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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação À Distância

I Trɑbɑlho dɑ Cɑdeirɑ de Línguɑ Portuguesɑ-I

Feliciɑ José Cɑrulɑ- Nº708215194

Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

Línguɑ Portuguesɑ-I

1º Ano

Mestre Jerónimo Chɑúque


Maputo, Novembro de 2021

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o máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
Conteúdo Introdução  Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia 2.0
adequada ao
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

1. Introdução..............................................................................................................................6

1.1.Objectivos............................................................................................................................6

1.2.Metodologia.........................................................................................................................6

2. Análise e discussão................................................................................................................7

2.1 Conceito sobre a leitura........................................................................................................7

3. Tipologia de leitura..............................................................................................................10

4. A tomada de notas................................................................................................................13

4.1.Finalidades da tomada de notas..........................................................................................13

4.2 Procedimentos tomada de notas.........................................................................................14

5. Ficha bibliográfica...............................................................................................................15

5.1 O resumo............................................................................................................................15

5.2 Síntese................................................................................................................................16

6. Citação..................................................................................................................................17

Conclusão.................................................................................................................................19

Referências bibliográficas........................................................................................................20
1. Introdução

O tema encontra-se estruturado da seguinte maneira: conceito dɑ leiturɑ e ɑ suɑ


tipologiɑ, tomɑdɑ de notɑs e ɑs regrɑs/ procedimentos que regem nɑ tomɑdɑ de notɑs,
conceitos de fichɑs bibliográficɑ, resumo, síntese,citɑção e fɑlɑr dɑs cɑrɑcteristicɑs de cɑdɑ
conceito, por fim debruçɑ sobre ɑ rɑzão dɑ vɑlorizɑção dɑs citɑções numɑ pesquisɑ
ɑcɑdémico, este último tópico é de extemɑ importânciɑ nɑ reɑlizɑção dos trɑbɑlhos
ɑcɑdémico.

No tocante a este trabalho, entende que ler é construir significados, ou seja, a leitura é
um processo mediante o qual se compreende a linguagem escrita, sendo o leitor um sujeito
activo que interage com o texto. Portanto, quando pensamos na leitura com finalidade
pedagógica, só podemos dizer que ela foi eficiente se resultar em aprendizagem significativa.

A leitura envolve mecanismos físicos, cognitivos, sociais e culturais que articulados


permitem dominar o ato de ler.

1.1.Objectivos

Objectivos específicos

 concentuɑlizɑr ɑ leiturɑ e mencionɑr os tipos de leiturɑ segundo ɑlguns ɑutores;

 indicɑr ɑs regrɑs que regem nɑ tomɑdɑ de notɑs;

 definir fichɑs bibliográficɑ, resumo, síntese e citɑção e indicɑr ɑs especificidɑdes de


cɑdɑ um destes conceitos;

Objectivo geral

 fɑlɑr dɑ vɑlorizɑção dɑs citɑções numɑ pesquisɑ ɑcɑdémico.

1.2.Metodologia

Para o presente trabalho optou-se pelo uso da pesquisa do tipo bibliográfico. De acordo
com Mutimucuio (2008.p 29), a pesquisa bibliográfica “procura explicar um problema a
partir de referências teóricas publicadas em documentos (desenvolvida a partir de material já
elaborado).

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2. Análise e discussão

Segundo Paulino (2001, p. 11), o conceito de leitura, partem da etimologia da palavra


ler, que vem do latim legere. Segundo o autor, na origem do vocábulo, encontram-se três
significados: primeiro, ler significa soletrar, agrupar as letras em sílabas; segundo, ler está
relacionado ao acto de colher, a leitura passa a ser a busca de sentidos no interior do texto, e,
terceiro e último sentido apontado vincula o ler ao roubar, isto é, o leitor tem a possibilidade
de tirar do texto sentidos que estavam ocultos, o leitor cria até significados que, em princípio,
não tinha autorização para construir.

O conceito de leitura tem sido muito discutido, uma vez que se tornou tema de interesse
de pesquisadores em muitas áreas, como a Linguística , a Psicologia do Desenvolvimento e a
História.

2.1 Conceito sobre a leitura

Conforme Dockrell e Mcshane (2000), ler envolve múltiplas habilidades como


reconhecer palavras, fazer inferências cognitivas que determinem o significado das palavras e
frases, além de estabelecer seus significados dentro do contexto geral. Assim, a leitura não se
resume, simplesmente, em decodificar os símbolos linguísticos de uma determinada língua.

A leitura está intimamente relacionada com o processo de formação geral do indivíduo,


com a sua integração e afirmação na sociedade (pela possibilidade de autonomia e de
liberdade pessoal) e com a sua capacitação para as práticas sociais, tais como: a atuação
política, econômica e cultural, além do convívio em sociedade, seja na família, nas relações
de trabalho ou noutros espaços ligados à vida do cidadão.

Parece não haver dúvidas de que a leitura é uma actividade perceptiva e não
simplesmente uma recepção. No campo da formação intelectual do indivíduo, A leitura é
ainda outorgada a estruturação da imaginação e a constituição da sensibilidade e da reflexão.
No processo de leitura impõe-se fazer referência à compreensão enquanto componente
fundamental da leitura.

De acordo com Smith (2003), em termos gerais, a compreensão na leitura é entendida


como a capacidade do leitor de retirar a informação a partir de um texto impresso. Nesse
contexto, a leitura é aquela em que literalmente lemos e entendemos, ou seja, o entendimento
é à base do aprendizado da leitura.

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Lajolo (1982, p. 59), que afirma que leitura não é decifrar, como num jogo de
adivinhações, o sentido de um texto . É a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado,
conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o
tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a esta leitura,
ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista.

Nesse sentido, segundo a autora, a leitura é um processo de interlocução entre


leitor/autor mediado pelo texto. É uma espécie de encontro com o autor, que está ausente,
mas mediado pela palavra escrita.

Segundo Amaro (2010. P.12) a leitura é uma aquisição complexa que proporciona
“possibilidades variadas de entendimento da relação sujeito-sociedade. Essa não se limita
apenas à decifração de alguns sinais gráficos. Exige do indivíduo uma participação efectiva
enquanto sujeito activo no processo, levando-o à produção de sentido e construção do
conhecimento.” Assim é percetível que a leitura implica uma compreensão, não só pela
decifração, mas também pela aprendizagem dos símbolos fonéticos, a identificação dos seus
valores e a associação mecânica desses valores entre si, ou seja, é capaz de potenciar e alargar
conhecimentos na escrita.

Segundo COLL (1990), a leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho activo
de compreensão e interpretação do texto a partir de seus objectivos, conhecimento sobre o
assunto, quem é o autor do texto e todo seu conhecimento de linguagem.

Segundo Kleiman (1989,p.10) leitura é o acto social entre dois sujeitos – leitor e autor
que interagem entre si, obedecendo objectivos e necessidades socialmente e determinados.
Ler não é pois descodificar, traduzir, repetir sentidos dados, é construir uma sequência de
sentidos a partir dos índices que o sentido do acto quer dar o seu texto.

A leitura é o processo de obter e compreender informação, armazenada de forma escrita,


mediante símbolos, ou qualquer tipo de escrita que utilize uma linguagem ou simbologia com
a que se represente esta linguagem. Isto inclui a interpretação dos símbolos não só de maneira
visual, mas também táteis, como é o caso do braile, por exemplo. Implica o uso do raciocínio
e a capacidade de análise do leitor, para a interpretação dos conteúdos que se adquirem
mediante a própria leitura.

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literacia define-se como a capacidade de compreender, usar e reflectir sobre textos para
atingir um objectivo ,desenvolver o conhecimento e potencial individual para participar/atuar
na sociedade.

De ɑcordo com Giasson (2000) citɑdo por Snow, (2002) intrinsecamente relacionadas
com as competências em literacia está a capacidade efetiva que um indivíduo tem de
compreender, refletir e interpretar um texto a partir do desenvolvimento ajustado de suas
capacidades cognitivas e metacognitivas.

Ler nos possibilita o desenvolvimento das estruturas linguísticas, cognitivas, culturais e


afectivas. Nas palavras de Sousa (2007,p.29), a actividade de leitura possibilita-nos a evasão,
a descoberta de outros espaços, tempos, mundos e outras vidas, permite-nos vivenciar
experiências gratificantes, compreender melhor o mundo, desenvolver estruturas afectivas a
partir da identificação com personagens sentimentos, problemas ou perspectivas (no caso da
leitura de ficção), permite-nos maior desenvolvimento social (compreensão dos outros),
alargar os conhecimentos, aceder ao saber e desenvolver competências de leituras para outras
leituras e como ferramenta de comunicação. Ainda de acordo com Sousɑ (20017, p.29, ler
implica mobilizar diferentes estratégias que facilitem a compreensão leitora.

Aprender a ler

Aprender a ler revela-se, portanto, um percurso complexo, longo e que exige esforço.
Segundo Chauveau e Rogovas-Chauveau (1996), aprender a ler supõe, também, adquirir
práticas de leitura em diferentes âmbitos:

i. a leitura utilitária – ler para agir, para se desenvencilhar no dia a dia;


ii. a leitura intelectual – ler para saber, para aprender, compreender e instruir-se;
iii. a leitura patrimonial – ler para descobrir e apoderar-se do património cultural
(artes, ciências, letras.

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3. Tipologia de leitura

Segundo BARBOSA (1994:121), os tipos de leitura dividem-se essencialmente


em:

 leitura de informação – na qual destina-se basicamente no conhecimento de


determinado conteúdo por parte do leitor, sem uma preocupação com a retenção da
informação; 
 leitura de consulta – aquela dirigida para situações emergentes e imediatas,
como por exemplo, a consulta de dicionários, enciclopédias, guias e endereços; 
 leitura de para a acção – caracteriza-se por ser uma leitura rápida, seletiva, em
que o leitor realiza-a de forma espontânea, esta realiza-se por exemplo, nas placas de
sinalização, cartazes, manuais de instrução; 
 leitura de reflexão – destina-se a apreensão de conteúdos diversos, esta
envolve o trabalho intelectual, realizada em teses, ensaios, obras literárias, revistas
científicas;
 leitura de distração – como o próprio nome sugere, destina-se ao laser, sem
portanto, existir uma finalidade científica propriamente dita, ajuda a passar o tempo,
exigindo do leitor o domínio perfeito do ato de ler;
 leitura de linguagem poética – que segundo BARBOSA visa criar prazer no
leitor pela sonoridade com que são lidas as palavras, esta dirigi-se a leitura de poemas.

A leitura pode ser em silêncio ou em voz alta, assim como ter certos enfoques


particulares, como a rapidez na procura por uma informação ou a captação e
compreensão daquilo que se lê, diversificando-se os tipos de leitura, dependendo do
foco ao qual esteja destinado e inclusive do assunto que é tratado.

Leitura literal

É uma leitura feita ao pé da letra, sem adicionar comentários, explicações ou


opiniões com relação ao texto. Este tipo de leitura se divide em dois grupos: leitura
literal primaria, que enfatiza a leitura dos dados de maneira explícita; e a leitura literal
em profundidade, que enfatiza na compreensão daquilo que se lê.

Leitura mecânica

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Há uma interpretação dos signos escritos, mas onde não necessariamente se
compreenda todo o significado daquilo que se lê; a atenção fica somente naquilo que
interesse o leitor, fazendo caso omisso do resto da leitura. mÉ comum que este tipo de
leitura mecânica se realize de forma involuntária, ignorando aquilo que não interessa
ao leitor, apesar de ler todo o texto. Outra faceta da leitura mecânica se realiza em
algumas ocasiões nas que se lê um texto de maneira desinteressada, como nos casos
em que, ao realizar algumas leituras religiosas em voz alta, se realiza de maneira
mecânica, somente lendo, sem entender, compreender ou tomar atenção à leitura,
fazendo-a de maneira automática.

Leitura rápida

Este tipo de leitura se realiza selecionando, quando o leitor escolhe o que lhe


interessa. Ele busca as ideias mais importantes de um texto, ignorando o resto do
texto.

Leitura literal

É uma leitura feita ao pé da letra, sem adicionar comentários, explicações ou


opiniões com relação ao texto. Este tipo de leitura se divide em dois grupos: leitura
literal primaria, que enfatiza a leitura dos dados de maneira explícita; e a leitura literal
em profundidade, que enfatiza na compreensão daquilo que se lê.

Leitura em silêncio

A leitura silenciosa ou ler com a mente, é a leitura mais habitual, nela se lê para si


mesmo. Neste tipo de leitura a concentração costuma ser maior e se captam mais
dados que na leitura rápida. É habitual este tipo de leitura quando se lê livros em casa
em horários de lazer. Está possibilita maior interiorização, a memorização,
compreensão e rapidez na leitura, possibilita ainda a visualização do conteúdo do
texto.

Leitura em voz alta

A leitura em voz alta ou a leitura fonológica é aquela na que se lê dizendo as


palavras e frases em voz alta, a que ajuda a modular a voz, a pronúncia correta das
palavras, sílabas e letras vocais, assim como a acentuação e entonações corretas,
sendo um instrumento para a dicção e para a oratória.

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É uma das maneiras em que se difundiu maioritariamente o conhecimento
durante séculos, já que não todos sabiam ler e, por meio deste método, se estudava nas
primeiras universidades. Uma pessoa lia os textos e os demais alunos escutavam.

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Leitura reflexiva

A leitura de compreensão ou reflexiva é aquela na que se busca aprender aquilo que é


lido, com atenção a tudo o que se leu, procurando memorizar e compreender o assunto do
qual trata o texto. É a leitura empregada para estudar.

Leitura  recreativa

Esta leitura é feita para se distrair, se entreter ou se divertir. Nelas são comuns os temas
de fantasia e aventuras, como contos, romances, ou histórias épicas, assim como os temas
relacionados com as emoções humanas, amor, ódio, intrigas.

Leitura filosófica

A “leitura filosófica”, em que o autor se preocupa em ensinar a arte de bem viver. É a


leitura de textos filosóficos com a intenção de aprender a conviver melhor com os demais e
de alimentar o espírito com bons ensinamentos. Talvez seja a leitura mais aprofundada, pois
são textos filosóficos.

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4. A tomada de notas

A tomada de notas assenta em duas dimensões de comunicação linguística: a dimensão


receptivo (ouvir e/ou ler) e a produtiva ( escrever). Há que tomar nota do que lemos e do que
ouvimos em exposições, entrevistas, aulas, debates, para delas nos servirmos posteriormente.
Conceitos de tomada de nota

 São inúmeras as concepções sobre a tomada de notas:


 Modo particularmente fiável de arquivo das informações ;
 Prolongamento da memória ao mundo visual;
 Exercício mental extremamente formador: é indispensável um esforço
intelectual;
 Redução do texto, seleccionando, de forma sintética , determinadas
informações de um texto (oral ou escrito), mantendo o seu sentido inicial;
 Treino para reconhecer as ideias – força do pensame nto de outrem.

Destes conceitos, destaca-se a necessidade de raciocínio/reflexão (para compreender as


ideais veiculadas pelo enunciador) e de arquivo de informações num suporte material (o
escrito).

 Notas são apontamentos escritos que se tomam sobre determinados assuntos ou


acontecimentos para usar quando houver necessidade disso.

4.1.Finalidades da tomada de notas

De acordo com o objectivo do que se anota e de quem faz as anotações, a tomada de


notas pode ter uma das seguintes finalidades:

Reunir uma documentação sólida sobre um determinado assunto a partir dos


registos dos assuntos mais relevantes em determinad os documentos;
Remediar os lapsos da memória, fixando as informaçõ es essenciais dos textos
que lemos ou ouvimos;
Seleccionar e arquivar as informações de um texto básico;
Retransmitir o conteúdo de um texto de maneira tão completa e fiel quanto
Possível;
Transmitir um conjunto de informações, preservando integralmente o sentido
da mensagem original, numa formulação mais económica;

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Base para a redacção de resumo (entendido como a reescrita de um texto,
usando construção sintáctica e vocábulos novos e uma estr utura menos
complexa que a do texto original, de tal modo que se possa captar a essência
do texto original ), relatórios.

4.2 Procedimentos tomada de notas

A tomada de notas é precedida de uma percepção da coerência semântica e sintáctica do


conjunto de palavras. Os conectivos ajudam o leitor /ouvinte a seguir o fio do discurso.

Esses conectivos podem ser lógicos pronomes (com função anafórica), repetição de
palavras, nominalizações e expressões de transição (exemplificação, contraste, conclusão,
etc.).

Tomada de notas a partir do material escrito

(Re)ler o texto, sublinhar e escrever à margem as siglas correspondentes: usar siglas


para sublinhar a importância das informações (p. ex.: IMP (importante); CIT (citar); R
(rever/reler); CF (confrontar.) e sublinhar de forma criteriosa (diferenciar os sublinhados, as
cores. Esta prática serve para assi nalar as pistas do que é interessante e permite a detecção
dos aspectos importantes, volvido muito tempo.

 Produzir fichas (de leitura, de citação…);


 Fazer pequenos resumos: frases, com sujeito, verbo e complementos;
 Recorrer a palavras-chave: as ideias aparecem de mo do esquemático, usando-
se setas ou outros sinais;
 Produzir mapas de ideias: demonstração gráfica das correspondências e
hierarquias entre as palavras. Usam-se esquemas e/o u palavras-chave.

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5. Ficha bibliográfica

O termo “ bibliografica” significa ainda inventário de livros. Deste modo, no âmbito do


seu estudo, considera – se a significação que diz respeito à relação das obras, documentos e
outras fontes orais ou escritas, consultadas pelo autor de um trabalho de pesquisa.

Em poucas palavras, bibliografia é o conjunto de obras, consultadas no âmbito de uma


determinada pesquisa ou estudo.

Ficha bibliográfica é um registo, isolado dos dados de uma certa obra, que ajuda o
estudante ou um outro interessado a ter informações mais importantes dessa mesma obra.

A ficha bibliográfica, geralmente é feita em papel de pequenas dimensões de cartolina


para facilitar a identificação de uma obra por um pesquisador ou investigador e
posteriormente pelo bibliotecário.

Os elementos de uma filha bibliográfica são : Autor do livro, Título do livro, Data de
publicação, Número de páginas, Local de publicação, volume, número de edição, colecção,
editor.

5.1 O resumo

Segundo Estanqueiro (2001: 52, 53),

Resumir é abreviar, tornar mais curto um texto. Isto exige capacidade para seleccionar e
reformular as ideias essenciais, usando frases bem articuladas.

Características de resumo

 Brevidade – os pontos principais da matéria são registados de forma abreviada. Um


bom resumo não ultrapassa um quarto do texto inicial.

 Clareza – os factos ou as ideias são apresentados sem qualquer tipo de confusão ou


ambiguidade.

 Rigor – o essencial do assunto é reproduzido fielmente, sem erros nem deformações.

 Originalidade – a matéria é traduzida numa linguagem original, própria de cada leitor,


embora transmita apenas o ponto de vista do autor. Resumir não é comentar!

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Fazer resumos é um processo eficaz para compreender e assimilar a matéria. É também
um treino fundamental para a transmissão das nossas ideias, de forma breve, clara, rigorosa e
original.

5.2 Síntese

A síntese é um material textual para apresentar de forma mais focada a ideia central do


autor da obra. Tudo que não fizer parte dos pontos principais é dispensado neste modelo

Diferença entre resumo e síntese

O resumo é um texto de carácter mais informativo e sua forma estrutura-se do mesmo


modo que o texto-base, seu intuito principal é condensar as informações centrais da obra
analisada. Seguindo essa lógica, o resumo concentra-se somente em facilitar a compreensão
da mensagem existente no outro texto, sem considerar ou evidenciar aspectos. Além disso, o
resumo só pode debruçar-se em um texto verbal.

A síntese, por outro lado, possui um carácter mais contextual e/ou subjectivo , pois, além
de considerar as informações centrais do texto-base, considera as informações julgadas
relevantes para o intuito da síntese em questão. Desse modo, pode-se desconsiderar
informações relevantes do texto-base, mas que não são necessariamente relevantes para a
síntese.

Ademais, a síntese possui um alcance maior, tendo em vista que pode direcionar-se a


diversos gêneros textuais, como pintura, gráficos, imagens, dos quais o autor, além de
descrevê-los, pode analisar a estrutura funcional e/ou a estética.

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6. Citação

A citação é a menção no trabalho de uma informação retirada de alguma outra fonte,


visando maiores esclarecimentos do assunto tratado ou para reforço da ideia do autor.

A citação permite identificar a publicação onde foram obtidos a ideia, o excerto, etc. e
indicar a sua localização exata na fonte. No final do trabalho, artigo, etc., uma lista das
referências bibliográficas fornece a informação completa sobre a publicação da fonte. Essa
lista é apresentada pela ordem alfabética do último nome dos autores (ou do título das obras
sem autores). Há uma ligação direta entre as citações e a lista das referência.

Tipo de citɑção

Citação direta: esse tipo de citação ocorre quando o autor copia o texto de forma integral,
exatamente igual ao texto de origem. Deve-se citar o último nome do autor, o ano em que a
obra foi publicada e o número da página de onde a citação foi retirada. Essas informações
devem aparecer separadas por vírgula.

É considerado citação directo, quando é inserido o texto original ou parte dele,


transcrevendo as próprias palavras do autor, nesta parte deve-se tomar cuidado na digitação,
pois deverá ser exactamente igual ao que foi extraído do texto, exemplo: letras maiusculas e
minúsculas, pontuações, ortográfias grifos etc. Para que a citação seja extraída
completamente idêntica ao texto original é indispensável. As citações directas podem ser
divididas em curtas e longas dependendo número de linhas utilizadas.

Citação indireta: esse tipo de citação é como se fosse uma interpretação do texto original,
o trecho é reescrito mas o sentido dele é mantido. Para fazer uma citação indireta de acordo
com a ABNT é preciso informar o último nome do autor do texto original e o ano de
publicação da obra. As aspas e o recuo não são utilizados.

É a reprodução de ideias de um determinado autor. É uma parte de texto que usa as suas
próprias palavras para expressar o mesmo que o autor disse mantendo o mesmo sentido.
Entretanto, a ideia apresentada continua sendo de autoria do autor que foi consultado, por isso
é indispensável citar a fonte, ou seja, dar crédito ao real autor da ideia.

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Aborda- se qual a função das citações dentro de trabalhos acadêmicos, pois é um
recurso muito utilizado na parte textual da pesquisa, permitindo o esclarecimento,
sustentação ou ilustração do assunto.

Citação, segundo a As sociação Brasileira de Normas Técnicas (2002, p.1), é a


“menção de uma informação extraída de outra fonte ”. O s objectivos das citações são
diversos, dentre os quais são destacados conforme Elizabeth Penzlien Tafner ; Everaldo da
Silva (2013) os pontos abaixo :

Sustentar as ideias do autor do texto ;

 Desenvolver um raciocínio ;
 Comprovar as ideias e teses defendidas pelo autor;
 Permitir a identificação do legítimo dono das ideias apresentadas;
 Possibilitar o acesso ao texto original.

Percebe- se que a utilização das citações nos trɑbɑlhos ɑcɑdemicos, devem ser
utilizadas com os objectivos listados acima. Assim naturalmente será lnserido as ideias
dos autores dentro do contexto da pesquisa, dando credibilidade e clareza no trabalho
desenvolvido.

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Conclusão

Nesse texto, vimos que a leitura é parte essencial na vida em sociedade . É através dela
que nos comunicamos, interagimos com o outro, adquirimos conhecimento etc. Por isso, ler é
muito mais do que decifração do código escrito, é muito mais do que o reconhecimento das
letras, das palavras, ler é, antes de tudo, atribuição de sentido ao que se lê.

Realizamos a leitura por diversas finalidades: para adquirirmos conhecimento , para


distrairmos, para nos mantermos informados . Para cada finalidade de leitura, há um tipo
específico de leitura; Para finalizar, para a garantia de um nível desejável de leitura, é preciso
que se obedeça a alguns passos, como a identificação de elementos básicos do texto, como:
tema, problema, tese, objectivos , ideias centrais .

Na tomada de notas é possível combinarem-se vários estilos. Uma tomada de notas


eficiente adquire-se com a prática : deve-se exercitar estas práticas não só na aula mas ainda
nos debates e nas exposições. Depois de anotações, devemos passar os apontamentos a limpo
num curto espaço de tempo.

A produção de um resumo depende da qualidade e quantidade das notas tomadas, por


isso deve-se fazer anotações sobre ou nesse material.

portɑnto percebe – se que a citação é fundamental e necessária para dar embasamento as


ideias defendidas em qualquer trabalho académico, usando outros autores para enriquecer o
conteúdo abordado na pesquisa. Ou seja, não usar citações, não significa incapacidade de
pensar algo interessante, mas sim ilustrar e dar crédito a autores que já trataram sobre o
mesmo tema. Deve-se inserir as citações dentro das regras que foram expostas neste trabalho,
já que o uso errôneo das mesmas pode acarretar em uma falta de entendimento para quem
está lendo, ou ainda não transmitir os devidos créditos ao autor original.

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Referências bibliográficas

CUNHA, Dalila. O Resumo (Texto de apoio).

ISPU, 2000. ECO, Umberto. Como se faz uma tese em Ciências Humanas , 9ª Edição,
Ed. Presença, Lisboa, 2002.

JÚNIOR, Ernesto, SIMÃO, Jerónimo, SANTOS, Nobre, BAHULE, Orlando. Técnicas


de Expressão em Língua Portuguesa . CEAD, UP, 2007.

MAVALE, Cecília. Tomada de notas (Texto de apoio). UP, 1977.

SERAFINI, Maria Teresa. Como se faz um trabalho escolar , 4ª Edição. Ed. Presença,

ESTANQUEIRO, A. G. Aprender a Estudar. Lisboa: Texto ed. 2001

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA de normas tecnicas, NBR10520: informação e


documentação – apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2002..

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