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Um mergulho no dialeto transmontano

Variação Linguística do Português no Mundo Lusófono

Gabriel Neto

Docente: Paulo Osório

Covilhã, maio de 2023

´
Resumo: A pesquisa aqui apresentada tem por objetivo demonstrar de forma mais
superficial a variação linguística existente no concelho de Bragança, o que é possível
comprovar através da análise de enunciados textuais desta zona geográfica. Além de uma
análise geral, tendo em conta que não possuo os conhecimentos técnicos específicos da
área da Linguística dei preferência a realizar uma tradução de alguns textos para o
Português tido como norma, dando enfase à variação lexical e elaborar um breve
glossário, tanto de palavras assim como de expressões próprias da região que ainda são
utilizadas nos dias de hoje.

Palavras-chave: Regionalismo; Variação; Transmontano; Dialeto; Glossário

1. Introdução

Tendo em conta a divisão administrativa do território nacional, Bragança é um dos dezoito


distritos de Portugal Continental, pertencendo à denominada região norte, uma das cinco
regiões reconhecidas oficialmente. É um distrito que se apresenta como um meio bastante
rural e com isto advém uma população mais envelhecida e que tem ainda como
caraterística ser uma região próxima a Espanha, o que resultou, não só pelos limites
territoriais, mas também pelo contacto linguístico a serem influenciados pelo país
vizinho.

Desta forma podemos afirmar que na Região de Bragança existem características


linguísticas particular, quer seja na pronúncia, vocabulário, gramática e expressões
idiomáticas.
2. O Português e a Estrutura do Dialeto Transmontano

Como consequência da Expansão marítima a partir do século XV, a língua portuguesa foi
difundida em três continentes: América, África e Ásia.

A presença dos portugueses nestes territórios foi um dos fatores principais para a língua
portuguesa ter sido adotada como língua oficial e ainda ser falada por mais de 260 milhões
em todo o mundo.

No entanto sabemos que é apenas um idioma que está longe de ser apresentado como
igual em toda a extensão continental, ou seja, não se fala apenas um português, mas
variações dessa mesma língua. Tal acontece, porque a língua é um instrumento de
comunicação diversificado e complexo e por esta mesma razão está sujeita a uma
variação.

Um dialeto é, segundo o Dicionário da Porto Editora, “uma variante local ou regional de


uma língua, que se distingue em relação à língua padrão pelas especificidades ao nível da
pronúncia (fonética), do vocabulário (léxico), etc.”, e corresponde a uma forma própria
em que a língua assume numa determinada região, portanto um dialeto é assim, uma
variedade linguística que caracteriza uma determinada zona. O que podemos observar
ainda é que entre as variedades existentes numa língua, existe uma que se sobrepõe às
outras e acaba por ser considerada como padrão, o que leva a que outras variantes sejam
consideradas erradas, e ainda que os falantes sejam considerados iletrados, o que também
não está correto. Em Portugal, o dialeto que está considerado como padrão compreende
a região de Lisboa e Coimbra, que por sua vez estão relacionados de forma intrínseca com
grupos mais cultos e escolarizados. (Mateus et. al, 2006).

Ao longo dos anos foram definidos vários mapas dialetais do português europeu, no
entanto baseei-me na proposta do Professor Lindley Cintra, lançada em 1973. Nesta
proposta de classificação dos dialetos portugueses existem apenas dois dialetos: os
dialetos setentrionais e os dialetos centro-meridionais, que por sua vez se dividem em
subdialetos. Este último supramencionado compreende o centro-litoral e centro-interior,
enquanto no dialeto setentrional diz respeito ao transmontano, alto-minhoto e baixo
minhoto- duriense beirão.

O dialeto transmontano é um dialeto setentrional, falado na região de Bragança, e que tem


como caraterística principal a ausência da distinção fonológica entre o “B” e o “V”.
(Cintra,1973). Desta forma, os habitantes desta região são tidos como iletrados por terem
esta linguagem e com uma acentuada diferença em relação ao resto de Portugal
Continental.
Cintra refere ainda, que o dialeto setentrional se afasta da norma não só pela troca das
letras “b” pelo “v”, como já referido acima, assim como a pronuncia da letra “x” onde
seria suposto a letra “s”. Para explicar esta distanciação da norma podemos ainda dar o
exemplo de outra caraterística desta zona, que é a utilização de arcaísmos, que muito
tiveram a ver com a influência de Espanha.

3 – Variação e os Tipos de Variação Linguística

A Sociolinguística é uma área da linguística que estuda a língua relacionando-a com a


sociedade, ou seja, estuda e investiga as relações dos indivíduos com a língua e com o
meio que os rodeia.
Para William Labov, considerado por muitos, o precursor da Sociolinguística
Variacionista, a variação linguística não é feita de forma aleatória, mas sim obedecendo
a um sistema de regras, as quais se vão moldando de acordo com a classe social, a idade
e até o contexto de interação. A dialetologia ou geografia linguística é tida como uma
subárea da Sociolinguística, sendo para este autor importante “as variações linguísticas
que podem ser explicadas sistematicamente, entendendo-se como variação sistemática a
maneira alternativa de dizer a mesma coisa, desde que essa maneira seja portadora do
mesmo significado referencial. (Labov, 2008).
Num primeiro momento temos de compreender que a vida numa sociedade sofre algumas
mudanças que dependem do ambiente em que estamos inseridos, o que também acontece
com a língua. Assim podemos concluir que a língua sofre alterações com o tempo, um
fenómeno denominado de variação linguística.
Outro conceito que está ainda imposto na questão da variação é o pluricentrismo, no
sentido em que uma língua que tenha vários dialetos, e outras variantes em si mesmo e
tendo em conta que estas apresentem diferenças quer na escrita quer na oralidade, não
tenha uma barreira que prejudique a comunicação entre todos. (Goffman, 2002).
Da forma que existem diversas variações, as quais podem ser a nível morfológico,
fonológico, sintático, regional e social, podemos explicar de forma sucinta os 4 tipos de
variação linguística:
1. Variação diamésica – O foco está nas diferenças entre a língua falada e escrita;
2. Variação diastrática – Diferenças que ocorrem a partir da classe social, o sexo e a
idade do falante.;
3. Variação diatópica – Refere-se às mudanças regionais.
4. Variação diacrónica – Mudanças que ocorrem de forma natural devido à passagem
do tempo e mudança do espaço.

3.1 Variação Dialetal e os Regionalismos

Quando falamos sobre variação dialetal, falamos das diferenças entre as formas de falar
das pessoas nos diferentes lugares. Cada região tem a sua própria forma de falar, com
pronuncia e termos próprios dessa região. Desta forma, podemos afirmar que existe uma
relação intrínseca entre dialeto e regionalismo, pois referem-se às caraterísticas
linguísticas de uma determinada região. Os regionalismos podem ser entendidos como
uma forma de diversidade linguística dentro da mesma região. É ainda importante
ressaltar que a variação dialetal e os regionalismos não são considerados erros
linguísticos, mas sim manifestações legítimas da diversidade linguística que enriquecem
a língua e contribuem para a riqueza cultural de cada região.
No entanto, é importante compreender que os regionalismos podem também trazer alguns
desafios de compreensão entre falantes da mesma região e até levar a mal-entendidos,
pois são termos desconhecidos e que podem ser interpretados de forma igualmente
diferente. Por exemplo, ao analisarmos um texto que apresenta um dialeto transmontano
é provável que se encontre uma série de regionalismos daquela região, como por exemplo
os termos “bardino” e “gandulo”, termos que servem para designar alguém que é
delinquente, ou seja significam o mesmo, que são ditos no concelho de Bragança, mas
em pontos diferentes.
Podemos abordar assim as variedades urbanas e as variedades rurais, onde os indivíduos
que vivem na zona rural acabam por preservar a cultura desta região. No entanto há um
processo, no qual o afastamento leva ao desaparecimento de alguns traços característicos
desta linguagem transmontana. Outra influência das zonas urbanas para a perda de uma
identidade é a instrução dos jovens, o que resulta no desenraizar desta linguagem mais
típica da região e por essa mesma razão é que observamos alguns vocábulos típicos do
dialeto transmontano a caírem em desuso no centro mais urbano.
4- Corpus para análise
Para textos de análise foram escolhidos 2 textos retirados de blogues reconhecidos na
região no que diz respeito aos falares/dizeres transmontanos, apresentando assim uma
visão mais arcaica dos falares transmontanos, que vai desaparecendo com as novas
gerações. No entanto, os termos demonstrados nestes textos são muitas vezes termos que
se vão ouvindo regularmente no quotidiano de um transmontano, principalmente nas
aldeias, onde a população é mais idosa e tem um nível de escolaridade mais baixa.
A seleção destes enunciados foi resultado de uma primeira leitura, onde estes
apresentavam uma maior incidência nos vocábulos próprios da região, o que seria
profícuo, tendo em conta a necessidade de demonstrar ao leitor estas variantes do dialeto
transmontano. Assim a intenção é identificar alguns processos e de seguida fazer uma
espécie de tradução para o português “corrente”, na medida em que for possível, sem me
afastar muito da construção frásica apresentada, e de seguida elaborar um glossário do
léxico transmontano como forma de ferramenta de desconstrução, tendo em conta os
textos analisados e ainda outros termos e expressões idiomáticas que considere serem de
relevância.
Desta forma segue-se o primeiro texto retirado do blog “Memórias…. e outras coisas…”:

“Amanhã, lá bou eu, encanrranxada na burra, mais


o meu cadelo. Levo um caçoulo com uma chacha de
batata, um cibo de pão, linguiça, umas azeitonicas e
uma cabaça dágua para mim e para o cucho. Ele
come tudo até as carabunhas das azeitonas, raios
partira o cadelo, nunca antes bira tal coisa. Este
cucho não bale nada é um caganças, mas é guixo,
mal abro o cancelo parece que tem lume nas patas
foge logo pro pé da ti Albertina. Está abituado que
ela lhe de uns furgalhos que trás sempre na algibeira
do abental. Depois de larpar as furgalhas, vaise pela
canelha adiante. Ali espreita aber se me bê e bai de
caras ao povo até que me encontra, abondame um
guiço e dá-mo.” 1

1
Disponivel em < https://5l-henrique.blogspot.com/2018/05/falares-e-dizeres-aldeias-transmontanos.html
~

Possível tradução:

Amanhã vou montada na burra com o meu cão.


Levo um tacho com batatas cozidas, um pedaço de
pão, linguiça, umas azeitonas e uma cabaça de água
para mim e para o cão.
Ele come de tudo, até os caroços das azeitonas.
Raios parta o cão. Nunca tinha visto tal coisa. Este
cão não vale nada, só tem manias, mas é inteligente,
pois assim que abro a porta ele corre rapidamente
para ao pé da Tia Albertina.
Está habituado que ela lhe dê algumas migalhas que
costuma trazer sempre no bolso do avental. Depois
de comer as migalhas, vai em frente por uma rua
estreita. Fica à espera para ver se me vê e quando
me encontra, dá-me um pau seco.

Uma das primeiras caraterísticas do dialeto transmontano como já tínhamos observado na


proposta de Cintra (1971), ao dividir as regiões por dialeto, uma das caraterísticas
principais era a substituição do “v” pela letra “b”, tal como podemos comprovar no texto,
nas palavras – “lebo”, “bale”, “bezes”, quando os vocábulos utilizados deveriam ser:
“levo”, “vale” e “vezes”.
Temos ainda a omissão da consoante “h” em habituado, em que se escreve abituado. A
omissão do [h] refere-se a um processo de aspiração da consoante inicial. O [h] é a
consoante mais fraca e na prática é como se fosse uma vogal surda.
Temos ainda presente o fenómeno da singularização, ou seja, o processo da palavra em
que se diz o singular quando se espera que esteja no plural de acordo com a gramática
padrão. Tal acontece com a palavra “batata”, que deveria estar colocada no plural –
“batatas”. Constamos ainda o uso de diminutivos como nos vocábulos – “cadelo”, que
serve para designar um cão de pequeno porte; e ainda “caçoulo”, que serve de
representação para uma panela mais pequena.
Além destes processos aqui apresentados, temos ainda o uso de expressões dialetais, ais
quais vão ser referenciadas no glossário final.

O segundo texto foi retirado de uma página sobre os Falares Transmontanos, onde o
objetivo é demonstrar expressões típicas da região ao mesmo tempo que se apresenta uma
opinião da sociedade.

“Porque é que a ganapada de agora anda


estoubada da cabeça? Num shabendes? Bo!?
Atão já bos digo. No mou tempo criabouse
homes e mulheres, num era cá criqueiros
tcheios de prosmeirices! Também fazíamos
burridades, peis claro… mas depressa nos
imantiabom o pêlo se foshe preciso!”2

Possível tradução:

Porque é que os garotos de agora andam


malucos? Não sabem? Bô!?
Então digo-vos já que no meu tempo
criavam-se homens e mulheres e não uns
mimados sem postura nenhuma! Também
fazíamos asneiras é claro… mas
rapidamente nos “chegavam a roupa ao
pêlo” se fosse preciso.

Breve Análise

Neste texto também podemos ver que também ocorre o processo de substituição do “v”
pelo “b”, como por exemplo no vocábulo “criabouse”, que corresponde ao verbo criar, e
onde se deveria ler criavam-se (3ª pessoa do plural, pretérito imperfeito).

2
Disponível em < https://www.facebook.com/falarestransmontanostiacacio
Temos ainda a troca de vogais, “mou” em vez de “meu” e uma fortificação do som “ch”,
ao colocar a letra [t] antes da palavra, como acontece na palavra “tcheios”.

Glossário Lexical do Dialeto Transmontano

Este Glossário vai conter apenas 20 entradas que vão ter por base os textos já
supramencionados, assim como outros termos que foram acrescentados, de forma a
obtermos uma ferramenta de auxílio a quem queria desconstruir o “falar transmontano”.
No entanto não significa que os termos aqui apresentados sejam exclusivamente desta
região.
A estrutura desde glossário vai ser a seguinte: Em primeiro lugar vamos optar por uma
ordem alfabética, depois vai conter uma definição do termo e ainda pelo menos um
sinónimo.

Glossário Lexical Transmontano

Abondar
Verbo abundar; Significa o mesmo que dar, no sentido de dar o objeto para as mãos de
outro.
Sinónimo: entregar;

Albarda
Quando alguém traz uma peça de vestuário que aparenta ser larga para o tamanho do
individuo.
Sinónimo: casaco comprido

Amarrar
Inclinar-se para baixo. Pôr-se de cócoras.
Sinónimo: agachar; abaixar

Arrebunhar
Ferir com as unhas.
Sinónimo: arranhar

Barduada
Golpes com um pau ou objetos semelhantes
Sinónimo: pancada; paulada


Uma palavra com vários significados. Tanto pode significar admiração, medo,
desconfiança ou até para dar confirmar a resposta a algo. Tudo depende da entoação que
o individuo utiliza assim como depende do contexto em que se insere.
Burridades
Comportamento habitual de uma criança;
Sinónimo: asneiras; traquinices

Canelha
Normalmente serve para designar um espaço estreito num ambiente rural
Sinónimo: viela; quelha; rua apertada

Carabunhas
Parte dura de alguns frutos como a cereja.
Sinónimo: caroço

Carambelo
Formação de camadas de gelo.
Sinónimo: geada

Cucho
Animal doméstico; Mamífero da família dos canídeos.
Sinónimo: cão

Encanrranxada
Colocar-se sobre o animal com o uma perna para cada lado
Sinónimo: montar;

Estoubada
Alguém que não tem juízo.
Sinónimo: estouvado; maluco; despassarado

Furgalhos
Sobras de algo. Habitualmente refere-se a sobras do pão.
Sinónimo: pedaço; migalhas

Ganapáda
Normalmente utiliza-se para designar um conjunto de jovens que andam pelas ruas a
brincar.
Sinónimo: gaiatos; traquinas; grupo de garotos
Guixo
Por vezes é escrito desta forma – Guitcho. Significa alguém que demonstra perspicácia.
Sinónimo: inteligente; esperto; astuto

Lapouço
Tem uma conotação negativa. Serve para designar alguém que come de forma desajeitada
e que se suja todo ou que deixa cair comida para o chão enquanto come.
Sinónimo: sujo; porco; alguém que come de forma alarva.

Malga
Recipiente que serve para comer cereais ou sopa.
Sinónimo: tigela

Pinchar
Habitualmente tem como significado lançar-se com impulso de um lugar para outro. No
entanto também pode significar uma ordenação para sair de um local. Ex: “Pincha-te daí”,
significa o mesmo que sai daí.
Sinónimo: saltar; pular; sair

Prosmeirices
Pode significar alguém vaidoso; alguém que tem muitas manias ou ainda alguém que não
tem atitude.

Considerações Finais

Ao analisarmos os textos e os exemplos retirados desta variante dialetal podemos


compreender de que forma é que os falantes são influenciados, assim como alguns dos
processos que ocorrem nas palavras.
Esta análise demonstra a riqueza e a diversidade linguística que existe na região assim
como em todo o país, no entanto é fundamental ressaltar que a variação dialetal e os
regionalismos devem ser compreendidos dentro de um contexto sociolinguístico e desta
forma ocorre a valorização dos dialetos, o reconhecimento e o respeito pela diversidade
linguística, permitindo assim a preservação de uma identidade.
Com o glossário apresentado, pretendeu-se dar uma ferramenta de descontrução textual e
também foi a partir dos vocábulos analisados que foi possível entender a riqueza
semântica e as especificidades de certas palavras utilizadas em Trás-os-Montes.
Estes termos não servem apenas para enriquecer a língua, mas são também, uma forma
de manter as tradições e os dizeres transmontanos.

BIBLIOGRAFIA

• CABRAL, A.M. Pires «Uma página de um futuro dicionário de regionalismos


transmontanos e alto-durienses», Tellus – Revista de Cultura Transmontana e
Duriense, XXXI, Nov., pp. 11-22. Vila Real
• Cintra, Luís Filipe Lindley. Nova proposta de classificação dos dialectos
galegoportugueses. Boletim de Filologia. Republicado em: Estudos de
Dialectologia Portuguesa. Lisboa: Sá da Costa. 1983
• FINBOW, Thomas Daniel. A Mudança sonora. Departamento de Linguistica,
2016.
• GOFFMAN, Erving. Sociolinguística interacional. 2. ed. São Paulo: Edições
Loyola, 2002
• LABOV, William. Padrões sociolinguísticos. São Paulo: Parábola Editorial, 2008
• OLIVEIRA, Thiago Soares de. A Sociolinguística e a questão da variação: um
panorama geral. R. Letras, Curitiba, n. 25, pp. 01-18, jan./jun. 2017.
• Porto Editora – dialeto no Dicionário infopédia da Língua Portuguesa. Porto:
Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-
portuguesa/dialeto

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