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COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING – FABIANA PARPINELLI

BRUNA MARQUES, IARITSSA SALOMÃO, JÚLIA MARIA, LEANDRA ALVES, STÉFANY PITONDO

Resumo: Capítulo 2 - Variação Linguística e Registro. Livro: GUIMARÃES, Thelma de Carvalho.


Comunicação e Linguagem. São Paulo: Pearson, 2012 (EBOOK da Biblioteca Virtual BV).

Seção 1 – Tipos de Variação Linguística

Da mesma forma que todas as Sociedades são heterogêneas e variam ao longo do tempo, a
Linguagem funciona da mesma forma, variando-se em dois eixos: O Diacrônico e o Sincrônico.

A Variação Diacrônica (também podendo ser chamada de Variação Histórica) representa tudo
aquilo que muda ao longo de tempo.

A Variação Sincrônica, representa mudanças que acontecem simultaneamente dentro de um


mesmo momento histórico e se divide em 4 grupos, sendo eles:

 Variações Diatópicas: (Regional) relacionada a região onde o falante nasceu ou mora


 Variações Diastráticas: (Social) relacionada ao grupo social – camada – que o falante
está inserido
 Variações Diamésicas (Oralidade/Escrita) relacionada ao meio que se dá a comunicação
 Variações Diafásicas (Formal/Informal) relacionada ao estilo que o falante usa pra se
comunicar, sendo capaz de usar diversas formas de expressão (formal, informal, rude,
simpático, etc)

Seção 2 – Variação Diacrônica (Histórica)

Rotacismo

A Variação Diacrônica representa a mudança das línguas ao longo do tempo e nesse capítulo o
fenômeno Rotacismo é mencionado, sendo ele a mudança fonética que consiste na troca de
sons e sílabas e é uma característica inerente a língua portuguesa.

Essa tendência começou a partir do Império Romano, com o Latim, que sofreu diversas
modificações. O Latim na época era considerado o Inglês de hoje, sendo uma língua
fundamental e universal para se inserir no comercio, na vida pública etc. Dessa forma, ele era
falado por pessoas de várias regiões e culturas e consequentemente foi cada vez mais
modificado, dando origem ao latim clássico e ao latim vulgar, e foi se espalhando até perder
sua identidade, e o idioma não ser mais reconhecido em certas regiões. E essas línguas locais
ficaram conhecidas com ‘’Romances”

Variação Diacrônica no Português

A língua portuguesa passou por diversas evoluções e surgiu primeiramente do latim que era a
língua oficial de Roma, e foi passado para outras regiões conquistadas pelos soldados romanos,
sofrendo mudanças e sendo substituída por dialetos que deram origem a outras línguas como
o francês, espanhol, italiano, até que o português surge no século XIII, conhecido como galego-
português nas regiões de Portugal, Espanha etc e permaneceu até o século XIV.

Logo depois surge o Português arcaico que teve influência de dialetos dos árabes e do latim,
sendo o idioma falado entre o século XIII e a primeira metade do século XVI e foi nesse
contexto que iniciaram os estudos da língua portuguesa, até surgir o português clássico e
moderno, a língua de camões, trazido para o Brasil no tempo das grandes navegações.
Seção 3 – Variações Diatópicas

* Variações Diatópicas: Estão ligadas à região onde o falante nasceu ou mora.

* Existem vários tipos de variações diatópicas observadas em diferentes regiões do Brasil.

* Os regionalismos são usados para provocar determinados estilos estilísticos.

* Por exemplo: para tornar um personagem de novela plausível, os produtores conduzem


pesquisas a fim de identificar expressões comuns onde se passa a história para incorporá-la às
falas dos atores.

* Reforçar esteriótipos em textos humorísticos.

* Aproximar publicitário do público alvo

* Quando os regionalismos não cumprem nenhuma função estilística, convém evitá-los em


contextos formais pois podem prejudicar o entendimento caso os interlocutores não
conheçam.

* Alguns deles são estigmatizados, ou seja, identificados com segmentos desprestigiados da


sociedade.

Seção 4 – Variação Diastrática

Quando falamos sobre variação social, muitas pessoas associam com pessoas pouco
escolarizadas e pessoas muito escolarizadas mas vai muito além disso, como por exemplo
nessa frase “ai mano, ta ligado, cola na área pra ver qual é” ou “que caneta fofa, da ela pra
mim?” Podemos analisar que ocorre uma variação de pessoa para pessoa e nem sempre esta
ligada ao grau de escolaridade, alguns exemplos de variação diastráticas são:

Nível de escolaridade: É considerado um critério muito importante pois quanto maior for o
grau de escolaridade estará mais perto da norma padrão

Faixa etária: essa variação está relacionada a variação diacrônica, passada de geração para
geração.

Sexo: É comprovado que as mulheres tendem a seguir as normas padrão, como por exemplo
em palavras com “s” e “m” no final, ja os homens tendem a falar de forma mais relaxada,
mesmo quando se tem o mesmo grau de escolaridade.

Profissão: É notável que em diferentes profissões podemos ver uma grande variação linguística
onde encontramos pessoas que seguem a norma padrão e pessoas que não tem um grau de
escolaridade alta.

Grupos Sociais: Podemos notar uma grande diferença linguística entre um grupo de jovens,
adultos, idosos, evangélicos, surfistas, japoneses, cada um tem um modo de se comunicar.

Seção 5 - Variação diamésica (oralidade e escrita):

- Oralidade não é necessariamente informalidade, existem situações formais como entrevistas,


seminários e palestras.

- Oralidade e escrita se diferenciam na sincronia de produção e recepção: oralidade é


simultânea, escrita tem defasagem.
- Comunicação oral envolve gestos, expressões faciais, olhares, entonação, complementando o
significado verbal.

- Comunicação escrita carece de recursos não verbais, requer previsão de dúvidas e revisões
para esclarecimento.

- Texto oral é como transmissão ao vivo, escrito é como programa editado; escrita permite
revisões e pesquisas.

- Maior cobrança na expressão escrita, menos tolerância a erros, resultando em maior


formalidade.

-Diferenças entre oralidade e escrita:

Oralidade:

- Produção e recepção simultâneas.

- Negociação de sentido e correções possíveis.

- Interlocutores interagem em tempo real.

- Erros visíveis para o interlocutor.

- Impossibilidade de voltar atrás no discurso.

- Planejamento local, frase a frase.

- Maior tolerância a erros e informalidade.

- Menos rígida em relação à norma padrão.

- Predomínio de frases curtas e simples.

- Voz ativa e ordem direta frequentes.

- Uso de "frases quebradas" (anacolutos).

Escrita:

- Defasagem entre produção e recepção.

- Antecipação de dúvidas do leitor.

- Autor produz solitariamente.

- Correções invisíveis ao leitor.

- Revisão possível quantas vezes necessário.

- Processo de produção oculto.

- Impossibilidade de consulta durante produção.

- Planejamento global, texto como um todo.

- Maior cobrança e formalidade.


- Maior obediência à norma padrão.

- Predomínio de frases longas e complexas.

- Uso frequente de voz passiva e ordem indireta.

Seção 6 - Variação diafásica (registro formal e informal):

- O registro ou nível de linguagem refere-se à variação linguística relacionada à formalidade da


situação comunicativa.

- Variações de registro perpassam outras variações linguísticas.

- Não há uma divisão radical entre situações formais e informais, mas um continuum de
formalidade.

- Exemplo de lavrador analfabeto em tribunal expressando-se de maneira mais cuidada.

- Variações sincrônicas também têm registros formais e informais.

- Variedades linguísticas têm espectro de formalidade.

- Continuum de formalidade em situações comunicativas: não apenas formal e informal, mas


graus intermediários.

- Diferença entre informalidade oral e escrita.

- Descrições flexíveis e amplas do grau de formalidade, como o continuum elaborado por


Bowen.

- Continuum de registros/níveis de linguagem indo de mais formal até mais informal, variando
na modalidade de comunicação (oral ou escrita).

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