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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLINICA 3º ANO, 1º SEMESTRE, PÓS-


LABORAL

Cadeira:

Comportamento Desviante

TEMA

Noções de Peritagem Psiquiátrico Forense

Discentes:

 Argentina Inês Luciano Mpuana


 Graciano Sixpense
 José Paulino
 Querola da Barca

Chimoio, Abril de 2024


INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLINICA 3º ANO, 1º SEMESTRE, PÓS-


LABORAL

Cadeira:

Comportamento Desviante

TEMA

Noções de Peritagem Psiquiátrico Forense

DOCENTE:

Dr. Elias Zita Nazare

Chimoio, Abril de 2024


Índice
1.0 INTRODUҀÃO .................................................................................................................... 3

1.1.OBJETIVOS ......................................................................................................................... 4

1.2 GERAL: ................................................................................................................................ 4

Específicos .................................................................................................................................. 4

1.1.3.Metodologia do trabalho .................................................................................................... 4

Capitulo I: ................................................................................................................................... 5

2.Noções de Peritagem Psiquiátrico Forense ............................................................................. 5

2.1.Psicologia e Medicina Forense ............................................................................................. 7

2.2.Tipos de Avaliações Periciais ............................................................................................... 7

2.2.1.A Perícia em Direito Civil ................................................................................................. 8

2.2.2.A Perícia em direito Criminal ............................................................................................ 8

2.2.3.O Exame Pericial ............................................................................................................... 9

2.4.Parte 1 – Identificação .......................................................................................................... 9

2.5.Parte 2 - Condições do exame .............................................................................................. 9

2.6.Parte 3 - Histórico e Antecedentes ..................................................................................... 10

2.3.Objectivo a psiquiatria forense ........................................................................................... 11

2.4.Papel do Psicólogo Forense ................................................................................................ 12

3.Conclusão .............................................................................................................................. 13

4.Referência bibliográfica ........................................................................................................ 14

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1.0 INTRODUҀÃO

Peritagem psiquiátrica e/ou psicológica para avaliação do dano psíquico/psicológico, é uma


actividade médico-psiquiátrica e psicológica de carácter pericial que permite avaliar a
eventual existência de alterações psicopatológicas bem como os danos psíquicos/psicológicos,
tais como limitações, alterações cognitivas e/ou comportamentais e/ou emocionais nas várias
esferas da vida do indivíduo (pessoal, familiar, social, escolar e/ou laboral), após eventos
traumáticos, bem como o eventual estabelecimento do nexo de causalidade entre evento e
dano.

Nos casos de acidente de trabalho, estas perícias permitem avaliar, também, em que medida
os danos psíquicos/psicológicos e as suas repercussões interferem e/ou limitam a capacidade
de trabalho e de ganho do indivíduo.

No âmbito de processos relacionados com alegados actos de assédio no trabalho (moral ou


sexual), em contexto de avaliação da suposta vítima, estas perícias permitem aferir se existe
ou não anomalia psíquica/características psíquicas (psicopatologia), avaliando também o
modo de funcionamento do indivíduo e a sua personalidade, e em que medida o perfil
psicológico/mental individual pode desencadear dano psíquico/psicológico.

Um dos objectivos desta perícia é aferir se existe ou não nexo de causalidade entre um evento
e os danos psíquicos/psicológicos e sequelas existentes na pessoa. Esta perícia é, com
frequência, complementar da perícia para avaliação de dano corporal.

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1.1.OBJETIVOS
1.2 GERAL:

Compreender Noções de Peritagem Psiquiátrico Forense

1.3 Específicos

 Identificar os Tipos de Avaliações Periciais


 Descrever os tipos de Avaliações Periciais
 Descrever o objectivo a psiquiatria forense

1.1.3.Metodologia do trabalho

O trabalho é resultado de algumas leituras realizadas em torno do tema em análise. Para tal
recorreu-se a levantamentos bibliográficos sobre o assunto em foco, permanecendo na
reflexão teórica. A pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias, abrangeu a bibliografia já
tornada pública em relação ao tema em estudo, desde publicações avulsas, jornais, revistas,
livros, internet, e mais.

Portanto, a parte final do trabalho (conclusão) contém a síntese do desenvolvimento do


mesmo, articulada aos temas e objectivos da pesquisa. E as referências bibliográficas
apresentam-se numa listagem em ordem alfabética crescente das fontes citadas no trabalho
obedecendo o regulamento recomendado.

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Capitulo I:
2.Noções de Peritagem Psiquiátrico Forense

Forense é um termo relativo aos tribunais ou ao Direito. Na maior parte das vezes, o termo é
de imediato relacionado com o desvendamento de crimes.Contudo, existem outras aplicações
do termo, como se verifica na expressão "expediente forense", que designa o horário de
funcionamento dos tribunais

Ciência Forense é a aplicação de um conjunto de técnicas científicas para responder a


questões relacionadas ao Direito, podendo se aplicar a crimes ou actos civis. O esclarecimento
de crimes é a função de destaque da prática forense. Através da análise dos vestígios deixados
na cena do crime, os peritos, especialistas nas mais diversas áreas, conseguem chegar a um
criminoso. Algumas das áreas científicas que estão relacionadas à Ciência Forense são a
Antropologia, Biologia, Computação, Matemática, Química, e várias outras áreas ligadas à
Medicina, como por exemplo, a Psicologia Forense. SANTOS, p.23, 2009.

A Perícia Psiquiátrica ou Exame Pericial Psiquiátrico é uma espécie de avaliação psiquiátrica


com a finalidade de esclarecer a auxiliar a autoridade judiciária, policial, administrativa e, até
mesmo, particular, porém, para a Justiça o Exame Pericial constitui um meio de prova. O
trabalho pericial é uma avaliação especializada no tema em questão (em nosso caso,
psiquiatria) e será solicitado pelo juiz em situações que escapam ao seu entendimento técnico-
jurídico, com a finalidade última de esclarecer um fato de interesse da Justiça . (MICHAELIS,
1998)

Portanto, a perícia psiquiátrica é um documento de carácter clínico psiquiátrico, solicitado


pela justiça com objectivo de atestar a condição mental de uma pessoa e assessorar
tecnicamente a justiça em duas situações básicas: na avaliação da interdição civil por razões
mentais e na avaliação de inimputabilidade. No primeiro caso, avaliando a capacidade civil, a
perícia psiquiátrica se dará no Direito Civil e na questão da imputabilidade, no Direito
Criminal. Estão previstos em lei alguns impedimentos formais (artigos 134, 135 e 138 do
CPC) para a nomeação ou aceitação do perito seriam no caso dele actuar nos processos onde:

a) for parte;

b) houver prestado depoimento como testemunha;

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c) for cônjuge, parente em linha recta em qualquer grau ou parente em linha colateral até
segundo grau (irmão ou cunhado) do advogado da parte;

d) for cônjuge, parente em linha recta em qualquer grau ou parente em linha colateral até
terceiro grau (tio e sobrinho) da parte;

e) For membro da administração de pessoa jurídica que é parte no feito.

Além desses impedimentos formais, a legislação prevê que perícia será considerada suspeita
quando o perito for:

a) Amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;

b) Credor ou devedor de qualquer das partes, ou isso ocorrer com seu cônjuge, bem como aos
parentes em linha recta em qualquer grau ou em linha colateral até terceiro grau (tio e
sobrinho);

c) herdeiro, donatário ou empregador de qualquer das partes;

d) Presenteado de qualquer das partes ou as houver aconselhado em relação à causa ou ainda


as auxiliado financeiramente com as despesas do processo;

e) Interessado no julgamento do feito em favor de uma das partes.

Espera-se, além da imparcialidade, evidentemente, que perito seja o mais didáctico possível,
traduzindo da melhor maneira os conceitos e definições médicas, bem como os eventuais
diagnósticos em linguagem acessível ao juiz, jamais se limitando à denominação simples do
diagnóstico psiquiátrico. Uma das dificuldades que compromete substancialmente o
andamento e a imparcialidade do resultado da perícia são eventuais sentimentos que o
examinado pode despertar no perito. (SANTOS, 2009)

Em resumo, os objectivos básicos da Perícia Psiquiátrica não podem se distanciar do seguinte:

1 - Estabelecer o Diagnóstico Médico.

2 - Estabelecer o Estado Mental no momento da acção.

3 - Estabelecer o Prognóstico Social, isto é, indicar, do ponto de vista psiquiátrico, a


irreversibilidade ou não do quadro, a incapacidade definitiva ou temporária, a eventual
periculosidade do paciente.

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Embora o exame pericial em psiquiatria seja de natureza clínica e semiológica, caso estejam
indicados exames auxiliares para o caso, estes devem ser solicitados, incluindo exames
psicológicos. A anamnese (entrevista) deve ser tão completa quanto possível. O exame directo
(ou objectivo) é aquele cuja colecta de dados se faz junto ao examinando e, desejavelmente,
deve ser completado com informações obtidas de outras fontes, como relatórios fornecidos
por médicos assistentes ou hospitais. Pode ser extremamente útil obter informações adicionais
junto às pessoas da intimidade do examinando.

Da habilidade do perito dependerá a validade e veracidade dessas informações.

A avaliação do estado mental da pessoa a ser periciada deve ser relatada de forma precisa e
inteligível. O objectivo dessa avaliação é informar à justiça o que a medicina constata sobre a
função mental da pessoa em apreço. Apesar do desejável cuidado científico e técnico, não se
trata de uma tese ou dissertação de mestrado, mas de uma informação precisa com propósitos
de ser, sobretudo, inteligível. (MICHAELIS, 1998)

2.1.Psicologia e Medicina Forense

A Psicologia Forense é uma área da psicologia que está relacionada com a ciência forense, e
consequentemente, com questões judiciais. A psicologia forense é a metodologia da
psicologia aplicada ao contexto legal. Nesta área, são estudadas as condições que fazem a
ligação entre o Homem e a Lei. No caso de crimes, a psicologia tem a função de determinar a
vontade do sujeito e a sua capacidade civil e penal.

A Medicina forense ou medicina legal pode ser dividida em muitas áreas, sendo que uma
delas é a psicologia forense. Tem como objectivo esclarecer aspectos médicos que sejam
relevantes no âmbito jurídico, como por exemplo, determinar a causa de morte de uma pessoa.

2.2.Tipos de Avaliações Periciais

Os Exames Periciais Psiquiátricos podem ser divididos em 3 tipos básicos; no direito civil, no
direito criminal (ou penal) e no direito do trabalho.

2.2.1.A Perícia em Direito Civil

De um modo geral, no Direito Civil a perícia psiquiátrica terá utilidade nos casos de:

1 - Acções de Interdição. No direito civil a perícia psiquiátrica tem como um dos principais
objectivos avaliar a capacidade da pessoa se auto determinar (reger seus próprios actos) e

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administrar seus bens. Essas perícias se baseiam na avaliação da Capacidade Civil e são
requeridas pelo juiz nas acções de Interdição de direito civil, como ocorre, principalmente, em
deficientes mentais e pessoas demenciadas.

2 - Acções de anulações de actos jurídicos em pessoas que tenham, porventura, tomado


alguma atitude civil (compra, venda, casamento, divórcio, etc) enquanto não gazava da
plenitude de seu juízo crítico. Nesses casos avaliam-se as condições de consciência da pessoa.
Seria uma espécie de avaliação da Capacidade Civil temporária. (FRAJOLA, 2012)

3 - Avaliação da capacidade de testar. Como no caso anterior, a perícia psiquiátrica aqui é


solicitada nas acções de anulações de testamentos. Isso ocorre em casos onde, supostamente, a
pessoa tenha tomado alguma atitude testamentária sem que gozasse plenamente de reger
plenamente seus actos.

4 - Anulações de casamentos e separações judiciais litigiosas. Mais ou menos com os mesmos


objectivos dos casos anteriores.

5 - Acções de modificação de guarda de filhos, normalmente quando o cônjuge tutor


demonstra insuficiência psíquica param manter a guarda do (s) filho (s).

6 - Avaliação de transtornos mentais em acções de indenização e acções secretárias. Esses


exames estão, normalmente, relacionados à medicina ocupacional Nas acções de anulações de
actos jurídicos em pessoas que tenham, porventura, tomado alguma atitude civil (compra,
venda, casamento, divórcio, etc) enquanto não gozava da plenitude de seu juízo crítico.

2.2.2.A Perícia em direito Criminal

Para as perícias criminais, segundo o Código de Processo Penal (CPP), o encargo pericial
também é obrigatório e exige-se o trabalho de dois peritos oficiais concomitantemente. Em
síntese, a perícia psiquiátrica em Direito Criminal (ou Penal) objectiva, principalmente, o
seguinte:

1 - Verificação da capacidade de imputação nos incidentes de insanidade mental (veja


imputabilidade). Nesses casos está em jogo a imputabilidade, normalmente atrelada à
capacidade da pessoa discernir o que faz, ter noção do carácter ilícito e de se autodeterminar.

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2 - Verificação da capacidade de imputação nos incidentes de farmacodependência. Trata-se
da difícil avaliação da imputabilidade ou semi-imputabilidade que se aplicam aos dependentes
químicos e alcoolistas.

3 - Exames de cessação de periculosidade nos sentenciados à medida de segurança. Quando as


pessoas internadas em casas de custódia (manicômio judiciário) ou em tratamento
ambulatorial compulsório são avaliados para, mediante laudo, terem cessado a periculosidade
que determinou a medida de segurança. (FRAJOLA, 2012)

4 - Avaliação de transtornos mentais em casos de lesão corporal e crimes sexuais

A avaliação pericial tem como um dos objectivos, estabelecer o diagnóstico da situação


actual, no presente momento. Para esta avaliação os critérios são, basicamente, os mesmos
aplicados na psiquiatria clínica geral, ou seja, um exame psíquico para avaliação do estado
mental actual. Resumindo, é avaliada a existência de alguma doença ou alteração psíquica
actual. (MICHAELIS, 1998)

2.2.3.O Exame Pericial

Embora não haja nenhum modelo acabado de Registro dos dados obtidos durante o exame
psiquiátrico, arrolam-se, a seguir, de forma sumária e para que sirvam de contraponto ao
formato adotado na avaliação forense, os principais itens que devem ser mencionados:

2.4.Parte 1 – Identificação

O examinado deve ser o mais precisamente identificado. Para tal, podemos descrevê-lo
fisicamente, verificar documentos de identidade, referir o sexo, a idade e filiação, data de
nascimento e, se possível, anexar uma fotografia recente ou impressão digital.

2.5.Parte 2 - Condições do exame

Relatar brevemente em quais condições se realizou o exame, como por exemplo, "exame
realizado em meu consultório, mediante entrevista e exame clínico, respondido pelo
examinado em primeiro lugar e, em seguida mediante entrevista de seu cônjuge Fulana de
Tal. Nessa ocasião o examinado estava em uso de tais medicamentos...".

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2.6.Parte 3 - Histórico e Antecedentes

Através da entrevista com o examinando ou, objectivamente, com pessoas de seu convívio
íntimo, devem ser referidos os antecedentes neuropsíquicos com implicações em sua
actividade mental, bem como eventuais tratamentos psiquiátricos anteriores. Enfatizam-se os
momentos de eventuais crises existenciais e a maneira como o examinado reagiu a elas, os
padrões habituais de comportamento familiar, social e profissional. Alguns autores valorizam
a história psiquiátrica familiar.

Parte 4 - Exame Clínico.

Nessa parte procede-se o Exame Físico e do Estado Mental. Trata-se do exame clínico,
neurológico e psicopatológico, baseado na entrevista e em dados do exame. Este relato deve
ser objectivo, inteligível, sucinto e evitar divagações.

Parte 5 - Exames complementares (se houverem).

Aqui devem ser descritos e tornados inteligíveis à linguagem não exclusivamente técnica os
achados laboratoriais, os resultados de exames funcionais ou de imagem (PET, SPECT, EEG,
Exames Funcionais Cerebrais) e de testes eventualmente aplicados. (FRAJOLA, 2012)

Parte 6 – Diagnóstico

Essa é uma parte essencial da perícia onde se deve consolidar o diagnóstico e, de preferência,
fazer algum comentário sobre o diagnóstico diferencial com quadros similares. O diagnóstico
médico-psiquiátrico não necessita, obrigatoriamente, ser único e, sempre que for o caso, às
diversas comorbidades, se presentes. Cabe aqui comentários sobre o prognóstico das
alterações psíquicas encontradas, se possível ilustrando com referências bibliográficas o curso
e evolução preconizados pela psicopatologia. O perito psiquiatra deve retratar com precisão o
que verificou e constatou em sua esfera de competência, apresentando conclusões objectivas e
eminentemente técnicas, sem expressar juízo de valor. (FRAJOLA, 2012)

Os comentários, sempre desejáveis e muito úteis, devem ser restritos à área de competência
do perito, evitando terminantemente emitir juízos de valor. Esses comentários devem ser
claros, com informações inteligíveis para não especialistas.

Deve terminar individualizando o caso do examinando sob o ponto de vista clínico,


esclarecendo suas implicações psicopatológicas e jurídicas. Quanto à formulação do

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diagnóstico, sempre que possível o perito deve usar uma classificação de diagnósticos
internacionalmente reconhecida, como classificação da Organização Mundial de Saúde
(OMS), que é a CID.10, ou sua variante norte-americana, a DSM.IV, igualmente aceita pela
comunidade científica.

Parte 7 - Conclusões Médico-Legais

Deve indicar claramente o diagnóstico e/ou as hipóteses de diagnóstico. Essa conclusão deve
conter claramente a opinião técnica do perito ou, conforme for o caso, adicionar alguma
sugestão ou comentário que julgar útil para melhor esclarecer o juiz. Nessas conclusões a
objectividade deve ser uma preocupação sempre presente. Para evitar longos trechos
fortemente carregados de descrições e considerações académicas, o perito deve ter em mente
que sua missão é ilustrar, orientar e esclarecer a justiça da melhor forma possível. Por causa
disso, seu discurso deve se limitar a termos inteligíveis e dirigidos a pessoas sem a mesma
formação técnica, como os magistrados, advogados e jurados. Assim sendo, o perito não deve
jamais abusar da obscura terminologia psiquiátrica. É Imprescindível ilustrar as conclusões
com informações da literatura psiquiátrica, tomando sempre o cuidado de traduzir para a
autoridade o teor do texto citado.

A Conclusão ou o Relatório Médico-Legal é, portanto, a comunicação escrita do perito à


justiça, consoante e fiel às suas observações e, desejavelmente, acompanhado de comentários
profissionais, bem como das respostas aos quesitos formulados pelo juiz. Quesitos
Finalmente, o perito deve responder aos quesitos formulados, também de forma objectiva e
clara, evitando comentários e justificativas nessa parte. (SANTOS, 2009)

2.3.Objectivo a psiquiatria forense

A psiquiatria forense é a subárea de actuação da psiquiatria que realiza interface com o


direito. O objectivo é o esclarecimento de demandas judiciais através de laudos periciais ou
pareceres psiquiátrico-forenses. A actuação do psiquiatra forense como assistente técnico
(psiquiatra perito de uma das partes) é elaborar uma estratégia pericial individualizada,
considerando os objectivos do cliente e os elementos técnicos disponíveis para o caso. Esse
tipo de actuação aumenta as chances de sucesso do cliente em processo judicial ou
administrativo.

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2.4.Papel do Psicólogo Forense

O psicólogo forense desempenha um papel fundamental no direito penal em dois aspectos de


primordial importância: a capacidade de um indivíduo ser julgado e a responsabilidade do
acusado no crime. O último conceito pode incluir avaliações do indivíduo ou análise das
evidências disponíveis para determinar se ele pretendia ou sofria de diminuição da capacidade
mental no momento do evento. (MICHAELIS, 1998)
Também pode ser frequentemente necessário avaliar a periculosidade do acusado, sua
propensão à recaída ou fornecer avaliações psicológicas ou tratamento aos infractores quando
estes são ordenados como parte de suas medidas de ressocialização. (SANTOS, 2009)

A principal função do psicólogo forense é auxiliar na administração da justiça nos aspectos


em que seus principais agentes o exijam. A participação pode ser para informar juízes,
promotores, defensores ou para ajudar os acusados ou vítimas do processo.

As funções específicas dependem das características do ambiente jurídico em que são


desempenhadas. No entanto, são sempre de natureza consultiva e os agentes do processo
podem decidir não os levar em consideração ou dar preferência a outros tipos de critérios. Os
mais comuns são mencionados abaixo. (MICHAELIS, 1998)

Uma das tarefas mais comuns, e talvez mais visíveis, dos psicólogos forenses, exigida em
todos os tipos de lei, é fornecer opinião especializada. Muitas das funções acima mencionadas
são desempenhadas por este mecanismo e podem ser feitas por escrito, através de laudo
pericial, ou através da participação directa no tribunal como testemunha.
Os psicólogos forenses também podem ser chamados para avaliar a credibilidade e
confiabilidade das testemunhas ou se certos indivíduos devem ou não participar como
membros de um júri em que são necessários.
Em suma, é necessário referir que o carácter aberto da interacção entre a administração da
justiça e o psicólogo forense implica que as funções deste último não se limitem às
anteriormente descritas e que deve aplicar outras técnicas psicológicas à sua disposição
quando assim lhe for solicitado. (SANTOS, 2009)

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3.Conclusão

A perícia psicológica é um processo de investigação que serve como prova para diversos
casos. Portanto, o profissional precisa realizar exames, entrevistas e vistorias e testes para
comprovar suas conclusões sobre a pessoa que está sendo avaliada.

Esse é um trabalho bem detalhado e o profissional precisa conhecer os instrumentos


psicológicos que devem ser utilizados. Normalmente, essa perícia é colocada em prática nos
processos relacionados ao direito da família e das crianças e adolescentes, tanto na área penal
como crimina

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4.Referência bibliográfica

FRAJOLA, Rodrigo Jonas. O que muda para o cidadão com a nova lei de crimes
cibernéticos?. Blog do Frajola, 2012. Disponível em: . Acesso em 04 nov. 2012, 14h29min.

LEITE, Thiago. Ordem de Volatilidade em Investigações. Localdomain Wordpress, 2007.


Disponível em: . Acesso em 03 jan. 2013, 01h15min.

LESSIG, Lawrence. Brazilian Ministry of Culture removes Creative Commons licenses from
its website. Infojustice.org, 2011 Disponível em . Acesso em 04 nov. 2012, 13h16min.

MARIANO, Delegado. Gangues dos EUA ajudam PCC e CV, diz relatório. Cyber Crimes -
Delegado Mariano, 2009. Disponível em: . Acesso em 19 nov. 2012, 22h30min.

MICHAELIS: Michaelis Moderno Dicionario Da Lingua Portuguesa: o dicionário da língua


portuguesa. 1. ed. ?: Melhoramentos, 1998.

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crimes virtuais. Jus Navigandi, Teresina, ano 7, n. 58, 1 ago. 2002. Disponível em: . Acesso
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SANS. InfoSec Reading Room: Taking advantage of Ext3 journaling file system in a forensic
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SANTOS, Coriolano Aurélio de Almeida Camargo. As múltiplas faces dos Crimes


Eletrônicos e dos Fenômenos Tecnológicos e seus reflexos no universo Jurídico. OAB –
Comitê sobre Crimes Eletrônicos, 2009. Disponível em: . Acesso em 12 jan. 2013, 01h12min.

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