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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

CENTRO DE ENSINO A DISTÂNCIA

Pedagogia e os Fundamentos Humanos da Didáctica

Nome de Estudante:
Rita Matope Airone Lovane.
Código de Estudante: 708235657

Curso: Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Didáctica Geral.
Ano de Frequência: 1º Ano
Tutor: Dr. .

Chimoio, Abril de 2023


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Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução ..................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos .................................................................................................................. 3
1.1.1. Objectivo Geral....................................................................................................... 3
1.1.2. Objectivos Específicos ........................................................................................... 3
1.2. Metodologia ............................................................................................................... 3
2. Didácticas - suas relações com a Pedagogia e outras ciências ..................................... 4
2.1. Conceito da Didáctica ................................................................................................ 4
2.1.1. Relação da Didáctica Geral com Pedagogia ........................................................... 5
2.2. Relação da Didáctica com outras ciências ................................................................. 6
2.2.1. Relação da Didáctica com Psicologia ..................................................................... 6
2.2.2. Relação da Didáctica com Sociologia .................................................................... 6
2.2.3. Relação da Didáctica com Biologia........................................................................ 7
2.2.4. Relação da Didáctica com Filosofia ....................................................................... 7
2.3. Processo de ensino-aprendizagem - origem e desenvolvimento histórico ................ 7
2.4. Características do processo de ensino-aprendizagem ................................................ 8
2.5. Estrutura da aula – funções didácticas ....................................................................... 9
Conclusão ....................................................................................................................... 12
Referências Bibliográficas .............................................................................................. 13
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1. Introdução
Este trabalho tem como escopo "Processo de ensino-aprendizagem - origem e
desenvolvimento histórico" no que tange o tema, o ensino consiste na resposta planificação às
exigências naturais do processo de aprendizagem. O segredo do bom ensino é entusiasmo
pessoal do professor, que vem do seu amor à ciência e aos seus alunos.

No dia-a-dia, o processo do ensino enfrenta vários desafios na busca da qualidade do


ensino. Esta preocupação, mesmo os nossos antepassados sempre tiveram e até hoje continua
a existir porque o processo de ensino é dinâmico, daí que, cada fazedor que superintende esta
matéria do ensino, faz pesquisas, analisa e trazendo a sua proposta para o ensino do amanhã.

Portanto, nós traremos aqui para além daquilo que constitui o tema, os elementos que
farão parte deste conteúdo, no sentido de perceber melhor sobre a origem do ensino e suas
tendências no quotidiano. No primórdio, os chefes de famílias eram os primeiros professores e
em seguida os sacerdotes.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Apresentar o historial do processo de ensino-aprendizagem e da didáctica.

1.1.2. Objectivos Específicos


 Descrever as características do processo de ensino-aprendizagem;
 Relacionar a didáctica com outras ciências;
 Identificar as funções didácticas.

1.2. Metodologia
É importante salientarmos que para a materialização do presente trabalho usamos o
método bibliográfico. O método bibliográfico, para Fonseca (2002), é realizada:
[...] a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por
meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer
trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador
conhecer o que já se estudou sobre o assunto (p.32).
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2. Didácticas - suas relações com a Pedagogia e outras ciências


2.1. Conceito da Didáctica
Essa denominação se refere a uma área pedagógica que se dedica fundamentalmente à
docência, ao ensino, ao trabalho dos professores.

A Didáctica é o principal ramo de estudos da Pedagogia. Candau (1996, p.27) salienta


que “ela investiga os fundamentos, condições e modos de realização da instrução e do
ensino”. A ela cabe converter objectivos sociopolíticos e pedagógicos em objectivos de
ensino, seleccionar conteúdos e métodos em função desses objectivos, estabelecer os vínculos
entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das capacidades mentais dos
alunos.

Assim, podemos dizer que a Didáctica é uma disciplina normativa, um conjunto de


princípios e regras que regulam o ensino. É, no entanto, a actividade de ensinar é centrada no
professor, que expões e interpreta a matéria. Às vezes, são utilizados meios como a
apresentação de objectos, ilustrações, exemplos, mas o meio principal é a palavra, a exposição
oral.

Gil (1997, p.109), ao abordar a Didáctica, entende esta como (...) a sistematização e
racionalização do ensino, constituída de métodos e técnicas de ensino de que se vale o
professor para efectivar a sua intervenção no comportamento do estudante. Com efeito, a
Didáctica é uma ciência pedagógica, sendo por isso que mantém relação com a pedagogia.
Mas também pelas experiências e/ou observações que devido a complexidade do Processo de
Ensino-Aprendizagem, de um lado e, por outro, tende em conta ao carácter interdisciplinar de
quase todos os ramos de saber, a didáctica mantém relações com outras ciências.

Podemos dizer que a didáctica, de modo geral, é a ciência ou a disciplina que regula ou
estuda o processo de ensino como um todo. Nesse sentindo, a didáctica é o suporte que
direcciona as actividades do professor no tocante a relação ensino/aprendizagem. A didáctica
é ainda o mecanismo que possibilita ao professor o desenvolvimento do seu trabalho com
finalidades específicas determinadas dentro da realidade escolar.

Assim, a “Didáctica Geral busca em outras ciências os conhecimentos teóricos e


práticos que concorrem para o esclarecimento do seu objecto, o fenómeno educativo”, (Piletti,
2007, p.103). São elas a Filosofia da Educação, Sociologia da Educação, Psicologia da
Educação, Biologia da Educação, e outras, como veremos a seguir.
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2.1.1. Relação da Didáctica Geral com Pedagogia


Segundo Golias (1999, p.119) “a dependência da didáctica em relação a pedagogia se
verifica na impossibilidade de se especificar objectivos da instrução, das matérias e dos
métodos, fora de uma concepção do mundo de uma opção metodológica geral e uma
concepção de práxis pedagógica, uma vez que essas tarefas pertencem ao campo
pedagógico”.

É verdade que a finalidade imediata do processo didáctico é o ensino de determinadas


matérias e de habilidades cognitivas conexas; todavia por se tratar de materiais ou temas de
ensino, implicando, portanto dimensão formativa, a eles se sobrepõe objectivos e tarefas mais
amplas determinadas social e pedagogicamente.

Deste modo, Nivagara (2011) considera a didáctica como disciplina de intersecção entre
a teoria educacional e as metodologias específicas das matérias que se esclarecem e se
particularizam sob características comuns, básica, da actividade pedagógica e, em particular,
do processo de ensino aprendizagem.

Em outras palavras a didáctica opera a interligação entre a teoria e a prática. Ela engloba
um conjunto de conhecimentos que entrelaçam contribuições de diferentes esferas científicas
(teoria de educação, teoria do conhecimento, psicologia, sociologia, etc), junto com requisitos
de operacionalização.

Noutros termos, a pedagogia investiga a natureza das finalidades da educação como


processo social, no seio de uma determinada sociedade, bem como as metodologias
apropriadas para a formação dos indivíduos, tendo em vista o seu desenvolvimento humano
para tarefas na vida em sociedade.

Quando falamos das finalidades da educação no seio de uma determinada sociedade,


queremos dizer que o entendimento dos objectivos, conteúdos e métodos da educação se
modifica conforme as concepções de homem em sociedade que, em cada contexto económico
e social de um momento da história humana, caracterizam o modo de pensar, de agir e os
interesses das classes e grupos sociais. Portanto, a pedagogia é sempre uma concepção da
direcção do processo educativo subordinado a uma concepção político-social.

A didáctica é, pois uma das disciplinas da pedagogia que estuda o processo de ensino
através dos seus componentes, os conteúdos escolares, o ensino e a aprendizagem para, com o
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embasamento numa teoria da educação, formular directrizes orientadoras da actividade


profissional dos professores.

2.2. Relação da Didáctica com outras ciências


A Didáctica é, uma das disciplinas da Pedagogia que estuda o processo de ensino
através dos seus componentes os conteúdos escolares, o ensino e a aprendizagem para, com o
embasamento numa teoria da educação, formular directrizes orientadoras das actividades
profissional dos professores.

Didáctica é uma ciência pedagógica, sendo por isso que mantem relação com a
pedagogia, na medida em que se verifica na impossibilidade de se especificar objectivos da
instrução, das matérias e dos métodos.

De acordo com Pretti (2007), a didáctica opera a relação entre a teoria e pratica. Ela
engloba um conjunto de conhecimentos que entrelaçam contribuições de diferentes esferas
científicas (teoria da educação, teoria do conhecimento, psicologia, sociologia, etc), junto com
requisitos de operacionalização.

A didáctica relaciona-se com outras ciências com fins educacionais e com os demais
compus do conhecimento pedagógico. A Filosofia e a História da Educação ajuda a reflexão
em torno das teorias educacionais, indagando em que consiste o acto educativo, seus
condicionantes externos e internos, seus fins e objectivos, busca os fundamentos da prática
educativa.

2.2.1. Relação da Didáctica com Psicologia


A Psicologia indica a Didáctica as oportunidades que melhor favorecem a
expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor garantem a
efectivação da aprendizagem.

2.2.2. Relação da Didáctica com Sociologia


A Sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a solidariedade, a
liderança, a responsabilidade no contexto de interacções sociais, pois a aprendizagem
acontece no contexto socialmente construído o que implica reconhecer o papel dessas relações
na educação dos alunos.
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2.2.3. Relação da Didáctica com Biologia


A Biologia orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos alunos, a
nutrição e a herança também tem o seu peso na aprendizagem dos alunos.

2.2.4. Relação da Didáctica com Filosofia


A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base a Didáctica,
coordenando – as numa visão que tem por fim explicar o educando como um ser completo
que necessita de atendimento adequado, personalizado, de forma que se possam efectuar os
propósitos de educação.

A complexidade do trabalho do professor está na sua capacidade de poder planificar,


realizar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem, com garantia de que os seus alunos
aprendam, desenvolvam saber, saber fazer e saber ser/estar. Igualmente vemos que esta
complexidade se refere em parte, ao facto de que o professor deve ensinar a partir de uma
concepção da direcção do processo educativo subordinada a uma concepção político-social,
agindo, portanto, como pedagogo; e ao mesmo tempo o professor deve:
 Respeitar a individualidade dos seus alunos e as condições que melhor favorecem a
expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor
garantem a efectivação da aprendizagem.
 Orientar-se sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos alunos e, a partir
disso, por exemplo, conceder aos alunos intervalos depois de um período significativo
de trabalho para permitir o repouso dos estudantes, programar actividades em função
das capacidades de resistência física dos alunos, etc.
 Criar formas de trabalho na sala de aulas e na escola que permitem desenvolver a
solidariedade, a liderança, a responsabilidade nos alunos, tendo em conta o carácter
social da sua actividade e da natureza dos alunos e dele mesmo.
 Visionar o educando como um ser completo que necessita de atendimento adequado,
personalizado, de forma que se possam efectivar os propósitos da educação.

2.3. Processo de ensino-aprendizagem - origem e desenvolvimento histórico


O ensino e a aprendizagem são tão antigos quanto a própria humanidade. Nas tribos
primitivas os filhos aprendiam com os pais a atender suas necessidades, a superar as
dificuldades do clima e a desenvolver-se na arte da caça. No decorrer da história da
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humanidade, o ensino e a aprendizagem foram adquiridos cada vez maior importância. Por
isso, com o passar do tempo muitas pessoas começaram a se dedicar exclusivamente a tarefas
relacionadas com o ensino. Também surgiram as escolas que são instituições voltadas para
essas tarefas.

O conceito de ensino evoluiu graças ao questionamento e pesquisas realizadas por


diversos pensadores, educadores, psicólogos, sociólogo, etc.

Segundo o conceito etimológico ensinar (do latim signare) é “colocar dentro, gravar no
espírito”. De acordo com esse conceito, ensinar é gravar ideias na cabeça do aluno. Nesse
caso, o método do ensino é o demarcar e tomar atenção.

A despeito disso, Piletti (2007) faz uma divisão da evolução histórica do ensino da
seguinte forma:
1. Concepção tradicional do ensino: A iniciativa cabe ao professor, que é, ao mesmo
tempo, sujeito do processo, o elemento decisivo e decisório no ensino. A questão
pedagógica central é aprender.
2. Concepção de ensino da escola nova: A iniciativa desloca-se para o aluno e o centro
da acção educativo situa-se na relação professor aluno. A questão pedagógica central é
aprender a aprender.
3. Concepção Tecnicista de ensino: O elemento principal passa a ser a organização
racional dos meios, o professor e o aluno ocupam uma posição secundária. Professor e
aluno são relegados á condição de executores de um processo cujo a concepção,
planificação, coordenação e controle ficam a cargo de especialistas supostamente
habilitados, neutros, objectivos imparciais. A questão pedagógica fundamental é
aprender a fazer.

2.4. Características do processo de ensino-aprendizagem


O processo de ensino-aprendizagem é uma actividade particular que se distingue pelas
suas características próprias.

Assim, para (Araújo, s.d), dentre outras características, podemos dizer que o PEA
apresenta as seguintes características:
 Carácter social;
 Carácter educativo;
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 O PEA desenvolve a personalidade;


 O PEA é um processo dinâmico de desenvolvimento, isto é, dialéctico;
 O PEA tem carácter sistemático e planificado;
 O PEA é regido por leis que se exprimem em regularidades.

Segundo Libâneo (1990, p.79) “O processo de ensino é um conjunto de actividades


organizadas do professor e dos alunos, visando alcançar determinados resultados (domínio de
conhecimentos e desenvolvimentos das capacidades cognitivas), tendo como ponto de partida
o nível actual de conhecimento, experiencias e de desenvolvimento mental dos alunos.
Consideremos algumas características desse processo:
a) O ensino é um processo, ou seja, caracteriza-se pelo desenvolvimento e transformação
progressiva das capacidades intelectuais dos alunos em direcção ao domínio dos
conhecimentos e habilidades na sua aplicação. Por isso, obedece a uma direcção,
orientando-se para objectivos conscientemente definido; implica passos gradativos, de
acordo com critérios de idade e preparo dos alunos. O desdobramento desse processo
tem um carácter intencional e sistemático em virtude do qual são requeridas as tarefas
docentes de panejamento, direcção das actividades de ensino e aprendizagem e
avaliação.

b) O processo de ensino visa alcançar determinados resultados em termos de domínio de


conhecimento, habilidades, hábitos, atitudes, convicções e de desenvolvimento das
capacidades cognitivas dos alunos.

c) O ensino tem um carácter bilateral em virtude de que combina a actividade do


professor (ensinar) com actividade do aluno (aprender). O processo do ensino faz
interagir dois momentos indissociáveis: a transmissão e a assimilação activa do
conhecimento de habilidade.

2.5. Estrutura da aula – funções didácticas


É sobejamente conhecido que trata-se das etapas, também chamadas funções didácticas
passemos a apresentar as funções didácticas:
 Função Didáctica de Introdução a Motivação;
 Função Didáctica Mediação e Assimilação;
 Função Didáctica de Domínio e Consolidação;
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 Função Didáctica de Controlo e Avaliação.


De acordo com (Araújo, s.d), as funções didácticas como já referimos, são etapas ou
fases do PEA que, na sua essência realizam-se não rigidamente de forma sequenciadas, mas
sim interligada (p.45).

Por isso, a estrutura da aula por parte do professor é um processo que implica
criatividade e flexibilidade, isto é perspicácia de saber o que fazer perante a situações
didácticas especificas, cujo rumo nem sempre é previsível.

Devemos entender, portanto, as funções como tarefa do PEA relativamente constantes e


comuns a todas as matérias, considerando-se que não há entre elas uma sequência
necessariamente fixa, e que dentro de uma etapa se realizam simultaneamente outras.

 Introdução e Motivação
Introdução e Motivação é o momento crucial de preparação psicológica dos alunos para
o processo de mediação de conhecimento na sala de aula. Não deve ser introdução de um
tema que esteja fora do que se vai tratar na sala, deve-se olhar sobre o conteúdo a ser
leccionado no presente dia, pois o objectivo da introdução e motivação é criar um desafio,
uma provocação de forma a despertar curiosidade e assim, motivar os alunos.

Esta função didáctica visa a preparação e introdução da matéria, correspondendo


especificamente ao momento inicial de preparação para o estudo da matéria nova e
compreende actividades interligadas tais como (Libâneo, 1990):
 Preparação prévia do professor;
 Preparação do aluno;
 Introdução da matéria nova;
 Colocação didáctica dos objectivos.

 Mediação e Assimilação
Depois de suscitada a atenção e actividade mental dos alunos na etapa anterior é o
momento dos alunos familiarizar-se com o conhecimento que irão desenvolver e um dos
procedimentos práticos é a apresentação do conteúdo como um problema a ser resolvido,
embora nem todos os conteúdos se preste a isso.
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Assim, a "mediação e assimilação" constitui a etapa ou passo da aula, onde se realizava


a percepção de fenómenos ligados ao tema a informação de conceito, o desenvolvimento de
capacidades cognitivas de observação, imaginação e raciocínio dos alunos.

Portanto, estas fases podem ser percebidas como sendo o momento da aula, isto é, a
função didáctica na qual o mediador dá orientações explicações necessárias, organizadas as
actividades dos alunos que os possam conduzir a assimilação activa dos conhecimentos para
desenvolver atitudes convicções, habilidades, hábitos, etc.

 Domínio e Consolidação
Esta etapa consiste na organização, aprimoramentos e fixação conhecimentos por parte
dos alunos a fim de que estejam disponíveis para orientá-los nas situações concretas de estudo
e de vida. Esta etapa está em paralela com os conhecimentos e traves deles, se aprimora a
formação de habilidades e hábitos para a utilização independente e criadora dos
conhecimentos.

 Controlo e Avaliação
Esta etapa permite o acompanhamento de todos os processos de ensino aprendizagem e
forma ao mesmo tempo a conclusão das unidades do ensino. O professor pode dirigir
efectivamente o processo de ensino-aprendizagem e conhecer permanentemente o grau das
dificuldades dos alunos na compreensão da matéria.

Este controlo vai consistir, também, em acompanhar PEA avaliando as actividades do


professor e do aluno em função dos objectivos definidos. Através de controlo e avaliação, o
professor pode providenciar e, se necessário suplementar ou mesmo reorganizar a
aprendizagem (Piletti, 2007).

Pela avaliação é possível saber-se se a aprendizagem está a efectuar-se conforme o


previsto ou não e, ao mesmo tempo, permite ao professor certificar se sobre o que aluno
aprendeu e, então, saber que rumo dar aos trabalhos das novas aulas (se é para repetir, ou
prosseguir dependendo da situação de vida no momento quanto ao saber, saber ser-estar dos
alunos).

Nesta senda de ideias, podemos afirmar que os momentos de aula servem para conduzir
ao professor a dar aulas com segurança e evitar improvisos. No entanto, um bom professor é
aquele que sempre planifica as suas aulas para evitar desvios.
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Conclusão
Como vemos no desenvolvimento do nosso trabalho, há que salientar que, é somente
conhecendo os interesses e necessidade dos seus alunos que o professor pode criar situações
de ensino que atendam as características de aprendizagem dos estudantes e que garantam a
eficácia do seu papel de educador.

Para a execução da aula, é necessário pôr em conta as funções didácticas, só assim


poderá ter uma aula eficiente e completa. Tais etapas a serem seguidas são: Introdução e
Motivação, Mediação e Assimilação, Domínio e Consolidação e por fim Controlo e
Avaliação.

Ainda verificamos que o professor não deve apenas dominar o conhecimento da sua
área ou o seu campo específico, mas deve ainda ter domínio da metodologia e a didáctica para
permitir que os alunos aprendam plenamente.
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Referências Bibliográficas
Araújo, E. (s.d). Didáctica geral: manual de tronco comum. Beira, Moçambique: UCM-CED.

Candau, Vera (1996). A Didáctica em questão. Petrópolis, Brasil: Vozes.

Fonseca, J. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza, Brasil: UEC.

Gil, A. (1997). Metodologia do Ensino Superior (3ª ed). São Paulo, Brasil: Atlas.

Golias, M. (1999). Educação Básica: Temáticas e conceitos. Maputo, Moçambique.

Libâneo, J. (1992). Didáctica., São Paulo, Brasil: Cortez.

______. (1990). Didáctica. São Paulo, Brasil: Cortez.

__________. (2005). Pedagogia e Pedagogos para quê? (8ª ed). São Paulo, Brasil: Cortez
Editora.

Nivagara, D. Didáctica Geral Aprender a Ensinar: Ensino à Distancia. Maputo,


Universidade Pedagógica, s/d. 248p.

Piletti, C. (2007). Didáctica. Brasil, São Paulo: Cortez editora.

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