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VAI UMA MÃOZINHA?
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CRÔNICA : PNEU FURADO - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO
O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro,
olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonita. Tão bonita que
atrás parou outro carro e dele desceu uma homem dizendo: “Pode deixar”. Ele trocarei
o pneu.
- Você tem macaco? – Perguntou o homem.
- Não – Respondeu a moça.
- Vamos usar o meu – disse o homem – Você tem estepe?
- Não -disse a moça.
- Vamos usar o meu – Disse o homem.
E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça. Terminou no momento
em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca
aberta, vendo o ônibus se afastar. Dali a pouco chegou o dono do carro.
- Puxa, você trocou o pneu do carro pra mim. Muito obrigado.
- É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.
- Coisa estranha.
- É uma compulsão. Sei lá.
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Gênero Crônica
1. ORIGENS
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2. APRESENTAÇÃO DO GÊNERO
Textos curtos;
Linguagem simples e coloquial;
Episódios que retratam acontecimentos do cotidiano;
Narrativa com toques de humor ou ironia;
Poucos personagens;
Tempo e espaço reduzidos.
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3. FINALIDADE
A finalidade da crônica é contar/registrar um episódio e contá-lo de maneira leve,
rápida e até mesmo divertida.
O cronista tem a perspicácia de
captar a magia de um momento e
torna-lo eterno.
Não precisa ser um grande
acontecimento para se fazer uma
crônica, pelo contrário, são as
situações mais banais, aquelas do
dia a dia, que muitas vezes nos
passa despercebidas que se
tornam grandes crônicas.
As crônicas são publicadas em
jornais, revistas e em meios As Meninas é uma pintura de 1656 de Diego Velázquez.
eletrônicos.
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4. Elementos de uma crônica
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5. Os grandes cronistas da literatura brasileira
Obras de sucesso:
Memórias Póstumas de Brás Cubas
Dom Casmurro
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1º. DE JANEIRO DE 1863. (trecho)
Abre-se o ano de 63. Com ele se renovam esperanças, com ele se fortalecem
desanimados. Reunida à família em torno da mesa, hoje mais galharda e profusa,
festeja o ano que alvoroce, de rosto alegre e desafogado coração. 62, decrépito,
enrugado, quebrantado e mal visto, rói a um canto o pão negro do desgosto que lhe
atiram tantas esperanças malogradas, tantas confianças iludidas. Pobre ano de 62!
Machado de Assis
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Lima Barreto, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Luís Fernando
Veríssimo, entre outros, são outros nomes que integram a grande lista dos maiores
cronistas da literatura brasileira.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
AVIÃO
-Paizinho, me conta uma história.
- Era uma vez um doido muito bacana chamado Avião.
- Avião, por quê?
- Ele vivia imitando barulho de avião. Assim: ãoãoão. E, com um braço, fazia
acrobáticas piruetas, como se fosse um de verdade.
- Que legal! Que mais ele fazia?
- Ah, gostava de distribuir brinquedos para as crianças.
- Um Papai-Noel?
- Sim, o mais bondoso e simpático que já existiu.
- Você ganhou presentes dele?
- Muitos. Ele andava com um jacá cheio de brinquedos. Quando apontava na quina
do Lindolfo Monteiro desembestávamos alegres para abraçá-lo. Recebia-nos
sempre com um sorriso enorme no rosto. Era o mais feliz de nós todos. (...)
a) É um texto curto.
b) A linguagem é simples.
c) O tempo de duração da história é breve.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
02. No texto que lemos e nas crônica de modo geral a história narrada é sempre
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03. Qual foi o acontecimento que gerou esta narrativa?
a) A morte de um herói.
b) As lembranças de um menino.
c) Um pai contando histórias para a filha.
d) Saudade da infância.
04. No trecho “Ele vivia imitando barulho de avião. Assim: ãoãoão. E, com um braço,
fazia acrobáticas piruetas, como se fosse um de verdade.” o narrador
a) Descreve um avião.
b) Imita o barulho de avião para divertir a filha.
c) Simula o barulho de um avião para a filha dormir.
d) Justifica a origem do nome do amigo de infância.
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Wellington Soares
Livros de sucesso
Por um Triz
O Dia em que quase Namorei a Xuxa
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ATÉ A
PRÓXIMA
AULA!
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