próprio paciente faz do seu


problema “X ou pergunte com seu problema se aprece. Você poderá
usar das próprias metáforas ou analogias trazidas pelo cliente.
2- Descrição detalhada do problema “X :
Quando isso começou? Diga me os passos do problema.
Como ele começa? A que horas? Qual a intensidade? Como continua
e como para? Isso, se é que para! Enfim, procure saber os passos do
sintoma, detalhadamente em poucos minutos.
3- Valores do paciente: o que esse paciente valoriza?
Família, dinheiro, competência, esportes, lazer?
4- Tentativas de solução do problema já experimentadas.
5- Campo relacional: com que pessoas podemos dizer que
essa pessoa se envolve tendo esse problema “X” em questão? Pais,
cônjuge, filhos, patrão? Alguém mais está envolvido no aparecimento
desse sintoma “X”?

Após fazer esse breve questionário, que não deve passar de alguns 20 minutos ou meia
hora, você deve iniciar seu trabalho junto ao paciente. Se deixa-lo só falar, nada será feito e o
impacto de uma primeira sessão é muito importante!

Pense numa entrevista em TV, se você for perguntado sobre algo e começar dizendo
desde a origem desse “algo” até o momento, provavelmente sua entrevista será cortada
conforme o gosto do jornalista, que ainda dirá que você é bem prolixo, e não o chamará mais a
dar entrevistas. Além disso, o telespectador nada vai entender do que você queria comunicar!
Um bom comunicador fala nos primeiros minutos de entrevista aquilo que ele deseja comunicar
e ainda dá ênfase. Essa é a dica essencial!

O mesmo acontece numa consulta, principalmente numa primeira consulta! O que o seu
paciente deseja é alívio de seu problema!

Você precisa ser bem objetivo e dar algo de presente já na sua primeira sessão de
terapia. Você precisa comunicar, sendo bem direto e fazendo de forma eficaz o que o paciente
precisa naquele momento. Essa forma mais rápida de ir direto ao problema, já dará algum alívio.

Por isso, é importante esse modelo de terapia. Você faz essa pequena entrevista nos
primeiros 20 minutos. E depois, passa a segunda parte da sessão, que verá a seguir, segundo
Jeffrey Zeig.

Segunda parte:

1- Em uma única frase diga o que você vai trabalhar sobre aquele
problema. Resuma em uma frase, algo que você realmente possa ajudar seu
paciente, dentro daquilo que ele traz como problema. Por exemplo, se ele vem falar
de querer emagrecer, sendo obeso e tendo muita ansiedade. O melhor não é dizer
que vamos trabalhar para que ele coma menos, pois provavelmente, vamos falhar!
Mas você pode dizer que podemos trabalhar com sua ansiedade, que aumenta sua
compulsão a comida; e isso, é o que faremos hoje. Sempre pensar numa meta que
você pode alcançar nesse dia de terapia com alguma técnica que você possui. Diga
apenas aquilo que você sabe que pode conseguir. Assim não vai enganar seu
paciente! Então pense: qual é frase que vou usar...”hoje, nós vamos trabalhar com...”
2 Fazer a Semeadura - Contar estórias de empatia que se pareçam com o
problema que a pessoa apresenta e que houve algum tipo de solução. Pode ser um
citação de alguém conhecido, pode ser uma história de novela da TV, ou sobre um
romance. Essa história de empatia pode ajudar seu paciente a abrir caminho para
possibilidades futuras, e resolver o que hoje, parece sem solução!

3- Fazer uma indução de hipnose sob medida utilizando as palavras que o


paciente utilizou para descrever seus problemas. Assim, você vai usar as palavras
negativas ou idiossincráticas (coisas esquisitas que estão atreladas aos sintomas
descritos) do paciente, para ressignificá-las! Essas induções podem ser feitas
mesmo com o paciente que não entra em transe, numa conversa hipnótica. Existem
várias possibilidades de técnicas hipnóticas que podem ser usadas para colocar seu
paciente em transe (mais interno e mais focado). Assim, com o paciente mais interno
e mais focado, ele está em transe mesmo que permaneça acordado. Alguns nunca
vão querer serem hipnotizados, ou por terem resistência, ou por acharem muito
chato ou monótono. O que importa é que você precisa saber: como é que ele se
sente mais confortável? Alguns vão dizer que não gostam dessa linguagem mole e
quase parada. Outros porque não conseguem fechar os olhos, como muitos
pacientes panicados ( que sofrem de pânico). O que importa é que se use uma
linguagem hipnótica, que faça seu paciente ficar mais focado e interno. Quando o
paciente está mais focado e interno, o cérebro produz mais endorfinas, neuro-
hormônios que fazem o paciente ver com outros olhos os mesmos problemas. A
indução ajuda o paciente a buscar novas possibilidades, abre os caminhos para
soluções mais saudáveis que serão colocadas logo a seguir.

4- Intervenção principal : aqui você deve introduzir algum tipo de técnica


hipnótica, energética, de psicodrama, entre outras, que você preferir. A intenção é
levar a meta do seu trabalho em frente. O que você deseja comunicar ao seu
paciente será feito agora! Aquilo que você esquematizou que poderia ajudar nessa
sessão, será desenvolvido nessa etapa da terapia. O paciente necessita de ajuda
para ver a vida ou seu problema específico de uma nova forma. Com a técnica
escolhida você o ajudará a fazer este serviço. Aqui, é que entrarão as técnicas que
falaremos em cada capítulo a seguir quando mencionarmos os diferentes problemas.
Por exemplo: quando queremos ajudar alguém a parar de fumar, podemos na
intervenção principal, ensiná-lo a usar a técnica do grupo de Teresa Robles “fumar
oxigênio”, ou fazer um psicodrama entre as duas partes, a quer fumar e que quer
parar de fumar. Podemos contar metáforas que tragam a solução do problema
também. Essa uma segunda técnica que pode ser aliada a outras que você estará
usando aqui na intervenção principal. Muitos ficam presos a apenas contarem
histórias nessa fase da terapia! Isso é muito pouco, ninguém vai melhorar só ouvindo
historinhas. É preciso muito mais! É nessa hora, que de verdade trabalhamos com
nosso paciente, você precisa utilizar a melhor ferramenta para lapidar o que é um
problema para cada pessoa sob medida. Durante a leitura desse manual, você terá
inúmeras técnicas que podem e devem ser colocadas nessa etapa da terapia, na
INTERVENÇÃO PRINCIPAL!

5- Sugestão Pós Hipnótica e tarefas. Aqui você poderá fazer sugestões


diretas ao problema , bem como dar tarefas que mudem a vida dessa pessoa. É uma
excelente oportunidade de aplicar as tarefas da Psicologia Positiva de Martin
Seligman também.
6- Retirar o paciente do transe e reorientá-lo a sala e ao momento presente
caso esteja em transe, ou simplesmente finalizar seu atendimento.
O mais importante é treinar bem esse esquema em qualquer terapia a ser feita, mesmo
que você não faça uma indução formal, utilize essa maneira de trabalhar. A forma de trabalhar
com esse esquema leva você a fazer uma terapia sob medida de forma fácil e simples. Graças
ao nosso querido professor Jeffrey Zeig que teorizou a maneira pela qual Dr. Milton Erickson
trabalhava.

Abaixo veja esquema de Zeig sobre o Metamodelo da terapia feita por doutor Erickson.
Nesse esquema breve, Jeff consegue mostrar o que devemos incorporar ao trabalho, montando
as etapas que devem ser feitas em uma sessão de terapia focada na solução de problemas. Se
você conseguir pensar nesse modelo, fará excelentes trabalhos psicoterápicos.

Meta modelo de Milton H. Erickson feito por Jeffrey Zeig:

1- Meta – o que desejo comunicar ao paciente?


2- Como embrulhar para presente tal meta?
3- De maneira posso fazê-lo sob medida?
4- Como utilizar das ferramentas que o cliente me traz?
5- Como fazer o processo de terapia?

Veja os seguintes quadros abaixo:


META-MODELO DE INTERVENÇÃO ERICKSONIANA
Jeffrey K. Zeig
META
2a. pergunta: O que eu quero
comunicar?
POSIÇÃO DO PACIENTE
Tailoring
4a. pergunta: Como EMBRULHO DE
individualizar? ou Como o ! PRESENTE
paciente funciona? 3a. pergunta: Como eu
(Categorias diagnósticas comunico a meta?
ou de avaliação e ganchos )

! POSIÇÃO DO TERAPEUTA
Pessoal PROCESSO
Profissional
5a. pergunta:
Como criar um drama ?
1a. pergunta: Que posição eu ou Como criar fluxo?
tomo? Quem sou como
terapeuta? O que eu projeto?

Coração = Compaixão
Chapéu = Papel social
Músculos = Poder técnico
Lentes = Capacidade perceptiva

Sofia Bauer

COSTURANDO E ESTABELECENDO METAS

Copyright 1988, Jeffrey K. Zeig

Questões Diagnósticas: um diagnóstico de ação naturalmente estabelece metas e inicia


o processo de terapia.

1. Descrição: Obtenha uma descrição completa e detalhada do problema


“X”.
2. Analogia: Com o que a pessoa se parece? Problemas? Sistema?
Solução?
3. Mecanismo do Problema: Como a pessoa faz “X”? Qual é o mecanismo
que mantém o problema? Exemplos paralelos do problema. Gatilhos e seqüências.
Soluções já ensaiadas. Situações nas quais ele piora. Como fazê-lo piorar. Qual o
modelo de problema? Qual é o “subset of” do problema? Qual o “supraset” do problema?
4. Valores: Qual a posição/postura que o paciente assume? Quais são os
valores primários? Pontos de vista? Padrões redundante/confusões? Linguagem
experimental? Sistema de crenças? Em que ele é “viciado?” Quais são os seus
extremos? Quais são suas ausências conspícuas? Quais são seus interesses?
5. Tratamento/Soluções: Como faz qualquer pessoa oposta “X”? Como
esta pessoa faria o oposto desse problema? (Apelo a história construtiva). “Como você
sabe se pode ou não resolver o problema?” Exceções. Exemplos paralelos de soluções.
Situações nas quais você é melhor. Quais os passos estratégicos construtivos mínimos
que podem ser iniciados?
6. Relacional: As funções sistêmicas do problema. Há alguém com
problemas semelhantes? Quais as relações dos outros? Papel social. Requisitos
relacionais. O que o paciente procura superar? Rótulos? Recursos do sistema social.
Procura por uma solução interacional. Mudar causas sociais do problema.

Resumindo, com um bom exercício para você treinar :

EXERCÍCIO DE COMO TRABALHAR PASSO A PASSO NO SINTOMA

Demonstração

1. Descrição

2. Analogia

3. Mecanismo do problema

4. Valores

5. Tratamento/solução

6. Relacional

Todos os terapeutas farão três perguntas bem objetivas para o paciente, cada um
seguirá aquilo que começou a ser desencadeado no paciente com sua série de perguntas
até o último colega. Anotem as respostas.

Avaliem e façam uma suposição do objetivo da terapia para este paciente, depois
de pedirem para que ele se ausente por alguns instantes.

1- Redefinir
2- Estória empatia. Semeadura – história que motive o paciente
3- Indução
4- Intervenção principal – história com a solução do problema. Depois tirar o sujeito do
transe.
5- Sugestão pós hipnótica
6- Retirar a pessoa do transe

O que você precisa fazer, é seguir o esquema acima para fazer uma boa terapia sob
medida. Sugiro que treine com alguns colegas esta técnica. Um ajudará o outro com ideias e
metáforas. Um completa o que o outro vai sugerir. Você pode também dividir assim: um faz a
meta, outro faz a semeadura, outro faz a indução , outro faz a intervenção principal com alguma
metáfora, e por último, alguém faz a sugestão pós hipnótica! Caso não tenha companhia, faça
sozinho! Mas esse esquema, deve ser treinado até você conseguir faze-lo sem pensar.

Esse esquema pode ser treinado em todas as sessões de terapia que você vier a fazer
de agora em diante! Pratique, pratique , pratique!

Durante os treinos você ficará mais acostumado a pensar sob medida e com foco na
solução de problemas. Isso sempre fará que aquela terapia do dia seja bem sucedida! Pois com
foco, sabendo que meta você deseja atingir, sempre chegará a um bom final. O cliente fica feliz,
pois você levou-o a alcançar uma nova idéia e um novo rumo, deixando aberto possibilidades
futuras.

Basta você ter em mente que deverá seguir este diagrama abaixo numa sessão de
terapia. Veja como é simples!

Vamos lá treinar bastante!

LINHA TEMPORAL DA PSICOTERAPIA

Motivação

Semear Pequenos Intervenção Acompanhar


passos Principal

Diagnose
Terapêutica

Construção
de
respostas

Sofia Bauer
O que teremos será uma sessão de mais ou menos uma hora, onde você faz uma
avaliação do paciente e escolhe qual a meta a seguir. Inicia dizendo ao paciente com o que
vocês vão trabalhar, depois faz a semeadura. A seguir, vem a indução hipnótica ou uma
linguagem hipnótica que leve o sujeito a ficar mais focado em si mesmo. Aí, você vai fazer a
intervenção principal, onde se introduz o que precisamos para ajudar esse paciente a mudar sua
vida! Fecha a terapia daquele dia, com a sugestão pós hipnótica, podendo deixar alguma tarefa,
dica ou gravação do trabalho, para que ele escute outras vezes, ao longo dos dias, até voltar à
próxima sessão.

Trabalho feito sob medida requer foco no que você deseja mudar e comunicar.

Para cada sintoma, você vera que temos uma série de situações que podem leva-lo a
sentir tal coisa. Então é nessa hora, que você se tornará um detetive do bem! Vai procurar
entender o sintoma, o que ele quer dizer, quando aparece ...

Todo sintoma é uma tentativa de solução! Sim!

Todo sintoma é uma tentativa frustrada de desviar do caminho do sofrimento, mas


infelizmente causa mais sofrimento.

Veremos isso no próximo capítulo!


HIPNOSE NATURALISTA
 
A terapia é única para um único cliente, construída
para as necessidades e situações daquele sujeito .
(Erickson, 1980, vol. 1, p. 15).

Terapia Naturalista ⇒ a natureza do sujeito


Utilizar o que o paciente faz

Sofia Bauer

Fica para finalizar este capítulo uma sugestão, vejam um filme muito interessante de
Milton H. Erickson de 1979, pouco antes de sua morte, ele ainda dando suas aulas em pequenos
seminários em seu minúsculo consultório em Phoenix , Az. Ele era inusitado para ensinar e vale
a pena você poder vê-lo trabalhando e ensinando nas entrelinhas. Nesse vídeo, você poderá ver
como ele ensinava o que era hipnose, fenômenos hipnóticos, regressão, semeadura, sonhos em
transe, visualizações de futuro e sugestões pós hipnóticas sem dizer que estava ensinando,
apenas praticando!

É um verdadeiro espetáculo poder aprender com Dr. Erickson. Portanto, deixo como
dica, dever de casa ou tarefa, como você preferir aceitar minha sugestão!
Filme de Erickson 1979

Demonstração de Fenômenos
Hipnóticos
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Sofia Bauer

Assim, terminamos este capítulo com um gostoso sabor de aprendizado sob medida...

3- Toda doença é uma tentativa de solução!

Você deve estar se perguntando o que é isso? Como uma doença pode ser uma tentativa
de solução de algum problema, causando outro ainda pior?

É isso mesmo, uma doença, um sintoma, são uma forma de tentar alguma solução para
algum problema que não encontramos outra forma de expressão!

Nosso corpo fala sobre nossas emoções com mais força do que imaginamos. Pense nos
exemplos que citarei logo abaixo:

1- Uma pessoa com dor de cabeça, o que ela mais deseja? Ficar quieta,
em silêncio e se possível sem pensar! O que esse sintoma quer dizer ao aparecer?
Fique quieto, durma, pare de pensar!
Dor de cabeça = pare de pensar, durma!
2- Se você tem uma pessoa com pânico, tudo que ela deseja é ter alguém
do lado para protegê-la! Toda pessoa com pânico quer ficar perto de alguém, quer
ter um hospital por perto, ou algo assim. A doença do pânico nos fala que essa
pessoa procura por proteção.
Pânico = necessidade de proteção!

3- Uma pessoa que tem uma hérnia de disco, precisa ficar ereta e quieta
na mesma posição. O que este sintoma quer dizer? Pare, você não aguenta mais!
Deite, descanse, está farta de carregar mais peso do que dá conta! Pare de se
contorcer!
Dor nas costas = descanse, pare de carregar “pesos”.
4- Tique nervoso de piscar os olhos quer dizer que há algo que você não
dá conta de ver. Muito comum em crianças em caso de brigas constantes dos pais.
Tique de piscar olhos = algo que não quero ver.
5- fobia de elevador quer dizer, como uma das hipóteses que não dou conta
de ficar num lugar apertado. Algum dia já fiquei assim, espremido, apertado, agora
aprendi que não posso cair nessa cilada! Ou que não posso ficar onde há saturação
do ar, me sinto mal. Alarme da falta de oxigenação. Muito comum em quem sofre de
pânico.
Fobia de elevador = medo de sentir sem ar, ou preso!

Assim podemos aprender que um sintoma quer dizer algo em especial, que não
queremos ver, sentir. Estamos negando aquele sentimento, mas nosso corpo preserva a
natureza da saúde dos nossos verdadeiros sentimentos. Portanto, o corpo e as emoções
verdadeiras são incorruptíveis! Mesmo que tentamos esconder de nós mesmos, nosso corpo fala
através dos sintomas aquilo que desejaríamos fazer, ou sentir naquele momento da vida.

Três perguntas importantes quando estamos de frente ao sintoma do paciente:

O que esse sintoma quer dizer?

O que esse sintoma te obriga?

O que este sintoma te impede?

Quando você consegue responder a tais perguntas você tem a chave da solução do
problema!
Todo sintoma é uma tentativa de solução de problema ou conflito interno entre dois
desejos , geralmente antagônicos.

Exemplo: eu quero ser independente, mas não me sinto pronto para fazer algo sozinho.
Isso pode causar o gatilho que dispara o Transtorno do Pânico.

Outro exemplo: penso demais, preciso parar de pensar. Fico exaurido de tanto pensar!
Dor de cabeça vem como sintoma para fazer a pessoa parar de pensar! Ela se vê obrigada a
não pensar, a não falar, tendo que se retirar e ir dormir, para descansar cabeça pensante!

Veja, basta se tornar um “Dr. House” do seriado americano! Um bom detetive dos
sofrimentos humanos. Logo, você se tornará um especialista em descobrir o que os sintomas
querem dizer. Que atalho é esse que o corpo toma, quando não tomamos um atitude decente
frente aos nossos duplos desejos contraditórios. Ah! Seres humanos! Ganhamos a razão, mas o
coração é quem verdadeiramente manda!

Chamamos isso de paradoxo! Sim, um paradoxo, querer dois coisas antagônicas ao


mesmo tempo. Agradar a dois reis é impossível, então aparece o conflito. A quem devo agradar
mais? A razão ou ao meu desejo intrínseco? Aos dois ...quero os dois! Aí parece a doença, ou
melhor, sintoma, no agradar aos dois reis eu crio um sintoma como uma forma de escape! Por
exemplo, a dor de cabeça, quero pensar todo tempo, mas não consigo só fazer isso, quero
descansar também. O sintoma aparece e te obriga a descansar...

Para se fazer uma boa terapia o terapeuta precisa ser um pouco detetive e investigar as
verdadeiras emoções escondidas lá no fundo de cada paciente. Isso pode demandar tempo,
calma na investigação, mas o principal é a confiança do paciente para entregar o jogo. Pois
sempre será algo muito escondido até dele próprio.

Não que o paciente deseje esconder de si mesmo e do terapeuta. Isso é uma armadilha,
uma tentativa de manter a vida como está e não piorar ainda mais o que já está ruim. Mas
infelizmente, isso se dá de forma subconsciente. Nem mesmo o paciente se dá conta que arruma
um sintoma para manter dois desejos antagônicos agregados. Se soubesse a solução , ele não
faria sintoma.

E não adianta falar : “olha, o que você tem é “X” e precisa fazer “Y” ! Pois isso não vai
adiantar. Muitas vezes, tomar conhecimento gera culpa, mais peso e não muda nada!

O paciente vai se sentir invadido por ser analisado, ou julgado. O melhor é ajuda-lo a
compreender melhor quais emoções vem sentindo e como pode expressá-las! Mudando de
atitude frente aos obstáculos, se tornando mais forte onde se sente fraco, e assim por diante.
Você irá aprender de agora em diante, em cada capítulo, que os variados tipos de
sintomas podem sugerir o que esteja acontecendo com as emoções de cada pessoa.

Apesar dos sintomas como a depressão, obesidade, roer unhas, tiques, ou gagueira,
etc. Cada um pode ter a sua própria causa para aquele paciente.

Um pode ter pânico porque foi promovido, e não está pronto e seguro para dar conta de
cuidar de outras pessoas. Outro pode ter pânico porque esta em época de provas. Mas o sintoma
pânico quer dizer sempre que há alguma desproteção, Você vai procurar onde aquele paciente
que sofre de pânico tem desproteção, e vai ajudá-lo a aprender a dar a si mesmo, tal proteção
necessária!

Outro exemplo é causa da obesidade, por detrás da obesidade devemos procurar


ansiedade ou tristeza profunda, busca de algo para proteger e repor o que não foi recebido, como
o amor, a auto estima. Se for ansiedade, esta pessoa não consegue controlar seus impulsos,
cuide disso! Acalme-a com suas técnicas. Dê rituais que acalmam, treine-a a ser mais metódica!

Se for depressão, ajude-as a sair daquele buraco, daquele sentimento de menos valia,
da paralisação.

Mas algumas mulheres ficarão obesas porque precisam de mais proteção, foram
abusadas quando mocinhas. A obesidade torna-se uma couraça protetora de uma possível
sedução futura.

Em outra, a obesidade vai aparecer após uma traição do marido, como uma forma de
escancarar que ela não é sedutora mesmo!

Outra, por ficar muito deprimida e ansiosa, vai querer comer sem parar, por que perdeu
a auto estima, necessita de serotonina e vai procurar tal serotonina nos carbo-hidratos.

Assim, teremos muitas possibilidades de buscar a causa de um sobrepeso em mulheres


obesas.

Vamos a mais um exemplo, fobia de avião para um é o medo de ficar preso num lugar
sem poder de lá sair, outro é medo de morrer. Para outro é não ter o controle do avião. Mas
certamente toda fobia, vai falar lá no fundo, de um sentimento de “incompetência” frente alguma
outra coisa que aconteceu há bem mais tempo, talvez até mesmo na infância.
Portanto, devemos buscar cada história de cada paciente para podermos entender onde
está a verdadeira causa do “desvio da vida” feita pelo paciente como “uma tentativa de solução
de problema”!

Modelo básico de tratar buscando o caminho da solução em cima do sintoma:

Agora, voltaremos aquelas perguntas básicas:

O que esse sintoma te impede?

O que esse sintoma te obriga?

O que esse sintoma quer dizer?

Há quanto tempo você está sofrendo?

O que estava acontecendo em sua vida antes disso aparecer?

Tem alguém mais envolvido em seu sintoma?

Como este sintoma mudou sua vida?

Você mudou seu jeito de ser depois que o sintoma apareceu?

Essas alterações mudaram sua vida para melhor ou para pior?

O que você gostaria de fazer em sua vida e que não está fazendo?

Se houvesse um milagre que pudesse resolver sua vida agora, qual seria?

Bom, depois que você obtiver essas perguntas básicas, terá uma idéia do que essa
pessoa está sofrendo, que emoções estão escondidas. E esse será o caminho de cura. Trazer a
verdade à tona, deixar que essa pessoa possa descobrir novos caminhos para enfrentar os
problemas que até o momento ela teve medo, ou estava presa, sem saída.

É fato, que os sintomas falam de conflitos de dois desejos antagônicos presentes e que
devemos descobrir uma maneira melhor para encontrar uma saída para aquele obstáculo que
gera medo, trava ou empurra para desviar do caminho que deveria ser seguido. Por isso, como
diz Stephen Gilligan em seu Livro “A Coragem de Amar” , que somos eternos desviantes do
caminho!
Exatamente isso, ao invés de enfrentarmos as emoções proibidas, desviamos nosso
caminho do real desejo e criamos um “conflito”, chamado de sintoma. Fazemos de uma outra
maneira aquilo que desejamos de uma forma doente, pouco saudável e acaba por nos deixar
mais tristes do que antes, quando não adoece de tal forma que “mata” nossa rela vida!

O importante é que como terapeutas, temos a oportunidade de devolver a verdade ao


nosso paciente. Assim, lhes dar uma chance de voltar a viver uma vida mais digna. Precisamos
descobrir quais sentimentos ele não consegue lidar e por isso, ele desvia do seu caminho e se
torna um outro ser, cheio de sintomas que acabam falando daquilo que ele desejaria dizer.

Vamos a um exemplo: uma paciente começa a desenvolver uma alergia sempre que vai
trabalhar. Ela gostaria de ter estudado artes e mexer com cerâmica. Mas seus pais lhe disseram
que isso não daria dinheiro. Ela escolhe algo que tenha habilidade com as mãos, que use
“cerâmica” e vai trabalhar como dentista de estética. Mas logo, está raivosa, triste e ao longo do
tempo, sem muita demora, ela desenvolve fibromialgia. Ela fica com tantas dores que não pode
mais exercer sua profissão, e lhe é recomendado que vá fazer algo que goste! Incrível, o sintoma
impede que ela trabalhe como dentista, obriga que descubra uma fisioterapia para as mãos e a
faz sair do trabalho que não gosta! Mas ela fica infeliz, pois não pode exercer sua atividade
profissional, ganhar dinheiro, etc. Quem sabe fará a parte estética, as próteses, se tornará bem
mais feliz! Ou se torne uma artista agora, que está livre para faze-lo! Mas é preciso ter coragem
de descobrir o que seu sintoma te pede e seguir esse novo caminho.

Como resolver tal problema?

Ora, ajudá-la a descobrir que pode ser uma ceramista de dentes por algumas horas e
gastar outras tantas como ceramista de artes! Ela só precisa do aval dos pais simbólicos que
moram dentro dela! Ela precisa entender que ser artista pode ser em qualquer profissão, dentista,
design, e até mesmo ceramista! Tudo pode com amor. E como se faz tal terapia? Primeiro se
ensina a perceber o que de verdade ela sente, raiva, tristeza, decepção que contorcem seu
braços e cerram seus punhos nesses sentimentos e trazem dor. Se faz técnicas de alívio para
dor, lugar seguro, freeze-frame, e coerência cardíaca para aprender a se dar amor! Depois, se
faz regressão as emoções intoxicantes dos pais através de regressão nas emoções antigas que
a impediram de seguir sua verdadeira trajetória! Aí, se dá permissão através das técnicas do Dr.
Bert Hellinger, para que ela siga seu próprio caminho, abençoada mentalmente por seus pais,
por lhe dar o dom das artes. E assim, se mostra, em uma visão de futuro, que ela pode ser ambas
as profissões em uma só! E por último ensina a relaxar num caminho mais leve fazendo artes
prazerosas em ambas as profissões!
Esse é o caminho da terapia sob medida!

A seguir entraremos nos sintomas, e veremos como eles tem um padrão comum de
desenvolvimento. Caberá a você, como um bom detetive, descobrir nesses padrões com aquelas
perguntinhas básicas qual é a causa do desvio desse paciente, criando um “alter ego” ou vários
“alter egos” que puderam auxiliá-lo nesse percurso da vida, por estar tão intoxicado!

Somos eternos desviantes do caminho, como diz Gilligan, precisamos descobrir que
caminho poderemos seguir, que seja da nossa natureza. Precisamos descobrir, que emoções
estamos escondendo de nós mesmos! A terapia é uma reconstrução do original, devemos e
podemos ajudar nosso paciente a se redescobrir.

A terapia será como uma forma de reconstrução do que já existe, mas está por debaixo.
É mais bonito,. Mais tranquilo e seguirá a natureza de cada um.

Quando fazemos terapia, ajudamos nosso paciente a se tornar verdadeiro consigo


mesmo, a dizer não para outro e um verdadeiro “sim” para si mesmo! A terapia nos tira das
sombras da vida, e nos coloca de novo no caminho da verdade que há dentro de cada um.

Isso é a beleza de ser terapeuta, de fazer as pessoas mais felizes sendo elas mesmas!!!

A beleza deste trabalho é fazer pessoas mais felizes!

É devolver-lhes a alegria de viver, o significado da vida, é tirá-las das sombras!

Eu amo que faço, e digo que sou feliz, a cada dia um pouco mais, por fazer também
alguém mais feliz e mais livre!

Como diz Martin Seligman, dever cumprido e praticar o bem são os pontos cruciais que
mais trazem felicidade e bem estar.

Espero que você possa se sentir fazendo o mesmo por seu paciente.

Agora, mãos a obra!

Vamos aprender sobre cada tipo de sintoma, que pistas eles nos dão, sobre quais
sentimentos estão ali escondidos.

Espero que você se divirta ...

Como descobrir as emoções escondidas ?


Antes de começarmos os capítulos específicos sobre as doenças mais comuns que
podemos usar as técnicas hipnóticas bem como psicossensoriais, gostaria de falar sobre algo
muito importante! As emoções que ficam escondidas, e por conta disto, adoecemos.

Desde pequeno, a criança vai aprendendo sobre a vida, o mundo, as coisas como uma
pequena esponjinha que suga do mundo os conhecimentos. Assim, vamos desde bem pequenos
aprendendo que o fogo queima, que a faca corta, que a maça é vermelha, que água molha, que
a tomada dá choque, que o palito de fósforo queima e muito mais.

As crianças perguntam sobre tudo. Por que o telefone toca, porque o céu é azul de dia
e de noite quase preto. São curiosos natos. Têm ânsia de conhecer tudo, descobrir tudo. E
desse jeito vão assimilando a vida. Se essas crianças foram criadas em um ambiente de amor e
apego materno, elas terão mais suporte para enfrentarem as dificuldades que certamente
passarão, pois não existe ser humano que não sofre de alguma forma. Mas se por ventura, derem
o azar de nascerem em lares sem amor, ou com muito abuso, serão frustradas em suas
pequenas descobertas do mundo, além disso, não terão recebido aquela proteção básica do
amor necessária como um fermento para se crescer bem!

As crianças vão crescendo e fazendo suas próprias avaliações do mundo, suas crenças
podem ser baseadas no que viram, ouviram ou sentiram. E muitas vezes, farão sentenças
terríveis sobre si mesmas, devido ao que viveram quando pequenas.

Se os pais a espancavam, podem pensar que não são bacanas o suficiente e se


tornarem adultos de baixa estima. Se forma muito criticados, podem também serem adultos
inseguros. Se forma abusados podem achar que para sobreviver a vida amarga que existe lá
fora, terão que ser abusadores também, ou eternas vítimas para se protegerem de um mal maior.

Portanto, ainda bem pequenas as crianças criam mandatos sobre seus futuros. Isso é
que traz muitas das doenças na vida adulta das mesmas, como as fobias, a obesidade, o
transtorno dissociativo e muito mais.

Muitas dessas crianças, quando saem da fase da fantasia, onde deixam de existir Papai
Noel, fadas, mundo mágico, super-heróis, a vida , se torna naturalmente difícil par uma criança
amada. Imagina então, a vida de uma criança abusada ou que não foi tão cuidada. Ela vai se
tornar mais afrontada e criará mais doenças para se defender do mundo cruel. Depois dos sete
anos de idade, toda criança cria o juízo crítico, e aprende que pode perder seus pais e passa a
ter medo que isso aconteça. É muito comum que essas crianças nessa idade, procurem
insistentemente seus pais no trabalho através de telefonemas e se estes se atrasam para chegar
em casa, para elas é sempre um martírio. Muitas delas, vão querer dormir na cama dos seus
pais para vigiar se estão vivos mesmo.

Agora, se já tenham algum problema familiar maior, uma mãe deprimida, que não cuida
bem delas, pronto! Essas serão crianças com mais predisposição para adoecerem.

Onde as emoções entram nisso? Aprendemos a nos tornar bonzinhos para termos mais
amor de nossos entes queridos. Se temos raiva, escondemos. Se temos tristeza, escondemos,
se temos inveja, escondemos. Se temos medo é proibido sentir, assim como é proibido ficar triste
ou ter raiva. Desde pequenos vamos aprendendo que algumas emoções não podem ser
demonstradas, devem ser engolidas! Há pais que dizem : “engole esse choro agora! Pare de
chorar”. Imagina que coisa horrorosa essa ordem. Você está impregnando a criança desses
sentimentos que não podem ser sentidos para não perderem seus pais, ou o amor deles.

Se você puder ensine isto aos seus clientes que tem filhos pequenos! Nunca diga engole
seu choro! Eu aprendi isto, enquanto criava meus filhos. Muitas vezes, cheguei a fazer isto, que
remorso. Mas eu não sabia o quanto era nocivo! Mas logo ao saber, ainda a tempo, pude ensinar
que eles poderiam dizer porque choravam e podiam expressar suas emoções. Ainda bem!

Por isso, peço: ensinem aos seus pacientes que tenham filhos pequenos, que falem de
suas emoções.

Portanto, depois de algum tempo, se a criança vai aprendendo que deve esconder suas
emoções negativas, ela vai explodir em outra área aquilo que ficou represado. Porque nosso
corpo não esconde! E será nesse momento, que começamos a adoecer de verdade.

Você verá isso, em cada capítulo a seguir. O que estamos escondendo de nós mesmos?

Quando estamos com raiva, nosso corpo se contorce todo, nossos punhos se cerram,
travamos os dentes, nos colocamos em posição de defesa. Arregalamos os olhos, ficamos com
o coração acelerado. Tudo pronto para lutar contra o “nosso inimigo”.

Quando estamos tristes, ficamos com o olhar voltado para baixo, fechamos o peito,
fechamos nosso corpo na região do coração. Nos preparamos para nos fechar para a vida,
encolhemos como bebes.

Quando estamos com medo, olhamos para os lados, com olhar arregalado, de presa, e
não mais de predador que somos (olhar frontal e focado). Nosso coração acelera, nosso sangue
vai todo para os órgãos vitais, suamos frio. É uma defesa, caso sejamos atacados, podemos
congelar e não perder tanto sangue, até não morrer.
Raiva: trava punhos, mãos, dentes, arregala os olhos, acelera coração. ( fibromialgia,
alergias , doenças psicossomáticas, dor de cabeça, artrite, ATM, bruxismo, torcicolo, dor na
coluna, dores crônicas, etc.)

Tristeza: coração fraco, corpo fechado, choro solto, posição fetal. ( depressão, arritmias,
dor no peito, angústia, fome, compulsão por drogas, álcool, etc.)

Medo: coração acelerado, suor frio, cortisol, noradrenalina, susto, olhar arregalado,
tremor. ( fobias, pânico, doenças psicossomáticas, alergias, artrite, dores crônicas, etc.)

São alguns exemplos do que veremos nos próximos capítulos.

Mais ainda, veremos que nessa idade, se consolidam “mandatos”, ou “crenças


limitantes” que aprendemos com nossos pais ou com a vida, ao ver as pessoas falarem alguma
frase, ou ao vermos algumas situações traumáticas, vamos introduzindo nosso próprios
conceitos de como devemos viver. Exemplos disto que estou descrevendo, veja abaixo:

Uma mãe cujo pai é muito “mulherengo”, e vive traindo, diz a filha assim: “homem não
presta, não confie nos homens, eles vão te abandonar por uma melhor! Essa menina vai crescer
pensando que homem não presta, e de verdade, só vai enxergar os homens que não prestam e
ainda se sentirá atraída por eles , confirmando o mandato da mãe.

As vezes, o pai é alcóolatra e bate na mãe. Quando esta está machucada, resmunga
pelos cantos da casa que homem não presta. A filha ouve aquilo e guarda, homem só presta
para bater e judiar das mulheres , não quero me casar! E acaba ficando para titia mesmo!
Também é um mandato, uma crença que limita a vida dessa moça, que ainda jovem já preconiza
que homens não prestam! Coitados dos homens que prestam e querem ter um grande amor,
filhos, família!

Outra crença comum é as mães dizerem: coma meu filho, coma bem para ter saúde!
Você está tão magrinho! Isso caba levando a pessoa a achar que comer é necessário para ser
saudável!

Tem gente que vai ter crença que não sabe ganhar dinheiro, outros que dinheiro traz
infelicidade, que a vida foi feita só para sofrer e assim por diante.

Quando somos pequenos e como uma esponjinha, vamos absorvendo o mundo e seus
conceitos, também absorvemos algumas bobagens como esses mandatos, não porque nossos
pais querem assim! Mas eles falam no intuito de nos proteger do que eles sofreram como trauma.
Mas infelizmente, eles não tem a verdadeira noção do perigo! Estão desviando nosso caminho
de liberdade de escolha na vida, para uma vida já feita pautada no medo deles. E vamos seguir
um caminho desviante do que queríamos de verdade fazer!

As doenças, os sintomas psicológicos veem nos devolver a noção de estarmos num


caminho conflitante. Precisamos ver o que de verdade queremos da vida.

Quando você estiver lendo os próximos capítulos irá entender melhor como nosso corpo
fala destes mandatos, crenças limitantes, do medo, da trava que ficamos presos e dos nossos
verdadeiros desejos!

O bom terapeuta ajuda seu cliente a se descobrir e agir como deseja agir em sua vida,
que é diferente de seu pai e de sua mãe, é simplesmente sua!

4- Recordando as Técnicas Hipnóticas

Antes de começarmos a falar dos sintomas e como devemos encará-los, precisamos


fazer uma breve recordação das técnicas hipnóticas que mais usamos. Se você for até o
manual Básico encontrará também estas técnicas, mas só como recordação colocarei as
mais usadas aqui para que você tê-las em mãos mais facilmente.

Assim , só relembrando, nem todo paciente vai permitir que você utilize das técnicas
hipnóticas por vários motivos como: ser controlador, falar demais, achar que não pode ser
hipnotizado, ou que ninguém pode hipnotiza-lo, ou é muito ansioso e não consegue fechar
os olhos, etc. O importante é não forçar seu paciente a fazer uma “hipnose”, algo que ele
tem certo receio sem o mesmo querer.

Se for o caso e seu paciente não quiser fazer uma indução de hipnose, você pode
usar da linguagem hipnótica e fazer as mesmas técnicas com a pessoa conversando e te
acompanhando acordada.

De toda forma, vamos as técnicas mais comuns que usamos sempre em nossas
consultas psicoterápicas.

É sempre bom, antes de fazê-las dizer que você irá fazer um “exercício diferente”
que acalma e faz a imaginação ficar mais aguçada e ajuda que sua mente inconsciente possa
ficar mais aflorada. Não é preciso dizer que vai fazer uma “hipnose” , isso pode amedrontar
seu paciente. Você só dirá que fará hipnose, caso este paciente venha com esta intenção
lhe procurar.
Aí, você pode dizer:

- “Muito bem agora vamos praticar um pouco de hipnose e ver como você
entra em transe e qual os tipos de técnicas hipnóticas farei nos nossos próximos
encontros”.

É bom recordar que a indução pode ser feita a qualquer momento da sessão. Mas
tentamos seguir aquele esquema de Zeig, que mostramos nos capítulos anteriores. Primeiro uma
breve avaliação do dia de terapia, o que faremos com o paciente nessa sessão. Qual será a meta
a ser seguida? Como devemos embrulhar para presente? De que maneira será feita a indução?
Qual modelo de indução é melhor para este paciente? O que faremos como técnica de
intervenção principal? Usaremos metáforas? Quais se encaixariam melhor nesse tema e meta
que quero abordar? E que sugestão pós hipnótica farei? Além disso, terá alguma coisa a ser
colocada como psicologia Positiva durante meu trabalho? Alguma tarefa?

Quando, então, fazemos tais perguntas, podemos ter nossa mente focada naquilo que
vamos trabalhar com nosso paciente e seguir em frente nessa meta. Caso ocorra alguma coisa
que o paciente não goste, por exemplo, do tipo de indução, ou qualquer outra parte, fique esperto
para mudar o rumo da terapia.

Já perdi o numero de vezes, que tive mudar completamente de técnica, pois aquela
indução que imaginei que seria a boa, foi exatamente aquela que o paciente não tinha muita
habilidade. E no caso, simplesmente mudei de técnica e tudo ficou bem.

As vezes, começamos com um simples “lugar seguro” e o paciente diz que não tem lugar
seguro no mundo pra ele, ou que não consegue imaginar isso! Então, vamos para aquilo que é
problema, pois ele insiste em trazer algum problema. Dizemos algo como: “então o que é um
problema para você? “ E usamos tal coisa para que ele descreva o que está angustiando e
fazemos uma técnica baseada nas emoções intoxicantes, a regressão de Gilligan dos sete
passos.

Outras vezes, estamos no meio de algum trabalho, que está até indo bem, quando nosso
paciente resolve se emocionar demais e tem uma “ab-reação”. Ele começa a chorar e reviver
cenas traumáticas. Devemos retirá-lo desse sofrimento e fazer uma terapia específica psicos-
sensorial como coerência cardíaca, para depois sim , trabalharmos em pequenos pedaços toda
cena traumática que foi evocada durante esta sessão. Esse trabalho pode levar meses, não há
pressa ao fazê-lo.
Alguns pacientes são poli traumatizados, e devemos ir devagar ao tocarmos em algo
traumático. Re-traumatizamos quando vivenciamos a cena do trauma novamente, produzimos
mais neuro-hormônios de trauma como a noradrenalina e o cortisol, que fazem mais memórias
de longuíssima duração. Veja capítulo de Gastão Ribeiro sobre trauma.

Portanto, não faz bem ao nosso paciente ficar tendo ab-reações durante as nossas
técnicas hipnóticas!

Após falar tudo isso, algumas instruções básicas:

- uma cadeira mais confortável;


- pode ser assentado ou deitado, ao gosto do seu paciente!
- Pode durar de 5 minutos até uma hora! O tempo não importa!
- Sua voz deve ser sempre modulada, mais calma, mas não melodiosa e
chata! Cuidado! Pacientes do sexo masculino não gostam de “voz de fada”, fale
normalmente um pouco mais devagar e com voz tranquila, mais enfático naquilo
que serão as sugestões;
- Pode ter música ao fundo ou não;
- Sempre termine seu trabalho de indução pedindo ao seu paciente que
retorne bem acordado e bem desperto deste exercício.

Sabendo desses detalhes básicos , mas muito importantes passaremos as induções:

Lugar Seguro

- peça uma respiração mais tranquila, um pouco mais lenta, mais profunda
e calma;
- peça que se sinta confortável no sofá, poltrona onde estiver;
- peça que se desligue de tudo do lado de fora e fique apenas concentrado
em si mesmo por alguns instantes;
- novamente foque na respiração mais lenta, mais profunda e mais calma;
- então peça que IMAGINE, ou visualize ou apenas pense em lugar muito
especial! Um lugar que chamaremos de seguro! Um lindo lugar onde não há
ninguém que possa vir importunar...esse lugar pode ser uma praia linda e deserta,
ou o alto de uma montanha, ou a beira de um lago ou de uma cachoeira...pode
ser algum lugar que a pessoa já esteve, pode ser inventado ali na hora...dando-lhe
algum tempo para que imagine com todos os detalhes...as árvores do lugar,
arbustos, vegetação, flores, pássaros, canto dos pássaros, a cor de céu, se é de
dia ou de noite, a temperatura do ar...todos os detalhes que lhe vierem a mente.
Mas sempre complete dizendo: que seja um lugar seguro, sem perigo, sem
ninguém para lhe aborrecer...um lugar onde você vai descansar!
- Peça que a pessoa faça um gesto com a cabeça que já está lá. Você
pode, inclusive, perguntar onde ela está, que lugar é este? E depois usar das
palavras que a pessoa descreveu o lugar para continuar sua indução.
- Sempre dando bastante detalhes de conforto e bem estar e usando as
palavrinhas de Dra. Tersa Robles:
confortavelmente...protegidamente...automaticamente... desfrutando e
aprendendo cada vez mais a entrar nesse estado de bem estar!
- Daí em diante fica por conta do trabalho que você irá introduzir!
- Indicação: Técnica protetora (objeto transicional). Pânico, fobias,
ansiedade, tristeza, dor, etc. É usada para induzir o transe terapêutico ou para
fechar uma sessão que se trabalhou com muita emoção assim como a respiração
azul.
- Metáfora: O quadro da paz e Sinos na ilha.
Relaxamento Progressivo:

- respiração mais lenta, profunda e calma;


- fazer um trabalho de relaxamento;
- comece pelos pés ..sentindo os pés...soltando-os no chão...depois
sentindo as pernas e deixando-as ficar quietinhas e à vontade ...siga em frente
sentindo que pode soltar as coxas, os quadris e a barriga...sentindo um alívio
imenso em soltar todos os pesos do corpo...sentindo que pode soltar os pesos das
costas como o pequeno Atlas da mitologia grega que carrega o mundo nas
costas...dar uma pequena parada para respirar fundo e por o mundo no
chão...deixar tudo de lado...e simplesmente sentir que pode aliviar os ombros, as
costas, o pescoço e a cabeça em todas as suas partes...mandíbula, maxilar, olhos,
testa, cabeça...tudo vai ficando tranquilamente bem relaxado!
- Da mesma maneira use as palavrinhas de proteção:
protegidamente...isso mesmo...pausadamente, automaticamente,
confortavelmente...desfrutando e aprendendo!
- Indicação: Deprimidos, pessoas com dores, Fibromialgia, necessitados
de descanso e sono.
- Não faça com panicados, fóbicos e ansiosos, eles não relaxam bem.
- Usar metáfora do quadro da paz e a ilha dos sinos.
Respiração azul:

-imagine que você vai respirar de uma forma nova e inusitada! Pense na cor do céu azul,
limpo, claro, naqueles dias de céu de um azul intenso, bonito...

- então respire confortavelmente do azul do céu de um dia lindo...sabe quando pegamos


um avião num dia nublado, de chuva, quando tudo está bem cinza...imagina quando o avião
ultrapassa as nuvens carregadas o céu se abre num azul intenso com um tapete de nuvens
branquinhas por baixo e lá vai o avião deslizando céu a fora....zzzzzzzzzzzz......zzzzzzzz....e
você pode respirar imaginando que está levando para dentro do peito aquele azul do céu bem
fresquinho...isso mesmo! Apenas respire um pouco mais lento e profundo...lembrando de coisas
muito agradáveis..

Você pode associar essas induções acima em uma única indução, ou pode juntar duas
delas, como quiser!

Indicação: para todo o tipo de paciente, inclusive o resistente! Todo mundo respira! É
bom para aliviar o stress, asma, pânico, fobias e para oxigenar as células!

- Metáfora: ilha dos sinos, quadro da paz, borboleta , depois da


tempestade vem a calmaria.
-
Freeze- frame (Congelando o Stress – baseada no Livro A Solução HeartMath de
Doc Childre):

- para pessoas que estão muito estressadas;


- imagine sua respiração sendo feita um pouco mais lenta e
profunda...pode contar de 1 a 5 para inspirar e de 1 a 5 para expirar...deixe você
sentir essa sensação gostosa de respirar pela região do coração, abrindo e
expandido esse lugar que fica no meio do peito, um pouco mais a
esquerda...respirando pela região do coração! Sentindo essa região um pouco
mais quentinha recebendo o ar pela região do coração...apenas sinta as batidas
do seu coração...e aperte o botão de pausa de todos os seus problemas nesse
momento agora...
- enquanto você respira pela região do seu coração nesse ritmo mais lento
e profundo, o mesmo está avisando ao cérebro por um feixe de nervos importante,
que agora, nesse momento está tudo bem...tudo bem...limpando e suavizando
toda dor, todo sofrimento que existe aí dentro...
- quando respiramos assim...nosso coração avisa nosso cérebro que está
tudo bem e nos traz gostosas lembranças de bons momentos que já vivemos....
- pense em alguma coisa boa que você já viveu em sua infância...quem
sabe do bolo da vovó...do quintal da vovó...das brincadeiras de garoto...dos picolés
no verão...do seu uniforme de escola, da sua merendeira...e muito mais...ou quem
sabe você se lembre de outro momento muito bom de sua vida agora!
- Pare por um instante e reveja esta cena em câmara lenta...em todos os
detalhes revivendo cada pedacinho dessa cena com um gostinho de quero
mais...se deixe ficar aí por alguns instantes e sinta seu corpo se recuperando...isso
mesmo!
- Perceba que reviver coisas boas trazem paz ao nosso corpo, nós
produzimos um neuro-hormônio chamado beta endorfina nessa hora, que traz bem
estar e é o antídoto do noradrenalina e do cortisol que destroem nossas células,
nosso cérebro, nossa vida, nosso humor!
- Sinta como é gostoso reviver bons momentos! Se deixe ver e rever
algumas cenas deliciosas de sua vida e vai devagarinho recuperando seu bem
estar!
- Cinco minutos de raiva traz mais de 5 horas de destruição ao nosso
organismo, a nossa saúde!
- Quando você estiver se sentindo bem, pode voltar aqui bem desperto e
bem disposto! Lembre-se que você pode fazer isso quando quiser!
- Indicação: Mudar o rumo do pensamento, fazer uma pequena ilha de
prazer, tirar o stress.

Metáfora ...use essa menção dos Caminhos do Coração”:

... Don Juan disse ao discípulo Carlos Castañeda: “Qualquer coisa é um


caminho entre vários caminhos. Por isso, deve ter sempre presente que o caminho
é só um caminho: se sente que não deve segui-lo, não deve segui-lo, sob nenhuma
condição... e não é humilhação nem para você nem para os outros deixá-lo, se é
isso o que o seu coração diz... olhe cada caminho de perto e com uma finalidade.
Experimente-o tantas vezes quantas achar necessário. Então faça a si mesmo e
só a você, uma pergunta... este caminho tem coração? Se tem o caminho é bom;
se não, não serve para nada...”
Escudo de Luz Protetora:

- respiração tranquila, ar azul, ou o que desejar de respiração;


- imagine uma luz curativa, dourada, límpida, cristalina, milagrosa
envolvendo você desde a sua cabeça até os seus pés;
- limpando todo seu corpo...imagine essa luz curativa dourada ( ou outra
cor conforme a necessidade do cliente) se espalhando pelo topo de sua cabeça e
limpando cada pensamento seu, cada célula do seu cérebro, tirando todas as
idéias negativas de sua cabeça, limpando tudo lá dentro...trazendo muita luz, muita
paz, muita harmonia!
- Imagine essa luz limpando as raivas presas no seu pescoço, limpando
todas as suas células deixando você com os ombros relaxados e soltos...essa luz
também vai limpando seu peito das mágoas, das angústias e vai limpando suas
células ativando o amor e a proteção no seu coração!
- Sinta que essa luz se espalha também por todo seu corpo limpando o
estomago do medo, da dor, limpando as células de todo corpo, de todos os
músculos, de todos os ossos, de todos os tecidos, de todos os órgãos, deixando
você todo limpo até os seus pés...
- Sinta que se forma um escudo de luz de limpeza protetora em volta de
todo seu corpo, como uma barreira de luz, onde nada de ruim ou negativo pode
entrar...
- Sempre que precisar você mesmo pode imaginar essa luz curativa
limpando seu corpo da dor, do sofrimento mental, das células doentes, dos
pensamentos negativos, seja lá o que for...você pode usar dessa luz para se limpar
sempre!
- Indicação: dor, câncer, doenças psicossomáticas, TOC, paranóia, etc.
- Metáfora: Estrelas do Céu

Flutuando nas Nuvens:

- respiração azul;
- imagine uma nuvenzinha lá do céu de um dia de verão, bem fofinha,
como se fosse um imenso sofá branco e você lá deitado confortavelmente
flutuando no céu, respirando da brisa do céu, de um ar gostos, fresquinho, longe
de tudo, de todos, de todos os pesos, soltando seu corpo e sua mente...se deixe
flutuar e se soltar totalmente...e apenas deslize sobre o céu de confortável e
protegida...desfrutando e aprendendo a se recuperar...dando uma pausa de tudo...
apenas se soltando...flutuando no bem estar...
- de lá você pode ir para um lugar seguro...e...
- Indicação: aprofundamento do transe, aumentar o relaxamento e a
dissociação do paciente. Ótima para crianças.
- Metáfora: Ilha dos Sinos e águia.

Soltando Bolinhas de Sabão ( técnica de Magda Pearson):

- imagine nesse dias que você abafado de tanta raiva...


- apenas imagine um copo de água onde jogaram muita terra lá dentro, a
água ficou turva e você cheio de raiva...
- imagine que você vai colocar sabão lá dentro misturar bem e começar a
soltar baforadas de tudo que está entalado em sua garganta de raiva através das
muitas bolinhas coloridas que você fará agora...
- imagine que a cada vez que você sopra o canudinho, saem bolinhas
transparentes com a cor do arco-íris, lindas umas grandes, outas pequeninas em
série...mas vai saindo de dentro do copo, toda aquela água suja, sendo
transformada em pequenas bolinhas multicoloridas...vai indo embora toda dor,
toda raiva, todo sofrimento, todo mal estar...
- e quando você menos espera, toda aquela água suja terá ido embora de
seu copo...dá até vontade de soltar mais bolinhas de sabão!
Indicação:Você pode usar essa técnica ao final de uma sessão difícil para
dissolver sofrimentos, raivas e mágoas.

Metáfora: -Menino e os pregos;

- Menino e o carvão;

- Analogia do doce de laranja e do doce de figo.

Levitação das mãos:

- técnica predileta de Dr. Milton Erickson;


- sinta suas mãos sobre seu colo...
- em algum momento sua mente vai ficar curiosa para ver ou sentir qual
das suas duas mãos vai começar a se descolar do seu colo...devagarinho uma
delas, ou a direita ou a esquerda...eu não sei bem qual delas vai querer
experimentar esses desafio...mas uma delas vai...e pouco a pouco...bem
devagarinho uma delas vai descolando, talvez até mesmo as duas mãos...
- vá observando, se for preciso de uma leve ajuda na mão do seu
paciente...dizendo que vai tocá-lo...
- e assim vá continuando a incentivar que seu paciente faça um
movimento diferente, que vem de dentro dele, da mais sábia, um movimento tão
diferente e gostoso...e ele vai se surpreender ao sentir que pode fazer algo mais
por si mesmo...sozinho, mas diferente...que essa ordem vem lá do fundo da mente
sábia e que pode movimentar e fazer coisas diferentes com o corpo dele em nome
de seu bem estar...
- se o paciente for levantando a mão continue dando a ordem para que
chegue até seu próprio rosto...que passe a mão em sua face e sinta que fez algo
novo e diferente e que pode fazer muitos outros movimentos que venham de dentro
dele...depois peça para ir baixando a mão...
- deixe uma sugestão pós hipnótica de que ele pode se surpreender
fazendo coisas que pensava que não poderia fazer em nome de seu bem estar!
Esta técnica ainda é muito usada para ajudar em disfunção erétil.

Indicação: Provar que a mente inconsciente é capaz de fazer muitas coisas por ela
mesmo. Só fazer com pessoas que dão pistas mínimas ideomotoras.

Metáfora: Estrela do mar.

Silêncio

Indicação: Cabeça cheia/ pessoas que pensam demais/ dificuldade de dormir

- Fique a vontade...sinta sua respiração;


- Apenas observe seus pensamentos...
- Eles gritam com uma voz alta e são tantos ao mesmo tempo! Você nem
consegue ouvir a tantos patrões! São vozes tiranas... Exigentes...
- Pare por um momento! Respire! Não julgue seus pensamentos...
- São só pensamentos! Imagine-os como folhas secas caindo no rio e
indo embora... Deixe-os ir...
- Apenas observe os pensamentos...
- Observe o que você pensa, apenas observe como folhas secas que
caem e vão embora...
- NÃO JULGUE! DEIXE-OS IR! VAI ESVAZIANDO A MORADIA DOS
DEUSES!
- Aos poucos você fica de verdade em silêncio... Aí você observa uma voz
suave... A voz sabedoria lhe dando um bom conselho.
- Conte uma metáfora (quadro da paz/ vaso de pedras/ xícara cheia
d’agua).
- Metáfora: Ilha dos Sinos, Dois Anjos Caipiras e A Mulher e os Pássaros.

Sonhos Induzidos

Indicação: Trabalhar um sonho, ressignificar sonhos repetitivas, ver o que o


inconsciente fala, hipnoanálise.

- Técnica de respiração
- Técnica de relaxamento
- Aprofunde recontando o sonho tido, as meta mensagens, reconte
ressignificando.
- Peça para que a pessoa se veja no sonho e o modifique
imaginativamente como desejar... Ajude-o a caminhar positivamente.
- Metáfora: Topeira, Ostra, Pérola.
- Vá mantendo o diálogo, são como visualizações simbólicas
imaginativas, siga uma meta para ressignificar.
Distorção do tempo

Indicação: Mostrar como podemos com a hipnose modificar a noção do tempo. Usado
para gratidão, dor, perdão, alimentação, ir ao dentista, etc.

- Imagine um campo de flores


- As mais lindas. Dê detalhes: cor, tamanho, cheiro, etc.
- Como se você fosse agora fosse colher um buquê. Para quem você
gostaria de dar?
- Vou lhe dar um minuto para você colher
- Vá lá comece... Colha o máximo de flores sinta o caule, pegue muitas
flores, veja as cores, veja se tem perfume, arrume o buquê.
- Pronto! Passou um minuto!
- Você já tem o buquê?
- -Agora você terá mais um minuto para entregá-lo a quem você queria.
- -Vá lá, se de um minuto, veja como a pessoa recebe suas flores- abrace-
a, converse, sinta o momento.
- -Conte uma metáfora – (amor perfeito/ vasos imperfeitos/ regador furado/
gnomo chorão).
- Técnica Modificada: Balão com a carta do pedido de perdão.

Técnica para dor

1- Relaxamento progressivo

2- Símbolos – símbolo da dor, do que causa a dor, e de algo que você deu conta
de fazer muito bem como um símbolo de recurso que desmancha o símbolo do que
causa a dor...

3- Cor da dor, luz colorida da dor X cor branca, ou luz branca se misturando a
cor mais colorida da dor ou da luz colorida da dor...

4- Copo de água suja vai gotejando água pura...é uma outra modalidade!

5- Limpar o amargor do doce de laranja ou do figo...uma boa alanogia...

6- Banho de luz de curativa também funciona bem.

Técnica da cor

- Se sua dor fosse uma cor, que cor seria?


- É vibrante? Pulsa? É cortante?
- Imagine uma tinta branca se misturando num balde de tinta dessa cor,
elas vão se mesclando como um caracol colorido... Elas vão se misturando... A cor vai
empalidecendo... Você coloca mais e mais tinta branca até tudo ficar branquinho...
Suave...
- Como está sua dor agora?

Símbolos (Técnica Teresa Robles)

1- Pense no seu problema como se ele fosse um símbolo. Qual seria? Descreva os
detalhes. Símbolo A
2- Pense num símbolo, o primeiro que vier à sua mente, que seja a CAUSA DO
PROBLEMA – Qual seria? Dê detalhes. Símbolo B

3- Agora, pare um instante, pense em algo que você conseguiu realizar e foi um
sucesso... (ex: andar de bicicleta, formar).

4- Imagine isso como um símbolo... Esse símbolo em detalhes se expandindo em luz/


energia, ele vai modificar o símbolo B. Veja como ele vai ficando, desmanchando...

6- Agora veja o que aconteceu com o símbolo A. Normalmente ele


desaparece ou modifica.
7- Sugestão pós hipnótica: Agora quando o problema aparecer pense no
símbolo bom...

Fechando a caixinha das emoções

Indicação: Fechar um exercício de ab-reação

- Imagine que você tem uma caixinha para guardar lembranças, coisas
antigas, com vários compartimentos etiquetados.
- Coloque dentro de uma gaveta da caixinha essa emoção/ evento...
Feche a caixinha respirando profundamente... Guarde lá no fundo da mente como ALGO
QUE JÁ PASSOU!
- Deixe lá guardado no fundo da mente protegidamente.
Metáfora: A ostra e a Pérola

Poema entrei numa rua:

“Autobiografia em Cinco Capítulos”

Citado no livro Tibetano do Viver e do Morrer - De Sogyal Rinpoche

“1) Ando pela rua.

Há um buraco fundo na calçada.

Eu caio.

Estou perdido... Sem esperança.

Não é culpa minha.

Leva uma eternidade para encontrar a saída.


2) Ando pela mesma rua.

Há um buraco fundo na calçada,

Mas finjo não vê-lo.

Caio nele de novo.

Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.

Mas não é culpa minha.

Ainda assim leva um tempão para sair.

3)Ando pela mesma rua.

Há um buraco fundo na calçada.

Vejo que ele ali está.

Ainda assim caio... É um hábito.

Meus olhos se abrem.

Sei onde estou.

É minha culpa.

Saio imediatamente.

4)Ando pela mesma rua.

Há um buraco fundo na calçada.

Dou a volta.

5)Ando por outra rua.”

Técnicas de Teresa Robles

Muro

Indicação: Paranóia, doenças psicossomáticas, criar barreiras

- Todos tem uma pele – cerca viva que nos protege dos ventos, frio, calor
- Imagine que você é uma casa e tem uma cerca/ muro como ela é?
Baixa, alta? De tijolos, cerca viva? Imagine com detalhes...
- Tem algum buraco na cerca?
- É fechada demais?
- Agora, respire e se dê um tempo... Você pode modificar sua cerca com
a respiração...
- Respirando e fazendo os arranjos.
Metáfora: A mulher do poço

Técnica das Feridas (Dra. Teresa Robles)

Indicação: Para todo o tipo de sofrimento

- Imagine que seu problema é um sofrimento


- Sofrimento é como uma ferida?
- Como é sua ferida? Grande, pequena, sangrando, profunda?
- Todos temos feridas... Mas toda feria cicatriza se a deixarmos
cicatrizar...
- Sinta sua respiração levando uma cor de cura...limpando a ferida.
Analogia: Sentar num banco com prego e se machucar outra vez.

- Você pode saber o que vem machucando e encontrar uma saída para
não se ferir outra vez.
Metáfora: Ostra e a Pérola.

Fumar Oxigênio ( equipe de Dra. Teresa Robles)

- Sinta o ar entrando como se você estivesse fumando, tragando o oxigênio... A sensação


de se encher de algo bom... Abrindo o peito... Renovando o ar... O fôlego e solte o gás carbônico
na expiração... Digerindo emoções contidas/ ruins guardadas dentro de você...

- É como tragar um cigarro do bem!

- Sinta novamente fumando o oxigênio! Sinta a tragada do ar renovador, solte o ar como


se solta a baforada do cigarro!

Repita tantas vezes quanto desejar! Renovando saudavelmente seu bem estar!
Analogia: Chaminé e a fuligem

Metáfora: Estrela do Mar

Técnica do Segredo (Baseada no Livro “A Lei da Atração)

Indicação: para mostrar a uma pessoa o quanto o pensamento positivo pode


modificar sua vida, para uma nova visão de futuro, para aplicar técnicas de Psicologia
Positiva)

- Todo pensamento atrai um semelhante


- Somos o que pensamos
- Portanto pense e deseje para você algo bom
- Imagine agora algo que você deseja, mas ACREDITE COMO
REALIDADE! ESTÁ VINDO PARA VOCÊ!
- Monte a cena sinta-se lá
- Agarre cordas douradas até o infinito trazendo o seu desejo... Vá
puxando as cordas... sinta-se lá!
- Metáforas: amor perfeito, vasos imperfeitos, a mulher e os pássaros,
jacinto o gnomo que só chorava.

Técnicas De Regressão:

Alusões

Indicação: usada quando se quer fazer uma regressão à infância sem que a pessoa
perceba. Boa para pacientes resistentes. Quando se quer ter uma idéia da infância do paciente.

Pode ser feita de olhos fechados...

Respiração profunda e tranquila, mais lenta e calma...

Um momento de pausa para voltar no tempo...

Um momento de reflexão sobre sua vida quando criança...

Talvez você se lembre da escola...

De como aprendeu as letras do alfabeto, como distinguiu o p do b, o m de 3 perninhas


do n de duas perninhas, o q do g... e o os números com o 3 da letra E ou da letra W , todas com
três perninhas cada , mas vidradas em direções diferentes faziam toda diferença...ou talvez você
se lembre de sua merenda predileta...ou das brincadeiras de criança, ou da casa da vovó...deixe
suas lembranças seguirem em frente me diga o que vem à sua mente agora desse tempo lá de
trás!...

Uma vez que o paciente comece a falar, deixe ele ir, explore emoções positivas e se
surgirem as emoções negativas trabalhe com elas...

Essa era uma técnica muito usada por Erickson.

Metáforas e analogias: patinho feio, cinderela, bela adormecida, histórias de contos de


fadas, alusões a lugares antigos da cidade natal do paciente.

Regressão com álbum de fotografia

Indicação: para pacientes que não conseguem se lembrar de seu passado, ou que
tenham passado por algum trauma ou suposto abuso.

Peça pra que tragam antigos álbuns de fotografia, principalmente de quando era criança
e das épocas em sofreu algum trauma. Você verá a diferença até mesmo nas fotos! Pequenos
detalhes são importantes como se está só nas fotos, se está sorrindo em algumas e em outras
não. Quem esta nas fotos junto com seu paciente? Quem falta nas fotos? Será ele que não está
presente? E assim, você irá identificando mudanças que poderá comparar com a linha do tempo,
que deverá ser feita ou antes deste trabalho, na mesma sessão. Você poderá fazer primeiro a
linha do tempo numa sessão, e pedir como tarefa que traga para um trabalho, na próxima vez,
os álbuns de fotografia.

Metáfora: onça enjaulada, gnomo que só chorava, a borboleta, águia.

Linha do tempo

Indicação: para pacientes com dificuldade de entrar em transe mas que precisamos
fazer uma certa regressão e descobrir o que houve em seu passado, se há traumas ou alguma
coisa que o deixou preso.

Para pessoas muito racionais, que não acreditam em hipnose, pois pode ser feita em
papel como um desenho. Aliás é maneira que mais prefiro fazer.
Agora vamos fazer um pequeno exercício de investigação da sua história:

Pegue esta folha de papel e nela faça uma linha horizontal ao meio, e nela divida de 7
em sete anos os espaços da folha nessa reta horizontal. Coloque lá acima da linha tudo que for
bom, como numa escala, quanto melhor tiver sido aquela situação, mais alto você a posicionará
no papel como um pontinho de gráfico. Quanto pior , mais abaixo no gráfico essa situação dessa
idade ficará posicionada como um pontinho também.

Isso levará a você fazer uma linha sinuosa por toda a página do papel. Com altos e
baixos. Se você foi atropelado quando tinha 7 anos, colocará lá em baixo no gráfico. Se ganhou
uma bicicleta aos 8 anos e ficou muito feliz, colocará um pontinho lá em cima. Se aos 15 anos
teve uma viagem maravilhosa, colocará lá bem em cima também. Se aos 17 anos tomou uma
bomba na escola, ou foi quando começou a usar drogas e se separou de sua família, coloque lá
embaixo...e assim por diante..

Depois de fazer esse gráfico, converse com seu paciente sobre esses eventos, quais ele
sentiu mais, os quais deverão estar mais baixo do que os outros eventos. Depois você deverá,
no futuro trabalhar com estes dados em outros dias de terapia. Inclusive com o álbum de
fotografia.

Estados de Ego

Indicação: excelente técnica deve ser feita com todos os pacientes sem exceção! Com
essa técnica podemos identificar os momentos em que houve um “desvio do caminho” a ser
seguido, e em que época foi isso. Pois a cada obstáculo que temos na vida, podemos criar um
padrão de “Alter ego” que nos ajuda a resolver aquele tipo de problema, mas nos cria um padrão
de personalidade alterada para nos defender de alguma coisa ou situação. Que devemos então,
buscar através da terapia dos Estados de Ego, entender porque precisamos deste ego auxiliar
nos defendendo e nos comandando.

É uma técnica bem simples de hipnose ou de imaginação ativa.

Peça pra que feche os olhos e se imagine num teatro, onde os personagens que vão
aparecer são partes dele mesmo. Podem vir como figuras interessantes como bailarinas, dona
velha, um índio, um guerreiro, uma fada, um anjo, um juiz, um palhaço, uma puta, um pintor, um
cantor, ou qualquer outra figura que mostre algum aspecto de sua personalidade. Que não há
necessidade de “visualizar”, pode ser apenas imaginando tal personagem entrando em cena...e
que ele irá conversar com tal personagem e saber quando foi que ela apareceu em sua vida,
porque ele está ali, qual é sua função em sua vida?
Você pode dizer assim: “ Deixe me explicar melhor... quando temos alguma situação
difícil em nossas vidas, costumamos, mudar o rumo da vida, ficamos mais rígidos, com um
personagem tipo um policial, que vigia tudo, ou um juiz severo, que nada permite, um velho
rabugento, que resmunga por tudo...mas todos eles querem apenas defende-lo de algo pior
aconteça novamente com você! Por isso, eles começam a aparecer sempre que você está
prestes a entrar numa zona de perigo e aí você fica como um policial, ou um juiz , ou velho
ranzinza...

Preste atenção em você mesmo...tem horas que se sente como um adolescente alegre,
brincalhão, para animar a situação, para ser esperançoso...em outras horas você se torna mais
carrancudo, meio velho rabugento...para se defender também de uma coisa ruim, mas de uma
outra forma...

Com essa técnica, podemos descobrir alguns personagens mais comuns que estão
fazendo parte de sua vida a algum tempo e que você pode entender melhor porque fica daquele
determinado jeito frente a algumas situações específicas. Vamos experimentar fazer tal técnica
agora?”

Você pede para que a pessoa feche os olhos, se imagine no teatro, as cortinas vão se
abrir e lá vem o primeiro personagem, quando ele aparecer pergunte a ele as seguintes
perguntas:

-quando você apareceu em minha vida pela primeira vez? Porque? Qual é sua função
em minha vida? Do que você me defende?

- agradeça a presença dele, e diga a si mesmo, que agora, você entende o que se passa
quando fica assim, aparecido e tomado por essa personagem específica e vai observar melhor
porque ela aparece.

- peça que veja se há outro personagem dele mesmo no palco e faça as mesmas
perguntas: quando, por que, qual é função dele...e agradeça sua presença... mais uma vez você
já sabe porque ele apareceu em sua vida...

-assim, vá fazendo enquanto houver personagens e veja bem as idades quando eles
apareceram, e as funções de cada alter ego.

Você ira usar muito destes alter egos durante toda a terapia de seu cliente. Ele fica
nesses estados sempre que se toca em algum ponto vulnerável...e quanto mais alters
aparecerem mais traumas e stress essa pessoa passou!
Associe o que viu com a linha do tempo e com o álbum de fotografia. Você terá muitos
dados se cruzando nessas fronteiras.

Metáforas: águia, borboleta, vasos imperfeitos, bela adormecida, arvorezinha sozinha,


onça enjaulada, a mulher e os pássaros, pregos, carvão, cabala, etc.

Regressão pela emoção ( Técnica dos 7 Passos de Stephen Gilligan)

Você poderá ver detalhadamente esta técnica excelente no livro A Coragem De Amar de
S. Gilligan.

Indicação: ótima técnica para todos que se emocionam quando falam de seus sintomas!
Fazer com todos eles! É indicada como a melhor técnica de regressão, mais simples, mais eficaz
e segura. Leva direto ao momento exato do que traumatizou essa pessoa, causando os sintomas
que ora aparecem.

1- fale do problema X ou do sintoma que sente por alguns minutos. Quando


a pessoa começar a se emocionar, peça a ela que descreva o que está sentindo
fisicamente, todas as sensações físicas.

2- Quando ela se emocionar bem, pergunte quando ela sentiu essa


sensação física que ela descreve agora, pela primeira vez, ou uma das primeiras vezes?
3- Que idade ela tinha e qual foi a cena intoxicante...peça que descreva
com todos os detalhes de emoções do momento.

4- Pergunte a ela qual é a idade dela no momento? Promova um diálogo


entre a parte adulta dela do momento e sua parte infantil daquela cena traumática.
Geralmente é um diálogo difícil, onde a parte adulta, mal consegue ajudar, Consegue
sim , sentir o mesmo e um pouco mais. Peça então que falem com os intoxicantes da
cena trazida ( pais, familiares, algum outro personagem que mal tratou esse paciente
naquela época). Mantenha esse diálogo para que apareçam as verdadeiras emoções
escondidas.

5- Apadrinhe essa pessoa, ajudando com palavras de carinho,


ressignificando que ela “sobreviveu” a tudo que “já passou”, que agora será um novo
tempo de mudanças e novas possibilidades.
6- Introduza metáforas, técnicas de limpeza de traumas, técnicas do Bert
Hellinger e visualizações de futuro.

7- De sugestões pós hipnóticas de que quando ela sentir o mesmo agora,


ela saberá conduzir bem melhor... Não será mais como uma árvore dura, que quando a
tempestade vem , ele se racha com os ventos fortes e cai ao chão...mas sim, como um
bambu, quando o vento forte bate, ela se deita ao chão, mas rapidamente retoma seu
lugar de volta!
Recomendo essa técnica a todos os nossos pacientes que se emocionam, aliada
as técnicas psicossensoriais e ao final, fazendo a Coerência Cardíaca com PRI, que você
vai aprender mais a frente, com Gastão Ribeiro neste livro! Fica tudo perfeito!

Existem outras técnicas que você poderá meu em meu livro de induções feitas
integralmente para serem usadas com seus pacientes, muitas técnicas!!!

Fica aqui a lembrança de alguma delas que você poderá ir lá ver:

Indução Zen, Indução Budista, Cabala, Mudança Aceitação, Lei da Atração mais
completa, Limpando suas diferenças com seus pais ( modelo Bert Hellinger), Técnica do Perdão,
Ressignificando suas Habilidades, Curando seu Corpo, Técnicas de compulsão para obesidade,
parar de fumar, etc. Veja o Livro de Induções.

As técnicas com crianças você verá num capítulo a parte. Escrito sob medida para quem
trabalha com crianças. Além das técnicas você verá também desde a consulta com os pais, a
primeira entrevista, a devolução ao s pais e o trabalho como deve ser feito com a criança e sua
família.

Relembrando as Metáforas

- Dois Anjos Caipiras


- Bicicleta de rodinha
- Amor Perfeito
- Lagosta
- Pregos/ carvão
- Porco Espinhos
- Onça enjaulada
- Peça e Será atendido
- A Mulher e os pássaros
- Sinos na ilha
- A mulher do poço
- Águia
- Borboleta
- Fraternidade do Monge
- Furacão e Árvore
- Pedra do vaso
- Arvorezinha
- Cobra na cama
- Formiga
- Topeira
- Nunca deixe de Sonhar
- Pegadas na areia
- Jacinto, o gnomo chorando
- Pérola e a ostra
- Psique e Eros
- Patinho feio
- Estrela do Mar
- O Segredo, Lei da Atração
- Essa dor tem esse nome
- Quadro da Paz
- xícara cheia
- A mulher e o filho Morto
- - Fadas
- Caminho do meio
- Anjo da morte
- 15 minutos de poderes angelicais
- Campo de Futebol
- Tomateiro
- Pequeno Príncipe
- Cavalo
- Formigas na árvore
- Poema da rua
Essas histórias estão no apêndice A, ao final deste livro, para que você possa consulta-
las. Lembrando que há sites na internet de metáforas, com todo modelo que histórias que você
possa imaginar!

Para se fazer uma hipnoterapia ao modelo de Dr. Milton H. Erickson, é preciso aprender
a contar histórias durante o processo de terapia.

Você deve estar se perguntando por que?

Erickson dizia que quando você quer que alguma pessoa preste atenção a algum recado
que você queira dar, é só lhe contar uma história que contenha a saída para o problema pelo
qual aquela pessoa está passando. Pense se você está com um problema em seu carro, e
alguém na mesa começa a falar que levou o carro na oficina X e , o mecânico era tão bom, que
resolveu o problema. Você já quer saber quem é o cara, qual é a oficina X e qual foi o problema
que o carro dele teve para consertar o seu. Se você está com problemas com sua empregada e
fica sabendo de uma amiga que tem uma ótima empregada, que a irmã dela está procurando
emprego, já se fica de antena ligada!

Acontece o mesmo quando contamos uma história, onde o conteúdo, tem alguma saída
para o problema de quem estamos cuidando. A pessoa fica antenada na solução que aconteceu
na história narrada e pega aquela idéia para si.

Por isso, usamos a metáfora como uma forma indireta de dizer aquilo que o nosso
paciente precisa ouvir, como um novo caminho, uma saída digna e mais fácil para seus
problemas.

Você não precisa usar em todas as vezes que fizer hipnose, e com pessoas
extremamente concretas, que não conseguem simbolizar o que aquela história quer dizer.
Também tem pacientes, que não têm paciência para ouvir “historinhas” como eles próprios
dizem. Por favor! Não as use!

Abaixo, segue um breve esquema de como você deve usar as metáforas no seu trabalho
hipnótico.

Conceito de Metáfora:

“Consiste em dar à coisa um nome que pertence a outra coisa qualquer” ( Aristóteles)

Conceito de Analogia:

“ Ponto de semelhança entre coisas diferentes. Semelhança, similitude, parecença.”


(Dicionário Aurélio)
Metáfora:

- Aquilo que carrega o sentindo;


- Faz uma conexão de significados;
- Ressignifica (reenquadra um novo significado);
- Imagens no lugar de palavras.
Como criar as estórias?

- A- Estórias prontas;
- B- Estórias inventadas.
Para todas elas devemos sintetizar o problema – O que eu desejo comunicar?

Como montar a estória

A- Buscar a meta:

O que eu desejo comunicar?

Depressão –( De – Pressão)

- Evitar Pressão

- Descanse

Nada como a formiga de coluna quebrada aprendendo a descansar com a cigarra.

B- Orientar para Solução:

O que está faltando para esta pessoa?

Onde está bloqueada?

O que precisa aprender para chegar lá?

Como se consegue isso?

O que a impede? Crença limitante?

Todo mundo tem suas polaridades...

Exemplo: Depressão – De – pressão – descanso – Não posso! Tenho que se “legal”!


Custo alto – cansaço – corpo para – posso ser feliz se agradar a mim mesmo em 1º lugar – Assim
agradarei bem a todos!
C- Entremear palavras que ressignificam

- Observar palavras idiossincráticas: pesado, arrastado, difícil, tortuoso,


grande demais, etc.
- Ressignificar estas palavras;
- Entremeá-las nas estórias, dando novo significado – vírus no padrão
anterior.
Exemplo: Estória do tomateiro em 2 casos diferentes

- Incontinência urinária (tomateiro demora a crescer...)


Câncer terminal (Tomateiro cresce com toda serenidade...)

D- Fazer uma nova conexão para a solução – “A ponte”

- O personagem tem características do problema


- O tema tem uma solução embutida
- A estória entremeia novos significados
- A “antena” do paciente capta a idéia indireta do caminho para a solução.
“ Meu terapeuta contou-me uma estória que tem a minha cara. Adorei!”

E- Eliciar os recursos

- Todo mundo tem recursos/ habilidades


- Buscar os recursos (tesouros)
- Entremear os recursos na metáfora como parte integrante daquela
pessoa.
Exemplo: Dona Formiguinha era muito trabalhadeira, adorava ajudar a todo mundo,
carregava mais peso do que deveria e agora está aprendendo saudavelmente a ajudar a si
mesmo em 1º lugar...

F- Sugestão Pós-Hipnótica

- A metáfora em si já é sugestão indireta


- Dar sugestões daquilo que você deseja eliciar de recursos da própria
pessoa.
- Entremear a sugestão dentro da estória dita.
Exemplo: ... E na medida que a formiguinha trabalhadeira, mas muito cansada, aprendeu
um pouco com a dona Cigarra, ela viu que poderia descansar e ganhar mais saúde...
Para trabalhar mais saudavelmente/ protegidamente...

SEMPRE TRAZER UM NOVO CAMINHO

- Onde há sombra – trazer luz


- Onde há só uma polaridade – colocar sua outra polaridade
- Procurar estórias que coloquem a polaridade sombra à vista, mas
também os recursos.
- Sempre entremear soluções saudáveis
- Às vezes, com uma 2ª estória dentro da 1º estória.
- UTILIZAR SUGESTÕES DE PROCESSO
- ... Isso vai continuar... Como um processo... Tudo que você precisa
mudar leva tempo... E vai mudando... Mas o processo já começou... Um pouquinho só a
cada momento...

A metáfora que a pessoa faz sobre seu próprio problema

- Perguntar: Com o que se parece seu problema?


- Ver se ela traz símbolos, lembranças infantis ou sonhos
- Utilizá-los
Pontos Chaves

- Metáfora e símbolos do paciente


- Palavras indiossincráticas – mudar o significado
- Crenças limitantes – possibilidade de conversar com a criança interior
através da estória e ensiná-la sobre como fazer de um jeito adulto.
- Buscar e resgatar os recursos da pessoa
- Conotar positivamente tudo que se passa
- Utilizar as experiências vividas como recurso
(Todas as experiências são aprendizagens)

- Abrir alternativas (caminhos)

- Fazer muitas modalidades sensoriais


(cor/ cheiro/ sons/ descrições, etc.)

- Por o problema no passado: ... A formiguinha era muito trabalhadora...


- Por a solução no presente: ... Agora ela está aprendendo a descansar
para trabalhar saudavelmente...
- Conectar as sugestões com uma meta
- Sugestões pós-hipnóticas
Palavras de proteção (Teresa Robles)

Vamos aprender a fazer estórias?

Metáfora para Depressão

Problema – De – pressão

Esgotamento

Cansaço

Solução – Pressão

Descanso

Recuperação da energia

Estórias – Formiga

Ostra/ pérola

Mulher/ pássaros

Onça enjaulada

Jardim mau cuidado

Metáfora para Pânico

Pânico= Pressão + desproteção

Falta de ar

Exigências demais

Solução= Pare! Respire!

Feche a percepção exagerada

Descanse

Auto proteção

Metáforas = Arvorezinha isolada


Pegadas na areia

Jardim do rei

Vasos imperfeitos

Bicicleta com rodinhas

(Dar pedrinhas/ medalhinhas)

Rituais de Proteção

Pânico

“Toda doença é uma tentativa de Solução”

O que isto te impede?

O que isto te obriga?

Doença: Pânico : a pessoa necessita de uma companhia, um amparo, sente que não dá
conta sozinha. Vem o desamparo.

Ela tem um problema e necessita de ajuda, não consegue lidar com as


dificuldades por si mesma. Teve uma primeira vez quando criança, onde não conseguiu lidar
com alguma situação (trauma). Voltou a ter novos episódios de desamparo na vida adulta por
falta de proteção. Necessita aprender a autoproteção. Grita socorro pede a mamãe, seu objeto
transicional. Ou a companhia de outra pessoa, ou de hospital por perto, ou um amuleto. Podemos
tornar o remédio o melhor amuleto, objeto transiocional, até ela se sentir apta a dar conta de si
mesma como os ansiolíticos e antidepressivos.

Ansiedade

Problema – Inquietação

Trabalhar demais

Preocupação em excesso

Auto exigências

Cansaço

Solução – Ver por outro ângulo

Remodelar o tempo
Descanso

Metáforas – Pequenas ilhas de prazer

Lugar perfeito

Fazer 5 coisa gostosas

Rei e o quadro da paz

Pedras grandes no vaso

História do sino

Fobia – incompetência

Golias e Davi

Sansão e Dalila

Arvorezinha cortada

Furacão e a árvore

Nunca desista dos seus sonhos

Câncer

Campo de futebol

Formiga e a árvore

Soldadinhos com bomba atômica

Cabrito comendo erva daninha

Vitiligo / Psoríase

Células se renovam diariamente

Tijolos e o muro

Campo de futebol

Acabamos de ver um esquema completo de como montar uma metáfora sob medida. O
importante é você fazer alguma história que traga embutida nela a solução do problema. Mas
lembre-se que não há histórias prontas para problema X ou Y! Procurei mostrar nos exemplos,
apenas como é que se faz um sintoma e através dele, como se busca uma solução contando
uma história.

Por isso, nunca busque uma história pronta para algum problema! Sempre pense por
que essa pessoa pediu socorro com esse sintoma específico? O que ela busca de ajuda para
seu conflito interno e inconsciente. Pois já vimos que, podemos ter um mesmo sintoma , dor de
cabeça por exemplo, e no entanto o motivo que a causa ser bem diferente para cada pessoa! A
dor de cabeça o faz parar de pensar, mas precisa parar porque esquenta a cabeça com tudo,
outro por que tem raiva demais, outro porque fica muito tempo sem comer.

Metáforas prontas para problemas nem sempre vão trazer a ajuda certa. Ponha sua
cabeça para funcionar e veja qual metáforas das prontas que existem pode combinar melhor
com o problema daquele seu paciente, que contenha uma saída para o problema, sintoma, que
essa pessoa sofre no momento!

Assim , tenha coragem , ouse, invente histórias caso tenha facilidade. Misture duas ou
três histórias diferentes e crie uma nova.

As histórias em si podem ser de uma banal analogia com algum fato, coisa, ou mesmo
uma historinha de conto de fadas, até algum conto lindo! O que importa é levem nelas uma
mensagem embutida com algum novo caminho para esse paciente.

Normalmente, quando a metáfora serve ao paciente, ele irá comentar depois, ou naquela
sessão mesmo.

Assim, agora, você já tem material suficiente para poder ver em cada capítulo a seguir
como os sintomas têm coisas em comum, onde podemos atuar e ajudar muito com a hipnoterapia
e com as técnicas psicossensoriais.

Divirta-se!

5- Doenças Psiquiátricas

Considerações Gerais

Podemos observar, na clínica, que há uma enorme procura para a psicoterapia


de pessoas com quadros de ansiedade ou depressivos, bem como estes quadros estão
interligados a outros sintomas físicos e psicológicos.
Sempre que você atender alguém que reclama que já foi deprimido, que já tomou
remédio, que sofre de ansiedade, ou deficit de atenção, já abusou de drogas ou de álcool,
encaminhe ao psiquiatra para fazer uma avaliação do caso. Pode ser que seu paciente seja
deprimido, ou sofra de Transtorno Bipolar, ou tenha Transtorno do Pânico, ou outra modalidade
psiquiátrica que caberia o uso de medicação concomitante à terapia que você fará neste
paciente.

Dentro da visão de neurotransmissores, ocorre uma disfunção da serotonina, dopamina


ou noradrenalina. E quando alguma delas fica em desequilíbrio, ocorre um desequilíbrio das
outras. Portanto, desde a ansiedade até os casos de depressão ou bipolar, devemos tratar das
alterações bioquímicas. Para isso, seria interessante um acompanhamento psiquiátrico paralelo
a terapia. Somente em alguns casos, onde houveram traumas mais fortes e abuso do paciente,
onde medicação alguma surte efeito, é que teremos que atura sem a ajuda do psiquiatra. Pois
nesse caso, teremos o complicadíssimo Transtorno Dissociativo, que só pedindo ajuda divina
para dar conta do caso e muita coragem de amar seu paciente! Pois o mesmo vai dar trabalho e
muito! Se não já deu para muitos outros profissionais!

Mas certamente, se você estiver tratando de um caso de doença psiquiátrica, a minha


sugestão é que você encaminhe esse caso para uma boa avaliação do psiquiatra.

Além disso, que logo que você souber qual é o quadro psiquiátrico a ser tratado, que
você faça a PSICOEDUCAÇÃO.

Psicoeducação é uma palavra usada por um psiquiatra chamado Akiskal. Ele acha que
todos os pacientes e familiares de pessoas que sofrem de depressão, transtorno Bipolar, pânico,
TOC, TDAH, ou outra qualquer, devem ser educados sobre o que tem.

Os familiares, inclusive, por vezes, têm uma imensa antipatia de ter que cuidar de
pacientes com estas doenças. As mesmas não aparecem em exames, mas tiram muito da função
laborativa, social, relacional e adaptativa.

Os pais , ou os filhos não entendem porque a pessoa não consegue fazer suas funções
normais e ainda os criticam por isso. Mas dependendo do caso, podem ser considerados
verdadeiros aleijões emocionais que ocorre na vida destes pacientes.

Diogo Lara tem um ótimo livro que se chama “Temperamento Forte e Bipolaridade”, onde
ele explica muito bem sobre esse problemas. Além disso, você pode ver meu livro “Para
Entender a Depressão” ou “Para entender O Transtorno do Pânico”.

DESORDENS DE ANSIEDADE
Tendência ao aceleramento de ações, preocupações. Pessoas exigentes,
querem sempre mais e melhor, procuram por aprovação dos outros: “Não sou tão amado, se eu
for o que imagina que o outro deseja, posso ser mais amada”. Só que o outro não vê, não percebe
e assim se fecha um ciclo vicioso. A procura do amor no outro faz com que o ciclo se perpetue.
Como diz Teresa Robles, em sua teoria do “Devo Ser”, agradar ao outro não ajuda, só piora. A
única saída é descobrir o que se deseja ser e aprender a si amar em primeiro lugar; independente
de ser o melhor ou não. Você é o que você é, e está muito bom, pois ninguém é perfeito. Portanto,
é necessário, nestas patologias, evitar o perfeccionismo.

O segundo problema comum entre estas patologias é insistir em ter que dar
conta do que não se dá conta. Isto traz sobrecarga, a PRESSÃO, e o sujeito passa a sofrer de
DE-PRESSÃO. Se trabalharmos o PARAR para MUDAR de vida, haverá um grande alívio. Vai
sobrar serotonina (o neurotransmissor do bem) para muitas outras atividades.

O terceiro problema que vejo é a tendência genética. É certo que ansiosos


deprimidos passarão geneticamente esta chance de herança a seus filhos.

Por isso, fique alerta em colher dados sobre os familiares. Você pode começar
cedo um trabalho preventivo de mudanças de atitudes e prevenção das crises tanto de ansiedade
como depressão.

E dependendo do caso, saber que já, na primeira crise depressiva, você iniciará
tratamento medicamentoso

Um outro problema que convivemos nestas patologias é a comorbidade de


patologias. Na maioria, não vêm como quadro isolado. É comum a parceria:

- Síndrome Pânico + Fobia


- Síndrome Pânico + Depressão
- Síndrome Pânico + Toc
- Síndrome + Fobia + Depressão
- Síndrome + Fobia + Depressão + Toc
- Toc + Depressão
- Toc + Fobia
- Depressão + alcoolismo
- Depressão + Fobia + alcoolismo
- Depressão + Obesidade
- Depressão + Compulsão + TDAH
- Depressão + fobia + TDAH + Pânico
- Transtorno Bipolar + Fobia + Pânico
- X Tudo! Pode também!
Quanto mais comorbidades, mais nos faz pensar em quadros de Distúrbio
Dissociativo ou Transtorno Bipolar. Algum trauma da infância aliado a tendências familiares, o
Distúrbio Dissociativo tem tudo para se instalar. Fique atento! Esses são os casos mais difíceis
de tratamento e melhora. Mas a hipnose e as Técnicas Psicossensoriais são usadas com
excelentes resultados .
Quando a medicação não funciona bem, fique mais atento se não é trauma, e
consequentemente um transtorno Dissociativo.

Visto tudo isto, gostaria de ensinar a vocês técnicas hipnóticas que nos tem
ajudado muito a resolver a ansiedade, as fobias, o pânico e depressão. Mais a frente voc6e verá
as técnicas Psicossensoriais descritas por Gastão Ribeiro.
Costumo primeiro averiguar a necessidade de medicação, pois sabemos que
nestes quadros o alívio do sintoma ajuda a mudança de atitude, a aderência ao tratamento
psicoterápico. Assim, peça uma interconsulta com um psiquiatra para que ele avalie isso para
você. Sabe-se que muitos destes problemas necessitam de medicação. Como cuidar de uma
pessoa em franca depressão, sem os remédios que recuperam o nível de serotonina? Fica difícil
tratá-la só com a psicoterapia. Portanto, sempre recomendo que encaminhem seus pacientes
para uma avaliação psiquiátrica.

Veja os quadros abaixo:

ANSIEDADE

RÉMEDIOS
ÁREA TÉCNICAS
SINTOMAS NA/SE/DA
CEREBRAL Ansiolíticos Antidepressivos HIPNÓTICAS

Sensação de falta de Clonazepan ISRS Técnica de


descanso ¯ SE Aumento da Nassa Limpeza:
Alprazolan
Brancos na mente irrigação Estabilizador Respiração
Bromazepan
­NA de humor Lugar seguro
Irritabilidade
Gânglios Lorazepan
Dores musculares Relaxamento
basais
Distúrbio do sono
Distúrbios alimentares Freeze frame
(ensaio)

DEPRESSÃO

RÉMEDIOS
NA/SE/D ÁREA TÉCNICAS
SINTOMAS
A CEREBRAL Ansiolíticos Antidepressivos HIPNÓTICAS

Baixa de humor (tristeza) ISRS Técnica de

Baixa de ânimo ¯ Aumento da Nassa limpeza:

Falta de desejo SE irrigação estabilizadores Respiração,

Falta de esperança no de humor Relaxamento


¯
futuro Sistema límbico
DA Lugar seguro
Distúrbio de sono
Distúrbios alimentares ¯ Técnica de

NA tratamento:

Regressão
formiga

Perdão
Feridas
(Teresa)

Reconstruindo
História de vida

projeção de
futuro

FOBIA

ÁREA RÉMEDIOS TÉCNICAS


SINTOMAS NA/SE/DA
CEREBRAL Ansiolíticos Antidepressivos HIPNÓTICAS

Palpitação Aumento da ISRS se tiver Técnica de


taquicardia irrigação outros sintomas limpeza: Respiração
Alprazolan (crise
de depressão,
Sudorese ­NA Clonazepan) Lugar seguro
pânico ou TOC
Rubor Gânglios
Relaxamento
Tremor basais
Em situações
Sensação de específicas
desmaio Técnica de

Dispnéia em tratamento

situações específicas Regressão


Gilligan
Perdão

Dessensibilizaçã
o

Projeção futuro

Técnicas
Psicosensoriais

PÂNICO

NA/ ÁREA RÉMEDIOS TÉCNICAS


SINTOMAS
SE/DA CEREBRAL Ansiolíticos Antidepres-sivos HIPNÓTICAS

Medo de ter medo Técnica de

Mudança de ­NA limpeza: Respiração


Aumento da Clonazepan ISRS
comportameto com irrigação Fechando a
evitações. Alprazolan Nassa
Gânglios percepção
a qualquer
Tudo do quadro basais
Lugar seguro
de fobia + sensação de momento
morte iminente Técnica de
tratamento:
medo que ¯SE Regressão
aconteça a qualquer Aprendendo a ser feliz
momento consigo mesma

Despressurizaçã
o

Projeção de
futuro

Técnicas
psicossensoriais

Técnicas Hipnóticas:

Passar a vocês a idéia do que eu faço. Cada caso é único e deve-se fazer uma
terapia única, de uma maneira especial, entrando pelo sintoma e saindo pela solução.
Antes de mais nada, vale saber que podemos empregar regras básicas e
técnicas comuns, mas fazermos um trabalho bem diferenciado.

Procure ver sempre o sintoma como aliado, ele traz a sombra, a verdadeira
vontade que está escondida lá dentro do sujeito. Por ser uma polaridade ao que o sujeito acha
que deve ser, o indivíduo fica preso em conflito psíquico. A única maneira de vir à tona é como
SINTOMA.

Assim, todo sintoma é um caminho que fala de um desejo real que não pode ser
ouvido: pânico, fobias e depressão nos diz algo do tipo:

PARE! DESCANSE! NÃO FAÇA PRESSÃO! DESCUBRA UM JEITO NOVO


DE VIVER.

Precisamos ouvir qual é a mensagem do sintoma daquele paciente e conduzi-lo


à sua conexão, a SAÚDE! Muitas vezes, o sintoma é como uma metáfora e podemos até usá-la.

Gosto de dividir o trabalho da hipnoterapia em duas etapas:

A primeira vai construir a aliança terapêutica, o Rapport. Esta confiança é


primordial. Um lugar onde o paciente possa se sentir seguro e tranqüilo. Além disso, você vai
ajudá-lo a se acalmar. Aprender a respirar, aprender a pensar positivo. Dr. Daniel Amen disse
que tais técnicas desaceleram a irrigação sangüínea cerebral exatamente nas áreas afetadas
pelas psicopatologias. E com tudo isto você aprende o estilo com o qual determinado sujeito
volta para si mesmo, ou melhor, entra em transe.

Contudo, fique atento: PESSOAS ANSIOSAS SÃO CONTROLADORAS, não


relaxam! Por isso, é preciso ir devagar e dar a elas o controle do SEU BEM ESTAR, pois elas
apenas têm o controle de quando o mal estar vai chegar.
Esta primeira parte, chamo de “tratamento limpeza”, é como se estivéssemos
limpando a ferida, para depois curá-la.

A Segunda parte costumo chamar de “tratamento de cura”. Vamos aplicar as


técnicas de hipnoterapia que vão as raízes dos problemas. Veremos o que causa e daremos o
devido tratamento a cada causa.

Tenho observado o seguinte esquema:

Na ansiedade – São pessoas agitadas, com tendência a quererem dar conta de


tudo, algumas até perfeccionistas. Diante deste quadro, o que poderia curar?

- Pare
- Descanse
- Não faça pressão
- Aprenda a tomar fôlego primeiro
- Divida tarefas
É como se fôssemos fazer um “personal coach”, colocando a vida da pessoa em
primeiro lugar.

Você deve ter observado que isto é bem parecido com o “tratamento limpeza”.
Mas ele é mesmo! A ansiedade é a base onde vai surgir as fobias, o pânico ou a depressão.

Nas fobias - Freud estava correto quando disse que a fobia é um deslocamento
de um sentimento difícil (raiva, tristeza, medo) em relação a uma pessoa querida. As fobias, em
geral, acontecem em pessoas dinâmicas, aceleradas, competentes. Mas que guardam algum
sentimento de menos valia ou raiva ou frustração da infância ou adolescência. No decorrer da
vida, alguma situação destas da infância gera um trauma, em que um sentimento fica recalcado
dentro do inconsciente. Com o decorrer dos anos, na vida diária, qualquer situação na qual esta
pessoa possa vir a ser cobrada de alguma postura (competência, sucesso, bom desempenho)
serve, então, como disparador da fobia a ser instalada. De uma fobia de avião à fobia social.
Portanto, para a cura das fobias necessitamos fazer a regressão. Eu gosto da
técnica de Stephen Gilligan de Self Relation. A pessoa volta à cena traumática, através das
sensações físicas (das memórias dependentes de estado de stress).

Quando conseguimos que o paciente fóbico volte a cenas nas quais ele ficou se
sentindo desprezado, incompetente ou frustrado, ele pode trabalhar o trauma. A criança que
ficou presa na emoção se liberta da fobia. Volta a se sentir um vencedor.

No pânico - As pessoas que sofrem de pânico são pessoas ansiosas que se


sentiram desprotegidas em algum momento de sua infância. Esta desproteção foi assimilada
como abandono e desamor ou como cobrança pelos pais. O sujeito então passa a ser exigente
demais, perfeccionista para não errar e ser novamente aceito e, assim, protegido. Mas
novamente se frusta com pai ou mãe exigente e o ciclo se torna infinito. No decorrer da vida, o
sujeito se torna controlador de tudo, tentando dar conta “de tudo” e o sintoma aparece como para
mostrá-lo:

PARE! PEÇA AJUDA! VOCÊ NÃO PODE DAR CONTA DE TUDO!

Como tratá-lo?

- Protegê-lo
- Mostrá-lo como controlar o bem estar - ser perfeccionista em
diminuir tensões.
- Incentivá-lo a fechar a percepção ao mal estar.
- Propor-lhe a mudança de postura: dar menos conta de dar conta.

Na depressão – Os pacientes deprimidos, quando sofrem de depressão por


esgotamento, como o nome já diz, estão esgotados de tantas autoexigências. Não têm tempo
para si mesmos. Apenas se cobram e muito. Sofrem DE-PRESSÃO.

Para ajudá-los é preciso modificar:

- Padrão Pensamento Negativo


- Descanso com validação ao bem-estar.
- Aprendizagem como querer-se bem em primeiro lugar.
- Regressão aos momentos em que se sentiu incompetente.
- Reconstrução da história de vida.
DEPRESSÃO
Depressão é atualmente a quarta causa de sofrimento e incapacitação em nível mundial.

O que é pior na vida de um ser humano do que não conseguir controlar sua mente de
pensar negativo, não ter mais ilusões, ver o futuro de forma negra e não ter vontade de fazer
nada?

A terapia será sempre bem vinda na vida destes pacientes que buscam algum consolo
para sua mente, alma e corpo. Nós precisamos nos adaptar, entender e nos capacitar melhor
para atender tais pacientes. O que é pior, essa maldita doença nunca vem só! Como já vimos
pode vir acompanha da de outras moléstias do sistema nervoso central, como TOC, TIC, TADH,
compulsões, etc.

Nosso empenho como terapeutas é ajudar que essas pessoas se adaptem melhor a vida
e deem sentido ao seu futuro mesmo que vida doa para se viver.

Na terapia ela vai aprender a ver a vida com outros olhos, numa lente mais otimista de
se viver. E você será o responsável em ajuda-la nessa transição que leva algum tempo para
acontecer.

Os transtornos do humor, do qual fazem parte as formas de depressão, constituem um


problema de saúde pública, devido à elevada freqüência. Apesar disso, são dificilmente
reconhecidos e, quando diagnosticados, quase sempre são tratados de forma inadequada.
Normalmente trazem incapacitação ao paciente e importante prejuízo à sua vida, retirando-o
definitivamente do trabalho, colocando-o em risco, destruindo sua convivência social e familiar e
quando não, levando-o às drogas ou ao álcool.

Os tratamentos medicamentosos foram sendo descobertos, por acaso, com o uso de


substâncias que baixavam a pressão sangüínea. Desde então, as pesquisas têm se refinado
bastante na procura de novas substâncias e do entendimento de como funciona o cérebro do
sujeito deprimido. Os últimos estudos levam a crer na possibilidade da neurogênesis, a
multiplicação de células cerebrais no hipocampo. Estamos aguardando os avanços
ansiosamente!

Mas até lá, quando se fala em medicação psiquiátrica, a coisa fica feia! Pois é...

Ah! Medicina precisa evoluir, estamos a caminho, mas de forma lenta para quem sofre
da doença.
Como psiquiatra, sofro junto com meus pacientes, pois as medicações nem sempre dão
certo de primeira vez, quando não só darão certo lá pela décima tentativa e erro! Os remédios
são necessários, precisamos convencer nosso paciente disso, pois mesmo que ajude só um
pouco em torno de 40 a 60%. Isso já traz muito alívio e qualidade de vida! Tira o paciente de
dentro de casa, o faz voltar ao trabalho com dignidade, elimina o pensamento negativo que o
atormenta e muitas vezes tiras as idéias suicidas.

Precisamos como terapeutas ajudar nossos pacientes a entenderem que vão precisar
dessa medicação como aliado importante, mesmo que traga efeitos colaterais indesejados, mas
é melhor do que uma vida paralisada!

A psicoterapia auxilia na psicoeducação dos nossos pacientes deprimidos certamente.


Além de termos técnicas hipnóticas que auxiliam nesse tratamento também! Veremos amis a
frente.

Os tratamentos psicoterápicos também têm evoluído desde Freud. O mais


interessante é vermos a possibilidade de ensinarmos os pacientes deprimidos, através da
psicoterapia, a experimentarem “novas ações”.

Mas antes de ensinar como trabalhar em psicoterapia, devemos mostrar ao nosso


paciente o que é estar deprimido, como saber sobre esse mal estar com mais detalhes. Isso nós
chamamos de Psicoeducação!

O que você deve ensinar:

Primeiro, é uma doença genética, outros familiares a possuem também. O paciente


herdou um traço genético da doença e ela vai aparecer em algum momento da vida. Não vem
por acaso.

Segundo, é uma doença crônica. Ainda não se descobriu a cura deste mal. Ela vem em
crises, que podem começar na infância com sintomas de hiperatividade ou desatenção,
irritabilidade ou insônia. Ou pode começar jovem adulto entre 17 a 25 anos, numa grave crise de
depressão, ou com suas comorbidades: pânico, TOC, TIC, TDAH, compulsões. Mas certamente,
haverá novas crises depois desta primeira que pode inclusive passar desapercebida num
primeiro momento como uma coisa normal, após um término de namoro, um repetição de ano,
etc.

Terceiro, ela é cíclica! Como doença crônica , significa que voltará. Mas ela também é
cíclica, ou seja, vem e depois desaparece! Pode desaparecer sozinha sem medicação nas
primeiras crises. Mas com o passar do tempo, ela não mais irá embora se não for medicado.
Quarto, deve ser medicada o quanto antes para evitar novas crises, e até onde a
medicina conseguiu evoluir nesse momento, é necessário uso contínuo da medicação que a
pessoa se adaptar. Isso é importantíssimo! Para que as medicações possam surtir melhor efeito,
é melhor não interromper o tratamento porque ficou bom! Não é como ter uma inflamação na
garganta, e tomar o antibiótico por aquele tempo determinado. Uma vez, ficando curado pode
parar!

Bem diferente quando se trata de depressão! O remédio é usado do mesmo modo de


quem tem diabetes, pressão alta, hipotireoidismo. Algo não funciona bem e é necessário “repor”
o que falta. Se para de se dar o que necessita, já era! Volta tudo a estaca zero, ou um pouco
pior! Pois os remédios podem não surtir mais aquele efeito desejado.

Portanto, ensine estas dicas ao seu paciente e aos familiares dele.

Psicoeducar seu paciente e seus familiares é fundamental na melhora do mesmo.

Se os sintomas persistirem podem ser duas coisas: remédios mal adaptados ao caso,
ou diagnóstico mal feito. Não é fácil acertar a medicação de cara! Ou pode ser que este paciente
sofra de uma depressão refratária , de difícil tratamento que não se cura nem mesmo com as
medicações corretas. Existe uma gama de pessoas que mesmo usando dos melhores
medicamentos, tem pouca ou nenhuma melhora. Mas sem eles, ficariam bem piores!

Como saber se um paciente está deprimido?

Ele vai apresentar os seguintes sintomas, veja abaixo:

São quatro sintomas maiores:

- humor triste ou irritado;


- desânimo;
- falta de desejo no que antes desejava;
- falta de esperança no futuro.

Eles podem vir acompanhados de sintomas secundários:


1. transtornos do sono como insônia ou muito sono;
2. apetite modificado;
3. idéias de inutilidade e isolamento;
4. pensamentos suicidas;
5. ansiedade e agitação;
6. problemas orgânicos.
Não há necessidade de eventos externos estressantes para o aparecimento das
crises, mas estes podem ser elementos disparadores de novas crises.
O estado depressivo é uma vivência profunda, onde a existência do sujeito torna-
se, muitas vezes, vazia e sem qualquer perspectiva. Percebe-se a vida, de uma forma mais
negativa, diferente do habitual. Os pensamentos negativos invadem a mente, numa lente
obscura que lhe tira todo o colorido.

O sujeito quando deprimido pode apresentar também:


• baixa auto-estima,
• dificuldade em lidar com as frustrações,
• pouca tolerância aos estresses e
• imaturidade emocional.

Situações vitais como luto, mudança de emprego ou cidade, doenças crônicas,


relacionamentos conflitantes, dificuldades financeiras e outros podem ajudar a piorar o
quadro depressivo.

Tipos:
Depressão reativa:
Pode ocorrer em qualquer idade. Comum nas pessoas acima dos 40 anos, devido
ao desgaste da vida diária. Geralmente já eram pessoas que apresentavam um quadro de
ansiedade como TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizado), ou uma leve depressão que
passava despercebida.
Distmia:
É considerado um quadro de depressão mais suave, onde a pessoa apresenta um
mau humor constante, irritabilidade e este estado é permanente. Está sempre reclamando
de tudo, brava com todos, e quem está por perto “pisa em ovos” para lidar com o mau humor
deste distímico!
Depressão Maior:
É aquela que apresenta todos os sintomas maiores como desânimo, tristeza
profunda, falta de esperança, falta de desejo, idéias suicidas, isolamento, etc. Pode ser parte
do quadro do Transtorno Bipolar; ou apenas como um quadro depressivo grave. A doença
é recorrente; vem em ciclos ao longo da vida e cada vez que retorna vem um pouco pior e
demora mais tempo para ir embora. Além disso, ela ao longo do tempo, vai deteriorando o
cérebro e esta pessoa vai perdendo sua capacidade cognitiva, de fazer as coisas que antes
fazia. Muitos vão reclamar que já não dão conta de ir ao banco, ao supermercado, de saírem
sozinhos. Por isso, o cuidado em fazer logo o diagnóstico, educar para se tomar a medicação
e evitar mal maior no futuro como essa inadequação a vida cotidiana.
Depressão atípica

Essa modalidade de depressão como o nome já diz é diferente. Ela é mais intensa,
mais severa e tem sintomas atípicos, como inquietação e insônia. Essa depressão costuma
não melhorar com o uso apenas de antidepressivos. É preciso fazer o mesmo tratamento que
se faz para o TB (transtorno bipolar). O uso do lítio ou moduladores de humor se fazem
necessários na maioria dos casos. E na maioria das vezes, faz parte do espectro bipolar. Por
isso, são sintomas mais graves e tão difíceis de melhorar.

O espectro bipolar pode ser um diagnóstico, como uma modalidade entre depressão e
bipolar.

A pessoa se lembra bem dos episódios depressivos, mas quando está em euforia, ou
numa pequena mania (Hipomania), não consegue perceber o fato. Dessa forma, ela leva ao
psiquiatra somente o relato dos fatos que acontecem quando está bem deprimida e não se
lembra de contar o outro lado da moeda. Quando ela fica meio eufórica, alegre demais, muito
falante, sem sono, com excesso de atividades, muito sexo, muitos gastos, idéias magníficas e
muito mais que veremos mais a frente.

Além disso, essa doença pode não vir sozinha, mas acompanhada de outras doenças
mentais como pânico, fobias, TDAH – Transtorno de Déficit de atenção e Hiperatividade, TOC –
Transtorno Obsessivo, TAG – Transtorno de Ansiedade Generalizado, etc.

Quanto mais informações o paciente passa ao médico psiquiatra, mais preciso ele pode
ser com a medicação e diagnóstico. Pois é necessário medicar sob medida! Nem sempre os
médicos acertam de primeira nas medicações prescritas aos seus pacientes por falta de algumas
informações básicas como:

-ditúrbios do sono;

-irritabilidade;

-pavio curto;

-gastos compulsivos;

-abuso de drogas como maconha, cocaína, álcool, soníferos, etc.;

-manias;
-pensamentos ruminativos negativos;

E muito mais ...

Fique atento a tudo que leu até agora, para que você possa ensinar seu paciente a expor
ao psiquiatra, tudo mesmo que já aconteceu. Além dos hábitos que o seu paciente vem
praticando nos últimos tempos, que antes não faziam parte de sua rotina.

Talvez se todo paciente fosse minucioso em contar tudo que acontece com ele, os
diagnósticos poderiam ser mais precisos. Mas infelizmente, os próprios pacientes não enxergam
o que estão apresentando e não sabem falar disso. É muito bom, quando eles vêm
acompanhados de familiares, que fazem um relato mais minucioso exatamente do que
precisamos para fechar um diagnóstico e medicar sob medida. Se voce achar necessário, deve
e pode chamar os mesmos com autorização do paciente. E também pode pedir que eles possam
ir a consulta médica também.

Pergunte sempre se o paciente tem tais características. Peça que procure o médico
psiquiatra logo que puder, caso apareça alguns dos sintomas citados!

Transtorno Bipolar:

Também conhecido como Psicose Maníaco-depressiva, é caracterizada por


oscilações ou mudanças cíclicas de humor e comportamento que variam em intensidade
(leve, moderada ou grave) e duração (episódios curtos, longos ou crônicos).
As mudanças de humor vão desde as oscilações normais, como nos estados de alegria e
tristeza, até mudanças patológicas acentuadas e diferentes do normal, como episódios de
mania, hipomania, depressão e mistos. É uma doença de grande impacto na vida do
paciente, de sua família e da sociedade, causando prejuízos freqüentemente irreparáveis na
saúde, na reputação e nas finanças do indivíduo, além do sofrimento psicológico.

Características do TBH

1. É uma doença médica séria.

2. Até o momento, é considerada uma enfermidade para a vida toda.

3. Quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, melhor será sua evolução.

4. Considerando todos os tipos de doença, sua ocorrência é estimada em 8 a


cada 100 indivíduos.

5. Inicia-se geralmente entre a adolescência e o começo da vida adulta.


6. Pode aparecer na infância. Um terço dos indivíduos manifestará a doença na
adolescência e quase dois terços, até os 19 anos de idade.

7. Raramente começa acima dos 50 anos, e quando isso acontece, é importante


investigar as causas.

8. A doença manifesta-se igualmente em homens e mulheres. Filhos e parentes


de pacientes têm maior risco de manifestá-la.

9. A principal causa é genética, quando se herda a predisposição para a doença.


Fatores psicológicos, ambientais, sociais e físicos também podem interferir.

10. A enfermidade é recorrente, e em 90% dos casos os episódios tendem a se


repetir ao longo da vida.

11. A doença se manifesta por meio de mudanças psicológicas e


comportamentais incapacitantes, que são diferentes da maneira habitual do indivíduo
ser.

12. Quando não é tratada, causa grande impacto na vida do paciente, da família
e da sociedade, ocasionando prejuízos freqüentes e irreparáveis na saúde, na reputação
e nas finanças do indivíduo, sem falar no sofrimento psicológico e físico, o que
compromete à qualidade de vida do portador, da família e dos amigos.

Tudo isso que você viu acima nos faz crer que essa é uma doença grave e
realmente requer nossa atenção e cuidado! Se você tiver um paciente ou algum parente
ou amigo ajude a alertá-lo das conseqüências para sua vida, caso não seja tratado.

Características da fase de Mania ou euforia:

1. Humor excessivamente animado, exaltado, eufórico, alegria exagerada


e duradoura.

2. Extrema irritabilidade, impaciência ou “pavio curto”.

3. Agitação, inquietação física e mental.

4. Aumento de energia, de atividade, começando muitas coisas ao mesmo


tempo sem conseguir terminá-las.

5. Otimismo e confiança exagerados.

6. Pouca capacidade de julgamento.


7. Crenças irreais sobre as próprias características ou poderes,
acreditando possuir muitos dons ou poderes especiais.

8. Idéias grandiosas.

9. Pensamentos acelerados, fala muito rápida, pulando de uma idéia para


outra, tagarelice.

10. Facilidade em se distrair, incapacidade em se concentrar.

11. Comportamento inadequado, provocador, intrometido, agressivo, ou de


risco.

12. Gastos excessivos.

13. Desinibição, aumento do contato social.

14. Aumento do impulso sexual.

15. Agressividade física ou verbal.

16. Insônia e pouca necessidade de sono.

17. Uso de drogas, em especial cocaína, álcool e soníferos.

Três ou mais dos sintomas aqui relacionados devem estar presentes por,
no mínimo, uma semana.

A hipomania é um estado de euforia mais leve que não compromete


tanto a capacidade do funcionamento do paciente. Geralmente, passa despercebida por
ser confundida com estados normais de alegria e deve durar no mínimo dois dias.

A fase de depressão pode ser caracterizada por:

1. Humor depressivo ou perda de interesse ou prazer.

2. Sentimentos de tristeza, vazio ou aparência chorosa ou melancólica.

3. Inquietação ou irritabilidade.

4. Perda de interesse ou prazer em atividades habitualmente interessantes.

5. Perda ou aumento do apetite ou peso, mesmo sem estar de dieta.


6. Excesso de sono ou incapacidade de dormir.

7. Sentir-se ou estar agitado demais ou excessivamente devagar (lentidão).

8. Fadiga ou perda de energia.

9. Sentimento de falta de esperança, culpa excessiva ou pessimismo.

10. Dificuldade de concentração, de se lembra de coisas ou de tomar


decisões.

11. Pensamentos de morte ou suicídio, planejamento ou tentativas de


suicídio.

12. Dores ou outros sintomas corporais persistentes não provocados por


doença ou lesão física.

Estes sintomas manifestam-se na maior parte do tempo por, pelo


menos, duas semanas. Podem ser de intensidade leve, moderada ou grave.

E as características do Estado Misto do TB são:

1. Sintomas depressivos e maníacos acentuados ocorrendo


simultaneamente.

2. A pessoa pode sentir-se deprimida pela manhã e


progressivamente eufórica com o passar do dia, ou vice-versa.

3. Pode ainda apresentar-se agitada, acelerada e ao mesmo tempo


queixar-se de angústia, desesperança e idéias de suicídio.

4. Os sintomas freqüentemente incluem agitação, insônia e


alteração do apetite. Nos casos mais graves, pode haver sintomas psicóticos
(alucinações, delírios) e pensamentos suicidas.

5. É difícil de ser reconhecido e diagnosticado. Muitas vezes é


confundido com outras doenças.

Esses sintomas devem estar presentes a maior parte do tempo por, no


mínimo, uma semana.
Agora, você já tem em mãos esse pequeno guia, pra ver se os sintomas que
seu paciente está sofrendo, são do Transtorno Bipolar ou Depressão.

Se o paciente tiver alguns dos sintomas citados acima, e eles perdurarem pelo
tempo mostrado no texto, por favor, encaminhe ao psiquiatra! Talvez ele esteja
sofrendo de TB e precise ser medicado!

Vamos , então falar de técnicas da hipnoterapia para se tratar de depressão ou


de Transtorno Bipolar (TB).

Lembre-se de em primeiro lugar, ao perceber que pode se tratar de um quadro


psiquiátrico encaminhar ao medico, e depois de ter sido feito o diagnóstico, ensinar
tudo sobre a doença com acalma e paciência, para que seu paciente possa seguir o
tratamento proposto pelo psiquiatra.

Estas doenças “psi” necessitam de medicação, orientação e de muito apoio na


psicoterapia. São a maioria dos casos que vamos atender.

Assim, recomendo contato com os familiares para ver se a medicação está


sendo feita corretamente, e como o paciente está se comportando. Por que , é comum
o paciente mentir em terapia!!! Pois é! Que coisa mais louca! Mas os pacientes mentem
e muito para nós terapeutas. Não que eles queiram nos enganar, mas querem sim,
enganar a si mesmos. E nós vamos acreditar em tudo que dizem achando que estão
mesmo sofrendo com aquilo. E muitas vezes, eles querem se convencer que são
vítimas da vida, da família, do chefe, do pai, do filho, etc. Cuidado!

Desconfiem um pouco do que é dito em terapia...

Se tornem bons detetives como Dr. House, do seriado americano, que faz
sucesso exatamente porque busca pistas em tudo que vê do paciente e vai juntando
para ver se confirmam as hipóteses. Assim, você como bom terapeuta deve ir juntando
os fragmentos de histórias contadas e ver se emendam umas nas outras. Caso não,
chame os familiares, pois deve haver algo errado aí. Lembrando que são famílias
disfuncionais também e merecem ser tratadas!

Na psicoterapia devemos fazer um esquema geral, veja abaixo:

Colher a história do paciente.

Fazer hipnoses básicas para ver como entra em transe, lugar seguro,
respiração azul, relaxamento progressivo, coerência cardíaca com freeze-frame,
indução da fada cor de rosa, luz curativa e outras que desejar. O intuito é ver como seu
paciente entra em transe, se entra em transe, se coopera ou não. Se não relaxa. Se
não gosta de fechar os olhos ou receber comandos, se acha monótono. Como ele sente
a indução.

Depois de saber se ele gosta ou não das hipnoses, você pode traçar um
planejamento de ação.

Para aqueles que não gostam de hipnose, use da linguagem hipnótica, de


contar casos, de leva-los aonde deseja apenas contando casos, falando de imagens e
assim por diante...o mesmo, mas diferente!

Para aqueles que se adaptarem bem ao transe fica mais simples é só seguir o
esquema abaixo:

Lugar seguro + respiração azul + águia

Relaxamento progressivo+ nuvens do céu descansando + borboleta + vasos


imperfeitos

Coerência cardíaca + PRI + instalando confiança no coração + cenas gostosas


da infância (se tiver!) + caminhos do coração + quadro da paz

Indução da luz curativa + pérola e ostra

Indução das fadas do cérebro ( para quem toma medicação) + ilhas do sino +
jardim do rei

Linha do tempo + álbum de retratos + jacinto que só chorava

Estados de ego + onça enjaulada

Regressão aos traumas + pregos ou carvão

Técnicas de limpeza de Bert Hellinger das crenças limitantes + a mulher e os


pássaros

Limpeza dos traumas com Coerência cardíaca e PRI + doce de figo ou de


laranja

Visualização de futuro + lei da atração

Limpeza das emoções negativas com PRI + poema do buraco na calçada


Psicologia Positiva – tarefas : caderneta da gratidão, praticar boas ações,
exercícios físicos. Higiene do sono, alimentação, vida com metas de futuro!

Tipos de técnicas para pessoas deprimidas, um esquema básico detalhado:

A pessoa deprimida fala com sua depressão que ela esta precisando PARAR!

Muitas pessoas por ficarem desanimadas fazem uma leitura através do cérebro
que falta glicose, que estão fracas e aumentam a ingestão de carboidratos (pães/ doces/pizzas/
etc...). Outras procuram o precursor da serotonina, um aminoácido chamado triptofano que existe
nos chocolates. A pessoa passa a ficar viciada em chocolates. Isso não adianta. O problema
esta na célula que vai transformar o triptofano, ela não esta fabricando a serotonina mesmo tendo
a matéria prima.

- 1- Tratamento de Limpeza geral;


- Vida boa! – descanso autorizado
- Pequenas ilhas de prazer
- Relaxar
- Alimentação saudável
- Bom sono à noite
- Lugar seguro
- Respiração colorida
- Coerência cardíaca + PRI+ Freeze-Frame
- Lei da atração, fazer metas de futuro
- Psicologia Positiva, tarefas como diário de gratidão, praticar o bem.

2- Depressão com sintoma físico

- Respirações
- Oxigênio/ escudo de luz colorida
- Ar azul
- Relaxamento
- Lugar seguro
- Técnicas Dr. Epstein – Imagens que Curam
- A Cura egípcia
- A nuvem cor de rosa (Teresa Robles)
- Feridas - Teresa Robles
- Raiva/ Culpa – Limpeza através de técnicas para limpar ressentimentos
como “o palco”, “pedir licença para ser feliz”.
- Linha do tempo
- Estados de ego
- Regressão aos traumas
- Limpeza de traumas com PRI
- Coerência cardíaca e limpeza das cenas de traumas
- Bert Hellinger e licença pra ser feliz
- Visualização de futuro
- Lei das atração
- Planejamento de metas

3- Depressão com tristeza

- Lavar a alma com luz/ cachoeira/ banho de mar mergulho profundo


- Respiração (limpar/ digerir) – com escudo de luz e energia/com cor/ com
oxigênio
- Lugar seguro
- Respiração mágica feliz (com uma flor)
- Se tiver mágoas – limpar as mágoas, técnicas de palco, perdão,
liberação, licença para ser feliz. Metáfora do doce de laranja/ figo pôr de molho até sair
o amargor.
- Linha do tempo
- Estados de ego
- Regressão aos traumas
- Limpeza de traumas com PRI
- Coerência cardíaca e limpeza das cenas de traumas
- Bert Hellinger e licença pra ser feliz
- Visualização de futuro
- Lei das atração
- Planejamento de metas

4- Depressão com desânimo

- Vida boa – descanso autorizado


- Freeze Frame – ilhas de prazer
- Relaxamento
- Lugar seguro (quarto escuro)
- Formiga/ cigarra
- Queimadas/ campo de futebol é preciso regar que brota
- Banho luz/ cachoeira
- Respiração com oxigênio (recuperar energia) Linha do tempo
- Estados de ego
- Regressão aos traumas
- Limpeza de traumas com PRI
- Coerência cardíaca e limpeza das cenas de traumas
- Bert Hellinger e licença pra ser feliz
- Visualização de futuro
- Lei das atração
- Planejamento de metas

5- Depressão Ansiosa

- Freeze Frame
- Respiração
- Observar o aqui e agora
- Progressão de futuro
- Mapeamento do futuro
- Induções rápidas de cinco minutos Linha do tempo
- Estados de ego
- Regressão aos traumas
- Limpeza de traumas com PRI
- Coerência cardíaca e limpeza das cenas de traumas
- Bert Hellinger e licença pra ser feliz
- Visualização de futuro
- Lei das atração
- Planejamento de metas

6- Tratamento de cura

- Ver se tem comorbidades – tratar (toc, pânico, fobias, etc...)


- Remédios corretos
- História das fadas cerebrais
- Instrução sobre os remédios e seus mecanismos
- História da rua com o buraco
- Não olhar o passado/ fazer um futuro
- Progressão de futuro
- Mudança do sistema global para compartimentalizado
- Pensamento – a força da atração
- Crença limitante – liberação
Regressão Gilligan

Regressão linha do tempo

Progressão

- Nova promessa – ponte para o futuro


- Liberação da história familiar (Bert Hellinger)
- Formigas – diálogos negativos (pensar positivo)
- Trauma? – limpeza (isso já passou!) + PRI
- Coerência Cardíaca e limpeza das toxinas
- Matar a vida ruim antes que ela mate você!
- Alimentar a alma + coerência cardíaca e visualizações de futuro ou
freeze -frame
- Psicologia Positiva: diário de gratidão, exercícios aeróbicos, praticar o
bem aos menos protegidos, fazer meditação, arrumar um hobby, ir ao cinema, dar boas
risadas, etc.
- Alimentação adequada, bom sono e uma boa estruturação na família.

Fibromialgia, como tratar?

A psicoterapia breve enfoca o alívio do sintoma e busca quais seriam os fatores que
levariam uma pessoa a ter que usar deste artefato (o sintoma) para aliviar seus conflitos.

A psicoterapia breve pensa que todo sintoma é uma TENTATIVA DE SOLUÇÃO


que no caso da fibromialgia, usa o corpo para EX-PRESSAR, ou melhor, por para fora o que está
preso lá dentro!

Mas cada indivíduo é único, como observar se o sintoma é o mesmo! Vamos,


apenas, verificar em cada caso, o que levou está pessoa a ter dores para falar de sofrimentos.
Vamos ver do que realmente ela sofre!
Dor igual a sofrimento. Do que sofre a pessoa que vamos ajudar? Em que
aspecto da vida dela falta alegria? Onde ela está TRAVADA? O que a dor a impede? O que a
dor a obriga?

Com estas perguntas saberemos qual é o ponto de tensão. Vamos aliviar este
ponto de tensão/ sofrimento. E com isso a dor desaparece!

É visto que a fibromialgia aparece mais em mulheres e tem como ex-pressão


uma dor escondida. A fibromialgia é uma forma de depressão mascarada nas mulheres, que
culturalmente engolem suas emoções de raiva e de tristeza para manterem suas famílias,
casamentos já em decadência, amarguras que não podem ser ditas.

A raiva é uma emoção natural e normal. Os bebês ficam furiosos e expressam


sua fúria com seu choro e tudo passa!

Muitos de nós aprendemos que não é bonito nem tampouco educado sentir raiva
e que deveríamos “engolir o choro”. Aprendemos a engolir nossas emoções de raiva e de mágoa;
assim elas se acumulam no corpo, em especial nas articulações e músculos. “Estou tenso,
enrijeço! Estou com raiva, endureço, travo os dentes, travo meus músculos!” A raiva acumulada
transforma-se em ressentimento que contribuem para o aparecimento de doenças como artrites,
miosites, fibromialgia até câncer.

As mulheres são educadas, desde os senhores de fazenda a se submeterem às


ordens. Boas mães, boas no trabalho e infelizes no amor, melhor dizendo no recebimento do
amor; as mulheres vão sofrendo suas raivas caladas e literalmente se travando. Estes
ressentimentos causam a tensão muscular e aí começam os dolorimentos ou sofrimentos.
Choram através da dor!

A fibromialgia vai parando a pessoa em suas atividades normais, vai colocando


para fora aquilo que está preso lá dentro e se vê no semblante destas pessoas a tristeza
encarada.

É preciso mudar de vida! Precisa-se reconhecer os sentimentos presos,


escondidos, inclusive a raiva, se esta pessoa aprende a falar do que está com raiva, não há mais
a necessidade do sintoma.

O maior problema é que as pessoas que sofrem de fibromialgia já estão em fase


avançada do engolir as emoções de raiva e tristeza, já apresentam um grau de depressão
mascarada pelo sintoma.
A psicoterapia passo a passo em cima daquilo que cada paciente vive para descobrir o
que não está bom e modificar é o mais importante! É como se ler um livro do último capítulo
escrito para o primeiro. Você vai descobrindo através das dores, sentimentos o que mais há por
detrás disto.

A hipnose vai nos ajudar de algumas maneiras. Uma delas é ensinar esta pessoa
a se soltar, através do relaxamento progressivo, do flutuar em nuvenzinhas, do respirar colorido.
Uma outra é criando um lugar seguro e de paz imaginativamente, onde esta pessoa pode ficar
quieta, sem estímulos recuperando seu bem-estar, suas energias. E por último, a regressão com
a limpeza dos momentos de raiva represados nos músculos e nos tendões que podem ser
aliviados se trabalhando a essência daquilo que causa o sintoma. Neste ponto, se trabalha o
perdão, uma nova promessa de vida, um novo projeto de vida. Uma vida nova.

Aqui é importante observar algumas promessas do trabalho para liberar


ressentimentos que poderão ser aplicados dentro das sessões de hipnose. Veja a seguir:

1- Somos responsáveis pelas nossas próprias experiências.


2- Cada pensamento que temos cria o futuro.
3- Todos estão corretamente lidando com padrões prejudiciais de
ressentimento, crítica, culpa e ódio de si mesmos.
4- Tudo isso são apenas pensamentos estes podem ser mudados!
5- Precisamos nos libertar do passado, perdoar a todos, inclusive nós
mesmos.
6- Precisamos buscar uma vida mais saudável e prazerosa. É nossa
responsabilidade única!
7- A auto-preservação e auto aceitação no “aqui e agora” são as chaves
para as mudanças positivas.
8- O ponto de poder de cura está sempre no momento presente!
9- Vá agora e faça uma mudança saudável!

Técnicas Hipnóticas:

Para se trabalhar com a fibromialgia, é necessário antes da psicoterapia ver os aspectos


psicopatológicos do paciente. Sabemos que a fibromialgia é uma depressão mascarada e que
as mulheres a disfarçam bem por muitos anos. John Ratey, psiquiatra americano, diz em seu
livro “Síndromes Silenciosas”, que a depressão é a única doença psíquica que pode ser
adiquirida. Não precisa ser hereditária. Conclusão, muitos dos pacientes queixosos de
fibromialgia, não tinham diagnóstico de depressão antes e podemos confundir apenas como
transtorno de personalidade histérico. Mas precisamos então avaliar, como foram os últimos
anos do paciente, seu grau de satisfação com a vida e pode ser que vamos descobrir uma
depressão mascarada.

Se for o caso, a medicação antidepressiva é necessária. Na maioria dos casos,


os médicos já prescrevem de fato. A partir deste ponto, podemos iniciar o tratamento pela
hipnoterapia.

É preciso introduzir a hipnose e fazer o treinamento do paciente. Temos ótimas


técnicas que relaxam a mente do paciente. Chamo de “tratamento de limpeza”. São técnicas
básicas de hipnose que você vai aplicar no paciente, ou lhe dar alguns CDs de hipnose para que
ele aprenda a soltar a mente, os pensamentos negativos e se descansar.

O ponto básico é que um pensamento negativo gera uma tensão muscular. Um


pouco de tensão muscular ao longo do tempo faz uma lesão e traz a dor crônica.

Se ensinarmos nossos pacientes a relaxarem, ótimo, ficaram bem melhores.

Temos várias técnicas que você pode escolher. Técnicas de respiração, técnicas
de relaxamento, técnicas de imaginar coisas agradáveis, como ditas logo á cima nesta apostila,
podemos usá-las para inúmeros transtornos, precisamos apenas transformar sobre medida cada
uma delas.

Estas técnicas são induções que visam desacelerar o cérebro, desviar os


pensamentos negativos e introduzir a hipnose como efeito “auto-limpante”. Quer dizer, que elas
são apenas técnicas que visam tirar a tensão, aprender a relaxar, aprender a respirar e a pensar
em coisas boas.

O ponto básico é descobrir o que está TRAVANDO a vida deste paciente. O que
faz este paciente viver guardando a raiva no corpo, transformando-a em tensão.

No mais use sua imaginação para criar metáforas curativas e técnicas


imaginativas de cura celular e limpeza de sentimentos ruins com uma mudança de vida.

O principal é ajudar o paciente a entender que podemos mudar nossa vida onde
ela se travou!

INDUÇÃO BUDISTA SOBRE SOFRIMENTO

Você pode se permitir, neste momento, receber algum alívio pelo sofrimento que está
passando...
Se dê alguns minutos para poder trabalhar de um jeito budista com seu sofrimento...

... Procure uma posição de conforto... Sente-se ou deite-se confortavelmente... Se dê


alguns minutos de uma paz gostosa para poder refletir sobre tudo que está machucando você...

Apenas respire... Tome fôlego... Deixe o ar entrar e sair... No ar que respira apenas sinta
a vida fluindo... As mudanças constantes a cada minuto ocorrendo em sua vida... Pois tudo muda
a todo instante, até mesmo o que estiver machucando você... Pois tudo passa! TUDO PASSA!
NADA DURA PARA SEMPRE NESTA VIDA!

Enquanto você vai respirando, respirando... Deixando o oxigênio trazer vida para você...
Vai também com a respiração tomando o fôlego que você precisa agora na sua vida para passar
por este sofrimento e vai se lembrando da IMPERMANÊNCIA NATURAL da vida como sua
aliada... Tudo muda!

Respirando e soltando... Cada vez que respira sente a vida fluindo... E vai observando
com carinho seu sofrimento...

O que aflige você? Como isso perturba você? Que tipo de sentimento aparece? Tristeza,
raiva, impotência, o que é? Que tipo de dor física isto traz...

Os budistas dizem que há dois tipos de sofrimento, o sofrimento inútil que não Leva a
lugar algum, só traz mais dor... e o sofrimento útil... Aquele que a gente sofre, encara e passa
pelo obstáculo que deve passar...

O primeiro passo budista é encarar nossa dor e aceitá-la por mais difícil que seja. As
pessoas pensam que o melhor é evitar o sofrimento ignorando-o ou negando-o. Mas
paradoxalmente, quanto se tenta ignorá-lo, mais desconfortável a vida se torna. Mas se você
enfrentar aquilo que não está bom, você pode resolver a situação com sofrimento é claro! Mas
um sofrimento útil! Aquele sofrimento apenas necessário para que você mude alguma coisa...

Dalai Lama dizia: “Se você confronta seu problema diretamente, você fica numa posição
muito melhor para apreciar a profunda natureza do que te faz mal...”

Que tal parar por um momento... Respirar e buscar aquilo que machuca você hoje...

Apenas observe, sinta... Enquanto eu vou lhe contando sobre o que Buda descobriu
sobre sofrimentos...

Ele diz que para podermos nos livrar dos sofrimentos devemos reconhecê-los, ver suas
raízes, ver como podemos lidar com eles e acharmos uma nova forma de passar este momento...
Os sofrimentos são universais e de acordo com Buda podem ser de seis tipos:

PRIMEIRO: Sofremos porque nascemos, a vida é um sofrimento-Devemos apenas


aceitar que a vida dói!

SEGUNDO: Através da vida sofremos com as dores de viver, de passar por


enfermidades... Apenas podemos encarar e passar... Pois tudo passa...

TERCEIRO: A idade inevitavelmente traz enfermidades e limitações... Precisamos


aprender a aceitar, conviver e fazer a vida melhor mesmo com estas limitações...

QUARTO: A presença constante do medo da morte faz parte da vida... Todos teremos...
Também devemos apenas aceitar que temos medo! Faz parte do estar vivo. Melhor é viver e
bem!

QUINTO: Através da vida nós sofremos quando estamos envolvidos em alguma coisa
que não gostamos... Isso é natural, faz parte da vida este sofrimento...

SEXTO: Nós sofremos quando nos separamos daqueles que amamos...

Seu sofrimento pode estar dentro de um desses seis sofrimentos básicos... Faz parte da
vida sofremos também...

Mas a sabedoria budista nos mostra a saída... Ao invés de evitá-los podemos enfrentar
estes momentos tendo como aliados a lei da IMPERMANÊNCIA... Que na vida tudo passa e
mudar nossas vidas! Tomando uma nova direção, um novo posicionamento frente ao que estava
estacionado/ travado...

A IMPERMANÊNCIA é o outro lado da existência... A mudança é a verdadeira natureza


de todas as coisas... Nosso mundo, até onde sabemos, está alterando todo o tempo... Nesse
sentido nada é fixo... Nada é para sempre...

...Assim você pode acreditar... a lei natural da impermanência é seu aliado agora... Pois
nada dura para sempre... Nós desejamos manter as coisas boas e assim criarmos a ilusão de
que elas podem durar para sempre... O segredo?! É mudar com a impermanência e sempre
mudar e transformar para melhor... E se você vai entendendo isto agora, você pode começar a
se mover para ter mais alegrias...

Vamos começar a limpar de um jeito budista a tristeza, ou a raiva ou a dor pela qual você
passa agora...
Comece contemplando a impermanência pensando sobre as muitas mudanças que
ocorrem à sua volta... Por exemplo, rever um amigo que você não via há anos e perceber as
notórias mudanças na aparência dele... Ou perceber sua vizinhança... Casas... Prédios... Como
tudo vêm mudando nos últimos 10 anos...

Vai expandindo seu pensamento sobre mudanças... Pense como o mundo mudou nos
últimos 100 anos... Carros... Telefones... Computadores...Aviões... Pense sobre 200 anos atrás,
500 anos ou mais de mil anos... E veja como a terra se transformou ao longo desses anos todos,
e agora pense como você estava há 10 anos atrás, ou apenas há 5 anos ... Imagine, então, como
tudo muda, como você estará nos próximos 5 anos e depois daqui há 10 anos e mais 10! Tome
uma atitude, mude! Faça alguma mudança para frente! Você pode começar já!!!

Comece pensando na respiração... Preste atenção como podemos modificá-la...


Simplesmente sinta o ar entrando pelas narinas indo até para dentro dos seus pulmões e abrindo
vida a cada instante... Mas a respiração é apenas um processo que faz parte do viver... Você
pode modificá-la... Pausá-la... Ir fundo... Com calma... Receber mais ar... Tomar fôlego... Dar
mais vida a este instante difícil... Parar e tomar mais vida!

Enquanto isso... Se deixe ir... Através da impermanência contando a sua mente mais
profunda... a sua sabedoria... que você já está mudando... seu processo de mudança já
começou... e talvez você tenha uns instantes para rever o que você pode evitar... Que caminhos
alternativos você pode se dar... AMAR A VOCÊ EM PRIMEIRO LUGAR! Se cuidar... Mudar as
leis rígidas que prendem você sem saída... e ver que há algum caminho... Algum atalho! E você
vai descobrir que encarando este sofrimento ÚTIL, você vai descobrir o que de verdade te faz
mal... e aí sim poderá mudar!!! Busque ajuda! Alguma coisa, alguém que possa te ajudar a
descobrir saída... Às vezes, precisamos primeiro sofrer para depois colher o que é bom... Isso
pode significar abandonar alguém, alguma coisa de valor... Renegar algo que aparentemente é
bom... Mas lembre-se esta machucando você... Ou algo que parece bom, mas lhe traz muita dor
depois... Aprenda a evitar isto... Abrindo um novo caminho... Um caminho de força e coragem
onde o que é bom vem para frente... Acredite, se você plantar direitinho, o que é bom, chega!

Então pense! O que traz sofrimento para você?!! È algo que parece bom, mas no fundo
não está sendo...

... Conta uma estória que uma pequena formiga ia lá pelo seu caminho da vida e achou
um enorme grão de mostarda... Ficou feliz demais! Aquele grão enorme economizaria um dia
todo de trabalho... Que coisa boa! Mas o grãozinho pediu a formiga... Não me leve! Plante-me
aqui em frente ao formigueiro... Por hora você ficará sem alimento, mas em breve te darei tantos
grãos que você terá a recompensa pela coragem de me plantar”... A formiguinha parou, pensou,
pensou e teve a coragem de perder aquele grão, naquele momento... plantando-o! Passaram-se
meses... anos e quando ela já havia esquecido... o pé de mostarda estava dando muitos grãos...
tantos que se espalhavam por todo o chão e todas as formigas aproveitavam também!

Neste momento apenas respire e pense que hoje você pode plantar um sofrimento útil e
colher amanhã frutos de uma energia boa... Tudo passa seu sofrimento também! Pense em
mudança... Descubra um novo caminho! Há sempre uma saída...

Agora, aos poucos, sinta que você está respirando diferente de um jeito gostoso... Cheio
de uma nova energia e acredite você pode mudar sua vida! São você pode!

Respirando... Descansando... Abrindo novos horizontes... Deixando este sofrimento para


traz... Sentindo que a impermanência é uma lei verdadeira... Já está funcionando em você...

Você pode continuar relaxando ou até mesmo adormecer um sono tranqüilo... Se você
precisar despertar agora é a hora... Vá acordando protegidamente com uma idéia nova já em
processo de transformação aí dentro de você! Vã despertando por completo... Da ponta dos pés
até a cabeça com uma prazerosa sensação de alívio... Tudo muda! E pode ser para melhor!

Terminando esse capítulo, espero que você possa fazer uma terapia única para
cada paciente! Seja criativo, mas fique focado na solução de conflitos!

6 - DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS

Todo paciente que vem ao nosso consultório em psicoterapia porque tem alguma doença
psicossomática, vem buscando ajuda para a DOENÇA em si! Ele não percebe que aquilo que
ele tem é uma manifestação de algo que vem das emoções escondidas lá no fundo de seu corpo.
O corpo é incorruptível em suas emoções genuínas.

Muitas vezes, em nossa educação judaico cristão não podemos manifestar as nossas
verdadeiras emoções de raiva, tristeza ou medo. Ao esconde-las, acabamos por nos adoecer!

Assim, todos nós estamos sujeitos a termos algum tipo de doença física crônica ou não,
quando guardamos emoções negativas em nosso corpo por muito tempo.

O corpo fala sempre.

Quando temos raiva, esbulhamos os olhos, cerramos os punhos, travamos os dentes ,


encolhemos o corpo como quem vai dar um soco no outro. Imagine fazendo isso, sem perceber
toda vez que sente raiva. Vai acabar com dores no pescoço, ou travando a coluna, ou tendo um
travamento de mandíbula, ou dor de cabeça por travar seu maxilar, ou artrite por cerrar seus
dedos, etc...

Quando temos medo, vamos arregalar os olhos, olhar para os lados, menos para frente,
acelerar o coração, gelar o corpo, mandado todo sangue para o coração e vísceras, encolher o
corpo pra proteger nosso coração e pulmão do ataque do inimigo. Trememos, urinamos para
defender nosso território ou até defecamos no intuito de espantar o inimigo! O que esse medo
traz? Taquicardia, sudorese, brancos na mente, metabolismo desconcertado, olhar desfocado
do futuro, etc.

Quando temos tristeza, ficamos encolhidos, fechamos o peito, olhamos para baixo,
baixamos a guarda, lentificamos os batimentos cardíacos. Adoecemos de tristeza, mais bile
fossilizada, fígado congestionado, dores musculares de contrair o corpo e muito mais.

O amor cura tudo!

Mas como ter amor sempre?

Impossível!

O melhor é aprendermos e ensinarmos aos pacientes que podemos sim sentir tais
sentimentos, que são humanos! Ter tristeza, raiva e medo é normal e podemos sentir! Só não
podemos ficar preso neles pelo resto da vida! Isso gera dor física real! Precisamos encarar
nossas dificuldades e resolve-las!

O paciente chega com queixa de enxaquecas constantes, artrite, alopecia, vitiligo,


psoríases, alergias, doenças crônicas( lúpus, esclerose múltipla, etc.). Ele quer se curar do mal
que o domina e nos procura enviado pelo médico que está tratando daquela enfermidade. Ele
diz que o médico o mandou porque não resolveram nada lá com a medicina convencional. Seu
médico acha que tem algum fundo emocional e por isso, está aqui. Mas ele não sabe dizer o que
sente, o que tem. Apenas veio porque seu médico mandou!

A maioria dos pacientes vai falar isso, quando chega aos nossos consultórios com
alguma enfermidade psicossomática.

“Bem como dizia o comandante, doer, dói sempre. Só não dói depois de
morto, porque a vida toda é um doer.
O ruim é quando fica dormente. E também não tem dor que não se
acalme – e as mais das vezes se apaga. Aquilo que te mata hoje amanhã estará
esquecido, e eu não sei se isso está certo ou errado, porque o certo era lembrar.
Então o bom, o feliz se apagar como o ruim, me parece injusto, porque o bom
sempre acontece menos e o mau dez vezes mais. O verdadeiro seria que
desbotasse o mau e o bom ficasse nas suas cores vivas, chamando alegria.
Pensei que ia contar com raiva no reviver das coisas, mas errei. Dor se
gasta. E raiva também, e até ódio. Aliás também se gasta a alegria, eu já não
disse?
Embora a gente se renove como todo mundo, tudo no mundo que não
se repete jamais – pode parecer que é o mesmo mas são tudo outros, as folhas
das plantas, os passarinhos, os peixes, as moscas.
Nada volta mais, nem sequer as ondas do mar voltam; a água é outra
em cada onda, a água da maré alta se embebe na areia onde se filtra, e a outra
onda que vem é água nova, caída das nuvens da chuva. E as folhas do ano
passado amarelaram, se esfarinharam, viraram terra, e estas folhas de hoje
também são novas, feitas de uma seiva nova, chupada do chão molhado por
chuvas novas. E os passarinhos são outros também, filhos e netos daqueles que
faziam ninho e cantavam no ano passado, e assim também os peixes, e os ratos
da dispensa, e os pintos... tudo. Sem falar nas moscas, grilos e mosquitos.
Tudo.”
Dôra, Doralina
Raquel de Queiroz - 1975
1. Visão Geral

Entendemos como doenças psicossomáticas as doenças que têm um


componente psíquico. Mas sempre me pergunto: qual doença não tem uma emoção sendo ex-
pressa?

Freud já dizia “nada é meramente psíquico ou meramente somático...”

Podemos pensar que o corpo expressa, põe para fora as emoções que por vezes
escondemos de nós mesmos. Nosso corpo fala através de gestos, mímicas, contraturas, calor,
tremor, dores de barriga, sustos, travamentos dos dentes, enfim tantas e tantas demonstrações
físicas...

Por que isto acontece?


Percebemos que nem sempre há conexão do que expressamos verbalmente (o
que DEVEMOS SOCIALMENTE DIZER), para aquilo que expressamos fisicamente. Podemos
mentir, desempenhar papéis sociais, tolerar o intolerável aparentemente. Mas nosso corpo
expressa as emoções mais genuínas, porque as emoções são INCORRUPTÍVEIS.

Quando somatizamos, temos a consciência de que forçamos além da conta uma


emoção. E assim, lá vem um resfriado, uma diarréia, um herpes, uma enxaqueca!

Mas na maioria das vezes, somos rígidos em nossos papéis a desempenhar


neste mundo e para fazê-los, desconectamos das nossas emoções. Não há CONEXÃO. Cabeça
pensa por um lado, corpo sente e expressa por outro. Começamos a carregar à “sombra” nossas
emoções mais básicas de amor/raiva/tristeza/medo.

Alextmia é o nome dado a desconexão entre a mente e o corpo do que seria a


emoção, trazendo o sintoma como uma resposta ao conflito. As pessoas que sofrem de
problemas psicossomáticos não vêm correlação do que sentem fisicamente com algum problema
emocional. Elas simplesmente sentem o “tal sintoma” como um mal físico, mas não fazem sua
associação a uma emoção escondida de si mesmo.

Mas o que vemos em todos os trabalhos desenvolvidos neste sentido, é a


necessidade da CONEXÃO MENTE E CORPO para a cura. Aprender com os sintomas o que
eles querem dizer. E na maioria das vezes, os sintomas vêm como uma tentativa de desmascarar
o que estava escondido – A SOMBRA das emoções.
No livro a Doença como Caminho, de Rudiger Dahlke, o autor nos mostra como
o próprio nome já diz que toda doença é o caminho para a saúde, pois traz à tona as verdadeiras
emoções escondidas lá dentro de você.

Mostra a doença como um sinal de alerta para uma mudança de postura:


aprender a ver suas outras partes, negadas; sua polaridade.

De certa forma, fazer a conexão! Conhecer quais as emoções que você tem
receio de lidar porque aprendeu a desempenhar papéis do que deveria ser e portanto fica difícil
demonstrar raiva, tristeza e medo todo o tempo e com todos que o arcam.

Já começamos desde pequenos tendo que aprender a engolir o choro; a não


reclamar com os mais velhos, eles sempre sabem mais! E aos poucos, vamos aprendendo a ser
“algo” que deveríamos ser e vamos esquecendo o que realmente somos, desejamos e queremos.
Mas nossas emoções, incorruptíveis que são, vão ficando represadas nos machucando
profundamente. A represa cheia extravasa por algum lado. Costuma extravasar em algum órgão
alvo.

Por incrível que pareça, o corpo é tão sábio que até mesmo as partes do corpo
atingidas têm uma leitura especial. Por exemplo, a vesícula biliar (fel) expressando a raiva
guardada. Veja os livros Doença como Caminho, Doença como Linguagem da Alma, Doença
como Símbolo, Quem ama não Adoece, Você pode curar sua vida, etc.

Para Dra. Teresa Robles, desempenhamos papéis, que quanto mais rígidos
forem, mais nos levam a chance de sofremos de uma doença psicossomática. Somos formados
de partes, por exemplo: parte amorosa, parte guerreira, parte sonhadora, etc. Se ficamos rígidos
desempenhamos apenas uma das partes, adoecemos. Não conectamos, não extravasamos
nossas emoções. Uma mãe muito boa, educada para ser amorosa com filhos e marido, fica rígida
nesta postura para ser querida (bem amada) e acaba por ser desprezada por filhos e marido.
Sofre, tem raiva, não pode expressar e assim adoece para pôr para fora suas mágoas.

ora parte
onhad amorosa
amorosa
s

nal
ofissio parte
pr
guerreira
doença saúde = conexão

Ficando rígida na parte amorosa ž as


outras partes não se comunicam ž a emoção não flui
ž doença _ sombra _ aceitar a doença o escondido,
a polaridade _ caminho para a conexão.
As emoções, como diz Teresa Robles, falam através do nosso corpo. Elas se
manifestam de todas as formas. Teresa nos ensina a ver todas as emoções e como elas se
manifestam.

Já falei aqui, mas vale lembrar como manifestamos nossas emoções


fisicamente:
Raiva
Tristeza
Inveja
Amor
etc.
Como se manifestam no nosso corpo?
Na pele
Nos olhos
Na respiração
Nos dentes
No coração
No estômago
Nos músculos
Nos intestinos, etc.

Não é interessante perceber que temos sensações físicas específicas, e que


estas reações são de acordo com o que sentimos uma resposta específica?

Se tenho raiva, cerro os punhos, travo os dentes, arregalo os olhos, fico quente, disparo
o coração. O que o meu corpo quer dizer? Que estou pronto para atacar!

Assim, cada emoção prepara meu corpo para desempenhar uma reação a ela.
E quando não vejo, não percebo, não sinto?! O corpo vai realizando e represando as emoções
e os nossos órgãos desconectados chegam num ponto que berram por socorro.

Por isso, chegamos ao trabalho da relação médico-paciente, terapeuta-cliente.


Descobrir o que este sintoma quer dizer para aquela pessoa.
Qual é a sombra? O que esconde este sujeito de si mesmo? Que emoções vem
sendo escondidas? Percebemos que a RAIVA e a TRISTEZA são as grandes vilãs. Os órgãos
apenas o caminho escolhido.

Tratar o sujeito ou tratar a doença? Cada vez mais compartilhamos da visão do


todo. Tratar o sujeito, é claro! Somente o órgão, a parte, permanecemos com a sombra.

CONEXÃO é a meta. Mas o que conectar? As emoções não percebidas.


Também sabemos que o sujeito que sofre destes males não faz conexão. Aí entram as novas
técnicas psicoterápicas de conexão com situações traumáticas, conflitantes, recalcadas.

2. Como devemos tratar

A primeira coisa a saber é que estamos lidando com algo que a pessoa não
simboliza em termos da emoção vinculada aquele sintoma. O corpo da pessoa fala. Há uma
desconexão.

A doença é aquela verdade que a pessoa esconde de si mesma. O tempo todo


incorruptível, trazendo a sombra, a emoção retida que a pessoa não pode ver de uma maneira
simbólica. Assim, o sintoma é uma saída que a pessoa encontra para expressar o que ela não
consegue falar ou sentir. Todo sintoma traz um caminho para a saúde. Mostra que algo não vai
bem. Há sentimentos escondidos. Põe para a fora o que é necessário.

A doença não mente! Traz a polaridade que está sendo negada, negligenciada.
Põe o sujeito para lidar e resolver o que o impede de ser o que ele deseja ser. A emoção e o
sintoma são INCORRUPTÍVEIS! Eles querem que o sujeito mude o caminho da vida. Cada
doença mostra um caminho metafórico e nos propõe algumas perguntas interessantes:

O que este sintoma te impede?


O que este sintoma te obriga?
O que aconteceu com você nos anos anteriores ao surgimento do sintoma?
O que você gostaria de estar fazendo e não pode fazê-lo?
Há pessoas envolvidas no seu problema de saúde? Como?
Com o que se parece seu problema? (Sugerir uma metáfora/analogia).
As pessoas que sofrem de problemas psicossomáticos têm dificuldades de
simbolizar, fazer analogias, sentir emoção. Aprenderemos técnicas derivativas que nos
possibilitam pelos símbolos, cores, chegar até as emoções retidas, recalcadas. Normalmente as
pessoas estão cansadas de se machucar, aprendem a evitar os problemas e a doença aparece
para avisar que ainda é preciso fazer alguma coisa.

É preciso aceitar a doença, para poder curá-la. Mesmo que isto traga tristeza e
sofrimento é a maneira honesta de ouvir o que seu corpo fala sobre você. Precisamos ter
coragem de sentir este sentimento para poder curar. É como assumir a guerra e assim lutar!
Conhecer o que a doença quer dizer, que coisas devo matar, retirar, mudar para sarar. O que
devo cuidar? Dos sentimentos, é claro.

Não podemos pensar em curar uma pessoa num dia! Isso seria uma grande
pretensão! Há técnicas como das mãos paralelas de E. Rossi que pode fazer um belíssimo
trabalho, às vezes, em até uma sessão. Mas a remissão dos sintomas necessita tempo de
recuperação, cicatrização, etc. Existe um comprometimento físico, muitas vezes, já avançado
(artrite reumatóide, câncer com graves lesões, etc.) que necessitam tempo para recuperação.
Esta recuperação dependendo do órgão e lesão pode levar semanas, meses ou ano.

Cada caso é único. O corpo de cada um reage de uma maneira e também cada
um metaboliza emoções de uma maneira.
Aqui, vale mencionar as crenças limitantes que cada pessoa possui. Aquelas
crenças que aprendemos quando crianças, ou porque ouvimos nossos pais as profetizando, ou
porque chegamos a essa conclusão por nós mesmos, mas quando bem pequenos, quando ainda
não sabíamos julgar bem as coisas da vida. As profecias ficam, não importa se de cura ou de
morte. Também precisamos ver os traumas que cada pessoa passa e deixam marcas que
retornam com os sintomas.

Podemos considerar uma crença limitante quando aprendemos com a mãe, que ser
mulher e ter que casar pode ser ruim, pois o pai foi um péssimo marido para aquela mãe.

Outro exemplo, uma mãe que sempre dizia ao filho, coma para ficar forte. Menino
magrinho fica doente.

Sabemos que em famílias rígidas há maior tendência a doenças psicossomáticas pois


não se pode expressar as emoções.
Se existirem crenças limitantes será obrigatório a limpeza dessas emoções através de
técnicas regressivas, de coerência cardíaca com PRI para limpar emoções escondidas, linha do
tempo e estados de ego. Além disso, visão de futuro!

Veremos, a seguir, técnicas utilizadas para as doenças psicossomáticas.

Gostaria antes de mencionar que os casos de insucessos podem estar em


relação direta com a relação terapêutica. A falta de rapport, de poder dar o anteparo necessário,
a confiança para o cliente se abrir. Às vezes, o terapeuta quer ir depressa demais em dar a
solução. Por outras, não vê o cliente em seus valores, ou duplo vínculo (saúde/doença _ o que
ganho se perder a doença). E no mais, quando o cliente ainda não está preparado, não se chega
a real sombra do que causa o problema.

Mas, saudavelmente, a doença aparece até que o sujeito vá lidar com seus
verdadeiros problemas.

Resumido:

1- Sombra _ aceitação da emoção difícil _ trauma/crenças limitantes


trabalhadas_ torna-se desnecessário ter o sintoma _ conexão saúde.

2- Resistência _ sombra permanece _ aumenta pressão _ doença fica


mais forte _ obrigando o sujeito a seguir o caminho da pior forma possível.

3- Todo sintoma é uma metáfora que ex-pressa (põe para fora) uma
verdade escondida. Veja o que o corpo quer dizer com esta metáfora/ doença.

3. Técnicas

Para Milton H. Erickson, se com a hipnose podemos mudar pressão,


temperatura, fazer alguém ruborizar, acelerar os batimentos cardíacos, ter analgesia; podemos
com a mesma melhorar as atividades específicas de cada parte do corpo humano.

Como a hipnose ativa o sistema límbico, o sistema das emoções, ativa digerir
emoções retidas. Para Erickson era possível treinar o sujeito em hipnose para desenvolver
habilidade de enrubecer, anestesiar, sentir peso numa das mãos enquanto a outra ficava leve.
Depois, em estágios mais avançados do treino hipnótico, fazê-lo imaginar imagens como pingar
limão e a boca ficar seca (ótimo para dentistas), pôr a mão num balde de gelo para formigar, um
prato de comida gostosa e salivar e assim por diante, até desenvolver neste sujeito a capacidade
de controlar fluxo sangüíneo, ordens para as células que seriam sugestionadas a seguir.

A- Técnicas de aprendizagem da hipnose e de Auto conhecimento do corpo

São técnicas simples de Hipnose para ajudar o sujeito a fazer a conexão do corpo e
da mente. Experimente!

1. Respiração e Ar Azul + Coerência Cardíaca (CC)+ Freeze Frame e PRI

A respiração chega a todas as suas partes curando, cicatrizando saudavelmente.


Usando juntamente com a Coerência Cardíaca e PRI sempre! *Você pode introduzir o programa
de Cardio Emotion, desenvolvido pela USP.

2. Relaxamento progressivo + CC + PRI

Ensinamentos de corpo pesado, leve, formigamento.

3. Lugar agradável + um acompanhamento de limpeza (cor, luz, água) +PRI


cachoeira
mar limpando
luz de cura
cor de cura

4. Levitação das mãos


Se as suas mãos são capazes de levitar, sua MIC pode também fazer mudanças
saudáveis.

B- Técnicas para os sintomas


Usamos muitas técnicas para fazer a conexão da emoção que o corpo fala com a
mente. Veja a seguir:
“Quando nós não estamos no nosso lugar na vida, aparecem emoções negativas e se
seguimos fora do nosso lugar, aparece a doença” Dr. Edward Bach
1. Símbolos ( Técnica utilizada por Teresa Robles)
Esta técnica é muito fortuita. Principalmente quando o sujeito não traz emoções.
Símbolo do doença (1o)
Símbolo do que causa a doença (2o)
Símbolo de recurso
Expansão do recurso com respiração e a parte sábia da mente
Sugestão de mudança do 2o
Sugestão de mudança do 1o
Sugestão pós-hipnótica de o símbolo do recurso estará sempre presente
ajudando saudavelmente.

2. Visualizações que curam


Técnicas derivadas de Gerald Epstein, do livro Imagens que Curam e Técnicas de
Simonton.
Podemos citar – suas células como exército a seu favor.
mar limpando
luz limpando
formigas do bem

3. Técnicas das mãos paralelas de E. Rossi

4. Técnicas de regressão + CC + PRI


Do trauma às crenças limitantes – Self-Relation de Stephen Gilligan.
As técnicas do Revisando o passado para construir o futuro, de Teresa Robles.
Bert Hellinger com suas técnicas de se livrar das crenças de nossos
antepassados e possibilidade de pedir a permissão para ser feliz!

5. Técnicas de Teresa Robles

Dra. Teresa Robles é habilíssima na criação de técnicas inusitadas nos trabalhos da


hipnose. Podemos aqui citar algumas das suas técnicas que dão excelentes resultados. Já acima
citei os símbolos em separado, por ser a mais fortuita com pacientes que não “expressam” suas
emoções.
símbolo
Eu sábio
muro
disfarces
estados do Eu
Feridas – emoção
Pendências

6.TFT , EFT, PRI e Estados do Ego – a magia dos nossos disfarces.

6. Metáforas – Entreameadas –
A metáfora natural do sintoma .
Criança pequena na palma da mão/ coração/ perdão
Jardineiro descuidado
Raiva/ pregos
Jogo do contente
Árvore e as formigas saúvas
Cuidados com as terras desérticas
A arvorezinha isolada

8- Escuta o seu corpo- emoções escondidas – o corpo fala.

9-Técnicas de perdão – através da regressão de Gilligan, Carta de PERDÃO, PRI +


CC

10- Sugestões Pós-hipnóticas – Recuperação celular- Limpeza das toxinas


emocionais
Cicatrização feridas/ limpeza. Preparar para evitar a dor. Desintoxicação com luz, água,
cachoeira, etc.
Alimentação saudável, sono adequado, exercícios físicos.

11- Trabalhar as conseqüências da doença:


- Dor
- Efeitos colaterais
- Obesidade
- Depressão
- Recursos internos da sua sabedoria (Eu Sou)

12- Psicologia Positiva:


Sempre dar os exercícios da PP, como caderneta das coisas boas do dia, praticar boas
ações, agradecer sempre!

Resumo
• A pessoa adoece quando desconecta da emoção.
• As emoções são incorruptíveis.
Todo ser humano tem polaridades. Se não está em equilíbrio com
suas partes a sombra aparece como doença.
• Os órgãos são como metáforas:
rins – parelha, amor
artrite reumatóide – pare! desacelere! mostra os punhos cerrados, a
raiva que não se fala.
rinite – irritação com o que vem de fora, raiva.
enxaqueca – raiva sobe à cabeça. Me deixe quieto!
anorexia – me deixe magra! Não quero ter bebês!
cólicas menstruais – ei, estou menstruada, sou mulher, mas tenho
muita raiva para aceitar.

Assim, pode ver que as doenças têm sua maneira particular de mostrar as
emoções escondidas.
• Saúde – depende da aceitação e da conexão.
• Ir contra a doença só aumenta os sintomas.

Encare, tenha coragem de aceitar o lado sombra e a luz aparece!

Exemplos:
- inflamação – o que te inflama de raiva? O que te aquece a ponto
de explodir? O que isso te impede?
- Alergia – uma agressividade que se materializou porque não
suporto tomar consciência da minha raiva e transfiro para o corpo?
- De que tenho medo e evita?
- Qual a minha capacidade de amar?
- Onde é a minha alergia?

- Respiração = Alma/ vida


- Pulmão = filtro da tristeza/ angústias
- Bronquite asmática = Sufocamento da vida
- Dar e receber → tenta receber em demasia Desejo de se isolar
→ a vida ameaça então se fecha peito comprimido
- Medo → sufoco
- Desejo de poder e sensação de inferioridade → Hiperinflação/
idealismo/ dominar o mundo
- Mãe que sufoca
- Recusa a enfrentar o lado sombrio. O Asmático quer carinho
quer ar e quer vida livre.

- Gripes e resfriados
- Tristeza
- Baixa de imunidade
- Processo inflamatório agudo
- Sufoco/ entupida até o nariz
- Crise de cansaço
- O resfriado permite o descanso/ o afastamento
- Espirro bem dado = arma protetora
- “Se afaste de mim”
- “Quero descanso!”

- Digestão
- Assimilação de impressões
- Discriminação do suportável/ insuportável
- Diga-me o que comes e te direis o que és Fome é um símbolo
do desejo de ter
- Comer é a satisfação do desejo.
- Fome de amor → Fome de doces
- Quem petisca quer ser amado
- Pessoas que pensam demais → fome de salgado
- Dieta líquida → dieta de beber
- Dentes: potência, garra: perda da potencia, do poder, do
dinheiro.

- Náuseas/ Vômitos
- Recusa de algo → náusea
- “Perda no sapato” → Não conseguir engolir quando penso
naquilo perco o apetite.
- Vomitar é não aceitar
- Vômito na gravidez → dificuldade em aceitar aquele estado
- “Toxemia gravídica” → dificuldade em aceitar aquele hormônio
– Tóxico! Recusa do papel feminino...

- Estômago:
- - Falta de capacidade de lidar com os aborrecimentos e com a
agressividade conscientemente...
- - Estou azedo/não consigo digerir
- Se queimar com as coisa da vida
- Ou engole tudo ou exagera na agressividade
- Sente saudades da infância livre de conflitos.
- Respiração para digerir emoções
- Banho de cachoeira – limpa/ acalma/ gela
- Limpeza das raivas – crenças limitantes → regressões
- Aceitação/ perdão/ permissão para ser feliz

- Intestinos:
- O mais difícil de digerir, o mais escondido, emoções mais difíceis
- O cagaço = medo (cagando de medo)
- Raiva profunda
- Intolerâncias
- “Dei uma cagada” = bobagem
- Apego = constipação/ vergonha
- As coisas não fluem = energia estagnada
- Lavar os intestinos – riacho
- Lavar as raivas
- Escovar com escovas douradas
- Banho de luz curativa
- Regressão com limpeza das mágoas e raivas
- Licença para ser feliz/ perdão
- Relaxamento

- Pâncreas:
- Açúcar X ácido
- Doce X azedo
- Suco gástrico = agressividade
- Não digerir o doce → ficar azedo amargo
- Diabetes = desistir do doce da vida/ amor
- Desejo do amor/ da vida doce
- Fazer do limão uma limonada!
- Adoçar a vida!
- Aprender a adoçar o dia a dia, a conviver com os azedumes e amargores
da vida.
- Equilíbrio/ relaxamento/ respiração

- Fígado:
- Mágoas = amargor
- Tristeza = amargo
- Depressão = falta de energia
- Excessos → álcool, gordura, intoxicação
- Amargo
- Venenoso
- Morte

- Vesícula Biliar:
- Bile= agressividade sem conotação negativa impedido de se livrar da
raiva.
- “Aquela pessoa que é um poço de fel”
- “Verde de raiva”
- Guardar o amargor
- Fossilizar a raiva = pedra na vesícula
- Comum em mães de família
- Alegria
- Sabor doce
- Vida boa
- Cabala = ser proativo
- Combater o mau humor
- Combater a depressão
- Ser proativo
- Anorexia:
- É do feminino
- Medo da sexualidade
- A menina que não quer crescer
- Ser antipática afasta as pessoas
- Ter o corpo de criança
- Não engordar = não engravidar
- Comem alimentos ácidos – limão, maçã ácida, saladas ácidas, cafés
- Tendência ao isolamento
- Crescimento da menina
- Tratamento da depressão
- Visualização de futuro
- Viver a vida com prazer
- Desejar o amor
- Sexo e filhos

- Dor de Cabeça:
- Não pensar/ cabeça muito pensante
- Se isolar – parar de pensar
- causas da enxaqueca:
- Raiva
- Fome
- Falta de sono
- Pensar demais
- Descanse!
- Pare de pensar!
- Sorria!
- Relaxe!
- Solte-se! Alimente-se! Durma bem!
- Mudanças de hábitos
- Higiene do pensamento
- Dormir/ relaxar/ retirar raivas

- Doenças de pele:
- Maior órgão do corpo
- Área de limite/ contato
- Proteção/ carinho
- Sexualidade
- Respiração/ eliminação
- Vermelho de raiva
- Irritado/ inflamado/ alergia

- Alergia:
- Alegria x alergia!
- Irritado com o que?
- Pondo o que para fora?
- Desintoxicando do que?
- Afastando – se do que?
- Dar alegria a vida novamente
- Cuidado/ carinho
- Falar da raiva – EX-PRESSAR
- Banho de banheira
- Limpando raivas, desintoxicando
- Aprender a conviver com o outro

- Vitiligo:
- Espanta
- Da “Asco”, afasta os outros
- Sou um monstro/ não se aproxime
- Não quer contato
- Timidez/ baixa estima
- Dificuldade de se relaciona

- Psoríase:
- Esfolado pela vida
- Desgaste/ se machucando
- Sofrimento
- Ferida à flor da pele
- Cansaço
- Indução do campo de futebol: Se ficar pisoteando o mesmo lugar vai
encher de buracos (brancos, grandes, fundos).
- Deixe o campo descansar...
- As mangueiras irão irrigar o campo as sementinhas da grama irão dar
brotos e crescer novamente.
- A grama nasce verdinha, uniforme, lisa...
- (serve para alopécia também)
- Indução do muro de tijolos se refazendo: A pele é como tijolos de um
muro... Todo dia nascem novas células, novos tijolos na base do muro... (bem coloridos,
bem formados, inteiros...
- E todo dia a pele se desmancha e descama para dar espaço a novas
células... Imagine um muro se refazendo debaixo para cima todos os dias... A pele se
renova todo o tempo...

- Rins
- Parelha/ parceria
- Filtro das emoções
- Medo
- Pedras – bloqueio/ estagnação

- Bexiga
- O que me apego
- Cistite de lua de mel (pare, descanse)

- Menstruação:
- Aceitação feminino/ entrega
- Cólica/ TPM = dificuldade com o feminino
- Gravidez – medo de virar mulher
- - medo de não dar conta de ser mãe
- parceiro “filho”, aquele que não protege
- mulher fálica
- desmetriose

- Indução da história da Bela Adormecida:


- A mocinha que um dia mesmo que tarde vira mulher… Indução dos
Solos Férteis
- Mesmo no sertão brasileiro semi-árido, se regar dá frutos maravilhosos.
- Pressão Alta:
- Muita pressão – aprender a se soltar / a relaxar
- Infarto – agressividade
- Aprender a se soltar
- Vida saudável
- Técnicas de higienização da vida.

- Hematomas:
- Profunda tristeza
- A vida se “esvaindo”
- Trombos:
- Falta de motilidade

- Varizes:
- Estagnação
- Fluir da vida
- Alegria
- Limpeza das tristezas

- Coluna vertebral:
- Eixo de sustentação
- Sentir-se quebrado/ duro
- Finanças/ dar contas
- Carga em excesso
- Sexo
- Equilíbrio
- Relaxe
- Solte as cargas
- Alongue-se
- Curta a vida com leveza!

- Artrite:
- Pessoa ativa, mas boa
- Prende as garras
- Mostra as garras
- A agressividade presa
- Rigidez de emoções
- Indução de Imagens que Curam (Epstein):
- Solte-se como o polvo...
- Solte seus braços, pernas...
- Sinta as ondas do mar lavando e limpando as articulações...

CÂNCER
O Câncer fala de uma loucura das células. Há teorias que defendem a genética e
hereditariedade.
O principal é não o sujeito , pois já está vivendo sua penalização.
Trabalhar com todas as técnicas acima.
Reforçar o trabalho celular, as células boas podem vencer, limpar, reorganizar uma
vida.
Símbolos e metáforas.
Ver as mágoas da vida.
Localização do câncer.
Trabalhar a conexão das emoções.
Leitura indicada: psicoonlogia (Maria Marguarida Silva).

- Gens marcados com memória de estresse.


- Trauma – ressentimento – perdão.
- Limpar: tristeza, raiva,
medo , culpa e castigo.
- Técnicas de Simonton e imagens que curam.
- Utilizar de todas as técnicas descritas acima e usar de imagens
que curam como: Luz curativa, banho de água limpando, formiguinhas limpando,
células como soldadinhos levando a bomba atômica ( quimioterapia).
- Uma vida nova com dignidade, metas para uma vida melhor.
Mudanças de vida e rotina. Visualizações de futuro com intenção de melhora e
cura!
- Para os pacientes terminais alívio da dor, preparar para partir
dentro de sua crença sobre outra vida, ou simplesmente morrer e acabar.
Despedir dos entes queridos.
São muitos sintomas, aqui, fiz apenas um breve resumo de algumas doenças que
aparecem com frequência em nossa clínica diária. Mas você verá muitas outras, cada uma
trazendo escondido emoções que você vai desvendar.
1- Procure a causa mental.
O que esta doença esta te mostrando?
Qual seria a emoção contida que está criando isso em mim?
2- Peça ao seu cliente que pense:
“Estou disposto a deixar ir os padrões (pensamentos/ emoções) que em minha
consciência criam estas condições?”.
3- Peça que ele repita o novo padrão positivo várias vezes para si mesmo como
uma limpeza!
4- Veja que ele assuma que ele já está no processo de cura!

MEDITAÇÃO DE CURA

No fundo do centro do meu ser existe uma fonte infinita de amor jorrando... Agora, eu
permito que esse amor flua para a superfície do meu corpo e da minha mente... Me limpando
com amor... Limpando meus pensamentos com amor... Limpando desde a minha essência...
Desde as raízes desse problema... Jorrando amor para mim mesmo. Quanto mais amor eu me
dou... Mais fico curado... Eu sou eu me curando dia a dia cada vez mais...respirando e curando,
tirando tudo que não me pertence mais, desintoxicando, limpando ressentimentos, mágoas,
medos , tristezas, raivas e tudo que não preciso mais carregar...
Mais tenho energia para emanar a todos, muita luz e paz...

“ Don Juan disse a Castanheda...


Qualquer coisa é um caminho entre vários caminhos. Por isso, deve ter sempre
presente que o caminho é só um caminho: Se sente que não deve segui-lo, sob nenhuma
condição... E não é humilhação nem para você e nem para os outros deixá-lo, se é isso o
que seu coração diz... Olhe cada caminho de perto e com uma finalidade. Experimente-o
tantas vezes quantas achar necessário. Então, faça a si mesmo e só a você, uma
pergunta... Esse caminho tem coração? Todos os caminhos são iguais, não levam a lugar
nenhum. São caminhos que passam pelo matagal... Este caminho tem coração? Se tem, o
caminho é bom; se não, não serve para nada. Nenhum caminho leva a lugar nenhum, mas
um tem coração e outro não. Um faz o viajar um prazer; enquanto o segue, você é alguém
com ele. O outro lhe fará mal dizer sua vida. Um faz você forte; o outro enfraquece”.

Toda doença é uma tentativa de solução, veja a polaridade.


Que emoção essa doença expressa.
Ajude a pôr para fora...
Aí mora a sabedoria,
Pratique... Descubra!

7. PROBLEMAS SEXUAIS

Todos sabemos que existem quatro sentimentos básicos: amor, raiva, medo e
tristeza. Também sabemos que os afetos em desequilíbrio se derivam de trauma. E, por trauma
entendemos que houve alguma situação em que a criança ou o indivíduo não suportou, ficando
com o sentimento negativo, bloqueado, e ligado a uma lembrança primária do evento. Assim,
gerando a seguir uma série de acontecimentos, como um espiral de eventos futuros, que passam
pelo mesmo sentimento negativo, reforçando-o seguidamente.

Em psicanálise recalcamento e retorno do recalcado são os nomes dados a este


afeto vinculado a uma cena traumatizante. São marcas que, ao pisarmos num ponto comum
reforçamos, marcas mnêmicas.

Dessa maneira, como em toda neurose, o corpo vem falar das emoções não
ditas ou evitadas. Os problemas sexuais são exemplos de uma linguagem que vai nos dizer
sempre algo mais sobre as relações dos seres humanos. Devemos observar nos pacientes que
nos procuram, sua história passada e seus relacionamentos.

Os ganhos secundários, as crenças limitantes, as relações sistêmicas, são


categorias importantes na avaliação destes pacientes.
Também devemos procurar observar os relacionamentos atuais dessa pessoa. Se uma
pessoa não gosta do outro, provavelmente ela terá também problemas sexuais com esse
parceiro.

Além disso, conforme nossos antepassados, somos em princípio animais mamíferos


com uma certa dança do acasalamento! As mulheres precisam se encantar pelo seu macho. Os
machos precisam mostrar competência e bravura, ou seja, desde os primatas, que os homens
mais guerreiros e que lutavam melhor, ganhavam o direito de escolher as mais belas mulheres
para se ter as melhores crias! Continua sendo o mesmo, nos dias de hoje! Os mais poderosas
ficam com as mulheres lindas! Sobram os piores para as com menos predicados.
Continuando, as mulheres terão mais admiração por um homem que possa defende-la
dos perigos da vida( da selva). Os machos, guerreiros, se sentem mais animados e confiantes
junto as suas f6emeas quando são mesmo poderosos! Essa é a dança do acasalamento correta.
Se houver a inversão, a mulher sendo a guerreira e o homem cuidando das crias, a mulher perde
o respeito e admiração pelo seu parceiro. E com isso o desejo sexual. O homem que se sente
menos que sua esposa, perde sua virilidade.

Portanto, isso é um ponto importante a ser visto na relação de desejo do casal.

Mas vemos muitos casais que fazem uma troca , onde seus problemas emocionais serão
convertidos em problemas sexuais. Um homem que ganha menos que sua esposa, pode ter uma
impotência com ela e não ter com outras mulheres de nível sócio econômico mais baixo. Ele
pode vir a ter uma amante, porque sua esposa “endureceu” no poder da casa. A esposa magoada
com sua situação de ter que dar conta do sustento, fica mais severa e menos carinhosa, quando
não mais gorda e menos atraente.

Um homem, que se torna alcóolatra, vai perder a admiração da esposa, que passa a não
o desejar mais. E assim por diante, são tantas as mazelas da vida. Fique de olho nessa relação
de troca de moedas dos afetos , nas relações sexuais.

Para os homens sua riqueza está no copular, ser viril, espalhar sua semente, a qual
fabrica diariamente milhões! Ele precisa espalhar sua opulência! As mulheres estão fadadas a
ter apenas um óvulo por mês! Elas querem dar mais atenção as crias depois tê-las! Já há um
desequilíbrio natural entre as duas partes, e que ainda piora na fase de menopausa da mulher,
pois esta perde 100% dos hormônios, e perdem sua feminilidade na pele, nas suas partes
íntimas, o que também piora a vida do casal. Graças a Deus, a medicina evoluiu bem e hoje,
temos a reposição hormonal pra evitar esse desequilíbrio.

Podemos observar que todos os seres humanos têm suas marcas afetivas.
Cenas infantis, às vezes traumas que afetam nossas vidas, relacionamentos, sucesso, trabalho
e tudo o mais. Vejam essa parte também!

Dra. Teresa Robles chama de pegadas as marcas que fazemos ao repisarmos


uma mesma emoção por diversas vezes. Pode acontecer, por exemplo, quando uma pequena
garotinha ficou chorando no berço enquanto a mãe estava dando risadas com o pai no outro
quarto. Essa criança então, pela primeira vez, ou uma das primeiras vezes, sentiu: minha mãe
não gosta de mim, não sou amada o suficiente. Aquilo marca como uma pegada.

Mais tarde, por volta dos 4 anos, ela é esquecida na escolinha. O pneu do carro
da mãe fura, não é culpa da mãe, que também está triste e desesperada. Mas a menina pensa
e sente de novo: minha mãe não gosta de mim, não sou amada. Mais uma vez marca a pegada,
reforçando e seqüestrando sentimentos, seqüestrando toda a energia da criança.

A história continua. A menina, aos 7 anos, não é escolhida pela professora para
alguma atividade importante. Vem o mesmo sofrimento. Depois, aos 15 anos, o namorado atrasa
para vê-la. Ela sente o mesmo: ele não me ama. E fica brava com ele. Perde o namorado.

Mais tarde, problemas com o chefe: ele não gosta de mim. Mais à frente, aos 30
anos, sem namorado e sentindo-se mal-amada por todos.

Este é um exemplo do que chamamos crença limitante, onde o recalcamento faz


a repetição do mesmo afeto em várias situações. É como se a pessoa atraísse para si, como um
imã, tudo de negativo que contribui para a afirmação da crença limitante de que ela não é amada.

Vemos que em todas as psicopatologias isso acontece, inclusive nas


psicopatologias sexuais. Portanto, devemos procurar lá atrás, na história de vida pessoal, quais
foram as situações traumáticas que fizeram essa pessoa hoje sofrer de algum mal sexual.

Os exemplos que podemos citar: no caso da impotência, quando este homem


se sente impotente frente à vida? No caso da ejaculação precoce, aqui ele está vetado de
aproveitar deleitar sossegadamente. No caso do vaginismo, da anorgasmia, o que também está
proibindo de se sentir.

Com essa explicação já ficou claro que precisamos tratar do sintoma, mas
também precisamos regredir esta pessoa até as bases dos seus sentimentos negativos. Pela
hipnose temos condição de fazermos regressão e também de mudar os sintomas, mudando o
padrão da sintomatologia. Devemos usar das duas possibilidades.

Erickson sabia como lidar nesses casos. Por vezes, dava tarefas ou sugestões
pós-hipnóticas que mudavam o padrão do sintoma, ressignificava a crença limitante, e em alguns
casos utilizava a regressão como ajuda terapêutica.
No nosso caso, como psicoterapeutas, devemos, além de mexer no sintoma
como Erickson fazia, fazer regressão, buscar os primórdios dos problemas que geraram essas
crenças limitantes, poder entender qual a metáfora do sintoma também. Erickson tinha um jeito
especial e, assim, ao dar tarefa ou a sugestão pós-hipnótica, ele já estava ressignificando o
essencial.

Às vezes nós não somos tão habilidosos como Erickson, por isso é mais
cauteloso que pratiquemos inclusive a regressão via de regra. Não devemos nos esquecer
também das relações. Por isso, as técnicas sistêmicas de casal são necessárias.

Algumas vezes precisaremos de atender o casal em conjunto, em outras,


perceberemos a necessidade de atendimento em separado, para saber o que há por detrás de
cada um dos parceiros. O que eles sentem, se há segredos, se há algum relacionamento extra
conjugal. O que se deve avaliar com cada parceiro é o que realmente essa pessoa deseja, pois
o corpo da pessoa já fala: não quer sexo, a não ser com aquela pessoa que ele ama de verdade.

Precisamos então lidar com essas relações afetivas proibitivas, ajudar os casais
a resolverem as suas verdades. O que importa é a verdade, o corpo fala das nossas sombras,
daquilo que escondemos. Tenha cuidado e paciência para ajudá-los a resolver da melhor
maneira possível. Assim, em todos os casos, antes de tratar o problema como tal, tratar a
metáfora do problema que contém, lembrando que cada caso é único. Lembrar de observar
amor, afetos, confiança e relações.

Os problemas sexuais são metáforas de outros problemas mais profundos do


indivíduo que nos procura. Utilizamos a hipnose por vários motivos:

1o) a hipnose leva a pessoa a aprender a soltar-se, relaxar-se, abrir. Então você
pode usar relaxar, um lugar agradável, erguer, levantar, penetrar fundo, abrir, demorar para
comer uma boa refeição.

2o) hipnose versus regressão – com técnicas hipnóticas podemos ir à origem dos
traumas, re-significar afetos, situações, atitudes, crenças limitantes. Técnicas utilizadas:
regressão do self, os sete passos de Guiligan, EMDR, revisando o passado para criar o futuro.
Limpar as pendências, as raivas, cicatrização das feridas.
3o) Dessensibilização – técnicas de imaginação visualizadas, contando histórias,
meta-mensagens. Você faz o sujeito experenciar mentalmente novas aprendizagens,
ressignificando novas possibilidades. Levitação das mãos, imaginando tudo aquilo que se pode
levitar. Aprendizado de mergulhar fundo numa lagoa, num rio, numa piscina, no mar.

Sentir o alimento penetrando à boca, sentir como é um beijo, a penetração do


língua num beijo. Técnicas que façam a pessoa visualizar as sensações que existem,
semelhantes às sensações sexuais.

4o) Entrando pelo sintoma e saindo pela solução. Neste trabalho utilizar o vírus
que atrapalha o sintoma. Existem alguns casos que Milton Erickson ilustra bem esta técnica.
Você poderá pedir estes textos de forma complementar. Onde Erickson utiliza o padrão
obsessivo da pessoa e apenas introduz alguns vírus.

Exemplo: homem obsessivo com ejaculação precoce. Erickson observa todos os


buracos e fendas no caminho, na trajetória da entrada da casa desse sujeito, e lhe dá uma
instrução de observar cada fenda, cada buraco, e uma necessidade enorme de abrir a porta. E
depois que ele abre a porta, ele sentirá uma necessidade enorme de deitar na cama. E Erickson
introduz a compulsão a olhar o relógio, a ver os minutos passando, e onde ele vai falhar, falhar
em ter uma ejaculação depois de 20 minutos, 25 minutos, 30 minutos e assim por diante.

Quando falamos de disfunções sexuais, precisamos observar algumas


características dos problemas afetivos: amor, sofrimento, sentimento de ser rejeitado, sentimento
de não ser suficientemente competente, não querer aquela pessoa, não poder ser feliz, ter que
aproveitar depressa para não perder. Toda vez que se tem algo bom se perde ou vem algo ruim.

Devemos observar os relacionamentos das pessoas com disfunções sexuais. Já


vimos que existe um material recalcado, afetos que podem se parecer com sofrimentos.
Precisamos ver como essa pessoa está, como se relaciona com seu parceiro amoroso. O que
verificamos é que sempre existe algo errado em comum entre o relacionamento e a disfunção
sexual.
Uma pessoa feliz no seu relacionamento costuma querer fazer amor, e o faz bem
feito. Assim, precisamos observar a idéia de estar bloqueado para sentir amor, a idéia de ser
apenas sensual e não sexual, o desenvolvimento do crescimento pessoal. Às vezes, a pessoa
está parada no seu desenvolvimento psico- afetivo na sua adolescência, na sua infância, por um
trauma, por um bloqueio, por uma crença limitante. Pense na possibilidade de existir idéias
infantis num corpo adulto.

O recalque é uma forma protetora dos sofrimentos já vividos na realidade


psíquica, que nos impede de ir adiante na mente, porque se tem medo de sofrer novamente. O
sintoma funciona como uma analogia do sofrimento. O sintoma é nosso sinal de alarme, o nosso
aliado, chamando nossa atenção para que algo está errado. Preste atenção na metáfora do
sintoma. Assim, o sintoma se torna a solução do problema. Ele é especial em cada pessoa,
interprete-o de acordo com cada pessoa e com suas idiossincrasias. Ele indica um caminho e
indica que existe um sofrimento. Indica que essa pessoa precisa mudar algumas coisas básicas
na sua vida.

Uma pergunta básica: como você faz para tal coisa acontecer? Veja os passos,
que então você terá o caminho do que ela está fazendo errado. Este é apenas um sinal de alerta.
Como fica sua vida sem esse problema? Um sintoma fala de um sofrimento. Os seres humanos
são indivíduos que têm suas diferenças básicas e, portanto, cada caso deve ser considerado
como uma unidade.

Sabemos que existem premissas básicas para cada tipo de problema. Veremos
o geral, e veremos sim, também, o que cada pessoa precisa nos dizer.

A hipnose no tratamento das disfunções sexuais.

A hipnose é um meio regressivo. Promove o relaxamento, promove a


possibilidade de abertura às regressões ao momento dos traumas. A hipnose utiliza de técnicas
de visualização, sensações físicas de progressão. Por isso pode abrir a possibilidade de fazer o
paciente experenciar aquilo que não foi aprendido ainda.

Existe um tipo de hipnoterapia específico para cada pessoa. O básico é aprender


a relaxar, soltar, regredir, sentir, ressignificar, aprender a amar sem medo. Visualizar e alcançar
seus próprios recursos.

Devemos começar pelo desenvolvimento infantil. É preciso verificar a origem


familiar, como são os pais, qual a educação recebida, quais as palavras, as proibições, as
atitudes. A religiosidade dessa pessoa.
As atitudes em relacionamentos afetivos são compatíveis com a idade, ou
compatíveis com uma criança ou um adolescente. Quais as leis prevalecem na vida dessa
pessoa? O que ela considera normal para uma vida sexual, quais são seus tabus, seus mitos?
Como ela lida com a masturbação? Masturbar é algo natural. Será que você masturba, será que
você se permite masturbar? Será que essa pessoa está sendo apenas sensual? Onde está o
lado sexual dessa pessoa? São perguntas, entre outras, que você pode fazer para averiguar a
idade sexual em questão.

Devemos sempre ter em mente que existe aquele tal material recalcado, e que
devemos procurar pistas conscientes para a nossa busca inconsciente.

Algumas perguntas que são sugestivas sobre a masturbação: você já se


masturbou? Qual a freqüência? Tem algum preconceito? Qual foi a primeira vez? Quando foi
sua primeira experiência sexual? Como se saiu nela, houve orgasmo? Detalhes de uma possível
regressão e ressignificação a esse momento da primeira transa, do primeiro relacionamento
sexual. O que você pensa sobre virgindade, sobre ter relações sexuais antes do casamento?
Sua religiosidade permite sexo? Como? Sua família de origem, o que pensa sobre sexo? O que
eles te ensinaram, o que era proibido? Se falava em sexo em casa?

Aproveite esse momento, enquanto pergunta, já aproveita para reeducar seu paciente!
Pois é muito comum, que alguns pacientes tenham problemas de ordem sexual por pura
desinformação ou inadequação! Nas mulheres, é comum que elas não se masturbem e portanto,
não sabem o que é um orgasmo, a não ser que caiam com um bom homem que possa ajuda-las
nesse quesito! Algumas nem sabem que podem ter orgasmos em diferentes momentos do que
seu parceiro. Para elas, o orgasmo só poderia vir com a penetração, coisa que para muitas
mulheres não é difícil de conseguir. Acabam por se sentirem frígidas sem o ser de verdade!

Alguns homens que sofrem de ejaculação precoce, sentem vergonha disso. Mas basta
que transem mais de uma vez, que na segunda, já vão demorar um pouco mais e não há
problema, poderão satisfazer sua parceira nessa segunda ejaculação!

Você terá oportunidade de ajudar seus pacientes educando-os durante esta entrevista,
como uma educação sexual.
Depois de fazer todas essas perguntas ou todas outras que você interessar, você
pode passar para ajuda específica do problema sexual.
A Infantilidade e Traumas

Temos muitos pacientes com queixas sexuais que seu problema nada mais é que
estarem presos numa mentalidade infantil. Ainda não se tornaram adultos. São fisicamente
adultos, mas permanecem com comportamentos ainda infantis. Tem uma mente frágil e presa
numa ideia antiga, em costumes que se aplicam as crianças. As vezes, até falam como criança.
Voz e maneirismos. São adultos e com voz de criança, quando conversam sobre o assunto sexo,
se comportam como tal, bem infantis!

Verificar se houve trauma. Certamente você irá encontrar coisa por aí. Numa família
normal, se aprendem com os próprios pais que beijar, andar de mãos dadas, dormirem coladinho,
saírem pra namorar é coisa bem natural. Mas se por ventura, for uma família disfuncional, onde
o pai é bravo, ou abusador, ou alcóolatra, e a mãe vive encolhida, sofrida e humilhada, sexo não
será bem visto pelos filhos.

Muitas vezes, aprendem que fazer sexo é algo pecaminoso, ou que é melhor não fazer
para não sofrer como seus pais sofreram. Assistir a brigas dos pais, por vezes, gera nos filhos
tais sentimentos também.

Se você identificar em seu paciente uma postura infantil, busque ver seu passado e
descobrir cenas intoxicantes.

Na terapia você poderá fazer:


- regressão as cenas traumáticas, Bert Hellinger para pedir
permissão para ser feliz;
- técnicas psicosensoriais ( EFT, TFT, BSFF);
- coerência cardíaca e PRI
- visualizações de futuro;
- educação sexual.

A anorgasmia feminina

É o não poder atingir o clímax, o êxtase do orgasmo. O que impede essa mulher
de ter prazer? O que ela está sendo proibida ou está se sentindo imatura? Ela ainda é uma
menina, uma adolescente? Ela ama seu parceiro? Normalmente, uma mulher ao amar uma
pessoa, se torna como uma flor se abrindo, desabrochando para receber o parceiro. Procure
averiguar todas essas questões.

Muitas mulheres se sentem ainda meninas, esse “negócio” é proibido


inconscientemente. Talvez sejam infantilizadas, talvez estão com um parceiro que também tem
suas dificuldades sexuais, é ruim de cama , como dizem por aí! Ou ela teve algum problema no
passado, e hoje, age se precavendo de repetir o mesmo. Por exemplo, foi abusada sexualmente,
e v6e como pecado, ou coisa ruim fazer sexo. Algumas depois que foram abusadas sexualmente,
engordam ou se tornam complicadas, e fazem uma crença limitante, que homens não prestam!
E assim , ficam solteiras e solitárias. Outras, por verem seu pai mal tratar suas mães, como
alcóolatra ou homem bravo, aprendem , que homem algum presta! ouviram sua mãe falando isso
a vida inteira, e aprendem a não querem homens em sua vida, pois eles só fazem mal!

Verifiquem que tipo de crença limitante essa mulher traz. Se não há crenças, vejam se
apenas ela não teve a oportunidade de aprender a fazer sexo com um homem que o sabia fazer.
Talvez, seus parceiros até o momento são como ela, ainda estão aprendendo sexo! Isso é mais
fácil de tratar. É só preciso educar, ensinar como fazer sexo. Outra questão pode ser que ela
demore para chegar lá, e que também pode aprender ao se masturbar, qual é seu tempo básico
para chegar ao orgasmo. Também pode ser, que seu parceiro não é atraente, não dá tesão!

Homens aprendem as brincadeiras de troca troca, que ajudam a saber se masturbar e


a fazer suas manobras para chegar ao orgasmo. As mulheres não tem este aprendizado e vão
precisar de seu parceiro para aprender a explorar sua sexualidade. Tudo isso precisa de uma
coisa muito importante ao sexo: a intimidade!

Veja, se essa mulher está livre para criar intimidade em seu relacionamento atual, coisa
muito importante!

Depois de ver se é falta de educação sexual, ou falta de experiência, ou um parceiro


inadequado que não a seduz, ou trauma e crença limitante. Foque no que você terá que ajudar
essa mulher a ter seus orgasmos.

O que é fato é toda mulher pode ter orgasmo! Faz parte da sua natureza. Ela só precisa
aprender e também gostar de quem ela está junto, ou melhor sentir aquela coisa chamada
“Tesão”!
Técnicas utilizadas na anorgasmia:

1o) relaxamento progressivo, aprender a ter mais intimidade e deixar a coisa


rolar!

2o) regressão e ressignificação aos momentos de infância e ensinamentos que


essa menina precisa aprender; Se teve traumas, se foi abusada, se aprendeu que homem não
presta, é preciso fazer regressão e limpeza das toxinas do passado.

3o) aprendendo a controlar o receber, o sentir e o perceber. Visualizações do


futuro com aprendizados sexuais, como fazer, como aproveitar do sexo, de cada passo e do
amor, dos afetos.
Técnicas de hipnose onde essa pessoa possa sentir mergulhando, nadando,
relaxando, soltando, imaginando uma flor se abrindo, desabrochando, beija-flor chegando,
recebendo. A história de Don Juan de Marco conduzindo as mulheres.

4o) A metáfora do sintoma. Um exercício muito interessante é perceber o que


significa para essa mulher não poder ter orgasmo. Utilizar a metáfora do sintoma.

5o) Trabalhar com símbolos. Símbolo do problema, símbolo do que causa o


problema, símbolo do recurso.

E, por último, histórias de abertura. A flor, o homem, coisas que possam fazer a
mulher se sentir se abrindo.

Infecções femininas recorrentes como: cistites, candidíase, entre outras

Normalmente as infecções mostram prurido, o ardido, a explosão, a inflamação.


O mais comum é o excesso de uso! Sim! O excesso pede que se pare um pouco! Coisa comum
é o que chamamos de “cistite de lua de mel”. O uso demasiado acaba por esfolar a região da
uretra e a mulher acaba por pedir “um tempo” nas relações sexuais desse modo!
Outras vezes, pode haver uma rejeição! Verificar algum sofrimento provável na relação
amorosa; verificar a presença ou não dos orgasmos; verificar a culpa sexual; verificar os pontos
de stress que essa pessoa está tendo. Ver a relação afetiva do casal.

De toda maneira pelo bem ou pelo mal, é um pedido de PARE!

Fazer a leitura pessoal de prazer sexual. Muitas pessoas choram pela vagina,
pela bexiga. Procure ver qual é a metáfora desse sintoma.

O trabalho com a hipnose:


- relaxamento,
- abertura ao prazer,
- permissão para ser feliz.
- Todos os tecidos cicatrizam, cicatrização das feridas abertas. O
tecido epitelial cicatriza naturalmente.
- Aprender a soltar, abrir e a gozar a vida.
- Educação sexual.
- Metáforas: da rosa se abrindo, bela adormecida.
- Ver filmes educativos como a linha “The Better Sex”, tem no
YouTube.

Ejaculação precoce

É freqüente em homens mais sensíveis, ansiosos ou agitados, impulsivos.


Querem comer depressa, necessitam dar conta e vazão de seus sentimentos o mais depressa
possível. Isso é a maneira deles de terem seu orgasmo, algo do seu corpo!

Alguns para piorar esta situação ainda têm sentimentos infantis, atitudes infantis. O que
só piora as coisas. Pois se sentem mal com essa dificuldade de segurar o orgasmo. Eles
precisam aprender que podem fazer sexo pelo tempo que quiserem, que podem repetir o sexo
muitas vezes, que podem numa segunda e terceira vez irem bem mais devagar. Que o orgasmo
não vira tão depressa como na primeira vez. Que numa segunda, será mais demorado e podem
agradar bem suas companheiras de cama!
Por isso, é bom verificar a urgência em obter prazer. Sexo é algo para se desfrutar aos
poucos e criar uma rotina sexual junto a sua parceira sem constrangimento de quem vai atingir
o orgasmo primeiro.

Podemos ensinar aos homens com ejaculação precoce a desenvolver a


capacidade de fazer as coisas mais lentamente. Existem algumas coisas que podemos sugerir:
que ele se masturbe antes de encontrar com sua parceira. Ou que façam sexo mais de uma vez
com as mesmas, pois nessa segunda vez eles já estarão nesse ritmo mais lento, onde a
companheira irá aproveitar mais dele. Com certeza o gozo será mais retardado, porque a
segunda ejaculação de um dia já não é tão rápida quanto a primeira.

Ver como esse homem come as refeições, como ele trabalha em suas
atividades. Mostrar o paralelo da impulsividade no dia a dia. Mostrar que pode fazer as coisas
com mais calma e ser mais feliz.

Técnicas de hipnose:
- relaxamento, lugar seguro;
- curtir um lugar agradável curtindo devagarinho cada detalhe;
- aprendizado da dessensibilização.;
- Imaginando comendo devagarinho, um banquete, saboreando
cada pedaço dos alimentos.;
- Imaginar mergulhar numa piscina, e sentir cada pedacinho do
seu corpo, tirando prazer disso;
- Imaginar penetrar uma mulher em cada detalhe dessa
penetração; lembrar que pode gozar mais de uma vez, que a mulher pode ter
seu orgasmo de muitas maneiras e até mesmo em sua segunda tentativa;
- Colocar isso progressivamente no tempo, para essa pessoa
aprender.
- Injetar vírus no padrão da obsessivo que essa pessoa tem;
- Limpar os sentimentos negativos sobre sua sexualidade se tiver;
- Visualização de transas futuras com calma e bom desempenho!
• Somente um detalhe importante, homens que fazem uso
de antidepressivos ISRS ou dual, podem ter seu orgasmo retardado
um pouco e se curarem deste problema. Assim, para alguns casos,
que coincidentemente têm outras patologias psiquiátricas a serem
tratadas como TOC, TIC, ou depressão ansiosa, essa medicação
traz um alívio sagrado!

Disfunção Erétil

Trabalhando com a impotência devemos perceber a metáfora do sintoma.

O que tornaria uma pessoa impotente?

Uma pensamento, uma atitude, uma baixa de estima, uma falta de educação sexual,
liberdade sexual, o mito de ser infeliz, ter sido pobre na infância, ter uma mulher muito poderosa?

O que mais poderia tornar esse homem, que você atende, sentindo-se impotente frente
à vida?

Muitos homens vão passar por alguma fase da vida, onde vão se sentir menos
competentes, por que faliram, porque estão sem dinheiro, ou porque suas mulheres são
melhores que eles. Também a questão da idade. Alguns homens, em certos momentos de suas
vidas, vão se sentir menos potentes frente as suas amadas mulheres. Isso pode prejudicar sua
potência sexual.

Outros, têm algum problema desde a adolescência, ou infância. Ou foram abusados


sexualmente, ou foram objetos de uso no troca troca, ou foram vítimas de alguma cena
traumática com sexo e fizeram sua crença limitante sobre o assunto. Precisamos pesquisar o
que houve na infância e adolescência.

Se houve algum processo, que os tornaram presas do passado, como um trauma, é


preciso primeiro trabalhar com a regressão, e técnicas psicosensoriais antes de qualquer coisa.

Trabalhar em hipnose:
- O significado da metáfora do sintoma,
- a auto-estima,
- relaxamento com levantamento das possibilidades de bem-estar;
- levitação das mãos como sugestões indutivas de outras possíveis
levitações, aumentar o bem-estar;
- Lugar agradável, tirando a conotação de obrigação;
- Limpar traumas e crenças limitantes com regressão de linha do tempo;
- Regressão para descobrir o ponto em que essa pessoa se sentiu
impotente frente à vida;
- estados do ego;
- regressão às emoções (Gilligan); limpeza das toxinas colocadas pelos
pais, pela religião, retirar as crenças limitantes;
- Bert Hellinger pedindo permissão para ser feliz;
- Visualização de cenas do futuro com sexo bom;
- Técnicas psicosensoriais de limpeza (trauma, crenças limitantes) com
coerência cardíaca e PRI, além de BSFF para limpeza de traumas passados;
- Psicologia Positiva, agradecer as boas coisas da vida, ver as vitórias e
conquistas.

Algumas regras gerais que valem para ambos os sexos e todos os casos:

- Ensinar que os parceiros não precisam ter seu orgasmo


simultaneamente;
- Ensinar que sexo é uma coisa natural e saudável, que todos podem
fazer;
- Ensinar que se masturbar pode ser um excelente aprendizado sobre o
que é o orgasmo e como ele aparece em cada pessoa, ritmo e tipo de preferencias para
se chegar a um orgasmo é variável de pessoa a pessoa. De homem e mulher podem ser
diferentes também;
- Ensinar que as mulheres não precisam de um pênis para gozar,
precisam sim elas próprias aprenderem a descobrir como chegar ao seu orgasmo.
- As mulheres procuram sempre por amor. Esta é uma “chave geral” que
abre as portas para um bom desempenho sexual nas mulheres.
- As mulheres, para gozar, precisam de palavras de sustentação como:
eu te adoro, gosto de você, você é a mulher mais linda para mim, você é muito importante
em todos os sentidos.
- O ponto G de uma mulher é o ouvido!
- O ponto G de um homem são seus olhos, ver o belo, os seios opulentos
que vão amamentar suas crias e os quadris cheios que podem gerar bons filhotes! Por
isso, homens gostam de apreciar o belo que as mulheres tem, não é atoa que as
mulheres gostam de usar decotes, roupas apertadas, saias curtas, etc. E quando se
casam, seus homens querem cobri-las da cabeça aos pés.

Sempre será necessário trabalhar os afetos, os relacionamentos, para depois


fazer as técnicas de limpar os sintomas!

Pois se essa pessoa estiver presa em alguma ordem ou crença limitante, não adianta
nada fazer hipnose para ter uma bom desempenho sexual!

Portanto comece limpando o passado, tirando crenças e traumas, fazendo uma boa
educação sexual, pra só depois ir direto ao sintoma. Se não, nada feito! Seu paciente precisa ter
permissão pra ter uma boa vida sexual!

8- Compulsões

Os Hábitos Viciosos aparecem em função de uma tendência à ansiedade e a depressão.


São uma forma de “acalento” a esses sentimentos . Muitas pessoas que usam álcool, drogas,
cigarros, comidas, ou tem um TIC nervoso, ou fazem compras em excesso, estão compensando
alguma ansiedade ou vazio.

Comece por aí. Pesquise se há por detrás destas compulsões alguma patologia
psiquiátrica. Se houver de nada adianta só fazer terapia! É preciso encaminhar ao psiquiatra pra
que medique adequadamente, sanando a ansiedade ou a depressão que fazem essa busca
constante de alívio através do vício.
Vamos entender o que é um hábito vicioso:
Todo hábito é um mecanismo automático;
Todo hábito é feito distraidamente;
Pode acalmar;
Pode distrair;
Pode preencher;
Pode desconectar;
É tudo aquilo que se faz muitas vezes e automaticamente .

Exemplos: tiques nervosos, enurese noturna, gagueira, roer unhas, arrancar cabelos,
obesidade, tabagismo, alcoolismo e uso de drogas.
Hábito vicioso é o que uma pessoa faz repetitivamente.
Sem controle e ou consciência.
Muitas vezes, quando percebe, e não consegue parar de fazê-lo!
Basta fazer apenas uma vez, para que ele se instale!
O hábito vicioso é parte de um ciclo vicioso:
-ansiedade; temor;
-necessidade de tapar o buraco;
-necessidade de algo que acalme;
-buraco → angústia – medo;
-preencher o buraco vazio.
Por detrás de um hábito vicioso tem:
Uma desordem de ansiedade ou uma depressão!
Observe pra que serve este hábito...
Falta algo !
Fique atento para descobrir o que esse hábito traz...

Vamos aos sintomas:

Roer unhas:
-Ansiedade,
-Raiva,
-Ferocidade engolida.

Gagueira mostra:
Houve um trauma na vida.
Ele não pode falar.

No abuso de drogas:
Reposição de alguma coisa.
Desejo de prestar atenção no casos das pessoas com TDAH.
Desejo de acalmar nos ansiosos.
Desejo de se alienar nos ansiosos e deprimidos.
Desejo de sair fora do mundo real na depressão.

No uso da maconha:
Para acalmar;
Para ficar inteligente;
Para se desligar.

A Obesidade
Ansiedade;
Após ter filho;
Após casamento;
Após separação.
Após estupro.

Obesidade mórbida
Depressão ou Transtorno Bipolar;
Ansiedade;
Compulsão.

Para todos os casos segue-se o esquema que se aplica a todos os casos, veja abaixo:

Temos um ciclo vicioso -


- Sentimento raiva, tristeza ou medo;
- Talvez um trauma;
- doença psiquiátrica;
- Crença limitante;
- Necessidade de tapar o buraco do sentimento;
- Expectativa negativa gera um ato compensador;
- Hábito de desligar a vida ruim;
- Ansiedade provoca um vazio;
- Tendência a preencher o vazio com: comida, cigarro, álcool, tique nervoso, etc.
Repetição do processo:
- Sentimento de raiva, tristeza e medo;
- Causam uma expectativa negativa que aumenta
a ansiedade, isso provoca um vazio, que se pre-
enche com algo falso, que mantém o vazio;
- Isso traz frustração, mantém a tristeza, raiva e o
medo;
- O ciclo se fecha, nada melhora!
- Durante o ato do hábito a pessoa se aliena.
- Ela sai fora da vida ruim por algum tempo.
- Mas não elimina o mal!
- A ansiedade básica fica!

O que fazer?
Observar tudo...
O que acontecia antes de iniciar ...
Qual a metáfora do hábito?
Tem crença limitante?
Qual sentimento básico?
O que está sendo preenchido?
Qual o significado pessoal do sintoma?
Tem algum transtorno psiquiátrico?
Porque a pessoa precisa do hábito?
Apenas fique curioso...

A procura pela hipnose:

Muitos querem milagres, muitos procuram pela hipnose, como uma saída milagrosa.
Não querem fazer esforço para fazer uma mudança, mas já estão acostumados a quererem um
milagre! Pois já tentaram de tudo, como dizem! E sempre desistem. Já foram muitos regimes,
muitas terapias, muitos remédios, e nada! Desistem de fazer sua parte. Pois é preciso um “que”
de sacrifício, de disciplina para se conseguir mudanças num hábito vicioso. É preciso transformá-
lo em algo consciente sempre e fazer uma troca mais saudável. Você precisa convencer seu
paciente que será uma troca muito saudável, muito boa e que ficará muito mais feliz.

A terapia precisa ser baseada em coisas boas a se propor. Precisa se de sessões mais
afetivas, mais intensas e com menos intervalos pra que não se dê tempo a se ter muitas recaídas.
Muitas vezes, até mesmo, internação em alguns casos, para que a pessoa consiga vencer não
beber, ou usar a droga ou fazer a dieta mais adequada.

Hábito vicioso é difícil ficar livre, portanto é bom você saber que haverá recaídas. E é
bom aceitar as recaídas e ver quando ela acontece. Vai dar algumas dicas interessantes do que
dispara o hábito. Alguns vão ter seu alvo disparado por ansiedade, ou por tristeza, ou por que
foram insatisfeitos em algum pedido. Ou porque são tímidos, ou porque precisam se acalmar, ou
acelerar. Veja, porque seu paciente voltou ao hábito. O que o fez comer de novo, fumar de novo,
usar cocaína outra vez, etc.

Então, não considere algo ruim, ele ter uma recaída, veja os passos de como aquilo
voltou a acontecer e arrume alguma outra coisa mais saudável que substitua o “gatilho
disparador” do hábito.

Com isso, você terá mais pistas sobre o que leva alguém a repetir o mesmo hábito? O
que ele busca com aquilo?

Qual a função do sintoma?


Que ganhos essa pessoa tem?
O que o sintoma esconde?
Qual a metáfora?
O que ele esconde?
Ela é ansiosa ou deprimida? Tem medo ou vergonha?
Buraco vazio que necessita ser preenchido?

Mas antes começar a resolver o problema de hábito vicioso, é preciso fazer o paciente
se responsabilizar pela sua cura. Transformar um “problema alho, em problema cebola”.

Alho, a pessoa come e não sente o cheiro que ele traz, só os outros! No “problema
cebola” a pessoa chora com seu próprio problema! Precisamos fazer nosso paciente se
conscientizar do que sofre e que só ele pode se curar!

Esse é o seu primeiro passo, que a pessoa se responsabilize por seu problema de hábito
vicioso e a dificuldade que terá pra chegar lá!

Uma boa conversa pedindo a ajuda do sujeito, mostrando que a hipnose não faz
milagres, que tudo vai depender de descobrir como ele procura o hábito e como ele pode fazer
boas substituições. Muito mais saudáveis do que o próprio hábito.

Melhor ainda, é ajudar o paciente a entender que a hipnose acalma, e pode mostrar que
ele é capaz de superar alguns momentos difíceis. A hipnose acalma, faz imaginar momentos de
tranquilidade que ele poderá repetir em casa com CDs gravados , induções feitas sob medida. E
que aos poucos, com algum sacrifício poderá ficar totalmente livre deste hábito ruim.
O Uso da hipnoterapia pode ser bem vindo:

-colocar vírus no padrão;


-iniciar um novo hábito;
-experenciar mudanças mais saudáveis;
-induções simples como respiração, lugar seguro, relaxamento ;
-mudanças grandes, através da regressão, mudanças de crenças, limpar toxinas
familiares;
-tarefas e sugestões pós hipnóticas de acordo com cada tipo de hábito;
-psicologia positiva.

Com a hipnoterapia você também pode:


-trabalhar a ansiedade;
-trabalhar a auto-estima;
-aprender auto hipnose;
-trabalhar a agressividade;
-prescrição de sintoma;
-colocar vírus no padrão;
-distorção do tempo;
-criar lugar seguro;
-retirar crença limitante regressão;
-visualização de futuro;
-símbolos/muro/escudo protetor;
-escudo de luz/limpeza de luz;
-o uso de metáforas
-sugestões pós hipnótica
-técnicas de sob medida para cada cliente
As vantagens do trabalho com hipnoterapia são inúmeras, mas as principais no
caso das compulsões:
-colocar o sujeito mais calmo;
-trazer um novo hábito para a vida dessa pessoa;
-ligar novamente a vida com alegria;
-limpar situações traumáticas com técnicas psicosensoriais;
-utilizar tarefas em todos os casos para injetar vírus no padrão!
É interessante ver que os pacientes que sofrem de hábitos viciosos sempre precisam de
uma tarefazinha. Sim, uma tarefa, para que essa pessoa se habitue a fazer algo um pouco
diferente do que fazia antes. Tomar banho antes de comer, além de se olhar no espelho! Rezar
antes de comer!

Vamos agora, ver cada um dos tipos de compulsões e como poderemos trata-las com
mais detalhes.

Tiques nervosos:
Arrancar cabelos, tiques faciais, roer unhas, gagueira, enurese noturna.
Distração?
Calmante?
Raiva contida?
Ansiedade?
Medo ?
O que significa cada um desses problemas?

Eles têm coisas em comum sim, podemos observar alguém que rói unhas ou arranca
cabelos e diz que faz isso pra se acalmar. Mas que também faz isso quando está com medo ou
muita raiva. Interessante ver que uma criança pequena que já havia feito o controle esfincteriano
da noite do seu “xixi”, volta a molhar a cama com o nascimento do irmãozinho, raiva? Medo?

Podemos ver uma criança desenvolver um tique de piscar os olhos após uma cena
traumática que trouxe muita raiva. Ela não deseja mais ver tal situação. Passa a piscar os olhos
em qualquer situação que se parece com aquela do constrangimento anterior. Raive, medo,
ansiedade juntas, pronto! Lá vem o tique! Se está quieta em seu canto, segura, nada de tiques!

Portanto, acabamos de ver que essas pequenas patologias estão associadas ao medo,
a raiva e a ansiedade.

Devemos procurar na história do paciente quando tudo isso começou? Que sentimentos
disparam esse problema? Que horas se manifestam? O que o sintoma quer dizer? Estou
precisando me acalmar, então arranco cabelos, por exemplo? Estou com muita ansiedade por
isso, pisco mais os olhos? Estou nervoso, por isso roo minhas unhas? O que este sintoma diz?
Veja, repare se durante sua consulta seu paciente faz algum desses problemas citados aqui?
Como, quando, o que você disse que dispara o problema? São todas informações importantes.

Stephen Gilligam faz um exercício de hipnose muito interessante para colocar o paciente
mais consciente do seu “tique” e do que este quer dizer. Veja abaixo:

-faça o movimento do tique;


-repita-o vagarosamente;
-repita-o colocando um som;
-repita-o colocando um som e uma frase ,a primeira coisa que lhe vier;
-feche os olhos, respire fundo e pense em fazer um movimento complementar;
-faça-o!
-repare o que você sente! Veja, repare pode ser calma, paz, tranquilidade...sinta isso por
um instante! Veja como é reparador e você pode fazer sempre que quiser...
-agora repita: o tique com o som ,a frase e o
movimento complementar ou contrário...sinta que coisa boa!
-toda vez que você fizer o tique vai se lembrar desse novo
movimento...gostosamente...complementar, era isso que você precisava nesse momento, então
passa a fazer mais vezes!

Este é um exercício de conscientização do movimento automático anterior que só o fazia


ficar mais mal ainda...

Você pode ensinar este exercício ao seu paciente como uma forma de terapia e de
mudança de padrão, colocando um vírus naquele tique de antes. Assim , toda vez que seu
paciente for fazer novamente o mesmo ato, já não será como antigamente, ele vai se lembrar do
que aprendeu com você com este tipo de treinamento.

Tenho muitos pacientes que deixaram seus tiques em função desse treinamento! Vale a
pena fazer com seu paciente. Claro depois, verifique os problemas de base. De onde vem as
raivas, a ansiedade , ou o medo. Trabalhe para poder livrar seu paciente dos conflitos que ele
vive.
Nos tiques nervosos: observar qual o sentimento que causa ansiedade e trabalhe com
isto!
No tique de roer unhas observe:
-ansiedade;
-contenção de uma agressividade;
-unhas afiadas são como garras de fora, devo contê-las!
-comum na latência estes problemas de ansiedade;
-ferocidade contida;
-medo;
-tentativa de conter a raiva;
-descobrir quais são os sentimentos escondidos...

Converse mais e veja a história por detrás desse sintoma, veja quando tudo começou. É
muito comum na idade escolar, as crianças com dificuldades de aprendizado, ou que têm
hiperatividade apresentarem esse hábito de roer unhas. Troque por desenhar ou escrever a
matéria enquanto ouvem o professor. Vai continuar mexendo as mãozinhas, mas num bom
sentido!

Chupar dedos:
- existe uma ligação com objeto transicional maior;
-crianças inseguras, onde somente o objeto transicional não funcionou como acalento e
ainda precisam manter este objeto para se protegerem;
-necessitam proteção;
- o dedo é o consolo, a ligação com a mãe;
-ausência de proteção paterna;
-a metáfora do problema é ficar ligado a alguma proteção!
- procurar qual proteção se pode dar.

Hipnoterapia para chupar dedos:


-primeiro aprender a dormir mais seguro;
-relaxamento progressivo e lugar seguro;
-desenvolver um novo objeto transicional, como um chazinho a noite, um boneco, um
anjo protetor, uma pedrinha mágica, uma espada mágica ou uma medalhinha, até um
cachorrinho de estimação que será um “cão de guarda”, etc.
-depois trabalhar para desenvolver a criança interior com a técnica de regressão Gilligan
- Bert Hellinger pedindo permissão para crescer;
-a técnica do tique –o que ele significa ajuda também;
-tarefas: chupar mais um dedo, ou dar um chazinho, reza e injetar um vírus no padrão
(introduzir algo que traz segurança);
-metáforas: Asterix andar de bicicleta de rodinhas.

Gagueira:
-sentimento de castração ou impotência;
-raiva engolida, travamento da fala;
-se instala na primeira infância;
-momento traumático , procurá-lo;
-uma briga, uma separação dos pais, um acidente;
-existe muita ansiedade;
-pode ser fobia social também;
-pode ser familiar(pais com gagueira);
-ver que ocasião acontece a gagueira: no telefone, num momento tenso de um primeiro
encontro. Quando piora? Quando não tem?
- lembrar que não se gagueja quando se fala em outra língua o quando se canta!
Hipnoterapia:
-relaxamento progressivo, isso relaxa voz, e a pessoa consegue falar melhor!
-fazer falar durante o transe, o paciente vê que consegue falar sem gaguejar!
-quando canta ou fala outra língua também não tem o sintoma!
-lugar seguro e de proteção;
-luz curativa limpando a raiva presa na garganta;
-ver qual sentimento preso: raiva e impotência, limpar com técnicas regressivas ou com
coerência cardíaca e PRI;
-trabalhar a criança interior presa numa raiva usar regressão de Gilligan, limpar a
castração nas cenas intoxicantes de baixa estima ou constrangimento;
-usar progressão e apadrinhamento Gilligan também; sempre mostrando as qualidades
e limpando a castração que ouve no passado e trouxe este sintoma de baixa estima;
-tarefas com vírus no padrão, cantarolar ao falar no telefone, ou fazer um sotaque
diferente, falar mais lentamente!
-metáforas como a arvorezinha isolada no alto da montanha
- visualizações curativas, luz que limpa a raiva da garganta;
-sugestões pós hipnóticas .

Enurese Noturna
-é considerado enurese primária quando a criança não para de fazer xixi na cama;
-secundária quando volta a fazer a xixi na cama após ter tido controle;
-fala-se em enurese somente após os 5 anos;
-é hereditária, pias geralmente tiveram o mesmo problema. Passa espontaneamente
nestes casos com a idade. Mas se for emocional, tende a piorar com o tempo, caso o problema
perdure!
-é um desenvolvimento motor fino atrasado;
-pode ser também um descuido no educar a criança, mães relapsas na educação das
crianças;
-pode ser a chegada de um irmão;
-pode ser a separação dos pais;
-qualquer coisa que pare o desenvolvimento!
-qualquer emoção mais forte!
- A criança diz : cuide de mim!
Hipnoterapia
Sugestão de leitura : Hipnose Centrada na Solução de Problemas de W. O`Hallom. Um
ótimo livro que mostra vários casos em que Erickson trabalhou com tarefas com crianças
enuréticas, melhorando o desenvolvimento motor fino.
Estratégias simples para alcançar o desenvolvimento motor fino com hipnose :
-relaxamento progressivo;
-desenhos do corpo humano com esclarecimentos do que é a bexiga, como ela segura
o xixi, como apertar a “torneirinha” quando se tem vontade até ir ao banheiro!
-bexiga cheia de água e um balão, mostrando a criança e brincando de encher e esvaziar
o mesmo;
-educação ao deitar da criança, mostrando que ela pode levantar ir até o banheiro, que
pode amanhecer de roupa seca!
- educação dos pais de como agir com os pequenos molhadores de cama. Levar a
criança até o banheiro antes d ameia noite, repetir o procedimento lá pelas três horas da manhã
e depois lá pelas cinco, até que a mesma aprenda a dormir sequinha!
-visualizações de cura e planejamento da semana ou do futuro, fazer tabela do mês com
dias que molham ou não cama e estipular o desafio de mantê-la seca em troca de algo que
queira muito conseguir!
-desenho problema e da solução;
- buscar as emoções contidas, limpá-las com a espada mágica, anjo, fada, moeda
mágica, etc.

Tabagismo
-é um hábito vicioso grave, sendo depois do álcool, a segunda droga que mais vicia! A
nicotina tem um poder enorme de vício orgânico. Bem diferente da maconha que o vício é apenas
psicológico, ou seja, seus efeitos é que trazem algum “benefício” ao usuário como calma, cabeça
lenta, ficar completamente “out”. O usuário fica viciado nos quesitos que a droga traz, mas a
mesma não traz vício ao corpo. Já com o cigarro, a coisa é bem pior! Ela vicia o organismo, que
passa a pedir a droga!

- é importante saber, que é muito difícil de se livrar do cigarro. Recaídas são comuns.
Além disso, seus usuários não veem o mal que faz. Já foi visto em pesquisa, que um em cada
dois fumantes morrem dos efeitos nocivos do cigarro. Entre eles estão o câncer de pulmão, os
enfartos, e os AVCs, pois o cigarro vai destruindo as artérias que irrigam nosso corpo. E ao longo
do tempo, causam tromboses ou ajudam a fazer um “bom câncer”.
- a nicotina vicia o corpo, basta iniciar o uso do cigarro, e após apenas dois meses de
uso contínuo, que seja uns poucos cigarros por dia, já estará preso no vício orgânico! Por isso,
o cuidado em mostrar ao seu paciente que ele não domina o tal vício, que fumar só um
“cigarrinho” vicia e muito!

- assim cuidado, bastam 2 meses de tabagismo para ficar viciado!

- muitos pacientes fazem uso do cigarro para se livrar da ansiedade. Eles dizem que
parece ajudar a acalmar. Outros dizem que é bom para pensar. Outros dizem que fumam mais
quando saem e bebem com os amigos. Mas qualquer que seja a desculpa para fumar, é bom
saber qual é o motivo, qual é o gatilho disparador do fumante. Sabendo disso, você pode montar
hipnoses que que façam o gatilho disparador desaparecer...algo que acalme, o que faça pensar,
ou que deixe a pessoa mais forte para não fumar quando for beber!

-deprimidos sentem muito bem com a nicotina, isso é fato. Por isso, é preciso medicá-
los quando for tratar de tabagismo. A nicotina acelera a mente, então precisam de remédio para
depressão. A nicotina aumenta a liberação de dopamina que acelera o cérebro, faz pensar
melhor, faz ficar mais desinibido. Viu só porque um deprimido fuma?

- O uso de Bupropiona (Ziban/Wellbutrin/Zetron/Bup) para aumentar a dopamina no


cérebro, pode substituir o cigarro. Assim , usamos estes medicamentos antidepressivos em
casos de tabagismo. O único cuidado é que essa droga , a bupropiona, não deve ser usada em
pacientes bipolares sem medicação moduladora de humor. Pois podem aumentar o limiar de
dopamina e criar uma crise de mania ou hipomania.
-Champix – é um novo remédio, mas causa uma série de efeitos nocivos ao organismo,
tem que se parar de fumar em 8 dias! Além disso precisa ser bem monitorado pelo pneumologista
que o prescreveu.

Algumas questões importantes:


Porque fumam ?
Para parecer gente grande?
Para se esconder atrás do cigarro?
Para sentir-se mais seguro?
Para ficar menos tenso?
São deprimidos?
O Problema é que a nicotina vicia rápido!
A nicotina tem um efeito antidepressivo...

Quando se para de fumar a pessoa se sente irritada ou deprimida. Veja se isto está
ocorrendo.

Ver qual é o nível do tabagismo, pois você pode trabalhar em cada um destes níveis
conforme a causa:
-nível orgânico: nicotina vicia! É depressão? Ou é tensão? A pessoa usa para aliviar, ou
acalmar?
-nível do hábito em si :colocar vírus no padrão ou ver qual é o padrão do comportamento
do usuário.
-nível simbólico: fumar para descansar ou para não ficar só e pensar.
-nível emocional: qual emoção está por trás?
-nível sistema familiar: há mais casos na família?
-nível de interação : fuma para judiar do marido? Para enfrentar o pai?

Hipnoterapia
-a pessoa quer um milagre?
-quer parar de uma só vez? Ou não dá conta?
-injetar vírus no padrão: marcar cigarros , por as guimbas num saco zip, queimar o retrato
de um filho ao fumar um cigarro, beber um copo de água antes de fumar, etc.
-fazer induções hipnóticas como:
- ar azul que limpa;
- banho de despoluição, limpeza, nuvens no céu, floresta que limpa da poluição,
- Símbolo do desejo de fumar e símbolo do desejo de parar
-fumar oxigênio que limpa as emoções negativas, tragar o ar azul e soltar as toxinas dos
sentimentos...
- lugar seguro, luz curativa, escudo de luz protetora;
-induções que acalmam; relaxamento e boas lembranças.
- sugestões pós hipnóticas de bem estar, de limpeza do corpo, da nicotina, da saúde
física!

Indução nos moldes de Jeffrey Zeig:


- pedir cinco desculpas inteligentes para fumar! Parece impossível! Algo bem
interessante, pois coloca o fumante a pensar o que o cigarro faz de verdade com quem fuma.
Não há desculpas inteligentes para fumar!

- completar a frase : eu sei que eu posso, porque. Peça umas frases que você usará
mais a frente durante a indução.

- dar tarefas para quando for fumar, logo depois das desculpas inteligentes. É como
colocar o paciente num “cheque mate”. Pense aí...vale a pena fumar mesmo?...e então, peça
alguma tarefa bem esdrúxula, como guardar as guimbas do cigarro num saquinho zip log e deixar
em sua bolsa, limpar cinzeiros, fumar o cigarro só até a metade, beber água antes de fumar,
pagar um dinheiro para o partido ou time de oposição ao do paciente, etc.

- depois pergunte ao seu paciente quantos % dele quer parar de fumar? Anotar a
porcentagem... E dizer assim de passagem: é como uma parte ainda criança que você
tem...depois vamos trabalhar com isso!

- faça uma indução nas nuvens, respirando oxigênio puro...peça que possa sentir bem o
oxig6enio, que respire calmamente...

- então conte uma estória... a mãe com uma criança no colo, tentando distraí-la do
desejo de se levantar e pegar balas no baleiro enquanto estão numa repartição pública,
esperando a vez de serem atendidas... a mãe tentando segura-la firme com x% da força;
enquanto ela deseja sair do colo da mãe, com outro x% de força...e quanto mais a mãe a força
a ficar quieta sem ir ao baleiro, mais forte ela fica em comparação a força de sua mãe. Pois
quanto mais ela quer, mais é impedida, mais força ela faz e fica com mais vontade...então se
mostra à mãe que pode distraí-la cantando, brincando , e a criança pode ficar longe do baleiro!
Uma analogia à vontade de fumar...quanto mais se quer, pior fica! O que se deve fazer é se
distrair...isso é a sugestão embutida nessa história!

- contar a metáfora da Maria Fumaça, a historinha do trenzinho que subia e descia


montanhas cantarolando com seu apito...eu sei que eu posso, eu sei que posso...eu sei que eu
posso, eu sei que posso, colocando as frases que o paciente falou para você durante a
entrevista...e devagarinho lá vem a montanha e a dificuldade, e coitada da maria fumaça lá
dizendo devagar...eu sei que eu posso...eu sei que eu posso, completando com as frases do
paciente...e de repente lá vem uma boa ladeira e maria fumaça apita!!!...eu sabia que podia!...eu
sabia que podia!!! Huhuhu!!!

Essa pequena metáfora finaliza a sessão de hipnose deixando-se o recado em sugestão


pós hipnótica que pode ser difícil no começo e ter que fazer muito esforço, mas depois que
conseguir ficar sem fumar, você também irá dizer: “eu sabia que podia!”

Essa é uma excelente sessão de hipnoterapia, que resumi aqui, pois vi Jeffrey Zeig
fazendo com uma paciente num congresso em São Paulo nos anos idos de 1994. Por muitas
vezes, já usei do mesmo esqueleto, encaixando as frases do paciente, contando a história da
mãe e seus x%, onde ela perde toda sua força, quando obriga a criança a fazer o que não quer.
Melhor mesmo, é ensinar a parte infantil que podemos distrair a vontade de fumar com alguma
coisa.
Como é o segundo vício mais difícil de se parar, lembrar dos AA ( Alcóolatras Anônimos)
que dizem só por hoje... no caso, NÃO FUMAREI! E assim, dia a dia, depois de dois meses você
estará livre do hábito e da nicotina.

Mas qualquer tentativa de fumar de novo, é provável que o fumante volte a fumar!
Lembre sempre a ele, deste risco grande!

Lembrando Dr. José Feldman, renomado pneumologista e professor da UFMG, ele dizia
que um fumante pode ou não morrer de câncer de pulmão. Que fumar não quer dizer que terá
um câncer de pulmão, pois muitos não fumantes também o tem. Mas que infelizmente, é certo
de todo fumante terá enfisema! Esta doença virá com o tempo, ela é uma doença que vai
“endurecendo “ a musculatura em volta dos alvéolos, a região, vai se enrijecendo, e o fumante
passa ter muita dificuldade de inspirar. Aos poucos, ele precisa ir ao hospital para usar o
xoig6enio pressurizado, e depois nem mesmo assim haverá saída. Essa é uma das mortes mais
sofridas que existe, por falta de ar!

Conte isso ao seu paciente fumante...

E por falar em Dr. Feldman, seu filho, o famoso jornalista Boris Feldman, que brincamos
de chama-lo na intimidade, de Boris Freudman, com suas boas tiradas, diz que uma boa
definição de cigarro é ter de um lado uma brasa e do outro, um bobo!

Fica a sugestão de que viver a vida saudavelmente, não combina com cigarro!

Em alguns pacientes, será suficiente uma única sessão, pois eles veem completamente
motivados a parar de fumar. Enquanto, para outros você terá que fazer inúmeras sessões e
talvez, não encontre sucesso. Esse paciente, de verdade, não quer por hora parar de fumar.
Aconselho que faça apenas quatro sessões, se ele não parar nestas sessões você deve desistir
do caso. Será um fracasso do paciente e não seu! Pois você corre o risco dele dizer que você
não sabe fazer um paciente parar de fumar com a tal “hipnose”!

No mais , desejo todos muita coragem e muita motivação!


Desejo o mesmo, quando for tratar de obesidade, alcoolismo e drogas em geral!
E por falar nisso, veja a seguir:

ABUSO DE DROGAS

Esse é um problema sério, envolve a questão da oralidade, como o próprio


Freud já dizia essa é fase mais precoce do desenvolvimento, ficar presa nela é mal sinal. Portanto
mais difícil de tratar. Todo sintoma que passa pela oralidade tem um ganho secundário enorme.
Os pacientes “se alimentam” de algo a mais que não é afeto através destes hábitos ( comer,
beber, fumar, se drogar). Estão preenchendo um afeto que não foi dado adequadamente, ou que
precisam ainda do seu “objeto transicional” para se acalmarem. Geralmente fazem uso de
alguma subst6ancia ou comida que possa encher o buraco vazio do amor, carinho ou afeto não
preenchido adequadamente.

Mas vamos nos basear, nas doenças psiquiátricas que acabam levando a ansiedade ,
depressão, tiques nervosos, entre outras coisas mais. Todas elas levam a busca de algo que
acalme! E aí, a pessoa procura por uma “droga calmante, ou excitante” dependendo do problema
em questão.

Uma vez que se faça uma vez, as chances são grandes de se fazer novamente, nestes
casos de ansiedade ou depressão. Lembrando sempre que basta fazer uma vez para algo se
tornar um hábito.

Por isso, assim como a pessoa é capaz de criar um hábito fazendo uma primeira vez,
usamos do mesmo princípio para dizer que, ela também pode criar um NOVO HÁBITO, fazendo
algo novo pela primeira vez!

Aqui temos uma mistura de ansiedade, insegurança e depressão. A droga para acalmar,
a droga para substituir a droga de vida. Um pouco de insegurança gerada por uma infância numa
droga de família que não gerou apoio. A droga alivia um pouco da depressão, não foi
estabelecida uma boa relação de objeto. Pouco amor, pouco carinho, não houve algo que
pudesse sustentar essa pessoa.

O drogadito é um fugitivo da droga de vida que ele tem em seus relacionamentos,


em sua vida cotidiana, tudo feito pelo mesmo motivo: ansiedade ou depressão! Ele se torna mais
corajoso que o suicida, quer matar essa vida de droga que ele leva, mas para isso usa uma outra
droga de alienação. Sai de uma droga de vida, cai numa droga de vício! E o ciclo continua...ele
fica ali parado, alienado em sua droga de vida, se drogando, ou se matando aos pouquinhos, ou
tentando matar a vida ruim que lelé leva.

Os vícios variam conforme a necessidade de fuga do sujeito. As bebidas


alcoólicas são usadas por aqueles que anseiam um mundo ideal, livre de conflitos, e com maior
contato íntimo com as pessoas. O álcool é um bom ansiolítico, acalma, aliene, deixa a pessoa
mais soltinha e corajosa. Mas tem que se beber cada vez mais para se ficar menos ansioso. Pois
o álcool é um grande dependente químico, o maior deles! Quanto mais se bebe, mais se precisa
beber. E é preciso aumentar volume de bebida, ou o teor alcóolico das mesmas.

Mas infelizmente, como o cigarro a bebida se pode comprar no supermercado, no bar,


fica muito fácil viciar! Para piorar, são as duas drogas que mais viciam, são aceitas socialmente,
e o vício se torna algo quase natural...todo mundo bebe! Todo mundo fuma! “Vício branco”! Que
pena! Pois o álcool e o cigarro viciam mesmo!
No caso do álcool, gera um grau de intoxicação e também uma dependência física. O
álcool faz o mesmo processo que a maconha, acalmar o cérebro. Porém, anestesia e provoca
amnésia em muitos casos, além de diminuir os reflexos e o discernimento entre certo e errado.
Daí os acidentes de automóvel. Além disso, o alcoolismo isola a pessoa ainda mais, trazendo
maior grau de tensão, tristeza e mais depressão. Tiram-no do mercado de trabalho, da vida
familiar.

A maconha é usada por aquela pessoa que é ansiosa e quer se acalmar. Ou


pelos garotos com TDAH que ao fumarem um cigarrinho de maconha se dizem mais
“inteligentes”! Isso já é diagnóstico, quando o jovem que fuma maconha diz isso, você já sabe
que ele tem uma déficit de atenção e hiperatividade. Essa droga aumenta o nível de dopamina
no cérebro e faz que que o que sofre de falta de dopamina, sinta-se mais ligado e inteligente. O
contrário daquele que usa maconha e fica “lesado”, este o faz pra ficar calmo, ou simplesmente
pra ficar aéreo e mais criativo. Muito usado pelos artistas para criarem seus projetos.

A maconha é semelhante ao álcool, a pessoa também tenta fugir dos problemas e


conflitos forjando uma situação agradável. Mas é sempre um alienação, uma dissociação, não
resolve os problemas. Lembrando que está lesando o cérebro, uma irritação irreparável, que ao
longo do tempo, mata os seus neurônios.

O haxixe, a parte ruim da maconha, um pouco pior que a mesma, elimina a dureza da
vida e a nitidez dos seus contornos. Tudo se torna suave. Usa-se nos mesmos intuitos que se
usa a maconha. Um pouco mais barata.

No caso da cocaína, o sujeito quer poder, quer controle, excitamento. Ela


aumenta bem os níveis de dopamina no cérebro, ficando mais esperto, inteligente e rápido de
raciocínio! Mas destrói uma pessoa em apenas dois meses de uso ininterrupto! Cuidado, muito
difícil de se tirar alguém deste vício sem ajuda hospitalar para substituição da droga. Há
necessidade de isolamento, para que não se busque a mesma. Há também necessidade de se
medicar com drogas mais brandas para acalmar o cérebro, pois a mesma causa grave crise de
abstinência com convulsões, dores físicas, câimbras. O mesmo acontecem com o alcoolismo
avançado.

A cocaína tem efeito oposto ao álcool e à maconha. Ela melhora bastante o desempenho,
e por isso dá a falsa idéia de alcançar o sucesso facilmente. Aumenta violentamente a
capacidade criativa. Ela é muito usada no meio artístico ou no meio dos empresários. Revela
uma fome de amor, revela a necessidade de se sentir poderoso. É uma droga comum nas
pessoas tímidas, que necessitam de algo mais para poderem aparecer. Mas, infelizmente, causa
grande toxicidade e dependência química. E pouco tempo depois, já não funcionam mais os
estímulos que outrora funcionavam. O usuário ficará viciado fisicamente, necessitando usar a
mesma, sem ter mais os efeitos que antes conseguia, Muito triste!

A heroína possibilita a fuga total do confronto com este mundo. É a droga mais
poderosa de toas, mais cara e usada quando a cocaína já não faz mais efeito. Bem pior, causa
os mesmos efeitos que a cocaína, além da dependência física também.

Há também as drogas psicodélicas como o LSD, mescalina, chá de cogumelo.


Elas apenas excitam o cérebro, causando alucinações temporárias. Por trás do uso dessas
drogas, oculta-se o desejo de experimentar estados alterados de consciência. Elas não viciam,
você pode viajar de acordo com seu astral. Alguns pacientes dizem que tem um efeito de
viajarem na droga por vezes, apos seu uso, em dias posteriores. Isso não é raro.

Podemos promover tudo isso através da hipnose, sem droga alguma.


Relaxamento, calma, vitórias, ações produtivas. E isso é que importa para tratarmos dos
pacientes drogados. Nós podemos dar a eles viagens de volta à sua terra natal, viagem a seu
estado de centramento, de tranqüilidade, de amor próprio, de dar conta das coisas.

Podemos observar que as pessoas que usam álcool, cocaína, têm comorbidade
com psicopatologias como: distúrbio bipolar, depressão maior, distimia, hipomania, e até mesmo
alguns casos de psicose. Muitas vezes, precisamos contar com medicações psiquiátricas, na
ajuda da contenção da ansiedade e da depressão, na retirada dessas drogas, além do que
protegem da síndrome de abstinência.

Sabemos que os remédios são apenas um apoio em alguns casos, como uma
muleta. Tão logo o sujeito melhore, as muletas serão retiradas. Mas se sofrem de alguma doença
psiquiátrica é melhor que continuem com a medicação que auxiliou a saírem deste quadro de
drogas.
Com a hipnoterapia, procure dar ao sujeito a possibilidade dele próprio criar vida nova,
sem ser a droga de vida. A hipnose funciona como uma fuga saudável, agora não mais como
uma alienação. Desta vez, é voltar do exílio em que o sujeito se colocou, é sentir a si mesmo, é
ver o grau de tensão, alienação, e buscar o retorno àquilo que você realmente deseja ser, não o
que você deve ser.
Nestes casos de abuso de droga, veja qual a droga, veja o que a pessoa busca,
veja qual a metáfora que esta pessoa faz para estar usando determinado tipo de droga. Veja se
o que dispara a vontade fumar, usar cocaína, maconha ou álcool e querer ficar lesado, calmo,
ligado, aceso... Dependendo do gatilho disparador da droga, você saberá o que deve fazer em
hipnose para tirá-lo desta droga de vida.

Se ele usa droga para se acalmar, use relaxamento progressivo, lugar seguro, escudo
de luz protetora, subir nas nuvens, limpar pensamentos negativos.

Se ele usa droga para ficar ligado, faça projeção de futuro, limpe as crenças limitantes
antes com regressão e Bert Hellinger. Crie um cartaz com metas e com seus desejos futuros.
Se ele estiver fugindo da vida ruim, ajude-o a ver perspectivas de futuro, ajude a ter
metas. Planeje futuro, limpe passado e crenças.

Agora, veremos alguns exercícios que podem ser praticados com essas pessoas
em geral:

1o) A limpeza da ansiedade – Tratamento limpeza vocês já aprenderam em


vários cursos. Respiração, ar azul, relaxamento progressivo, lugar agradável, a parte sábia, a
cor, o símbolo do sintoma, o símbolo do recurso. Limpeza e desintoxicação com banho de
cachoeira, banho de luz, escudo de luz protetora. Limpeza através da regressão e de Bert
Hellinger para pedir permissão para ser feliz. Visualização de futuro, criar metas, cartazes do
pensamento positivo. Tudo isso você também pode empregar como tratamento limpeza.

2o) Tratamentos de cura – Ver que processo psicopatológico faz comorbidade


com o uso e o abuso das drogas. Se existe uma depressão, trabalhe com a depressão e não
com a droga só. Se existe uma comorbidade com um distúrbio hipomaníaco, perceba como lidar
com uma pessoa hipomaníaca, lhe dê atividades que lhe façam bem. Além da medicaçãoo
adequada. E assim por diante, em quadros de alguma psicopatologia, sempre psicoeducação e
medicação adequada. Além disso os exercícios de hipnose acima citados.
Veja se essa pessoa sofre de fobia social, trabalhe com a fobia social. Veja se
essa pessoa sofre de ansiedade, e veja quais os primeiros momentos de ansiedade na vida do
sujeito. Trate com regressão, apadrinhamento e liberação para se ter uma vida mais feliz.
Portanto, para tratamento cura, utilizaremos: emoção, regressão, reconstrução
da história de vida, tratamento das feridas antigas, projeção para o futuro de uma vida melhor.

Sempre que estiver trabalhando com abuso de drogas, é preciso lembrar que
esses tratamentos necessitam uma colaboração familiar. Muitas vezes internamento, ou hospital-
dia. Mas, de qualquer maneira, encaminhá-los a grupos de ajuda como alcoólatras anônimos,
grupos de terapia de comunidade, seria muito interessante. E também o trabalho com a família,
com a ajuda de toda a família.

ALCOOLISMO e DROGAS

Dentro da perspectiva ericksoniana, existem quatro itens que precisam ser


trabalhados na fase de tratamento com o alcoólatra ou drogado. Quando vem tratar, ele não
considera que tenha um problema, normalmente há uma grande negação do próprio dilema e droga
adição. Então, é preciso trabalhar a motivação, a necessidade da terapia e ver por onde você pode
pegar esse paciente. Na maioria das vezes ele vai negar que bebe muito, ou que usa muita droga.
Então, não pegue pela bebida, ou uso de droga, procure outros aspectos que possam ajudar, como
a vida isolada, a falta de trabalho, perda da família, perda de dinheiro, algo que ele valoriza e vem
perdendo.

Dentro da abordagem para alcoólatras drogados, baseadas nas técnicas do


Milton Erickson, podemos dizer que temos quatro fases primárias para o tratamento. A primeira
fase seria determinar o contexto do problema. Por exemplo, o (...)*, a confiança, os acordos de
segurança e a motivação do paciente.

2o - Desestabilização do sistema que a pessoa vem tendo. Por exemplo, utilizar


confusão mental, exacerbação do abuso da droga, interrupção do padrão que ela faz.

3o - Transformação do sistema. Por exemplo, utilizando metáforas, histórias que


ressignifiquem, utilizando tarefas que possam ajudar essa pessoa durante o trabalho, a
transformar a maneira que ela utiliza a droga.

4o – Consolidação dessas mudanças. Continuar a dar tarefas para casa, passos


para o futuro, auto-hipnose, que possam ajudar a pessoa a poder se tratar.
É claro que essas fases do tratamento não ocorrem sempre mesmo nessa
ordem, os passos se sobrepõem, e o mais importante é que o terapeuta possa adaptar o
tratamento às necessidades de cada cliente e seguir os passos na seqüência certa.

Contudo, em geral, é mais importante seguir os passos devagarinho, que foram


citados anteriormente.

O que precisamos mais saber sobre os casos de alcoolismo ou de drogas, é que


eles são de difícil tratamento, têm recaídas, necessitam do trabalho comunitário, da ajuda do AA
por exemplo, ou de uma internação.

Nós precisamos lidar com as recaídas e com as crises, porque elas são naturais no
tratamento. Milton Erickson costumava inclusive prescrever pequenas recaídas para que a
pessoa não se sentisse como fracassada, e sim que ela pudesse trabalhar, através de seus
fracassos, uma renovação da sua vontade. Ver quando tinha um gatilho que disparava de novo
a vontade de usar a tal substância, isso ajudar a fazer essa pessoa entrar num pequeno transe
nessa horas e poder se distrair do uso da substância. E aos poucos, ela prende a viver uma vida
mais saudável!

Obesidade

Um dos trabalhos mais cansativos e difíceis de se fazer. O resultado não é dos mais
promissores. As recaídas são constantes. Os pacientes já foram a muitos médicos, a muitos
nutricionistas e como sempre, buscam por um milagre! Já fizeram inúmeras dietas, e sempre
voltam a estaca zero. Por que? Porque comer é uma das coisas mais gostosas de se fazer!
Comemos para celebrar tudo! Nascimento, casamento, aniversários, encontros, tudo! Quem não
gosta de comer está doente! Assim, pelo culto da comida temos um enorme inimigo nesta jornada
do emagrecer. Precisamos ensinar que não é ficar sem comer, mas COMER
SAUDAVELMENTE!

Quando nos procuram, pensam que hipnose será o próximo milagre. Esse é o grande
erro. Precisamos ver porque essa pessoa come muito, que tipo de comida ela come mais. Se ela
só belisca o dia inteiro ou se faz grandes refeições. Todos os detalhes são importantes sobre o
hábito de comer. Se gostam de doces, ou chocolates, se preferem comida salgada, que horas
comem mais. Se estão tristes, ou mais ansiosas quando comem mais. Se comem mais a noite,
etc.
Tudo se torna importante nessa lida com a obesidade. Os obesos não percebem bem
quando comem. Eles apenas comem muito e só! Outros nem comem tanto assim, mas tem um
metabolismo muito lento, ou sofrem de hipotireoidismo, que desacelera o mesmo.

Quando vier algum paciente obeso, ajude a ver o que há por detrás deste problema. Não
dá para sair pedindo que coma menos, isso não vai dar certo. Os outros já o fizeram. Precisamos
propor uma terapia, isso sim. Aí poderemos acalmar, tirar a ansiedade, a depressão, regular a
medicação, ou indicar para um psiquiatra que o faça, caso você não seja psiquiatra.

Por detrás dos quadros de compulsão alimentar é bom procurar se há depressão, ou


transtorno bipolar, ou só ansiedade.

A obesidade pode ser apenas um sobrepeso após alguma acontecimento, como casar,
ter filhos, mudar de cidade, entrar na menopausa, ou ter tido uma grande decepção amorosa,
sofrer um abuso sexual. São todas causas de sobrepeso.

Há também os casos de obesidade mórbida, onde tudo começa desde cedo, uma
compulsão desenfreada para comer! Nesses casos, precisamos ajudar com antidepressivos,
moduladores de humor entre outras medicações que diminuem o apetite e não anfetaminas como
bupropiona e topiramato. Bons coadjuvantes nesse seara.

O fato é que precisamos fazer um bom rapport e dizer que para tudo há solução! Mas
que precisamos mudar tantas coisas, que precisamos aumentar a auto estima, e trabalhar com
a ansiedade, a depressão e muito mais. Vamos com calma, pois este santo é de barro! Devagar
e sempre, muita terapia, muito cuidado, muito carinho e paciência!

Estes pacientes são carentes e precisam do nosso afeto e da nossa permissão para
terem recaídas e sair do regime. Observe o que fez ter recaída. Se foi alguma decepção, se foi
ansiedade, se for depressão ou se foi o vício mesmo. Diante do fato que desencadeia as crises
de comilança, agiremos com a terapia sob medida. Jamais trabalhe apenas para que essa
pessoa emagreça. Será fatal o erro! Pois sempre há algo por debaixo desse sintoma.

Hipnoterapia:
- conhecer bem a história do paciente;
- ajuda-lo a vencer os obstáculos;
- Dieta, devemos trocar este nome por reeducação; ensinar a fazer dieta;
ver em que ponto esta pessoa para; quais são suas dificuldades; o que ela não gosta e
o que gosta de comer; psicoeducar!
- Tem muita ansiedade? É deprimida? Tem alguma outra patologia? Se
tem algumas dessas citadas, encaminhar ao psiquiatra que vai ajuda-lo nesse
tratamento;
- Tem crenças limitantes? Foi abusado sexualmente, precisa se esconder
num corpinho pouco sensual? Separou-se a pouco? Foi traído? Veja se há alguma
questão que trouxe uma crença de que não ser atraente. Isso poderia prejudicar o que?
Trabalhe estas questões com regressão, Bert Hellinger, visualizações do futuro, metas,
cartazes, Psicologia Positiva, relaxamentos antes das refeições;
- Induções de visualização do futuro se vendo mais magro, vendo sua
tabela de metas, vendo as comidinhas ligths e saudáveis, vendo comendo e saboreando
o novo, se vendo praticando exercícios aeróbicos. É como uma projeção de futuro;
- Metáforas como da borboleta, daáguia que vivia como galinha;
- Em muitos casos será necessário trabalhar resistências do paciente, que
tem algum ganho secundário que vocês dois juntos vão descobrir e rever os valores.
Enfim, o que é mais importante para essa pessoa;
- Outro detalhe importante, mobilizá-la a fazer esforço! Sem fazer algum
sacrifício não chegará lá! Mas valerá muito apena! Portanto negocio, alguns meses de
dieta, se falhar, não há problemas começa-se logo depois a seguir novamente o mesmo
esquema. Veja a falha, onde foi? O que disparou o gatilho do comer? Que emoção
estava presente?
- Trabalhar recaídas sempre será necessário, um gordinho, precisa de
muito tempo para aprender a ter hábitos saudáveis.
- E sempre finalizar cada sessão com sugestões pós hipnóticas de comer
menos e mais saudavelmente, em menos horas de jejum, comendo a cada 2 ou 3hs
pequenas porções saudáveis de comida. Sugestões de que devagar se chega mais
depressa;
- Tarefas aos que aceitam como: caminhar mais, fazer algum exercício,
fazer um diário do se come; passar creme no corpo antes de comer; se olhar no espelho
depois do banho antes de comer, fazer uma oração antes de cada refeição, fazer apenas
um prato onde ½ será de legumes e verduras, e da outra ½ será dividida em 30% de
proteína( carne branca ou peixe) e 20% de carbo-hidrato de um só tipo.
Existem técnicas de hipnose mais clássica, como as de sugestão direta. Não acredito
nelas pura e simplesmente! Serão como uma dieta prescrita...fogo de palha!

A pessoa já tem dentro de si, um sistema de crenças, hábitos já arraigados, porque


largaria só porque propôs um balão hipnótico, se até mesmo com as cirurgias bariátricas , ela se
auto engana.

Veja que é preciso além do balão hipnótico ou de outra técnica diretiva, usar dos
problemas que o seu paciente traz, para poder ajuda-lo ater a força que precisa nesse primeiro
momento.

E como já disse, cada caso será único, mesmo que todos deem trabalho, alguns você
vai conseguir que o paciente emagreça, outros não.

Anorexia

Acomete mais as mulheres, 9 mulheres para cada um homem. Eu nunca vi um homem


anorético. Já vim sim, homens muito magros, mas aqueles que se enquadram neste diagnóstico
nunca!

A anorexia é uma patologia psiquiátrica e psicológica, onde a paciente apresenta um


quadro de desnutrição grave, uma rejeição a comer qualquer. Ela tem a percepção errada de si
mesma, se vendo gorda ao se olhar ao espelho, mesmo estando pele e osso apenas. E ainda
afirma pegando nas peles que restam dizendo, olhe como eu estou gorda. Acomete meninas pré
adolescentes e adolescentes.

Pode levar a morte, caso não seja cuidado a tempo. A desnutrição pode ser tão violenta
que a pessoa não suportaria ter uma gripe forte. Podem ficar amenorreicas, sem menstruação
devido ao grau de desnutrição, o corpo já responde impedindo-as de poderem engravidar ou de
perder algum sangue que seja, menstruando!

Essas garotas tem alguma dificuldade a nível psicológico com o ser mulher adulta,
engravidar, fazer sexo. Ainda são meninas, que não podem crescer. Podem ter algum problema
direto com suas mães ou apenas ser parte de um quadro depressivo que virá se manifestar um
pouco mais a frente.
O que importa é que você possa ver a origem desse mal. Qual é a dificuldade dessa
menina mulher. O que gera nela medo de s e tornar adulta, e engravidar, medo de engordar,
medo de fazer sexo, ou ela tem alguma proibição nessa área?

Muitas virão com crenças limitantes como: fazer sexo é coisa pecaminosa, ou suja;
engravidar é coisa de mulher vadia; homem não presta, melhor ficar longe deles; etc. Veja,
porque ela não quer engravidar ou fazer sexo. Lembre-se que é por esse motivo que ela não
quer se tornar atraente, cheia de curvas. Pois homens gostam de mulheres que têm “curvas”,
que possam gerar bons filhotes!

Elas normalmente tem um perfil infantil. Não são mulheres ainda. Elas negam essa parte
do crescimento. Preferem ficar mais antipáticas, amis magras , menos atraentes do que correrem
o risco de arrumarem um homem perigosos em suas vidas.

Resumindo, anorexia tem haver:


-sexo feminino;
-adolescência;
-se vê gorda numa distorção de imagem;
-menina que não quer crescer por alguma defesa;
-medo de engravidar?
-dificuldade de relacionamentos;
- demonstra agressividade;
-depressão?
-dificuldades com a mãe...possivelmente.

Bulimia
No caso da bulimia, que é o comer compulsivamente, vemos também que acomete muito
mais mulheres que homens. Que também é uma questão de imaturidade sexual. A mocinha já
aceitou a idéia de ser mulher, mas continua com medo de sexo, de engravidar, de ter que viver
de forma adulta. Ela fica no meio do caminho. Geralmente não são gordas, estão apenas com
um leve sobrepeso, quando o tem.

Elas tem um jeito de mulher, mas ao começarem a falar se percebe a infantilidade já na


voz. Elas conversam como se fossem menininhas. Voz infantil, num corpo de mulher. Homem
não tem atração por esse tipo de mulher. Eles querem na dança do acasalamento, uma boa
mulher que possa de verdade copular e fazer filhotes; além de cuidar bem dos mesmos. Estas
ainda não estão preparadas.

A problemática pode esconder um quadro depressivo, e em ambos os caos, tomar


medicação antidepressiva ajuda a sair deste quadro!
Resumindo a bulimia:
-sexo feminino;
-jovens adultas;
podem vir acompanhada de “purgação, isto é, comer e vomitar em seguida, ou fazer
horas seguidas de ginástica. Isso é muito comum;
- ver se tem depressão;
-medo de fazer sexo;
- são simpáticas, ao contrário das anoréticas, essas já atraem seus parceiros coma
simpatia;
- mas ainda são meninas que não querem ou não podem crescer;
-dificuldades com a mãe?
-crença limitante que homens não prestam?

Tratamento de anorexia e bulimia:


-prescrever uma antidepressivo como a fluoxetina, pois não engorda, elas aceitam
melhor;
-psicoeducação alimentar;
-psicoeducação sobre o a doença em si, o que a fez ter medo de crescer, explicar,
ensinar, que pode se tornar mulher.

Hipnoterapia:
- lugar seguro, ar azul, e técnicas de relaxamento para tirar ansiedade;
- regressão às cenas intoxicantes da infância, os medos, algum abuso, o
cena de ser molestada. Limpar tais cenas com regressão, técnicas psicosensoriais,
coerência cardíaca e PRI. Limpeza das toxinas em geral, em todas a s etapas de seu
desenvolvimento;
- técnicas baseadas em Bert Hellinger de permissão para ser feliz, mais
do que a mãe fora, caso essa tenha sofrido em seu relacionamento conjugal;
- técnicas de visualização de futuro, bela, linda e até mesmo em um
relacionamento sadio e com filhos se o desejar;
- sugestões pós hipnóticas de comer saudavelmente; quantidades
razoáveis ao seu bem estar;
- tarefas, caso seja necessário, como: comer de 3 me 3 horas, beber
bastante líquidos, comer saudavelmente um sanduiche, uma salada, etc.

Para finalizar este capítulo, desejo que você consiga conquistar o coração deste
paciente, que com muita coragem de amar você espere pouco deles, pois eles irão cooperar
apenas no princípio. Depois é necessário muita força e criatividade para ajuda-los. Pois quando
a tal “Maria Fumaça” do esforço começa a subir a montanha das dificuldades eles começam a
baixar a vontade de se curarem, alguns desistem , outros deprimem, outros se rebelam contra
você!

Nessa hora, os mais habilidosos terão alguma chance, se tiverem um bom rapport e
prescreverem a recaída como algo sinalizador e até mesmo, bom! Sim, nos avisa o que pode vir
sempre a atrapalhar o esquema de auto cura! Lembrar que o ser humano é programado com
este esquema de auto cura!

E assim, boa sorte a todos que vão passar por este desafio. Se por ventura, seu paciente
sumir, e não quiser se tratar, lembre-se que não é culpa sua! Algo maior impede esta pessoa de
se curar...e você não é nenhum santo milagreiro, apenas um bom terapeuta querendo ajudar
sempre...

9.Trabalho com Dor

Veremos a seguir, algumas dicas de como podemos trabalhar com a hipnoterapia em


caso de dor.

Dor Aguda:
Ocorre quando existe um tecido lesionado e o tempo da lesão é inferior a seis meses.
Quando o tecido se restabelece ou a parte lesionada é eliminada, a dor desaparece. Por
exemplo: queimaduras, apendicite, a fratura de um osso, machucados, etc.

Dor crônica:
Sua característica geral é que ultrapassa os seis meses de duração. No entanto, convém
estabelecer a diferença entre dor crônica chamada de maligna, e a dor crônica benigna. Pois
existem diferenças importantes na etiologia de ambas, e o controle terapêutico também
apresenta modalidades distintas.

A dor crônica maligna é similar a aguda já que também existe um mal orgânico, no
entanto, apresenta-se continuamente por mais de seis meses. Exemplo, um câncer com dores
terríveis, uma atrite.

A dor crônica benigna se caracteriza por uma longa história de tratamentos sem
sucessos que implicaram múltiplas cirurgias e medicação. Esta dor é qualificada de intratável,
tenaz, rebelde ou de difícil tratamento. Sua etiologia é imprecisa, e o pobre coitado do paciente
é enviado de um especialista a outro sem alívio dos sintomas.

A dor é um mecanismo do nosso organismo útil, para nos mostrar que há algo ali que
precisamos tratar. Mas existem situações em que a dor é inútil, porque já sabemos que existe
um tecido lesionado e que já esta sendo tratado.

Assim , sabemos que toda dor tem um significado real ou não, que querem nos dizer
alguma coisa e devemos procurar. Primeiro, pelo sinal orgânico desta dor.
E depois, caso não o tenha, o que essa dor quer dizer? O que ela te impede de fazer?
O que ela te obriga? Lembra-se do capítulo sobre doenças psicossomáticas, ela pode ter um
significado emocional. Uma forma de trava emocional.

Vem dizer algo que o corpo está querendo, mas que geralmente, não obedecemos. A
emoção é mais forte, ela sai pela dor.

Pode ser um medo, como a dor de barriga.

Pode ser uma raiva como a dor de garganta ou a dor de cabeça, até mesmo um intestino
enfezado!

Ao receber um paciente que sofre de dor crônica precisamos ver alguns itens como:
- qual seu posicionamento físico, muitas dores são geradas pela má
postura, ou por movimentos repetitivos. Isso não é emocional , é físico mesmo!
- Se há alguma coisa que irrita essa pessoa no dia a dia , em seu trabalho,
em casa;
- Se há medos;
- Se há raiva guardada;
- Que tipo de sentimentos poderiam falar sobre essa dor?

Sempre devemos olhar o passado do paciente e ver alguns aspectos importantes como:
quando tudo isso começou, como estava a vida dessa pessoa nos antes da dor aparecer?

Geralmente, a dor é uma característica que vem falar de coisas escondidas, que a
própria pessoa não faz essa conexão. Mas ao se perguntar, ela pode ir agregando fatos e
entendendo o que esta dor quer dizer.

Muitas crianças, em tempos de dificuldade de aprender a ler ou na matemática, passam


ater dor de barriga, nos dias de prova. Ou terem dor de cabeça nos dias de aula. Essa dor tem
outro nome, e podemos ajudar a criança a descobrir o que de verdade essa dor quer dizer. Para
a criança a dor é real. Ela não faz a correlação da dor com o problema do medo das provas, do
teste oral, ou de não saber fazer o probleminha de matemática. Ela simplesmente sente uma dor
enorme que a impede de comparecer a e escola. Cabe a nós terapeutas sermos detetives do
amor, e buscar a causa que se esconde atrás daquela dor!

Assim, também acontece com adultos, que sofrem de dores crônicas, escondendo de si
mesmos problemas emocionais, que se parecem insolúveis.

Vamos lá, buscar o que essa dor impede o seu paciente de viver bem!

A dor pode ter vários níveis:


1- O Nível orgânico ou físico
É o que tem a ver com a lesão de algum tecido.
É o que acostuma ter mais peso na dor aguda, enquanto os outros níveis acostumam ter
mais relevância na dor crônica.
2-O Nível subjetivo
Tem a ver com vários aspectos. Um deles é o significado simbólico da dor. Por exemplo:
Para uma paciente com esclerose múltipla as dores incontroláveis no estômago significavam
para ela que o estômago ainda estava vivo, isto é, não afetado pela doença. Por isso, ao invés
de eliminá-lo, trabalhamos para que sua intensidade diminuísse a um volume tolerável.
O que a pessoa sabe ou acredita a respeito da doença e da dor, constitui o nível cognitivo
que é outro ponto que é muito importante trabalhar. Por outro lado, há uma tendência a etiquetar
de dor as sensações desconhecidas, por exemplo, o estreitamento da pele quando uma ferida
está cicatrizando.

Algumas vezes, a dor tem uma função na interação do paciente com outras pessoas
próximas ou com o médico. Por exemplo, queixar-se ou sentir dor, pode ser a forma aprendida
ao longo de uma história de doença ou como estilo familiar, para obter atenção ou para agredir
os sadios, provocando-lhes culpas. Se encontramos que esta presente este nível, teríamos de
trabalhá-lo desde o princípio, ao mesmo tempo ou antes dos outros.

3- Nível sócio-cultural
Finalmente, está o significado social e cultural de uma dor. Fala-se, por exemplo, das
dores do parto e não das contrações. Existe um medo generalizado de ir ao dentista.

Como devemos tratar uma dor? Dizem que não devemos eliminar uma dor, pois é um
sinalizador de que algo não vai bem, seja orgânico ou psicológico. Mas podemos e devemos
melhorar a mesma, diminuir sua intensidade. Podemos fazer isto através das hipnoses. Mas
antes, devemos entender o porque não podemos eliminá-las.

Existem algumas razões para isso:

É útil continuar percebendo a dor de uma forma tolerável, como indicadora do que esta
sucedendo no corpo. Continua sendo um bom sinalizador, de uma inflamação, fratura, hérnia,
etc. Até que o processo se cure totalmente.

Depois, é muito difícil eliminar uma dor completamente! Dizem que quando eliminamos
a dor por completo, a pessoa pode continuar com a atenção focalizada no lugar onde estava,
observando se volta a aparecer ou não. E se deixarmos uma dorzinha, ou um leve dolorimento,
a pessoa pode se distrair com outras coisas, sem fazer exageros com esta parte do corpo, que
no momento não deve se mexer demais.

Hipnoterapia:

Uso de símbolos de acordo com Dra. Teresa Robles:


1- Indução através de sensações;
2- Pede-se um símbolo da dor , símbolo A;
3- Descreva-o em detalhes;
4- Sentir a respiração;
5- Peça um símbolo de recurso para controlar a dor , símbolo B;
6- Descreva-o com detalhes;
7- Com a respiração, saudavelmente. (B) faça o que tiver de fazer com (A).
8- O que sente AGORA , onde ANTES estava a dor?
9- Pode se colocar algo colorido o dolorido como uma distração onde ANTES estava a
dor e já foi embora.
10- Treinar a pessoa para que evoque o símbolo dos recursos automaticamente,
sentindo a respiração.

Prescrever a evocação deste símbolo de 4 em 4 horas, de maneira preventiva


como se tomam os analgésicos e quando aparecem os primeiros sinais da dor, ANTES
de que ela venha. NUNCA DEIXAR QUE ELA CRESÇA, evitá-la antes que apareça.

Amplificação e redução da dor, técnica típica de Milton H. Erickson:


1- Deixe que essa dor apareça;
2- Preste atenção: na mesma e veja...
Qual é a intensidade da dor ? Como ela é? Formiga? Arde ou pinica? É cortante?
Em que região está?
Começa a aumentar seu tamanho, tanto quanto você puder imaginar,
intensidade, e todas as sensações que a envolvem, fique com isto...
Agora, deixe-a ir diminuindo até atingir o tamanho original.
Novamente a faça aumentar de intensidade... e depois, começa a se reduzir até
ficar como antes... e continua diminuindo até ficar só um ponto.
3- Quanto diminuiu ou desapareceu a dor?
Nessa modalidade você usou apenas do sistema cenestésico.

Você pode fazer o mesmo esquema com cores:


1- imagine sua dor como uma cor, ou uma luz colorida, ou uma tinta
colorida;
2- imagine agora a cor branca, ou a luz branca, ou uma tinta branca se
misturando ao tom da dor;
3- vai fazendo essa mistura e respirando confortavelmente...sinta que aos
poucos tudo ficou bem branquinho!
Nessa variação você mudou do sistema cenestésico para o visual.
Você pode contar metáforas enquanto faz este trabalho com seu paciente,
como: essa dor tem outro nome, o quadro da paz, o tomateiro, Jacinto que só
chorava, etc.

Esquema do trabalho com a dor crônica


1- diagnóstico médico e dos níveis da dor.
2- Trabalhar medos, tensão, fantasias e expectativas.
3- Treinar o uso da respiração;
4- Utilização de gravações
5- Fazer o escudo de luz curativa ou banho de água de cachoeira que
limpam, tira a dor;
6- Treinar auto-hipnose, por exemplo, para usar o símbolo dos recursos de
quatro em quatro horas;
7- Descobrir qual é a mensagem da dor, essa dor tem outro nome!
8- Sugestões pós hipnóticas de auto cura, de desintoxicação;
9- Traumas? Crenças limitantes? Será necessário uso de regressão, Bert
Hellinger e técnicas psicossensoriais como coerencia cardíaca, PRI, BSFF, TFT,
EFT, etc.
10- Visualizações curativas de acordo Gerald Epstein, em seu livro Imagens
que Curam, há inúmeras imagens que ele diz serem muito apropriadas para cada
tipo de dor crônica. Por exemplo: imagem do polvo se esticando no mar e se
alongando para artrite remautóide. Ou Uma onda do mar lavando com areia a região
da artrite. Recomendo e leitura deste bom livro!

Trabalho com metáforas é muito interessante quando se fala de dor, inclusive pedir que
seu paciente invente uma analogia a sua própria dor, ou a desenhe em um papel para você.
Você pode trabalhar só com metáforas com pacientes com dor crônica e ter excelentes
resultados. Enquanto trabalha conversando sobre a metáfora, peça que ele desenhe a dor...

Segue abaixo, um pequeno esquema:


1- Com conversa hipnótica revisar detalhadamente a dor com suas características atuais.
2- Pedir uma síntese histórica das mesmas características desde o início até hoje.
3- Evocar uma analogia e uma metáfora da história do problema, incluindo o desenho da
dor. Perguntar o que é que considera oposto a metáfora evocada, e pedir o desenho do que seria
seu oposto. Trabalhar utilizando a metáfora do paciente e modificando-a na metáfora contrária,
ou usando de ambas, mesclando, misturando, desmanchando, como der para fazer!
4- Fazer uma indução utilizando da metáfora do problema e da metáfora solução...

Em casos de cirurgias o que fazer?

Situações dolorosas previstas (tratamentos, cirurgias):

1- Trabalho com os medos, transformando-os em aliados...ter um pouco de medo é


natural, todo mundo tem, mas o que vai acontecer será bem cuidado pelo seu médico, que tem
muita prática nisso, seu anestesista cuidará bem de você, você terá toda medicação necessária
para não sentir tanta dor...

2- Trabalho com experiências similares prévias:


. As positivas são usadas como recursos;
. A negativas, para sugerir que esta é diferente;
3- Elaborar uma metáfora onde a intervenção e cada um de seus passos, seja visto como
parte do processo de mudança, de crescimento que a pessoa necessita nesse momento da
vida. Que os resultados serão muito bem vindos...

4- Oferecer informação sobre o tratamento, se for possível em conjunto com o médico


responsável por ele. Prever as sensações que podem aparecer, dar nomes a todas elas, como
sendo indicadores do processo de cura.

5- Propor que tudo o que suceder de agora em diante é um passo no caminho para a
recuperação completa da saúde (ver o que já se conseguiu e mais o que ainda falta).

6- Gravar um ENSAIO de todo o caminho, com palavras de proteção.

7- Ensaiar diferentes técnicas para controle da dor, lugar seguro, ar azul, escudo de luz,
passear na nuvenzinha, etc.

8- Explorar as possíveis complicações, de modo a Não assustar o paciente.

9- Utilizar os imprevistos que surgirem no processo...dizendo...e mesmo que surja algum


imprevisto, você pode com sua mente sábia, ficar calmo e tranquilo, deixando que os médicos
cuidem bem de você...seu corpo está todo tempo em processo de cura, ajudando a você ficar
cada vez melhor...

Com toda esta informação integrar uma indução para o momento (que pode ser
gravada), que inclua tudo o que foi visto anteriormente, várias técnicas de controle da
dor , como já disse anteriormente entremeada de sugestões para depois da intervenção,
como cicatrização mais rápida, seu corpo trabalhando a seu fazer, enxugando as células
de suas secreções, fazendo seu trabalho de regeneração celular o melhor e mais rápido,
sem inchaços desnecessários, e a dor somente aquela que vier para deixa-lo parado a
ponto de cicatrizar a ferida...e se houver algum pontinho de inflamação pouca dor
suficiente para avisar que há algo que precisa ser visto...e que seu corpo sabe guiar para
o caminho da recuperação mais rápido do que se imagina!

As sugestões para depois da intervenção podem incluir:


1- Ativar os recursos internos para conseguir uma boa e rápida
recuperação.
2- Manter a dor num nível tolerável que aumente no caso de
complicações, para que estas sejam atendidas.
3. Outras que reforcem a metáfora de crescimento.

Finalizando este capítulo, podemos dizer que manejar a dor é algo muito gostoso de se
trabalhar, principalmente se você incluir o lado lúdico da terapia, desenhos, mandalas, arte
terapia em geral.

10 - TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS

O Transtorno Dissociativo (TD) é uma desordem que requer paciência e muito cuidado
no tratamento. Ela é consequência de traumas da infância ou de adolescência. Na maioria das
vezes, abusos sofridos pelos próprios cuidadores, quando não seus próprios pai ou mãe.

No caso do TB (Transtorno Bipolar), inicia na adolescência, tem indicativo familiar com


depressão ou TB. No caso do TD, os pacientes têm uma história de abuso na infância ou na
adolescência. Abusos que podem ser: espancamento, palavras ofensivas, fome, ou estupro, etc.
Geralmente, os abusadores são os cuidadores como os pais ou educadores.
Por isso, sempre que um paciente com TD vem a consulta, ele teme que o seu novo
cuidador, o terapeuta, venha a lhe fazer mal como antes houvera sofrido. Na maioria das vezes,
eles ficam atentos a toda e qualquer ameaça de deslealdade, injustiça ou maus tratos. Assim, se
ele achar que o terapeuta não está dando a devida atenção irá ficar furioso, ou choroso.

É muito comum, estes pacientes arrumarem alguma discórdia por qualquer coisa, nos
consultórios de seus médicos e terapeutas por um motivo banal. Reclamam se não são atendidos
na hora, reclamam se houver mudança no horário de consulta, reclamam que seus remédios
derem muitos efeitos colaterais, inclusive coisas que jamais um remédio poderia dar. São
geralmente, muito chatos!

Cuidado! Pois basta um pequeno deslize da parte do cuidador, para se entrar para o rol
dos inimigos deste tipo de paciente. É preciso ter paciência e muita coragem de amar para cuidar
bem deste paciente. Ele testa o tempo todo seu amor por ele. É como se lelé quisesse ter certeza
que você não fará com ele o que o abusador fez no passado. Assim, num primeiro momento até
adquirir uma certa confiança tudo pode ser contra você!

Quando você tiver um paciente muito chato, que cobra tudo, pense na hipótese dele ter
sido abusado e sofrer desse transtorno. Claro que ele não é chato porque quer, coitado!

Tenha respeito e cuide bem dele! Caso você não de conta, indique para alguém que
tenha muita paciência e pode tolerar os ataques que ele fará certamente, na tentativa de ver se
a pessoa o tolera mesmo.

Chamam-se de Transtorno Dissociativo, ao distúrbio que causa uma dissociação na


personalidade da pessoa. Ela tem pelo menos duas partes de seu alter ego trabalhando para
protege-la. Uma parte muito brava, feroz, que não admite que haja qualquer tipo de injustiça.
Outra parte bem regressiva, que ao primeiro sinal de ser abandonada ou mal cuidada, o faz
parecer um bebê que choraminga por cuidados. Infelizmente, ele faz essas alternâncias sem
perceber. Ora furioso, todos o temem. Ora manso, chorão e dengoso pedindo ajuda. Podem
aparecer mais alter egos entre essas duas polaridades também. O trauma gera essa mudança
de caminho, de atitudes, para se defender daquele mal que um dia o fizeram. Por isso, nada
mais natural que se “camufle” num jeito bravo de ser, ou no contrário, como um beb6e que
necessita ser mais protegido.

É certo, que estes pacientes vão ter alguns traços psiquiátricos e podem apresentar
doenças nessa área como: depressão, alcoolismo, pânico, fobias, tiques, etc.

Como características marcantes têm:


- Oscilações de humor;

- Ora são rudes e agressivos (alter ego defensor);

- Ora são doces, amigos e desprotegidos (alter ego abusado);

- Sempre céticos e críticos em relação a cuidadores, inclusive o terapeuta;

- Podem apresentar pânico, fobia, depressão, agressividade, tentativas de suicídio,


abuso de álcool e drogas;

- Insônia;

- Não param no emprego;

- Dificuldades de socialização;

- Anorexia ou bulimia, podem também fazer parte do quadro;

- Tem amnésia de períodos da vida (principalmente do período quando forem abusados).

Os Lemas a serem vistos são:

“Cuidar da criança machucada, que é a parte dissociada da mente”.

“Descongelar a criança da situação traumática”.

“Tudo isso já passou, você sobreviveu!”.

“Sua parte que sobreviveu pode cuidar de você agora!”

A criança abusada esta sempre presente dizendo:

“Fique longe de mim! Não me machuque mais!”

Psicodinâmica:

A criança é abusada (palavras, brigas, abuso sexual, provações, etc.). Fica congelada
tentando se defender deste trauma. Cria, então, alter egos de ajuda para se defender de ser
novamente abusada. Assim ela terá um alter ego defensor (João Grandão), terá um alter ego
abusado e sem defesas (Joãozinho), e outros que irão aparecendo como alternativas para
sobreviver quando está bravo (João Grandão) ou quando esta com medo de ser agredido
(Joãozinho). Desta maneira, a pessoa passa a vigiar o mundo e todas as pessoas que poderão
agredi-la, principalmente as pessoas cuidadoras (médicos e terapeutas).
A criança costuma ter amnésia do período que foi abusada, como defesa. Algumas
vezes, passa a ter sintomas somáticos como dores abdominais, cefaléias, diarréias, dor crônica,
fibromialgia, artrite reumatóide, entre outras.

A partir daí, a pessoa passa a ter uma vida dissociada. Uma parte adulta trabalha, age,
tem relacionamentos. E uma outra parte infantil, que a qualquer sinal do gatilho disparador (algo
que tenha a ver com seu trauma), faz-se presente, trazendo o estado de stress, a vigilância pela
sobreviv6encia.

Características do Transtorno dissociativo podem incluir os seguintes sintomas:

- Brancos na mente;

- Dores de cabeça recorrentes;

- Amnésia de algum período da vida (trauma);

- Mudanças rápidas de personalidade (João, Joãozinho, João fortão);

- Irritabilidade, perda de controle, mudança de humor rápida;

- Estado depressivo; ideação suicida;

- Comorbidade com pânico, fobias, drogas, álcool;

- Desajuste social.

Uma grande quantidade de pacientes que sofrem de transtorno dissociativo teve amigos
imaginários na infância. Por exemplo, tem relatos de artistas que afirmam terem sido cuidados
por pessoas boas (Salvador Dali, Van Gogh etc.). Provavelmente tiveram situações traumáticas
e nestes momentos precisavam de contenção, as pessoas que cuidam, os amigos imaginários,
etc.

Conceito de dissociação por Pierre Janet

Em todos os indivíduos há um quantum básico de energia mental que permite


unir todas as suas operações mentais, sensações, memória, cognições, aflito e desejo, em uma
síntese unida e firmemente integrado sob o controle e domínio de um self pessoal com uma
identidade única persistente. Em outros indivíduos, como resultado de uma “deficiência
geneticamente determinada” na quantidade dessa energia de união a self pessoas tem
comprometido sua capacidade para unir os distintos componentes mentais e uni-lo sob o seu
controle.

Como conseqüência disto, frente a um cheque com uma experiência


emocionalmente traumática, o self das pessoas não tem forças suficiente para incorporar dentro
de sua estrutura o resultado dessas intensas emoções e lembranças associadas a elas e estas
se dissociam da esfera da consciência primária.

TRAUMA

1- Negação: isto não aconteceu comigo;

2- Recalcamento do mesmo;

3- Sintomas de transtornos dissociativo – TOC, pânico bulimia, anorexia, uso de drigas,


etc;

4- Dissociação

5-“Falchbaacks”, distração do pensamento, ansiedade, fuga amnésica (perde a


identidade por alguns dias).

Lembrar, que todos nós temos um pouco deste transtorno em menor grau. Pois todos
nós temos nossos traumas maiores e menores. É impossível passar nessa vida sem ser
traumatizado de alguma forma. Mas quem tem pais amorosos, se recupera com mais facilidade
dos ataques da vida. Mas é fato, que todos teremos nossos alter egos em maior ou menor grau
nos ajudando a enfrentar os ataques da vida emocional.

Portanto, insisto numa fala de Stephen Gilligan, em seu livro A Coragem de Amar, ele
diz que todos nós somos desviantes eternos do nosso verdadeiro caminho. E que alguns vão
realmente morar no exílio, longe de seu eu verdadeiro para se esconderem de um medo maior.
Cabe a nós terapeutas, usarmos da técnica de Estados de Ego, com todos nossos pacientes!
Assim , poderemos ajuda-los a voltar ao seu eixo e caminho natural.

Portanto, você naturalmente fará uso da linha do tempo e da técnica de Estados de Ego
com estes pacientes de uma forma bem cautelosa. Além disso, podemos contar com as técnicas
psicossensorias que são excelentes no limpar traumas. Você verá amis a frente.

Muito carinho, compaixão, e rapport para lidar com essas pessoas já tão traumatizadas
pela vida.
Você pode pegar crianças que estão em processo de dissociação, que acabaram de
passar pelo trauma, ou ainda estão sofrendo o tal abuso.

Sintomas habituais de dissociação infantil:

1- História de abuso ou experiência traumática;


2- Flutuações no rendimento escolar;
3- Ataques impulsivos ou condutas destrutivas;
4- Negação de condutas observadas pelos outros, especialmente as
negativas;
5- Hiperconcentração balanceada com distração;
6- Tem insônia, são hipervigilantes, podem ter intensos episódios de
depressão, ou ansiedade;
7- Queixas de doenças físicas ou de agressão sem justificativa aparente;
8- Escutar vozes, alucinações visuais, amigos imaginários;
9- Problemas de conduta que são aprendizados de condutas dos pais;
10- Condutas regressivas, como enurese noturna, chupar dedo, comer só
comida líquida, etc;
11- História familiar de distúrbios dissociativos – ciclo de abuso de pai para
filho;
Um exemplo muito comum, que não parece abuso, mas é:

Uma mãe que está muito ocupada e que não percebe as necessidades da criança, leva
a mesma a ter ansiedade e controlar o ambiente, além de raiva à mãe. E não pode soltar estas
emoções porque, na cabecinha dela ela “não pode ter raiva”, pois será “castigada”. Não pode
sintonizar nas emoções e necessidades, pois não terá o suporte de quem deveria receber. Assim,
o transtorno dissociativo começa.

Imagina a transferência! O terapeuta é visto como alguém que vai repetir o passado
desagradável. Vem a vigilância em qualquer contato, pois será perigoso, inclusive com o
terapeuta. É necessário o RAPPORT para retirar o medo do cliente de fazer contato.

Trauma crônico

Provoca somatizações e sintomas físicos: fibromialgia, síndrome da fadiga


crônica, artrite reumatóide, úlceras, hérnia de hiato, refluxo gástrico, colite ulcerosa, asma
brônquica, broncoespasmos, infartos, câncer, fraturas, obesidade, problemas hepáticos, drogas,
álcool, depressão, suicídio, etc.

Muita coisa começa aí...


Lamentavelmente o trauma pode causar distúrbios em nosso organismo. Mas para
nossa sorte, as técnicas psicossensoriais que você verá logo mais, ajudam muito a resolver tais
traumas. E com isso, a vida se torna mais saudável.

O cortisol – hormônio que regula o açúcar, imunidade na circulação sanguínea, também


é liberado em situações de stress. Ele corrói nossas células, destrói nosso sistema imunológico
e as técnicas de coerência cardíaca e PRI, bem como as outras técnicas psico-sensoriais são
fabulosas nesse acerto!

O cortisol aumenta no stress pós-traumático agudo.

Se o córtex e o sistema límbico não estão bem regulados há um esgotamento cerebral


com a saída do cortisol.

Se o cortisol é ativado cronicamente, ele vai atuar sobre o hipocampo que desativa as
funções cerebrais por sobrecarga.

Fatores liberados no hipotálamo regulam a hipófise, que estimulam todas as glândulas


e pode estimular a tireóide ou pará-la também.

O cortisol é aumentado cronicamente em pessoas traumatizadas, o que atrapalha o


metabolismo das glândulas do corpo como a tireóide, o timo, o pâncreas entre outras..

A Noradrenalina é o que libera o cortisol na supra-renal. Essa é liberada na situação de


medo ou stress crônico. O ciclo fica instalado! Medo, noradrenalina, cortisol, doenças físicas pelo
mau funcionamento do corpo.

Neste ponto é que se introduz a medicação que aumentam os neurotransmissores.


Aumentando a serotonina, automaticamente se diminui a noradrenalina.

Além do tratamento com as técnicas psicossensoriais. A hipnose é muito bem vinda,


desde que se faça um bom rapport. Pios este paciente tem medo de tudo que venha do cuidador!
Cuidado! Vá devagar!

MEDO

Repetição de uma situação de vida várias vezes, a criança aprende e imprime as


memórias. O fato de ter medo libera a noradrenalina, hormônio importante para gerar memórias
de longuíssima duração. Quanto mais se libera noradrenalina, mais se memoriza o trauma, seu
gatilho disparador ou qualquer situação que o paciente associe ao medo que teve no passado,
durante o trauma. Portanto, basta ter medo, para se fazer mais memória de medo com a
produção da noradrenalina. As técnicas que daqui a pouco você vai aprender como a coerência
cardíaca, geram a produção de beta endorfina, um belo antídoto para noradrenalina e o para o
cortisol!

Assim como as palavras boas da mãe são muito importantes no início do aprendizado
da criança, o amor e zelo do terapeuta nesse momento são muito importantes.

Hipnoterapia:

Na hipnose, ou na linguagem hipnótica, deve-se colocar palavras que ajudam com


carinho e amor, que fazem uma cognição positiva e trazem uma sensação de bem estar.

Primeiro você deve fazer uma indução teste e ver ele entra em transe. Caso não o faça,
vá devagarinho. Ensine-o primeiro, o que é Transtorno dissociativo, diga que fará algumas
técnicas psicossensoriais. Eles gostam destas técnicas, pois podem ver os resultados
imediatamente. Comece com elas.

Depois quando ele já estiver mais tranquilo com você, pode introduzir as mesmas
induções que já aprendemos á cima nesta apostila.

Trabalhar com pessoas que sofrem de Transtorno Dissociativo é um enorme desafio.


Nem sempre seremos bem sucedidos. Eles foram muito machucados e parecem um animalzinho
ferido, quando vai ser cuidado, morde e acaba afastando quem poderia ajudar.

Sabendo disso, se você não der conta, não se sinta o pior terapeuta do mundo. Eles as
vezes, não estão prontos para serem tratados. E se você se vir nessa situação, com alguma
chance de encarar o desafio, não tenha medo! Tenha a coragem de amar a situação de curador
e tentar o desafio!

11 - Psicologia Positiva e a hipnose: tarefas, rituais, brincadeiras

A Psicologia Positiva foi inventada por Dr. Martin Seligman, que percebeu que era
possível fazer as pessoas se tornarem mais felizes por intermédio de tarefas, pensamentos,
atitudes no seu dia a dia. Que o otimismo poderia ser aprendido! Que a alegria contamina!

Em uma pesquisa realizada por ele, nos USA, em pessoas que se consideravam felizes,
Martin descobriu características muito importantes. Essas pessoas felizes tinham uma saúde
melhor, adoeciam menos e quando adoeciam se curavam mais rápido. Eram pessoas mais bem
sucedidas em seus trabalhos. Além disso, tinham relacionamentos estáveis, amigos e família em
harmonia.
A partir deste estudo, ele foi desenvolvendo teorias e tarefas relacionadas a felicidade,
que ajudavam os menos felizes a se tornarem um pouco mais otimistas e felizes. Melhor
descoberta foi ver que a alegria contagia. Isso foi tão bem sucedido, que a Coca-Cola patrocina
este trabalho da felicidade.

Dr. Martin Seligman escreveu bons livros sobre o assunto como Felicidade Autêntica e
Florescer, os quais recomendo a leitura se você deseja ser uma pessoa mais feliz e um bom
terapeuta. Seus seguidores como Tal Ben Sahar, se tornaram pessoas conhecidas e famosas
nessa abordagem. Recomendo a leitura dos livros de Tal, são maravilhosos!

A maior descoberta de Dr. Seligman foi ver que apenas duas coisas eram básicas no
trazer felicidade: dever cumprido e praticar boas ações.

Nas suas pesquisas com as pessoas felizes, ele pode perceber que a partir do momento
que a pessoa tem o básico da moradia, proteção e alimentação, sendo pobre ou rica, isso não
importava. Nem mesmo comprar muito, comer chocolates, buscar desafios! Então o que era
importante? Era se a pessoa tinha uma vida com significado, cheia de coisas que a
completassem em sua jornada! Uma vida vazia, certamente não faria uma vida feliz. Ele chamou
esse processo de “fluir com a vida”. Algo fantástico!

Abaixo vou descrever algumas dicas desses professores de otimismo que você pode
incluir como tarefas, ou mesmo incrementar suas induções de hipnose com visualizações de
futuro, fazendo metas mais saudáveis no dia a dia de seu paciente.

Gratidão

Ser sempre grato a tudo a e a todos, é um quesito que faz o nosso paciente ver o lado
belo da vida. Nossos pacientes costumam ser poliqueixosos. Eles veem sempre o lado negativo,
estão sofrendo, e só olham para sua dor. Ele recomenda que façam um diário de gratidão.
Escrevendo nele, todos os dias, pelo menos três coisas boas que aconteceram. Podem ser
coisas simples como um banho gostoso, um café da manhã em casa, um passeio no jardim
ouvindo os pássaros cantar, ver o por do sol, o sorriso que recebeu de alguém, etc.

Exercícios físicos

Foi comprovado por Dr. John Rattey, psiquiatra da Escola de Medicina de Harvard, em
pesquisa enorme, que fazer exercícios aeróbicos todos os dias, leva a pessoa a ficar menos
deprimida, mais otimista, diminui o TDAH, o TOC, os tiques nervosos, além de trazer muita
saúde!

Portanto fica a dica! Exercite-se sempre e ensine seu paciente a faze-lo!


Rituais

Pessoas deprimidas necessitam de uma rotina para aprenderem coisas novas. Pois já
estão muito acostumadas a só sofrer e choramingar. Encurraladas em sua própria prisão, não
veem saída dali. Mas podemos introduzir pequenos rituais de mudança. Assim , seguindo aquele
pequeno ritual ela pode mudar. Exemplos: rezar todo dia agradecendo o que teve de bom. Fazer
uma pequena caminhada até a padaria para comprar seu pãozinho. Antes de comer, nos casos
de obesidade, olhar-se no espelho, tomar um banho, fazer somente um prato de comida, comer
a cada 3 horas, etc.

O paradoxo do trabalho

Todo mundo acha que para ser feliz tem que ficar de férias eternamente. Grande engano.
Vira tédio! A vida de uma pessoa que não trabalha, ou não tem o que fazer é chata, monótona.
Ela passa a ficar sem graça e sem motivação para ir em frente. Mas férias não é tão bom? Sim,
mas depois do dever cumprido e por algum tempo. E o melhor é que essas férias sejam vários
pequenos períodos durante seu não. Assim , você trabalha e depois descansa! Quem trabalha,
tem objetivo, metas, ve futuro, quer chegar lá. Fica mais feliz. Introduza alguma atividade na vida
dos seus pacientes pessimistas que possam dar significado a vida deles!

Significado na vida

Para ser feliz temos que seguir aquilo que traz algum significado em nossas vidas. Tem
gente que nasceu para ajudar como você que está lendo isso. Outros nasceram para desenhar,
pintar, criar. Outros pode ser que nasceram para cantar. Não importa qual é o seu dom, mas é
importante seguir na vida dentro daquilo que você gosta e faz melhor. Veja com seu paciente o
que traz significado avida dele e ajude-o a se encaminhar nessa direção.

Praticar o bem

Essa é uma das poucas coisas que por si só traz felicidade, portanto, de como tarefa ao
seu paciente que ele pratique alguma caridade, que faça alguma ajuda...um bolo para a vizinha,
uma lembrancinha a um amigo, um sorriso para alguém na rua, etc. Quando praticamos o bem,
ficamos mais alegres. Essa alegria dura dias, meses dentro de nós! É a corrente do bem, você
faz um bom ato, o outro que recebe fica feliz e faz também. Ah! Se todo mundo fizesse isso, não
haveriam guerras!

Aprendendo com experiência dolorosas


As pessoas mais sofridas poderão aproveitar desses sofrimentos de uma forma positiva.
Como assim? Isso tem jeito? Claro, basta você ver com experiências que a vida nos traz e que
nos tornam mais fortes e preparados. Não existe vida sem dor! Isso é um engano, pensar que
avida de todo ser humano pode ser uma maravilha. Mas quando um paciente passar por uma
experiência dolorosa, valorize o aprendizado que ele teve, que o tornará mais forte, mais
decidido, mais tranquilo pra lidar com as muitas dores que a vida certamente trará! Perdi meus
pais muito cedo, costumo dizer que isso foi uma grande lição de vida para mim. Aprendi me virar
em qualquer situação!

Meditação, oração, um tempo

É muito importante que deixemos nossa cabeça descansar. Ela trabalha todo tempo.
Também precisa pensar em nada. Tem gente que medita correndo, ouvindo música, rezando,
ou fazendo nada. Peça que seu paciente faça alguma coisa que esvazie a cabeça dos
pensamentos que o consomem. Ensine uma meditação, de um CD gravado para relaxar, ou uma
oração, ou que ele faça uma tarefa como pintar mandalas. use sua criatividade para ajuda-lo.

Metas para o futuro

Muito importante! Depois que você limpar as crenças limitantes, que pedir permissão
para ser feliz, é hora de buscar o que traz significado a vida de seu paciente e conduzi-lo para
construir metas. Você pode fazer com ele como se fosse um mural, um cartaz. Ou pode fazer
somente com visualização de futuro. Fale da Lei da Atração.

Insista nas qualidades

Nossos pacientes querem melhorar naquilo que são péssimos, mas melhor do que isso,
é ajuda-los a ficarem bem melhor no que já são bons! Pois é, uma pesquisa sobre felicidade
mostra que insistir em melhorar uma pessoa no que ela não tem aptidão, só vai piorar o caso!
Melhor é fazermos que ela fica melhor no que já faz bem feito, pode receber elogios, pode se
tornar uma expertise naquilo.

Dinheiro e felicidade

A pesquisa também mostrou que basta se ter o básico, moradia, comida e proteção, que
a diferença financeira não vai trazer mais felicidade. Ganhar na loteria traz felicidade nos
primeiros meses, depois não mais. O que traz felicidade é estar de bem com avida, com seu
dever cumprido, fazendo coisas que preencham sua vida bem! Comprar algo material como uma
bolsa, um sapato, uma moto, um carro, é muito bom apenas por sete semanas! Depois disso,
perde o sentido. Mas quando se faz algo bom, como uma viagem com amigos, um ato de
caridade, uma criação maravilhosa como um quadro, aquilo dura meses, anos em nossos
corações nos alimentando! Ensine isso ao seu paciente!

Acho que passei as dicas básicas! Tenho uma pequena Cartilha do Otimismo, onde
explico detalhadamente cada uma dessas possibilidades. Se quiser é só procurar lá!

No mais, use sua criatividade, dê tarefas, faça induções de hipnose, visualizações de


futuro, limpe bem o passado que amarra essa pessoa.

12 - Como ser um bom terapeuta: a questão do aconchego e os desafios da terapia

Mas o que é ser um bom terapeuta?

Para finalizar este livro eu não poderia deixar de abordar este tema!

Essa pergunta fica em nossas cabeças, muitas vezes, atormentando o que podemos
fazer para melhorar a qualidade da nossa profissão.

Mas o que fazer?

O bom terapeuta não é aquele que sabe mais, que tem mais estudos ou mais teorias
para colocar em prática com seus pacientes.

Na verdade, o bom terapeuta é que cuida bem do seu paciente. Se interessa por ele,
tem compaixão e faz o que pode pelo interesse dos melhores benefícios para que o paciente
fique bem.

Com certeza quem tem mais estudos, tem mais ferramentas. Além do que, os anos de
prática ajudam bastante neste quesito. Mas o amor ao que se faz, e também aos pacientes é o
ingrediente que faz a diferença!

Com amor se cura!


Mas quem é que vai dizer o que é melhor?
Claro, o paciente!

Ele diz coisas como: meu terapeuta cuida bem de mim, meu terapeuta se importa
comigo, até briga comigo, me passa um pito! Ele acha que o seu terapeuta o enxerga, vê seus
problemas, sabe o que ele gosta, o que sente, e até admite tomar uma bronquinha de vez em
quando!

O fato é que o paciente sente quando é somente mais um na imensidão da vida do seu
médico ou psicólogo. Mas sente também único, quando tem um tratamento único! Quando
percebe que seu terapeuta tem cuidado, que sabe como ele realmente é, do que precisa e até
mesmo dá bronca nele. Ele se torna como “um padrinho” para seu cliente.

Pois o que os nossos pacientes precisam é uma coisa bem animal, bem de mamífero. O
aconchego. As crias dos mamíferos são lambidas, são cuidadas com zelo e muita proximidade.
Mamíferos gostam de se deitarem juntinhos, todos amontoados. Nós também!

Uma criança que foi bem maternada, que mãe cuidou com carinho, que elogiou, beijou,
“lambeu sua cria”, tudo fica melhor na vida futura dessa criança. Pois quem foi lambido de
pequeno, se torna mais forte as dificuldades da vida no futuro. Nossos pacientes, em sua maioria
não foram bem lambidos, sentem baixa estima, mal amados e muitas vezes, até rejeitados.
Esses merecem que cuidemos com muito zelo e aconchego. Vale um chazinho na terapia, um
colo se precisar, uma lembrancinha de aniversário até pode ser...coisas que mimam no tanto
exato! Não é para ficar mimando cliente...é para cuidar com zelo, com carinho, com respeito. Por
algumas vezes, ser como pais, dar a bronca que for necessária, dar tarefas, falar verdades
doídas.

Se essa pessoa não teve o amor que precisava para crescer com dignidade, e vencer
as dificuldades que virão no dia a dia, o que virá será dor, tristeza, desafeto, desesperanças. Isso
é o mais difícil de cuidar.

Nosso desafio?

Sim!

Dar além do que precisamos em teoria, o afeto, o carinho, o apoio, a alegria de viver, um
novo olhar para a vida! É como poder abraçar seu paciente. Por favor, não leve ao pé da letra.
Não saia por aí abraçando e dando presentes aos seus pacientes. Cuide deles! Apenas cuide
com zelo, carinho, afeto e respeito. É tudo que eles precisam.
Muitos serão um desafio em nossas vidas, pois vão testar nossa paciência, como prova
de amor. Não receberam de seus pais, querem ver se os toleramos de fato. Cuidado com essa
armadilha, comum nos que sofreram abusos dos pais ou cuidadores no passado. Primeiro, eles
nos testam, depois se conseguimos manter a calma e ajuda-los no foi preciso, passarão a confiar
mais.
O que quero dizer é que terapia sem o ingrediente principal, o amor, não funciona.

A Coragem de Amar é fundamental.


Não basta saber muito, precisa se ter o dom da doação e da ajuda. É preciso maternar
aquele que procura um colo, assim ele vai aprender a ser amado e amar na vida.

Fica a dica...

Aconchego, interesse, cuidado, respeito, admiração pelo ser que está a sua frente
pedindo ajuda.

Caso você não consiga sentir isso, melhor será dispensar tal paciente. Essa terapia não
dará certo.

Mas se você tiver um cliente, mesmo que ainda saiba muito pouco de teorias para cuidá-
lo, tudo correrá bem. O amor faz a dança da terapia sob medida, coração sintonizado em outro
coração, e quando se vê, o paciente interage bem e você se abre para cuidar cada vez melhor.

Portanto, aprender é nossa obrigação! Estudar, aprimorar, treinar bastante, se informar


mais, tudo é válido, desde que você tenha amor e respeito pelo ser humano que vai cuidar.

Lamber a cria...

Além disso, como dizia o professor Malomar Edelweis, treine, estude bastante, pois
quando você não estiver inspirado, saberá bem aplicar as técnicas com tanta perfeição, que seu
paciente se sentirá muito querido!

Sempre que tiver oportunidade estude mais!


Estudar sempre, aprender mais, novas teorias, não ficar parado no tempo, evoluir em
tudo é importante. Portanto, além de aprender a trabalhar com seu coração, invista em seus
estudos e em seu treinamento.

Outro detalhe muito importante, cuide de sua cabeça. Faça a sua terapia. Como você
pode achar que está pronto a ajudar os outros se estiver cheio de problemas a serem resolvidos?
Assim, se estiver lendo isso, e ainda não tiver passado por um processo de terapia, de revisão
de sua vida, está na hora!

Siga bons mestres, siga boas teorias, trabalhe com gente que sabe trabalhar, tenha
supervisão dos seus casos, pergunte, leia, veja coisas novas, inove, crie teorias novas, faça sua
parte! Doe ao mundo aquilo que traz significado a vida de um bom terapeuta: cuidar, ajudar a
crescer e aliviar o sofrimento humano!

13 - METÁFORAS MAIS USADAS

O Artista Perfeito
Um artista plástico que fazia floreiros. Vasos de barro. Tinha um ateliê que ficava em
uma praça, e ali ele ficava vendo o movimento enquanto trabalhava em suas peças. Mas ele era
perfeccionista, se o floreiro saísse um pouquinho torcido, não o agradava ele jogava o floreiro
fora. E assim ele perdia inúmeros floreiros, porque eles saiam tortos.

Um dia, passava uma garota linda pela praça, e ele ficou observando aquela mulher
maravilhosa, e sua mão errou, e o floreiro saiu torcido. Ele já ia desprezando o floreiro, quando
a garota chegou perto, pedindo para comprar aquele determinado floreiro torcido. Ele ficou um
pouco desconfiado, disse a ela que não estava a venda, que o floreiro estava arruinado. Mas ela
insistiu, queria exatamente aquele floreiro torcido. Acabou cedendo o floreiro a garota. Outro dia
a garota passava novamente na praça, erra a mão outra vez no floreiro, acontecem as mesmas
coisas, e a garota acaba ficando com mais um floreiro torcido. Esta cena se repete algumas
vezes.

Depois de algum tempo, a garota lhe traz um convite para exposição de bens de arte,
onde o expositor era ela. Ele, muito assustado, perguntou a garota: Como? E ela disse eu resolvi
expor suas obras de arte. São floreiros lindos , são obras primas. Toda obra-prima é aquela obra
feita em um único momento de inspiração, onde a mão se coloca perfeita em um momento
perfeito, e faz algo que outra pessoa não pode fazer igual. Nunca, jamais. Isso é uma obra-prima.
O moço entendeu, e valorou aquele ato tão delicado de uma expert em artes. E dali para
frente ele entendeu o que toda obra é única.

A Mulher e os Pássaros
Uma mulher cheia de preocupações, procurava por paz, e ficava as vezes, muito irritada
com as coisas que aconteciam. Ás vezes irritada além da conta. Ás vezes ficava mal-humorada,
cansada, triste. Esta mulher pediu ajuda a um professor, para que a ajudasse a resolver todas
as aquelas irritações. Este professor lhe pediu que fosse a um parque, um parque onde não
houvesse ninguém nem nada que pudesse perturbá-la, um lugar tranqüilo. E que ela lá ficasse
com seus pensamentos, aqueles que exasperam, que dão mau-humor, cansaço, tristeza. Que
ela ficasse lá olhando a paisagem o céu azul, as árvores.

Assim esta mulher fez. Foi se desenvolvendo com seus pensamentos irritativos, e aos
poucos vieram pássaros. Os pássaros não cantavam, eles logo que gritavam estridentemente
sobre a cabeça da tal mulher, de tal maneira que a irritação dela foi aumentado, aumentando,
até o ponto que ela começou a gritar, gritar com aqueles pássaros. Trocou de lugar, tentou ficar
em novo em paz, e os pássaros. Trocou de lugar, tentou ficar em novo em paz, e os pássaros
voltaram a sobrevoar sobre sua cabeça. E gritavam, gritavam, gritavam, ao ponto dela ir embora,
completamente irritada.

Procurou pelo professor e contou o que tinha acontecido. O professor, sorrindo, disse
que previa que aquilo aconteceria, que era como uma ressonância do universo. E ele disse a
ela: imagina quando jogamos uma pedra no lago, vai formando circunferências cada vez maiores.
É o que passou a seus pensamentos negativos, irritativos. Forma captados pelos pássaros, que
por sua vez ficaram irritados. A vida é exatamente assim, uma coisa que puxa outra, uma energia
que chama a outra.

O professor, então, continuando, pede à mulher que volte para parque, que se sinta lá
novamente, que pense de novo seus pensamentos irritadiços, agitados, negativos. E quanto os
pássaros venham, que ela comece a pensar sobre suas coisas mas, que fique um pouco quieta
e em paz. Que ela tente até, possivelmente ter um pensamento positivo, se recordar de alguma
coisa boa que já aconteceu, ou alguma coisa boa que poderia acontecer.

A mulher seguiu os conselhos do professor. Quando os pássaros começaram a gritar,


fez como o professor pediu. Pouco a pouco, os pássaros foram se acalmando. Tudo ficou
tranqüilo, silencioso, e veio a imagem do seixo sendo arremessado ao lago, a ressonância do
bem, da paz.
Águia que Foi Criada Como Galinha
Esta é uma história de uma aguiazinha que foi achada por um fazendeiro, com a asa
quebrada, na floresta. Para salvá-la, ela a levou para sua fazenda... não tendo onde colocá-la,
botou-a junto das galinhas, em um galinheiro. Deu comida de galinha e cuidou dela como se
cuida de uma galinha. Ela se curou, mas foi crescendo como se fosse uma galinha. Ás vezes
achava esquisito ser tão diferente: Não cacarejava, seu bico era grande e tinha grandes garras.
Mas, ali ficava triste, vendo que havia algo que não estava bom, sem fazer nada...

Até que um dia passa por aquelas paragens um naturalista, que ao ver uma águia (ave
de rapina) criada como se fosse uma galinha, leva o maior susto. Era preciso ajudá-la a mudar!
Pediu licença ao fazendeiro para ensiná-la a voar e começou...

No primeiro dia, agarrou a águia e a colocou no braço, dizendo: Você não é uma galinha,
é a rainha dos pássaros , uma águia; bata suas asas e saia voando, a águia não entendeu nada.
Nunca tinha visto uma águia antes, saltou para o chão e voltou para poleiro.

No segundo dia o naturalista, inconformado resolveu explicar melhor, levou-a a alto do


telhado e mostrou que ela podia voar dali, que ela tinha asas que a fariam sair voando, que suas
asas eram maiores que as de uma galinha, além disso do pico, de seu canto e que suas garras
foram feitas para alcançar seu alimento, quando assim lhe conviesse. Bastava que ela batesse
as asas e saísse voando. A águia entendeu o que era diferente, porque assim se sentia; mas ela
ainda não sabia como. E assim voltou para poleiro com toda aquela história de liberdade, asas
garras, reina dos pássaros.

No terceiro dia , o naturalista entendeu o que era uma questão de tempo e oportunidade.
Então ele fez a oportunidade, levou-a para o alto das montanhas, lugar de águia e lhe mostrou
muitas outras águias voando. Voltou a dizer: bata as asas e saia voando. Suas asas foram feitas
para voar alto. É a rainha dos pássaros. Ela ficou observando as outras e, de repente em um
grito de liberdade, em um grito de águia, saiu voando de asas abertas. Diz a lenda que esta águia
nunca fez uma galinha de vítima, porque foi com as galinhas que aprendeu a ter o pé no chão, a
provar seus amadureça de milho e, de vez em quando, sentar no poleiro, esperando sua vez.

Arvorezinha

A arvorezinha vivia feliz Á margem da floresta. Todo dia sua amiga Amanda devia brincar
com ela.

Arvorezinha cantava canções para a Amanda farfalhando suas folhas.

E Amanda contava Á arvorezinha estórias de aventuras em campos distantes.


Um dia quando Amanda e arvorezinha estavam conversando o céu se encheu de nuvens
escuras. O vento começou a soprar muito forte e rápido. Amanda correu para dentro da floresta
procurando segurança. Arvorezinha, sendo uma árvore, ficou onde estava.

Durante todo a noite, os ventos fortes sopraram e sopraram. Os galhos da Arvorezinha


foram jogados de um lado para o outro, de lá para cá, do topo para baixo.

Na manhã seguinte o vento parou de sopro. Amanda voltou a ver como Arvorezinha tinha
sobrevivido a tempestade.

Arvorezinha parecia diferente. Muitos de seus galhos foram quebrados e derrotados. E


muitas de suas folhas tinham sido levadas. Amanda correu em busca de auxílio.

Os dois magos chamados Imaginação e Reparação, atenderam a seu chamado.


Reparação explorou as raízes da Arvorezinha e apalpou seu bagaço. “OH, disse sua casa esta
muuuito quente. Mas suas raízes são Fortes”. Depois ela subiu em uma escada para examinar
os galhos de Arvorezinha. examinou-os de perto e os moveu delicadamente.

Imaginação colocou o ouvido no tronco da Arvorezinha “hummm”. Ela disse : “Você tem
coração muito bom.”

Reparação, “podemos lhe dar ervas para esfriar seu bagaço”, disse.

“Mas para ajudá-la realmente, teremos que arrumar seus galhos quebrados e tirar o que
não podemos arrumar. Então nós o envolveremos em brandas folhas brancas até que suas
pontas fiquem curadas.”

Estou com medo, disse Arvorezinha.

“Podemos ajudá-la com seus medos”, disse Imaginação.

Primeiro, Amanda, você fica por perto para deixar que Arvorezinha saiba que você esta
com ela. Então, Arvorezinha, quero que você imagine um desenho naquela nuvem lá em cima
do que se parece o sentimento de medo. Visualize a cor e a forma.

Arvorezinha se concentrou fortemente. Amanda ficou perto. Arvorezinha disse ,


“conseguiu”.

“Bom”, disse Imaginação. “Agora que cor e forma esse sentimento teria se estivesse bem
melhor?”

Arvorezinha pensou e pensou. Finalmente, ela disse, “Azul – azul como o céu azul, com
grandes nuvens brancas inchadas formadas como animais.”
“Ótimo, agora que você pode ver sua melhor imagem, faça uma profunda e lenta
respiração e imagine aquele céu lindo rodopiando através de seu tronco e galhos. É como uma
respiração. Magia feliz”.

Quando Arvorezinha se sentiu mais tranqüila por dentro, Reparação lhe deu uma
medicina especial para ajudá-la a se sentir sonolenta e confortável. Imaginação lhe pediu para
recordar de fazer a Magia da Respiração Feliz. E Amanda ficou perto.

Então Reparação removeu cuidadosamente os galhos quebrados. E envolveu as pontas


com folhas brancas brandas, exatamente como ela disse que faria.

Durante os dias seguintes e durante de noite. Amanda contou estórias a Arvorezinha.


Conversou com ela quando ela estava acordada. Conversou com ela, mesmo quando ela estava
dormindo. já que, como todo mundo na floresta sabe. Quando você fica adormecido, no lugar
de sonhar, perspectivas maravilhosas de coisas melhores podem acontecer”?

“É uma Arvorezinha maravilhosa e não é sua culpa”, disse Reparação.

Imaginação sacudiu a cabeça e disse, “Não sei porquê, Arvorezinha. É uma daquelas
questões que não sabemos responder ainda. O que sei é que você tem raízes Fortes e um
coração valente. Um dia você descobrirá alguma coisa muito especial sobre si mesmo”.

Arvorezinha ficou perguntando qual coisa especial seria.

Alguns dias mais tarde , disse, “Hoje vamos tirar as folhas. Está na hora de você se ver
como esta agora”.

“Verá que você vai parecer diferente”, disse Imaginação. “Mas há alguma coisa
importante e valente a fazer ver-se como você está”.

Quando Arvorezinha se olhou no lago, não se reconheceu. Chorou porque tudo que ela
via eram seus galhos perdidos.

Olhe mais profundamente no lago, Arvorezinha”. Sussurrou Imaginação Arvorezinha


olhou mais fundo no lago. Lá viu seu tronco forte e raízes profundas saudáveis e seu lindo
coração.

“Meus galhos não mais crescerão?” Perguntou Arvorezinha.

“Não, disse Imaginação.


“Mas, Arvorezinha, vê os galhos o que ficaram? Estes galhos são Fortes e podem crescer
lindas folhas e flores. As flores podem se transformar em deliciosos frutos que você vai poder
dividir com todos seus amigos da floresta”.

As folhas de Arvorezinha farfalharam felizes quando ela se imaginou no futuro. Ela se


perguntava se aquilo era o que a Imaginação quis dizer quando disse , “vai descobrir alguma
coisa muito especial sobre si mesmo”.

Depois de pouco tempo, todo mundo na floresta estava feliz em ouvir Arvorezinha rir e
cantar novamente. Especialmente Amanda, que estava orgulhosa de ter Arvorezinha como seu
valente e especial amiga.

Estrelas do Mar
Era uma vez um escritor que morava numa praia tranqüila, em uma colônia de
pescadores. Todas as manhãs ele passeava à beira-mar para se inspirar, e de tarde ficava em
casa, escrevendo.

Um dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Quando chegou perto,
era um jovem pegando na areia as estrelas-do-mar uma por uma e jogando novamente de volta
o oceano.

- Porque você esta fazendo isso? perguntou o escritor.

- Você não vê? Disse o jovem. A maré esta baixa e o sol está brilhando. Elas vão secar
ao sol e morrer se ficarem aqui na areia.

- Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praia por esse mundo afora, e centenas
de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pelas praias. Que diferença faz? Você joga umas
poucas de volta ao oceano, mas a maioria vai aparecer de qualquer forma.

O jovem pegou mais uma estrela na areia, jogou de volta ao oceano, olhou para o escritor
e disse:

- Para essa eu fiz diferença.

Naquela noite o escritor não conseguiu dormir, nem sequer conseguiu escrever. De
manhãzinha foi para a praia, reuniu-se ao jovem e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar
de volta ao oceano.
Onça Enjaulada
Conta que uma onça que foi levada da África para um zoológico na Alemanha e colocada
numa jaula pequena. Aos poucos, ela foi ficando deprimida e só rodava em círculos (no tamanho
da jaula), comia e dormia.
Anos mais tardes, fizeram um zoológico e deram a esta onça um lindo lugar aclimatado
e arrumado como se fosse a África, seu habitat natural, com riacho e até árvore para subir.

E viram que a onça só conseguia fazer o mesmo trajeto da antiga jaula pequenina .
Rodar em círculos.

O tratador sabiamente começou um trabalho de ir afastando a comida cada vez mais


longe até que ela fosse aprendendo a ir ao riacho e até a árvore.

Aos poucos ela conseguiu!

Sinos na Ilha
É a história de um homem que foi para uma ilha para se tornar iluminado. Diziam que
parte daquela ilha havia submergido – uma parte onde havia um templo com mil sinos feitos por
artesãos. Na história, dizia-se que a pessoa que ouvia os sinos submergidos, cujo som vinha do
mar, tornava-se iluminada. Esse homem ficou na ilha e colocou-se à beira-mar. O barulho das
ondas do mar o irritava, enquanto ele procurava o som dos sinos. Mesmo assim ele insistia. O
tempo foi passando... meses... até que ele desistiu. Deitou-se na areia da praia, ficou ouvindo o
barulho da águas ,das ondas, dos coqueiros batendo e, de repente sem querer ouviu um sino
repicar. Logo pensou que estivesse alucinado e, como tal, continuou a admirar aquilo que antes
o irritava, a curtir o mar, seus sons e a natureza. Ouviu mais e mais sinos, até ouvir como se
fossem mil sinos tocando conjuntamente. Foi nesse momento que o homem entendeu o que faria
uma pessoa iluminada: curtir a beleza de cada momento.

Jacinto, o gnomo que queria ser gente

Jacinto só chorava sua sorte. Ele queria virar gente! Foi até o mestre chorando pela
floresta sua má sorte de ter nascido gnomo, tão pequenino.

Atravessara a floresta toda até onde morava seu mestre. Pelo caminho choramingava e
reclamava. Quando lá chegou, explicou o queria: virar gente. O mestre sorrindo lhe disse:

-Jacinto, olhe para trás e veja. Se você veio até aqui chorando e , cada lágrima que você
soltou ao chorar fez tantas flores nascerem, imagine se você voltar para casa sorrindo?
Jacinto ouviu aquilo com calma e voltou pra sua casa. Ao caminhar pensou a respeito,
como seria se sorrisse? E sorriu...e logo cresceu uma perna. Sorriu de susto novamente, outra
perna cresceu! Nossa, deu um grande sorriso e apareceu um braço de gente...sorriu outra vez,
e já estava grande, como gente grande!

Ao chegar em casa, entendeu o que seu mestre lhe disse...o poder do sorriso, do
pensamento positivo. Valeu a pena sorrir e ver a vida de uma outra forma, virou gente!

Os dois cachorros

Havia um homem que tinha dois cachorros, um era muito bravo e malvado, um pit bull
não domesticado, pronto para atacar todo tempo. O outro era um cachorro gentil e dócil, um
golden retrivier. Mas, infelizmente, ele precisava escolher qual cachorro ele iria alimentar dali
para frente, pois passava por uma situação difícil.

Qual escolher? O que te faria boa companhia, te acolheria? Ou escolher aquele que
poderia, numa hora dessa, te engolir vivo?

Carvão e o menino

Um garoto chega em casa furioso com seu coleguinha que o havia ofendido. Cheio de
raiva conta o caso ao seu pai. Este lhe diz que há uma boa maneira de se livrar daquela raiva
toda. Era só pegar um saco de carvão e atirar pedras de carvão nos lençóis brancos pendurados
ao sol, como se o lençol fosse seu coleguinha. Daí a pouco todo o carvão se foi atirado no tal
lençol. O pai volta ao quintal e o garotinho, diz feliz ao pai:

-Viu só, pai, olha lá acertei o meu coleguinha, olhe as manchas que deixei no lençol!

O pai sorri, e leva seu filho até o espelho do banheiro e mostra como este ficara, todo
pretinho de carvão! Então, ele diz:

- Pois é meu filho, a raiva que você sentiu só manchou com poucas
manchas o “seu coleguinha”, mas olha como você ficou todo sujo com sua raiva!
Raiva faz mal para quem sente...livre-se dela!

A ostra e a pérola

Conta a lenda que a ostra coitada, um molusco sensível, toda vez que abria sua concha
no fundo mar pra ver avida, se arranhava com a areia. E chorava fechada em si mesma um nácar
de lágrimas com aquela ferida. Mas ela continuava tentando se abrir...mal se abria e lá se
machucava novamente! Ao longo tempo, fora se formando esse nácar de sua dor e sofrimento,
que na verdade se tornara uma pedra preciosa, a pérola! Como diz o ditado: “ostra feliz, não faz
pérolas”!
Doce de figo/laranja

Para se fazer um doce de figo ou de laranja é preciso tirar o amargor da fruta primeiro,
muita água, muito tempo de molho...e lá vai embora todo o amargo do gosto...depois é só colocar
o açúcar e deixar cozinhar...aparece um doce suavemente gostoso!

O Quadro da Paz

Um rei queria mostrar o que de verdade era paz. Propôs um concurso do quadro que
representaria melhor a paz. Os artistas fizeram quadros de todos os modelos, quadros de uma
pomba branca, de um céu azul, de uma vela iluminada, muitos modelos de quadros...

O rei escolheu dois quadros, um que era de uma cena linda...um lago calmo, com um
céu muito azul, uma montanha verde que reluzia no lago azul...até um casinha se refletia no
lago...O outro quadro, era de um dia de tempestade, com um raio, montanhas escarpadas e
chuva caindo. Mas entre uma fenda e outra, estava uma andorinha em ninho, olhando
passivamente e se escondendo da chuva.

O rei diz aos súditos que o primeiro quadro é paz que sonhamos numas férias, no paraíso
se existir. O segundo, mostra o que podemos conseguir de paz, ao passarmos por tempestades
da vida!

Nunca Desista dos seus Sonhos

Um filho de domador de cavalos escreve uma redação na escola contando seu sonho
de vida quando crescer. Descreve uma fazenda linda de cavalos, uma casa linda com uma
família feliz, e ainda uma escola modelo para crianças pobres. O menino ganha uma nota
mediana, ao que ele pergunta ao professor porque, pois ele havia feito o seu melhor! Ao que o
professor retruca dizendo, que pobre não pode sonhar sonho de rico! Que ele volte em casa e
refaça sua redação. Em casa ele conta esta história ao seu pai, que recomenda que ele jamais
desista de seu sonho. O menino volta a escola com a mesma redação e diz ao professor o que
seu pai lhe recomendou.

Anos mais tarde, um professor velhinho leva alunos para visitar uma fazenda modelo,
de criação de cavalos na redondeza, que até escola modelo tinha. Lá o professor confessa, que
fora ele o sujeito mais estúpido do mundo, reconhecendo no dono da fazenda, aquela criança
daquela redação. Ele vai até o domador jovem rico e cheio de alegria e conta a ela que fora seu
professor, aquele não o deixara um dia sonhar! Mas agora, aprendeu bem a lição...nunca desista
de seus sonhos! Um bom sonho, uma boa meta, sempre trazem grandes projetos!

Sonhe e mantenha sua meta! Você chegará lá!


O anjo e os dois caipiras

Conta que um certa vez, um anjo tinham mais 15 minutos para fazer o desejo dos
humanos. Mas estava cansado e resolveu dar seu dom a dois caipiras que vinham voltando da
lavoura a notinha.

Um deles mais otimista, ao chegar perto do seu pomar, vendo as folhas secas dos pés
de fruta pensou...O deus bem que o senhor poderia dar uma boa chuvinha, uns pés de frutas
bem carregados...imediatamente começou uma chuva leve e os pés se transformaram em
árvores frutíferas carregadas de bons frutos.

O outro caipira, mais pessimista, ao ver seu pomar bem feio, pensou...droga de pomar,
podia era cair um raio de vez e queimar tudinho! E pronto, vurum!!! Lá veio o raio! Esturricou
tudinho mesmo!

O primeiro chegou na horta e viu seu porcao comendo o pouco que tinha...logo pensou,
eu podia ter um chiqueiro bem limpinho, cheio de ração e uma horta linda ...ah! Como seria
bom!...não mais que de repente, tudo se transformou! Um chiqueiro limpo, muitos porcos bem
gordos, uma horta maravilhosa!

O segundo pessimista, ao ver que seu porcão comia o resto da horta, pensou , o porcão
danado! Podia virar torresmo com um raio também...dito e feito! Virou torresmo na hora!

O primeiro chegando em casa mais feliz ainda nesse dia encantado...viu que a fechadura
da porta havia caído...e pensou...bom já que ganhei dos céus estes presentes...quem sabe Deus
me dá uma casa novinha em folha! E pronto, num instante pedido realizado!

O pessimista, ao chegar em casa, viu que a casa também estava pra lá de


ruim...pensou...agora só falta cair um raio nela também! ...e pronto! Vurum!!! Lá se foi a casa
dele!

O anjo apavorado com que havia feito chegou no céu para contar a Deus tudinho...e Este
o acalmou dizendo a ele que havia adorado a idéia....dar aos humanos quinze minutos de
bênçãos, mas sem avisá-los antes...que pensar positivo era algo muito importante!

Topeira

A topeira é um bichinho roedor que pouco enxerga.

Conta uma historinha de Ruben Alves que...

Uma pequena topeira vivia escondida em sua caverna com medo de sair de lá e ser
pisoteada pelos bichos maiores. Até que um dia ela sonhou que havia passado um cometa e
havia jogado suas estrelas em seus olhos...e depois disso, ela passara a enxergar tudinho, a
natureza, as flores, os bichinhos bem menores que ela que viviam sua vidinha felizes como a
formiga, a cigarra, a joaninha, o grilo e muitos outros que habitavam a mesma floresta que ela.
No dia seguinte, criou coragem e procurou pelo Dr. Coruja para que lhe fizesse um par de óculos.
Após coloca-los saiu feliz andando e percebendo o mundo a sua volta. Conta a história, que a
partir desta data, ela sempre saiu de sua toca pra ver o mundo lá fora.

Pedra no vaso

Um professor um dia chega em sala de aula com um imenso vaso de vidro, coloca nele
inúmeras pedras até a boca do vaso. Pergunta aos alunos se caberia mais alguma coisa lá
dentro. Os mesmos dizem que não. Ele então, pega pedras pequenas que rolam no meio das
grandes e enche até a boca do vaso. Pergunta a mesma coisa outra vez, ao que os alunos
novamente dizem que agora, não cabe mais nada! Mas o mestre pega areia e enche o vaso até
a boca, pois a areia penetra nas frestas e completa o vaso. Novamente ele pergunta, os alunos
nada dizem...ele coloca água completando até a boca!

Em seguida, ele pega um vaso igual e enche só de água. Pergunta o mesmo, os alunos
já meio desconfiados ficam mudos esperando o que vem. Ele então pega as pedras grandes e
tenta coloca-las e a água começa a sair do vaso...

Ele diz aos alunos:

-precisamos dar preferencia ao que for mais sério em nossas vidas, pois se nos
enchemos de coisas sem peso, não haverá espaço para aquilo que for mais importante!

O rei e o amor perfeito

Conta uma história, que havia um rei que tinha em seu castelo um jardim encantado.
Que todas as plantas do jardim queriam muito agradar seu rei e com ele sempre conversavam.

Mas um belo dia, enquanto o rei por lá passeava, notou que o sua grande castanheira
estava seca e sem folhas. Indagando-a porque estava assim, ela lhe disse que gastara toda sua
energia para ficar bem verdinha como o pinheiro no inverno e agora, estava assim, sem folhas
carequinha!

O rei andou mais um pouco e viu que o pinheiro também estava seco! Perguntando
porque, este respondeu que querendo agradar mais ao seu rei, ele tentara dar frutos como a
parreira, de tanto tentar se esturricou!

Passeando mais a frente viu que sua parreira de uvas estava bem murcha e sem uvas.
Fez os mesmos questionamentos, ao que ela respondeu que queria agradar o rei e tentou fazer
rosas como a roseira...
O rei desolado com tantas tentativas de agradá-lo, viu que num cantinho tinha uma
florzinha muito linda inteira, bela...e foi perguntara a ela como ela fazia para ficar assim, tão linda!
Ela respondeu, que nascera pra ser daquele tamanho e forma, e que para agradar seu rei, ela
era o que tinha que ser do melhor jeito! O rei perguntou então, quem era ela, ao que ela
respondeu:

- eu sou o amor perfeito!

O rei percebeu que precisava ensinar ao seu jardim que bastavam ser o que tinham que
ser o melhor que podiam ser!

A Senhora do poço

Numa pequena vila, morava uma mulher que tinha em seu quintal um poço encantado,
dele saía uma água curativa, que bastava um copo dessa bendita água e se ficava curado de
qualquer mal. Mas água só saía do poço se a senhora fosse buscar, mais ninguém conseguia
pegar. Então, ela tinha que ir o dia inteiro buscar copos de água para a imensa de pessoas
doentes que a procuravam. Era um trabalho sem fim...E ela prontamente ajudava a todos...mal
voltava de uma ida ao poço e já voltava de novo!

Até que um dia ela caiu doente, não conseguindo se levantar nem para ir ao poço buscar
água para si mesma...

Todos os doentes da fila, apavorados, se reuniram e levaram –na no colo até o poço
para que ela pudesse receber do seu poço essa água milagrosa e se curar...

Ela fica boa e aprende a lição...primeiro um copo de água para ela, depois ela ajuda o
outro! Para se cuidar de alguém, é preciso se cuidar primeiro!

Xícara cheia

Um rapaz muito estudioso e afoito, procura por um mestre para aprender mais sobre um
novo assunto. Mas o rapaz está cheio de tarefas de seu mestrado. O mestre o recebe, pergunta
o que ele gostaria e lhe serve uma xícara de chá, enquanto houve o rapaz contar empolgado o
que mais deseja estudar. Enquanto isto, o mestre vai servindo o chá na xícara, o xá começa a
entornar no pires e o rapaz avisa ao mestre que a mesma já se encheu e está derramando no
pires.

O mestre sorri e apenas diz:

-meu filho em xícara cheia não cabe mais nada...

Dia da fraternidade
Um mestre leva seu discípulo, em um dia de fraternidade, para aprender a fazer caridade.
Passam por um homem velho, caído ao chão. O aprendiz quer logo levantar o velho e se baixa
para fazer esse gesto, quando o mestre lhe impede.

O moço novo e curioso indaga porque não levantá-lo? O mestre responde que podemos
e devemos ajudar apenas aqueles que nos pedem ajuda. E que aquele senhor, nem mesmo o
dedinho levantou para pedir ajuda. Que era possível, o aprendiz quebrar as costas e não
conseguir levantá-lo dali...

A Lagarta e a Borboleta

Todos nós abemos que uma lagarta vai gerar uma borboleta um dia! Que apesar dela
começar a vida rastejando, precisando das folhas das árvores, um dia se tornará um bela
borboleta flutuando pelo céu, saboreando o vento, as flores, a vida!

Mas para se tornar o que ela veio para ser, precisa passar por uma fase de metamorfose,
e sofrer as dores necessárias desta transformação. Ela se fecha em si mesma, e lá dentro do
casulo , vai poder se desmanchar num liquidozinho que contém as células germinativas que
darão origem a uma bela borboleta.

Essa transformação se faz necessária para alcançar a liberdade, a suavidade, a leveza


de ser...

Uma terapia nos remete a esta fase de casulo, de mudança necessária, sofre mas se
muda!

O lugar onde deus se escondeu

Conta que Deus estava muito chateado com os homens e resolveu se esconder. Disse
ao seu anjo que iria para o fundo do mar se esconder. Mas o anjo retrucou que lá não seria um
bom lugar, pois os homens chegam de submarino. Deus então, pensou em ir para a Lua, mas o
anjo novamente retrucou. Disse que ali o homem já chegava também! O anjo resolveu dizer a
ele que existia um ótimo lugar para se esconder dos homens...que era dentro dos seus
corações...eles nunca vão lá!

Quatro velas

Um garotinho vai rezar com sua mãe em uma capela. Chegando lá, vê 4 velas
conversando...a primeira a vela do amor disse que não aguentava mais que iria se apagar, ah!
Humanos ...eles não tem mesmo amor a nada! A segunda vela, da paz, disse ao ouvir a primeiro,
eu também não tenho mais forças para trazer a paz de volta ao mundo, vou me apagar! A
terceira, a vela da fé disse em seguida, pois eu perdi toda minha força nessa vida, estou me
apagando...

O menino desesperado viu que ainda tinha uma das 4 velas acesas e correu a ela, que
lhe disse:

-fique calmo, eu sou a vela da esperança, aquela que nunca se apaga, posso acender
todas elas!

A menina estrela

Uma menina pequena, com medo de dormir no escuro, chamou sua mãe em socorro...
esta, sabiamente, ouvindo a filha... abriu as janelas e mostrou as estrelas do céu... contando a
seguinte estória... Quando Deus criou o mundo, criou o céu, deixou-o escuro demais. Ele, então,
pensou em criar alguma coisa que pudesse brilhar na escuridão infinita/mente... criou as
estrelas... de toda as espécies... umas maiores... outras menores... umas de brilho dourado...
outras, prateado... umas mais azuladas... outras alaranjadas... Mas criou-as com o intuito de que
elas iluminassem todos os asteróides e planetas ao seu redor, infinitamente. Criou até mesmo
revoluções estrelares... de onde sempre surgiriam novas estrelas... como também criou estrelas
bem maiores para que estas, pouco a pouco, fossem dando filhotes e fizessem seu brilho seguir
infinito afora... Mas Ele foi tão genial que criou o espaço tão grande que todas, mas todas as
estrelas mesmo poderiam habitar este espaço sem se esbarrarem... Deus deu uma missão
importante a todas elas: brilhem, brilhem bem... levem sua luz a todos os lugares que vocês
puderem... Dê luz a todos os planetas e asteróides que precisarem de luz e de calor e é certo
que vocês terão brilho suficiente para levar a todos... pois, uma vez sendo estrela, sempre será
uma, sempre brilhará pelos seus méritos naturais... Descubra como você brilha, e seu brilho se
tornará ainda maior...
... A menina entendeu que o brilho está nela e com ela... por isso podia dormir
iluminada... O sono iluminado...
... Deus está em toda parte ao mesmo tempo, ao redor e dentro de você! Você
jamais está só e desamparado. Pare, medite, volte-se para dentro de você e ouça a voz de Deus
falando aí dentro; guiando seus passos através da sabedoria do seu coração inconsciente. Siga
os passos do seu coração... Viva no entusiasmo (do grego en = dentro de + theos, teós = Deus),
amando Deus dentro de você, e a luz da criatividade guiará os seus passos, iluminará o seu
caminho.

A Rosa
Esta estória me foi contada por um amigo apaixonado. Um certo dia, na tentativa
de declarar seu amor pela namorada, deu-lhe um botão de rosa e pediu-lhe que, todos os dias,
invariavelmente, observasse aquele botão, pois ela teria uma surpresa maravilhosa.
E assim, todos os dias, pela manhã, a namorada olhava o botão que ia
crescendo e se abrindo aveludadamente, exalando um perfume discreto e inebriante,
responsável pela atração dos zangões e beija-flores, até que um determinado dia o botão se
transformou numa bela rosa e, de dentro dele, visualizava-se uma aliança com um bilhete que
dizia: “Quando o botão se abre eu entrego o meu amor, porque assim eu sei que a rosa já está
madura para recebê-lo”.

O Rei e o sábio

Diz uma estória que o conselheiro sábio do rei estava morrendo e o rei estava
desesperado porque, o que seria dele sem o seu conselheiro? Quem indicaria o caminho e lhe
daria as respostas? No leito de morte, o sábio deu ao rei um anel e lhe disse: “Ó, meu rei, tu que
já aprendeste tanto, saberás levar a vida sem os meus conselhos, eles já estão lá dentro de ti,
mas quando achares que não consegues mais, depois de tudo tentar, tu poderá ler a mensagem
de dentro do anel.”

Passaram-se anos, o rei foi lutando, péssimas colheitas, boas colheitas, tempos
de paz, tempos de guerra e ele lá... lutando... até que, num certo dia, desesperado, achando que
não daria conta, sentindo-se sem conseguir achar alguma saída, lembrou-se do anel do sábio, o
qual andava em sua mão por todos aqueles anos... Abriu o anel e lá estava escrito: “... Assim
como tudo que tu já passaste, enfrentaste e deste conta... também isto passará...”
O velho e o jornaleiro

Um velho senhor costumava dirigir-se todos os dias de manhã a uma banca de


jornais para comprar o seu matutino. Cumprimentava amistosamente o jornaleiro, comprava o
jornal, agradecia, despedia-se dele e ia contente ler as notícias do dia.
Acontece que o jornaleiro sempre o tratava com monossílabos e cara fechada,
nunca respondendo aos seus cumprimentos e agradecimentos.
Um certo dia, um outro senhor, que estava sempre ali pelas redondezas da
banca de jornais, dirigiu-se ao velhinho e indagou-lhe sobre o porquê de tanta gentileza e
educação com uma pessoa que só lhe tratava com pouco caso e uma certa estupidez, e se ele
não deveria responder-lhe com a mesma linguagem, ao que o bom senhor retrucou, dizendo:
- “Eu não quero dar a ele o direito de escolher como eu devo me comportar.”
A história de Clara

Também ouvi esta estória por aí... Dizem que, quem conta um conto sempre
aumenta um ponto... É mais ou menos isso que vocês vêem por aqui... Algumas estórias têm
autor conhecido, outras, desconhecido, outras estão um pouco distorcidas, mas o que importa
mesmo é o objetivo de contar a estória e ressignificar o caminho. Caso você encontre algumas
estórias já vistas, elas estão aqui só para mostrar que estórias comuns podem ser o veículo de
estórias únicas que virão a seguir.
Esta estória é mais uma que, se lhe forem acrescentadas peculiaridades e
valores pessoais, poderá se tornar única e ainda levar a mensagem de que nunca está tudo
perdido...

... Clara era uma moça triste que não gostava da vila de pescadores onde vivia,
não gostava do que fazia, e só sabia reclamar... Numa madrugada de tempestade ela foi
acordada por uma voz que dizia: “Clara, vá até o rio agora, e você fará uma grande descoberta.”
Clara, apesar de triste e reclamona, era cheia de vontade de melhorar. A descoberta seria uma
boa nova... mesmo no meio de toda aquela chuva, ela saiu na noite e foi até a beira do rio... lá
chegando, tropeçou num saco de pedras e começou a procurar pela grande descoberta... não
via nada... para passar o tempo, foi jogando as pedras do saco na correnteza do rio... o tempo
foi passando e nada... nas primeiras luzes do raiar do dia, Clara segurava a última pedra do
saco... ao perceber, num misto de desespero e clarividência, que se tratava de um diamante...
Ela havia jogado rio abaixo inúmeros outros diamantes... mas a voz veio novamente e disse:
“Clara, você ainda tem um diamante na mão, use do brilho e da riqueza dele e mude sua vida,
ele pode ser sua grande fortuna”... A partir deste dia Clara mudou sua vida. Com aquele diamante
teve o dinheiro suficiente para fazer um negócio próprio e começar sua vida... Muito trabalho...
mas com a vontade e o brilho que levam alguém a mudar de vida e vê-la com bons olhos...

Boiar no mar

Esta é uma boa metáfora para quem tem dificuldade de entrar em transe, de se
entregar ou tem medo de perder o controle...

... Quando eu era criança, como já disse, morava numa praia... minha mãe não
sabia nadar... tinha muito medo que nos afogássemos no mar e ela tivesse que socorrer sem
saber nadar... por isso ela só nos deixava entrar no mar até a altura dos joelhos... o que era
muito pouco...

... Um dia meu pai resolveu nos ensinar a boiar... aquilo poderia aliviar um pouco
a aflição da minha mãe... A praia perto de onde eu morava tinha uma correnteza que levava a
uma prainha ao lado... Ele acreditava que, nos ensinando a boiar, chegaríamos a esta prainha,
caso a maré nos puxasse mar adentro...

... Mas do que eu me lembro como se fosse hoje foi da aula... da primeira vez
em que eu boiei... que delícia! Que coisa boa! Eu era tão pequena que a mão do meu pai,
apoiando as minhas costas, era um apoio enorme!... e ele dizia: “... solte-se, eu estou te
segurando... respira fundo, Sofia... seu pulmão se enche como se fosse uma bóia... respire...
olhe para o céu... veja o azul do céu... as nuvens...sinta o barulho do mar em seus ouvidos... vai
soltando seu corpo... abrindo os braços... abrindo as pernas... respirando fundo... agora sinta...
você flutua sobre as ondas... você está respirando gostoso... seu pulmão é como uma bóia...
agora você vai subir a onda... veja como é gostoso... e assim... lá pelas tantas... eu estava
flutuando... leve... gostoso... sem a mão dele me segurando... Pulava as ondinhas... mergulhava
nas ondonas... para logo poder estar boiando... sol batendo... barulhinho da água nos ouvidos...
o corpo solto... curtindo cada movimento... que delícia!...

As mil e uma noites

Existem inúmeras versões para esta estória. Aqui vai mais uma. Na verdade
gosto de usar esta estória para mostrar às pessoas que um amor pode durar uma vida... basta
você querer... é diferente de uma grande paixão... é uma conquista feita aos pouquinhos... todo
dia.. Não é desfazer todo dia... é fazer todo dia um pouquinho...

... Conta a lenda que um sultão fora traído por sua esposa e jurou nunca mais
sentir a dor do amor e perder a sua amada... por isso instituiu uma lei em que ele se casaria todo
dia com uma nova esposa, teria com ela uma noite de sexo e no dia seguinte, pela manhã,
mandaria lhe cortar a cabeça, antes que pudesse se apaixonar por ela... Assim ele ia fazendo,
as mulheres do reino ficavam apavoradas, com medo de serem as próximas vítimas. Até que
Xerazade, filha do vizir, se dispôs a casar-se com o sultão para pôr fim àquela maldição. Seu pai
entrou em desespero, pois era ele quem mandava cortar as cabeças... Pediu à filha que não o
fizesse...mas ela insistiu... Conta a lenda que Xerazade era mulher culta... que lera toda a
biblioteca do Sultão... sabia poemas... estórias... provérbios... como ninguém... nada se fala
sobre seus dotes de beleza... Xerazade se casa com o sultão... tem uma noite de sexo
maravilhosa... quando o sultão começa a cochilar para adormecer, Xerazade começa a pensar
que é hora de fazer alguma coisa para não morrer decepada na manhã seguinte... Ela conta
estórias, as mais lindas, em versos e prosa... ao pé do ouvido do sultão...e devagarinho vai
soprando, suavemente, palavras... tramas e amor... o sultão se encanta... no dia seguinte, pela
manhã, o sultão adia sua morte para o dia seguinte e... assim por mil e uma noites e mais uma...
eternamente... ele vai adiando a morte daquela mulher que o encantava dia a dia... Mas todos
os dias de sua vida... o amor nasce... cresce e deve ser criado assim... todos os dias um
pouquinho...

O pássaro encantado

Esta estória de Rubem Alves ajuda a mostrar que a possessão só piora as


coisas. Ciúme e posse abalam uma relação. A liberdade é o sinônimo de uma união, fica-se
porque gosta... isto é o que vale... É como diz a música do Gilberto Gil: “o seu amor, ame-o e
deixe-o livre para amar”...

... Conta a estória que um pássaro encantado visitava uma menina, vez por
outra, para cantar as mais lindas melodias... Vinha sempre com uma penugem
maravilhosamente colorida... um canto de cada lugar do mundo que já havia estado... A menina
se encantava com ele... e um dia resolveu prendê-lo, para que ele só cantasse para ela...
colocou- numa gaiola e lá ficou observando-o... ele foi parando de cantar... perdendo a cor de
suas penas e aos poucos foi ficando cada vez mais triste... Então a menina percebeu que para
ele viver era preciso libertá-lo... Soltou o pássaro... ainda que ficasse triste... mas sabia que, se
o tratasse bem, ele voltaria a visitá-la sempre... pois ele a visitava porque gostava dela... Assim,
toda vez que ele viesse seria bem recebido, com amor e prazer, de ambos os lados. Isto bastaria
para que ele retornasse sempre e o que havia de belo permanecesse...

Essa dor tem outro nome

Baseado no livro homônimo de Maria José de Serra.

Muitas vezes aprendemos com os nossos filhos. Esta estória aprendi com o meu
filho Pedro que sabiamente ajudou a curar “uma dor” que constantemente aparecia em minha
filha Marcella. Acredito que, mesmo sendo uma estória infantil, você possa aproveitar com seu
cliente e utilizá-la nos casos de dores somatizadas.

... Tudo começou com queixas constantes de minha filha, antes, durante ou
depois da aula... Num dia tinha dor de cabeça, noutro dor de barriga, noutro dor de garganta, e
assim por diante... Estava entrando no primário, tinha lá suas dificuldades: aprendizado do
alfabeto, a matemática e a adaptação a uma nova escola... Menina sensível... sentia mas não
sabia expressar... então colocava em “dores” ...melhor dizendo “em sofrimentos”...

... “Em casa de ferreiro o espeto é de pau”!... Eu não via isso!!! Até que um dia
meu filho, ouvindo uma queixa de dor de cabeça, disse: “Deixa mãe, eu resolvo isto. Vou trazer
um livro da escola e vou contar uma estória que vai curar estas dores! Sabia que esta dor da
Marcella tem outro nome?!”...

... Voltou da escola orgulhoso... livro na mão, pôs-se a ler para nós duas... Fomos
ouvindo a estória... Percebi que ambas estávamos curiosas... afinal, algo nos curaria!...

... Era a estória de uma menina que foi para a escola e, durante o ano, começou
a ter dores todos os dias... Um dia tinha dor de garganta... ia ao médico, não era nada... Noutro
tinha dores de cabeça, ia ao médico, não era nada... E assim as dores vinham e iam... vinham e
iam os médicos... doença de verdade... nenhuma...

... Até que um dia foram num médico diferente... ele ouviu as queixas e disse à
mãe e à filha: “Sua filha sofre sim, mas essa dor tem outro nome”... Que susto! Como?! O que
era?... O médico explicou que só a filha saberia dizer qual o outro nome da dor... Toda vez que
uma dor viesse... a mãe deveria parar tudo e perguntar à filha.

O diálogo do grande carvalho com a pequena laranjeira

Lembro uma vez, ainda estudando como criar metáforas, num curso fora do país,
em que tive de criar um diálogo em que eu deveria falar algo ao meu professor. Que aperto! Mas
aprendi, dentro das teorias budistas, que é exatamente a incerteza, a insegurança, que trazem
a criatividade... fui em frente... mais um grande desafio: hipnotizar, criar uma estória numa língua
diferente e para o professor! Meu Deus, era desafio demais...
... Depois de uns minutos de silêncio, pensei: Por que não contar a minha história
para ele? O resto... a interação, o diálogo viria...
Veja o que deu... eu a uso até hoje... Aproveite para fazer as suas...

Quando a gente se prontifica a estar com o outro e querer ajudá-lo... as coisas


caem do céu...
... Naquela hora pensei: o que poderia me representar?... uma laranjeira, no meio
de um laranjal....Tantas laranjeiras. Umas mais velhas, mais sábias, produziam frutos
facilmente... eu era tão nova, acho que era a primeira vez que eu florescia... estava muito alegre...
por estar no meio de grandes laranjeiras que produziam frutos deliciosos... no mínimo eu iria
produzir frutos semelhantes... Assim, comecei a contar a história desta laranjeira... enquanto eu
ia contando, procurava expressar o que eu sentia lá dentro... Quanto mais eu colocava a
laranjeira com sentimentos, mais eu percebia as reações do professor... ele ouvia...
diferente/mente...

... Mas a laranjeira era novata, nada sabia, ela queria aprender a florescer como
as grandes laranjeiras... mas o simples fato de estar florescendo pela primeira vez a deixava
emocionada... ela produzia flores, então viriam os frutos... Pelo fato do seu excitamento, sua
robustez, ela exalava um perfume mais intenso... era diferente... chamava a atenção o perfume
de laranjeira nova...encantava... O carvalho, árvore frondosa, que trazia a sombra do sol forte e
a proteção aos grandes vendavais, foi sentindo o cheiro da coisa nova... quem era essa laranjeira
tão pequenina, mas tão saliente, mostrando seus ares de curiosa?... Assim, o carvalho indaga a
ansiosa laranjeira... Ela responde que é nova na área, fora enxertada naquele terreno há pouco
tempo, mas estava gostando de ter ao seu lado tão grande carvalho como protetor... Ele então
responde cordialmente ao cumprimento dizendo: ...É muito bom receber gente nova, ainda
viçosa, com perfume novo, que vem arejar estes ares... Há sempre uma troca, laranjeira nova...
eu lhe dou sombra... você dá um novo perfume...

... os dois assim entraram num bom diálogo e, dali pra frente, fizeram um pacto
de troca... como estariam sempre por perto, seria muito bom que as trocas se fizessem sempre...
A parte jovem entrava com garra, alegria, entusiasmo e muita vontade de aprender... a parte
mais sábia, mais vivida, entraria com a sabedoria... guiando passos... indicando as estações do
ano... dando proteção... sombra... carinho e compreensão aos atos impulsivos da parte nova...
já sabiamente podado pela vida, o carvalho sabia que haveria tempo de primavera... flores...que
dariam frutos... mas que viriam longos invernos... e seria exatamente neste período... que haveria
de se ter força para sobreviver... ...O diálogo dura até hoje... enquanto houver vida, haverá
troca... E os dois lados dão e recebem... isto faz a união...

Esta é uma estória que uso muito para dizer que o novo aprende com o velho,
mas o velho aprende também com o novo.
Há sempre trocas... Você pode dar o que você tem de bom, até sua curiosidade,
e com isso receber o conhecimento... o amadurecimento...
... Há sempre o que dar e, do outro lado, o que receber...

Porco-espinho

Conta uma estória que mandaram um casal de porcos espinhos para a neve.
Eles sentiam tanto frio que resolveram esquentar um ao outro, ficando bem juntinhos, mas,
abraçados, começaram a se espetar com seus espinhos, um ao outro. Daí que se intoxicavam
com o veneno um do outro, devido à proximidade exagerada.

Preferiram, então, manterem-se afastados... Mas afastados sentiam frio...


poderiam morrer... resolveram que o melhor seria ficarem perto o suficiente para se aquecerem
e longe o suficiente para não se espetarem...

Pollyana, o jogo do contente

Pollyana é um livro infanto-juvenil muito interessante, escrito por Eleanor


Hodgman Porter. Eu gosto muito desta filosofia: aproveitar as coisas ruins que acontecem, ver o
lado bom...

... Quando eu tinha 12 anos minha mãe faleceu... fiquei muito abalada porque eu
a amava demais... ela era linda, em todos os sentidos, até na alegria... Na hora do enterro,
quando eu não a veria mais, pedi a Deus que me desse força para guardá-la no coração e que
eu aprendesse as lições que ela havia me dado até então, inclusive a alegria de viver... Lembrei
dela sorrindo e me dizendo: “Sofia, olha para o céu, hoje tem festa de aniversário lá, está cheio
de docinhos de coco, olhe!” (eram aquelas nuvens branquinhas, pequeninas e ralas). Neste
mesmo instante olhei para o céu... ele estava rosado com o pôr-do-sol... lindo para recebê-la...
eu pedi a Deus que me desse um sinal de que eu daria conta do meu recado e de não tê-la por
perto... Foi chegando uma freira do colégio onde eu estudava e me deu um livro... Foi o sinal de
Deus... O livro era este, Pollyana, que falava do jogo do contente... Saí dali já lendo e aprendendo
que tudo tem um lado positivo... Deus levava quem eu amava, mas me dava coragem para cuidar
de outros que eu poderia amar e ensinar a alegria de viver... Ali começava minha jornada de
fazer alegre aquilo que se entristece...

Longe é um lugar que não existe

Quando eu era estudante de medicina, vivia choramingando que minha


formatura estava longe, muito longe. Era difícil, tinha que estudar, dar plantão, ainda cuidar dos
afazeres de casa. Quando eu iria ser médica, quando eu iria ser alguém?! Fazia aquele tempo
ser mais longo do que era, sofrendo o que não era preciso...

Mas um dia ganhei um livro de uma pessoa especial, e o livro se chamava: Longe
é um lugar que não existe, de Richard Bach. O nome já me interessou e logo comecei a lê-lo.

Contava a história de uma gaivota que morava no norte dos Estados Unidos e
que chorava porque sua melhor amiga fora embora para o pólo Sul num navio. Chorava dizendo
que a amiga tinha ido morar muito longe, muito longe...

... Mas uma ave amiga, ao vê-la chorar, disse: “Longe é um lugar que não existe,
só existe dentro da cabeça das pessoas. Se você gosta dela, vá em frente. Sempre em frente. A
vontade levará você até o pólo Sul. Pelo caminho, quando estiver cansada, pare e pense... longe
é um lugar que não existe... Eu chegarei lá...”

... Ouvindo estas palavras, a gaivota pôs-se a caminho. Foi voando e de quando
em quando perguntava: Onde estou, falta muito para o pólo Sul? Ao que os pássaros respondiam
que estava longe, muito longe. Ela só pensava na frase da ave amiga e continuava sua jornada.
A vontade, a garra e a disposição eram tão fortes que ela voava feliz...

... Aprendeu a admirar as paisagens, o céu, o mar, o canto, as outras aves, a ver
a beleza da natureza... e, com isso, a apreciar a passagem por aquela etapa da viagem...

... E quando deu por si, ela estava lá junto da amiga no pólo Sul!

Comigo aconteceu o mesmo e hoje, diante de todas as etapas que preciso


vencer, eu me lembro... longe é um lugar que não existe...
Tênis x frescobol x casamento

Rubem Alves é um mestre em analogias. Esta analogia do jogo de tênis com o


frescobol vale a pena contar em casos de problemas conjugais.
Ele compara o casamento com um jogo com duas raquetes e uma bolinha. Há
os casamentos que são como jogo de tênis. Os dois em campo, jogando um contra o outro.
Sempre mandando a bola aonde o outro não pode alcançar. Quando um perde, fica com raiva e
quer revanche. E assim infinitamente a raiva não passa, ficam ligados no ódio. Já no jogo de
frescobol, é tudo pela alegria, fazendo tudo para mandar a bola dentro. Quando um erra, o outro
corre, e faz tudo para pegar a bola errada e manter o jogo em andamento. Quanto mais os dois
jogam, mais se entrosam e mais acertam as bolas.

Gansos

Os gansos sabem como é difícil voar sozinho. Eles voam em bando. Isso diminui
a força que fazem ao voar, cortando os ares.
Fazem uma formação em V, de tal maneira que um voa na frente, fazendo mais
força que os outros. Logo a seguir, vêm dois outros, um em cada lado da asa do primeiro,
pegando o vácuo e assim por diante o resto do bando. Os que vão atrás vão grasnando,
incentivando o líder para que este continue mantendo a força.
Quando o líder cansa, vem à frente o segundo, e o líder vai lá para o final,
descansar. E assim, o bando caminha junto. Quando, às vezes, um resolve debandar, percebe
que precisa fazer força demais e vê que é preferível retornar ao bando e ter certa proteção.

Neblina

Quando a neblina baixa na estrada, o melhor é colocar farol baixo e dirigir


devagar. Neste momento, andar depressa, querer chegar logo, pode ser perigoso... Assim, nesta
hora de visão com neblina, o jeito é guiar devagar... Aos poucos, à medida que o Sol vai
aparecendo... e vai brilhando... vai dissipando a neblina... o caminho fica claro novamente e você
pode dirigir ao seu modo... sempre vendo aonde vai...

Resfriado
... Quando ficamos gripados, achamos que é o fim do mundo... que aquele mal-
estar não passará nunca... nos sentimos muito mal... O mal psíquico age da mesma maneira e,
como na gripe, repouso e tempo ajudam o corpo ou a mente a melhorar... O silêncio, a
meditação, a hipnose são maneiras de repousar a mente... acalma... alivia... podendo esta
encontrar as saídas para aquilo que pensava não existir...

Abscesso

O abscesso é uma reação do organismo para colocar para fora um corpo


estranho, uma bactéria... Primeiro vem o vermelhão, o inchaço, o incômodo e a dor... Depois, a
deformação do local, e mais tarde, só mais tarde, o abscesso amadurece e vasa, colocando para
fora as bactérias ou o corpo estranho. É feio, às vezes até nojento, mas é a maneira que o corpo
encontrou para pôr para fora o que de ruim estava lá dentro...

Alarme

Uma vez ouvi do professor Malomar Edelweiss a seguinte analogia, comparando


a ansiedade ao alarme de incêndio.
Ele dizia algo assim:

“O alarme de incêndio está bom quando toca devido ao fogo que está
acontecendo. O alarme estragou de vez se há incêndio e ele não toca. E o alarme está sensível
demais se toca por qualquer fumaça de um bife na frigideira. Este alarme precisa somente ser
reequilibrado.”

Algumas outras analogias:

- tartaruga e libélula, cada uma em seu ritmo;

- patinho feio virou cisne negro;

- criar cobra pode ser mordido por ela;

- pipoca, vira flor ao se queimar..

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