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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA

A POLITÉCNICA
Instituto Superior de Estudos Universitários de Nampula
(ISEUNA)

Psicologia Clinica
6o Semestre

Psicodiagnóstico

Entrevista clinica

Docente:
Antonio Suleman

Nampula, Outubro de 2020


Amélia Salimo Mecurão

Psicologia Clinica

6o Semestre

Psicodiagnóstico

Entrevista clinica

Trabalho de Investigação Cientifica da


Cadeira de Psicodiagnóstico com o tema
Entrevista clinica, a ser entregue ao
docente: António Suleman com a
finalidade de ser avaliado.

Nampula, Outubro de 2020

Índice
Introdução..........................................................................................................................3
Terapia Cognitivo – Comportamental para ansiedade......................................................4
Funcionamento da TCC.................................................................................................4
Distorções cognitivas frequentem na ansiedade............................................................4
Ansiedade..........................................................................................................................5
Base Fisiológica da Ansiedade..........................................................................................5
Causas da Ansiedade.....................................................................................................6
Sintomas de ansiedade...................................................................................................6
Tipos de Ansiedade.......................................................................................................7
Mecanismo de defesa para ansiedade............................................................................7
Diagnóstico e tratamento da ansiedade.........................................................................8
Prevenção da ansiedade.................................................................................................9
Conclusão........................................................................................................................10
Bibliografia......................................................................................................................11
Introdução

Nos últimos tempos os transtornos de ansiedade têm uma alta prevalência a nível


mundial. As crises de ansiedade são permeadas por pensamentos automáticos irrealistas,
geralmente com um desfecho desfavorável, o que causa angústia ao paciente.

Porém, existe uma terapia que pode ajudar muito nesses casos, que é a terapia
cognitivo-comportamental (TCC).

O presente trabalho de caracter científico da cadeira de Terapia Cognitiva –


Comportamental tem como tema Terapia Cognitiva-Comportamental da Ansiedade.
Tem como objectivos abordar acerca do tema acima citado e dar-nos a conhecer um
pouco dele, enumerar e descrever o mesmo.

A finalidade primordial deste trabalho, é levar-nos ao conhecimento do elemento acima


tratado, as noções básicas para a implementação, condizentes com as mais actualizadas
técnicas, para assegurar que a mesma contínua prestar a sociedade, com a qualidade e
constância o óptimo desempenho para qual foi criada.

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Terapia Cognitivo – Comportamental para ansiedade

A ansiedade pode ser definida como o medo antecipado de algum perigo futuro. Quando
as interpretações acerca dos eventos futuros são tão negativas assim, logicamente a
pessoa leva uma vida com níveis elevados de ansiedade, sempre antecipando situações
trágicas que, muitas vezes, não acontecem.

A TCC trabalha justamente nas crenças disfuncionais que geram esses pensamentos
automáticos causadores de tanta angústia, auxiliando o paciente a pensar de maneira
mais realista e diminuir os níveis de ansiedade vivenciados no dia-a-dia. Ela serve para
diversos tipos de transtornos de ansiedade, incluindo transtorno de ansiedade
generalizada (TAG), transtorno de estresse pós-traumático, fobias específicas, entre
outros.

Funcionamento da TCC

A terapia cognitiva-comportamental acredita que crenças disfuncionais a respeito de si


mesmo, dos outros e do mundo trazem consequências emocionais e comportamentais
negativas. Essas crenças se manifestam principalmente por meio de pensamentos
automáticos, que são pensamentos que surgem rapidamente após um acontecimento,
muitas vezes distorcidos, e que não são questionados.

Distorções cognitivas frequentem na ansiedade

Frequentemente os pensamentos automáticos são distorcidos. Isso ocorre por conta de


um fenómeno bem conhecido na TCC chamado distorção cognitiva. Essas distorções
fazem com que as interpretações dos acontecimentos sejam erróneas. Elas podem ser
positivas ou negativas, mas são sempre irrealistas e costumam trazer consequências para
a psique.

Algumas das distorções cognitivas mais frequentes na ansiedade são:

 Catastrofização: Pensar que o pior de uma situação deve acontecer, ignorando


outros possíveis desfechos;

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 Leitura mental: Acreditar que sabe o que os outros estão pensando, mesmo que
não haja evidências. Frequentemente, a pessoa acha que os outros estão
pensando negativamente sobre si;
 Generalização: Quando a pessoa pega casos isolados com resultados negativos
e generaliza. É possível perceber essa distorção quando a pessoa usa palavras
como “sempre”, “nunca”, entre outras

Ansiedade
Ansiedade é um estado psíquico de emoção caracterizada por sentimentos de
antecipação de perigo, tensão e sofrimento.

O conceito de ansiedade tem origem no termo latim anxiĕtas. Trata-se de um estado de


agitação, preocupação ou angústia. Para a medicina, a ansiedade é a angústia que
costuma acompanhar diversas doenças, principalmente as neuroses, e que não permite
que os doentes tenham sossego.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as fobias, o transtorno


obsessivo-compulsivo e os ataques de pânico fazem parte dos Transtornos de
Ansiedade, os quais podem ser tratados através da terapia ou com medicamentos
ansiolíticos.

Os psicólogos ajudam a superar os Transtornos de Ansiedade com técnicas de exposição


gradual, confrontação e modificação dos pensamentos negativos e incorrectos. Da
mesma forma, podem sugerir técnicas de relaxamento e respiração, ensinar como
melhor fazer a gestão do tempo e recomendar a prática de exercícios físicos.

Base Fisiológica da Ansiedade

Ao discutir as bases fisiológicas da ansiedade, faremos a distinção entre reacções agudas


(imediatas) e reacções crónicas (retardadas, persistentes).
Ansiedade Aguda

A sequência da ansiedade começa com uma "mensagem" de perigo emitida pelo ambiente, que
é processada pelo sistema nervoso central. Os circuitos ao longo de todo o cérebro e a medula
espinhal desempenham numerosos papeis na ansiedade.

Durante a ansiedade, as pessoas geralmente estão cientes do tumulto interno: coração

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disparado, dores no estômago, pulso rápido, músculos retesados, transpiração e tremor. O
sangue é preparado para coagular rapidamente de modo que cicatrize quaisquer ferimentos
eventuais. Se houver a necessidade de uma acção rápida-fugir ou lutar, digamos, a resposta de
ansiedade aumenta as chances de sobrevivência.
Ansiedade Crónica

Hans Selye, endocrinologista, foi um dos primeiros cientistas a explorar os efeitos crónicos da
ansiedade. Selye chegou a conclusão de que organismos de todos os experienciam uma
síndrome de adaptação geral em resposta a qualquer estresse. Ele cria 3 fases:
Fase 1: reacção de alarme a resposta aguda a ansiedade é accionada para gerar o máximo de
energia a fim de lidar com a crise.

Fase 2: resistência se a tensão e prolongada, o corpo permanece altamente incitado. Embora


nada pareçaserrado para quem olha de fora, os sistemas responsáveis pelo crescimento, pela
restauração e pelo combate a infanções não estão operando adequadamente. Em consequência,
o organismo fica enfraquecido e susceptível a outros estressores.
Fase 3: exaustão persistindo o estressor original ou surgindo novos factores de stress, o animal
mostra sinais de exaustão e perda muscular. Depois do sistema nervoso simpático ter esgotado
seu suprimento de energia, o sistema parassimpático assume o comando. Durante a exaustão, os
organismos desenvolvem problemas psicológicos e males físicos, podendo ate morre.

Causas da Ansiedade

Esses dois aspectos, tanto a ansiedade quanto o medo, não surgem na vida da pessoa por
uma escolha. Acredita-se que vivências interpessoais e problemas na primeira
infância possam ser importantes causas desses sintomas. Além disso, existem causas
biológicas, como anormalidades químicas no cérebro ou distúrbios hormonais.

Em crianças, o desenvolvimento emocional influi sobre as causas e a maneira como se


manifestam os medos e as preocupações tanto normais quanto patológicos.
Diferentemente dos adultos, crianças podem não reconhecer seus medos como
exagerados ou irracionais, especialmente as menores.

Sintomas de ansiedade
 Dores de cabeça em excesso
 Náuseas
 Cansaço extremo
 Insónia

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 Falta de concentração

Tipos de Ansiedade
A ansiedade funciona como um alerta das ameaças contra o ego. Freud descreveu três
tipos de ansiedade. A ansiedade objectiva surge do medo dos perigos reais. Os outros
dois tipos, a ansiedade neurótica e a ansiedade moral, derivam da ansiedade objectiva.

 Ansiedade neurótica

A ansiedade neurótica surge diante do reconhecimento dos perigos potenciais


inerentes à satisfação dos instintos do id. Não se trata dos instintos propriamente ditos,
mas do temor à provável punição em consequência de algum comportamento
indiscriminado dominado pelo id. Em outras palavras, a ansiedade neurótica é o medo
da punição por expressar os desejos impulsivos.

 Ansiedade moral

A ansiedade moral surge do medo da consciência. Quando realizamos ou mesmo


pensamos em realizar - algum ato contrário aos valores morais da nossa consciência, é
bem provável sentirmos culpa ou vergonha. O nível de ansiedade moral resultante
depende do quão desenvolvido é a nossa consciência. As pessoas com menos virtudes
apresentam menos ansiedade moral.

A ansiedade provoca tensão, motivando o indivíduo a tomar alguma atitude para reduzi-
la. De acordo com a teoria de Freud, o ego desenvolve um sistema de protecção - os
chamados “mecanismos de defesa” - que consistem nas negações inconscientes ou
distorções da realidade.

Mecanismo de defesa para ansiedade


Mecanismos de defesa são comportamentos que representam as negações inconscientes
ou distorções da realidade, mas que são adoptados para protegermos o ego contra a
ansiedade.

 Negação

A negação da existência de uma ameaça externa ou de um acontecimento traumático;

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A negação pode funcionar pelo menos temporariamente também na vida real. Mães e
país de crianças portadoras de doenças fatais que se recusavam a enfrentar a iminente
morte do respectivo filho apresentavam níveis mais baixos de substâncias químicas na
urina relacionadas com estresse do que mães e pais que não negavam a iminente morte
do respectivo filho (Wolff et ai., 1964).Seis meses depois da morte do respectivo filho,
porém, pais e mães que negavam pareciam mais perturbados do que os outros (Hofer et
ai., 1972).

A negação e outras de esquiva geralmente não é eficaz a longo prazo.

 Deslocamento

A transferência dos impulsos do id de uma ameaça ou de um objecto não disponível


para um objecto disponível; por exemplo: a transferência para uma criança da
hostilidade de um indivíduo em relação ao chefe.

 Formação de reacção

A expressão de um impulso do id, que é o oposto do que impulsiona a pessoa; por


exemplo: o indivíduo perturbado por causa de paixões sexuais pode tornar -se um
combatente feroz da pornografia.

 Regressão

O retorno a um período anterior, menos frustrante da vida, acompanhado da exibição de


um comportamento dependente e infantil característico desse período mais seguro.

 Repressão

A negação da existência de um factor provocador da ansiedade, ou seja, a eliminação


involuntária de algumas lembranças ou percepções da consciência que provoquem
desconforto.

Diagnóstico e tratamento da ansiedade

O diagnóstico da ansiedade é realizado pela análise clínica com um médico psiquiatra, o


qual verificará os sintomas apresentados pelo paciente. O tratamento consiste,
principalmente, em psicoterapia, sendo que, em alguns casos, a administração

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de medicamentos pode ser recomendada. No entanto, é importante destacar que o uso de
medicamentos só deve ser feito mediante prescrição médica.

Ioga, técnicas de relaxamento, acupunctura, musicoterapia e prática de actividades


físicas, por exemplo, são actividades que podem auxiliar no tratamento da ansiedade.

Prevenção da ansiedade

Alguns hábitos podem auxiliar quem sofre de ansiedade, no intuito de evitar o


surgimento de crises, como veremos a seguir:

 Alimentar-se de forma saudável;


 Realizar actividades físicas;
 Evitar o consumo de álcool;
 Evitar o consumo exagerado de estimulantes, como café e cigarro;
 Controlar o uso de aparelhos electrónicos, como televisão e celular,
principalmente à noite;
 Dormir bem;
 Evitar o estresse.

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Conclusão

Terminado o presente trabalho cujo objectivo foi de abordar de forma minuciosa em


torno do tema Terapia Cognitivo – Comportamental para ansiedade, pode concluir-se
que a TCC tem uma grande importância no tratamento da Ansiedade, pois ela trabalha
nas crenças disfuncionais que geram pensamentos que geram pensamentos automáticos
que são causadores de angustia, auxiliando o paciente a pensar de maneira mais realista
e a diminuir os níveis de ansiedade vivenciados no dia-a-dia.

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Bibliografia

Davidoff, L. L., & Peres, L. (2001). Introdução à Psicologia. São Paulo: Pearson
Makron Books.

Gabriely. (2014). A Ansiedade - mecanismos de defesa. Obtido em 30 de 09 de 2020, de


Passei Direto: https://www.passeidireto.com/arquivo/2044062/a-ansiedade-
mecanismos-de-defesa

Pereira, R. P. (21 de 10 de 2019). Terapia Cognitivo-Comportamental para ansiedade.


Obtido em 29 de 09 de 2020, de © IPP: institutodepsiquiatriapr.com.br/terapia-
cognitivo-comportamental-para-ansiedade/

Santos, H. S. (s.d.). ANSIEDADE. Obtido em 30 de Setembro de 2020, de BiologiaNet:


https://www.biologianet.com/doencas/ansiedade.htm

Wikipédia, a enciclopédia livre. (26 de Agosto de 2020). Ansiedade. Obtido em 29 de


Setembro de 09, de Wikipédia, a enciclopédia livre:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ansiedade

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