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LINGUAGENS E REDAÇÃO
MÓDULO 1
Comunicação e Tecnologia da Informação
TEMA:
O Gênero digital
GÊNERO DIGITAL
Os gêneros textuais são incontáveis e adaptáveis a diferentes realidades e situações comunicativas.
Com a acessibilidade e facilidade da internet criaram-se novos gêneros e outros assumiram
diferentes formas, comprovando que estão a serviço das necessidades reais de seu tempo –
modificando a relação entre leitor e autor.
Se antes enviávamos cartas, nós as substituímos por e-mails e hoje por mensagens instantâneas
como WhatApp, Messenger ou Telegram. Embora os meios tenham sido transformados, a estrutura
de comunicação e a forma com a qual nos expressamos continuam seguindo parâmetros que
estabelecem uma relação dialógica com formas textuais preexistentes.
Assim temos como gêneros digitais: post, blog, vlog, live, chat, sms, e-mail, perfil de rede social,
status de perfil em rede social, meme, figurinha, legenda, fóruns, compartilhamento, quadrinhos,
pintura, montagens, entre outros.
COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO
Ao escrever uma mensagem instantânea, temos a estrutura textual em mente: iniciamos com
uma pergunta sobre a pessoa (Oi, tudo bem?) e finalizamos com uma despedida (Beijos),
respeitando tipologias ou gêneros e níveis de linguagem. Esses novos gêneros têm influenciando
as práticas de leitura e escrita digitais, causando um grande impacto na comunicação e trazendo
dinamismo à comunicação digital.
Algumas das principais características do gênero digital são:
•Produção de textos mais curtos e diretos;
•Diálogo entre elementos verbais e não verbais;
•Uso de recursos audiovisuais;
• hipertextualidade;
•Abreviaturas;
• Linguagem interativa.
COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
A comunicação, o diálogo em si passam por uma mudança. As redes sociais estão repletas de
gêneros, sendo que o mais comum é o post. Este pode ser marcado por linguagem informal ou
formal, dependendo de seu objetivo, tendo, inclusive, alguns emoticons que compensam a ausência
da entonação e facilitam a comunicação verbal e nossa interação.
COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) trata a tecnologia como uma competência que deve
atravessar todo o currículo de forma a privilegiar as interações multimidiáticas e multimodais,
proporcionando uma intervenção social, de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos e resolvendo problemas.
A referência geral é que, em cada ano de ensino, o professor deve contemplar gêneros que lidam
com informação, opinião e apreciação, gêneros multissemióticos e hipermidiáticos, próprios da
cultura digital e das culturas juvenis. As formas também são diversas, como ações e funções que
podem fazer parte de atividades de uso e reflexão: curar, seguir/ser seguido, curtir, comentar,
compartilhar, remixar entre outros.
COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
FUNÇÃO DO GÊNERO DIGITAL
SENTIDOS
PROCESSO DE
COMPREENSÃO
MOBILIZAR E PRODUÇÃO REFLETIR
DIFERENTES PROJETOS
LINGUAGENS AUTORAIS
COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Com a nova configuração dos gêneros, teremos muitas mudanças, principalmente nos
livros didáticos, que estarão sofrendo alterações, para atender e mesclar a cultura juvenil
e incorporar os gêneros digitais, sem perder sua importância e essência na
aprendizagem.
Reunimos aqui alguns dos gêneros digitais para inspirar você no trabalho, em casa e até
na sala de aula.
Além de utilizar o computador, muitos gêneros podem ser produzidos com o auxilio de
celular e tablets.
COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Em 2016 a atriz global Glória Pires foi convidada a comentar a Festa do Oscar,
transmitida ao vivo para todo o Brasil. Os comentários da atriz, que demonstrava não
conhecer os indicados viralizaram na internet, logo ela se tornou um MEME.
PODCASTS – É como um programa de rádio, porém sua diferença e vantagem é o conteúdo
direcionado. Você pode ouvir o que quiser, na hora que bem entender. Basta acessar e clicar no Play
ou baixar o episódio. Você pode explorar esse gênero em diversas áreas do conhecimento, uma de
suas características, além de informar e servir de referência a repertórios socioculturais, é o de
colocar o estudante no centro do processo de aprendizagem quando ele gera conteúdos e cria seus
próprios podcasts.
CHATS – Um bate-papo em tempo real, conhecido pelas redes sociais. Um dos mais famosos é o
TweetChat, no qual é possível produzir minicontos ou emitir diversas opiniões, com um limite de
280 caracteres.
LIVE – é uma transmissão ao vivo de áudio e vídeo na Internet, geralmente feita por meio das
redes sociais. O Instagram, por exemplo, possui uma ferramenta que permite ao usuário fazer uma
transmissão de vídeo em tempo real para os seguidores, o que também é possível por aplicativos
como YouTube, Twitter, Facebook e TikTok. Usuários podem fazer comentários e deixar curtidas,
além de acompanhar as atividades dos demais espectadores.
FÓRUM – o fórum eletrônico se caracteriza por ser um espaço de debate de temas ou questões
polêmicas, exposição de opiniões, com apresentação de argumentos e contra-argumentos. A sua
dinâmica pode variar muito: pode ser público ou fechado; mediado ou não; pode referir-se a
temas específicos ou ser livre para que os usuários definam os temas. O importante é que haja
interação, diálogo entre os participantes, que um leia e considere a mensagem do outro ao
elaborar a sua. Tem uma estrutura bastante peculiar, sendo organizado por mensagens ou tópicos,
que podem ser comentados ou respondidos. É constituído por uma escrita mais coloquial, muitas
vezes com marcas de oralidade. A discussão é assíncrona, ou seja, os interlocutores não precisam
estar conectados ao mesmo tempo. As mensagens ficam armazenadas e podem ser lidas a
qualquer momento. Essa característica ao mesmo tempo que pode tornar a discussão menos
calorosa, entusiasmada, possibilita um maior tempo para reflexão e elaboração das mensagens. É
bastante utilizado em cursos EAD e por grupos virtuais.
PRATICANDO ENEM
A) criação de memes.
B) ampliação da blogosfera.
C) supremacia das ideias cibernéticas.
D) comercialização de pontos de vista.
E) banalização do comércio eletrônico.
03. A internet proporcionou o surgimento de novos paradigmas sociais e
impulsionou a modificação de outros já estabelecidos nas esferas da comunicação e
da informação. A principal consequência criticada na tirinha sobre esse processo é a
A) criação de memes.
B) ampliação da blogosfera.
C) supremacia das ideias cibernéticas.
D) comercialização de pontos de vista.
E) banalização do comércio eletrônico.
04. ENEM/2019
De vez em quando, nas redes sociais, a gente se pega compartilhando notícias falsas, fotos
modificadas, boatos de todo tipo. O problema é quando a matéria é falsa. E, pior ainda, se é
uma matéria falsa que não foi criada por motivos humorísticos ou literários (sim, considero
o “jornalismo ficcional” uma interessante forma de literatura), mas para prejudicar a
imagem de algum partido ou de algum político, não importa de que posição ou tendência.
Inventa-se uma arbitrariedade ou falcatrua, joga-se nas redes sociais e aguarda-se o
resultado. Nesse caso, a multiplicação da notícia falsa (que está sempre sujeita a ser
denunciada juridicamente como injúria, calúnia ou difamação) se dá em várias direções.
Antes de curtir, comentar ou compartilhar, procuro checar as fontes, ir aos links originais.
TAVARES, B.
10 anos de “hashtag”: a ferramenta que mobiliza a internet A “hashtag”, ícone das redes sociais,
celebrou em 2017 seus primeiros 10 anos de uso no acompanhamento dos grandes eventos mundiais
com um efeito de mobilização e expressão de emoção e humor. A palavra-chave precedida pelo
símbolo do jogo da velha foi popularizada pelo Twitter antes de ser incorporada por outras redes
sociais. A invenção foi de Chris Messina, designer americano especialista em redes sociais. Em 23 de
agosto de 2007, o usuário intensivo do Twitter propôs em um tuíte usar o jogo da velha para
reagrupar mensagens sobre um mesmo assunto.
Ele lançou, então, a primeira “hashtag” #barcamp sobre oficinas participativas dedicadas à inovação
na web. O compartilhamento das palavras-chaves — que já são citadas 125 milhões de vezes por dia
no mundo — já serviu de trampolim para mobilizações em massa. Alguns slogans que tiveram grande
efeito mobilizador foram o #BlackLivesMatter (Vidas negras importam), após a morte de vários
cidadãos americanos negros pela polícia, e #OccupyWallStreet (Ocupem Wall Street), referente ao
movimento que acampou no coração de Manhattan para denunciar os abusos do capitalismo. AFP.
Software livre é qualquer programa de computador construído de forma colaborativa, via internet,
por uma comunidade internacional de desenvolvedores independentes. São centenas de milhares
de hackers, que negam sua associação com os “violadores de segurança”. Esses desenvolvedores de
software se recusam a reconhecer o significado pejorativo do termo e continuam usando a palavra
hacker para indicar “alguém que ama programar e que gosta de ser hábil e engenhoso”. Além disso,
esses programas são entregues à comunidade com o código fonte aberto e disponível, permitindo
que a ideia original possa ser aperfeiçoada e devolvida novamente à comunidade. Nos programas
convencionais, o código de programação é secreto e de propriedade da empresa que o desenvolveu,
sendo quase impossível decifrar a programação. O que está em jogo é o controle da inovação
tecnológica. Software livre é uma questão de liberdade de expressão e não apenas uma relação
econômica. Hoje existem milhares de programas alternativos construídos dessa forma e uma
comunidade de usuários com milhões de membros no mundo. BRANCO, M. Software livre e
desenvolvimento social e económico. In: CASTELLS, M.; CARDOSO, G. (Org).
A sociedade em rede: do conhecimento à acção política. Lisboa: Imprensa Nacional, 2005
(adaptado).
A criação de softwares livres contribui para a produção do conhecimento na sociedade
porque
Expostos na web desde a gravidez Mais da metade das mães e um terço dos pais ouvidos em
uma pesquisa sobre compartilhamento paterno em mídias sociais discutem nas redes sociais
sobre a educação dos filhos. Muitos são pais e mães de primeira viagem, frutos da geração Y
(que nasceu junto com a internet) e usam esses canais para saberem que não estão sozinhos
na empreitada de educar uma criança. Há, contudo, um risco no modo como as pessoas estão
compartilhando essas experiências. É a chamada exposição parental exagerada, alertam os
pesquisadores. De acordo com os especialistas no assunto, se você compartilha uma foto ou
vídeo do seu filho pequeno fazendo algo ridículo, por achar engraçadinho, quando a criança
tiver seus 11, 12 anos, pode se sentir constrangida. A autoconsciência vem com a idade. A
exibição da privacidade dos filhos começa a assumir uma característica de linha do tempo e
eles não participaram da aprovação ou recusa quanto à veiculação desses conteúdos. Assim,
quando a criança cresce, sua privacidade pode já estar violada.