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JEREMIAS PESSELA
1
Aprofundar os conhecimentos da Língua Portuguesa, da sua gramática e dos
seus usos social e pragmaticamente condicionados.
Objectivos
Língua
1482 1960-70
Generalidades sobre a Língua Portuguesa
O mosaico linguístico angolano é constituído pela língua portuguesa e por línguas de origem bantu. O
povo angolano é plurilingue; alguns falantes têm o português como L1 (30 %) e outros como L2 (70%). No
seu quotidiano, a maioria dos angolanos utiliza mais de uma língua para a sua comunicação. No Cuito-Bié,,
para além do português (52,4%) predomina a língua Umbundu (68,7%).
As línguas faladas no Cuito-Bié são na sua maioria bantu, primordialmente o umbundo (68%), português,
como língua oficial, (52%), nganguela (10,4%) tchókwe (5,5%) nhaneka (2,6%), kimbundu (1,6), fiote (1,2),
kikongo (1,2), luvale (0,9), kwanhama (0,9).
(INE, 2014)
FUNCIONAMENTO
I Pragmática
Plano:
1. Constituintes básicos da gramática.
2.Pragmática breve noção
3.Pessoas gramaticais
4.Formas de tratamento
3.1. Uma abordagem comparada
3.2. Pronomes de tratamento
3. Exercícios
FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
Plano Fonético-fonológico: Plano sintáctico:
Plano morfológico:
1.Língua acentual 1. Língua flexional
1.Língua de sujeito nulo
2.Língua silábica 2.Língua com infinitivo
flexionado e infinitivo não
flexionado
Léxico
Morfologia
1ª pessoa
2ª pessoa
3ª pessoa
As chamadas pessoas do discurso se definem pelo seu posicionamento frente ao ato comunicativo, ou seja:
primeira, representando aquela que fala (eu/nós); segunda, representando aquela com quem se fala
(tu/vós/você, o senhor); e a terceira, demarcada por aquela de quem se fala (ele/eles/ela/elas).
Formas de tratamento
Formas de
tratamento
(Cintra,
1986)
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
1. Reescreve as seguintes frases no modo de tratamento informal e formal, consoante o caso em que
cada uma se encontre.
FUNCIONAMENTO
I SEMÂNTICA
Plano:
1.Significado, pensamento e realidade
2.O lugar da Semântica na Linguística
3.Semântica nominal
4.Semântica frásica (TEMPO e ASPECTO)
A Semântica é uma componente da gramática
porque os falantes conhecem o significado dos
morfemas e das palavras e sabem como
construir o das frases e o dos discursos da sua
língua.
Condições
Semânticas
Diversos mecanismos de
inferência
Questões de tempo
Plano
-Tempos verbais e sua função
- Pontos de referência
- Os tempos gramaticais e as suas leituras
Ordenação linear
orientada do passado Ponto de fala (F) – coincide com o
para o futuro momento da enunciação.
(Reinchback, 1947)
Questões de tempo
1. A Joana vive no Lubango. Estado – o PF + PE + PR - Coincidem
O presente O presente pode ainda apresentar-se como uma projecção do passado (presente
Histórico), desde que o contexto contenha alguma referência a um tempo passado e se
admita uma certa sequência de situações.
(1) – A Maria casar-se-á daqui a duas semanas (se tudo correr bem)
O futuro (2) – A Maria casa-se daqui a duas semanas.
(3) – A Maria vai casar-se daqui a duas semanas.
(4) Neste momento o governador provincial estará a ser recebido pelo presidente.
Os tempos gramaticais e as suas leituras
• Este tempo verbal comporta-se como “tempo” desde que o ponto de perspectiva
temporal seja passado. Se esse ponto for um tempo futuro, então adquire um valor
modal.
(1) – Ontem o Rui encontrou a Maria e esta convidá-lo-ia para presidir posteriormente ao
O futuro do encerramento da sessão. (PR = PASSADO) “Tempo”
passado
(2) – O Rui e a Maria têm um encontro dentro de dias e esta convidá-lo-ia, se não
soubesse já que ele recusava. (PR = PROJECTADO PARA O FUTURO) “Modo”
Questões de aspecto verbal
Plano
-Introdução
-Classes aspectuais de predicados
-Aspecto na frase: factores que desencadeiam
- a mudança aspetual
Aspecto
Fornece informações sobre a forma como é perspectivada ou
focalizada a estrutura temporal interna de uma situação descrita
pela frase, e, particular, pela predicação.
(Reinchback, 1947)
Classes aspectuais de predicados
(Moens, 1987 )
EVENTOS São situações dinâmicas
Predicações
básicas
TESTES:
Os eventos
Télicos
TESTES:
Os processos culminados ocorrem com adverbiais do tipo “X tempo”; as
culminações ocorrem com adverbiais de localização precisa.
Os eventos
atélicos TESTES:
Os processos ocorrem com adverbiais de tipo “durante X tempo”
1. A Maria nadou durante 20 minutos.(P)
2. A Maria Trabalhou. (P)
TESTES:
Os pontos têm a leitura de “iteratividade” na construção progressiva
1. A Alice está a tossir. (Ponto)
2. A Ana Garcia espirrou. (Ponto)
Núcleo aspectual básico
CULMINAÇÃO
Ambos são atélicos, não delimitados e homogéneos
Estados TESTES:
& Os processos ocorrem com adverbiais de tipo “durante X tempo”
processos 1. A Maria trabalha na Mediateca.(Estado)
2. A Maria Trabalhou. (Processo)
O pedro é simpático.
Os estados distinguem-se O Pedro está a ser simpático
Estados faseáveis
dos processos por não serem
dinâmicos.
🖝 Testes :
Construções progressivas.
A Ana é alta.
ESTAR A + INFINITIVO Estados não faseáveis *A Ana está a ser alta
O presente do indicativo só é tempo gramatical com estados, sobreposto ao momento da
enunciação.
Com eventos observam-se alterações aspectuais.
CRASE = Contração
Escreve (O QUÊ ? )
Uma carta
Faz (O QUÊ ? ) Um jantar delicioso
NOTA IMPORTANTE:
1. A CONJUNÇÃO “EMBORA” NUNCA DEVE SER PRECEDIDA DE “QUE”, INTRODUZINDO UMA ORAÇÃO.
NOTA IMPORTANTE:
NOTA IMPORTANTE:
NOTA IMPORTANTE:
À MINHA TRÁS é de uma construção que não é aceite pela norma, muito provavelmente porque em "à minha
trás" ocorre uma forma que não é substantivo e não pode, por isso, ser determinada por um possessivo. Por
outras palavras, diz-se «à minha frente», tal como se diz «à minha retaguarda», «à minha direita», «à minha
esquerda», expressões que incluem os substantivos frente, retaguarda, direita e esquerda; trás é uma preposição
(faz parte de locuções adverbiais e prepositivas), e não pode, por conseguinte, fazer parte deste tipo de
construção.'
DÊS & DEIAM
NOTA IMPORTANTE:
NOTA IMPORTANTE:
NOTA IMPORTANTE:
A forma correta é entre mim e ti. Entre tu e eu está errado. Sempre que se utiliza a preposição entre,
devem ser usados pronomes pessoais do caso oblíquo. Assim, mim e ti estão corretos porque são
pronomes pessoais oblíquos tônicos e eu e tu estão errados porque são pronomes pessoais retos.
Desculpa vs. Desculpe
NOTA IMPORTANTE:
Ir = dirigir-se
Por cento (%) vs. Porcentos (%)
NOTA IMPORTANTE:
Haver = existência
A ver = relacionado
Nascer vs. Fui nascido
NOTA IMPORTANTE:
NOTA IMPORTANTE:
NOTA IMPORTANTE:
** Porque é que pode, em muitos casos, ser substituído por por que.
Ex. Os tios querem saber por que ainda não te casaste.
Onde vs. Aonde
Aonde estás ?
Onde estás ?
NOTA IMPORTANTE:
LYONS, J. 1977, Semantics. Cambridge: Cambridge University Press. Vol. 1: cap.6: pp.141-2; cap 8
e 9: pp. 250-335.
MATEUS, M. H., et al, 2003 Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa: Caminho, série Linguística,
5ª edição. Em especial: cap. 6, cap. 7, cap.8 e cap. 10
OLIVEIRA, F., 1996, “Semântica” in Faria, I.H., E. Pedro, I. Duarte e C. Gouveia (orgs.) Introdução
à
Linguística Geral e Portuguesa. Lisboa: Caminho, série Linguística, pp. 333-377. Em especial: pp.
333-337 e 368-376.
DIK, S. The theory of functional grammar. Parte I. Berlin/New York: Mouton de Gruyter, 1997.
NICHOLS, J. Functional theories of grammar. Annual Reviews Anthropol, v. 13, p. 97-117, 1984.