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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

CURSO DE PSICOLOGIA
PERSPECTIVAS FENOMENOLÓGICAS, EXISTENCIAIS E HUMANISTAS

FERNANDA CAROLINE DE ANDRADE - 125111344159


GIOVANNA PEREZ PASCHOAL - 125111361961
JOÃO PEDRO FERREIRA DE OLIVEIRA - 125111366648
LUANA BARTOCO LOPES CARDOSO - 125111344094
MARIA FERNANDA REIS PENARIOL MEDAGLIA - 125111360047
RAFAEL RONCHI SILVA - 125111361410

RELATO DE ESTUDO DE CASO ATRAVÉS DA PERSPECTIVA PSICOLÓGICA


GESTALT

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS


2023
FERNANDA CAROLINE DE ANDRADE - 125111344159
GIOVANNA PEREZ PASCHOAL - 125111361961
JOÃO PEDRO FERREIRA DE OLIVEIRA - 125111366648
LUANA BARTOCO LOPES CARDOSO - 125111344094
MARIA FERNANDA REIS PENARIOL MEDAGLIA - 125111360047
RAFAEL RONCHI SILVA - 125111361410

RELATO DE ESTUDO DE CASO ATRAVÉS DA PERSPECTIVA PSICOLÓGICA


GESTALT

Trabalho apresentado ao curso de graduação de


Psicologia da Universidade Anhembi Morumbi
para a unidade curricular de Perspectivas
Fenomenológicas, Existenciais e Humanistas.

Orientadora: Prof ª. Andréa Borges Spano.

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS


2023
2

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
2. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 3
2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................................... 3
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 3
3. MÉTODO ............................................................................................................................ 4
4. RELATO DE CASO........................................................................................................... 5
4.1 ARTICULAÇÃO TEÓRICA DO ESTUDO DE CASO ................................................ 6
5. ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA ................................................ 7
6. RELATO DA ENTREVISTA COM A PSICÓLOGA CLÍNICA ................................. 7
7. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 9
REFERÊNCIAS .........................................................................................................................
APÊNDICE .................................................................................................................................
ANEXO ........................................................................................................................................
3

1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho propõe-se a relatar um caso significativo no contexto da Gestalt-
terapia, uma abordagem psicoterapêutica que enfatiza a importância da percepção do
momento presente e da conscientização dos processos mentais. O estudo de caso em foco,
intitulado "Ser Psicólogo" (2021), apresenta a história de Leona, uma professora de 40 anos,
que buscou auxílio terapêutico devido a questões relacionadas à baixa autoestima, nervosismo
e insatisfação com seu peso.
Ao longo deste relato, será desenvolvida de forma breve a importância dessa
abordagem, destacando como a relação terapêutica centrada no encontro genuíno pode
promover transformações significativas.
Além disso, exploraremos mais aprofundadamente o tema do caso, detalhando como a
Gestalt-terapia foi aplicada para abordar as dificuldades apresentadas por Leona. No
desdobramento do caso, destaca-se o papel crucial da terapeuta ao provocar uma reflexão
profunda em Leona, resultando em um "insight" significativo. Esse momento de compreensão
súbita marcou o início da mudança, onde Leona rompeu com padrões rígidos de
comportamento, reconhecendo a necessidade de se perceber e agir em sua própria vida.
Diante do exposto, este trabalho propõe a continuidade da investigação por meio de
uma entrevista semiestruturada com um psicólogo clínico que adote a mesma abordagem da
Gestalt-terapia. Essa abordagem visa aprofundar a compreensão sobre a aplicabilidade da
Gestalt-terapia na prática clínica e fornecer insights sobre a maneira como os profissionais
lidam com temas semelhantes ao caso de Leona, promovendo uma conexão entre a teoria e a
prática no contexto terapêutico.

2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Este trabalho tem como propósito central aprofundar o conhecimento e a aplicação da
abordagem terapêutica Gestalt, utilizando de um estudo de caso e entrevista com uma
psicóloga clínica da mesma perspectiva.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


1. Apresentar, de forma abrangente, o estudo de caso dentro da abordagem Gestalt;
2. Articular teoria e conceito ao relato de caso;
3. Identificar de maneira aprofundada a aplicação prática e teórica da terapia Gestalt no caso;
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4. Entrevistar uma psicóloga clínica da abordagem Gestalt.

3. MÉTODO
A escolha da abordagem Gestalt para o trabalho acadêmico se fundamenta em sua
visão holística e integrativa do ser humano. A Gestalt enfatiza a compreensão da totalidade da
experiência individual, considerando emoções, pensamentos e comportamentos dentro de um
contexto amplo e interconectado. Essa abordagem permite uma análise mais profunda dos
fenômenos estudados, favorecendo uma compreensão global dos temas em estudo. A ênfase
no momento presente e na interação entre o indivíduo e o ambiente proporciona uma
abordagem dinâmica para diversas áreas acadêmicas, enriquecendo a pesquisa e a análise
crítica.
A abordagem Gestalt teve sua origem na década de 1950, influenciada pela psicologia
humanista e fenomenológica. Fritz Perls, Laura Perls e Paul Goodman foram seus fundadores.
Essa perspectiva psicoterapêutica busca compreender a experiência humana como um todo
integrado, onde mente, corpo e emoções estão interconectados (PERLS; HEFFERLINE;
GOODMAN, 1997).
Os principais pontos da abordagem Gestalt incluem o foco no momento presente (aqui
e agora), a valorização da experiência subjetiva e o entendimento de que o indivíduo é
responsável por suas ações e escolhas. A integração das partes fragmentadas da personalidade
é outro ponto-chave, promovendo a consciência e aceitação de todos os aspectos do self.
Os resultados esperados da terapia Gestalt englobam uma maior autoconsciência,
autenticidade, integração e aceitação de si mesmo, bem como o desenvolvimento de
habilidades para lidar com desafios de forma mais eficaz e melhorar as relações interpessoais
(SILVA; ALVES; FERREIRA JÚNIOR, 2015).
A aplicação prática da Gestalt ocorre por meio do diálogo terapêutico autêntico e da
experimentação direta com situações e emoções presentes. Técnicas vivenciais, como role-
playing e dramatizações, ajudam o indivíduo a explorar suas questões de maneira mais
profunda. A atenção ao corpo e às sensações físicas é essencial para promover a integração da
experiência emocional.
A abordagem Gestalt é amplamente utilizada em psicoterapia individual e em grupo,
aconselhamento e outras práticas que visam o desenvolvimento pessoal. O terapeuta atua
como facilitador, auxiliando o cliente a se conectar com sua experiência presente,
promovendo a conscientização e a responsabilidade sobre sua vida, e auxiliando na integração
e aceitação de suas diversas facetas (RIBEIRO; RIBEIRO; GONÇALVES, 2016).
5

Este trabalho acadêmico tem como objetivo analisar a aplicação prática da abordagem
Gestalt em diferentes contextos acadêmicos. Para isso, adotamos uma metodologia
qualitativa. A pesquisa qualitativa é uma abordagem de pesquisa que se concentra na
compreensão dos fenômenos sociais a partir de uma perspectiva subjetiva e interpretativa. Ela
busca explorar as experiências, percepções e sentimentos dos indivíduos e entender como eles
atribuem significado às suas experiências e ao mundo ao seu redor (Martins, 2001).
A coleta de dados é realizada de maneira descritiva, o que significa que buscamos
capturar e comunicar as complexidades do fenômeno estudado de forma detalhada e profunda.
Isso envolve a coleta de dados ricos e detalhados sobre o tópico investigado, incluindo as
razões, opiniões e motivações implícitas nas respostas dos participantes (Marconi & Lakatos,
2017).
A coleta de dados realizou-se por meio de entrevistas semiestruturadas, isto é, uma
técnica de coleta de dados que mantém um roteiro com tópicos e perguntas previamente
definidas, embora que proporcione certa flexibilidade para explorar questões adicionais e
permitir que o entrevistado desenvolva suas respostas com maior profundidade. Para Triviños
(1987, p. 146), isso permite uma exploração mais livre e aberta das experiências e opiniões
dos participantes. Essas entrevistas serão conduzidas com um profissional especializado na
abordagem escolhida e possui questionamentos básicos que são apoiados em teorias e
hipóteses que se relacionam ao tema da pesquisa.

4. RELATO DE CASO
No estudo de caso da Gestalt-terapia, publicado em “Ser Psicólogo” (2021), Leona,
uma professora de 40 anos, enfrentava baixa autoestima, nervosismo e insatisfação com seu
peso. Um terapeuta usou uma relação "Eu-Tu", que foca a conexão autêntica entre terapeuta e
paciente, promovendo um encontro genuíno e sem distorções.
A terapeuta desperta o conceito de "consciência", que se refere à percepção do
momento presente e à conscientização de pensamentos, emoções e comportamentos. Ao longo
das sessões, Leona apresentou suas dificuldades no casamento, revelando sua tendência de
transferência de decisões para os outros. O terapeuta fez perguntas descritivas para transmitir
a dependência de Leona, desvendando sua dificuldade em expressar sentimentos.
Persistindo, o terapeuta ajudou Leona a perceber que ela sempre esperava que os
outros resolvessem seus problemas. Surgiu o conceito de “cristalização”, que representa a
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rigidez nos padrões de comportamento de Leona, impedindo-a de se adaptar e de buscar


soluções alternativas.
Em um momento crucial, Leona reconheceu sua negligência em considerar seus
próprios sentimentos, demonstrando “consciência”. O terapeuta provocou a paciente uma
reflexão sobre a origem das respostas que Leona buscava, levando-a a um “insight”, uma
compreensão profunda e súbita de sua própria situação. Isso marcou o início da mudança,
onde Leona rompeu com a cristalização, trazendo à consciência a necessidade de se perceber
e agir em sua própria vida.

4.1 ARTICULAÇÃO TEÓRICA DO ESTUDO DE CASO


O relato de caso de Leona, uma professora que buscou a terapia Gestalt devido à baixa
autoestima, nervosismo e insatisfação com seu peso, oferece uma oportunidade de analisar a
aplicação prática dos princípios da abordagem Gestalt na terapia.
A terapia de Leona enfocou a construção da relação “Eu-Tu” entre ela e a terapeuta,
estabelecendo uma base de proximidade e confiança. A relação “Eu-Tu” é um conceito
proposto por Martin Buber (BUBER, 1958) que se refere a um relacionamento interpessoal
autêntico, no qual os indivíduos se encontram como iguais. Isso está alinhado com a ênfase da
Gestalt na relação terapêutica autêntica e na percepção do momento presente, que se refere à
atenção plena e à consciência do aqui e agora. A terapia permitiu que Leona se conectasse de
maneira mais profunda com suas emoções e experiências imediatas.
O conceito de “awareness”, que envolve a conscientização das experiências e
sentimentos no momento presente, desempenhou um papel fundamental na terapia de Leona.
Isso se encaixa nas perspectivas fenomenológicas, existenciais e humanistas, que valorizam a
autoconsciência como um passo crucial para a autenticidade e o crescimento pessoal. A
autoconsciência é a capacidade de reconhecer e entender seus próprios sentimentos,
comportamentos e pensamentos (ROGERS, 1961).
A terapia revelou a dependência de Leona em relação aos outros e sua tendência de
transferir decisões e responsabilidades. A abordagem Gestalt enfatiza a responsabilidade
individual e a autorreflexão (PERLS, 1969), contribuindo para que Leona reconhecesse sua
necessidade de se posicionar e agir em sua própria vida.
A análise do caso destacou a cristalização como um fundo limitador, um conceito
central na terapia Gestalt. A cristalização é a formação de padrões de comportamento rígidos
e repetitivos que limitam a adaptabilidade e a flexibilidade do indivíduo (LEWIN, 1936).
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O momento de insight de Leona, onde ela percebeu que a resposta que esperava dos
outros vinha dela mesma, demonstra a eficácia da terapia Gestalt na promoção da mudança
pessoal. O momento de insight é um ponto de virada na terapia, onde o cliente ganha uma
nova compreensão ou perspectiva que pode levar à mudança (ELLIS, 1962).
Em resumo, o estudo de caso de Leona ilustra como a abordagem Gestalt contribui
para a jornada de crescimento pessoal, promovendo autoconsciência, responsabilidade
individual e mudanças significativas para a vida. A terapia Gestalt se mostrou eficaz na
promoção da integração e autenticidade, princípios fundamentais dessas perspectivas
(PERLS, 1969).

5. ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA


1. Como o profissional aplica os princípios de Terapia Gestalt em sua prática clínica?

2. Quais são os benefícios e os desafios presentes na prática clínica dessa abordagem?

3. Em quais demandas o profissional recomendaria a abordagem de Terapia Gestalt?

4. Como o profissional aborda a questão da dependência de terceiros na tomada de decisões,


em pacientes que enfrentam desafios de autorresponsabilidade?

5. Como o profissional auxilia os pacientes a superarem a sensação de estagnação e a


explorarem novas possibilidades de crescimento pessoal?

6. Como a abordagem da Terapia Gestalt pode ser aplicada para melhorar a autoestima de um
paciente?

6. RELATO DA ENTREVISTA COM A PSICÓLOGA CLÍNICA


Na entrevista com uma psicóloga especializada em Terapia Gestalt, foram discutidos
vários aspectos essenciais dessa abordagem terapêutica. A Terapia Gestalt se destaca pela sua
visão holística do indivíduo, considerando-o como um ser completo, levando em consideração
suas emoções, pensamentos e sentimentos. Ela enfatiza o "aqui e agora" como uma parte
fundamental do processo terapêutico, convidando o paciente a trazer o passado para o
presente, promovendo a conscientização. Além disso, a Terapia Gestalt leva em conta o
contexto e o ambiente em que o paciente está inserido, verificando que esses fatores
desempenham um papel significativo na experiência individual.
No que diz respeito aos benefícios e desafios dessa abordagem, a Terapia Gestalt
oferece uma ampla gama de vantagens. Ela promove o crescimento pessoal, auxiliando o
8

paciente a melhorar a autoestima e a compreender melhor suas escolhas e a realidade em que


se encontra. No entanto, também apresenta desafios, como a dependência do paciente e
possíveis rupturas no processo terapêutico, especialmente em sessões online. A psicóloga
destacou a importância de respeitar o ritmo do cliente e adaptar as disciplinas de acordo com
o contexto e as necessidades individuais.
Quanto à aplicação da Terapia Gestalt em demandas específicas, ficou claro que essa
abordagem é altamente versátil. Ela pode ser recomendada para lidar com questões como
depressão, ansiedade, baixa autoestima, falta de autoconfiança e fechamento de ciclos não
resolvidos. A abordagem incentiva o cliente a se tornar mais consciente de si mesmo, assumir
a responsabilidade por suas escolhas e ampliar a consciência de sua realidade.
A Terapia Gestalt também aborda a dependência de terceiros, ajudando o cliente a
considerar e assumir a responsabilidade por suas próprias ações e escolhas. Isso envolve
destacar a importância do "eu" em vez do "nós" e incentivar o cliente a se perceber de
maneira mais ampla, evitando a mistura disfuncional de identidade.
Em relação ao estímulo ao crescimento pessoal e à exploração de novas possibilidades,
a Terapia Gestalt busca promover a conscientização e encorajar o cliente a desenvolver uma
visão mais ampla de si mesmo. Ela auxilia na resolução de questões inacabadas do passado,
promove a autonomia e a responsabilidade pessoal.
Quando se trata de melhorar a autoestima, a Terapia Gestalt é particularmente eficaz.
Ela ajuda o cliente a desenvolver uma visão mais realista de si mesmo, confirmando que
muitas vezes as pessoas têm uma imagem idealizada de quem são, o que pode ser irrealista.
Os terapeutas da Terapia Gestalt incentivam o cliente a aceitar suas imperfeições, assumir a
responsabilidade por suas ações e aceitar seus erros como parte de sua jornada de
crescimento. Esse processo terapêutico, baseado no respeito e no cuidado, é fundamental para
promover essa transformação e auxiliar o cliente a construir uma autoestima mais saudável e
realista.
Essas discussões em entrevista com uma psicóloga especializada em Terapia Gestalt
forneceram uma compreensão mais profunda dessa abordagem terapêutica e de como ela pode
ser aplicada na prática clínica. Além disso, essa experiência enriqueceu o conhecimento
prático e clínico, forneceu insights valiosos sobre como a Terapia Gestalt pode ser utilizada
para auxiliar os indivíduos em suas jornadas de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.
Isso é particularmente relevante para futuros psicólogos e profissionais de saúde mental que
desejam compreender melhor como essa abordagem pode beneficiar seus futuros clientes.
9

7. CONCLUSÃO
Em conclusão, este estudo aprofundou nossa compreensão sobre a aplicação prática da
Terapia Gestalt e das perspectivas fenomenológicas, existenciais e humanistas na psicologia,
através do estudo de caso de Leona e da entrevista com uma psicóloga especializada. A
relação “Eu-Tu”, que se refere à relação dialógica onde a pessoa se deixa tocar e impactar
pela presença do outro em sua totalidade, estabelecida na terapia de Leona, ressaltou a
importância da especificidade, que é um método específico de trabalho centrado nos
sentimentos de cada cliente, e conexão na prática clínica, que é a capacidade de estabelecer
relações saudáveis com o ambiente, refletindo os princípios fundamentais da Terapia Gestalt.
A conscientização do momento presente, que é a capacidade de estar plenamente presente no
momento, a promoção da autoconsciência e a responsabilidade individual emergiram como
elementos cruciais, destacando como essa abordagem oferece ferramentas valiosas para
enfrentar desafios como a dependência de terceiros e padrões limitadores.
A entrevista com uma psicóloga clínica complementou de maneira significativa nossa
compreensão prática da Terapia Gestalt. Os benefícios dessa abordagem, como o estímulo ao
crescimento pessoal, a exploração de novas possibilidades e a melhoria da autoestima, foram
detalhados minuciosamente. No entanto, também foram destacados os desafios inerentes à
prática clínica da Terapia Gestalt, enfatizando a necessidade de adaptação e respeito ao ritmo
individual do cliente.
Ao finalizar este estudo, é essencial reafirmar a contribuição única da Terapia Gestalt
e das perspectivas fenomenológicas, existenciais e humanistas para o campo da psicologia. A
jornada de Leona, como apresentada neste trabalho, exemplifica o potencial transformador
dessas abordagens, destacando a capacidade de gerar mudanças significativas na vida das
pessoas.
No entanto, é importante reconhecer as limitações deste estudo. Embora tenhamos nos
esforçado para fornecer uma análise abrangente e crítica, existem possíveis visões ou
restrições metodológicas que podem ter influenciado nossas descobertas. Estas incluem, mas
não se limitam a, subjetividade inerente à interpretação de estudos de caso e entrevistas, a
possibilidade de viés de confirmação em nossa análise e a limitação de nossa amostra a um
único estudo de caso e uma única entrevista. Essas limitações destacam a necessidade de uma
abordagem crítica e reflexiva em relação ao nosso próprio trabalho.
Considerando a relevância prática e teórica das descobertas, este estudo não apenas
expande nosso entendimento sobre a Terapia Gestalt, mas também oferece uma base sólida
10

para pesquisas futuras. Ao olhar para frente, encorajamos investigações adicionais que
possam aprofundar ainda mais nossa compreensão dessas abordagens, promovendo avanços
inovadores na prática clínica e no campo mais amplo da psicologia.
11

REFERÊNCIAS
BUBER, M. I and Thou. New York: Charles Scribner’s Sons, 1958.

ELLIS, A. Reason and Emotion in Psychotherapy. New York: Lyle Stuart, 1962.

LEWIN, K. Principles of Topological Psychology. New York: McGraw-Hill, 1936.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Pesquisa Descritiva. In: Fundamentos de metodologia


científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 179-202.

MARTINS, H. H. T. S. Metodologia qualitativa de pesquisa. Educação e Pesquisa, São Paulo,


v. 30, n. 2, p. 289-300, 2001.

PERLS, F. Gestalt Therapy Verbatim. Lafayette, CA: Real People Press, 1969.

PERLS, F.; HEFFERLINE, R.; GOODMAN, P. Gestalt-terapia: excitação e crescimento na


personalidade humana. São Paulo: Summus, 1997.

PERLS, F. S.; HEFFERLINE, R. F.; GOODMAN, P. Gestalt Therapy: Excitement and


Growth in the Human Personality. Delta, 1951.

RIBEIRO, J. P.; RIBEIRO, M. do C. M.; GONÇALVES, S. M. C. da S. A Gestalt-terapia e as


múltiplas referências epistemológicas. Revista da Abordagem Gestáltica, Goiânia, v. 22, n. 1,
p. 6-15, jan./jun. 2016.

ROGERS, C. On Becoming a Person: A Therapist’s View of Psychotherapy. London:


Constable, 1961.

SILVA, A. P. da; ALVES, A. P.; FERREIRA JÚNIOR, A. Psicoterapia de abordagem


Gestáltica: um olhar reflexivo para o modelo terapêutico. Revista da Abordagem Gestáltica,
Goiânia, v. 21, n. 2, p. 189-198, jul./dez. 2015.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em


educação. São Paulo: Atlas, 1987.
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APÊNDICE
Transcrição completa da entrevista:
1. Como o profissional aplica os princípios de Terapia Gestalt em sua prática clínica?
A primeira questão dava para passar várias horas, horas discutindo, mas vou tentar
resumir de forma que espero que dê para entender e acreditar que ela enxerga o ser indivíduo
como um ser de emoções, pensamentos, sentimentos, enfim, esses detalhes que vão
compondo quem a gente é. E aí o foco na Gestalt é o aqui ou agora. A gente não vai ignorar o
passado, mas a gente traz esse passado para o presente, entende?
Aí a gente também leva em consideração o ambiente, o contexto que essa pessoa está
inserida, que isso tudo faz parte da experiência que é existir. Isso faz parte da experiência da
existência humana. E aí a gente vai vivendo uma experiência nova a cada sessão, a cada
encontro com aquele cliente e a gente é convidado. O terapeuta é convidado a ser criativo,
levando em conta novamente todo o contexto e como é a personalidade, como cada paciente
se apresenta para gente, como ele é. E aí a gente vai se concentrando no momento, ali naquele
presente, evitando também interpretações. A gente tem o intuito de ir assim, tem princípio de
auxiliar, né? O outro se torna consciente de si, compreendendo melhor quem se é, as suas
escolhas, a realidade que ele se encontra. Porque quando a gente compreende essa realidade e
os movimentos que a gente vai fazendo nela, a gente vai começando a ter autonomia.
2. Quais são os benefícios e os desafios presentes na prática clínica dessa abordagem?
Quando é perguntado sobre os desafios da prática clínica eu acredito que cada
abordagem tem seus benefícios e desafios e assim vão dando conta do que vai surgindo nas
nossas práticas. Mas assim, vejo também questões desafiantes, como as questões de cobrar
esses pacientes, os abandonos das sessões e esse rompimento do processo.
Às vezes, também aquele indivíduo não está preparado para entrar em contato com
suas dores e assumir esta responsabilidade por si mesmo. Então é um processo, também ao
outro. Reconhecer que precisa desse espaço, precisa dessa ajuda. E quando também são bons,
por exemplo, são sessões online que a internet muitas vezes não facilita, não vai ajudando. Às
vezes o cliente está numa situação de vulnerabilidade, então não tem tanta privacidade em
casa, sabe? Às vezes tem muito barulho, mas a gente vai se adaptando e vai vendo, né? A
experiência por si só. E já os benefícios, como também eu falei na Gestalt, eu acho que a
possibilidade de se conhecer, de se reconhecer, de encontrar um espaço para você, ter voz
para você, buscar uma consciência de si e da sua realidade.
13

Você tem essa consciência dessa realidade. Muita coisa vai caminhando, vai tendo
outra visão do seu existir no mundo, vai vislumbrando novas possibilidades de existir e vai
ajudando a lidar com esses problemas emocionais, seja de ansiedade, depressão, enfim, diante
do que aquele cliente chega e de onde ele está sendo inserido, todo o contexto que ele traz né?
E aí vai fechando questões inacabadas do passado. Tem a questão do autoconhecimento, da
autoconfiança e aí vai surgindo essa experimentação conjunta do terapeuta e do cliente. E eu
acho essa troca muito rica.
3. Em quais demandas o profissional recomendaria a abordagem de Terapia Gestalt?
A terceira pergunta é sobre as demandas que esta terapia seria recomendada, como
falei antes na segunda questão e cada abordagem pode dar conta, sabe? Cada abordagem tem
seus benefícios e tem seu crescimento. Isso ajuda quando a pessoa procura. É claro que tem
abordagens que dependendo do cliente e do paciente, ele vai se identificar melhor, vai se
adaptar melhor. Enfim, é tudo questão de experiência, de ajuste e nas questões da demanda,
né? Como eu disse, todas as abordagens podem dar conta. A questão de adaptação e de
escolha mesmo, mas está em alta e ela pode ser recomendada sim para depressão, para
ansiedade, para questões de autoestima, de autoconfiança, para fechamento de ciclos. Como
eu disse tanto no passado quanto algo que esteja acontecendo naquele momento. Então a
gente vai convidando o cliente a ampliar a sua consciência de si, né?
Até porque a gente força outra mudança, o que pode ocasionar mais sofrimento. Então
a gente entra em contato de maneira genuína com o outro para que ele também consiga ser
genuíno consigo mesmo. Seja gentil consigo. Então a gente vai mergulhando nessa
experiência junto com o cliente.
4. Como o profissional aborda a questão da dependência de terceiros na tomada de decisões,
em pacientes que enfrentam desafios de autorresponsabilidade?
Essa questão me remeteu muito a dependência de terceiros e os movimentos de ciclo
de contato e os mecanismos de defesa, digamos. E me lembrou muito a confluência que o
indivíduo se mistura com outra pessoa. E aí tem aquela dificuldade de saber o que é dele, o
que é o do outro. E a gente vê isso muito em casais, por exemplo, essa mistura. Assim,
quando a gente vai trabalhar essa questão de dependência, eu acho que vêm vários
ajustamentos.
Esses movimentos de dentro do ciclo do contato, acho que não só confluência, mas
como também projeção. Quando a gente tira a responsabilidade da gente e bota no outro e eu
acho que tudo vai andando bem, vai caminhando junto. Acaba sendo um ajustamento
14

disfuncional que o cliente tem. A partir do contexto que ele apresenta, o que a gente vai vendo
durante o processo terapêutico. Então a gente vai trabalhando aquela autoestima, a gente vai
trabalhar essa responsabilidade. Vai trazer novamente essa responsabilidade para o cliente,
para ele ter essa visão de se perceber.
E quanto mais ele se percebe, mais ele vai começando a tomar as rédeas de quem ele é,
do que ele quer, do que ele pensa, do que ele sente e já não é o outro que vai ser ele. Então,
como eu falei, há exemplos de casal que quando ele ou ela falar mais sobre “nós”, sempre no
plural, a gente pode convidar o cliente a começar a falar mais “eu”. “Eu quero, eu sinto, eu
penso” e enfim, vai trazendo o cliente para si mesmo e que ele mesmo faça assim, sem
perceber isso porque já está ali, tendo a percepção de si mais ampliada. Não sei se deu para
entender.
5. Como o profissional auxilia os pacientes a superarem a sensação de estagnação e a
explorarem novas possibilidades de crescimento pessoal?
A quinta questão eu vejo muito a Gestalt e o cuidado de mãos dadas. Eu vejo que uma
coisa não dá para andar sem a outra. Na verdade, eu acho que a psicologia é o cuidado, né?
Então, a postura do seu terapeuta vai adotar diante esse cuidado no respeito. É importante
respeitar quem o outro é e incentivar essa autonomia. Está o tempo todo presente na atuação,
na clínica, enfim, onde o terapeuta for atuar, seja em grupo, seja na comunidade, seja na
clínica, enfim. Esse respeito e esse incentivo, essa autonomia vão estar juntos.
Estava presente e a gente vai se aprofundando no processo terapêutico em si e junto
com as intervenções, as técnicas da abordagem, a gente vai possibilitando essa pessoa e esse
crescimento pessoal. Já que foi dito na pergunta sobre o crescimento pessoal, né? Então a
gente vai auxiliando todo esse crescimento para que ele consiga enxergar novas possibilidades
de ser no mundo.
6. Como a abordagem da Terapia Gestalt pode ser aplicada para melhorar a autoestima de um
paciente?
E aí não só esse crescimento pessoal, a autorresponsabilidade, mas também a
autoestima. Então, ali eu vejo a autoestima. A questão da autoestima está muito presente na
clínica, eu atendo muitas pessoas que trazem essa questão da baixa autoestima, né? E a gente
sabe que a autoestima é um sentimento de valorização de si e que alguns estudiosos também
têm estudos que mostram um início desde a infância. Então é algo muito presente e está ali,
nas entrelinhas do como a gente vai se movimentando no mundo.
15

Então a gente vai utilizando técnicas de intervenções terapêuticas para poder auxiliar
nessa autoimagem que aquela pessoa tem. No porquê é que ela tem geralmente uma
autoimagem idealizada, no qual às vezes, muitas vezes não é atingida, ou aquela autoimagem
que é imposta pela sociedade. Então a gente vai tentando seguir padrões e vai adoecendo. E aí
é uma questão onde a gente tenta novamente trazer sempre para si.
E tendo essa questão de ter movimentos genuínos, atitudes e ser quem se é. É difícil, é
um processo, mas que chegue no momento em que você consiga ter responsabilidade pelas
suas escolhas, pelos seus pensamentos, pelos seus sentimentos, pela sua imagem e que não
doa tanto que você comece a conseguir lidar com aquele contexto, com aquela
experimentação do momento. Porque é sobre a experiência, a gente vai experimentando, e
muitas vezes vai experimentando de forma disfuncional, que aí vem novamente aquilo que eu
tinha falado sobre os movimentos do ciclo de contato, né? E a gente vai se ajustando, pode se
ajustar de uma maneira disfuncional e às vezes se ajustar de maneira funcional. E aí eu acho
que a restauração sempre esteve muito de mãos dadas também com a questão do cuidado, do
respeito com o outro, sem julgamento.
A gente deixa esses pré-julgamentos e a gente tá ali, frente a frente com outra pessoa,
como eu, que também tem seus erros, tem seus acertos, tem suas dificuldades e não é o meu
papel estar ali julgando. Então, junto com essa visão e junto com as técnicas que a gente tem
na Gestalt, na cadeira vazia, enfim, a gente vai conseguindo. Auxiliar e ajudar aquele outro,
né?
Claro que as técnicas a gente só vai aplicar nas intervenções. Vamos fazer também
diante do contexto e diante de quem aquela pessoa está ali apresentando. Então, nem toda
intervenção, nem toda técnica pode dar certo. Não é o momento, às vezes não é para ser. Às
vezes só o diálogo em si já ajuda nessa cura, nessa cura entre aspas, porque sempre vai
surgindo novas coisas no caminho e a gente vai fechando o Gestalt e abrindo Gestalt.
É basicamente assim que eu consigo enxergar um pouco do trabalho dessa terapeuta
nas práticas clínicas, enfim, acho que é isso.
16

ANEXO
Caso clínico Gestalt-terapia:
O caso apresentado é baseado num atendimento clínico, com o nome fictício da
paciente. Leona, 40 anos, professora do Ensino Médio, casada há 10 anos, tem uma filha de 8
anos. Foi criada pela mãe e pela avó sem muito contato com o pai. Conta que não conversava
muito com a família e que era sempre muito cobrada em tudo o que fazia. Apresenta uma
queixa de baixa autoestima, que está acima do peso e que anda muito nervosa.
A primeira consulta com o Gestalt-terapeuta é baseada num contato mais humano,
com ênfase na relação “Eu-Tu”, criando uma relação muito próxima ao paciente. A terapeuta
então pergunta como a paciente lida com essa angústia que ela relata, e a paciente responde
que se sente muito mal, que tem a sensação de não estar vivendo como deveria e que “se sente
engessada”, “paralisada diante da vida”.
A terapeuta percebe que embora a paciente falar que está “engessada” ela se expressa
de uma forma animada, extrovertida, entendo que há um conflito e aborda com a paciente o
conceito de awareness, que é a percepção de si, do outro, do ambiente, dos sentimentos, do
momento presente. A terapeuta percebe que a paciente está em uma posição cristalizada.
Ao longo dos atendimentos a paciente falou sobre seus sentimentos e da sua situação
com o marido, que é um dos pontos de dificuldade apresentados. Ela relata que durante a
relação deixou de fazer muitas coisas que gostaria que se afastasse, inclusive das amizades.
Em uma sessão a paciente pergunta ao terapeuta o que ela deveria fazer. A terapeuta não
responde e pergunta para a paciente o que ela acha que deve fazer. A paciente não responde e
faz uma nova pergunta se a terapeuta acha que ela deve se separar. A terapeuta diz que não
sabe dizer e pergunta o que ela gostaria mesmo de fazer. Neste momento a terapeuta percebe
que a paciente não consegue se posicionar e falar sobre ela mesma no processo e joga sempre
para o outro a responsabilidade de responder por ela.
A terapeuta intervém e pergunta para ela se ela espera sempre que os outros resolvam
os problemas para ela e ela afirma que sim. A terapeuta então pergunta como ela se sente em
relação a isso e ela não consegue responder. O Gestalt-terapeuta sempre trabalha com a
pergunta “Como?”. O modo como cada processo se desenvolveu. É uma pergunta
extremamente descritiva, que permite ao terapeuta e ao paciente uma maior percepção em
relação ao processo. É diferente da pergunta “Por que”? Que remete a uma explicação, uma
casualidade, qual a relação entre os processos, por que tal relação acontece dessa maneira.
Quanto mais descritivo o paciente puder ser, melhor a percepção do processo.
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No momento que a paciente relata sua queixa (baixa autoestima, nervosismo, acima do
peso) é a expressão da realidade que ela tem sobre o seu organismo, as suas vivências e os
seus sentimentos. Isso explicaria o motivo da paciente relatar que se sente “engessada”,
“paralisada”, embora ela reconheça seus problemas, tem dificuldade de tomar outra posição,
não conseguindo ao menos falar sobre isso e esperando que outra pessoa lhe diga o que fazer.
Com a continuidade das sessões Leona, consegue falar sobre a sua insatisfação
consigo mesma e o seu descontentamento com isso. A terapeuta percebe que esse sentimento
de “engessamento”, de ficar presa em esperar sempre dos outros, faz com que ela fique
cristalizada, estagnada, não conseguindo tomar novas posições em sua vida.
O foco da terapia neste caso é pensar nessa cristalização como um fundo na
qual a paciente está presa e não consegue sair. Ela não consegue transformar em figura, que é
trazer para a percepção (consciência) o entendimento do que ela está vivendo. A cristalização
encontra-se no fundo da vivência da paciente impedindo que venha à tona e ela possa
perceber-se, fazendo uma avaliação e tomando uma nova posição diante disso.
Durante algumas sessões, a sala ao lado da terapeuta estava em reforma, o que gerava
certo barulho o que incomodava a terapeuta. A Gestalt-terapia oferece ao terapeuta uma
autocrítica devido à relação do “Eu-Tu”, da permeabilidade de falar com o paciente o que ele
está vivenciando.
A terapeuta questiona a paciente se ela estava incomodada também com o barulho da
reforma da sala ao lado. Neste momento a terapeuta usou essa vivência como parte do
tratamento. A paciente disse que se incomodava, mas já tinha se acostumado com o barulho.
A terapeuta então pergunta como ela se sentia diante dessa situação e ela respondeu que nunca
pensa como se sente, que muitas vezes esquece-se de si.
Neste momento a terapeuta faz uma intervenção e pergunta à paciente se ela estava
falando dela mesma pela primeira vez, pois sempre falava do que outros pensavam dela e a
paciente afirma que sim. A terapeuta insiste perguntando se ela se deu conta que precisou da
terapeuta para perceber que estava falando de si própria e ela responde novamente que sim. A
terapeuta então problematizou para a paciente de quem veio a resposta que tanto ela espera
dos outros. A paciente ficou surpresa e respondeu que veio dela mesma quando ela falou que
sempre se esquece de si.
Neste momento da sessão ocorre o awereness, a percepção de si mesmo, dos
sentimentos e o fundo de engessamento, paralisação e esquecimento de si mesma aparece na
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figura, onde a paciente começa a se dá conta do que está acontecendo, passando para a
percepção consciente e iniciando o processo de mudança.

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