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t
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índice
I - O essencial é invisível aos olhos. Só se vê bem com o coração 01
2-Pérola 03
3 - Fabula da Convivência 04
4 - Escleroso 05
5 - Luz em Resistência 06
6 - Uma História de Amor 07
7 - AAfinidade é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois 09
8 - Mudança de Atitude 11
9 - Encantamento S 12
10-Plenitude 13
I I - Unidade , 14
12-Amor maduro 15
13 - As razões do amor 16
14 - Até que a morte 18
15 - A c e n a : 20
16 - Tênis x Frescobol 2 2
1. Aspectos Gerais
3. Abreãção
4. Porque o uso da hipnose
<V Relacionamentos
Amor > *, -
T r a t a m e n t o / casai / e separados
v
7. Doenças Femininas
8. Doenças Masculinas
invisível
aos olhos,
só se vê
bem com
o coração...
Rainha Malika, esposa do rei de kosala, era uma das primeiras damas
convertidas (para o Budismo). O rei não era um budista, mas ele a amava muito. Um
dia em uma noite de lua cheia eles estavam muito românticos - você sabe, Budismo é
muito romântico - e o rei perguntou a ela "Minha querida, quem você ama mais"
esperando que ela dissesse "é claro, sua majestade, eu amo você mais."
Mas sendo Budista, ela disse, "você sabe,querido, eu amo mais a mim
mesma". E o rei disse, "pensando melhor, eu também me amo mais."
No dia seguinte eles foram ver o Buda, e o Buda disse "todo ser ama mais a si
mesmo". Se você ama mais a si mesmo, entenda, os outros também amam mais a si
próprios. E o melhor jeito de você amar mais a si mesmo é não se explorar. Se você
cultiva avidez, ódio e desilusão, você explora mais a si mesmo.
Eu acho que talvez no ocidente eles possam aprender um pouco disto. Eu sinto
que as pessoas tem muito ódio por si próprias. Amar a si mesmo é o primeiro passo
para a liberdade.
Próximo passo, Buda disse para o rei*e a rainha. "Não se sintam superiores
aos outros. Para mim isso é parte da liberdade. Se vocês praticam o sentimento de não
se sentirem superiores aos outros, então vocês tem que praticar não se sentirem
inferiores aos outros. E afinal de contas vocês são instruídos a não se sentirem igual
aos outros". Então vocês podem ir além do dualismo, e uma vez que vocês estejam
além do dualismo, o ser inferior ficam possível. E esta é a verdadeira liberdade:
Liberdade acima do dualismo, acima de você e de mim, acima de mim e de você.
Comparada aos demais moluscos, a ostra não tem lá muitos motivos para ser
otimista, pois é considerada o mais degradado dos moluscos por não possuir cabeça,
olhos, órgãos mastigadores, nem glândulas salivares.
Mas produz pérolas. Sim, já seria uma lição de otimismo. Um corpo estranho,
um grão de areia, por exemplo, penetram no interior da ostra. Ela reage. Está
instaurada a crise.
Para defender-se, a ostra secreta finas camadas concêntricas de nácar que
envolvem o corpo estranho e formam a pérola. Se o corpo estranho não tivesse
provocado a crise no interior da ostra, a pérola não teria sido produzida.
Durante uma era glacial muito remota, quando parte do globo terrestre esteve
coberta por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e
morreram, indefesos por não se adaptarem às condições do clima hostil.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se
proteger e sobreviver, começaram a se unir, ajuntar-se mais e mais. Assim cada um
podia sentir o calar do corpo do outro. E todos juntos bem unidos agasalhavam-se
mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebrosa.
Porém, vida ingrata, os espinhas de cada um começaram a ferir os
companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhe forneciam mais calor, aquele
calor vital, questão de vida ou de morte.
E, afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se por não
suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doía muito mas, essa não
foi a melhor solução. Afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.
Os que não morreram, voltaram a se aproximar pouco a pouco, com jeito, com
precaução, de tal forma que unidos cada qual conservava uma certa distância do outro,
mínima, mas o "suficiente para conviver èem feri, sem magoar, sem causar danos
recíprocos.
Assim suportaram-se, resistindo à longa era glacial
SOBREVIVERAM
-
Esclerose
Outrora, no coração morava - ou não morava (que sei dele?) - o amor. Batia o
coração quando amava. Murchava de tristeza. Adormecia de indiferença. Abrigava em
seu seio a amada. A casa. Os filhos. Até a pátria. E a Deus amava-se sobre todas as
coisas - ou, pelo menos, esforçava-se muito para tanto.
Mas, com os tempos, vieram os médicos. E o aparelho cardíaco passou a ser
fonte de preocupações várias.E de infartos. E de operações. Morria-se, antes, como
hoje. Mas era uma morte qualquer. "Seu coração está fraco", dizia-se. E pouco após -
ou, as vezes, bem depois - chamava-se o doutor da família e um padre distraído. E o
dono da víscera. Pensando em outra coisa, ia daqui para melhor.
Foram-se os padres. Chegaram os doutores. E os prazeres da vida passaram a
ser proibidos e horrorosos.
Mas se fosse só o coração!
Passaram os clínicos a perscrutar a veias e as artérias. Atentaram à circulação.
Cuidaram das gorduras, com carinho. E a esclerose passou a ser um dos fantasmas da
humanidade.
Pobre mundo de hoje! Não tem mais-vontade de viver e ficar rico. E a morte,
que era o fim natural de toda vida que se prezava, passou a ser uma demonstração.
Foi quando aconteceu uma coisa grave. A esclerose, que era doença das
artérias, delas pulou para alma das gentes. Hoje se morre menos. Em compensação,
se vive pouco e com tanto cuidado se cuidam as pessoas que viraram uns tipos de
zumbis, vampiros, de múmias. Transformaram-se em coisas que só existem porque
cuidam-se para delas próprias com se fossem móveis, bibelôs ou outras coisas das
quais me esqueço o nome, que só tem aparências, mas que não conseguem respirar.
Ora, digo eu, senhoras e senhores-, mais cuidem em viver que em não morrer.
Prefiram a esclerose das artérias à das almas. Aprendam a amar, a perdoar e a ter
generosidade. (É difícil, bem sei). Desprezem as riquezas e as pompas. Que é muito
triste viver sem amor e sem todas as dores que o acompanham. Nem pensem só em
si. Que os colibris e os outros pássaros fúteis valem muito mais que uma avestruz.
Coração partido: sofrimento efetivo de um coração partido traz uma profunda abertura com carinho e
centramento.
Luz em Resistência
Adélia Prado
Acho que hoje escandalizei a Ester, não acontecerá mais. Não sei o que fazer
com a Sabina que nos interroga como se fôssemos culpadas das estranhezas da
bíblia. Ninguém sabe que o Franz está em Riachinho e desta vez não é pra fazer ponte
nenhuma, veio só por minha causa, o bacana. Quando as duas chegaram na
segunda-feira, informa assim bem casual: amigo nosso passou por aqui, etc. e etc. não
saberão ao que se trata. Ao fim do rosário faço o agradecimento pela enormíssima
graça recebida que é esta - sei que falo como se o Senhor fosse se esquecer, mas sou
humana demais - a graça, dada pelo Senhor de ter tido duas horas inteiras para ficar
com o Franz. Mãe de Deus, pede por mim. Perhaps Love, gravar uma fita só com esta
música começando e acabando e começando de novo e acabando e começando.
Julinha me surpreendeu decorando e falou: tadinha. E eu sei que não foi por causa do
meu inglês deficitário, ficou com pena é da minha menopausa em fiar. Em qual do dois
espelhos acredito, no que me põe melhor ou no que me dá vontade de nunca mais sair
de casa? Mãe de Deus, estou com saudade do Franz é no corpo, mas é ilocalizável.
Ah, estou com saudade dele é na alma. Franz Bota, até o apelido dele é precioso,
quero o precioso, meu Deus me ajuda a ver aquele homem.
Se isto fosse umà cena de teatro a cortina se fecharia ao som de Perhaps
Love, quanto a isto tenho certeza.
Uma História de Amor
(Autor desconhecido)
Era uma vez uma ilha, onde moravam os seguintes sentimentos. A alegria, a
tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros.
Um dia avisaram para os moradores desta ilha que ela ia ser inundada.
Apavorado, o Amor cuidou para que todos os sentimentos se salvassem; ele então
falou:
Fujam todos, a ilha vai ser inundada.
Todos correram e pegaram seu barquinho, para irem a um morro bem alto. Só
o Amor não se apressou, pois queria ficar um pouco mais com sua ilha.
Quando já estava se afogando, correu para pedir ajuda. Estava passando a
riqueza e ele disse:- Riqueza leve-me com você. Ela respondeu: -Não posso, meu
barco está cheio de ouro e prata e você não vai caber.
Passou então a vaidade e ele pediu:
OhI Vaidade leva-me com você... *
Nâo posso, vai sujar meu barco.
Logo atrás vinha a tristeza.
- Tristeza, posso ir com você?
Ah! Amor, estou tão triste que prefiro ir sozinha.
Passou a Alegria, mas estava tão alegre que nem ouviu o Amor chamar por
ela.
Já desesperado, achando que iajicar só, o Amor começou a chorar. Então
passou um barquinho, onde estava um velhinho e ele então falou:
Sobe, Amor, que eu te levo. O Amor ficou radiante de felicidade que até
esqueceu de perguntar o nome do velhinho. Chegando ao morro alto onde estavam os
sentimentos, ele perguntou a Sabedoria:- Sabedoria, quem era o velhinho que me
trouxe aqui? Ela respondeu: O Tempo. O tempo? Mas, por que só o tempo me trouxe
aqui?- porque só o tempo é capaz de entender um grande Amor.
Melhor é pois estarem dois juntos do que estar um só,
"«V,
Eclesiastes 4 9 12
A AFINIDADE E DOS POUCOS SENTIMENTOS QUE
RESISTEM A O TEMPO E A O S DEPOIS
(Artur da Távora)
A afinidade não é o mais brilhante, mas, o mais sutil, delicado e penetrante dos
sentimentos. O mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as
impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o
diálogo, a conversa, o afeto, no ponto em que foi interrompido
Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado
sobre o real. Do subjetivo sobre o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do
básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais
para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a
um não afim, sai simples e claro diante de algulm que você tem afinidade.
Afinidade é ficar de longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que
impressionam, comovem e mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavra. É
receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem
sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos
amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir oom é não ter necessidade dé explicar o que está sentindo. É olhar e
perceber. É mais calar do que falar. Ou quando falar, jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade jamais é sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com
masoquismo. Mas quem sente com avalia sem se contaminar. Quem não tem afinidade
questiona por não aceitar.
Só entra em relação rica e saudável com o outro, quem aceita para poder
questionar. Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar, não nega ao
outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é. E, aceitando-o, aí sim,
pode questionar, até duramente, se for o caso. Isso é afinidade. Mas o habitual é
vermos alguém questionar porque não aceita o outro como ele é. E, aceitando-o, aí
sim, pode questionar, até durante se for o caso. Isso é afinidade. Mas o habitual é
vermos alguém questionar, porque não aceita o outro como ele é. Por isso, aliás,
questiona. Questionamento de afins, eis a (in)fluência. Questionamento de não afins,
eis a guerra.
Afinidade não precisa de amor. Pode existir com ou sem ele. Independente
dele. A quilômetros de distância. Na maneira de falar, de escrever, de andar, de
respirar. Há afinidades por pessoas a quem apenas vemos passar, por vizinhos com
quem nunca falamos e de quem nada sabemos. Há afinidade com pessoas de outros
continentes a quem nunca vemos, veremos ou falaremos.
Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem para buscar
sintonias com pessoas distantes, com amigos a quem não vemos, com amores
latentes, com irmãos do não vivido.
A afinidade é singular, discreta e independente, porque não precisa do tempo
para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu o vínculo de
afinidade! No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação exatamente do
ponto em que você parou. Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas nem
pelas pessoa que as têm. Por prescindir do tempo e ser a ele superior, a afinidade
vence a morte porque cada um de nós traz a afinidade ancestrais com a experiência da
espécie no inconsciente. Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós, para
encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade. E exigente, apenas de que as pessoas evoluam
parecido. Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau,
porque o que define a afinidade é a existência também depois.
Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois
encontra com saudade ou alegria, ma percebe que não vai conseguir restituir o clima
afetivo de antes, é alguém com quem a afinidade foi temporária. É supratemporal.
Nada mais doloroso que contemplar a afinidade morta, ou a Ilusão de que as vivências
daquela época eram afinidade. A pessoa mudou, transformou-se por outros meios. A
vida passou por ela e fez tempestades, chuvas e plantios de resultado diverso.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. É conversar no
silêncio, tanto das possibilidades exercidas, quanto das impossibilidades vividas.
Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou, sem lamentar o tempo
da separação. Porque tempo e separação* nunca existiram. Foram apenas a
oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E
para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob
a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado.
Mudança de Atitude
A desatenção é a maior inimiga d o amor.
50 lições de Amor
(Suleyman Raphael)
Q u a n d o s u r g e m as d i f i c u l d a d e s , é n e c e s s á r i o parar,
r e e x a m i n a r - s e e e v e n t u a l m e n t e m u d a r de atitude.
Encantamento
50 Lições de Amor
(Suleyman Raphael)
50 Lições de Amor
(Suleyman Raphael)
(Autor desconhecido)
Amor maduro é aquele amor onde há uma gostosa conotação sexual, aliada a
uma profunda amizade, onde as coisas acontecem com tranqüilidade, agradavelmente
e tem reciprocidade.
Pôr isso quando se está livre para o amqr maduro ele está diretamente
- É parte de uma aposta que fiz com Deus. Este bibelô delica, é o casamento.
E você pode estar certo: não resistirá ao ferro meu martelo!
Fiquei indignado que ele estivesse maquinando coisa tão perversa sobre coisa
tão sublime, e passei ao ataque.
- Não é à toa que os religiosos dizem que você é anti-Deus. Deus junta. Você
t
Rubem Alves
Entre os poucos livros que tenho ao alcance da mão, na minha estante, está a
estória do amor de Tomas e Tereza, que Milan Kundera conta em A insustentável
leveza do ser. Tomas tinha tido muitas amantes. De todas as suas aventuras amorosas
"sua memória só registrava o estreito e íngreme caminho da conquista sexual. Todo o
resto (com um cuidado quase pedante) eliminara da memória." "Aventuras amorosas":
Tomas, na realidade, nunca estivera apaixonado. O seu horror ao amor era tal que
nunca permitia que uma mulher dormisse no seu apartamento. A idéia de acordar pela
manhã ao lado de qualquer mulher o incomodava tanto que, terminada a orgia sexual,
Tomas encontrava sempre uma forma de l e v l r a parceira de volta à casa. Ele se
parecia com o sultão d'As mil e unia noites: depois de uma noite de prazeres carnais, a
amante era decapitada... Era assim que Tomas se via, como animal caçador que
abandona a caça tão logo sua fome tivesse sido satisfeita.
Mas com Tereza tudo tinha sido diferente. N ã d que Tereza tivesse algum traço
especial, que a distinguisse das outras. Por mais que a examinasse, nada encontrava
nela que pudesse ser apontado como a razão para o seu amor. E, no entanto, sem
razões, o fato era que ele estava apaixonado por ela.
Sua aventura com Tereza tinha começado exatamente onde terminavam suas
aventuras com as outras mulheres. Ela se desenrolara do outro lado do imperativo que
o levava à conquista. Conhecera Tereza acidentalmente num bar de cidadezinha do
interior. Dissera-lhe, quase como uma brincadeira, que se fosse à capital que o
procurasse. E lhe dera o seu endereço. Tereza foi e o procurou. Chegara à capital
doente e não sabia para onde ir. Foi aí que a história de amor começou. Ela estava
ardendo em febre, adormecera no sofá da sala, e*ele não pudera levá-la de volta como
fazia com as outras. Para onde a levaria? Ajoelhado à sua cabeceira "ocorrera-lhe a
idéia de que ela viera para ele numa cesta sobre as águas".
Agora, à distância, pensava sobre as razões do seu amor e fazia, sem que
disso se desse conta, a insólita pergunta de Santo Agostinho: "Que é que amo quando
amo Tereza?" Tudo se tomava claro de repente. Foi pela beleza desta cena que ele se
apaixonara: Tereza, criança amedrontada, chegando aos seus braços com um pedido
de socorro. "A mulher não resiste à voz do que chama sua alma amedrontada; o
homem não resiste à mulher cuja alma se torna atenta à sua voz."
"Parece que existe no cérebro uma zona específica, que poderíamos chamar
de memória poética, que registra o que nos encantou, o que nos comoveu, o que dá
beleza à nossa vida. Desde que Tomas conhecera Tereza, nenhuma outra mulher tinha
o direito de deixar a marca, por efêmera que fosse, nessa zona do seu cérebro."
Agora, na sua memória poética, aquela cena permanecia imóvel,
imperturbável, fora do tempo. Era uma parte da sua alma. Não morreria jamais.
Vinícius de Moraes percebeu que o amor pela mulher não é eterno, posto que
é chama. Mas ele não percebeu que o amor pela bela cena permanece para sempre,
pois "o que a memória amou fica eterno".
"Que é que amo quando te amo?" Tomas amava Tereza porque amava antes
uma outra coisa: aquela cena bela e comovente que repentinamente brilhara em sua
imaginação. A mulher que ele amava era a Tereza daquela cena: a criança
amedrontada que lhe chegava numa cesta sobre as águas. Tereza poderia
abandoná-lo, deteriorar-se ou morrer. Mas a cena permaneceria inalterada, suspensa
na memória poética, como objeto de amor.
Amamos a bela cena antes de amar a pessoa. Por isto que Santo Agostinho
dizia, em suas Confissões: "Antes que te conhecesse eu já te amava. "Somos amantes
muito antes de nos encontrarmos com a mulher ou com o homem que será o objeto do
nosso amor. Somos como a criancinha que já ama o seio mesmo antes do primeiro
encontro. Sua memória poética sabe que ele existe.
A alma é uma coleção de belos quadros adormecidos, os seus rostos
envolvidos pela sombra. Sua beleza é triste e nostálgica porque, sendo moradores da
alma, sonhos, eles não existem do lado de fora. Vez por outra, entretanto,
defrontamo-nos com um rosto (ou será apenas uma voz, ou uma maneira de olhar, ou
um jeito da mão ...) que sem razões, faz a bela cena acordar. E somos possuídos pela
certeza de que este rosto que os olhos contemplam é o mesmo que, no quadro, está
escondido pela sombra. O corpo estremece. Está apaixonado.
Acontece, entretanto, que não existe coisa alguma que seja do tamanho do
nosso amor. A nossa fome de beleza é grande demais. Neruda dizia que ele seria
capaz de devorar o universo inteiro. Nas palavras da Adélia Prado, "para o desejo do
meu coração o mar é uma gota". E o amor se revela então como a coisa mais triste.
Cedo ou tarde descobrirá que o rosto não é aquele. E a bela cena retornará à sua
condição de sonho impossível da alma. E só restará a ela alimentar-se da nostalgia
que rosto algum poderá satisfazer...
Tênis x Frescobol
primeiras vezes sentiu ... "minha mãe não gosta de mim / não sou amada o
suficiente"... aquilo marca uma "pegada"...
... Mais tarde por volta dos 4 anos, ela é-esquecida na escolinha... o pneu do
carro da mãe fura!... Não é culpa da mãe... que também está triste e desesperada...
mas a menina pensa e sente de novo: ...minha mãe não gosta de mim /não sou amada!
... Marca mais uma vez a pegada, reforçando e seqüestrando sentimentos,
seqüestrando toda a energia da criança...
... A história continua... a menina aos 7 anos não é escolhida pela professora
para alguma atividade importante... vem o mesmo sentimento...
... Depois aos 15 anos... o namorado atrasa para vir vê-la! Ela sente o mesmo!
Ele não me ama! E fica brava com ele. Perde o namorado...
... Mais tarde problemas com o chefe... ele não gosta de mim...
... Mais a frente ... aos 30 anos ... sem namorado e sentindo-se mal amada por
todos!!!
Este é um exemplo do que chamamos crença limitante, onde o recalcamento
faz a repetição do mesmo afeto em várias situações. É como se a pessoa atraísse para
si como ímã tudo de negativo que contribui para a afirmação da crença limitante
continue a mesma.
Vemos que em todas as psicopatologias isso acontece. Inclusive nas
psicopatologias sexuais. Portanto, devemos procurar lá atrás, na história, quais foram
as situações traumáticas que fizeram essa pessoa hoje sofrer de algum mal sexual.
Os exemplos que podemos citar:
• No caso da impotência quando este homem se sente impotente frente a
vida?
• No caso da ejaculação precoce a que ele está vetado de aproveitar, deleitar
sossegadamente?
• No caso do vaginismo da anorgasmia feminina o que também está proibido
de se sentir?
Com esta explicação já ficou claro que precisamos tratar do sintoma, mas
também precisamos regredir esta pessoa até as bases dos seus sentimentos
negativos.
Pela hipnose temos condições de fazermos regressão e também de mudar os
sintomas (mudando o padrão da sintomatologia). Devemos usar das duas
possibilidades.
Erickson era habilíssimo nestas abordagens. Por vezes, dava tarefas ou
sugestões pós-hipnóticas que mudavam o padrão do sintoma, ressignificavam a crença
limitante e em alguns casos utilizava a regressão como ajuda terapêutica.
No nosso caso, como psicoterapeutas devemos além de mexer no sintoma
como o Erickson fazia, devemos fazer regressão. As regressões levam aos primórdios
dos problemas que geraram as crenças limitantes.
O Erickson tinha um jeito especial, e assim ao dar a tarefa ou a sugestão pós-
hipnótica, ele já estava ressignificando o essencial. Não somos assim tão magníficos
como Erickson, por isso é mais cauteloso praticarmos a regressão via de regra!
Não devemos esquecer também das relações. Por isso as técnicas sistêmicas
de casal são necessárias. Algumas vezes, precisaremos de atender o casal em
v
Problemas Afetivos
Amar
Sofrer
Ser Rejeitado
Não ser suficientemente competente
Não querer aquela pessoa
Não pode ser feliz
Ter que aproveitar depressa para não perder
Toda vez que se tem algo bom vem algo ruim
DISFUNÇÕES SEXUAIS
X
RELACIONAMENTOS
Devemos observar os relacionamentos das pessoas com disfunções sexuais.
Já vimos que existe material recalcado, afetos que podem se parecer com sofrimentos.
Precisamos ver como esta pessoa em questão se relaciona com o outro, o parceiro
amoroso.
O que verificamos é que sempre existe algo errado em comum entre o relacionamento e
a difunção sexual. > .
Uma pessoa feliz no seu relacionamento costuma querer fazer amor e o faz bem feito.
DISFUNÇÃO SEXUAL OU
AFETOS PERTUBADOS
O que significa ter que comer depressa, por que o desejo vem e vai depressa?
Recalcamento
Quem não tem lá seus problemas infantis registrados num nível inconsciente?
RECALCAMENTO
Mas é o sintoma que mostra a esta mesma pessoa que ela precisa mudar
algumas coisas básicas em sua vida.
Pergunta básica - como você faz para tal coisa acontecer? Veja os passos, que
você então terá o caminho do que está errado. Este é apenas o sinal de alerta. Como
fica sua vida sem este problema?
Hipnose abre a possibilidade de experienciar e aprender aquilo que ainda não Ibi
aprendido.
Existe um tipo de hipnoterapia para focalizar a saída do problema para cada cliente.
A base será a mesma - Relaxar, soltar, regredir, sentir, ressignificar, aprender a amar
sem medo (primeiro de si mesmo)
2. Religiosidade
6. Tabus e Mitos
São perguntas,entre outras.que você pode fazer para averiguar a idade sexual
em questão.
Devemos sempre ter em mente que existe material recalcado e que devemos
procurar pistas conscientes para nossa busca inconsciente.
Algumas perguntas sugestivas
Sobre a masturbação:
Houve orgasmo?
Serão questões de recalcamento, aquilo que não pode fazer porque aprendeu
assim em casa com os pais? Ou porque viu algum sofrimento nas relações amorosas
de seus respectivos pais? Ou porque tem medo de se entregar e perder o controle?
Deixe vir suas próprias indagações e veja como este sintoma pode ser
particular a sua cliente.
E perder o controle, pode ter um significado errado para sua cliente. Perder o
controle pode ser algo bastante prazeroso, mas devemos reassegurar a pessoa em
questão que o caso aqui é ganhar prazer eisto"também pode ser um bom controle.
Cistites
Candidiase
Outras
Relaxamento
Curtir um lugar agradável
Dessensibilização
Regressão
Progressão
Impotência
Um pensamento?
Uma atitude?
Liberdade sexual?
O que, mais poderia tornar este homem que você atende, sentindo-se
impotente frente a vida? 1
Transe-
Técnicas gerais -
1- Sensualidade - v -
2- Enfoque sistêmico - ^
3- Técnicas diagnosticas -
• Tempo Futuro - Convida-se o casal a visualizar uma dupla tela de projeção na sua
mente. Pede-se que si vejam atualmente, com suas dificuldades sexuais ainda por
resolver. Na outra tela peça que eles imaginem-se no futuro, cercando e
solucionando o seu problema. Peça que coloquem os seus sentimentos positivos,
suas percepções da experiência do futuro. Muitas vezes está técnica redefine o
problema ou oferece informações sobre a sua solução.
4- Técnicas Exploratórias -
Muitas vezes em terapia sexual existem ramificações do sintoma sexual em
outras áreas da personalidade, que repercute em prejuízo para o processo terapêutico,
As principais técnicas, são :
• O Corpo Fala - Outra técnica exploratória, é solicitar ao casal que pense em seu
problema sexual e ao mesmo tempo que se faça consciente qualquer sensação
física que surja em seus corpos. Estas são sensações cenestésicas, gustativas e de
olfato, também estão presentes sensações auditivas e visuais. Uma vez que estas
sensações são percebidas claramente, deve-se experimentar o afeto que
provocam. Finalmente, se inicia a busca da possível conexão destas sensações e
sentimentos com o problema sexual. Então pede-se o seguinte: "Permita que a sua
mente interior te ajude a compreender porque sentiste estas sensações e emoções,
quando pensas em teu problema sexual". Se não surgir uma resposta, sugere-se
que a mente interior, passe esta informação a mente consciente durante um sonho,
ou num momento inesperado durante as atividades do dia.
5 - O Uso do Sintoma - *
• Estados de Ego - Com isto em mente, se pode utilizar com proveito a forma de
terapia de estados de ego, ao estilo de Watkins , visualizando uma auto negociação
ou uma briga da parte sintomática com a parte não sintomática, sendo esta última
mais poderosa que a primeira. Se a pessoa visualiza a parte não sintomática como
fraca, se deve dar tempo para fortalecer e fazer crescer essa parte da
personalidade, antes de começar uma negociação ou luta com a sintomática.
Convinda-se o casal a participar desta experiência.
• O Sintoma como Mensagem - Uma variação desta técnica é sugerir, uma vez que a
pessoa se encontre em hipnose, que o sintoma aparecerá em sua mente como algo
concreto: um ser vivo (um humano, um animal, um anjo, etc), uma cor, um som,
uma figura ou uma forma, ou uma combinação de todas estas coisas. É importante
sugerir ao casal para que imaginem também esta materialização do sintoma e
cooperem para sua mudança ou desaparecimento. Dependendo do que aparecerá
na mente da pessoa, o terapeuta fará as suas sugestões de forma apropriadas. Em
um caso de ejaculação precoce, o homem vê o seu problema como um roedor
pequeno comendo rapidamente o seu interior. Quando se perguntou o que ele
estava comendo, disse, "algo como um fio... um fio elétrico". Quando se pergunta -
acerca do fio, o homem informa que este se conecta com seu penis e se manterá
assim até ejacular. Então sugiro que ao pensar no fio, imagine que está protegido
por uma forte cobertura metálica. Quando não responde a esta sugestão, lhe sugiro
eletrocutar o roedor a fim de evitar que lhe cause mais danos. Isto sendo aceito o
sintoma desaparecerá, ele então conseguirá sustentar relações sexuais.
• Bem Estar - Outra técnica é ajudar a pessoa a concertar-se mentalmente nas forças
de seu corpo. C o m grandes detalhes, o terapeuta se refere simbolicamente a saúde
e aos processos de cura do seu corpo, como o sistema imunológico, e aos
diferentes órgãos como o baço, o fígado, os rins. Sugere que um riacho que corre
fluido, cálido, poderoso, como uma luz curativa e assim sucessivamente por esses
órgãos. Que as forças da saúde, sejam dirigidas aos órgãos sexuais e suas
conexões com o sistema nervoso e muscular. Dar ênfases ao fluxo da saúde, a
curar, ao fortalecimento, a rejuvenescer o aparato sexual completo desde o cérebro
até os órgãos genitais. É importante ressaltar a facilidade com que o corpo funciona
quando está saudável, e que o eixo sexual é uma função natural, normal do corpo.
Que a pessoa tem uma força interna para liberar as forças curativas que realizarão
o seu trabalho no corpo e que estas farão da vida da pessoa uma experiência mais
rica. Na prática clínica combino varias técnicas, quase nuqca utilizo uma só,
especialmente quando se trata de intervenções diretas usando o sintoma. Depois
de desaparecer o sintoma, convido o casal a descobrir seu significado.
• Técnicas de Ehckson - modificar o padrão do sintoma
6 - Técnicas de, D e s l o c a m e n t o s d o S i n t o m a -
Consiste em produzir hipnóticamente uma experiência em alguma parte do corpo que
vai ser deslocada para outra. Em medicina,, uma maneira de produzir analgesia
hipnótica é provocando o entumecimento de uma mão, e desloca-la depois a área
afetada. As principais técnicas, são:
Kaplan foi quem diferenciou pela primeira vez entre problemas femininos de
excitação e disfunção orgásmica, denominando a ambos, como disfunção sexual geral
(DSG) ou falta de resposta sexual feminina. Jehu criou o termo que estou utilizando
(disfunção vasocongestiva), que é mais preciso e denomina os problemas de
excitação, sem considerar suas possíveis origens na abulia sexual, como os termos de
Kaplan. A DVC se refere a excitação fisiológica inadequada, e sua, vasocongestão
genital parcial, ou ausente ou com pouca lubrificação, que produz pouco ou nenhum
prazer erótico diante da estimulação sexual.
As técnica gerais e as específicas, que se podem combinar na prática clínica,
ou a serem utilizadas para tratar outras disfunções sexuais, são:
*
• Imaginação Sexual - O casal deve estar presente desde a primeira sessão, se a
cliente estiver de acordo. Trabalha-se primeiro com ela e depois, com os dois.
Pede-se que em hipnose revise mentalmente o desenvolvimento dos seus
pensamentos sexuais, desde e o inicio, os primeiros momentos de proximidade
física e desejos sexuais, permitindo todo o tempo necessário. A mulher pode
necessitar se ver desejada, amada, ver que seu parceiro se preocupa com ela, mas
deve estar complemente vestida. Deve-se ajuda-la a se envolver em uma cena
mental, em que concentre-se nos sentimentos positivos, por exemplo: "Se sinta
muito bem por estarem juntos, abraçando-se, se desejando muito, sentindo quando
ele está nos seus braços, com seus "abraços, com seus beijos", e assim
sucessivamente. Dependendo de sua comodidade e seu relaxamento, o terapeuta
!
pode ir mais longe: "Desejas ter mais contato com seu ser, sentir teu corpo cálido,
reconfortante. Sentir-se natural por estar parcialmente se desnudando, juntos,
sentindo também a calidez dos seus corpos, pé com pé, com carinho e prazer,
sentir a felicidade de estarem vivos, fazendo amor", ou com afirmações similares. É
necessário que eles mantenham-se comunicando o que acontece e que o terapeuta
observe com cuidado para detectar sinais físicos que possa indicar incômodo. Se o
terapeuta detecta um movimento ou uma expressão facial que indique tensão, deve
perguntar:" ... você está bem"; "podemos continuar?"," está prazeroso?" e outras
perguntas deste tipo. Finalmente, o terapeuta ajuda a pessoa a concentrar-se mais
concretamente em seu corpo e em seus genitais: "É tão agradável sentir-se tão
relaxada e ainda assim bastante excitada. Sim, seu corpo deseja o sexo tanto
quanto sua mente. E sente dentro de você, lubrificada, aberta e cálida. E se sente
tão bem. Seu corpo está cada vez mais pronto, com cada respiração, a cada
segundo que passa, aberta, cálida, úmida. É tão maravilhoso sentir esta paz
interior, este desejo físico; Seu corpo aberto, ansioso, pronto", etc. As sugestões
pós hipnóticas devem associar este exercício com situações onde ela se encontra
com seu parceiro sexual. Nesses momentos ela pode sugerir a si mesma, por
exemplo: "Mais e mais, o sexo se da entre todos e meu corpo relaciona-se da
mesma e maravilhosa maneira, me sinto relaxada, muito bem. Meu corpo está em
harmonia com desejo, contato físico, prazer e excitação". Todas estas afirmações,
são repetidas ou se prolongam, de acordo com o ritmo ou necessidade da cliente. A
estimula a praticar este exercício em casa, gravando-se o transe.
Se dão as instruções para que o objetivo é o exercício e não somente escutar a fita.
a gravação deve ser devolvida , na sessão seguinte, para que o terapeuta conserve
o controle do que se grava e como é utilizado. Esta é uma técnica geral, que com
as modificações adequadas, pode ser utilizada para tratar outras dificuldades
sexuais. Como disse anteriormente, o casal sexual deve ser convidado a participar
nas sessões hipnóticas quando estiverem prontos. Nesses momentos o terapeuta
adaptará as afirmações para os dois.
2 - Vaginismo -
4 - Dispareunia -
A maioria dos casos em que algumas patologias orgânicas causam dor durante
ou depois do coito existem fatores psicológicos que freqüentemente contribuem com a
disfunção. As técnicas hipnóticas são de grande auxilio ao trabalho ginecológico, o
terapeuta tem que estar atento a respostas condicionadas e a auto-hipnose negativa.
5 - Prazer i n a d e q u a d o -
Comentários Finais -
Devemos desmistificar a idéia que uma pessoa feliz não tem fantasias e que só as
pessoas insatisfeitas as tem. Mulheres saudáveis também tem muitas fantasias mesmo
com amantes imaginários. Ao utilizar as técnicas hipnóticas evite a intelectualização e
argumentos racionais. Sempre integre a imaginação sexual com sugestões de prazer,
permitindo as mulheres terem atividade mental sem culpa. Estar atento ao mito pseudo
cultural de inveja do pênis. Estar atento a questões diagnosticas pois muitas vezes é
mais fácil culpar as mulheres pelas dificuldades sexuais do casal, não etiquetando a
mulher como paciente identificado.
Ill - Técnicas Hipnóticas para o Tratamento de Disfunções Sexuais Masculinas -
2 - Disorgasmia -
3 - Dispareumia -
Estas técnicas são apresentadas juntas pôr não haver diferença nos homens e
nas mulheres, sendo que todas estão ligadas a algum distúrbio de pensamento.
Existem poucos estudos sobre os processos químicos e fisiológicos da abulia sexual
(falta de desejo sexual), portanto nos limitaremos aos componentes psicológicos do
distúrbio.
O primeiro passo é assegurar que o cliente realmente sofre de abulia, e que
não há algum outro componente associado, seja fisiológico ou não. Caso aja alguma
outra insatisfação relacional pesquisar se esses não são a verdadeira causa do
problema.
Nas desordens de desejo a autohipnose negativa deve ser considerada.
Primeiro deve se descobrir quais afirmações negativas e imagens mentais que a
pessoa aceita como verdade, inclusive as sexuais. O segundo passo é torna-las
positivas com elementos idiossincráticos e egosintônicos. O terceiro passo é a
aplicação destas auto-afirmações e imagens mentais positivas hipnoticamente, até se
extinguirem.
Para combater a auto-hipnose negativa é necessário usar as seguintes
técnicas dos estados de eu: ponte afetiva, interrogatório ideomotor e imaginação sexual
dinâmica. O autor usa as seguintes normas para definir a adequação do desejo sexual:
« •*•
- Devemos considerar sempre o casal como sistema. Se um dos parceiros está
insatisfeito com a freqüência e qualidade das relações (interesse sexual
inadequado, desejo sexual inibido ou desejo sexual hipo-ativo ).
- Há casais que relatam a ausência de sexo, como não sendo um dado
importante pois se sentem supridos em outras áreas.
- A maioria das pessoas passam pôr alguns períodos na vida em que o desejo
sexual se encontram diminuídos, mas quando tem relações sexuais, relatam
satisfação e qualidade.
- E há pessoas que o quadro de abulia sexual se associa com disfunções sexuais
de excitação e de clímax.
- O interesse sexual é um critério subjetivo e a percepção do terapeuta deve estar
livre de preconceitos. Quando uma pessoa relata uma mudança brusca no
padrão sexual sem um motivo real é necessário consultar um médico. O
tratamento de abulia sexual através de hipnose deve ser realizado aonde não
existe a questão orgânica.
1 - Os c o n t r o l e s i n t e r n o s -
2- Revivências -
1 - Afirmações verdadeiras: