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HIPNOSE, TEORIA E PRÁTICA, REGRESSÃO DA MEMÓRIA

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HIPNOSE, TEORIA E
PRÁTICA, REGRESSÃO
DA MEMÓRIA

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SUMÁRIO

O Cérebro e a Mente .......................................................................................... 4


Cérebro: Lado Esquerdo x Lado Direito ............................................................. 4
Consciente e Inconsciente ................................................................................. 6
A REGRESSÃO DE MEMÓRIA ......................................................................... 8
A Leitura da Alma ............................................................................................. 12
O Hipnotismo Primórdios ................................................................................. 16
A Questão do Cetismo ..................................................................................... 21
O “Ser” Teoria Científica ................................................................................... 23
O MOB - Como Teoria ............................................................................................. 30
Psicanálise e TVP Uma avaliação .................................................................... 30
Instrumento Terapêutico ....................................................................................... 32
Premissas básicas .................................................................................. 39
A Verdadeira História do Tempo ................................................................................ 41
O PASSADO ......................................................................................................... 45
A Memória ........................................................................................................ 45
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 48

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O Cérebro e a Mente

É muito comum se fazer confusão entre os conceitos de cérebro e mente, ou


seja, serem tomados como sinônimos. Muitos querem atribuir ao cérebro a função
de criador de pensamento/consciência, assim como o fígado produz bile, ou rim
produz a urina, a questão é que a bile ou a urina são substâncias bioquímicas,
enquanto o cérebro produz elementos subjetivos como ideias, emoções e
inteligência. Mais de acordo com a doutrina dos espíritos é o conceito de que a
mente seria a entidade inteligente que comanda o órgão material cérebro,
semelhante ao motorista que dirige um grande caminhão. Poderíamos melhor
comparar com o que na informática chamamos de hardware e software. Onde
hardware seriam os circuitos eletrônicos digitais e o software seriam os programas
que agirão nesse hardware. Dessa forma o hardware (matéria) seria o cérebro e o
software (Inteligência), a mente. Ou seja, um é o agente, o outro é o instrumento.

Cérebro: Lado Esquerdo x Lado Direito

O cérebro é, portanto, um sofisticado e complexo circuito bio-eletrônico, por


onde trafegam ideias que recebe, interpreta, processa e despacha. Há uma simetria
na forma do cérebro, conjugada com uma assimetria de suas funções. O hemisfério
esquerdo controla o lado direito do corpo e dele recebe as sensações
correspondentes, ao passo que o hemisfério direito do corpo controla o lado
esquerdo. À exceção dos canhotos, a fala e o pensamento espacial constituem
atribuições praticamente exclusivas do hemisfério esquerdo. Por outro lado, o direito
é especializado em aspectos não verbais, tais como: aspectos imateriais, emoções,
música e artes em geral, sendo-lhe, pois, indiferente que passem por esse ou aquele
hemisfério.
O pensamento consciente costuma ser eminentemente verbal, portanto no
domínio do lado esquerdo, enquanto o lado direito como não verbal sediaria os
pensamentos inconscientes.
Curioso observar que nos canhotos todas as funcionalidades do cérebro
estão invertidas. Mais ainda, se um dos hemisférios se danifica, o outro pode
assumir tarefas para as quais, em princípio, não estaria programado.

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Individualidade e Personalidade:
Seguindo as estruturas desse estudo, precisamos de dois conceitos
fundamentais, abalizados pela experiência do Hermínio C. Miranda.

Individualidade:
O ser inteligente, o espírito eterno.
Guarda em si, todas as experiências fisiológicas e psicológicas desde a sua
criação, todas as memórias de suas vidas na matéria e fora dela; normalmente
instalada (conectada) no hemisfério direito; a mente.

Personalidade:
O mesmo ser individual, porém sem todos os recursos da individualidade.
Dispõe, regra geral, da memória da vida atual, do núcleo dos instintos, das
aquisições morais e de Inteligência, sem, no entanto, lembrar-se das memórias
arquivadas das existências anteriores; normalmente instalada no hemisfério
esquerdo; a alma.
O espírito, esse ser consciente, responsável, lúcido e permanentemente
ligado à mente cósmica, está instalado no hemisfério cerebral direito seu posto de
monitorização e comando. É a Individualidade que traz nas suas próprias estruturas
espirituais, não apenas a vivência de todo um passado de experiências, como a
programação para cada nova experiência que se inicia na carne. Uma vez colocados
na memória operacional da criança, no hemisfério esquerdo, os programas
necessários à manutenção da vida, ela se retira para o contexto que lhe é próprio e,
através de seus terminais no lobo direito, monitora a atividade que a Personalidade
vai desenvolvendo.
Pelo mecanismo da reencarnação, a Individualidade vai aprendendo a vencer
as limitações da matéria e a dominá-la, sendo cada vez mais ela própria, até que a
personalidade não lhe constitua mais empecilho à sua manifestação. Assim quando
uma Individualidade atinge o nível evolutivo do Cristo, a matéria na qual se acha
mergulhada a Personalidade não oferece mais nenhum obstáculo à expressão da
Individualidade. Nesse caso praticamente não é mais perceptível a diferença entre a
individualidade e a personalidade encarnada.

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A Alma
Pequeno vocábulo que apresenta segundo o dicionarista, 26 significados.
Relacionemos alguns que interessam ao nosso estudo para análises:

Verbete: alma
1. Princípio de vida. (Princípio Vital)
2. Filos. Entidade a que se atribuem, por necessidade de um princípio de
unificação, as características essenciais à vida (do nível orgânico às manifestações
mais diferenciadas da sensibilidade) e ao pensamento: as faculdades da alma.
3. Princípio espiritual do homem concebido como separável do corpo e
imortal: "A alma precisa de silêncio e prece" (Cruz e Sousa, Últimos Sonetos, p. 95):
Reza pelas almas dos vivos... (Perispírito).
4. O conjunto das funções psíquicas e dos estados de consciência do ser
humano que lhe determina o comportamento, embora não tenha realidade física ou
material; espírito: Seu estado de alma sempre lhe transparece nos olhos.
5. Pop. Espírito desencarnado: Diz ele que anda vendo almas.
(Perispírito)
6. Pessoa, indivíduo: Era uma boa alma; Mora num lugarejo de dez mil
almas.
Quando o Allan Kardec perguntou aos espíritos que lhe assessoravam “O que
é a alma? ”, responderam simplesmente que “é o espírito encarnado”, mas que isso
dependeria do entendimento que se quisesse dar a essa palavra. A reposta, apesar
de curta, apresenta uma grande objetividade e coerência com os demais postulados
da doutrina dos espíritos. Para o sentido popular “6. Espírito desencarnado”, temos o
conceito de perispírito, que é mesmo “Ka” dos egípcios, ou corpo espiritual (ou
pneumático) no dizer do apóstolo Paulo.
A alma, portanto seria no presente estudo um sinônimo para personalidade.
É, portanto uma entidade da mesma natureza que o espírito (ou individualidade),
porém não dispondo de todos os seus recursos; ou seja, é um espírito encarnado, e
dessa forma limitado pelas circunstâncias que lhe são imposta pela sua condição de
encarnado.

Consciente e Inconsciente

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Fonte: https://www.libertas.com.br/freud-consciente-pre-consciente-e-inconsciente/

Podemos agora relacionar essas duas definições com os conceitos


geralmente utilizados na psicologia.
Consciente: é a interface entre a Personalidade e a vida/mundo material.
Inconsciente: é a parte da Individualidade não incorporada à personalidade.
Os habituais conceitos da psicanálise de consciente e inconsciente nos
induzem a crer que há dois seres “dentro” de cada pessoa encarnada. Não podemos
deixar de reconhecer que suas dissemelhanças apresentam-se tão veementes que
justifica em parte o pensamento acima. Apesar disso, não há dois seres distintos em
nós, o que há é uma realidade única, o psiquismo superior, ou Individualidade, que,
mergulhado por uma de suas pontas na matéria densa, tem a outra acoplada ao que
poderíamos chamar de psiquismo cósmico. O Livro dos Espíritos, no capitulo VIII,
“da emancipação da alma”, trata dessa questão, ou seja, das atividades que o
espírito encarnado exerce nos seus momentos de liberdade relativa. HCM observa
que não deve ser qualificado de inconsciente, um processo consciente de si mesmo
e que sabe o que quer e para que metas se dirige.

Acesso à Memória Integral


Sendo assim e tendo em mente as estruturas de tempo e espaço, nada há de
surpreendente no fato de que se empregando técnicas apropriadas seja possível ter
acesso tanto à memória da vida atual (própria da Personalidade) quanto à memória
integral pertencente a Individualidade.

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HCM sugere que a memória integral é semelhante a um conjunto de


disquetes (eu diria hoje, CD regraváveis que são mais duráveis e de maior
capacidade). Para cada nova existência, um novo disquete é preparado para
armazenar toda aquela vida. Ao final da experiência na carne os dados seriam
transferidos para a área de armazenamento da individualidade. Isso explicaria em
parte o fenômeno da recapitulação panorâmica no momento da morte, conforme
relatos mediúnicos e as pesquisas de experiências de quase morte. A personalidade
teria então um fácil acesso as gravações da vida presente. Durante o transe numa
seção de Regressão de Memória, a personalidade adquire momentaneamente
alguns recursos a mais da individualidade, incluindo aí o recurso de acesso aos
disquetes armazenados de existências passadas, e até mesmo de períodos entre as
encarnações.
Dessa forma o mecanismo envolvido na recuperação das lembranças seria
tão somente uma questão de memória, ou seja, a capacidade de recuperar todas as
informações gravadas anteriormente, e não envolveria diretamente a dimensão
tempo e, portanto, não explicaria as progressões de memória.
Um outro esquema possível para acesso à memória integral é como se o lado
direito do cérebro (ou comandado por ele) pudesse sintonizar da mesma forma
como em um receptor de ondas eletromagnéticas de rádio ou TV, com um tempo
não-presente e obter as informações detalhadas de todos os períodos das suas
existências. Assim explicaria tanto as progressões de memória, quanto a grande
carga emocional que o sujeito apresenta quando regride e também o fato dele se
sentir lá como se tivesse revivendo a cena. Muitas vezes, em transe profundo, é
como se fizesse uma viagem no túnel do tempo.
Talvez também possa ser um misto das duas ideias. De qualquer forma é bom
ter em mente essas ideias e quem sabe em futuro breve possamos pesquisar mais
profundamente essas questões. Por enquanto nos limitaremos a pesquisar o
fenômeno da regressão em si, sem nos preocuparmos qual o mecanismo intimo do
armazenamento e acesso às informações.

A REGRESSÃO DE MEMÓRIA

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A regressão de memória é uma técnica, bastante antiga, que foi utilizada e


restrita somente a sociedades esotéricas fechadas.
Hoje vem sendo pesquisada de uma maneira científica pela psicologia
contemporânea e empregue na resolução de comportamentos inadequados quando
as causas lógicas são aparentemente desconhecidas.
Quando pensamos em regressão, várias perguntas brotam em nossa mente:

O que é regressão?
Regressão é a busca, em
seus arquivos de memória, de
situações traumáticas que
vivem em nosso inconsciente,
dando origem a distúrbio físico
ou comportamento emocional
inadequado que a pessoa tende
a repetir mesmo que,
conscientemente, não o deseje. Fonte: http://ispnl.com.br/regressao-hipnotica/

Porque regressão?
Porque nela não há somente a lembrança do fato traumático mas,
principalmente, a sua vivência, que é a maneira mais efetiva de conseguirmos
modificar as gravações que dele derivam e nos acompanham, dificultando o nosso
desenvolvimento.

Para que regressão?


Primeiro, para buscar estas situações primárias que, uma vez conscientizadas
e vivenciadas, perdem sua intensidade de atuação. Depois, para que a pessoa
possa se liberar das consequências, desagradáveis e muito prejudiciais, resultantes
desta situação traumática original.
Todo comportamento inadequado, seja ele físico (doença psicossomática) ou
emocional é resultante de uma defesa estruturada realizada sem o concurso da
razão.

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O objetivo é fazer com que o indivíduo possa ser livre para escolher
racionalmente o comportamento que realmente lhe convém.

Quando fazer regressão?


Sempre que detectamos, em nós, comportamentos repetitivos indesejáveis,
sem causa lógica, que se impõe de uma maneira praticamente incontrolável, assim
como: medos incompreensíveis, irritabilidade gratuita, dificuldade de desempenho
diante de situações específicas, etc.
Em resumo, quando a nossa reação não apresenta um fundamento lógico e
real aparente, causando problemas de relacionamento e atuação desajustados no
ambiente em que vivemos, dificultando o nosso aprendizado, crescimento e
desenvolvimento.
Por exemplo, sentirmos medo de um cachorro bravo é um comportamento
natural de preservação. Porém, sentirmos este mesmo medo diante de um
cachorrinho pequeno e manso, denota uma reação deturpada frente a um estímulo.
Nascemos para sermos livres e certas situações que não conseguimos controlar nos
tolhem esta liberdade.
No caso anterior, esta pessoa não é livre para conviver em ambientes onde
existam cachorros (poderá até mesmo perder uma pessoa que gosta muito, pelo fato
de ter medo de ir a casa dela onde existe um pequeno e simpático cachorrinho).

Até que idade é possível regredir?


Em princípio, podemos regredir para qualquer idade, porque temos gravado
todos os fatos de nossa vida desde o útero materno.

A regressão abrange vivências anteriores?


Não há maneira científica de se provar a existência de outras vidas. Porém,
existe em nossa inconsciente gravação de histórias inteiras, com emoção e dor
física, de origem desconhecida e que interferem diretamente em nossa vida dando
origem a vários comportamentos e tendências que apresentamos hoje.
Se estas histórias provêm ou não de vidas passadas, na prática não importa
muito, o que importa é que as conscientizando e vivenciando-as, a pessoa se torna

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mais apta a modificar certas situações e comportamentos indesejáveis que, em


síntese, são provocadas pela própria pessoa.

Como é feita a regressão?


Pode ser feita individualmente, através de técnicas esotéricas ou pode ser
feita acompanhada por alguém que saiba como induzi-la, química ou psiquicamente.

Como são empregadas estas técnicas?


Sempre buscando um estado alterado de consciência, através de uma
pulsação cerebral reduzida.
Individualmente ela é conseguida através de técnicas progressivas,
principalmente aquelas ligadas ao yoga, em que a pessoa vai reinando lentamente
até atingir o grau necessário.
Com acompanhamento, pode ser feito através da narcoanálise, hipnose ou
relaxamento profundo.
Na narcoanálise o indivíduo ingere certas drogas que o levam à
inconsciência, portanto, há sempre o risco de dano físico.
Na hipnose e no relaxamento profundo o indivíduo é levado a um estado
alterado de consciência, através de técnicas psíquicas; porém, na hipnose não há
lembrança, nem consciência do que se vivencia.
No relaxamento profundo a consciência é preservada durante todo o
processo.
Finalizando, gostaria de dizer que a experiência mostra que a regressão é
uma arma útil no combate aos bloqueios, um instrumento mágico de
autoconhecimento e, consequentemente, de um valor inestimável para o
autodesenvolvimento.

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A Leitura da Alma

Poucas línguas preservaram o sentido original da palavra “magia”, como em


francês, por exemplo, em que a palavra “magie”, deve ser considerada como
“mistérios” no sentido de conhecimento de uma realidade superior e transcendental.
“As tradições orais que chegaram até nós, à falta de documentos mais
confiáveis, foram de grande valor, mas, no curso dos séculos, tornaram- se
desfiguradas, como medalhões corroídos, cuja idade os arqueólogos tentam
decifrar... (Christian Paul, 1972)”

No Antigo Egito

Fonte: http://aumagic.blogspot.com/2018/04/os-rituais-de-iniciacao-espiritual-do.html

O Antigo Egito era possuidor dessa “magia”, tinha conhecimento da realidade


espiritual, o Deus único, a lei de ação e reação e a doutrina da reencarnação era
uma das colunas mestras dessa estrutura de conhecimento e sabedoria. Tecnologia
adequada foi desenvolvida para obter-se o desdobramento, ou seja, a separação
temporária e controlada entre o períspirito e o corpo físico, no ser encarnado.
Relativamente livre da prisão celular, a Personalidade tinha condições de
utilizar-se da memória integral; de deslocar-se no tempo e no espaço; de entrar em
contato com seres desencarnados; realizar diagnósticos em si mesmo ou em outras
pessoas, recomendando tratamento adequado para os males do corpo e da mente.
Não era, pois, de se admirar que tão rigorosos fossem os testes criados para não
deixarem a mínima dúvida quanto às faculdades e à moral do candidato à posse de
tais conhecimentos. Ali se operavam o desdobramento, a regressão de memória, a
autoscopia, diagnose por psicometria ou vidência, a telediagnose, o tratamento por
passes, a mediunidade, materializações, etc.

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Vejamos uma descrição do processo de iniciação, descritos por alguém,


durante uma seção de regressão:
 Os iniciados eram levados até uma porta, o véu de Osíris. Entravam numa
sala onde estavam representados os sete símbolos sagrados da vida. Havia então
uma série de portas e tinha que descobrir a porta da sabedoria.
 Então ele passava a uma sala escura e fria, onde um poço profundo e
uma passagem estreita simbolizava a passagem da sabedoria cega para a
racionalização do espírito. Ele devia descobrir a saída dessa sala.
 Depois ele passaria pela segunda sala, a prova da água, simbolizava o
batismo, era a prova da sabedoria e da coragem.
 Com sabedoria e coragem, chegava até a terceira prova, a do fogo, o véu
de Osíris e a sabedoria de Rá.
 E a última prova, a mais difícil de todas, a tentação da carne. Mulheres
lindas que lhes tentam os sentidos, comidas finas, vinhos saborosos. Se sucumbir,
será escravo de nossas pirâmides, para sempre. Se passar, será então admitido á
iniciação.
 Estudará astrologia, os segredos da filosofia, um mundo de sabedoria,
mas ainda não terá conhecido Osíris nem Rá.
 Somente após anos de estudo, quando ele aprender a ser humilde e
destituído, de tudo, então será levado aos grandes mestres, à sala de Osíris. Lá ele
será levado, a um sarcófago. Será encerrado vivo e, por uma longa noite, conhecerá
tudo que já foi.

Todos esses conhecimentos foram aos poucos se perdendo, até que ma


idade média forma quase que totalmente esmagados pelo poder dogmático da igreja
dominante.

A Chave do Universo
“A alma é a chave do universo”, escreveu Schuré na introdução de Os
grandes iniciados. Mas era necessário o segredo para usar a chave. Por séculos
esse segredo ficou oculto ao ocidente, e uma das áreas mais prejudicas foi a
medicina, que ainda hoje vê no homem apenas o corpo material. Após o término do

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período de tirania da Igreja Católica, houve uma retomada no pensamento nessa


área do conhecimento humano.
Um dos pioneiros foi Paracelso (1.493), o médico maldito, que reconhecia o
aspecto espiritual do homem e questões como a reencarnação. Reencarnaria depois
como Hahnemann (1.755) com as mesmas ideias e criaria a homeopatia. Antonie
Mesmer (1.733), médico excêntrico, que descobriu o magnetismo-animal, ou seja, o
fluido- animal, que pode ser utilizado com fins curativos, e que hoje é aplicado hoje
nos centros espíritas.
Se a alma é a chave do universo, então podemos concluir que a chave da
alma é a reencarnação. Nenhuma abordagem racional aos problemas da alma, bem
como elevada percentagem dos problemas do corpo físico será viável sem levar em
conta o conceito das vidas sucessivas e tendo como pano de fundo a
responsabilidade pessoal de cada um pelos seus atos. Junto ao conceito de
reencarnação, está o de evolução do ser espiritual, onde a cada nova etapa absorve
novos conhecimentos e novas experiências.

Leitura da Alma
Alquimia da mente, pudemos conjeturar como seria o mecanismo de
armazenamento e recuperação das informações na memória. Reconhecemos ali a
impossibilidade, no atual estágio de pesquisa, de chegarmos a alguma conclusão.
No entanto, as técnicas e métodos de leitura dessas lembranças estão muito bem
definidas e documentadas, e são elas que nos deteremos a detalhar nesse
momento.
Com certeza as técnicas a serem utilizadas para acessar a memória integral
da Individualidade, não podem ser as mesmas que investigam os fenômenos de
âmbito e natureza essencialmente materiais. O caminho é desenvolver técnicas que
reduzam a influência inibidora do corpo físico sobre a Personalidade, ou seja,
provocando o desligamento parcial e controlado entre um e outro. É o fenômeno do
desdobramento onde o períspirito se afasta pelo menos um pouco do corpo
continuando a ele ligado, e nessas condições possa transmitir seu pensamento, que
como Individualidade, pode acessar os seus “arquivos secretos” e transmitir
informações por intermédio de seu próprio corpo físico. Trata-se, portanto de um
fenômeno anímico.

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Estado Alterado de Consciência

É, consegue fazer com o seu perispírito se afastasse um pouco do corpo


físico, as suas ondas cerebrais apresentam claros sinais de alteração, podendo
inclusive ser mensuradas por aparelhos específicos para essa função. As ondas
cerebrais variam de 25 Hz, que é o estado de vigília e 0 Hz, que é o estado de
morte cerebral.
Classificação das Frequências Cerebrais

Hz Onda Descição
14 a 25 Beta Vigília
08 a 13 Alfa Relaxamento
04 a 07 Teta Hipnose Profunda
01 a 03 Delta Estado de sono profundo

Quando o cérebro passa a emitir ondas na faixa de 01 a 13 Hz, dizemos que


esse indivíduo está em um estado alterado de consciência. Podemos ver claramente
pela tabela que quanto menor o acoplamento do perispírito, menor a frequência das
ondas cerebrais.
Há várias maneiras de conseguir as condições necessárias para o
desdobramento, ou seja, de conseguir esse acoplamento entre os a memória
integral e os sensores do indivíduo encarnado. Em princípio, portanto, qualquer
técnica que provoque o desprendimento parcial é válida: hipnose, magnetização,
uso de drogas específicas (anestesia, por exemplo), choques elétricos e emocionais,
rebaixamento do nível de vitalidade, sono comum, relaxamento muscular profundo,
hiper- oxigenação, sopros, fixação do olhar, etc.
Aqui vamos nos concentrar no estudo e aplicação dessas duas técnicas:
Magnetismo animal e Hipnose, que embora para muitos seja a mesma coisa,
manteremos a diferenciação. Magnetismo utiliza passes e/ou toques, enquanto a
hipnose fica restrita à sugestão verbal, transmitindo as instruções, em cadência e
tom de voz adequada. Sendo que os dois métodos tanto podem ser usados
separadamente, como ser combinados e aplicados simultaneamente, conforme
teremos a oportunidade de aprofundarmos no assunto a seguir.

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O Hipnotismo Primórdios

A hipnose (hipo – radical grego para sono) é a prática para se conseguir o


desdobramento, que utiliza basicamente a sugestão verbal do hipnotizador para o
sensitivo. O primeiro a definir técnicas de hipnotismo foi o Dr. James Braid (1847),
com isso reformulou alguns conceitos do que se chamava até então de magnetismo
animal, mas também caindo no erro de pensar que tudo era explicado somente pela
sugestão. Na realidade são conceitos distintos, mas que produzem basicamente o
mesmo resultado; dois caminhos diferentes, mas que chegam ao mesmo destino.
Pessoas refratárias a um método podem ceder ao outro, bem como os insensíveis a
um certo método por uma pessoa podem mergulhar em um transe profundo com o
mesmo método aplicado por outra pessoa. O Dr Liébaut, um dos pioneiros,
determinou que cerca de 87% das pessoas são susceptíveis de chegar a um estágio
de transe mais profundo.
Atualmente usada na psicologia e na odontologia (em pacientes a que não
lhes podem ser administrados sedativos ou analgésicos) a hipnose é aceite na
comunidade científica atual desde 1965, data em que num congresso médico em
Paris a hipnose foi considerada válida cientificamente. Quando digo na «comunidade
científica», refiro-me a minoria de cientistas, claro que nem todos aceitam o valor da
hipnose.

Teoria
A teoria do mecanismo de funcionamento da hipnose ainda hoje é muito vaga,
exatamente porque ela trata diretamente dos mecanismos internos da mente, e
sabemos que isso é de difícil exame. No entanto vamos seguir o raciocínio de HCM,
nesse terreno:

Existe semelhança entre o hipnotismo e o Sono comum?


Sim. Existem semelhanças e também diferenças. Assemelha-se no aspecto
externo e por ambos serem desdobramento. A principal diferença está no diálogo
que pode ser mantido entre Operador e Sensitivo.

Por que tantas sugestões são aceitas e cumpridas sem exame crítico?

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Não nos ocorre por que nenhum argumento racional, para explicar por que o
indivíduo em estado hipnótico cumpra ordem que recusaria prontamente em estado
normal, como, por exemplo, tocar um violino imaginário ou comer uma cebola
achando que uma deliciosa maçã. No entanto essa aceitação se verifica quase
sempre, somente nas fases iniciais do transe. Na fase mais profunda do transe, a
chamada sonambúlica pelos magnetizadores, não ocorre mais essa cega
obediência, e muito pelo contrário, às vezes o sensitivo se recusa a obedecer e
repreende o operador.

—E, por quê a obediência nesses casos?


Não sei. Talvez seja, como sugere Dr. Pavlov, similar a paralisação automática
que ocorre em certos animais quando sem possibilidades de fuga, incapaz de fugir
ou reagir ele se faz de morto para não chamar atenção do predador. Mecanismo
semelhante parece fazer com que em estágio intermediário, o indivíduo enquanto
não completa o processo de desdobramento, prefere “agradar” o operador, no qual,
confia desconfiando. Uma vez que a Individualidade considera a posição de certa
forma segura, reassume as posições de crítica.

Considerações
A ideia de controlar a vontade de qualquer outra pessoa é totalmente
impossível, pois ela deve estar pré-disposta e aceitar esse “controle”.
Auto-hipnose assistida seria provavelmente o nome mais adequado a ser
atribuído a uma sessão de hipnose, já que o sensitivo precisa estar pré-disposto a
ser hipnotizado, e o hipnotizador não será mais que um mero guia, condutor ou
explorador.
Uma analogia interessante é a visualização de um filme no cinema: o
espectador sabe que é apenas um filme, contudo assume que a história é real
durante o tempo que dura o filme.
Não é necessário ao condutor qualquer tipo de faculdades paranormais ou
mediúnicas.
Os indivíduos demasiado rígidos (conservadores) ou que se acham espertos
(como aqueles que desafiam que se lhes tente hipnotizar) não são, obviamente,
bons candidatos.

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Pessoas inteligentes e calmas, ou então inseguras ou inquietas são


preferíveis. Deve-se sempre esclarecer que a hipnose não é controlada pelo
hipnotizador, mas pelo sensitivo, que pode sempre interromper a sessão a qualquer
momento.
Existem dezenas de livros e manuais de técnicas de indução hipnótica, um
confiável é manual de Hipnose Médica e Odontológica do Professor Osmard de
Andrade.

Técnica
Existem várias técnicas de Indução hipnótica, a seguir descrevemos uma
técnica como exemplo:

 Preparação do local da sessão: Uma divisão isolada de som, sem


elementos distrativos é preferível. O sensitivo deverá estar confortavelmente
instalado, preferivelmente numa cadeira reclinável e com braços. Gravata e objetos
dos bolsos deverão ser retirados antes da sessão.
 Preparação do sensitivo: Para que a experiência aconteça, é necessário
que o sensitivo esteja calmo e totalmente confiante no condutor. Um modo de testar
e acalmá-lo é a «queda para trás»: Estando ambos de pé e direitos, o condutor
apóia as mãos nos ombros do sensitivo e verifica que os pés estão juntos e
paralelos. Para confirmar que o sensitivo está relaxado, levanta-se-lhe um braço em
cerca de 30° e larga-se - deverá cair sem qualquer resistência. Em seguida pede-se
ao sensitivo para fechar os olhos, levar as pupilas acima (olhando para cima) e
levantar a cabeça um pouco para trás.
Dizer-lhe algo como «Agora eu vou contar até dez, a cada número vai
pensando intensamente em cair para trás. Quando eu chegar ao número dez tu
cairás para trás - na minha direção - tranquila e confiantemente». Proceder a uma
contagem lenta. Importante: segurar o sensitivo para que não caia.

Resultados:
O sensitivo deverá oscilar ligeiramente sobre si, estando em pé, reflexo de
falta de tensão; Será visíveis uma ausência de suor e deglutição, e a boca
entreaberta.

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19

 Bloqueio: Nesta fase o sensitivo já estará mais sugestionável e receptivo.


Proceder-se-á ao bloqueio de um membro, como uma perna. Olhando o sensitivo a
cerca de meio metro, dir-se-á algo como «agora as tuas pernas estão a ficando
insensíveis... e ao som da minha voz vais ficando com sono... cada vez mais
insensíveis... bloqueados na cadeira...», «quando eu bater as palmas voltarás ao
normal e sentir-te-ás perfeitamente bem». Pedir ao sensitivo que se levante devagar
e sem esforço e bater as palmas assim que possível.

 Bloqueio ocular : O objetivo é produzir cansaço nos músculos oculares,


para que eles se mantenham fechados durante o resto da sessão. Há várias
opções, como fixar-lhe o teu olhar, fazê-lo seguir um objeto oscilando ou então - a
minha escolha - pedir que se abram e fechem os olhos de um modo repetido e
monótono enquanto são introduzidas sugestões de cansaço «... as tuas pálpebras
estão ficando mais pesadas... quanto mais as tentas abrir... mais te pesam... já não
consegues abrir as pálpebras porque estão muito pesadas... já não queres abrir...»,
«só poderás fazê-lo quando eu disser».
Avaliar o tempo entre a abertura e fecho das pálpebras, que deverá aumentar
progressivamente; A pupila deverá dilatar-se e «fugir» para cima.
Fase do «sono hipnótico» alcançada. O sensitivo está consciente.
 Verificação e aprofundamento: Pedir ao sensitivo que levante um braço
(este deverá subir lentamente) enquanto se lhe é instruído
«... Os teus olhos estão perfeitamente fechados... Agora levanta o braço bem
esticado e com o punho fechado... Devagar... O teu braço começa a ficar
insensibilizado, começando pelo ombro...
Passando pelo cotovelo... à mão fechada... Vou contar até dez, a cada
número que eu contar o teu braço estará cada vez mais insensível. Quando eu
disser "dez" podes abrir os olhos, sentir-te- ás bem, mas não consegues dobrar o
braço. Só poderás fazê-lo quando eu disser
Nota: Se desejares acordar o sensitivo nesta fase, é recomendável esperar
pelo menos um minuto. O despertar deve ser suave, usando uma contagem algo
como «vou contar até cinco, a cada número vais-te sentindo mais desperto. Quando
eu disser "cinco" sentir-te-ás perfeitamente bem e sereno».

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 Sugestão verbal: Esta fase é dirigida para o terreno mais fértil: a


imaginação. Deveremos ter previamente, uma ideia do campo pessoal dos desejos,
aptidões, esperanças, tensões, ocupações e diversões do sensitivo. É perguntado
ao sensitivo se prefere a praia, o campo ou a cidade. Há que saber se o sensitivo
sofre de claustrofobia ou outros medos que serão evitados a partir deste ponto. É
requerida do condutor uma linguagem adequada, criando um cenário tridimensional,
rico em detalhes e sensações, incluindo o olfato.
 Contagem de ajuste: «Agora vou contar até vinte, e a cada número você
ficará cada vez com mais sono, o seu sono vai-se tornar cada vez mais profundo.
Quando eu chegar a vinte você estará completamente adormecido». Iniciar a
contagem.
Toda a atenção do sensitivo deverá estar centrada no que o operador está
dizendo, pelo que se aconselha sugerir «você dorme profundamente, muito
profundamente. Tudo no mundo está distante para você... Só ouve a minha voz... O
seu sono torna-se cada vez mais profundo...», «está ouvindo a minha voz e a
seguindo o que eu estou dizendo».
Se o sensitivo tiver mostrado preferência pela cidade, pode-se-lhe administrar
a sugestão do elevador, caso tenha escolhido o campo, a sugestão do prado.
Pessoalmente recomendo uma combinação das duas sugestões (ligando-as mais ou
menos assim: «saia do elevador, estás agora num prado...») a não ser que uma
aversão por um dos cenários seja evidente. Aprofundar com a visualização de:
a) Um elevador pequeno, cômodo, quente, acolhedor que vai descendo
lentamente, enquanto aprofunda o sono». Insistir na sua segurança. Alguns detalhes
como luzes azuladas (que têm o efeito de relaxamento) ou o fato de ser silencioso
contribuem para uma sensação de relaxamento. A viagem deve ser lenta, mas não
longa (Maximo 3 minutos). Parar o elevador, sair para o sono profundo.
b) Um prado descrito com os seus aromas e cores, o perfume da erva recém
cortada, uma leve e tépida brisa primaveril.
«Não tens problemas de tempo, não tens nenhuma preocupação, a tua mente
está em branco, estás perfeitamente calmo e tranquilo, sentes-te incrivelmente bem.
No ar morno, movido por uma leve brisa, há um aroma muito agradável de erva
acabada de cortar. Ao longe ouve-se o som claro de um riacho a correr.

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21

Sentas-te e respiras este ar balsâmico a plenos pulmões e, desse modo,


voltas a carregar-te de energia vital. Tudo é paz e bem- estar... à tua volta... e dentro
de ti.

Verificar as expressões faciais. Num estado mais profundo perguntar o que


vê. Caso surjam elementos perturbadores no sensitivo, acordamos sem perder a
calma, contando até vinte. Não permitir que as recordações desagradáveis sejam
recordadas.

A Questão do Cetismo

Fonte: http://oestadodaarte.com.br/ceticismo/

Uma questão interessante a ser analisada é a que diz respeito a


determinação do rótulo crente/céptico. O pensamento céptico geralmente
apresentado é mais ou menos assim:
“Existe um ponto a ser considerado em relação à postura cética que é o do
ônus da prova. Considera-se que este recai sempre sobre quem afirma alguma
coisa, ou seja, se alguém afirma que algo existe, cabe a esta pessoa provar que
existe, e não às outras pessoas provar que não existe. Em resumo, cabe aos
proponentes de um fenômeno apresentar as provas. Em muitos casos, no entanto,
nem sempre essas provas são fáceis”.
“Por esse motivo, nenhum cético sério irá afirmar categoricamente que um
determinado fenômeno não existe. A inexistência não pode ser provada. O que um
cético realmente afirma é que não acredita no fenômeno em questão, ou que não
considera sufucientes as provas apresentadas”.

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Esse céptico descrito acima, é na realidade um céptico teórico difícil de ser


encontrado. Participei por algum tempo do FCB – Fórum Céptico Brasileiro
(Internet), a convite de um amigo e com raras exceções, me pareceu mais um grupo
de fanáticos defendendo a sua causa (a pureza cientifica e anti-religião) a qualquer
custo. Quando me apresentei, disse que "buscava a verdade”, apesar de ser
espírita... o moderador então me disse que a "a busca da verdade" não lhe
interessava e que para isso já existia a comunidade cientifica, etc etc... Para mim
um recado obvio. Não venha para cá com essas ideias fantasmagóricas. Argumentei
que tinha algumas ideias e experiências interessantes. Retrucou então que se EU
tivesse algum trabalho publicado na Nature ou similar e somente assim poderia citá-
la. Fim de papo.
Onde quero chegar?! No meu entender a questão das crenças e descrenças
pessoais são dois lados da mesma moeda. Um crente e um pseudo-céptico na
realidade estão calcados em suas crenças (ou descrenças) pessoais com a mesma
intensidade. Ambos tem extrema dificuldade de passar a aceitar a verdade do outro,
mesmo quando apresentadas evidencias consideráveis. A historia da ciência, da
filosofia e da religião, mostra muitos desses casos. Como exemplo, cito a aceitação
pela dita comunidade cientifica da teoria da órbita da terra em redor do sol. Os
cépticos da época, não aceitaram a teoria e muitos morreram com essa convicção,
apesar dos de todos os dados auferidos. Alguns, entretanto, não aceitaram as
explicações ad-hoc, ou seja, os tais dos movimentos retrógrados dos planetas, e
creram na nova teoria, apesar de dados precários e ainda imprecisos. E assim,
quanto maior numero de crentes foram aderindo, mais respeito foi dado à teoria. Até
que esses últimos passaram a ser maioria e a teoria passa a ser a teoria
oficialmente aceita.
Ou seja, na realidade, em ultima instancia a teoria é aceita como foro intimo,
ou seja, cada um avalia se "considera suficientes as provas apresentadas” seguindo
o método que entende como o melhor dos métodos.
Para muitos o método cientifico. (Sim, mas qual deles????) E como saber da
medida para considerar suficientes as provas apresentadas, 1 prova, 2, ou mil?
Quantos experimentos 1,2 ou mil? Quantos experimentos de PSI serão necessários
para prová-la junto a comunidade cientifica internacional, 1, 2 ou mil?? --- Para
algumas pessoas uma (experiência pessoal, por exemplo), para outras 2, para

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outras NADA é suficiente. Na realidade, de acordo com a maioria dos filósofos da


ciência, nenhuma teoria pode ser totalmente provada, somente pode ser declarada
falsa, quando ela for refutada Somente quando a maioria (POR CRITÉRIOS
INDIVIDUAIS) aderir à teoria ela passara a ser aceita como valida para a
comunidade. Será o novo paradigma.

O ―Ser‖ Teoria Científica

Infelizmente (ou felizmente) o método cientifico não é único. Sendo ele


próprio, o método científico, uma teoria cientifica estudada no âmbito da filosofia da
ciência, uma meta-ciência, desenvolve-se e altera-se com o passar do tempo. Ou
seja, o que era considerado cientifico no passado, pode já não sê-lo hoje e o que é
hoje poderá deixar de ser. Antes o indutivismo, hoje o falseonismo, que por sua vez
já é criticado pelas ideias do paradigma e dos Programas de pesquisa de Lakatos e
outros. Certamente muita água ainda vai correr por baixo dessa ponte. Acima de
tudo estão os fenômenos, os fatos, esses em ultima analise é que prevalecerão,
apesar de todas as teorias. Penso que em PSI, e antes na metapsíquica, e na
Parapsicologia em geral a falta de um modelo teórico, ou princípios básicos, é o que
mais dificulta o progresso dessa ciência. Os experimentadores praticamente ficam
repetindo ad-eternum, experimentos, experimentos.. E não formulam uma teoria
consistente que explique os principais fenômenos.

Conclusão
Tanto pelos pesquisadores mostrados nesse livro, quanto por nós mesmos
dão apoio à confirmação da teoria da RMVP. Os cépticos em geral alegam, não
haver pesquisas que realmente apresentem características de um programa de
pesquisa científico. Em parte eles têm razão, já poderíamos ter avançado bastante
nessa área. Entretanto os dados e pesquisas acumulados até o momento são muito
promissores e fatalmente nos próximos anos os cépticos e a comunidade científica
em geral não poderão ficar à margem desse novo conhecimento, principalmente
aqueles envolvidos em trabalhos e pesquisa com o psiquismo humano. Um
indicativo desse caminho é que os consultórios desses profissionais cada vez mais
têm se habituado com conceitos como vidas passadas e reencarnação. Falta

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realmente dar a essa prática, mais suporte teórico através de pesquisas que
atendam a um grau maior de cientificidade.
Enquanto isso, podemos verificar com uma certa facilidade que levando em
consideração os fatos e pesquisas até agora realizados a teoria que melhor explica
e se enquadra é de fato a RMVP.

Programa de pesquisa
Lembrando a Vida Imediatamente Anterior
Alguns projetos de pesquisa na área de regressão de memória tem sido
utilizados por pesquisadores diversos. Vejamos uma pequena síntese:

1. Lembrança espontânea em crianças – O principal pesquisador é o Dr.


Ian Steavenson. Suas mais recentes pesquisas incluem o detalhado exame nas
marcas de nascença;
2. Pesquisa estatística socio-econômico-cultural – Realizada pela Dra.
Hellen Wanback. Comprovando a veracidade histórica dos dados relembrados;
3. Pesquisa de personalidade Histórica – Realizado pelo Hermínio C
Miranda. Através do estudo do caso Camille Desmoulins e agora o caso “Nefertiti”
pesquisado por mim.
4. Terapia de Vidas Passadas – Vários profissionais de saúde mental já
utilizam a Regressão de Memória como meio profilático. O psiquiatra Brian weiss e
Roger Woolger. são os mais famosos.
O tipo de pesquisa que pretendo iniciar é diferenciado desses apresentados,
não porque eu as considerei insatisfatórias, e sim como uma forma de apontar para
um novo caminho para comprovar e entender as nuanças do fenômeno.

Objetivo:
Realizar uma série de experimentos objetivando que o sujeito relembre a sua
ultima existência. Nessas condições obter o máximo de informações pessoais e
contextuais. A partir daí por meios de pesquisa e estatísticas estabelecer as
conclusões.
Características:

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As pesquisas terão como suporte o conjunto de principio teóricos


estabelecidos na descrição formal da teoria no capitulo anterior.
As técnicas para obtenção do estado de transe será as que foram descritas
no capitulo que trata da “Leitura da alma”.
Protocolo Simplificado:
1. detidamente o sujeito com relação à sua vida atual, identificando
características que possam ser possível fazer alguma previsão sobre a vida anterior.
Informações do tipo: Fobias, Hobbies, Habilidades Manuais, predileção por alguns
lugares ou épocas, problemas de relacionamentos, etc...
2. Treinar o sujeito na obtenção de visualizações e lembranças da vida atual
(Infância);
3. Realizar quantas seções forem necessárias para obtenção dos dados da
vida imediatamente anterior. Informações do tipo Nome Completo, datas varias.
Nome Completo dos familiares, Localização geográfica precisa, nome de
governantes locais, Casamento, formação acadêmica, etc...
4. Efetuar pesquisa nos locais adequados a fim de confirmar ou não a
existência da personalidade lembrada, e caso confirmada chegar a veracidade das
demais informações.
5. Concluída a fase de coleta das diversas amostras (100, por exemplo),
eliminar as que apresentem algum indicio de fraude ou vazamentos sensoriais
(personalidades históricas ou de localidade onde o sujeito já teve algum contato).
6. Elaborar gráficos e relatórios que possibilitem as conclusões sobre os
resultados.

Modelo Organizador Biológico.


(Teoria de Hernani Guimarães de Andrade - Apresentada nos livros: A teoria
corpuscular do espírito; Novos rumos a experimentação espíritica; Parapsicologia
experimental; e A matéria PSI.).

Núcleo:
-- Existência de um campo-psi e de uma materia-psi, participante de uma
realidade mais ampla, da qual o campo-eletromagnético e a matéria-física são casos
particulares.

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-- Existência de estruturas autônomas oriundas do campo e matéria psi, fora


do âmbito do nosso espaço e em outras dimensões além das três registrada pela
nossa experiência direta.
-- Existência da possibilidade da interação entre os dois domínios.
O MOB - Modelo Organizador Biológico e o CBM-Campo Bio-magnético.
MOB - Uma unidade autônoma e evolutiva pertencente ao domínio PSI,
capaz de interagir com a "matéria orgânica", e desse fato resultar o ser biológico
como conhecemos.
-- Uma das propriedades do MOB é a de ser portador de um "campo
biomagnético" CBM, cuja principal função é permitir a açao do modelo, sobre as
moléculas da matéria orgânica e vice-versa.
CONSIDERACÕES: Conclusões e previsões a partir dessa teoria:

Evolução Biológica:
"O desenvolvimento dos seres vivos, desde a origem da vida até agora,
demonstra uma sistemática tendência ao aperfeiçoamento e sabe-se que de acordo
com a genética que a simples experiência de um ser vivo não é biologicamente
herdada pelos seus descendentes. Para explicar essa evolução sem lançar mão da
hipótese de Lamarck, criou-se a teoria das sucessivas mutações ocasionais,
seguidas da seleção adaptativa.
Essas teorias, entretanto, deixam sem explicação o ”porque” o embrião deve
passar obrigatoriamente por fases epigenéticas que sugerem uma recapitulação dos
estágios evolutivos da espécie a que pertence. Ficam sem explicação a existência
de órgão e detalhes nos organismos vivos, inúteis uns, demais engenhosos outros
para terem sido obtidos por mutações aleatórias seguidos de ensaios e erros. HGA"
Admitida a existência do MOB e do seu CBM, essas questões seriam
resolvidas com uma certa facilidade, um MOB (pertencente a uma determinada
espécie-viva) guardaria em sua memória, todas as fases da sua própria evolução e
principalmente todas as suas experiências vividas na matéria orgânica e fora dela.
Dessa forma as mutações genéticas-melhores-adaptadas passariam adiante o seu
sucesso.

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Eis o processo da reencarnação. Para aprofundamentos sugiro além dos


livros do Hernani, o livro de Chico Xavier (Evolução em dois mundos - autor
espiritual André Luís) de onde com certeza o Hernani hauriu suas inspirações.

Fenômenos PSI:
"Ao analisarmos as características dos fenômenos paranormais, veremos que
as suas leis não puderam ser enquadradas nos esquemas das leis que regem os
fenômenos ditos normais. Os fenômenos causais eficientes que governam os
eventos paranormais provavelmente se desenrolem fora do nosso espaço físico, em
uma outra circunstância espacio-temporal, não obstante possuírem meios de
interação com os objetos do mundo em que vivemos. Sendo a função-psi uma
faculdade da mente, e se essa se relaciona com determinada organização material
(nosso sistema nervoso), talvez sua estrutura se prolongue para além do espaço-
físico, operando em outro tipo de espaço de onde partiram as causas eficientes dos
fenômenos paranormais. Este prolongamento mental poderia encontrar-se no MOB.
Seu meio de interação com a matéria física seria o campo-biomagnetico CBM.”

Memória Extra-Cerebral:

"Se, após a morte do corpo físico, alguma outra coisa sobrevive como suporte
da personalidade e repositório da memória de suas experiências ( e de suas
mutações), por que não admitir a possibilidade do seu retorno ao palco da vida? Não
seria esse o processo básico da evolução biológica?? É possível que o MOB
possibilite duas modalidades de ação.
Uma seria a estrutura espacio-temporal do MOB, operando como fator de
recapitulação OBJETIVA das experiências biológicas pelas quais transitou em sua
evolução pretérita. A outra seria a recordação SUBJETIVA da sua experiência
psíquica. Esta memória extra-cerebral, quando inconsciente, poderia manifestar-se
como tendências, aptidões inatas, genialidades e instintos. Em certas ocasiões,
emergindo para o consciente, provocaria o surgimento das RECORDACOES DE
VIDAS anteriores.
Da mesma forma o MOB poderia transferir, de uma encarnação para outra,
certas características físicas adquiridas."

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Sobre esse fenômeno esta na obra de Steavenson, Reencarnação e Biologia.


Um livro com mais de 2.000 páginas, com o maior critério cientifico, com fotos,
depoimentos, comprovações onde crianças apresentam sinais de nascença nos
locais onde sofreram ferimentos numa vida anterior, fatos esses comprovados reais
por Steavenson e sua equipe. Uma outra linha de pesquisa muito promissora, na
lembrança de vidas passadas mediante a indução a estados alterados de
consciência... já existindo uma grande quantidade de estudiosos estudando esse
fenômeno.

Fenômenos Mediúnicos:
Uma vez admitido o MOB e a sua relação com sistemas orgânicos, ficaria
evidente o fenômeno conhecido como mediúnico, uma vez que a entidade do
domínio da materia-psi poderia influenciar o sistema neurológico humano com
menor ou maior grau e produzir os mais diferentes fenômenos. Vale a pena citar os
trabalhos de Materialização realizados por William Crookes e Albert Von Schrenk,
onde poderia se admitir a utilização do MOB e seu CBM na produção do fenômeno;
Os casos de Xenoglassia onde um Médium pode falar e conversar (ou escrever)
numa língua desconhecida para ele; Casos de efeitos inteligentes, onde a
comunicação esta muitíssima além das possibilidades culturais e intelectuais do
Médium, cito o caso de Chico Xavier que publicou o livro "Parnaso de além túmulo"
com 20 anos de idade e apenas o ensino fundamental (da época) apresentando
versos, poesias e sonetos da suposta autoria dos maiores poetas brasileiros (Castro
Alves e Augusto dos Anjos, entre outros) ate hoje considerado um "assombro" pelos
acadêmicos de letras. Outra obra sua já citada aqui (Evolução em dois mundos) uma
obra complexa e extremamente acadêmica tratando de profundos conceitos de
biologia, química, genética, etc. Onde se lê na introdução, que a pedido do "espírito"
os capítulos impares foram Psicografadas pelo próprio Chico e os pares por outro
médium, em outra cidade, pelo Médium Waldo Vieira. Para controle cientifico
segundo ele.

Fenômenos de Quase-morte:
Onde pessoas que tiveram morte aparente e muitas vezes cessaram os sinais
vitais, alegam permanecer conscientes durante esse lapso de tempo. Quem primeiro

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estudou esse fenômeno foi o Dr. Raymood Jr, a partir da década de 70. Segundo
suas pesquisas, algumas ocorrências obedeceram a um padrão recorrente,
independente de crenças e aspectos culturais.
1. Visualização do próprio corpo e do ambiente ao redor;
2. Encontro com entes familiares já mortos;
3. Visão de um ser de luz, que transmite paz e amor;
4. Passagem através de um túnel, com uma luz brilhante no final;
5. Recapitulação de cenas da vida em alta velocidade.
O resultado desse estudo confirma um outro realizado no final do século de
19. Realizado por Gabriel Delanne, onde as informações sobre a morte são obtidas
por via "mediúnica" entrevistando "espíritos". Ha um alto grau de correspondência
entre um e outro estudo apesar da diferença das formas de investigação. Atualmente
outros pesquisadores utilizando regressão de memória a vidas passadas, também
chegaram a resultados bastante aproximados do estudo do Dr. Raymood. A
diferença destes dois últimos e o primeiro é evidentemente quanto ao desfecho, uma
vez que neste o sujeito não completa o processo de morte. Outra linha semelhante
são os casos de "aparições" no leito de morte com um grande numero de casos
relatados.

Psicanálise / Terapia de Vidas Passadas

Também a partir da década de 70 alguns psicólogos, psiquiatras e


psicanalista começaram a experimentar a Regressão de Memória a vidas passadas,
como ferramenta para tratamento psicológico contra males psíquicos. Pode-se
ressaltar Dra. Edith Fiori, Dra. Hellen Wambach, e mais recentemente Dr. Brian
Weiss e Dr. Raymood Jr. passaram a incluir a TVP no seu modelo de tratamento.
Essa terapia tem obtido excelentes resultados, a despeito da crença ou descrença
na reencarnação seja do paciente ou do psicoterapeuta. Muitos pacientes
apresentaram melhora surpreendente (às vezes numa única seção de regressão),
mesmo que antes tenham feito meses de terapia convencional. O fato de ver (ou
rever) as cenas que „presumidamente‟ deram origem aos problemas eliminam os
sintomas reclamados.

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Considerações
"Pensamos que a investigação da existência do campo biomagnetico (CBM)
seria, o primeiro passo no sentido de confirmar ou REFUTAR a hipótese do MOB.
Poderíamos aprender a detectá-lo e a medi-lo, usando os próprios meios biológicos
como, por exemplo, culturas bacterianas que, devidamente padronizadas se
prestassem para isso. Uma primeira pista já esta franqueada, pois os campos
magnéticos estáticos exercem influencia no desenvolvimento de bactérias, ratos,
tumores... conforme já se verificou pelos trabalhos da "Biomagnetic Research
Foundation".
Poderá parecer sem sentido estabelecer correlação entre os fenômenos
paranormais e os fenômenos biomagnetcos. Todavia, se analisarmos
cuidadosamente as características dos fatos paranormais, veremos que suas leis
não puderam ate agora, serem enquadradas nos esquema das leis que regem os
fenômenos ditos normais.
Sendo a função-PSI típica da mente, e se essa se relaciona com determinada
organização material (nosso sistema nervoso), talvez sua estrutura se prolongue
para alem do espaço físico, operando em outro tipo de espaço de onde partiriam as
causas eficientes dos fenômenos paranormais. Esse prolongamento mental poderia
encontra-se no MOB. Seu meio de interação com a matéria física seria o campo-
biomagnetico (CBM).Hernani Andrade, A matéria PSI.

O MOB - Como Teoria

Penso ter demonstrado suficientemente o argumento que a Teoria do MOB


seja verdadeiramente uma TEORIA CIENTIFICA. Os fatos e pesquisas que aqui
apresentei são suficientes em número e qualidade pra que seja respeitada. O
preconceito por ser uma teoria que "pareça" ser mística / religiosa não deve ser
entrave para que seja avaliada como uma outra qualquer. E caso seja uma teoria
falsa, que seja refutada.

Psicanálise e TVP Uma avaliação

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HIPNOSE, TEORIA E PRÁTICA, REGRESSÃO DA MEMÓRIA
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Nesse texto não temos por objetivo, estudar detalhadamente a TVP (Terapia
de Vidas Passadas), está inclusive nos nossos planos uma incursão nessa área em
um outro momento. No entanto é imprescindível que quem interesse pela teoria e
principalmente pela prática de regressão um conhecimento razoável sobre essa
área, uma vez que estará em contato direto com a psique dos indivíduos.
Compararemos então de forma superficial a TVP com a Psicanálise.
A rigor a regressão de memória pouco tem a ver com a Psicanálise como foi
concebida por Sigmund Freud (1856 – 1939 ) que foi baseada muito mais na
interpretação dos sonhos e outras análises subjetivas. Quando muito os
psicanalistas modernos utilizam a hipnose para fazer com que os pacientes
relembrem de algumas experiências traumáticas ocorridos na infância.
Paradoxalmente, Freud, que revolucionou o tratamento das doenças mentais,
chamadas até então de nervosas, e passou-lhes a considerar um problema da
psiquê (alma em grego), até o fim dos seus dias foi um materialista convicto. Foi
também um dos primeiros a entender o psiquismo dividido em consciente e
inconsciente.

A base de sua doutrina:


Interpretação dos sonhos; O Ego, Id e Super-ego; Complexos sexuais
(Electra, Édipo, etc); Instinto; Sexualidade Infantil; Inconsciente; Neurose; Ab-reação;
e Traumas.
O principal problema com essa doutrina é a questão do Pansexualismo e o da
sexualidade infantil, onde na sua ótica tudo gira em redor do sexo e de uma forma
exagerada, onde todos os problemas tem que ser assim explicados.

Um Novo Modelo Clínico


Não é difícil observar-se que a psiquiatria e psicologia mostram-se mais à
vontade nesse início de milênio com o conceito de reencarnação, que aos poucos
vai se integrando às práticas de consultório, introduzindo sutis modificações no
modelo clínico básico até agora adotado. Contudo, este conceito, uma vez absorvido
nas estruturas do novo modelo, provocará profundas reformulações, porque ela não
constitui aspecto isolado da problemática do ser. Teria que ser levado em conta toda
a estrutura apresentada nesse estudo e algumas outras contidas na doutrina

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espírita, sem no entanto querer dizer que o terapeuta tenha que pertencer ao
movimento espírita.

 O ser humano desenvolve-se ao longo de lento processo evolutivo,


durante o qual vai se tornando cada vez mais consciente de si mesmo e do universo
que o cerca.
 Conhecimento e moral seguem esse processo evolutivo autônomos entre
si, em paralelo, mas não no mesmo ritmo nem ao mesmo tempo.
 A dor seja física ou moral, é indício de conflitos emocionais, mais ou
menos sérios e resulta de atos cometidos em prejuízo alheio (ou próprio).
 Os conceitos estímulo / reflexo / condicionamento corresponderia a
erro/sofrimento/ correção sem muitas adaptações.
 Da mesma forma somos estimulados a desenvolver certos aspectos
éticos, ante o estímulo do prazer na sua mais elevada e pura conotação – a da paz
espiritual.
 As experiências de regressão de memória demonstram que há um
encadeamento lógico na sequência das diversas existências, após estágio mais ou
menos longo no mundo espiritual.
 Elas revelam também, a existência de um componente ético conjugado
com um severo mecanismo de responsabilidade pessoal, a lei de ação e reação
(Carma).

Instrumento Terapêutico

A regressão para fins terapêuticos deve considerar no seu modelo clínico não
apenas o aspecto mnemônico, mas também e principalmente, o ético. Ou seja, não
basta desentranhar a lembrança do erro cometido das profundezas do inconsciente,
é preciso trabalhar os conflitos e fazer com que o paciente compreenda que as leis
cósmicas exigem a reparação do equívoco ou a reposição da ordem perturbada.
O paciente precisa entender que deve promover em si mesmo as mudanças
de comportamento (reforma íntima) que, por sua vez desencadeiam o processo de
cura ou reajuste. Do que se conclui que o profissional de saúde mental tem seu
inevitável componente doutrinário, aconselhador, harmonizador. A regressão facilita

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o processo e lhe confere confiabilidade, porque o paciente é atraído precisamente


pelos episódios que tenham a ver com os seus conflitos do presente, mesmo que
uma época muito remota. Uma vez identificado a causa do problema, recorre-se ao
diálogo, o debate, a doutrinação, no sentido de racionalizar o trauma.
No caso de Identificado o ódio por alguém no passado como sendo a causa
de um trauma, a solução não é tão somente “assumir” esse ódio. Necessário faz-se
identificá-lo, admiti-lo, racionalizá-lo e principalmente a reconciliação e
harmonização com a pessoa odiada num contexto de compreensão, tolerância e até
perdão.
O esquema que estamos propondo incorporar à tecnologia terapêutica não é
uma receita mística para elaboração de uma panaceia universal que cure desde o
mau-olhado até a apendicite. A regressão de memória é apenas instrumento de
busca e identificação dos núcleos traumáticos situados no inconsciente, não uma
terapia por si e em si mesmo. Sendo assim deve ser utilizada como instrumento
terapêutico por profissionais da área de saúde mental com a devida formação
acadêmica e jamais deve ser utilizada por mera curiosidade.

TVP – A Terapia de Vivências Passadas


No nosso entender a TVP representa uma ruptura com a escola tradicional de
psicanálise e que utiliza a regressão como principal instrumento terapêutico, no
entanto estará incorrendo em grave erro, se não seguir a estrutura proposta nesse
texto. Para os que estudam com atenção as estruturas da doutrina dos espíritos e
observam na dinâmica dos fenômenos psíquicos, é difícil de entender como possa
alguém, dedicar-se ao tratamento de distúrbios mentais, sem sólidos conhecimentos
dos mecanismos espirituais.
Método Prático de Regressão em Grupo
Indução por relaxamento/indução hipnótica

Preparação:

 Observar as condições preliminares já citadas anteriormente.

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 Iniciar a prática com alguns esclarecimentos sobre a técnica que será


usada (falar sinteticamente de todo o processo que se seguirá) e sobre os
resultados esperados.
 Tenho trabalhado com uma turma de 15 pessoas, mas esse número
poderá ser maior caso haja mais pessoas para ajudar em caso de algum imprevisto.
 É Recomendada a realização de algumas seções (de aproximadamente
60 minutos cada) de preparação para visualizações de imagens, como sugestão,
cito a técnica do caminho e uma regressão na vida presente (na fase infanto-
juvenil), neste caso sugerir a lembrança de momentos agradáveis como festas,
passeis, jogos, etc.

Relaxamento:

 Tem dado um bom resultado, antes de provocar o transe, fazer leves


exercícios físicos de relaxamento com movimentos no pescoço, ombros, cintura e
membros por aproximadamente 5 minutos. Isso descontrai física e mentalmente o
grupo.
 Não esquecer de minimizar o risco de interrupções (portas, celulares,
etc.).
 Lembrar de colocar uma música instrumental suave ao fundo de estilo
oriental ou “nova era”.
 Todos devem estar confortavelmente acomodados sem nada nas mãos e
de preferência descalços.

Indução ao transe:

FASE 1 - Iniciar o monólogo de uma forma calma, monótona, pausada e


firme. (5 minutos)

 A partir de agora, gostaria (Começar sem parecer estar ordenando e aos


poucos tomar uma postura mais imperativa) que mantivéssemos (usar o plural) os
olhos fechados e a sua atenção para as minhas palavras. Pausa 3seg.

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 Vamos interiorizar o pensamento, e vamos por alguns instantes


concentrarmos somente na respiração. Respire (a partir daqui usar o singular)
lentamente e profundamente, observe atentamente todo o movimento da respiração.
Dessa forma você começa a sentir-se bem relaxado. Pausa 30seg.
 Pois muito bem... mantenha os olhos fechados e imagine que você possui
mãos invisíveis e com elas massajará todas as partes do nosso corpo; quero que
utilize o seu poder de imaginação mental e visualize um quadro branco e nele veja o
número 10.

Relaxamento: (10 minutos)

 Visualize o número 10... e com as suas mãos invisíveis massageie os


seus pés; sinta os músculos sendo massageados e ficando bem soltos, relaxados,
sinta a massagem por todo o pé, entre os dedos, e a partir daqui deixe-os assim o
mais relaxado possível.
 Visualize o número 9... e com suas mãos invisíveis massageie suas
pernas e joelhos, fique bem relaxado.
 Visualize o número 8... massageie suas coxas e quadris. Concentre a
atenção nesses músculos e sinta-os relaxarem completamente.
 Visualize o número 7... massageie suas mãos e seus braços. Sinta como
eles estão relaxados e ficando cada vez mais insensíveis.
 Visualize o número 6... massageie agora os ombros e os músculos do
pescoço. Os músculos se afrouxam e permitem que você fique ainda mais relaxado,
leve e muito tranquilo.
 Visualize o número 5... massageie as costas e sinta sua coluna relaxar,
sinta um bem-estar enquanto você libera as tensões musculares e nervosas dessa
região lhe deixando tranquilo para continuar com o relaxamento.
 Visualize o número 4... massageie agora a região do peito, os músculos
do abdômen e envolva nessa energia os órgãos internos... isso fará com que se
sinta ainda mais relaxado.
 Visualize o número 3...use as sua mãos invisíveis para massagear
suavemente a cabeça, especialmente o couro cabeludo e a nuca. Relaxe, relaxe...
relaxe.

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 Visualize o número 2...massageie suavemente os músculos da face e da


testa, você se sente cada vez mais tranquilo, em paz e muito relaxado. Relaxe
profundamente e mantenha atenção nas minhas palavras.
 Visualize o número 1... massageie agora as narinas, e sinta ar da
respiração entrando pela faringe, garganta, e indo até os pulmões, sinta prazer em
sentir sua respiração...! Respire lentamente e profundamente. Isso lhe deixará em
estado profundo de relaxamento. Relaxe, relaxe.
 Visualize o número 0... você está agora totalmente relaxado, e com uma
enorme sensação de paz e tranquilidade. Quero que mantenha esse estado de
relaxamento até o final da nossa experiência e que fique muito tranquilo e confiante.
 Agora, imagine que você está dentro de um espaçoso e confortável
elevador; nele há uma suave luz azulada. (Pausa) elevador começa a movimentar-
se muito lentamente...você continua inteiramente relaxado e concentrado
plenamente na minha voz. O elevador continua se movimentando e quando eu
contar até 3, o elevador irá parar e a porta irá se abrir e você verá uma cena de um
momento de uma vida passada. Mantenha-se tranquilo e relaxado. Nessa
experiência você poderá sentir as emoções que acompanham as lembranças, se
isso acontecer fique confiante que elas não lhe causarão nenhum mal. Você já
passou por elas antes e sabe que está seguro, e permanecerá tranquilo e relaxado
até o final da experiência.

Exploração da vida passada

 Então, quando contar até 3, o elevador irar parar e abrir a porta, então
você verá uma cena de uma vida anterior... 1.. ( 2 seg)... 2 (2 seg) e 3. Veja a cena.
 Calmamente observe a cena que está visualizando ou começando a se
formar (3 seg)...Simplesmente observe. (3 seg).
 Tente olhar para os seus pés...Veja se esta usando algum calçado... Olhe
para o chão em volta dos pés. (2 seg).
 Observe calmamente as suas vestes... A sua aparência, como você se
vê?.. (3 seg)
 Agora, observe novamente a cena, procure lembrar o que ela representa,
o que está acontecendo? (10 seg)

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 Observe se há outras pessoas nessa cena,... Se há, o que estão


usando?... E quem são elas? (10 seg)
 Veja como é esse lugar que você está vendo...Há algum tipo de
construção?... Como é a geografia desse lugar?
 Continue relaxado... Observando e lembrando de como era essa sua vida
passada. Caso não saiba responder a alguma pergunta, espere calmamente pelas
próximas perguntas...
 Lembre de como era e como vivia sua família... (5seg)... E como era o
local que morava... (5 seg)... Você se consideraria rico ou pobre?
 Qual era a sua ocupação... .. Trabalhava? Estudava? Cuidava da casa?
(10 seg)
 Qual era a sua crença, ou religião? (5 seg)
 Procure lembrar do seu nome...Caso não lembre tente ouvir como alguém
lhe chama. (10 seg)
 Lembre o nome do lugar ou País que vive nessa vida passada (5 seg).
 Qual o nome do governante desse lugar ou País? (5 seg)
 Agora, quero que lembre o ano em que passa essa cena? (5 seg).
 Sinta-se bastante relaxado e tranquilo e veja agora outro momento dessa
mesma vida e fique bem a vontade de observar sem ter que responder as minhas
perguntas... Por alguns minutos... Observe! ( 5 min. )

Final

 Agora, você voltará para o elevador do início. Lembre que isso foram
lembranças de uma vida passada e que essas lembranças devem fazer você
compreender melhor a sua vida presente. Sinta a luz azul tranquilizante que lhe dará
ainda mais energias e manterá todas as lembranças aqui vivenciadas.
 O elevador começa a se movimentar lentamente e o trará para a vida
presente. E quando eu contar até 3, o elevador parará e estará de volta ao presente
e desperto. 1 – 2 – 3. Acorde. (Pedir que acordem sem pressa).

Um pouco da história da Regressão de Memória

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“Regressão de memória é o processo provocado ou espontâneo, por meio do


qual, o espírito encarnado ou desencarnado fica em condições de relembrar o
passado, da vida atual ou em existências anteriores, sejam elas recentes ou
remotas”.
A definição acima é bem ampla, e está assentada nos preceitos básicos da
doutrina espírita, sem, no entanto ser uma criação desta, e nem oriundas de uma
revelação transcendental revestidas de caráter místico ou dogmático. Antes é um
fenômeno natural que pode ser pesquisado utilizando métodos e técnicas
apropriadas, e que apesar dos recentes estudos e pesquisas, sabemos de sua
utilização já em culturas antigas como no Egito e na Grécia.
A aplicação prática mais usual para esse tipo de pesquisa, seria uma inclusão
no modelo clínico atual no tratamento para as doenças da alma, traumas
psicológicos e até somáticos, em muitos casos mostra-se uma técnica que facilita a
solução de muitos problemas.
Além disso, vislumbro a perspectiva de podermos utilizar a regressão de
memória como instrumento de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal,
e/ou como instrumento para terapeutas possibilitando um melhor conhecimento do
paciente de psicanálise, sobre essa questão sugiro a leitura do livro Investigando
Vidas Passadas, de Raymond Moody Jr.
Poderíamos também conjecturar, em que seria possível uma espécie de
arqueologia espiritual, onde poderíamos explorar determinados pontos obscuros
da história, em beneficio geral da humanidade. Como exemplo cito o livro de HCM -
Hermínio C. Miranda, “Eu sou Camille Desmoulins”, onde ele mostra um magnífico
caso de regressão, identificando um dos líderes da revolução francesa.
Há de se ressaltar que essa obra foi compilada, quase que totalmente
transcrita dos livros de Hermínio C. Miranda, e principalmente do livro “A Memória e
o Tempo”. O autor, apesar da sua modéstia, é um dos maiores pensadores
encarnados em se tratando desse assunto,. Uma outra parte foi tirada de diversos
autores, bem como do aprendizado próprio através de algumas experimentações
práticas de nossa parte. Recomendo ao leitor que caso se interesse por esses
estudos não deixe de ler esse e outros livros do autor que constam na bibliografia.
“As tradições orais que chegaram até nós, à falta de documentos mais
confiáveis, foram de grande valor, mas, no curso dos séculos, tornaram- se

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desfiguradas, como medalhões corroídos, cuja idade os arqueólogos tentam


decifrar... (Christian Paul, 1972)”
Equivale a dizer, que o conhecimento de importantes aspectos do espírito e
das leis naturais, foi muito extenso e profundo em remotas eras e que a história
„oficial‟ não tem registros. No Egito antigo foi desenvolvida a tecnologia de
„desdobramento‟. Nesse estado que atualmente muitos chamam de „estado alterado
de consciência‟ – o ser espiritual, parcialmente liberto, tinha condições de utilizar-se
de conhecimentos que na vida de vigília lhe seriam inacessíveis; de deslocar-se no
tempo e no espaço; de entrar em contato com seres desencarnados, etc.
Posteriormente algumas dessas técnicas foram utilizadas na Grécia e em Roma,
mas aí já com grandes deformações... E depois, uma grande repressão na Idade
média sufocou quase que totalmente essas tradições.
Após o término do período de tirania da Igreja Católica, houve uma retomada
no desenvolvimento de outras áreas do conhecimento humano. Um dos pioneiros foi
Paracelso (1.493), o médico maldito, que reconhecia o aspecto espiritual do homem
e questões como a reencarnação. Reencarnaria depois como Hahnemann (1.755)
com as mesmas ideias e criaria a homeopatia. Antonie Mesmer (1.733), médico
excêntrico, que descobriu o magnetismo-animal, ou seja o fluido-animal, que pode
ser utilizado com fins curativos, aplicado hoje nos centros espíritas sob o nome de
passe.
Desde meados do século XIX, diversos pesquisadores vêem contribuindo
para elucidação desse “mistério”; nomes como Allan Kardec, Gabriel Delanne,
Ernesto Bozzano, Albert de Rochas, etc. E mais recentemente outros nomes tem
contribuído com suas pesquisas: Ian Stevenson, Denis Kelsey, Helen Wambach,
Edith Fiore, Brian Weiss e muitos outros.

Premissas básicas

Conforme foi dito anteriormente, o fenômeno de regressão de memória é um


fenômeno natural e como tal obedece a leis e não a dogmas ou princípios religiosos.
Espero que o leitor céptico que por ventura esteja nos dando a honra de sua leitura,
possa simplesmente aceitar os princípios que seguem abaixo como hipóteses de
trabalho e ir em frente. Porém para aqueles que conhecem a doutrina dos espíritos

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ou tem algum outro tipo de conhecimento espiritual, lembro que embutidos na


estrutura do fenômeno estão os seguintes conceitos fundamentais:
 Existência do espírito, ser consciente e em evolução.
 Existência de um corpo sutil, denominado perispírito.
 Preexistência do espírito à sua vida na carne.
 Sobrevivência do espírito após à morte do corpo físico.
A vida noutra dimensão no intervalo entre as vidas na carne.
A reencarnação (em um novo corpo ).
A responsabilidade pessoal, pelos atos praticados.

Técnicas

Algumas pesquisas de regressão, dizem respeito a lembranças espontâneas


em adultos e principalmente em crianças. Nesses casos não são requeridas
técnicas, é bastante uma metodologia para coleta e checagem dos dados. Para a
regressão provocada, algumas técnicas foram desenvolvidas e aplicadas em
conjunto a fim de possibilitar a leitura das memórias que não estão acessíveis ao
que chamamos de “consciência”.

a. Relaxamento induzido: Devem ser aplicadas sugestões verbais, em


local confortável e com música própria para facilitar o relaxamento;
b. Hipnotismo com Sugestão: Utilizado o Hipnotismo clássico, através
de sugestão verbal;
c. Passes Magnéticos: Aplicação de passes e relaxamento;
d. Hiper-Oxigenação: Aceleração acentuada da respiração;
e. Relaxamento pelo Sono: Utilização do cansaço produzido pelo sono;
f. Drogas alucinógenas;

Dessas técnicas nos deteremos no estudo de três, a saber: Relaxamento


profundo, Hipnose e Passes.
Nossa atenção, no decorrer dessa obra, será focada nos mecanismos que
dão suporte ao fenômeno, não iremos no deter, portanto, nas práticas de terapia
usando a Regressão de Memória como instrumento de trabalho.

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A Verdadeira História do Tempo

Para entendermos os mecanismos e as técnicas de Regressão de Memória é


imperioso mergulhemos no profundo oceano de ideias e conceitos que envolvem
duas das grandezas das mais exóticas: A memória e o tempo. Deixo-lhes aqui com o
Pensamento de Hemínio C. Miranda, HCM, em “A Memória e o Tempo”.

O Tempo

Que é o tempo? Pergunta aparentemente simples e de fácil resposta. Não


nos iludamos, porém, com sua enganosa simplicidade. Todos conhecemos as
noções usuais sobre o tempo como a sucessão de minutos, dias, meses, etc., Mas
mergulhe um pouco mais fundo e ficará abismado ante a complexidade do
fenômeno „tempo‟. Santo Agostinho, confessou honestamente a sua dificuldade em
definir o tempo, escreveu ele:
“Que é, então, o tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; se desejo explicá-
lo a alguém que me pergunte, não sei mais.”
Aristóteles na sua Física, fez uma penetrante análise que ainda hoje
impressiona. Para ele o agora é uma partícula indivisível de tempo encravada entre
o passado e o futuro e que de certa forma, tem de pertencer um pouco a cada um
deles, do contrário não poderia ligá-los.
“O „agora‟ é o fim e o princípio do tempo, não ao mesmo tempo, contudo, mas
o fim do que passou e o início do que virá”
No início do século XX, Albert Einstein revolucionou a Física com suas ideias
sobre o universo. Uma de suas equações demonstra o que ficou conhecido como
paradoxo dos gêmeos, onde em uma fictícia viagem espacial próximo à velocidade
da luz, um dos gêmeos partiria na nave e o outro permaneceria na terra. Passado
dez anos na terra a nave retornaria, sendo que o para o gêmeo que viajou teria se
passados apenas alguns meses. HCM entende que o tempo é realidade que
transcende nossas limitações espaciais:
A divisão presente, passado e futuro é meramente didática, destinada a
reduzir a termos compreensíveis uma realidade que, sob muitos aspectos, ainda nos
escapa, mas que parece ser contínua e simultânea. O presente é apenas uma linha

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móvel que arbitrariamente imaginamos, para separar em duas – passado e futuro –


uma realidade indivisível e global.

Então, O futuro já existe?


Somos levados a admitir, conjugado com a teologia, e a metafísica a dizer
que sim: “é evidente que vivemos num universo perfeitamente ordenado, criado e
mantido por uma inteligência prodigiosa, inconcebível para nós. O futuro, portanto,
não poderia conter surpresas e imprevisto para Deus, suprema inteligência criadora:
seria o caos. E se Deus conhece essa realidade – Ela já existe.

LEF - Lembrança de Um Evento Futuro:


Um acontecimento não raro que acontece com praticamente com todas as
pessoas é a nítida sensação de que uma cena (uma conversa, por exemplo) que
está acontecendo “agora”,nesse momento, e no entanto tem-se a certeza que
aquela cena já aconteceu “antes”, exatamente da mesma forma. Ou seja, é como se
tivéssemos lembrando de um evento futuro. A esse fenômeno atribui o nome: LEF –
Lembrança de Um Evento Futuro.
Outro tipo de experiência que demonstra essa ideia, é realizada nos
laboratórios de parapsicologia ou de pesquisas PSI. Onde sujeitos (pessoas que se
submetem a experiência) tentam prever quais cartas ou imagens irão ser “sorteadas”
por um programa de computador. Os resultados mostram um nível de acerto bem
maior do que seria apresentada pelo acaso, ou sorte.
Podemos concluir daí que o futuro pode ser lembrado, ou seja observado
antes que o fato aconteça. Temos aí, um paradoxo... Se o futuro pode ser lembrado,
ele pode ser alterado? Há um determinismo absoluto na nossa vida? Como ficaria o
conceito de livre arbítrio? ...
Parada para respirar...

Próximo vôo
O físico Stephen Hawking, cujo livro “Uma Breve História do Tempo” serviu de
inspiração para o título desse capítulo, nos seus livros de física para leigos, propõe
interessantes teorias para as questões como a origem do universo e a natureza
íntima do tempo. Também propõe cenários onde se admitem outras dimensões

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“paralelas” a essa que conhecemos, com seres inteligentes pertencendo a essa


realidade alternativa. No capítulo referente a “forma” do tempo ele diz:
“O que é o tempo? Um rio ondulante que carrega todos os nossos sonhos?
Ou os trilhos de um trem? Talvez ele tenha curvas e desvios, permitindo que você
possa continuar seguindo em frente e, ainda assim, retornar a uma estação anterior”
Stephen Hawking.
O físico Laplace, século XVII, acreditava que o universo obedecia as Leis
mecanicistas de Isaac Newton[2], e portanto se soubéssemos a velocidade e a
posição inicial das partículas poderíamos teoricamente calcular todos os eventos
que ocorreriam no futuro. Atualmente, de acordo com a física quântica existe o
princípio da incerteza, que afirma exatamente o contrário, ou seja, nós não
podemos conhecer a posição e a velocidade das partículas ao mesmo tempo. Fica
então de acordo com a física atual a impossibilidade do conhecimento prévio de
qualquer acontecimento futuro. Apesar disso certos fenômenos indicam que de certa
forma pode se prever o futuro.

Determinismo X Livre- arbítrio


A seguir tento mostrar o meu pensamento de como conciliar essa aparente
contradição. Para a próxima fase desse quebra-cabeça precisamos nos armar de
algumas ferramentas auxiliares:

 Mente: O mais complexo elemento do universo;


 Consciência: Instrumento da mente para percepção e ação da realidade;
 Deus: A super mente e a super consciência;
 Projeção: Capacidade de Projetar o Futuro;
 Futuro P: O futuro projetado por uma mente qualquer.

Hipótese:
A mente tem a capacidade natural de projetar o futuro (Futuro P) de acordo com os
dados acessados e principalmente às vastas informações armazenados em si própria.

Quanto mais evoluída e capacitada for a mente, mais provável de acontecer será o
Futuro P projetado por essa mente.

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Sendo assim se a mente do Indivíduo X, pode projetar um futuro P. com uma


certa probabilidade que se torne real.Surge a partir daí duas questões sumamente
importantes:
1. Uma mente infinitamente poderosa (Deus) poderia “projetar” o futuro P. com
absoluta certeza?
2. Ou seja, nosso futuro está inexoravelmente traçado na mente de Deus??

A resposta da primeira pergunta é Sim, a segunda é Não. Explico:

Deus nos dá o livre arbítrio relativo, proporcionalmente a nossa


responsabilidade em relação às leis cósmicas imutáveis. Quanto maior a
responsabilidade adquirida, maior a sua liberdade de escolha, o livre arbítrio. Como
compatibilizar a existência de um futuro P. (Projetado) com a liberdade de escolha
por cada um de nós? A resposta de uma certa é óbvia; é porque trata-se de um
futuro PROJETADO, e não REALIZADO. Portanto em determinado momento de sua
existência, o indivíduo X, toma uma decisão radical (certa ou errada), se sua escolha
for contrária ao que estava no futuro P. original, instantaneamente um novo futuro P2
é calculado; na realidade sempre um novo futuro Pn é calculado a cada instante,
similarmente ao que se passa quando se joga uma partida de xadrez, uma nova
sequência é calculada a cada jogada. Isso de certa forma está de acordo com ao
princípio da incerteza, onde não há o determinismo absoluto.
Por analogia podemos tomar um outro exemplo: Imagine uma planilha de
calculo eletrônica (qualquer computador pessoal possui esse recurso), onde é
calculado a lucratividade na fabricação de um determinado produto. Para se chegar
à margem de lucro desejada, temos que informar ao programa, uma série de índices
e valores iniciais a fim de obter o resultado. Suponhamos que dado uma série S1 de
dados iniciais, chegamos ao resultado de lucratividade igual a 1,328; Caso haja uma
variação nos dados, no decorrer do tempo, e alterarmos uma variável de maneira
radical, poderemos ter uma nova lucratividade igual a 1,456.
Desta forma podemos conjeturar que o tempo na realidade seria uma
realidade única, um eterno passado-presente-futuro. E nosso estado de consciência
normal, apenas consegue captar com maior exatidão o presente; com alguma
dificuldade em perceber o passado e com uma dificuldade muito maior em perceber

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o futuro. De qualquer maneira a forma habitual como entendemos o tempo, é falsa.


De alguma maneira os fatos passados, presentes e futuros estão lá. O que nos falta
normalmente é a percepção de como observá-lo.

O PASSADO

Outra complicada questão é: O passado pode ser alterado, ou simplesmente


observado?
Ao que parece o Passado está na categoria dos eventos já realizados e não
mais estaria sujeito a alterações, podendo ser revisto ou até mesmo vivenciado
mentalmente, mas não mais seria passível de mudança.

A Memória

Agora voltemos, ao pensamento sereno de HCM:


Memória é faculdade de reter ideias, impressões e conhecimentos adquiridos
anteriormente. Lembrança, reminiscência, recordação.” Embora o conceito de
memória não seja tão complexo quanto o de „tempo‟, oferece também dificuldades
quanto ao seu perfeito entendimento. Vejamos o que disse o filósofo Platão, há mais
de dois mil anos:
“Sendo a alma imortal e tendo nascido muitas vezes e tendo visto tudo quanto
existe... conhece tudo; não é admiração alguma que ele tenha condições de trazer
de volta à lembrança tudo quanto já soube acerca da virtude e de tudo. (Platão)”
Na verdade é isto que ocorre: nossos arquivos mentais (as nossas memórias)
são exageradamente vastos, há neles um dossiê completo para cada uma de
nossas vidas. Ali estão, perfeitamente arrumados, classificados e a disposição do
ser humano; todas as suas vivências, do suspiro ou sorriso até as agonias da mais
terrível tragédia.
Uma das funções mais importantes da mente é a de esquecer, não esquecer
em definitivo, e sim guardar fora da memória consciente todo o material que não
está sendo interessante reter no momento. Até mesmo nas memórias da vida
presente algumas não conseguimos nos lembrar a não ser por meio da hipnose (ou
outro método semelhante).

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Existem dois tipos de patologias envolvendo a memória, uma onde a pessoa


não consegue lembrar do que aconteceu minutos atrás, e outra onde a pessoa
mantém uma espécie de memória fotográfica de tudo que se passou com ele
durante toda a sua vida. Esta última aparentemente parece ser uma vantagem, mas
na realidade torna-se uma maldição porque causa uma sobrecarga nas funções
cerebrais e não consegue-se viver de uma maneira tranquila e feliz, nem tão pouco
utiliza outros aspectos não mnemônicos como a arte e outras inteligências, as
chamadas inteligências emocionais.
Um problema real que não podemos ignorar é a possibilidade de se implantar
memórias falsas na mente de uma pessoa, através da hipnose. Isso levou a que a
polícia americana se precavesse quanto a utilização da hipnose (mesmo sem transe
profundo) para a obtenção de confissões de crimes ou como identificação de
suspeitos. Isso aconteceu devido a algumas condenações baseadas em lembranças
recuperadas sob hipnose e que depois se mostraram falsas.
Por esse motivo, nas seções de RM devem ser evitadas ao máximo
sugestões que levem o sujeito à criar personagens e fatos fictícios. Muito embora
nos transes mais ou menos profundos o sujeito rejeita as sugestões que estão em
desacordo com as lembranças e reafirmam o que realmente estão “vendo” ou
sentindo. Em todo caso, não convém introduzir fatores de erros nas pesquisas de
RM.

Conclusão

Diante desse quadro, nada há de surpreendente no fato de que se


empregando a técnica apropriada seja possível não apenas sincronizar com aquela
realidade da memória chamada da memória que chamamos passado, como a outra
realidade do tempo que chamamos futuro. De alguma forma, portanto é possível
encontrar nas estruturas do tempo brechas cósmicas por onde os sensores da
mente aprofundam-se na intimidade de nossos registros inconscientes e reproduzem
sons, imagens e emoções de um passado esquecido, mas não destruído, da mesma
forma que a metodologia da hipnose pode rebuscar os registros da vida atual no
âmbito da subconsciência e do inconsciente. O esquecimento é conveniente, contido
por certos condicionamentos, mas não absoluto e total. Tempo e Memória são dois

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conceitos fundamentais da técnica de regressão de memória, embora encontremos


também referências de natureza espacial.

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profunda do inconsciente.

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