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LÍNGUA PORTUGUESA:

INTERPRETAÇÃO DE
TEXTOS

Profª. Luciana M.A.C.Pontes


FONTE:
- FGV

COORDENAÇÃO:
PROFª LEILA CARVALHO

Profª. Luciana M.A.C.Pontes


MÓDULO I:
Língua X Linguagem (níveis)
Compreensão e interpretação de textos.
Tipologia textual.
Gênero textual
Marcas de textualidade:
Coesão, coerência e intertextualidade

Profª. Luciana M.A.C.Pontes


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

MÓDULO I: COMPREENSÃO /
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

 Língua X Linguagem.
 Níveis de linguagem e suas
variantes linguísticas
 Texto X contexto
 Compreensão e interpretação
de textos.

Língua Portuguesa – Profª. Luciana M.A.C.Pontes


O QUE É A LÍNGUA?
LÍNGUA – é o conjunto de códigos
(palavras/símbolos/cores/sinais) que um grupo de
indivíduos compartilha.

Nossa língua oficial é a Língua Portuguesa (CF/88, art. 13,


caput).
-CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República
Federativa do Brasil.

Vale ressaltar que embora se use a língua portuguesa no


Brasil como idioma oficial, existem variações do uso desta
língua (gírias, chavões, jargões).

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O QUE É LINGUAGEM?
LINGUAGEM - é todo sistema organizado de sinais que
serve como meio de comunicação entre os indivíduos. É a
exteriorização da comunicação.

Para expressar o mesmo fato, é possível utilizar duas


linguagens diferentes:
a) Linguagem verbal - código que utiliza a palavra falada
ou escrita;
b) Linguagem não-verbal - qualquer código que não utiliza
palavra (gestos, números, cores, imagens...);

ATENÇÃO:
VOCÊ ESTÁ SENDO
OBSERVADO

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EXERCÍCIO 01
TEXTO EM LINGUAGEM VERBAL
(PREDOMINÂNCIA)

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EXERCÍCIO 02
TEXTO EM LINGUAGEM NÃO VERBAL

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EXERCÍCIO 03
LINGUAGEM MISTA
TEXTO/CONTEXTO

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NÍVEIS DE LINGUAGEM

 O uso da linguagem também pode ser


observado sob os diferentes níveis. Isto
porque nem sempre o tipo de linguagem
usada em uma mensagem pode ser usada
em uma correspondência oficial ou um texto
informativo.

 Até mesmo o tipo de interlocutor faz com


que a linguagem sofra alteração de nível:
pai/filho; chefe/empregado; amigo/amigo;
jovem/idoso.

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LINGUAGEM CULTA X POPULAR

A elaboração de um texto está vinculada ao receptor da


mensagem, a intencionalidade do autor (função da
linguagem) e ao domínio da norma gramatical.

- NÍVEL COLOQUIAL OU INFORMAL – usada pelo povo


no dia a dia, com desprendimento da norma gramatical
padrão.
Ex.: “Marta foi pro show? Eu não vi ela lá.”

- NÍVEL CULTO – obedece às regras da gramática


tradicional (exigência em concursos).
Ex.: “Marta foi ao show? Eu não a vi lá.”

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VARIANTES LINGUÍSTICAS
Além da variação linguística em relação ao uso da norma
padrão ou coloquial, existem também as variantes
linguísticas em relação aos grupos sociais:

- REGIONALISMO: língua usada em determinadas


regiões, com suas características semânticas (sotaque,
termos regionais)
Ex.: Gosto muito de bolo de macaxeira (bolo de aipim).

- GÍRIA: chamada de linguagem grupal, por ser marca de


grupos sociais específicos.
Ex.: - Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.
- Minha saudação aos aficionados do clube e aos
demais esportistas, aqui presentes ou no recesso de seus
lares.
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VARIANTES LINGUÍSTICAS

- JARGÃO: linguagem técnica usada por determinados


setores profissionais (medicina, engenharia, direito,
teatro).

Ex.: Advogados dizem: peticionar, outorgar, requerimento,


impetrar recurso.

Médicos dizem: terapia associada, prognóstico, anamnese,


diagnóstico.

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EXERCÍCIO 04
LÍNGUA CULTA OU POPULAR?
ADEQUAÇÃO DOS INTERLOCUTORES

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O QUE É UM TEXTO?

TEXTO - é toda comunicação concretizada


pelo uso da linguagem (verbal ou não-
verbal).

Um texto pode ser uma única palavra ou uma


obra completa; um gesto ou uma sequência de
ações. O que vale é expressar sentido.

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TEXTO = INTERAÇÃO

Para que um texto se torne


comunicativo, independente de
sua extensão, deve ser coeso,
coerente e contextualizado para
o receptor.

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EXERCÍCIO 05

(FGV.2014) A linguagem coloquial aparece seguidas vezes no texto. O


segmento que a exemplifica é:
(A) “A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante
delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico”;
(B) “Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa
coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas
informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra”;
(C) “Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a
semana que vem”;
(D) “A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no
Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem
que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”;
(E) “Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do
Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não
permitir que morra sem que volte para lá,
isto é, para cá”.

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EXERCÍCIO 06:
OFICINA DE TEXTO
(CONTEXTO)
COMO COMPREENDER UM TEXTO?

Para que o texto seja compreendido é


necessário que o leitor utilize estratégias e
habilidades adequadas à compreensão:

a) possua competência em relação às mensagens do


texto (domínio do código – língua portuguesa);
b) domine referências de conteúdo;
c) atente para a mensagem pretendida pelo autor.

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EXERCÍCIO 07

ASSIM, POIS, COMO ACABEI DE DIZER, POUCO


TEXTO 2 – APOLOGIA DE SÓCRATES OU ABSOLUTAMENTE NADA DISSERAM DA
VERDADE; MAS, AO CONTRÁRIO, EU VO-LA
“O QUE VÓS, CIDADÃOS ATENIENSES, HAVEIS DIREI EM TODA A SUA CLARIDADE. CONTUDO,
SENTIDO COM O MANEJO DOS MEUS POR ZEUS, NÃO OUVIREIS, POR CERTO,
ACUSADORES, NÃO SEI; O CERTO É QUE EU, CIDADÃOS ATENIENSES, DISCURSOS
DEVIDO A ELES, QUASE ME ESQUECIA DE MIM ENFEITADOS DE LOCUÇÕES E DE PALAVRAS,
MESMO, TÃO PERSUASIVOS FORAM. OU ADORNADOS COMO OS DELES, MAS
CONTUDO, NÃO DISSERAM NADA DE COISAS DITAS SIMPLESMENTE COM AS
VERDADEIRO. MAS, ENTRE AS MUITAS PALAVRAS QUE ME VIEREM À BOCA, POIS
MENTIRAS QUE DIVULGARAM, UMA, ACIMA DE ESTOU CERTO DE QUE É JUSTO O QUE EU
TODAS, EU ADMIRO: AQUELA PELA QUAL DIGO, E NENHUM DE VÓS ESPERA OUTRA
DISSERAM QUE DEVEIS TER CUIDADO PARA COISA”.
NÃO SERDES ENGANADOS POR MIM, COMO
HOMEM HÁBIL NO FALAR. MAS, ENTÃO, NÃO (FGV.2014-TJGO) SEGUNDO O TEXTO 2,
SE ENVERGONHAM DISTO, DE QUE LOGO SÓCRATES CONSIDERA O ESPAÇO DO
SERIAM DESMENTIDOS COM FATOS, QUANDO TRIBUNAL ONDE SE REALIZA SEU
EU ME APRESENTASSE DIANTE DE VÓS, DE JULGAMENTO, UM ESPAÇO:
NENHUM MODO HÁBIL ORADOR? ESSA ME
PARECE A SUA MAIOR IMPRUDÊNCIA SE, a)DO EMBELEZAMENTO DO DISCURSO;
TODAVIA, DENOMINAM "HÁBIL NO FALAR" b)DA CLAREZA DAS INFORMAÇÕES;
AQUELE QUE DIZ A VERDADE. PORQUE, SE
c)DA VERDADE DOS FATOS;
DIZEM EXATAMENTE ISSO, PODEREI
CONFESSAR QUE SOU ORADOR, NÃO PORÉM d)DA BUSCA DE SOLUÇÕES;
À SUA MANEIRA. e)DO CONVENCIMENTO DO PRÓXIMO.

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CUIDADO!!!!

 Váriasleituras poderão ser feitas a partir de


um texto. Existem informações explícitas
e/ou implícitas. É imprescindível, no
entanto, a observação dos elementos de
coesão, de coerência e dos referenciais
apresentados.

 ATENÇÃO: para o concurso, o que define a


questão correta é o enunciado.

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FOCO NA QUESTÃO

 AO SE RESOLVER QUESTÕES ENVOLVENDO


UM TEXTO É IMPRESCINDÍVEL TER COMO
FOCO A IDEIA CENTRAL DO MESMO, A PARTIR
DA/DO:

- identificação do tópico frasal


- título
- identificação das palavras-chave do texto e do
enunciado da questão e termos mais frequentes.

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COMPREENSÃO X INTERPRETAÇÃO

a) COMPREENSÃO – representa a
apreensão, por parte do leitor, das
informações contidas no texto
(decodificação do que se encontra
explícito no texto).

SÃO QUESTÕES DE COMPREENSÃO DE


TEXTO:
 De acordo com o título do texto...
 O texto informa que...
 No parágrafo X, o autor afirma que ...

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b) INTERPRETAÇÃO – utilização da
experiência do leitor para entender as
mensagens implícitas no texto produzido
pelo autor. As informações não são,
neste caso, explícitas.

SÃO QUESTÕES DE INTERPRETAÇÃO DE


TEXTO:
 No texto, o autor induz a ...
 Infere-se do texto...
 É possível concluir no texto que...

ATENÇÃO: Interpretar vai além do texto, mas


precisa ter conexão com o mesmo.

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O QUE SÃO AS INFERÊNCIAS?
Para se entender o texto, nem sempre o leitor tem
a mensagem expressa de forma clara.
Quando o conteúdo se apresenta de forma
obscura, implícita, será necessário fazer
inferências:

INFERÊNCIAS - São deduções ou conclusões


acerca do texto lido.
São operações mentais por meio das quais,
empregando o conhecimento prévio de que
dispõe, o leitor procura interpretar o texto a
partir de alguns vínculos implícitos entre as
frases existentes.

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ATENÇÃO!!!!
ERROS COMUNS DE INTERPRETAÇÃO
DE TEXTO
Em matéria de INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS, tenha cuidado
com as seguintes “pegadinhas de concurso” em relação às
ideias a serem exploradas:

-EXTRAPOLAÇÃO (FUGA DO CONTEXTO) – ocorre quando


o candidato extrapola a interpretação do texto original,
admitindo ideias que não existem, por conhecimento prévio do
assunto em outras leituras.

LEMBRE-SE: “NÃO VIAJE NA MAIONESE!”

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ERROS COMUNS DE INTERPRETAÇÃO
DE TEXTO

- REDUÇÃO - é o oposto da extrapolação, quando o


candidato dá atenção apenas a um ou outro aspecto,
esquecendo-se de que o texto é um conjunto de ideias.

LEMBRE-SE:“NÃO SUBESTIME SEUS ADVERSÁRIOS”

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ERROS COMUNS DE INTERPRETAÇÃO
DE TEXTO

- CONTRADIÇÃO – quando as alternativas apresentam-se


com ideias contrárias às do texto original, fazendo o
candidato chegar a conclusões equivocadas, de modo a
errar a questão.
LEMBRE-SE: “NÃO SEJA „DO CONTRA‟ ”.

- DETURPAÇÃO – quando as alternativas apresentam-se


com ideias totalmente distintas daquelas exploradas pelo
autor.
LEMBRE-SE:“NÃO PROCURE CABELO EM OVO”

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EXERCÍCIO 08
SEM SOLUÇÃO
Carlos Heitor Cony – Folha de São Paulo
Foi melancólico o 1º de Maio deste ano. Não tivemos a
tragédia do Riocentro, que até hoje não foi bem explicada
e, para todos os efeitos, marcou o início do fim da ditadura
militar. [...]
(FGV.2014.BNB) A tragédia do Riocentro, citada no
primeiro parágrafo, tem a função textual de:
(A) indicar um fato importante ocorrido em dia 1º de Maio;
(B) destacar uma tragédia que mudou a vida dos
trabalhadores;
(C) comparar um fato antigo aos fatos políticos de hoje;
(D) destacar o fim da ditadura militar como uma ocorrência
prejudicial;
(E) valorizar um fato histórico por seu lado popular.

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EXERCÍCIO 09

(FGV.2014 – Osasco.SP) Dificuldades no combate à dengue

A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São Paulo. Só este


ano, já foram registrados cerca de 15 mil casos da doença, segundo dados da
Prefeitura.

As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe um protocolo para


identificar os focos de reprodução do mosquito transmissor, depois que uma
pessoa é infectada. Mas quando alguém fica doente e avisa as autoridades,
não é bem isso que acontece.

(Saúde Uol)

O segundo parágrafo do texto critica

a) o avanço da doença.
b) a falta de cuidado dos doentes.
c) a desorganização das autoridades.
d) a burocracia exagerada.
e) a corrupção do poder público.

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GABARITO

Questão 01 – comentário em aula


Questão 02 - comentário em aula
Questão 03 - comentário em aula
Questão 04 - comentário em aula
Questão 05 – C
Questão 06 – comentário em aula
Questão 07 – C
Questão 08 – A
Questão 09 – C

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