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HILDALENE REDAÇÃO CRÔNICA 17/06/2021

PINHEIRO ELEMENTOS ESTRUTURAIS


 TEMPO DE AULA: 30 MIN
 DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
 CONTEÚDO: CRÔNICA –ELEMENTOS ESTRUTURAIS
 EXPLANAÇÃO DO CONTEÚDO: AULA EXPOSITIVA E SLIDES

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VAI UMA MÃOZINHA?

O que você faria se ao passar de


carro encontrasse uma mulher
sozinha diante de um carro com o
pneu furado?

A) Ignorava e passava direto.


B) Avisava ao posto de polícia
mais próximo.
C) Oferecia-lhe uma carona até
um borracheiro.
D) Descia e prestava-lhe ajuda
trocando o pneu do carro para
ela.

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CRÔNICA : PNEU FURADO - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO
O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro,
olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonita. Tão bonita que
atrás parou outro carro e dele desceu uma homem dizendo: “Pode deixar”. Ele trocarei
o pneu.
      - Você tem macaco? – Perguntou o homem.
      - Não – Respondeu a moça.
      - Vamos usar o meu – disse o homem – Você tem estepe?
      - Não -disse a moça.
      - Vamos usar o meu – Disse o homem.
      E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça. Terminou no momento
em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca
aberta, vendo o ônibus se afastar. Dali a pouco chegou o dono do carro.
      - Puxa, você trocou o pneu do carro pra mim. Muito obrigado.
      - É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.
      - Coisa estranha.
      - É uma compulsão. Sei lá.
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Gênero Crônica
1. ORIGENS

Na CRÔNICA o tempo é o elemento principal.

O próprio nome remete ao deus grego CHRONUS, personagem


que ainda hoje habita o imaginário popular, sobrevivendo como
personagem de HQs, filmes e games.

CHRONUS significa TEMPO e tem várias derivações:


CRONÔMETRO, CRONOGRAMA, CRONOLOGIA E
CRÔNICA.

O TEMPO é o elemento principal da CRÔNICA porque narra


fatos recentes, corriqueiros e também porque restringe a história a
um período limitado de duração.

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2. APRESENTAÇÃO DO GÊNERO

A crônica apresenta como características principais:

 Textos curtos;
 Linguagem simples e coloquial;
 Episódios que retratam acontecimentos do cotidiano;
 Narrativa com toques de humor ou ironia;
 Poucos personagens;
 Tempo e espaço reduzidos.

O cronista observa a realidade e transforma as situações mais comuns em grandes


acontecimentos, convidando o leitor a perceber o mundo de maneira diferente como ele.

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3. FINALIDADE
A finalidade da crônica é contar/registrar um episódio e contá-lo de maneira leve,
rápida e até mesmo divertida.
O cronista tem a perspicácia de
captar a magia de um momento e
torna-lo eterno.
Não precisa ser um grande
acontecimento para se fazer uma
crônica, pelo contrário, são as
situações mais banais, aquelas do
dia a dia, que muitas vezes nos
passa despercebidas que se
tornam grandes crônicas.
As crônicas são publicadas em
jornais, revistas e em meios As Meninas é uma pintura de 1656 de Diego Velázquez.
eletrônicos.

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4. Elementos de uma crônica

Por ser um tipo de texto que transita entre jornalismo


e Literatura, a crônica torna-se muito realística.

Esse gênero circula há muito tempo, é um dos


livros da Bíblia e na Idade Média relatava feitos
da realeza e do clero.

Nos dias atuais estão mais próximas do


cotidiano das pessoas mais simples.

Assim como o conto, na crônica também tem que


constar os seguintes elementos:

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5. Os grandes cronistas da literatura brasileira

No Brasil, o gênero surgiu junto com a imprensa local, em meados do


século XIX, e teve Machado de Assis e José de Alencar como um dos
primeiros influenciadores desse tipo de texto.

Machado de Assis foi poeta, romancista,


contista e cronista. Machado de Assis fez da
crônica um instrumento para denunciar as
mazelas sociais de seu tempo, meados do
Século XIX, entre elas a escravidão.

Obras de sucesso:
Memórias Póstumas de Brás Cubas
Dom Casmurro

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1º. DE JANEIRO DE 1863. (trecho)
 
Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem
desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa,
festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito,
enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe
atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62!

Machado de Assis

Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/

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Lima Barreto, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Luís Fernando
Veríssimo, entre outros, são outros nomes que integram a grande lista dos maiores
cronistas da literatura brasileira.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
AVIÃO
-Paizinho, me conta uma história.
- Era uma vez um doido muito bacana chamado Avião.
- Avião, por quê?
- Ele vivia imitando barulho de avião. Assim: ãoãoão. E, com um braço, fazia
acrobáticas piruetas, como se fosse um de verdade.
- Que legal! Que mais ele fazia?
- Ah, gostava de distribuir brinquedos para as crianças.
- Um Papai-Noel?
- Sim, o mais bondoso e simpático que já existiu.
- Você ganhou presentes dele?
- Muitos. Ele andava com um jacá cheio de brinquedos. Quando apontava na quina
do Lindolfo Monteiro desembestávamos alegres para abraçá-lo. Recebia-nos
sempre com um sorriso enorme no rosto. Era o mais feliz de nós todos. (...)

(SOARES, Wellington. O Dia em que quase namorei a Xuxa, 2013)


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01. O texto lido é uma crônica porque

a) É um texto curto.
b) A linguagem é simples.
c) O tempo de duração da história é breve.
d) Todas as afirmativas estão corretas.

02. No texto que lemos e nas crônica de modo geral a história narrada é sempre

a) uma memória do passado.


b) um acontecimento comum do nosso cotidiano.
c) uma história triste.
d) o relato de histórias heroicas.

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03. Qual foi o acontecimento que gerou esta narrativa?

a) A morte de um herói.
b) As lembranças de um menino.
c) Um pai contando histórias para a filha.
d) Saudade da infância.

04. No trecho “Ele vivia imitando barulho de avião. Assim: ãoãoão. E, com um braço,
fazia acrobáticas piruetas, como se fosse um de verdade.” o narrador

a) Descreve um avião.
b) Imita o barulho de avião para divertir a filha.
c) Simula o barulho de um avião para a filha dormir.
d) Justifica a origem do nome do amigo de infância.

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Wellington Soares

Contista, cronista, agitador cultural e principalmente


professor. Natural de Teresina, suas crônicas
exploraram a beleza plástica da cidade, assuntos
políticos e sociais, assim como o cotidiano, a visão e
a linguagem de um simples cidadão teresinense.

Livros de sucesso
Por um Triz
O Dia em que quase Namorei a Xuxa

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ATÉ A
PRÓXIMA
AULA!

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