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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

CENTRO DE ENSINO A DISTÂNCIA

Administração Escolar: conceptualização e modelos da administração escolar

Nome de Estudante:
Rita Matope Airone Lovane.
Código de Estudante: 708235657

Curso: Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Prática Pedagógica I.
Ano de Frequência: 1º Ano
Tutor: Dr. .

Chimoio, Abril de 2023


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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução......................................................................................................................3
1.1. Objectivos...................................................................................................................3
1.1.1. Objectivo Geral.......................................................................................................3
1.1.2. Objectivos Específicos............................................................................................3
1.2. Metodologia................................................................................................................3
2. Conceitos de administração escolar...............................................................................4
2.1. Tipos de administração escolar..................................................................................5
2.2. Modelos de administração escolar..............................................................................6
2.2.1. O Modelo Centralizado do Estado Novo.................................................................6
2.2.2. O Modelo 769-A/76................................................................................................7
2.2.3. O Modelo 172/91.....................................................................................................7
2.3. Modelo de administração escolar (Escola Secundária Samora Moisés Machel)......8
Conclusão........................................................................................................................10
Referências Bibliográficas...............................................................................................11
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1. Introdução 
A administração escolar como o estudo da organização e do funcionamento de uma
escola ou de um sistema escolar, tem como objectivo educar as crianças, os jovens e até
mesmo os adultos. É tarefa diferente de qualquer outra, muito mais complexa, pois envolve
elementos humanos e materiais, sem comparação possível com os da indústria.

Entretanto, a administração escolar é um meio para alcançar o fim e não um fim em si.
Não devemos exagerar a importância da técnica, atitude muitas vezes contraproducente,
justamente porque o entusiasmo em seu emprego pode levar um novato a considerá-la como
principal. Ela deve favorecer a obtenção de melhores resultados.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Problematizar os diferentes conceitos de administração escolar;

1.1.2. Objectivos Específicos


 Distinguir vários tipos de administração escolar;
 Reflectir sobre vários modelos de administração escolar;
 Caracterizar o modelo de administração escolar numa escola a sua escolha.

1.2. Metodologia
É importante salientarmos que para a materialização do presente trabalho usamos o
método bibliográfico. O método bibliográfico, para Fonseca (2002), é realizada:
[...] a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas
por meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de web
sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que
permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto (p.32).
4

2. Conceitos de administração escolar


Designação geralmente atribuída a Compayré (séc. XIX), remete para um campo de
práticas de administração, gestão, governo ou direcção de sistemas, ou redes escolares e de
escolas, ou outras unidades de ensino e, simultaneamente, para um campo de estudos, teorias,
disciplinas académicas e cursos, ou programas.

Como campo de práticas, inclui os aparelhos organizacionais e administrativos da


educação escolar em seus distintos níveis: nacional, estadual, municipal, ou outros, consoante
a organização de cada país, e os serviços que produzem políticas e orientações normativas
para a educação escolar, incluindo ainda as escolas (Lima, 2009).

Adiante, (Paro, 1986) vem afirmar que: aos distintos níveis de intervenção, do
ministério da educação a cada escola concreta, a Administração Escolar compreende as
estruturas legais, organizacionais e administrativas, e também os atores e as acções com
intervenção nos processos de utilização racional de recursos, ou meios, para a realização de
determinados fins.

Não obstante, podemos dizer que Administração Escolar (A.E.) é o estudo da


organização e do funcionamento de uma escola ou de um sistema escolar, de acordo com uma
finalidade, de modo a satisfazer as exigências da Política de Educação e aos requisitos da
moderna Pedagogia. É uma parte da administração pública, especializada, referindo-se,
também, a empreendimentos particulares, visto que várias instituições mantêm
estabelecimentos de diferentes graus de ensino e em cada um deles são aplicados os mesmos
princípios administrativos.

Para conceituá-la e delimitar seu campo de acção, usaremos o conceito aprovado pelo
1º Simpósio de A.E., realizado em São Paulo, na Faculdade (Fa) de Filosofia (Fi) da
Universidade de São Paulo (U.S.P.), em Fevereiro de 1961:
A Administração Escolar supõe uma filosofia e uma política directoras preestabelecidas;
consiste no complexo de processos criadores de condições adequadas às actividades dos
grupos que operam em divisão de trabalho; visa a unidade e a economia de acção, bem como
o progresso do empreendimento.

O complexo de processos engloba as actividades específicas – planejamento,


organização, assistência à execução (gerência), avaliação dos resultados (medidas), prestação
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de contas (relatório), e se aplica a todos os sectores da empresa: pessoal, material, serviços,


financiamento.

O professor José Querino Ribeiro, catedrático da Fa Fi da U.S.P., que chefiou o Grupo


II do Simpósio, definira A.E. como “o complexo de processos cientificamente determinados
que, atendendo a certa Filosofia e a certa Política da Educação, desenvolvem-se antes, durante
e depois das actividades escolares, para garantir unidade e economia”.

O padre António da Silva Ferreira, professor da Fa Fi de Lorena (São Paulo), modificou


um pouco essa definição: “é o estudo científico dos processos que se desenvolvem antes,
durante e depois das actividades escolares e que sejam mais aptos para garantir a consecução
dos objectivos educacionais da Escola, com unidade e economia”.

Como decorre do conceito de administração compreende-se que também, a


Administração Escolar envolve sentidos aparentemente contraditórios: por um lado, de
governo, direcção, definição de políticas e de filosofias de educação, planos de acção, normas
e recursos; por outro lado, de serviço, apoio e execução detalhada das orientações políticas.

2.1. Tipos de administração escolar


Como vimos anteriormente, a Administração Escolar é complexo de processos
cientificamente determinados que, atendendo a certa Filosofia e a certa Política da Educação,
desenvolvem-se antes, durante e depois das actividades escolares para garantir unidade e
economia.

Nesta perspectiva (Félix, 1984) é o estudo científico dos processos que se desenvolvem
antes, durante e depois das actividades escolares, e que sejam mais aptos para garantir a
consecução dos objectivos educacionais da Escola, com unidade e economia.

A partir da concepção de educação, temos o tipo de administração escolar, (Félix,


1984):
 Humanista tradicional;
 Humanista moderna ou;
 Humanista progressista.

Outrossim, a administração escolar é um ramo da Ciência Administrativa, tendo como


objecto próprio o estudo dos métodos e processos mais eficientes e práticos de se organizar e
6

administrar um sistema escolar ou uma escola, em ordem aos ideais e objectivos visados pelo
trabalho educativo. Em síntese, a administração escolar deve facilitar a tarefa educativa,
proporcionando todas aquelas medidas indicadas como eficientes.

2.2. Modelos de administração escolar


Dentro do paradigma de Estado de Direito, inicialmente surgido no Ocidente e
posteriormente espalhado pelo resto do mundo, os sistemas administrativos evoluíram de
forma diferenciada devido, por um a lado, a razões históricas e, por outro, à tradição do
próprio Estado. Esta evolução teve como reflexo as inúmeras diferenças que subsistem de um
país para o outro no respeitante aos sistemas políticos e aos modus de organização e
administração.

Enquadrada no âmbito da Administração Pública, considerando as características


apontadas dos modelos políticos de organização e administração e acentuada a sua
importância, a administração dos sistemas educativos deve ser estudada sob muitos aspectos a
partir de abordagens semelhantes às que se aplicam a qualquer organização e, mais
particularmente, a qualquer grande organização pública37, destacando as vantagens políticas
e técnicas decorrentes da aplicação de um modelo ou de outro.

Ou seja, tendo em conta as estruturas, os órgãos e os procedimentos deve-se prestar uma


atenção particular para a centralização ou descentralização administrativa dos sistemas
educativos como estratégias de controlo político e de poder, mas também como técnicas para
a garantia de um funcionamento desejado, ou seja, para a “garantia da qualidade, da
eficiência, da equidade (igualdade), da responsabilização e da inclusão social” (Le Grand,
2007: 64).

2.2.1. O Modelo Centralizado do Estado Novo


Durante o período ditatorial que vigorou até 1974, o regime de administração das
escolas advém de um sistema fortemente centralizado. Todas as medidas políticas e
administrativas importantes eram conceptualizadas e realizadas pelo governo central, com a
colaboração dos responsáveis pela administração das escolas, na qualidade de comissários
políticos e ideológicos, encarregados de velar pela ortodoxia ideológica do regime dentro dos
estabelecimentos de ensino.
7

Barroso (1995) no quadro da investigação realizada à organização pedagógica e


administração dos liceus, na análise realizada a regulamentos internos das instituições liceais
e aos relatórios anuais dos reitores até à década de 70, descreve que os responsáveis das
escolas, então denominados por directores ou reitores, eram livre e directamente nomeados
pela administração central, com base em critérios de confiança política e proximidade
ideológica.

Um exemplo desta realidade, consiste no facto de que muitos destes administradores


eram identificados como figuras importantes do partido único local governamental, ou de
outras organizações com um forte compromisso de apoio ao regime então em vigor (Paro,
1986).

2.2.2. O Modelo 769-A/76


Com a queda da ditadura em 1974 e, consequente, com o levantamento do período
revolucionário após o 25 de Abril, iluminado por uma intensa actividade política e sem
qualquer controlo por parte da administração central, a instituição escolar sofre uma profunda
transformação nos seus múltiplos aspectos.

Segundo Félix (1984) um dos pontos mais afectados foi a gestão das instituições
escolares, devido um período fortemente conturbado e difícil, constituindo na vida das escolas
um contexto de grande anarquia, uma vez que os mecanismos legais sobre esta matéria eram
reduzidos ou mesmo ineficazes.

O autor apresenta como exemplo desta matéria a demissão dos administradores que
estavam em exercício durante o regime do Estado Novo, sendo posteriormente substituídos
por comissões de gestão eleitas ― “ad-hoc”, de composição variada, mas em geral
controladas pela representação dos professores.

2.2.3. O Modelo 172/91


O novo modelo de gestão, aprovado pelo Decreto Lei n.º 172/91, de 10 de Maio,
emerge de uma política de reforma do sistema educativo, iniciada com a publicação da Lei de
Bases do Sistema Educativo, respondendo à exigência que visa a alteração do modelo de
gestão vigente, imposto pelo anterior regime, pela actividade social e organizacional das
escolas e professores e, simultaneamente, pela necessidade de a escola se adaptar à reforma
educativa em curso.
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Perante o espírito reformista e o potencial descentralizador e autonómico do discurso da


nova orgânica do Ministério da Educação, o decreto ostenta-se sobre os princípios da
democraticidade, da participação e da descentralização. A aplicação dos dois primeiros
princípios―alteraram profundamente as relações no interior da escola, favoreceram a sua
abertura à mudança e despertaram nos professores novas atitudes de responsabilidade
(Inpreâmbulo do Decreto-Lei n.º 172/91, 1.º parágrafo), como também,―pretendem assegurar
à escola as condições que possibilitam a sua integração no meio em que se insere,
(nomeadamente),exige o apoio e a participação alargada da comunidade na vida da escola"
(Inpreâmbulo do Decreto-Lei n.º 172/91, 9.º parágrafo).

2.3. Modelo de administração escolar (Escola Secundária Samora Machel)


Nesta acepção, Administração Escolar será o conjunto de decisões e operações mediante
as quais uma Escola, através dos respectivos órgãos de gestão, procuram, dentro das normas e
orientações legal e superiormente definidas e, directamente ou mediante estímulos e
coordenação com outros parceiros, assegurar uma acção educativa que corresponda às
demandas da comunidade, obtendo e empregando racionalmente para esse efeito os recursos
disponíveis.

Frequentemente, o termo Administração Escolar é entendido numa acepção diferente,


que não coincide com os actos e procedimentos pelos quais é gerida uma escola, em
particular, antes se referindo a um conjunto de funções e actividades cometidas a serviços
integrados na estrutura hierárquica do departamento governamental responsável pela
educação.

Assim, um serviço central de Administração Escolar, com a sua equipa de especialistas


nesta área, incumbir-se-ia, essencialmente, de orientar, apoiar, acompanhar e assegurar a
execução e o controlo das acções e medidas conducentes a uma boa gestão de escolas, mas
sem realizar, directamente, os actos de administração das escolas (Le Grand, 2007).

Falando da descentralização, o mesmo autor refere que “nesta fórmula, o exercício de


certas missões administrativas é confiado a agentes que dependem não do governo [central],
mas de colégios que tiram a sua autoridade do facto de representarem uma parte da população
[de um certo território ou de uma certa categoria particular” (ibidem, 57.)
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Para Formosinho (2005, p.40), a prevalência da dimensão societária (educação como


acção das gerações adultas sobre as gerações jovens) na administração da escola de interesse
público conduz naturalmente à lógica da centralização, ao passo que a emergência do
reconhecimento da dimensão comunitária (educação como interacção) conduz à
descentralização.
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Conclusão
A este ponto do trabalho conclui-se que a administração escolar é o estudo da
organização e do funcionamento de uma escola ou de um sistema escolar, de acordo com uma
finalidade, de modo a satisfazer as exigências da Política de Educação e aos requisitos da
moderna Pedagogia.

Outrossim, a administração escolar supõe uma filosofia e uma política directoras


preestabelecidas; consiste no complexo de processos criadores de condições adequadas às
actividades dos grupos que operam em divisão de trabalho; visa a unidade e a economia de
acção, bem como o progresso do empreendimento. O complexo de processos engloba as
actividades específicas – planejamento, organização, assistência à execução (gerência),
avaliação dos resultados (medidas), prestação de contas (relatório), e se aplica a todos os
sectores da empresa: pessoal, material, serviços, financiamento.
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Referências Bibliográficas
Félix, M. (1984). Administração escolar: um problema educativo ou empresarial? São Paulo,
Brasil: Cortez.

Fonseca, J. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza, Brasil: UEC.

Formosinho, J. (2005). Centralização e descentralização na administração da escola de


interesse público. In J. Formosinho, A. Fernandes, J. Machado & Ferreira. I.
Administração da Educação: lógicas burocráticas e lógicas de mediação. Porto, Lisboa:
ASA Editores.

Le Grand, J. (2007). The Other Invisible Hand. Oxford: Pricenton University Press.

Lima, L. (2009). A escola como organização educativa: uma abordagem sociológica. São
Paulo, Brasil: Cortez.

Paro, V. (1986). Administração escolar: introdução crítica. São Paulo, Brasil: Cortez.

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