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Disponível em: <https://brainly.com.br/tarefa/13194242>.
"A pontuação marca na escrita as diferenças de entonação, contribuindo para tornar mais preciso o sentido que se quer dar ao
texto."
(CEREJA & MAGALHÃES, 2013, p. 314).
Nos dois primeiros balões da tirinha acima, a vírgula foi empregada para isolar o vocativo,
PORQUE
ele (o vocativo) é o termo da oração que se refere a um substantivo para explicá-lo, ampliá-lo ou identificá-lo.
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[...] Mas a ciência tem o inefável dom de curar todas as mágoas; o nosso médico mergulhou inteiramente no estudo e na prática
da medicina. Foi então que um dos recantos desta lhe chamou especialmente a atenção, – o recanto psíquico, o exame de
patologia cerebral. Não havia na colônia, e ainda no reino, uma só autoridade em semelhante matéria, mal explorada, ou quase
inexplorada. [...]
– Do verdadeiro médico, emendou Crispim Soares, boticário da vila, e um dos seus amigos e comensais.
A vereança de Itaguaí, entre outros pecados de que é arguida pelos cronistas, tinha o de não fazer caso dos dementes. Assim é
que cada louco furioso era trancado em uma alcova, na própria casa [...]; os mansos andavam à solta pela rua. Simão Bacamarte
entendeu desde logo reformar tão ruim costume; pediu licença à Câmara para agasalhar e tratar no edifício que ia construir todos
os loucos de Itaguaí. [...] A ideia de meter os loucos na mesma casa, vivendo em comum, pareceu em si mesma sintoma de
demência e não faltou quem o insinuasse à própria mulher do médico.
– Olhe, D. Evarista, disse-lhe o Padre Lopes, vigário do lugar, veja se seu marido dá um passeio ao Rio de Janeiro. Isso de estudar
sempre, sempre, não é bom, vira o juízo.
[...] Uma vez empossado da licença começou logo a construir a casa. Era na Rua Nova, a mais bela rua de Itaguaí naquele tempo,
tinha cinquenta janelas por lado, um pátio no centro, e numerosos cubículos para os hóspedes.[...] A Casa Verde foi o nome dado
ao asilo, por alusão à cor das janelas, que pela primeira vez apareciam verdes em Itaguaí. Inaugurou-se com imensa pompa; de
todas as vilas e povoações próximas, e até remotas, e da própria cidade do Rio de Janeiro, correu gente para assistir às
cerimônias, que duraram sete dias. Muitos dementes já estavam recolhidos; e os parentes tiveram ocasião de ver o carinho
paternal e a caridade cristã com que eles iam ser tratados. [...] Itaguaí tinha finalmente uma casa de orates.
Fonte:http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000012.pdfoalienistaacessoem02/12/2019
Observe: “— Olhe, D. Evarista, disse-lhe o Padre Lopes, vigário do lugar, veja se seu marido dá um passeio ao Rio de Janeiro. Isso
de estudar sempre, sempre, não é bom, vira o juízo”. No enunciado anterior, a vírgula foi empregada diversas vezes. Sobre as
regras utilizadas, assinale a alternativa correta.
a) A expressão “disse-lhe o Padre Lopes” está entre vírgulas porque é obrigatório este uso para separar vocativos.
b) A expressão “vigário do lugar” está entre vírgulas porque é obrigatório este uso para separar vocativos.
c) A expressão “D. Evarista” está entre vírgulas porque é obrigatório este uso para separar vocativos.
d) A expressão “não é bom” está entre vírgulas porque é obrigatório este uso para separar orações subordinadas adjetivas
negativas.
e) O vocábulo “sempre” está entre vírgulas porque é obrigatório este uso para separar complementos nominais.
Gabarito: C Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1272049
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ocasional de algo pode ser apenas circunstancial. Porém, se os problemas de memória afetam a sua qualidade de vida, aí sim é o
momento de se consultar com um neurologista.
As causas específicas da DA ainda não são totalmente estabelecidas. Uma explicação bem aceita para o desenvolvimento da DA
consiste no acúmulo substancial do peptídeo beta-amiloide (Aβ) no cérebro de pacientes, o que prejudica o funcionamento dos
neurônios e de outras células cerebrais, danificando a memória. A ação do Aβ também pode gerar outros eventos tóxicos para o
cérebro que levam a outros sintomas da doença, como ansiedade, depressão e apatia. Além disso, a progressão do Alzheimer leva
a novos sintomas, como distúrbios de sono, agitação e dificuldades motoras.
Como não existe detecção da DA antes do surgimento dos sintomas, os níveis aumentados de Aβ só haviam sido observados em
pacientes que já apresentavam perda de memória. Avanços importantes têm sido alcançados recentemente com o
desenvolvimento de técnicas que permitem detectar pequenas variações nos níveis de Aβ no líquor (fluido que banha nosso
cérebro e nossa medula espinhal) e no sangue em pacientes com risco de desenvolver a doença. Esses testes ainda não estão
disponíveis em hospitais, mas a perspectiva é que eles estejam acessíveis dentro de uma década.
Essas observações também indicam que marcadores cerebrais e bioquímicos da DA poderiam ser identificados décadas antes do
aparecimento dos sintomas clínicos. Isso gera a perspectiva de que potenciais intervenções profiláticas e/ou terapêuticas possam
ser empregadas em pacientes que apresentam indicativos bioquímicos ou moleculares de DA antes do estabelecimento clínico da
doença. A identificação sistemática desses marcadores poderá contribuir não apenas para o entendimento da progressão, mas
também para o desenvolvimento de terapias eficientes no futuro.
A DA é uma doença progressiva que afeta primariamente algumas regiões do cérebro, como o hipocampo. O hipocampo é
fortemente associado à formação e manutenção de memórias no cérebro, e seu funcionamento alterado parece, portanto, levar à
perda de memórias em pacientes com Alzheimer. No entanto, há um rápido acometimento de outras regiões do cérebro, incluindo
os córtices pré-frontal e temporal, o que ajuda a explicar os sintomas clínicos da doença.
(...)
Muitos testes clínicos têm sido feitos em pacientes de diferentes condições neurodegenerativas. Esses estudos têm se
concentrado em duas estratégias: o desenvolvimento de novas drogas com alvos específicos e o emprego de medicamentos já
aprovados para tratar outras doenças. Infelizmente, muitos dos fármacos testados em pacientes têm apresentado resultados
negativos, mas há boas razões para se animar e ter esperança.
No caso da DA, muito esforço tem sido feito em desenvolver anticorpos que bloqueiem a ação do peptídeo Aβ. O insucesso clínico
dessa abordagem possivelmente se deve ao fato de que o tratamento comece tarde demais, apenas quando o quadro de mau
funcionamento cerebral já está estabelecido e os pacientes já apresentam sintomas clínicos.
Contudo, vários resultados também sugerem que estamos progredindo em entender e tratar melhor as doenças
neurodegenerativas. Por exemplo, um novo composto se mostrou eficaz em reduzir os níveis de um marcador da doença de
Huntington. No caso de pacientes com Parkinson, terapias ainda em avaliação sugerem que a estimulação elétrica controlada de
algumas regiões do cérebro dos pacientes pode diminuir os sintomas de tremores e de falta de coordenação motora.
Ainda não dispomos de uma medicação que interrompa ou reverta o quadro neurodegenerativo de pacientes com DA ou outras
formas de demência. Isso certamente causa uma aflição nos familiares dos pacientes ao verem aquele quadro evoluir sem que
muito possa ser feito. No entanto, é bastante importante que a qualidade de vida dos pacientes seja preservada na medida do
possível.
Uma informação interessante é que a musicoterapia – exposição controlada e estímulo dos pacientes a músicas que lhe são
prazerosas – tem claros efeitos positivos em sintomas de agitação, confusão mental e bem-estar geral. A música ativa circuitos
cerebrais bastante complexos relacionados às emoções e pode, de fato, fazer bem.
Por fim, há de se ressaltar o cuidado que se deve ter com falsas promessas de reversão ou cura da DA ou de outras condições
neurodegenerativas. Terapias milagrosas com pílulas ou cirurgias, mesmo que aplicadas por médicos, ainda não têm validade
clínica e não há comprovação científica alguma de que funcionam. A comprovação científica é realmente necessária para mostrar
que os medicamentos têm a ação esperada e que não prejudicam mais ainda o já debilitado paciente.
Ainda há muitos mares a serem navegados na compreensão das doenças neurodegenerativas, mas o público em geral pode nos
ajudar dando seu suporte e apoiando, sempre que possível, iniciativas de pesquisa nessa área.
(Mychael V. Lourenço.
Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Matéria publicada em 10/6/19. Disponível em: cienciahoje.org.br)
Mas não há motivo de preocupação se você é jovem ainda: o aparecimento da DA só é comum a partir dos 65 anos, e o
esquecimento ocasional de algo pode ser apenas circunstancial.
No excerto acima, o trecho após os dois-pontos tem papel de
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a) enumeração.
b) explicitação.
c) exemplificação.
d) explicação.
e) exceção.
Gabarito: D Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1297626
Isso tudo serve para mostrar que bondade e religião não são a mesma coisa. Como mostrado acima, a religião pode incentivar a
maldade, a crueldade justamente em nome da bondade. Talvez seja esse o sentido do famoso ditado popular: “De boa intenção o
inferno está cheio”. Os inquisidores medievais, por exemplo, não deveriam inquirir um “herege” querendo destruí-lo, mas só
poderiam abordá-lo com misericórdia no coração. Aliás, deve-se lembrar que o tribunal da inquisição católica (também existiu
inquisição protestante) era conhecido como “tribunal da misericórdia”. Quando o corpo de um herege queimava nas chamas por
ordem do “braço secular”, que efetivamente enviava para o fogo aqueles e aquelas que a Igreja anteriormente havia julgado e
condenado, os padres que participavam do processo deveriam ter o coração repleto de amor, pois estavam orando pela
misericórdia divina e pela salvação de suas almas.
De fato, religião e bondade não são a mesma coisa. Mas, por que é assim? Por que discursos tão cheios de reverência ao sagrado,
ao ser humano e à natureza muitas vezes produzem genocídio, ódio à diferença, ressentimento e práticas de exclusão? Qual a
diferença da religião na vida de São Francisco de Assis para a religião (a mesma, diga-se de passagem) na vida dos inquisidores?
Todas essas questões dependem diretamente do que chamamos de bondade. É a bondade que nos permite entender por que ora
a religião condiciona práticas de destruição, ora a mesma religião pode possibilitar a bondade profunda das pessoas. Por isso,
devemos perguntar: quando exercemos a bondade?
O que entendemos por bondade não possui qualquer traço individualista. É claro que muitas vezes falamos que alguém é bom
individualmente, quando, por exemplo, possui um bom desempenho em um esporte coletivo ou mesmo individual. Falamos que
alguém é um bom corredor e assim o dizemos pensando no indivíduo, que compete com os outros e os vence em uma
competição. Portanto, é possível falar que alguém é bom justamente porque derrota os outros. Mas há uma outra bondade que
não se refere à competitividade e nem pode gerar qualquer perspectiva individualista. Trata-se da bondade que se expressa nas
relações de cooperação e solidariedade com os outros. Nessa bondade, o indivíduo é tanto melhor, quanto mais consegue
fortalecer o outro. Por isso, nesse sentido, a bondade só existe quando o indivíduo se coloca como fonte de favorecimento da vida
do outro. Em outras palavras, alteridade e bondade são termos que se interpenetram de ponta a ponta.
Toda a questão recai em saber o que significa a alteridade, o outro, que é o alvo da minha bondade. Ser outro não é ser alguém
que eu não sou. Ser outro é ser irredutível a mim, é ser o radicalmente diferente, o que jamais pode ser assimilado ao meu modo
de pensar, sentir e querer. Por isso, quando me relaciono com o outro, me relaciono com o inadequado, com o indizível, com
aquele ou aquela que jamais pode ser enquadrado nos limites do meu conhecimento ou mesmo dos meus sentimentos.
Relacionar-se com o outro é abrir mão de formas narcisistas de viver. Em outros termos, só nos relacionamos com o outro quando
nos abrimos àquele ou àquela que jamais se identifica comigo por inteiro. Isso é extremamente difícil.
Quase sempre não nos relacionamos com o outro, mas com o que o outro pensa, com a cor da pele do outro, com a profissão
que desempenha, com o time de futebol de alguém, com as crenças religiosas que ele ou ela tem. Quando rotulamos alguém,
quando o enquadramos nos referenciais de nossa religião, quando o reduzimos à nossa moralidade, então, não mais nos
relacionamos com o outro, mas com um objeto que pode ser usado, manipulado e, por vezes, descartado. Por isso, onde usamos
e funcionalizamos alguém, matamos sua alteridade, destruímos seu modo de ser outro. Onde o outro aparece, relações gratuitas
se estabelecem. (...)
Por vezes, a religião é um espaço de potencialização da bondade; outras vezes, é o contrário que acontece. Isso, talvez, nos
possibilite pensar em um termômetro para a religiosidade humana: quanto mais uma religião me favorece a me abrir ao outro
para fortalecer o seu caminho, melhor ela é. Quanto mais ela me fecha em mim mesmo, promovendo a ditadura do individualismo
e do egocentrismo, por mais que fale de Deus, de amor ou de qualquer outra realidade sagrada, pior ela é.
Em outras palavras, a qualidade da experiência religiosa pode ser medida pela sua capacidade de promover a bondade humana.
Foi exatamente isso que Dalai Lama falou para o teólogo brasileiro Leonardo Boff, no intervalo de um encontro promovido pela
ONU, após ser perguntado por este qual seria a melhor religião. Sua resposta foi: “Aquela que te faz melhor”. Para explicar sua
resposta, continuou: “Aquela que te faz mais compassivo é a melhor religião”. Não seria o mesmo que afirmar que a melhor
religião é aquela que faz alguém mais bondoso? Se for assim, então, todos os ritos, mitos, dogmas, conceitos de Deus etc. só têm
sentido se tornam o ser humano mais capaz de fortalecer outros humanos (sem contar a natureza como um todo). Por isso,
quando a religião fortalece a maldade humana, melhor é abandoná-la para ficar com a bondade humana, pois é esta que nos
permite entender a grandeza de qualquer divindade: ser capaz de tornar os seres humanos mais humanizados.
(Alexandre Marques Cabral. Departamento de Filosofia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Ciência Hoje, texto publicado em 12/9/2019. Disponível em cienciahoje.org.br)
Após querer ser um cruzado, sonho comum a muitos jovens de seu tempo, Francisco conheceu uma tradução da Bíblia, quando
estivera preso por causa de sua participação em um combate em Perúgia, na Itália.
Assinale a alternativa em que ocorra pontuação igualmente correta para o período acima.
a) Após querer ser um cruzado – sonho comum a muitos jovens de seu tempo, Francisco conheceu uma tradução da Bíblia
quando estivera preso, por causa de sua participação em um combate, em Perúgia, na Itália.
b) Após querer ser um cruzado, sonho comum a muitos jovens de seu tempo, Francisco conheceu uma tradução, da Bíblia,
quando estivera preso, por causa de sua participação em um combate, em Perúgia na Itália.
c) Após querer ser um cruzado, sonho comum a muitos jovens de seu tempo – Francisco conheceu uma tradução da Bíblia,
quando estivera preso, por causa de sua participação em um combate em Perúgia na Itália.
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d) Após querer ser um cruzado – sonho comum a muitos jovens de seu tempo –, Francisco conheceu uma tradução da Bíblia
quando estivera preso por causa de sua participação em um combate em Perúgia, na Itália.
e) Após querer ser um cruzado –, sonho comum a muitos jovens de seu tempo –, Francisco conheceu uma tradução da Bíblia,
quando estivera preso, por causa de sua participação em um combate, em Perúgia na Itália.
Gabarito: D Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1300683
Isso tudo serve para mostrar que bondade e religião não são a mesma coisa. Como mostrado acima, a religião pode incentivar a
maldade, a crueldade justamente em nome da bondade. Talvez seja esse o sentido do famoso ditado popular: “De boa intenção o
inferno está cheio”. Os inquisidores medievais, por exemplo, não deveriam inquirir um “herege” querendo destruí-lo, mas só
poderiam abordá-lo com misericórdia no coração. Aliás, deve-se lembrar que o tribunal da inquisição católica (também existiu
inquisição protestante) era conhecido como “tribunal da misericórdia”. Quando o corpo de um herege queimava nas chamas por
ordem do “braço secular”, que efetivamente enviava para o fogo aqueles e aquelas que a Igreja anteriormente havia julgado e
condenado, os padres que participavam do processo deveriam ter o coração repleto de amor, pois estavam orando pela
misericórdia divina e pela salvação de suas almas.
De fato, religião e bondade não são a mesma coisa. Mas, por que é assim? Por que discursos tão cheios de reverência ao sagrado,
ao ser humano e à natureza muitas vezes produzem genocídio, ódio à diferença, ressentimento e práticas de exclusão? Qual a
diferença da religião na vida de São Francisco de Assis para a religião (a mesma, diga-se de passagem) na vida dos inquisidores?
Todas essas questões dependem diretamente do que chamamos de bondade. É a bondade que nos permite entender por que ora
a religião condiciona práticas de destruição, ora a mesma religião pode possibilitar a bondade profunda das pessoas. Por isso,
devemos perguntar: quando exercemos a bondade?
O que entendemos por bondade não possui qualquer traço individualista. É claro que muitas vezes falamos que alguém é bom
individualmente, quando, por exemplo, possui um bom desempenho em um esporte coletivo ou mesmo individual. Falamos que
alguém é um bom corredor e assim o dizemos pensando no indivíduo, que compete com os outros e os vence em uma
competição. Portanto, é possível falar que alguém é bom justamente porque derrota os outros. Mas há uma outra bondade que
não se refere à competitividade e nem pode gerar qualquer perspectiva individualista. Trata-se da bondade que se expressa nas
relações de cooperação e solidariedade com os outros. Nessa bondade, o indivíduo é tanto melhor, quanto mais consegue
fortalecer o outro. Por isso, nesse sentido, a bondade só existe quando o indivíduo se coloca como fonte de favorecimento da vida
do outro. Em outras palavras, alteridade e bondade são termos que se interpenetram de ponta a ponta.
Toda a questão recai em saber o que significa a alteridade, o outro, que é o alvo da minha bondade. Ser outro não é ser alguém
que eu não sou. Ser outro é ser irredutível a mim, é ser o radicalmente diferente, o que jamais pode ser assimilado ao meu modo
de pensar, sentir e querer. Por isso, quando me relaciono com o outro, me relaciono com o inadequado, com o indizível, com
aquele ou aquela que jamais pode ser enquadrado nos limites do meu conhecimento ou mesmo dos meus sentimentos.
Relacionar-se com o outro é abrir mão de formas narcisistas de viver. Em outros termos, só nos relacionamos com o outro quando
nos abrimos àquele ou àquela que jamais se identifica comigo por inteiro. Isso é extremamente difícil.
Quase sempre não nos relacionamos com o outro, mas com o que o outro pensa, com a cor da pele do outro, com a profissão
que desempenha, com o time de futebol de alguém, com as crenças religiosas que ele ou ela tem. Quando rotulamos alguém,
quando o enquadramos nos referenciais de nossa religião, quando o reduzimos à nossa moralidade, então, não mais nos
relacionamos com o outro, mas com um objeto que pode ser usado, manipulado e, por vezes, descartado. Por isso, onde usamos
e funcionalizamos alguém, matamos sua alteridade, destruímos seu modo de ser outro. Onde o outro aparece, relações gratuitas
se estabelecem. (...)
Por vezes, a religião é um espaço de potencialização da bondade; outras vezes, é o contrário que acontece. Isso, talvez, nos
possibilite pensar em um termômetro para a religiosidade humana: quanto mais uma religião me favorece a me abrir ao outro
para fortalecer o seu caminho, melhor ela é. Quanto mais ela me fecha em mim mesmo, promovendo a ditadura do individualismo
e do egocentrismo, por mais que fale de Deus, de amor ou de qualquer outra realidade sagrada, pior ela é.
Em outras palavras, a qualidade da experiência religiosa pode ser medida pela sua capacidade de promover a bondade humana.
Foi exatamente isso que Dalai Lama falou para o teólogo brasileiro Leonardo Boff, no intervalo de um encontro promovido pela
ONU, após ser perguntado por este qual seria a melhor religião. Sua resposta foi: “Aquela que te faz melhor”. Para explicar sua
resposta, continuou: “Aquela que te faz mais compassivo é a melhor religião”. Não seria o mesmo que afirmar que a melhor
religião é aquela que faz alguém mais bondoso? Se for assim, então, todos os ritos, mitos, dogmas, conceitos de Deus etc. só têm
sentido se tornam o ser humano mais capaz de fortalecer outros humanos (sem contar a natureza como um todo). Por isso,
quando a religião fortalece a maldade humana, melhor é abandoná-la para ficar com a bondade humana, pois é esta que nos
permite entender a grandeza de qualquer divindade: ser capaz de tornar os seres humanos mais humanizados.
(Alexandre Marques Cabral. Departamento de Filosofia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Ciência Hoje, texto publicado em 12/9/2019. Disponível em cienciahoje.org.br)
Isso, talvez, nos possibilite pensar em um termômetro para a religiosidade humana: quanto mais uma religião me favorece a me
abrir ao outro para fortalecer o seu caminho, melhor ela é.
O segmento após os dois-pontos, no período acima, em relação ao segmento anterior, exerce papel de
a) explicação.
b) explicitação.
c) exemplificação.
d) enumeração.
e) exceção.
Gabarito: B Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1300698
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16/03/2023, 22:03 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
(Marina Colasanti)
Hoje também dia de feira (não é um dado pessoal, faz parte).
O trecho entre parênteses se justifica por estar apresentado dessa forma.
A esse respeito, analise as afirmativas a seguir:
I. A opção do conteúdo entre parênteses se dá por ser uma interferência da autora na narrativa, atribuindo-lhe caráter
extratextual.
II. Se o trecho viesse entre travessões, garantiria sua natureza extratextual, mas não entre parênteses.
III. O trecho mantém o nível textual; o motivo de vir entre parênteses é porque se trata de comentário da autora.
Assinale
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas a afirmativa II estiver correta.
c) se apenas a afirmativa III estiver correta.
d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
Gabarito: A Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1301446
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16/03/2023, 22:03 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
– Quer dizer que as pessoas têm que se comportar como se todo cidadão fosse ladrão?! – respondo – Sinto muito, não concordo.
– A senhora ainda foi se meter... tava se arriscando.
– Prefiro me arriscar, que assistir calada. De tanta gente que passou, ninguém fez nada.
O sinal abriu, avançamos ainda próximas rumo ao outro lado. Ela aponta para a cabine da polícia.
– E bem na cara da polícia – diz, já se afastando.
Um fato de nada, que não é de nada e que me trava a garganta.
Homens não usam canga. O ladrãozinho roubou, portanto, um objeto que não pode usar. Certamente não espera vender uma
canga velha, escura e usada. Roubou, pois, uma coisa que não lhe dará dinheiro. Então, roubou por quê? Porque roubar tornou-
se um hábito nacional. Porque a canga "estava dando mole", como disse a mulher. Porque era alguma coisa – não importa o quê
– desassistida, sem proteção de vigilante ou de arame farpado, sem cerca eletrificada, sem cão de guarda feroz, sem alarme.
Alguma coisa que se podia tomar de alguém, sem risco. O jovem ladrão testou antes. Tocou a canga na passagem, pronto a
correr se fosse necessário. Ainda deu dois passos, nenhuma voz de dono fez-se ouvir, ele voltou. Só o dono reagiria, e por
impulso irrefreável. Os outros estão sendo diariamente doutrinados para não ver e não ouvir, para não correr riscos, porque o
risco é inútil.
Em dia de semana, aquele rapaz não estava
trabalhando, não estava estudando. Estava dando os
primeiros passos na sua futura profissão.
(Marina Colasanti)
Ponhamos agora na cena uma bicicleta velha, presa com corrente no poste. E no quidom da bicicleta, um pano escuro torcido e
amarrado.
A presença da vírgula no segundo período se justifica por
a) se tratar de termo deslocado no período.
b) constituir termos sequenciais de mesma natureza sintática.
c) necessidade de paralelismo com o período anterior.
d) se tratar de caso de elipse ou zeugma.
e) evitar questões de ambiguidade.
Gabarito: D Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1301449
A "sociedade do espetáculo" mostrou seu caráter de sensacionalidade. [ ... ] Hoje, não somos mais apenas regidos por imagens,
mas verdadeiramente dominados em nosso corpo, por meio de sensações que nos atingem de fora para dentro. [ ... ]
O capitalismo descobriu o mundo da sensação e passou a reger a vida em sociedade, por meio da administração dos sentidos, de
táticas de excitação. Vivemos, como ratos de laboratório, frangos criados sob lâmpadas(A), excitados pelo cinema e pela televisão
que nos capturam e acomodam ao seu sistema. Em termos bem simples, vivemos ansiosos, nervosos, [ ... ] e, sobretudo, loucos
por emoções. Nas telas de celular, cultuamos a comunicação vazia, vivemos a emissão de expressão deturpada. Viciados em
telinhas à mão, coisa que aprendemos com as grandes telas de cinema e televisão, sem consciência de que a excitação cura a
excitação. A substância que nos tira a paz é a mesma que nos traz a paz, como nos ensina qualquer vício. Estresse digital será a
doença do futuro.
A "sociedade fissurada", em sentido filosófico, se define pela relação com o absoluto que se dá tanto por meio das drogas como
substâncias físicas, quanto com Deus e outras ideias que se apresentam como substâncias metafísicas. Nesse contexto, estamos
todos "chapados" porque, se estamos fissurados, isso quer dizer que, se havia algo, ele escapa pela fissura. Não temos como
"reter" alguma coisa; por exemplo, nosso eu. Chapados, somos uma superficie plana quando antes éramos um organismo com
alguma coisa dentro, quem sabe a alma.
O preconceito tem a estrutura de nossa relação com a substância, dependemos dele, ficamos como que viciados em ideias e
discursos prontos que não passam pelo crivo da reflexão. Repetimos compulsivamente ideias prontas como quem busca o
incomparável prazer da primeira vez. O prazer da linguagem que, desacompanhado de pensamento, não existe. Caímos no uso
abusivo da linguagem como se ela não gerasse comprometimentos e responsabilidades. [ ... ]
Como um grande platô por onde tudo escorrega, a sociedade atual tem um caráter chapado reproduzido em seus indivíduos. As
"platitudes" fazem sucesso como mercadoria e serviços:(C) da autoajuda às músicas(D) e filmes da indústria cultural que nada
dizem, todos estão apaixonados, emocionados ,com clichês. O procedimento de copy-paste é o que comanda o mundo da
linguagem sem ideias que sustenta as redes sociais e a televisão. O sujeito da sociedade chapada é sem fundo e sem relevo, sem
dobras nem reentrâncias. Um sujeito do "irrelevante" transformado em capital. A intimidade, a interioridade, a alma, que
dependiam da ideia de profundidade, tornaram-se assuntos caducos. Só o estilo, o fashion, o cool definem seu sentido.
Desatentos a esses acontecimentos, nos tornamos escorregadios. Deixamos para trás o caráter que, na era anterior, foi forjado a
duras penas(E).
O consumismo torna-se o padrão de toda ação, até dos atos de fala. A reprodutibilidade sem fim de pensamentos vazios, de
emoções e ações cuja função é apenas perpetuar o sistema, tudo o que possa evitar o questionamento - ele mesmo um
perfurador de superfícies é o que nos resta.(B)
TIBURI, Mareia. Chapados: sobre o uso abusivo da linguagem.
Disponível em <https://revistacult.uol.com.br/>. Acesso em 05 nov. 2018. Com adaptações.
Fissura - 1. pequena abertura longitudinal em fenda, rachadura, sulco. 2. Ter grande apego ou paixão por; ficar apaixonado por.
copy-paste - copiar e colar.
coo/ - legal, bacana.
Platô - 1 - Palco de um teatro. 2 - Estúdio de cinema ou de televisão. 3 - Planalto.
Assinale a opção em que o comentário sobre o uso do sinal de pontuação está adequado ao contexto.
a) "Vivemos, como ratos de laboratório, frangos criados sob lâmpadas[ ... ]." - As virgulas separam o aposto.
b) "[ ... ] o questionamento - ele mesmo um perfurador de superfícies - é o que [ ... ]." - Os travessões indicam a mudança
de interlocutor.
c) "As 'platitudes' fazem sucesso como mercadoria e serviços [ ... ]." - As aspas, no termo destacado, foram usadas para
indicar uma citação.
d) "[ ... ] fazem sucesso como mercadoria e serviços: da autoajuda às músicas[ ... ]." - Os dois pontos anunciam uma
citação.
e) "Deixamos para trás o caráter que, na era anterior, foi forjado a duras penas."- As virgulas separam termos deslocados de
sua posição tradicional na frase.
Gabarito: E Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1363523
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16/03/2023, 22:03 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
(Mort Walker. Recruta Zero. O Estado de S.Paulo, 07.07.2019. https://img.estadao.com.br)
A frase do primeiro quadrinho estará pontuada corretamente com a seguinte expressão entre vírgulas:
a) disse que se não olharmos
b) que se não olharmos
c) se não olharmos pra baixo
d) pra baixo não
e) não ficaremos
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Em 2015, um vídeo perturbador de uma tartaruga marinha oliva sofrendo com um canudo plástico preso em sua narina viralizou,
mudando a atitude de muitos espectadores quanto ao utensílio plástico tão conveniente para muitos.
Mas, como pode o canudo plástico, um item insignificante utilizado brevemente antes de ser descartado, causar tanto estrago?
Primeiramente, ele consegue chegar facilmente aos oceanos devido a sua leveza. Ao chegar lá, o canudo não se decompõe. Pelo
contrário, ele se fragmenta lentamente em pedaços cada vez menores, conhecidos como microplásticos, que são frequentemente
confundidos com comida pelos
animais marinhos.
E, em segundo lugar, ele não pode ser reciclado. “Infelizmente, a maioria dos canudos plásticos são leves demais para os
separadores manuais de reciclagem, indo parar em aterros sanitários, cursos d’água e, por fim, nos oceanos”, explica Dune Ives,
diretor executivo da organização Lonely Whale. A ONG viabilizou uma campanha de marketing de sucesso chamada “Strawless in
Seattle” (ou “Sem Canudos em Seattle”) em apoio à iniciativa “Strawless Ocean” (ou “Oceanos Sem Canudos”).
Nos Estados Unidos, milhões de canudos de plástico são descartados todos os dias. No Reino Unido, estima-se que pelo menos
4,4 bilhões de canudos sejam jogados fora anualmente. Hotéis são alguns dos piores infratores: o Hilton Waikoloa Village, que se
tornou o primeiro resort na ilha do Havaí a banir os canudos plásticos no início deste ano, utilizou mais de 800 mil canudos em
2017.
Mas é claro que os canudos são apenas parte da quantidade monumental de resíduos que vão parar em nossos oceanos. “Nos
últimos 10 anos, produzimos mais plástico do que em todo o século passado e 50% do plástico que utilizamos é de uso único e
descartado imediatamente”, diz Tessa Hempson, gerente de operações do Oceans Without Borders, uma nova fundação da
empresa de safáris de luxo & Beyond. “Um milhão de aves marinhas e 100 mil mamíferos marinhos são mortos anualmente pelo
plástico nos oceanos. 44% de todas as espécies de aves marinhas, 22% das baleias e golfinhos, todas as espécies de tartarugas,
e uma lista crescente de espécies de peixes já foram documentados com plástico dentro ou em volta de seus corpos”.
Mas, agora, o próprio canudo plástico começou a finalmente se tornar uma espécie ameaçada, com algumas cidades nos Estados
Unidos (Seattle, em Washington; Miami Beach e Fort Myers Beach, na Flórida; e Malibu, Davis e San Luis Obispo, na Califórnia)
banindo seu uso, além de outros países que limitam itens de plástico descartável, o que inclui os canudos. Belize, Taiwan e
Inglaterra estão entre os mais recentes países a proporem a proibição.
Mesmo ações individuais podem causar um impacto significativo no meio ambiente e influenciar a indústria: a proibição em uma
única rede de hotéis remove milhões de canudos em um único ano. As redes Anantara e AVANI estimam que seus hotéis tenham
utilizado 2,49 milhões de canudos na Ásia em 2017, e a AccorHotels estima o uso de 4,2 milhões de canudos nos Estados Unidos
e Canadá também no último ano.
Embora utilizar um canudo não seja a melhor das hipóteses, algumas pessoas ainda os preferem ou até necessitam deles, como
aqueles com deficiências ou dentes e gengivas sensíveis. Se quiser usar um canudo, os reutilizáveis de metal ou vidro são a
alternativa ideal. A Final Straw, que diz ser o primeiro canudo retrátil reutilizável do mercado, está arrecadando fundos através do
Kickstarter.
“A maioria das pessoas não pensa nas consequências que o simples ato de pegar ou aceitar um canudo plástico tem em suas
vidas e nas vidas das futuras gerações” diz David Laris, diretor de criação e chef do Cachet Hospitality Group, que não utiliza
canudos de plástico. “A indústria hoteleira tem a obrigação de começar a reduzir a quantidade de resíduos plásticos que gera”.
Adaptado de https://www.nationalgeographicbrasil.com/planeta-ou-plastico/2018/07/fim-canudinhoplastico-
canudo-poluicao-oceano . Acesso em 14 de março de 2019.
“Mas é claro que os canudos são apenas parte da quantidade monumental de resíduos que vão parar em nossos oceanos”.
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Assinale a alternativa em que a reescrita do fragmento está de acordo com as regras de pontuação da norma gramatical.
a) ”Está claro que os canudos são apenas parte, da quantidade monumental, de resíduos que vão parar em nossos oceanos”.
b) “Isto está claro: os canudos são apenas parte da quantidade monumental de resíduos que vão parar em nossos oceanos”.
c) “Está claro que os canudos são apenas parte: da quantidade monumental de resíduos, que vão parar em nossos oceanos”.
d) “Está claro, que os canudos são, apenas parte da quantidade monumental de resíduos que vão parar em nossos oceanos”.
e) “Isto está claro, os canudos são apenas parte da quantidade monumental, de resíduos que vão parar em nossos oceanos”.
Em 2015, um vídeo perturbador de uma tartaruga marinha oliva sofrendo com um canudo plástico preso em sua narina viralizou,
mudando a atitude de muitos espectadores quanto ao utensílio plástico tão conveniente para muitos.
Mas, como pode o canudo plástico, um item insignificante utilizado brevemente antes de ser descartado, causar tanto estrago?
Primeiramente, ele consegue chegar facilmente aos oceanos devido a sua leveza. Ao chegar lá, o canudo não se decompõe. Pelo
contrário, ele se fragmenta lentamente em pedaços cada vez menores, conhecidos como microplásticos, que são frequentemente
confundidos com comida pelos
animais marinhos.
E, em segundo lugar, ele não pode ser reciclado. “Infelizmente, a maioria dos canudos plásticos são leves demais para os
separadores manuais de reciclagem, indo parar em aterros sanitários, cursos d’água e, por fim, nos oceanos”, explica Dune Ives,
diretor executivo da organização Lonely Whale. A ONG viabilizou uma campanha de marketing de sucesso chamada “Strawless in
Seattle” (ou “Sem Canudos em Seattle”) em apoio à iniciativa “Strawless Ocean” (ou “Oceanos Sem Canudos”).
Nos Estados Unidos, milhões de canudos de plástico são descartados todos os dias. No Reino Unido, estima-se que pelo menos
4,4 bilhões de canudos sejam jogados fora anualmente. Hotéis são alguns dos piores infratores: o Hilton Waikoloa Village, que se
tornou o primeiro resort na ilha do Havaí a banir os canudos plásticos no início deste ano, utilizou mais de 800 mil canudos em
2017.
Mas é claro que os canudos são apenas parte da quantidade monumental de resíduos que vão parar em nossos oceanos. “Nos
últimos 10 anos, produzimos mais plástico do que em todo o século passado e 50% do plástico que utilizamos é de uso único e
descartado imediatamente”, diz Tessa Hempson, gerente de operações do Oceans Without Borders, uma nova fundação da
empresa de safáris de luxo & Beyond. “Um milhão de aves marinhas e 100 mil mamíferos marinhos são mortos anualmente pelo
plástico nos oceanos. 44% de todas as espécies de aves marinhas, 22% das baleias e golfinhos, todas as espécies de tartarugas,
e uma lista crescente de espécies de peixes já foram documentados com plástico dentro ou em volta de seus corpos”.
Mas, agora, o próprio canudo plástico começou a finalmente se tornar uma espécie ameaçada, com algumas cidades nos Estados
Unidos (Seattle, em Washington; Miami Beach e Fort Myers Beach, na Flórida; e Malibu, Davis e San Luis Obispo, na Califórnia)
banindo seu uso, além de outros países que limitam itens de plástico descartável, o que inclui os canudos. Belize, Taiwan e
Inglaterra estão entre os mais recentes países a proporem a proibição.
Mesmo ações individuais podem causar um impacto significativo no meio ambiente e influenciar a indústria: a proibição em uma
única rede de hotéis remove milhões de canudos em um único ano. As redes Anantara e AVANI estimam que seus hotéis tenham
utilizado 2,49 milhões de canudos na Ásia em 2017, e a AccorHotels estima o uso de 4,2 milhões de canudos nos Estados Unidos
e Canadá também no último ano.
Embora utilizar um canudo não seja a melhor das hipóteses, algumas pessoas ainda os preferem ou até necessitam deles, como
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aqueles com deficiências ou dentes e gengivas sensíveis. Se quiser usar um canudo, os reutilizáveis de metal ou vidro são a
alternativa ideal. A Final Straw, que diz ser o primeiro canudo retrátil reutilizável do mercado, está arrecadando fundos através do
Kickstarter.
“A maioria das pessoas não pensa nas consequências que o simples ato de pegar ou aceitar um canudo plástico tem em suas
vidas e nas vidas das futuras gerações” diz David Laris, diretor de criação e chef do Cachet Hospitality Group, que não utiliza
canudos de plástico. “A indústria hoteleira tem a obrigação de começar a reduzir a quantidade de resíduos plásticos que gera”.
Adaptado de https://www.nationalgeographicbrasil.com/planeta-ou-plastico/2018/07/fim-canudinhoplastico-
canudo-poluicao-oceano . Acesso em 14 de março de 2019.
“A Final Straw, que diz ser o primeiro canudo retrátil reutilizável do mercado, está arrecadando fundos através do Kickstarter.” A
vírgula colocada depois do sujeito está
a) incorreta, pois não se deve separar o sujeito de seu complemento.
b) incorreta, porque não se separa a oração subordinada adjetiva restritiva.
c) correta, porque separa uma oração subordinada adjetiva explicativa.
d) correta, porque separa a oração subordinada adverbial temporal.
e) correta, porque separa o vocativo, Final Straw, no início do período.
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Ilan Brenman
Há uma frase famosa do filósofo George Santayana (1863-1952) que não me sai da cabeça faz algum tempo: “Quem não
recorda o passado está condenado a repeti-lo”. E como estamos esquecidos! O caso da fiscalização e da quase apreensão de uma
HQ na Bienal do Livro do Rio de Janeiro é um exemplo límpido do nosso “eterno retorno” à sanha censória ligado ao mundo dos
livros. O nosso pendor a controlar e incinerar ideias que não coadunam com a nossa visão de mundo é tão antiga quanto o
surgimento da leitura e da escrita.
O livro é uma das ferramentas mais poderosas já criadas pelo homem. Antes dele, necessitávamos despender uma energia
descomunal para preservar o conhecimento. A memória precisava focar naquilo que já era sabido, repeti-lo exaustivamente e
passá-lo adiante através da oralidade.
No momento em que escrita, leitura e livro são inventados, ocorre uma revolução na mente humana. Ela agora pode
despender energia para outros assuntos, como filosofia, ciência etc., já que a memória ganha um suporte para acampar,
descansar e, quando for solicitada, abrir-se aos olhos humanos.
Isso parece algo extraordinário, porém, desde o começo dessa história, a desconfiança e a vontade piromaníaca de alguns não
cessou de caminhar com a produção e disseminação dos livros.
É de extrema importância ressaltar que censurar livros é um ato de mentes autoritárias, dogmáticas, que enxergam o mundo
de maneira uniforme. E encontramos pessoas com essas características em todos os matizes ideológicos e religiosos. Não aponte
o dedo para um censor antes de verificar se você não apoia governos, governantes e grupos que também são censores. A sua
censura não é mais justificável que a outra. Isso tem nome: hipocrisia.
Uma história da censura de livros demandaria um espaço gigantesco. Muitos livros já foram escritos a respeito, mas algum
exemplo pode ser bem didático para tentarmos, com muito esforço, aprender com o passado. A censura não tem geografia. Na
China, em 213 a.C., o imperador Qin Shi Huangdi realizou uma das maiores queimas de livro de toda a história. Ele queria que a
memória de seu povo começasse com o seu governo. Queimar livros, podemos pensar, é a tentativa de aniquilar a memória de
um povo.
Censurar livros significa censurar ideias, pensamentos e principalmente a liberdade individual. E essa liberdade foi elevada
exponencialmente com o surgimento da Reforma Protestante, com sua consigna de que cada fiel poderia ler individualmente sua
escritura sem mediação eclesial, e com a invenção da prensa de Gutenberg, que fez com que a produção livreira disparasse e,
assim, também a disseminação das ideias. Esses dois eventos transformaram o mundo para sempre.
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A criação da intimidade, do mundo privado, da liberdade de expressar suas ideias e sentimentos é uma dívida que temos com
o mundo dos livros. Aqueles que perseguem os livros estão combatendo nossa liberdade individual. Eles não suportam a ideia de
que não controlam o que estamos lendo, sentindo e pensando.
Outra pontuação possível para o trecho, considerando-se as relações sintático-semânticas do português padrão, é
a) Censurar livros significa censurar ideias, pensamentos, e principalmente, a liberdade individual.
b) Censurar livros, significa censurar ideias, pensamentos e, principalmente a liberdade individual.
c) Censurar livros, significa censurar ideias, pensamentos, e principalmente, a liberdade individual.
d) Censurar livros significa censurar ideias, pensamentos e, principalmente, a liberdade individual.
Flávio Pierobon
Se a resposta a esta pergunta foi “para defender bandidos”, talvez, o leitor sofra de um sério problema de senso comum
teórico, ou talvez jamais tenha efetivamente refletido sobre a questão. Vão aqui alguns pontos de reflexão. A Lei Maria da Penha
e o Estatuto da Pessoa com Deficiência são exemplos de que os direitos humanos não são para proteger bandidos, mas para
proteger seres humanos.
Foi com base em um tratado de direitos humanos que o STF afastou a possibilidade de prisão do depositário infiel – aquele
indivíduo que, não conseguindo pagar suas dívidas, era convertido em depositário do bem que comprou financiado e, caso não o
apresentasse ao juiz para que este tomasse o seu bem, era considerado “infiel depositário” - e, por isso, conduzido à prisão.
Foi com base também em um tratado de direitos humanos que se introduziu no Brasil o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Em que pese poder haver deficientes que praticam crimes, não parece ser esta a realidade do país, ou os deficientes são todos
bandidos?
A Lei Maria da Penha, conhecida por praticamente todos os brasileiros, foi elaborada no país após uma condenação
internacional sofrida pelo Brasil na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Parece que a senhora Maria da Penha, que se
tornou paraplégica por ato do marido, não se adéqua bem ao conceito de bandida. Alguém conscientemente se opõe a esta
sentença: “Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as
suas formas”? Ou a esta: “Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade”? Creio que poucos são contra tais
assertivas, ambas previstas na Declaração Universal de Direitos Humanos.
Esses exemplos parecem evidenciar que direitos humanos não são para proteger bandidos, mas para proteger seres humanos.
Os dias atuais vêm demonstrando um discurso de verdadeiro desdém aos direitos humanos; expressões como “direitos humanos
apenas para humanos direitos” são ouvidas sem enrubescer o autor. Boa parte da população liga tais direitos à proteção de
pessoas que cometem crime, quase sempre reclamando que não há a mesma proteção à vítima. O discurso é vazio, sem sentido
e irreflexivo. Se um particular fere seus direitos, você pode recorrer ao Estado. Mas, quando quem fere seus direitos –
especialmente os direitos fundamentais – é o Estado, a quem nós podemos recorrer? O exemplo simples dá a dimensão da
importância de um direito que exista independentemente da estrutura política ou jurídica de cada Estado.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi aprovada em 10 de dezembro de 1948, em Paris. Dos 56 países que
participavam da sessão, 48 votaram a favor da Declaração e oito se abstiveram; ninguém votou contra o texto na assembleia da
ONU. A declaração pactua aquilo que, logo após as barbaridades da Segunda Guerra Mundial, se acreditou ser a base mínima de
direitos a que qualquer ser humano, em qualquer parte do mundo, tem direito. São convicções éticas transformadas em direitos.
Em 1948, imaginou-se que, independentemente do rumo que o mundo tomasse, politicamente falando, jamais nos
afastaríamos de tais direitos, por serem supostamente globais (já que nenhum país se opôs à sua formulação) e eticamente
lógicos. Passados 70 anos, quase todas as constituições do mundo reconhecem tais direitos, inclusive e principalmente a
brasileira, recheada de direitos fundamentais, comprovando que as escolhas feitas naquela época estavam certas.
Mesmo assim, é necessário que a cada crise sejamos lembrados de que pessoas inocentes morreram para que esta geração
pudesse comemorar 70 anos de uma declaração de direitos que pertence a todos os seres humanos, mas que ainda não está ao
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alcance de muitas pessoas ao redor do mundo e na nossa própria vizinhança. Portanto, longa vida à Declaração Universal dos
Direitos Humanos e à proteção desses direitos humanos!
[...] Faço um desabafo diante do crescente pensamento que, de forma simplista e perigosa, vem desconsiderando conquistas
históricas da humanidade. É comum ouvir que os direitos humanos servem para defender bandidos. Essa falaciosa afirmação, que
encontra eco em diversos setores sociais, rasga uma história de luta permanente pela dignidade da pessoa humana, pela
proteção dos indivíduos contra regimes autoritários e pela consolidação das liberdades individuais.
Os direitos humanos estão presentes no nosso cotidiano, algumas vezes de forma quase imperceptível. Estão na liberdade de
ir e vir, na liberdade de expressão e manifestação (assegurando, inclusive, o direito de criticar os próprios direitos humanos) e no
direito de eleger representantes políticos. Também ocorrem quando exigimos do poder público bons serviços de saúde, educação
e segurança. Manifestam-se no direito ao trabalho, bem como na garantia de lutar contra a intervenção excessiva do Estado nas
nossas vidas. Revelam-se no combate às formas de preconceito e no direito à acessibilidade [...].
Eles são amplos, universais e inalienáveis. Os direitos humanos não pertencem a partidos, ideologias ou determinados grupos
de pessoas. Portanto não é crível que possamos ser contra essas garantias que foram conquistadas – e continuam sendo! – à
custa de muitos esforços individuais e coletivos. A construção de um País mais seguro, livre, justo, tolerante e plural depende da
afirmação, e não da negação, dos direitos humanos. Que construamos uma nova sociedade, mas não esqueçamos das barbáries
do passado. E que, também, não façamos tábula rasa da história e das conquistas de toda a humanidade.
Em “A construção de um País mais seguro, livre, justo, tolerante e plural depende da afirmação...”, as vírgulas foram usadas para
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Já se tomou hábito meu, em meio a uma conversa, preceder algum comentário por uma introdução:
Nem sempre me reporto a algo que ele realmente dizia, sendo apenas uma maneira coloquial de dar ênfase a alguma opinião.
De uns tempos para cá, porém, comecei a perceber que a opinião, sem ser de caso pensado, parece de fato corresponder a
alguma coisa que Seu Domingos costumava dizer. Isso significará talvez — Deus queira — que insensivelmente vou me tomando
com o correr dos anos cada vez mais parecido com ele. Ou, pelo menos, me identificando com a herança espiritual que dele
recebi.
Não raro me surpreendo, antes de agir, tentando descobrir como ele agiria em semelhantes circunstâncias, repetindo uma atitude
sua, até mesmo esboçando um gesto seu. Ao formular uma ideia, percebo que estou concebendo, para nortear meu pensamento,
um princípio que, se não foi enunciado por ele, só pode ter sido inspirado por sua presença dentro de mim.
Ainda ontem eu tranquilizava um de meus filhos com esta frase, sem reparar que repetia literalmente o que ele costumava dizer,
sempre concluindo com olhar travesso:
Gosto de evocar a figura mansa de Seu Domingos, a quem chamávamos paizinho, a subir pausadamente a escada da varanda de
nossa casa, todos os dias, ao cair da tarde, egresso do escritório situado no porão. Ou depois do jantar, sentado com minha mãe
no sofá de palhinha da varanda, como namorados, trocando notícias do dia. Os filhos guardavam zelosa distância, até que ela ia
aos seus afazeres e ele se punha à disposição de cada um, para ouvir nossos problemas e ajudar a resolvê-los. Finda a última
audiência, passava a mão no chapéu e na bengala e saía para uma volta, um encontro eventual com algum amigo. Regressava
religiosamente uma hora depois, e tendo descido a pé até o centro, subia sempre de bonde. Se acaso ainda estávamos
acordados, podíamos contar com o saquinho de balas que o paizinho nunca deixava de trazer.
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Costumava se distrair realizando pequenos consertos domésticos: uma boia de descarga, a bucha de uma torneira, um fusível
queimado. Dispunha para isso da necessária habilidade e de uma preciosa caixa de ferramentas em que ninguém mais podia
tocar. Aprendi com ele como é indispensável, para a boa ordem da casa, ter à mão pelo menos um alicate e uma chave de fenda.
Durante algum tempo andou às voltas com o velho relógio de parede que fora de seu pai, hoje me pertence e amanhã será de
meu filho: estava atrasando. Depois de remexer durante vários dias em suas entranhas, deu por findo o trabalho, embora ao
remontá-lo houvessem sobrado umas pecinhas, que alegou não fazerem falta. O relógio passou a funcionar sem atrasos, e as
batidas a soar em horas desencontradas. Como, aliás, acontece até hoje.
Tinha por hábito emitir um pequeno sopro de assovio, que tanto podia ser indício de paz de espírito como do esforço para
controlar a perturbação diante de algum aborrecimento.
— As coisas são como são e não como deviam ser. Ou como gostaríamos que fossem.
Este pronunciamento se fazia ouvir em geral quando diante de uma fatalidade a que não se poderia fugir. Queria dizer que
devemos nos conformar com o fato de nossa vontade não poder prevalecer sobre a vontade de Deus – embora jamais fosse
assim eloquente em suas conclusões. Estas quase sempre eram, mesmo, eivadas de certo ceticismo preventivo ante as
esperanças vãs:
— O que não tem solução, solucionado está. E tudo que acontece é bom — talvez não chegasse ao cúmulo do otimismo de
afirmar isso, como seu filho Gerson, mas não vacilava em sustentar que toda mudança é para melhor: se mudou, é porque não
estava dando certo. E se quiser que mude, não podendo fazer nada para isso, espere, que mudará por si.
[...]
Tudo isso que de uns tempos para cá me vem ocorrendo, às vezes inconscientemente, como legado de meu pai, teve seu
coroamento há poucos dias, quando eu ia caminhando distraído pela praia. Revirava na cabeça, não sei a que propósito, uma
frase ouvida desde a infância e que fazia parte de sua filosofia: não se deve aumentar a aflição dos aflitos. Esta máxima me
conduziu a outra, enunciada por Carlos Drummond de Andrade no filme que fiz sobre ele, a qual certamente Seu Domingos
perfilharia: não devemos exigir das pessoas mais do que elas podem dar. De repente fui fulminado por uma verdade tão absoluta
que tive de parar, completamente zonzo, fechando os olhos para entender melhor. No entanto era uma verdade evangélica, de
clareza cintilante como um raio de sol, cheguei a fazer uma vênia de gratidão a Seu Domingos por me havê-la enviado:
Com o tempo, a cidade foi tomando conhecimento do seu bom senso, da experiência adquirida ao longo de uma vida sem
maiores ambições: Seu Domingos, além de representante de umas firmas inglesas, era procurador de partes — solene designação
para uma atividade que hoje talvez fosse referida como a de um despachante. A princípio os amigos, conhecidos, e depois até
desconhecidos passaram a procurá-lo para ouvir um conselho ou receber dele uma orientação. Era de se ver a romaria no seu
escritório todas as manhãs: um funcionário que dera desfalque, uma mulher abandonada pelo marido, um pai agoniado com
problemas do filho — era gente assim que vinha buscar com ele alívio para a sua dúvida, o seu medo, a sua aflição. O próprio
Governador, que não o conhecia pessoalmente, certa vez o consultou através de um secretário, sobre questão administrativa que
o atormentava. Não se falando nos filhos: mesmo depois de ter saído de casa, mais de uma vez tomei trem ou avião e fui colher
uma palavra sua que hoje tanta falta me faz.
Resta apenas evocá-la, como faço agora, para me servir de consolo nas horas más. No momento, ele próprio está aqui a meu
lado, com o seu sorriso bom.
Assinale a opção em que o sinal de pontuação presente no fragmento poderá ser substituído por travessão simples.
a) "Com o tempo, a cidade foi tomando conhecimento do seu bom senso, da experiência adquirida ao longo de uma
vida[...]." (18º§)
b) "Esta máxima me conduziu a outra, enunciada por Carlos Drummond de Andrade no filme que fiz sobre ele[...]." (16º§)
c) "Costumava se distrair realizando pequenos consertos domésticos: uma boia de descarga, a bucha de uma torneira, um
fusível queimado." (10°§)
d) "Resta apenas evocá-la, como faço agora, para me servir de consolo nas horas más." (19°§)
e) "O próprio Governador, que não o conhecia pessoalmente, certa vez o consultou através de um secretário, sobre questão
administrativa [...]." (18º§)
a) Os companheiros, conversando sobre handebol, lembraram-se de Bruno Souza, o melhor jogador que já conheceram.
b) Os companheiros conversando sobre handebol, lembraram-se de Bruno Souza o melhor jogador que já conheceram.
c) Os companheiros conversando sobre handebol lembraram-se, de Bruno Souza, o melhor jogador que já conheceram.
d) Os companheiros conversando sobre handebol lembraram-se de Bruno Souza o melhor jogador que já conheceram.
e) N.D.A.
Séries que retratam o dia a dia de equipes de perícia criminal despertam a curiosidade de muitas pessoas pela profissão. Mas será
que a ficção mostra o que de fato acontece na realidade brasileira? Para falar sobre o cotidiano desses profissionais e o campo
das ciências forenses no país, o USP Analisa desta semana recebe os peritos criminais Adilson Pereira e Margaret Mitiko Inada
Pereira e a perita em botânica Jeniffer Sati Pereira.
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Segundo eles, qualquer área do conhecimento pode ser utilizada pelas ciências forenses em uma investigação criminal. “Por
exemplo, a astronomia forense. Quando você está dirigindo e faz uma curva ou entra em uma elevação na pista, o sol pode
ofuscar sua visão, causando um acidenteA). Você alega essa situação, mas a perícia não está lá naquele momento para
comprovar. Então, os peritos fazem cálculos para determinar a exata posição do sol naquele momento e comprovar se o que você
disse era verdade”, explica AdilsonB).
C)A botânica é outra área bastante utilizada. D)De acordo com Jeniffer, em casos de afogamento, ela pode comprovar, por meio da
identificação de algas no corpo da vítima, se ela realmente foi assassinada naquele localC). No assassinato da advogada Mércia
Nakashima, em 2010, a botânica forense foi fundamental para associar o então suspeito Misael Bispo ao local do crime.D)
“Os peritos recolheram várias amostras do local do crime, além de amostras da vestimenta e dos sapatos de Misael Bispo e
também do assoalho do carro. Analisando tudo isso, encontramos uma alga que era endêmica daquela represa na sola do sapato,
colocando-o diretamente na cena do crime”, explica Jeniffer.E)
Disponível em https://jornal.usp.br/radio-usp/radioagencia-usp/atuacao-das-ciencias-forenses-e-tema-do-usp-analisa/
Acessado em 31/01/2019
Texto adaptado
Sem desobedecer a regras de pontuação, o ponto que separa os dois enunciados poderia ser substituído por vírgula em
a) Por exemplo, a astronomia forense. Quando você está dirigindo e faz uma curva ou entra em uma elevação na pista, o sol
pode ofuscar sua visão, causando um acidente.
b) Você alega essa situação, mas a perícia não está lá naquele momento para comprovar. Então, os peritos fazem cálculos
para determinar a exata posição do sol naquele momento e comprovar se o que você disse era verdade”, explica Adilson.
c) A botânica é outra área bastante utilizada. De acordo com Jeniffer, em casos de afogamento, ela pode comprovar, por meio
da identificação de algas no corpo da vítima, se ela realmente foi assassinada naquele local.
d) De acordo com Jeniffer, em casos de afogamento, ela pode comprovar, por meio da identificação de algas no corpo da
vítima, se ela realmente foi assassinada naquele local. No assassinato da advogada Mércia Nakashima, em 2010, a botânica
forense foi fundamental para associar o então suspeito Misael Bispo ao local do crime.
e) “Os peritos recolheram várias amostras do local do crime, além de amostras da vestimenta e dos sapatos de Misael Bispo e
também do assoalho do carro. Analisando tudo isso, encontramos uma alga que era endêmica daquela represa na sola do sapato,
colocando-o diretamente na cena do crime”, explica Jeniffer.
Gabarito: B Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1634994
Peritos criminais da Polícia Federal atuam desde sexta-feira (25) na região atingida pelo rompimento da barragem da Mina do
Feijão, em Brumadinho (MG), com o auxílio do sistema Inteligeo, que processa imagens aéreas do local e auxilia a Defesa Civil
fornecendo mapas com informações atualizadas.
O Inteligeo é um software idealizado por peritos criminais da PF e desenvolvido por programadores brasileiros. O sistema é uma
plataforma de dados espaciais capaz de processar imagens aéreas e fazer as estimativas iniciais do impacto ambiental do
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A equipe da perícia criminal federal produziu no fim da tarde de sexta (25) um mapa mostrando a área afetada antes e depois do
evento, utilizando o acervo histórico do Inteligeo e as informações disponíveis naquele momento.
No sábado (26), a região estava coberta de nuvens e a equipe recorreu a fotos aéreas ao invés de imagens de satélite.B)
O acervo do Inteligeo na região foi complementado nesta segunda-feira (28) com imagens do satélite X2, doadas pela empresa
finlandesa ICEYE, que consegue produzir imagens de radar de alta resolução mesmo através das nuvens.
O uso do sistema no caso de Brumadinho é direcionado para os esforços de resgate, e poderá ser mais demandado pelos peritos
criminais em caso de investigação criminal.C)
No momento, a maior preocupação é identificar as vítimasD), muito mais numerosas do que no caso de Mariana porque, desta
vez, o despejo de rejeitos atingiu em cheio o centro administrativo da Mina do Feijão, onde havia uma grande concentração de
pessoas.E)
https://g1.globo.com/politica/blog/matheus-leitao/post/2019/01/30/software-de-peritos-da-policia-federal-auxilia-a-estimar-danos-em-
brumadinho.ghtml Acessado em 01/02/2019
"Nessa nova realidade pessoas e comunidades estão isoladas lutando contra tudo individualmente da chuva a estranhas
criaturas".
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à pontuação, assinale a alternativa correta.
a) Nessa nova realidade pessoas e comunidades, estão isoladas lutando contra tudo individualmente, da chuva a estranhas
criaturas.
b) Nessa nova realidade, pessoas e comunidades estão isoladas lutando, contra tudo individualmente, da chuva a estranhas
criaturas.
c) Nessa nova realidade pessoas, e comunidades estão isoladas lutando contra tudo individualmente, da chuva, a estranhas
criaturas.
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d) Nessa nova realidade, pessoas e comunidades estão isoladas, lutando contra tudo individualmente, da chuva a estranhas
criaturas.
Gabarito: D Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/2026954
O ano de 2017 foi o mais seguro da história da aviação comercial, de acordo com a organização holandesa Aviation Safety
Network (ASN). Foram dez acidentes — nenhum deles envolvendo linhas comerciais regulares —, com 79 mortos, 44 entre
passageiros e tripulantes e outras 35 pessoas que estavam em terra.
Em 2016, foram registrados 16 acidentes, com 303 vítimas fatais, e o último episódio, com um avião de passageiros de maiores
proporções: a queda do Avro RJ85, operado pela empresa LaMia, próximo de Medellín, na Colômbia. O desastre, que completou
um ano no último dia 28 de novembro, matou 71 pessoas, em sua maior parte atletas do time brasileiro da Chapecoense.
“Desde 1997 a média de acidentes tem caído de forma contínua e persistente”, disse o presidente da ASN, destacando os esforços
da Organização Internacional da Aviação Civil e da Fundação de Segurança no Voo para melhorar os padrões de segurança da
indústria de aviação.
BBC. 2017, o ano mais seguro da história da aviação. Internet: <www.bbc.com> (com adaptações).
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Com uma interface expansível e sistema de fácil decodificação, esta tecnologia permitirá um aumento considerável da qualidade
de vida de quem a utilizar, além de agregar, instantaneamente, um acúmulo de conhecimento superior ao de todos os demais
humanos que não a detiverem em suas mãos. Em tempos de inteligência artificial, esta tecnologia cria inteligência humana, real e
multiplicável. Sua magia reside no fato de que faz o cérebro de quem a usa crescer exponencialmente. E, apesar de ser acessível
a muitos, ela continuará nas mãos de poucos, porque são poucos aqueles que sabem do seu verdadeiro valor. Não é nova, mas
pode ser muito inovadora e revolucionária.
(Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/opiniao/noticia/2017/12/fabio-bernard. html – texto adaptado)
Sobre o uso de vírgulas destacadas no texto, afirma-se que:
I. Justificam-se pela mesma regra.
II. A segunda vírgula poderia ser suprimida, visto que seu uso é facultativo.
III. A inserção de uma vírgula imediatamente após o vocábulo tecnologia não implica alteração de sentido à frase.
Quais estão INCORRETAS?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Gabarito: E Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/592231
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A organização do funeral foi um quebra-cabeças. Desde seu divórcio, Lady Di não tinha mais direito ao título de alteza real ou a
uma cerimônia nacional. Mas os britânicos exigiam uma homenagem à altura de sua "rainha dos corações".
O descontentamento da opinião pública aumentava à medida que se prolongava o silêncio da família real, que permaneceu
entrincheirada em Balmoral. Furiosos com a ausência de uma bandeira a meio mastro no Palácio de Buckingham, os jornais
exigiam um discurso da rainha aos súditos. "A família real nos abandonou", criticou o jornal The Sun.
"Ferida", Elizabeth II se resignou a prestar uma homenagem a uma nora que nunca desejou, em uma mensagem exibida na
televisão - a segunda em 45 anos de reinado -, antes de se inclinar publicamente diante do caixão. ”Se os Windsor não
aprenderem a lição, não vão apenas enterrar Diana, mas também o seu futuro", advertiu o jornal The Guardian.
Uma pesquisa publicada na época mostrava que um em cada quatro britânicos se declarava a favor da abolição da monarquia. No
dia seguinte, quase um milhão de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre em silêncio, interrompido apenas pelo choro dos
presentes e pelo som dos sinos.
Cabisbaixos, William e Harry caminharam atrás do caixão, ao lado do príncipe Charles, do duque de Edimburgo, o príncipe Philip,
e do conde Spencer, diante dos olhares de 2,5 bilhões telespectadores ao redor do mundo. Na abadia de Westminster, 2 mil
convidados, entre eles Hillary Clinton, Tony Blair, Luciano Pavarotti, Margaret Thatcher e Tom Cruise, assistiram à cerimônia. Elton
John interpretou a canção "Candle in the Wind", com uma alteração na letra para homenagear Diana.
Durante a tarde, a princesa foi sepultada em uma cerimônia privada em Althorp, noroeste de Londres. Desde então, descansa em
um túmulo em uma ilha que foi a residência de sua família.
O Estado de S.Paulo. 31 Agosto 2017.
Em “O presidente americano, Bill Clinton, disse que estava “profundamente entristecido”. Na Índia, madre Teresa rezou por Diana.
Michael Jackson, “consternado”, cancelou um show na Bélgica.”, as aspas presentes em “profundamente entristecido” e em
“consternado” foram utilizadas para
a) imprimir ironia às expressões.
b) sinalizar a citação de palavras que não pertencem ao autor do texto.
c) destacar palavras e expressões fora de seus contextos de uso.
d) marcar o uso de neologismo e de estrangeirismo.
e) marcar o título de obras literárias.
Gabarito: B Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/607275
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O mundo inteiro expressou consternação com a morte. O presidente americano, Bill Clinton, disse que estava "profundamente
entristecido". Na Índia, madre Teresa rezou por Diana. Michael Jackson, "consternado", cancelou um show na Bélgica.
Os paparazzi foram os primeiros acusados. O irmão de Diana, Charles Spencer, culpou os tablóides, que segundo ele tinham
"sangue nas mãos". Criticada, a imprensa popular elevou Diana ao patamar de ícone. "Nasceu lady. Depois foi nossa princesa. A
morte fez dela uma santa", escreveu o Daily Mirror.
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Gabarito: C Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/609441
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que se gera e se destrói toda virtude, assim como toda arte: de tocar a lira surgem os bons e os maus músicos. Isso também vale
para os arquitetos e todos os demais; construindo bem, tornam-se bons arquitetos; construindo mal, maus. Se não fosse assim
não haveria necessidade de mestres, e todos os homens teriam nascido bons ou maus em seu ofício.
Isso, pois, é o que também ocorre com as virtudes: pelos atos que praticamos em nossas relações com os homens nos
tornamos justos ou injustos; pelo que fazemos em presença do perigo e pelo hábito do medo ou da ousadia, nos tornamos
valentes ou covardes. O mesmo se pode dizer dos apetites e da emoção da ira: uns se tornam temperantes e calmos, outros
intemperantes e irascíveis, portando-se de um modo ou de outro em igualdade de circunstâncias. Numa palavra: as diferenças de
caráter nascem de atividades semelhantes. É preciso, pois, atentar para a qualidade dos atos que praticamos, porquanto da sua
diferença se pode aquilatar a diferença de caracteres. E não é coisa de somenos que desde a nossa juventude nos habituemos
desta ou daquela maneira. Tem, pelo contrário, imensa importância, ou melhor: tudo depende disso.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco: tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W.D. Ross (Os pensadores). 4. ed. São
Paulo: Nova Cultural, 1991, p.29-30.
No trecho “Tem [...] imensa importância, ou melhor: tudo depende disso.”, a vírgula e o sinal de dois-pontos são utilizados,
respectivamente, para
a) separar elemento com a mesma função sintática e para anunciar uma citação.
b) separar oração reduzida e para enunciar enumeração.
c) separar aposto e para enunciar um esclarecimento.
d) separar expressão explicativa e para anunciar citação
e) separar expressão retificativa e para enunciar um esclarecimento.
Gabarito: E Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/612922
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a) Na frase “Ademais, é clichê dizer o quanto ela transmite conhecimento (...)”, a vírgula em destaque é obrigatória, porque
separa o vocativo.
b) Na frase “(...) a escrita tem todas essas funções e características, mas é sob outro prisma que será abordada neste artigo.”,
a vírgula em destaque é obrigatória, porque antecede uma conjunção aditiva.
c) Na frase “(...) sonha que seu texto inspire e mude a vida de alguém, ou apenas que lhe abra um leve sorriso e aquiete o
coração.”, a vírgula em destaque é obrigatória, porque separa uma oração coordenada explicativa.
d) Na frase “(...) os autores são seres humanos, não estão isentos dos problemas cotidianos, das dores, das tristezas e nem
do amor.”, as vírgulas em destaque são obrigatórias, porque separam elementos de mesma função sintática.
e) Na frase “(...) a escrita é a vida pulsando no escritor, sem ela, ele simplesmente não vive (...)”, a vírgula em destaque é
obrigatória, porque assinala a supressão do verbo.
Gabarito: D Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/623607
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Segue a mesma linha o raciocínio de Rousseau no primeiro capítulo do Ensaio sobre a origem das línguas:
A palavra distingue os homens dos animais; a linguagem distingue as nações entre si. Não se sabe de onde é um homem antes
que ele tenha falado.
Escrevendo sobre a teoria da linguagem, o linguista Hjelmslev afirma que “a linguagem é inseparável do homem, segue-o em
todos os seus atos”, sendo “o instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento, seus sentimentos, suas emoções,
seus esforços, sua vontade e seus atos, o instrumento graças ao qual ele influencia e é influenciado, a base mais profunda da
sociedade humana.”
Prosseguindo em sua apreciação sobre a importância da linguagem, Rousseau considera que a linguagem nasce de uma profunda
necessidade de comunicação: Desde que um homem foi reconhecido por outro como um ser sensível, pensante e semelhante a si
próprio, o desejo e a necessidade de comunicar-lhe seus sentimentos e pensamentos fizeram-no buscar meios para isso.
Gestos e vozes, na busca da expressão e da comunicação, fizeram surgir a linguagem.
Por seu turno, Hjelmslev afirma que a linguagem é “o recurso último e indispensável do homem, seu refúgio nas horas solitárias
em que o espírito luta contra a existência, e quando o conflito se resolve no monólogo do poeta e na meditação do pensador.”
A linguagem, diz ele, está sempre à nossa volta, sempre pronta a envolver nossos pensamentos e sentimentos, acompanhando-
nos em toda a nossa vida. Ela não é um simples acompanhamento do pensamento, “mas sim um fio profundamente tecido na
trama do pensamento”, é “o tesouro da memória e a consciência vigilante transmitida de geração a geração”.
A linguagem é, assim, a forma propriamente humana da comunicação, da relação com o mundo e com os outros, da vida social e
política, do pensamento e das artes.
No entanto, no diálogo Fedro, Platão dizia que a linguagem é um pharmakon. Esta palavra grega, que em português se traduz por
poção, possui três sentidos principais: remédio, veneno e cosmético.
Ou seja, Platão considerava que a linguagem pode ser um medicamento ou um remédio para o conhecimento, pois, pelo diálogo
e pela comunicação, conseguimos descobrir nossa ignorância e aprender com os outros. Pode, porém, ser um veneno quando,
pela sedução das palavras, nos faz aceitar, fascinados, o que vimos ou lemos, sem que indaguemos se tais palavras são
verdadeiras ou falsas. Enfim, a linguagem pode ser cosmético, maquiagem ou máscara para dissimular ou ocultar a verdade sob
as palavras. A linguagem pode ser conhecimento-comunicação, mas também pode ser encantamento-sedução.
O fragmento acima foi extraído do livro Convite à Filosofia de Marilena
Chauí.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática,2000.
No fragmento “(...) o instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus
esforços, sua vontade e seus atos (...)”, a vírgula é usada para
a) separação de palavras de mesma função sintática.
b) isolamento de adjuntos adverbiais.
c) separação de orações subordinadas.
d) separação do verbo e de seus complementos.
e) isolamento de orações coordenadas.
Gabarito: A Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/625553
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não existimos; se gostamos de estar sozinhos, somos recriminados; se passamos um feriado inteiro dentro de casa, somos
considerados “estranhos”; se estamos tristes e se interagimos pouco, somos doentes.
A liberdade de ser continua limitada pelo que a sociedade requer de nós. Se não correspondemos às expectativas do mundo, uma
gama de diagnósticos e remédios psiquiátricos nos é oferecida. Assim, em vez de lutarmos para afirmar nossa identidade e nossas
vontades, simplesmente nos submetemos ao status quo, ainda que isso signifique a autoanulação e o fingimento. Como não
podemos estar tristes, a gente se contenta em aparentar ser feliz. Como não podemos estar sozinhos, estamos sempre
atualizando nossas contas do Instagram com fotos nas quais aparecemos rodeados de gente, apesar de nos sentirmos
extremamente sós. Como não podemos estar calados, sustentamos conversas que só fazem sentido em um contexto de
abominação do silêncio.
Que liberdade é essa que classifica como doentes quem não está de acordo com a norma de ser feliz e popular? Que liberdade é
essa que nos oferece verdadeiros cardápios de parceiros em potencial, mas só proporciona desencontros, porque devemos ser
desapegados? (...) Que liberdade é essa que nos oprime e nos esmaga para que possamos, finalmente, dizer “somos livres”,
“somos felizes”, “somos incríveis”?
Joel Birman, renomado psicanalista brasileiro, diz que vivemos em uma era em que a alteridade tende ao desaparecimento, o que
gera um cenário onde os indivíduos agem como meros predadores uns dos outros, utilizando uns aos outros como meios para
alcançar o gozo e a estetização de si. Eu prefiro não ter essa liberdade de usar o outro para meu próprio prazer. Eu prefiro não ter
essa liberdade que me faz temer dizer “eu gosto de você”, porque o que se espera é que só gostemos de nós mesmos e sejamos
objetos com fins precisos, e não seres humanos dotados de emoção. Eu prefiro não ter essa liberdade que me impede de ficar
triste, de chorar, de enfrentar o luto, de me revelar. Eu prefiro não ter essa liberdade que poda a humanidade existente em mim,
excluindo a falta de sentido, o desespero e a maravilha de ser alguém imperfeito.
Fonte: adaptado de <http://obviousmag.org/sangria_desatada/2017/nossa-liberdade-esta-sendo-deturpada.html>. Acesso em: 10 jan.2018.
Identifique, dentre as frases a seguir, qual apresenta INCORRETAMENTE a função da pontuação ao contexto em que está
sendo utilizada.
a) No trecho “A pílula foi inventada, e a liberdade sexual feminina vem sendo incrementada desde então, com um incrível
avanço de diversas vertentes do feminismo; as hierarquias são questionadas, culminando naquilo que chamamos de crise de
representação; a homossexualidade foi retirada do rol das doenças psiquiátricas; novos modelos familiares surgiram e foram
legitimados; entre outros fatores.”, há várias ideias desenvolvidas em sequência. Para indicar essa enumeração, a autora do texto
preferiu usar ponto e vírgula, sugerindo essa relação entre elas.
b) A frase “Podemos escolher o que desejamos entre uma gama de opções.” apresenta ponto final por finalizar uma ideia
tratada na oração.
c) Na frase “(...) Que liberdade é essa que nos oprime e nos esmaga para que possamos, finalmente, dizer “somos livres”,
“somos felizes”, “somos incríveis”?”, os parênteses com sinal de reticências indicam que houve uma supressão do texto, ou seja,
houve um corte, indicando que o texto continuou a ser desenvolvimento após essa parte a mais que não foi apresentada.
d) Na frase “Eu prefiro não ter essa liberdade que me faz temer dizer “eu gosto de você”, porque o que se espera é que só
gostemos de nós mesmos e sejamos objetos com fins precisos, e não seres humanos dotados de emoção.”, o uso das aspas na
oração destacada marca o discurso direto dentro do texto, representando a fala de alguém.
e) Na frase “Assim, em vez de lutarmos para afirmar nossa identidade e nossas vontades, simplesmente nos submetemos ao
status quo, ainda que isso signifique a autoanulação e o fingimento.” as três vírgulas utilizadas são opcionais, já que não possuem
uma função específica nesse contexto.
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Neste final de semana, esta Folha publicou editorial criticando a proposta de ampliar a pena daqueles que assassinam mulheres
por “razões de gênero”. O texto alega que tal “populismo” jurídico seria extravagância, já que todas as circunstâncias agravantes
que poderiam particularizar o homicídio contra mulheres (motivo fútil, crueldade, dificuldade de defesa) estariam contempladas
pela legislação vigente. Neste sentido, criar a categoria jurídica “razões de gênero” de nada serviria, a não ser quebrar o quadro
universalista que deveria ser o fundamento da lei.
No entanto, é difícil concordar com o argumento geral. Primeiro porque não é correta a ideia de que dispositivos jurídicos que
particularizam a violência de grupos historicamente vulneráveis sejam eficazes. A Lei Maria da Penha, só para ficar em um
exemplo, mostra o contrário. Pois, ao particularizar, o direito dá visibilidade a algo que a sociedade teima em não reconhecer. Ele
indica a especificidade para um tipo de violência que só pode ser combatido quando nomeado. Neste contexto, apagar o nome é
uma forma brutal de perpetuação da violência.
Estudo do Ipea1 estima anualmente, no Brasil, algo em torno de 527 mil tentativas e casos de estupros, sendo que 88,5% das
vítimas são mulheres e mais da metade tem menos de 13 anos. Só em 2011, foram notificados no Sinan2 33 casos de estupro por
dia, ou seja, esse foi o número de vítimas que procuraram o serviço médico. Diante de números aterradores, é difícil não
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reconhecer que existe uma violência específica contra as mulheres, assim como há específicas contra homossexuais, travestis
entre outros. Que o direito sirva-se de sua capacidade de particularizar sofrimentos para lutar contra tais especificidades, eis uma
de suas funções mais decisivas em sociedades em luta para criar um conceito substantivo de democracia.
Nesse sentido, há de se lembrar que não se justifica usar o argumento da necessidade de respeitar a natureza universalista da lei
em situações sociais nas quais tal universalidade mascara desigualdades reais. O direito deve usar, de forma estratégica e
provisória, a particularização a fim de evidenciar o vínculo entre violência e certas formas de identidade, impulsionando com isto a
criação de um universalismo real.
Se a sociedade brasileira chegou a este estágio de violência contra a mulher é porque há coisas que ela nunca quis ver e
continuará não vendo enquanto o direito não nomeá-las. Quando tal violência passar, podemos voltar ao quadro legal generalista.
Desta forma, ao menos desta vez, o governo agiu de maneira correta.
(SAFATLE, Vladimir. Feminicídio. Folha de S. Paulo. São Paulo, 10 mar. 2015. P A2)
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(Bill Watterson, As aventuras de Calvin e Haroldo)
Acerca do emprego de aspas no primeiro e no segundo quadrinho da tira, é correto afirmar que,
a) no primeiro, as aspas sinalizam a citação de uma frase; no segundo, dão destaque a uma palavra.
b) em ambos, as aspas sinalizam expressões empregadas em sentido figurado pelo menino Calvin.
c) em ambos, as aspas sinalizam a fala da personagem que faz a pergunta ao tigre Haroldo.
d) no primeiro, as aspas sinalizam uma frase que está sendo lida; no segundo, marcam uma expressão de gíria.
e) no primeiro, as aspas sinalizam uma frase que a personagem quer destacar; no segundo, marcam o emprego de palavra
descontextualizada.
Gabarito: A Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/651660
(...)
Instituições, como ensina Douglass North, são regras do jogo, formais e informais. Constituem as restrições que moldam a
interação humana, alinhando incentivos para ações de natureza política, social ou econômica. Criam condições para a atividade de
empreender, assumir riscos e gerar prosperidade. Protegem os cidadãos do arbítrio e da violência do Estado.
No Brasil, entendem-se instituições como restritas apenas às organizações do setor público. Ocorre que elas incluem regras sobre
liberdade de expressão e de opinião e, assim, garantias de imprensa livre e independente, além de compreenderem os mercados.
As instituições costumam surgir de novas crenças. Um exemplo foi a percepção, ao longo do tempo, das desvantagens do
autoritarismo. Daí vieram, no Brasil, o fim do regime militar e as normas do Estado democrático de direito nascidas da
Constituição de 1988.
(...)
(Revista Veja, Editora ABRIL, edição 2539, ano 50, nº 29, 19 de julho de 2017, p. 77).
Em apenas uma das sequências frasais, dispostas nas opções abaixo, a justificativa para o uso da(s) vírgula(s) difere das demais.
Assinale-a.
a) Instituições, como ensina Douglass North, são regras do jogo... .
b) No Brasil, entendem-se instituições como restritas apenas às organizações do setor público.
c) ...alinhando incentivos para ações de natureza política, social ou econômica.
d) Um exemplo foi a percepção, ao longo do tempo, das desvantagens do autoritarismo.
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e) Daí vieram, no Brasil, o fim do regime militar e as normas do Estado democrático de direito nascidas da Constituição de
1988.
Gabarito: C Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/659117
Daí nasce uma controvérsia, qual seja se é melhor ser amado ou temido. Pode-se responder que todos gostariam de ser ambas as
coisas; porém, como é difícil conciliá-las, é bem mais seguro ser temido que amado, caso venha a faltar uma das duas. Porque,
de modo geral, pode-se dizer que os homens são ingratos, volúveis, fingidos e dissimulados, avessos ao perigo, ávidos de ganhos.
Assim, enquanto o príncipe agir com benevolência, eles se doarão inteiros, oferecerão o próprio sangue, os bens, a vida e os
filhos, mas só nos períodos de bonança, como se disse mais acima; entretanto, quando surgirem as dificuldades, eles passarão à
revolta, e o príncipe que confiar inteiramente na palavra deles se arruinará ao ver-se despreparado para os reveses. Pois as
amizades que se conquistam a pagamento, e não por grandeza e nobreza de espírito, são merecidas, mas não se podem possuir
e nem gastar em tempos adversos; de resto, os homens têm menos escrúpulos em ofender alguém que se faça amar a outro que
se faça temer, porque o amor é mantido por um vínculo de reconhecimento, mas, como os homens são maus, aproveitam-se da
primeira ocasião para rompê-lo em benefício próprio, ao passo que o temor é mantido pelo medo da punição, o qual não
esmorece nunca.
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. (Tradução de Maurício Santana Dias).
São Paulo: Abril Cultural, Col. Os Pensadores, 1979, cap. XVII. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha>. Acesso em: 21 abr. 2018
(fragmento), com adaptações.
No que se refere às regras de pontuação e de ortografia vigentes, é correto afirmar que, na(s) linha(s)
a) considerando-se a divisão silábica do vocábulo “reconhecimento”, tem-se assim a correta separação: re-con-he-ci-men-to.
b) substitui-se corretamente o vocábulo “porque” pela forma por que, visto que essa conjunção introduz uma pergunta
indireta.
c) em “como se disse mais acima; entretanto, quando”, empregam-se corretamente dois-pontos no lugar do ponto e vírgula,
já que se introduz uma explicação nesse trecho.
d) faz-se correta a substituição do ponto final que antecede a conjunção “Porque” por vírgula, efetuando-se também as
devidas adequações.
e) a vírgula que sucede a expressão “Entre todos os soberanos” é facultativa.
Gabarito: D Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/661998
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Pela primeira vez, vício em games é
considerado distúrbio mental pela OMS
A 11ª Classificação Internacional de Doenças (CID) irá incluir a condição sob o nome de “distúrbio de games”. O documento
descreve o problema como padrão de comportamento frequente ou persistente de vício em games, tão grave que leva “a preferir
os jogos a qualquer outro interesse na vida”. A última versão da CID foi finalizada em 1992, e a nova versão do guia será
publicada neste ano. Ele traz códigos para as doenças, sinais ou sintomas e é usado por médicos e pesquisadores para rastrear e
diagnosticar uma doença.
O documento irá sugerir que comportamentos típicos dos viciados em games devem ser observados por um período de mais de
12 meses para que um diagnóstico seja feito. Mas a nova CID irá reforçar que esse período pode ser diminuído se os sintomas
forem muito graves. Os sintomas do distúrbio incluem: não ter controle de frequência, intensidade e duração com que joga video
game; priorizar jogar video game a outras atividades.
Richard Graham, especialista em vícios em tecnologia no Hospital Nightingale em Londres, reconhece os benefícios da decisão. “É
muito significativo, porque cria a oportunidade de termos serviços mais especializados.” Mas para ele é preciso tomar cuidado
para não se cair na ideia de que todo mundo precisa ser tratado e medicado. “Pode levar pais confusos a pensar que seus filhos
têm problemas quando eles são apenas ‘empolgados’ jogadores de video game”, afirmou.
(Jane Wakefield. BBC Brasil. www.bbc.com/portuguese. 02.01.2018. Adaptado)
A frase “Mas para ele é preciso tomar cuidado para não se cair na ideia de que todo mundo precisa ser tratado e medicado.” (3º
parágrafo) permanecerá correta caso seja apresentado entre vírgulas o seguinte trecho:
a) cuidado
b) para ele
c) para não se cair
d) todo mundo
e) na ideia de
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Dez comprimidos. E o que foi que sentiu? Uma tontura gostosa! Vejam só, uma tontura gostosa! Não é notável?
Que idade tem ela? Dez. Tomou querosene?
Por que a senhora bateu nela? A senhora não bate mais, ouviu?
No contexto em que estão empregadas, as orações interrogativas revelam as seguintes intenções comunicativas ou reações do
entrevistador, respectivamente:
a) busca de uma informação; espanto; advertência.
b) crítica; bom humor; confirmação de uma informação.
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Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é
para ser bebida.
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Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor,
se a contemplarmos bem.
Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida.
Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.
Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava
atento e repreendeu-me.
– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991. p. 76.
Sabemos que a vírgula pode ser empregada, também, como um recurso estilístico.
No Texto, por exemplo, a vírgula é facultativa no seguinte trecho:
a) “Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia.”
b) “O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.”
c) “Eu a furtara, eu a via morrer.”
d) “Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la.”
e) “– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!”
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civilização de maneira diferente se contarmos a história do comportamento “lúdico” como uma categoria mais abrangente – esse
era meu objetivo ao escrever O poder inovador da diversão. Essa história é muito mais importante que a maioria das pessoas
imagina.
Nesse seu último livro, você diz que os prazeres inúteis da vida geralmente nos dão uma pista sobre futuras
mudanças na sociedade. O que podemos prever para o futuro a partir dos nossos prazeres mais comuns agora?
Provavelmente o melhor exemplo recente foi a mania de Pokémon Go. Eu posso imaginar-nos olhando para trás em 2025, quando
muitos de nós estarão usando regularmente dispositivos de realidade aumentada para resolver “problemas sérios” no trabalho, e
vamos perceber que a primeira adoção dominante dessa tecnologia veio de pessoas correndo pelas cidades capturando monstros
japoneses imaginários em seus telefones.
Por que a humanidade precisa se divertir?
Esta é uma questão verdadeiramente profunda. Algumas coisas que consideramos divertidas (sexo, comida, por exemplo) têm
claras explicações evolutivas sobre por que nossos cérebros devem achá-las prazerosas. Mas o tipo de diversão que descrevo em
O Poder Inovador da Diversão – o prazer de ver uma boneca robô imitar um humano, ou a diversão de jogar um jogo de
tabuleiro – é mais difícil de explicar. Eu acho que tem a ver com a experiência de novidade e surpresa; uma parte significativa de
nossa inteligência vem do nosso interesse em coisas que nos surpreendem desafiando nossas expectativas. Quando
experimentamos essas coisas, temos um pequeno estímulo que diz: “Preste atenção nisso, isso é novo”. E assim, ao longo do
tempo, os sistemas culturais se desenvolveram para criar experiências cada vez mais elaboradas para surpreender outros seres
humanos: desde as primeiras flautas de osso, até os novos e brilhantes padrões de tecido de chita, todas as formas de Pokémon
Go. É uma história antiga; temos muito mais oportunidades e tecnologias para nos surpreender do que nossos ancestrais.
Adaptado de: <https://super.abril.com.br/blog/literal/por-que-a-diversao-e-tao-util-para-a-humanidade/>. Acesso em: 22 jun.
2018.
Considere os sinais de pontuação no trecho “Algumas coisas que consideramos divertidas (sexo, comida, por exemplo) têm claras
explicações evolutivas sobre por que nossos cérebros devem achá-las prazerosas. Mas o tipo de diversão que descrevo em O
Poder Inovador da Diversão é mais difícil de explicar.” e assinale a alternativa que o reescreve corretamente, mantendo sua
estrutura sintática e semântica.
a) Algumas coisas, que consideramos divertidas (sexo; comida; por exemplo), têm claras explicações evolutivas sobre por que
nossos cérebros devem achá-las prazerosas. Mas o tipo de diversão que descrevo em O Poder Inovador da Diversão é mais difícil
de explicar.
b) Algumas coisas que consideramos divertidas, sexo, comida, por exemplo, têm claras explicações evolutivas sobre por que
nossos cérebros devem achá-las prazerosas. Mas o tipo de diversão que descrevo em (O Poder Inovador da Diversão) é mais
difícil de explicar.
c) Algumas coisas que consideramos divertidas – sexo, comida, por exemplo – têm claras explicações evolutivas sobre por
que nossos cérebros devem achá-las prazerosas? Mas o tipo de diversão que descrevo em “O Poder Inovador da Diversão” é mais
difícil de explicar.
d) Algumas coisas, que consideramos divertidas (sexo, comida, por exemplo), têm claras explicações evolutivas sobre por que
nossos cérebros devem achá-las prazerosas; Mas o tipo de diversão, que descrevo em O Poder Inovador da Diversão, é mais difícil
de explicar.
e) Algumas coisas que consideramos divertidas (sexo, comida, por exemplo) têm claras explicações evolutivas sobre por que
nossos cérebros devem achá-las prazerosas; mas o tipo de diversão que descrevo em “O Poder Inovador da Diversão” é mais
difícil de explicar.
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1,2. Já na África do Sul, país extremamente desigual e igualmente detentor de altos índices de criminalidade, a letalidade da
polícia é de 1,1. Já a taxa brasileira atingiu a marca de 1,6 em 2015, com uma tendência ascendente. “A polícia que queremos
não governa pelo medo, mas pela lei”, escreve a pesquisadora.
(3) Cobrar uma conduta legal por parte do aparelho policial precisa ser também uma responsabilidade e um compromisso da
sociedade, na visão do corregedor-geral da Secretaria de Defesa Social, o delegado federal Antônio de Pádua. Há três meses à
frente do cargo, ele diz que, apesar do descrédito da população em relação ao trabalho das Corregedorias, a instituição tem
apresentado resultados.
(4) “No ano passado, expulsamos 84 agentes, entre policiais militares, civis, bombeiros e agentes penitenciários. É um número
alto. Nosso trabalho depende da confiança da população. É importante ela denunciar a conduta do mau policial”, reforça.
Ciara Carvalho. Disponível em: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/noticia/2017/04/01/
policia-brasileira-e-a-que-mais-mata-e-a-que-mais-morre-276636.php. Acesso em: 07/07/2018. Adaptado.
Acerca dos sinais de pontuação empregados no Texto, assinale a alternativa CORRETA.
a) No trecho: “Os dados do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados no final de 2016 pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, colocam o Brasil no topo do ranking entre os países com maior letalidade policial [...].”, as vírgulas que isolam
o segmento destacado cumprem a função de conferir-lhe maior ênfase, em relação ao restante do trecho.
b) O primeiro parágrafo é concluído com o seguinte enunciado: “Sociedade e polícia espelham a violência um do outro.”. O
ponto final nesse trecho sinaliza a intenção do autor de apresentar o enunciado como completo.
c) No trecho: “a socióloga e diretora-executiva do fórum, Samira Bueno, faz as contas”, as vírgulas foram empregadas para
separar o vocativo do restante do texto.
d) Os dois-pontos foram utilizados no trecho “a socióloga e diretora-executiva do fórum, Samira Bueno, faz as contas: em
Honduras, [...]” com a função de introduzir uma citação literal, em discurso direto.
e) No trecho: “A polícia que queremos não governa pelo medo, mas pela lei”, a vírgula foi empregada para marcar o início de
um novo período.
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Gabarito: E Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/713847
Em "é fácil, Miguelito, se eu (...)", as vírgulas foram usadas para isolar
a) o sujeito.
b) um aposto.
c) um vocativo.
d) um adjunto.
e) um adjunto adnominal.
Gabarito: C Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/713950
Pesquisadores brasileiros e britânicos observaram que a frequência cardíaca de pacientes hipertensos diminui ao ouvirem música
após a medicação
A música é muito mais poderosa do que imaginávamos. É o que revela uma pesquisa de cientistas brasileiros e britânicos que se
reuniram para observar como o coração de pacientes hipertensos se comporta após tomarem medicação sob efeito da música.
A pesquisa foi publicada na Scientific Reports, revista do grupo Nature, e dá suporte para que outros médicos utilizem a música
no tratamento de pacientes com hipertensão.
Em dois dias aleatórios, um grupo de 37 pessoas foi monitorado durante uma hora após tomar os medicamentos para
hipertensão. Em um dia, os pacientes ficaram sob observação com os fones desligados e, em outro, eles ouviram uma playlist de
cinco músicas especialmente selecionadas pelos pesquisadores. [...]
Depois do experimento, os cientistas analisaram a variabilidade da frequência cardíaca, um método sensível para detectar o
comportamento das batidas do coração. Como resultado, os pesquisadores verificaram que a frequência cardíaca havia diminuído
de forma mais acentuada quando o grupo ouviu a playlist após tomar o remédio para hipertensão. Ou seja, a música ajudou a
melhorar o desempenho do efeito do medicamento em um curto prazo — durante aquela uma hora de observação após a
ingestão do remédio. [...] Além da Unesp, participaram do estudo a Faculdade do Juazeiro do Norte (Ceará), a Faculdade de
Medicina do ABC (São Paulo) e a Oxford Brookes University, da Inglaterra.
LOPES, Larissa. Música instrumental pode melhorar efeito de remédios para hipertensão. Revista Galileu, 2018. Disponível em: <https://revista
galileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/01/>. Acesso em: 5 abr. 2018, com adaptações.
No que se refere à pontuação de orações do texto, assinale a alternativa correta.
a) Em “A música é muito mais poderosa do que imaginávamos. É o que revela uma pesquisa”, substitui-se corretamente o
ponto final por dois-pontos, uma vez que ambos podem introduzir uma explicação ou esclarecimento.
b) No trecho “A pesquisa foi publicada na Scientific Reports, revista do grupo Nature, e dá suporte”, é correto substituir as
vírgulas por travessões, mantendo-se assim a correção gramatical.
c) No período “Em um dia, os pacientes ficaram sob observação com os fones desligados e, em outro, eles ouviram uma
playlist de cinco músicas”, todas as vírgulas são facultativas.
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d) Os períodos “Como resultado, os pesquisadores verificaram que a frequência cardíaca havia diminuído de forma mais
acentuada quando o grupo ouviu a playlist após tomar o remédio para hipertensão. Ou seja, a música ajudou a melhorar o
desempenho” podem ser reescritos substituindo-se o ponto final por ponto e vírgula.
e) Em “a música ajudou a melhorar o desempenho do efeito do medicamento em um curto prazo — durante aquela uma hora
de observação”, substitui-se corretamente o travessão por ponto e vírgula, pois este também tem a função de realçar a parte do
texto que o sucede.
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simples teste de memória consegue detectar os primeiros indícios de demência, mesmo que outros sinais de Alzheimer ainda não
tenham se manifestado.
Segundo o novo método proposto pelos pesquisadores, é necessário ficar atento à capacidade de guardar informações depois de
uma semana para detectar as primeiras mudanças cognitivas dos possíveis pacientes.
Para chegar a essa conclusão, eles pediram para que 35 pessoas memorizassem uma lista de palavras, detalhes de um diagrama
e de uma história. Meia hora depois, os participantes precisaram contar as informações que lembravam. Na semana seguinte, os
cientistas perguntaram o que os mesmos voluntários lembravam do teste de sete dias antes.
O detalhe é que 21 integrantes do grupo carregavam uma mutação genética que os tornava mais vulneráveis a desenvolver
Alzheimer a partir dos 40 anos. Apesar de saudáveis, os pesquisadores acreditam que a maioria deles poderia apresentar algum
sintoma de dano cognitivo dentro de sete anos. Os outros 14 voluntários participaram do experimento como um grupo de
controle para comparar com os que tinham mais chances de acabar tendo a doença.
Os autores do estudo perceberam que os 21 “marcados geneticamente” conseguiram responder o teste de memória depois de
meia hora, mas passado uma semana não lembravam mais das informações. No grupo dos 14, o desempenho não mudou
tanto. Os pesquisadores acreditam que o tipo de teste utilizado no experimento pode ser a primeira forma de descobrir as
mudanças cognitivas que desencadeiam o Alzheimer. Além disso, também pode ajudar a identificar a doença com antecedência e
a monitorar se o tratamento para controlar a demência está tendo resultados.
“É realmente um caso de perda de memória acelerada. Muitas pessoas têm a impressão de que alguma coisa está errada com a
sua memória, mas quando fazem o teste de 30 minutos não mostra nada, porque não é tempo suficiente. As pessoas com a
mutação e que estão em estágio inicial da doença, por exemplo, não tiveram resultados ruins depois de 30 minutos, mas depois
de sete dias o desempenho delas foi consideravelmente pior. A diferença foi notável”, disse o autor do estudo, Nick Fox, professor
do Instituto de Neurologia da UCL, em entrevista ao site The Guardian.
Estima-se que 35,6 milhões de pessoas sofram com a doença no mundo. A Organização Mundial da Saúde acredita que, devido
ao envelhecimento da população global, o número de pacientes com esse tipo de demência possa dobrar dentro de 12 anos e
triplicar até 2050. A Associação Internacional de Alzheimer defende a possibilidade de que a cada segundo um novo caso seja
diagnosticado até a metade do século. No Brasil, a Associação Brasileira de Alzheimer calcula que 1,2 milhão de pacientes tenham
a doença.
CARBONARI, Pâmela. SuperInteressante. Disponível em: <http://abr.ai/2BJ94EX>. Acesso em: 7 fev. 2018 (Adaptação).
Releia o trecho a seguir.
Os autores do estudo perceberam que os 21 “marcados geneticamente” conseguiram responder o teste de memória [...]
Nesse trecho, a autora utiliza as aspas para:
a) marcar a expressão indicando que ela não possui um significado literal.
b) sinalizar que a expressão marcada pelas aspas é parte da fala do autor do estudo, Nick Fox.
c) realçar um trecho que indica ironia por parte da autora.
d) indicar que essa expressão pertence ao domínio científico.
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O grupo testou 1.258 drogas nos tecidos e identificou que a combinação mais eficiente para reduzir as proteínas Beta-amiloide foi
um coquetel de três medicações existentes:
• bromocriptina, usada para tratar o Mal de Parkinson;
• cromoglicato, usada para asma; e
• topiramato, usada no tratamento de epilepsia.
Ao usar as três medicações simultaneamente, o experimento mostrou que a acumulação de Beta-amiloide reduziu em mais de
30%.
No relatório, os pesquisadores explicam que “o coquetel mostrou um efeito significativo e potente e promete ser útil” no
desenvolvimento de drogas para tratar a doença.
A pesquisa
A experiência foi publicada no jornal on-line Cell Reports.
Nela o grupo de pesquisadores criou células-tronco pluripotentes induzidas (células iPS, na sigla em inglês) de pessoas, incluindo
pacientes com Alzheimer, e as cultivou in vitro para replicar tecidos cerebrais doentes.
Depois, os cientistas criaram neurônios derivados dessas células iPS para cinco pacientes com histórico de Alzheimer na família;
para quatro sem histórico na família, mas na área de risco considerada “Alzheimer esporádico”; e para quatro perfeitamente
saudáveis.
“Houve um efeito a nível celular, mas ainda não temos certeza de como pode afetar um ser humano”, afirmou Haruhisa Inoue,
professor da Universidade de Kyoto e membro da equipe, à imprensa japonesa.
Segundo o centro de pesquisas, esta é a primeira vez na história em que uma combinação de medicamentos consegue reduzir as
proteínas Beta-amiloide.
Alzheimer é o mais comum tipo de demência no planeta. De acordo com a organização internacional que acompanha a doença,
ADI, há 46,8 milhões de pessoas com o Mal no mundo.
SÓ NOTÍCIA BOA. Disponível em: <http://bit.ly/2Ev6JOY>. Acesso em: 8 fev. 2018 (Adaptação).
Releia o trecho a seguir.
“O grupo testou 1.258 drogas nos tecidos e identificou que a combinação mais eficiente para reduzir as proteínas Beta-amiloide
foi um coquetel de três medicações existentes:”
O sinal de dois-pontos foi utilizado para:
a) isolar orações coordenadas.
b) separar ideias de grande extensão.
c) destacar uma citação.
d) marcar uma enumeração.
Gabarito: D Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/722875
Pouco mais de um século depois, os irmãos Grimm abrandaram o enredo do conto e o coroaram com um final feliz. Se a
Chapeuzinho Vermelho do século XVII era devorada pelo lobo, não seria de surpreender que a atual repreendesse a fera por sua
atitude sexista quando a abordasse no bosque. A força do conto, no entanto, está no fato de que ele fala por meio de uma
linguagem simbólica e nos convida a explorar a escuridão do mundo, a cartografia dos medos, tanto ancestrais como íntimos. Por
isso ele desafia todos nós, incluindo os adultos. [...]
A poetisa Wislawa Szymborska falou sobre um amigo escritor que propôs a algumas editoras uma peça infantil protagonizada por
uma bruxa. As editoras rejeitaram a ideia. Motivo? É proibido assustar as crianças. A ganhadora do prêmio Nobel, admiradora de
Andersen – cuja coragem se destacava por ter criado finais tristes –, ressalta a importância de se assustar, porque as crianças
sentem uma necessidade natural de viver grandes emoções: “A figura que aparece [em seus contos] com mais frequência é a
morte, um personagem implacável que penetra no âmago da felicidade e arranca o melhor, o mais amado. Andersen tratava as
crianças com seriedade. Não lhes falava apenas da alegre aventura que é a vida, mas também dos infortúnios, das tristezas e de
suas nem sempre merecidas calamidades”. C. S. Lewis dizia que fazer as crianças acreditar que vivem em um mundo sem
violência, morte ou covardia só daria asas ao escapismo, no sentido negativo da palavra.
Depois de passar dois anos mergulhado em relatos compilados durante dois séculos, Italo Calvino selecionou e editou os 200
melhores contos da tradição popular italiana. Após essa investigação literária, sentenciou: “Le fiabe sono vere [os contos de fadas
são verdadeiros]”. O autor de O Barão nas Árvores tinha confirmado sua intuição de que os contos, em sua “infinita variedade e
infinita repetição”, não só encapsulam os mitos duradouros de uma cultura, como também “contêm uma explicação geral do
mundo, onde cabe todo o mal e todo o bem, e onde sempre se encontra o caminho para romper os mais terríveis feitiços”. Com
sua extrema concisão, os contos de fadas nos falam do medo, da pobreza, da desigualdade, da inveja, da crueldade, da avareza...
Por isso são verdadeiros. Os animais falantes e as fadas madrinhas não procuram confortar as crianças, e sim dotá-las de
ferramentas para viver, em vez de incutir rígidos patrões de conduta, e estimular seu raciocínio moral. Se eliminarmos as partes
escuras e incômodas, os contos de fadas deixarão de ser essas surpreendentes árvores sonoras que crescem na memória
humana, como definiu o poeta Robert Bly.
(Marta Rebón. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/18/eps/1537265048_460929.html>.)
Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:
1. Na frase “Os animais falantes e as fadas madrinhas não procuram confortar as crianças, e sim dotá-las de ferramentas para
viver, em vez de incutir rígidos patrões de conduta, e estimular seu raciocínio moral”, a vírgula depois de “conduta” pode ser
suprimida sem alteração do sentido.
2. Na frase “A ganhadora do prêmio Nobel, admiradora de Andersen – cuja coragem se destacava por ter criado finais tristes
–, ressalta a importância de se assustar...”, a vírgula depois do segundo travessão pode ser corretamente suprimida.
3. No trecho “...não só encapsulam os mitos duradouros de uma cultura, como também contêm uma explicação geral do
mundo...”, a vírgula depois de “cultura” pode ser corretamente suprimida.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
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Para pesquisadores, o Facebook e o WhatsApp devem ter mais ênfase neste pleito, mas é preciso usá-los bem.
Embora estudiosos das relações entre comunicação e política sejam cautelosos ao projetar o espaço que redes sociais podem
ocupar na campanha deste ano, pesquisa do Ideia Big Data, divulgada em maio, aponta que as redes sociais devem influenciar na
definição de voto de 43,4% dos eleitores, contra 56,6% que disseram que mídias digitais não terão influência na tomada de
decisão. Dentre tantas plataformas, o Facebook e o WhatsApp são apontados por pesquisadores como aquelas que devem ter uso
intensificado na campanha de 2018, mas, ao mesmo tempo em que elas podem ser ferramentas úteis para a definição do voto do
eleitor, também são terreno fértil para a propagação de Fake News e propaganda negativa na eleição.
O estudo do Ideia Big Data revela que 59,5% dos entrevistados pretendem acompanhar as publicações dos seus candidatos pelas
redes sociais. A plataforma preferida para isso, de acordo com o levantamento, é o Facebook (58,5%), seguida do YouTube
(13,2%), do Instagram (11,5%), Twitter (8,9%), WhatsApp (4,8%) e LinkedIn (3,2%). A pesquisa, encomendada pela consultoria
Bites, entrevistou 1.482 pessoas no País. A margem de erro, segundo o instituto, é de três pontos percentuais para mais ou para
menos.
Os dados sinalizam que, como estratégias de campanha, plataformas como o Facebook, o Twitter e o Instagram, além de
instrumentos de comunicação como o WhatsApp, podem ganhar mais espaços na disputa de postulantes pelos cargos eletivos
que estarão em jogo em outubro próximo, mas pesquisadores defendem, também, que é fundamental que o eleitorado aprenda a
fazer um bom uso das redes sociais para que elas possam ser relevantes no processo eleitoral.
Na avaliação de Jamil Marques, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que
desenvolve pesquisas na área de comunicação e política, há dois elementos que apontam para que as redes sociais, às quais ele
se refere como redes de comunicação digital, passem a ter espaço cada vez mais relevante nas campanhas e também no
comportamento do eleitorado para a definição do voto.
Sociabilidade
Em um universo de tantas redes sociais, porém, algumas, nas projeções dos pesquisadores, podem ter mais ênfase na campanha
de 2018. Jamil Marques acredita que as duas plataformas que mais vão se destacar na disputa eleitoral deste ano são o
Facebook, que já teve posição de destaque em pleitos anteriores, e o WhatsApp – embora defina este como um instrumento de
comunicação –, que tem, segundo ele, ganhado projeção maior na esfera eleitoral.
“Essas ferramentas passam a ocupar uma centralidade nas nossas vidas e os candidatos não podem abrir mão de estar lá. Alguns
anos atrás, coisa de duas décadas, a gente tinha grandes atores que participavam da comunicação política: os marqueteiros, o
jornalismo, os institutos de opinião pública, o Poder Judiciário. Hoje, a gente tem um outro ‘player’, que é justamente o controle
das redes sociais”.
Wilson Gomes, da UFBA, também considera que o WhatsApp deve estar mais em evidência na campanha, pela característica de
que o compartilhamento de mensagens instantâneas na plataforma não é “rastreável” como em outras redes sociais, como o
Facebook ou o Twitter, nas quais publicações podem ser salvas e ficam disponíveis por mais tempo. Este elemento, aliás, está na
centralidade das discussões sobre a propagação de Fake News durante o pleito deste ano.
Alcance
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“O WhatsApp, que é uma rede de publicação de mensagens instantâneas, permite as pessoas utilizarem para tudo, para o bem e
para o mal. Estamos reclamando do WhatsApp porque o ambiente político está muito envenenado, polarizado. Se as pessoas
estão odiando, elas vão odiar no Twitter, no Facebook, no bar, na reunião...”, opina. Conforme Gomes, as redes sociais, contudo,
potencializam a escala do alcance e a velocidade de distribuição de informações. (...)
Neste cenário, o professor Jamil Marques afirma que, para o eleitorado, o principal desafio já colocado é aprender a utilizar as
redes sociais, de modo que possa se apropriar dos benefícios proporcionados por elas, mas também desviar de problemas que
causam ou intensificam. “É muito importante que o eleitor aprenda a característica de uma Fake news e, a partir disso, possa
começar a distinguir em qual material e em qual tipo de fonte ele pode confiar ou não”, defende.
A vírgula destacada em “Alguns anos atrás, coisa de duas décadas, a gente tinha grandes atores que participavam da
comunicação política:” foi empregada para:
a) Separar orações coordenadas assindéticas.
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16/03/2023, 22:03 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Um crime bárbaro mobilizou a Polícia Militar na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, ontem. Um filho matou a mãe com
mais de 20 facadas no pescoço, no Bairro Lagoinha Leblon. O rapaz, de 22 anos, se apresentou espontaneamente à 9ª Área
Integrada de Segurança Pública (Aisp) e deu detalhes do crime. Segundo a polícia, o jovem informou que tinha um
relacionamento difícil com a mãe e teria discutido com ela momentos antes de desferir os golpes. Ele também apresentou um
laudo médico, segundo o qual estaria passando por tratamento psiquiátrico. O assassino confesso foi encaminhado à Central de
Flagrantes do Bairro Alípio de Melo (Ceflan 4), na Região da Pampulha, onde ficará à disposição da Justiça. O corpo da mulher foi
encontrado em uma cama, ao lado de um outro filho dela, que não teve participação no crime, conforme a PM.
1. Um crime bárbaro mobilizou a Polícia Militar na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, ontem.
2. O rapaz, de 22 anos, se apresentou espontaneamente à 9ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) e deu detalhes do
crime.
3. Segundo a polícia, o jovem informou que tinha um relacionamento difícil com a mãe e teria discutido com ela momentos
antes de desferir os golpes.
INDIQUE entre os parênteses a justificativa adequada para uso da vírgula em cada frase.
Os dados do ‘Atlas da Violência 2018: políticas públicas e retratos dos municípios brasileiros’ revelam que a violência é menor em
cidades de maior desenvolvimento humano. A análise dos 309 municípios com mais de 100 mil habitantes mostrou que as taxas
de homicídios são superiores naqueles que concentram populações mais pobres, baixos índices de atendimento a crianças e
adolescentes e mais casos de desocupação e de gravidez na adolescência.
Os números reforçam os contrastes entre as cidades que ficam nos extremos da tabela: Brusque (SC) e Queimados (RJ). Na
primeira, a taxa de homicídios e mortes violentas ficou em 4,8 casos por 100 mil habitantes; na outra, o índice chegou a 134,9.
Os municípios mais violentos se concentram nas regiões Norte e Nordeste. Os números analisados são do ano de 2016.
Os dados do Atlas mostram o tamanho da desigualdade: em Brusque, a taxa de atendimento escolar na faixa de zero a três anos
era de 31,3%, em Queimados, de 14,5%; a renda média por pessoa dos 20% mais pobres chegou a R$ 505,50 na cidade
catarinense e a R$ 180 na do Estado do Rio.
Os índices de desocupação entre os 18 e 24 anos nos dois municípios foram de, respectivamente, 3,8% e 22%; os de gravidez na
adolescência, de 1,3% e 2,9%. Outro dado relevante é o percentual de jovens entre 15 a 24 que não estudavam nem
trabalhavam, os “nem-nem”: em Brusque, eram 1,2% do total; em Queimados, 13%. [...]
Os dados foram analisados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No
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estudo, os pesquisadores frisam a necessidade de olhar a segurança pública de maneira mais ampla, não restrita apenas à
atuação policial. Para eles, “a confusão sobre a produção do trabalho policial com a produção de segurança pública gera uma
injustiça para as próprias organizações policiais, pois coloca toda a carga do problema sobre as mesmas.
Desse modo, quando a situação se deteriora, a responsabilidade recai sobre os ombros das polícias.” Esse processo, frisam, faz
com que sejam diminuídas as responsabilidades de governos que não desenvolveram “um planejamento adequado e um plano de
prevenção que componham uma política de Estado”.
“[...] em Brusque, a taxa de atendimento escolar na faixa de zero a três anos era de 31,3%, em Queimados, de 14,5% [...]”
a) “Esse processo, frisam, faz com que sejam diminuídas as responsabilidades de governos [...]”.
b) “[...] em Brusque, eram 1,2% do total; em Queimados, 13%. [...]”.
c) “[...] as taxas de homicídios são superiores naqueles que concentram populações mais pobres, baixos índices de
atendimento a crianças e adolescentes [...]”.
d) “Outro dado relevante é o percentual de jovens entre 15 a 24 que não estudavam nem trabalhavam, os ‘nem-nem’ [...]”.
e) “Os índices de desocupação entre os 18 e 24 anos nos dois municípios foram de, respectivamente, 3,8% e 22% [...]”.
Gabarito: B Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/768474
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Comprar e vender votos é considerado crime eleitoral? Sim, é crime. E a lei prevê penas para pessoas que o cometem. Segundo o
art. 299 do Código Eleitoral, é considerado crime eleitoral "dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem,
dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta
não seja aceita".
A pena prevista para esse crime é de reclusão até 4 quatro anos e pagamento de 5 a 15 dias- multa. Também é punida a
tentativa de oferecer alguma coisa (bens, vantagens ou dinheiro) para incentivar o eleitor a não exercer o seu direito de voto
(abstenção). A lei nº 12.034/09 afirma que não é preciso haver um pedido explícito pelo voto para ser considerada conduta ilícita.
Basta ser comprovado o procedimento fraudulento.
Sendo assim, trocar o voto por algo que não seja dinheiro também é crime? Mesmo que não esteja envolvido o ato de dar ou
receber dinheiro, a lei também prevê que é ilícito trocar coisas por votos. Isso significa que é ilícito oferecer comida (cestas
básicas), materiais de construção (tijolos, por exemplo) ou empregos para obter votos.
E o que acontece com um candidato que compra votos? A lei complementar nº 64/90 (Lei da Inelegibilidade), no art. 1º, inciso I,
alínea J também trata da compra de votos. Quem for condenado em decisão transitada em julgado (sem possibilidade de recurso)
por captação ilícita de votos (comprar ou tentar comprar)(1º) ou sofrer cassação do registro ou diploma, ficará inelegível por 8
anos, a partir das eleições(2º). O cidadão detém, portanto, amparo legal para fazer denúncias e se proteger do assédio de
determinados candidatos.
Comprar e vender votos é considerado crime eleitoral? Sim, é crime. E a lei prevê penas para pessoas que o cometem. Segundo o
art. 299 do Código Eleitoral, é considerado crime eleitoral "dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem,
dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta
não seja aceita".
A pena prevista para esse crime é de reclusão até 4 quatro anos e pagamento de 5 a 15 dias- multa. Também é punida a
tentativa de oferecer alguma coisa (bens, vantagens ou dinheiro) para incentivar o eleitor a não exercer o seu direito de voto
(abstenção). A lei nº 12.034/09 afirma que não é preciso haver um pedido explícito pelo voto para ser considerada conduta ilícita.
Basta ser comprovado o procedimento fraudulento.
Sendo assim, trocar o voto por algo que não seja dinheiro também é crime? Mesmo que não esteja envolvido o ato de dar ou
receber dinheiro, a lei também prevê que é ilícito trocar coisas por votos. Isso significa que é ilícito oferecer comida (cestas
básicas), materiais de construção (tijolos, por exemplo) ou empregos para obter votos.
E o que acontece com um candidato que compra votos? A lei complementar nº 64/90 (Lei da Inelegibilidade), no art. 1º, inciso I,
alínea J também trata da compra de votos. Quem for condenado em decisão transitada em julgado (sem possibilidade de recurso)
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por captação ilícita de votos (comprar ou tentar comprar) ou sofrer cassação do registro ou diploma, ficará inelegível por 8 anos,
a partir das eleições. O cidadão detém, portanto, amparo legal para fazer denúncias e se proteger do assédio de determinados
candidatos.
“Em todo cabeleireiro talvez haja a vocação frustrada de um dentista; conheci mesmo um que deixou a tesoura, em Belo
Horizonte, e foi ganhar a vida com um boticão em Montes Claros.
É verdade que no dentista, pelo fato muito explicável de estarmos de boca aberta, não precisamos responder a nenhuma
daquelas perguntas que no barbeiro geram sempre a mais cacete das conversas sem futuro. Mas é verdade também que o
simples aparato de brocas e ferramentas já nos sugere a humilhação de uma dor transcendente a toda anestesia e nos faz
desejar as dentaduras duplas que Carlos Drummond de Andrade cantou.”
(SABINO, Fernando. “Dor de dente”. In: Livro aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.39-40).
Com relação à pontuação do trecho acima, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo e depois assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta.
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Além da estrutura sintática, a pontuação indica vários outros aspectos presentes no texto e que podem ser assim explicados e
exemplificados:
Um relatório do Fórum Econômico Mundial de 2016 afirma que, em 2050, teremos mais plástico nos oceanos do que peixes.
Segundo o documento, a cada ano despejamos 8 milhões de toneladas de plástico. É uma caçamba de caminhão de lixo sendo
jogada nas águas por minuto. Se nada for feito, a expectativa é de que pule para duas por minuto em 2030 e para quatro em
2050. Hoje, diz o relatório, temos mais de 150 milhões de toneladas de plástico nos oceanos.
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que ela trouxe lançaram os seres vivos numa corrida em busca do maior e mais versátil cérebro. Mas os organismos que
entraram na disputa enfrentaram um sério problema. Na evolução biológica, é impossível traçar um plano novo de construção de
órgão do zero, pois herdamos as instruções básicas para a obra que estão nos genes dos nossos pais. O resultado disso é que o
cérebro foi crescendo meio no improviso, com “puxadinhos” se amontoando a partir de uma estrutura básica.
Essa é a verdadeira história do cérebro: uma sucessão de gambiarras bem-feitas. E nem precisamos ir longe para entender isso.
Quem tenta se concentrar em fazer uma prova, mas ao mesmo tempo não consegue tirar os olhos da(o) mocinha(o) ao lado
experimenta sentimentos e pensamentos tão pouco relacionados que aparentam ter sido juntados aleatoriamente uns com os
outros. Foram mesmo. “Existe uma série imperfeita de conexões entre os sistemas cognitivos e emocionais”, afirma o
neurocientista Joseph Le Doux. “Essa situação é parte do preço que pagamos por termos capacidades que ainda não foram
plenamente integradas ao nosso cérebro”. Quantas são essas capacidades e como elas se relacionam são questões centrais para
definir o que é a inteligência, mas ninguém ainda tem uma resposta exata para elas.
Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em https://super.abril.com.br/ciencia/inteligencia/. Acesso em 09 out. 2018.
Sobre o travessão localizado e destacado no texto, considere as seguintes afirmações:
I. Ele está sendo utilizado, porque é um sinal de pontuação que serve para separar orações ou frases explicativas.
II. Em seu lugar, poderia ser inserido um hífen a fim de manter a intenção do autor em realçar o exemplo sobre o
desenvolvimento da aprendizagem.
III. Ele poderia ser suprimido caso o autor quisesse deixar de salientar a mudança na prática das caçadas feitas pelos seres
humanos, sem haver prejuízos à compreensão da mensagem.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
Gabarito: A Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/898056
(i) A vírgula separa elementos que exercem a mesma função sintática e não estão unidos por e, ou e nem.
(ii) A vírgula ou os dois-pontos isolam o aposto.
(iii) A vírgula isola o vocativo.
(iv) A vírgula isola adjuntos adverbiais deslocados para o início ou para o meio da oração.
UM PLANO GENIAL
Joaquim Rebolão estava desempregado e lutava com grandes dificuldades para se manter. A sua situação ainda mais se agravava
pelo fato de ter que dar assistência a um filho, rapaz inexperiente que também estava no desvio. Joaquim Rebolão, porém,
defendia-se como um autêntico leão da Núbia, neste deserto de homens e ideias.
O seu cérebro, torturado pela miséria, era fértil e brilhante, engendrando planos verdadeiramente geniais, graça aos quais sempre
se saía galhardamente das aperturas diárias com que o destino cruel o torturava.
Naquele dia, o seu grude já estava garantido. Recebera convite para um banquete de cerimônia, em homenagem a um alto
figurão que estava necessitando de claque. Mas o nosso herói não estava satisfeito. porque não conseguira um convite para
afilho.
A hora marcada, porém, Rebolão, acompanhado do rapaz, dirige-se para o salão, onde se celebraria a cerimônia. Antes de
penetrar no recinto, diz a seu filho faminto:
— Fica firme aqui na porta um momento, porque preciso dar um jeito a fim de que tu também tomes parte no festim.
Já estavam todos os convidados sentados nos respectivos lugares, na grande mesa em forma de ferradura, quando, ao começar o
bródio, Rebolão se levanta e exclama:
— Senhores, em vista da ausência do Sr. Vigário nesta festa, tomo a liberdade de benzer a mesa. Em nome do Padre e do Espírito
Santo!
— Entra de uma vez, menino! Não vês que estes senhores te estão chamando?
No período “— Senhores, em vista da ausência do Sr. Vigário nesta festa, tomo a liberdade de benzer a mesa." (§ 7), as vírgulas
foram empregadas para:
a) separar um vocativo e um adjunto adverbial de causa do predicado.
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daqueles que se parecem com conhecidos que consideremos desonestos ou imorais – e costumamos confiar mais nos estranhos
que se parecem com pessoas em quem confiamos.
“E isso acontece mesmo que não tenhamos consciência dessa semelhança”, explica uma das autoras, a professora Elizabeth
Phelps, do departamento de psicologia da Universidade de Nova York (NYU, na sigla em inglês). “Isso mostra que nossos cérebros
implementam um mecanismo de aprendizado no qual informações morais codificadas de experiências passadas orientam futuras
escolhas“, completa.
Para chegar a essa conclusão, foram realizados testes baseados em jogos de confiança.
Neles, os voluntários deveriam decidir se compartilhariam ou não dinheiro com outros jogadores (que eram fictícios e
representados por imagens faciais ).
Em cada jogo, a pessoa tinha que decidir se confiaria a sua grana a três jogadores diferentes.
Na primeira rodada, ela fica sabendo que tudo o que compartilhasse seria multiplicado por quatro e que o outro jogador poderia
retribuir essa quantia ou então manter todo o dinheiro para si.
Cada jogador fictício podia ser altamente confiável (compartilhavam a quantia 93% das vezes), mais ou menos confiável
(compartilhavam 60% das vezes) ou nada confiável (compartilhavam só 7% das vezes).
Em uma segunda rodada, os voluntários deveriam selecionar novos parceiros para o jogo – desta vez, jogadores novos. Mas havia
um truque secreto: os pesquisadores haviam gerado o rosto desses novos participantes a partir da imagem dos anteriores. Ou
seja, eram parecidos com os outros jogadores da primeira rodada.
Na maior parte das vezes, mesmo sem se dar conta da semelhança, os voluntários acabaram escolhendo aqueles que se pareciam
com os jogadores mais honestos da rodada anterior e evitavam jogar com quem se assemelhava aos menos confiáveis. Quanto
mais parecidos com os jogadores confiáveis de antes, maior a confiança demonstrada neles, e vice-versa.
Para completar, os pesquisadores analisaram a atividade cerebral dos voluntários enquanto tomavam as decisões no jogo e
concluíram algo interessante : ao decidir se os desconhecidos poderiam ou não ser confiáveis, o cérebro dos voluntários ativou as
mesmas regiões neurológicas de quando se aprendeu sobre o parceiro na primeira tarefa. Isso inclui a amígdala,
região que desempenha um papel importante na aprendizagem emocional.
(Fonte: https://super.abril.com.br/blog/como-pessoas-funcionam/por-que-alguns-desconhecidos-parecem-mais-
confiaveis-que-outros/ - Texto adaptado)
Analise as seguintes assertivas a respeito da pontuação do texto, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas:
( ) A vírgula da linha (1ª ocorrência) é empregada pelo mesmo motivo que a da linha.
( ) Os parênteses da linha poderiam ser substituídos por vírgula sem acarretar incorreções, considerando as devidas
adequações para a correção da frase.
( ) Os dois-pontos da linha poderiam ser substituídos por vírgula sem provocar nenhum tipo de incorreção.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) V – V – F.
b) V – F – V.
c) F – V – F.
d) F – F – F.
e) V – V – V.
Gabarito: A Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1025189
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Trata-se de um relatório especial, diferente das abrangentes publicações sobre trajetórias da mudança do clima que o IPCC
compila a intervalos de cinco ou seis anos. No caso, o objetivo era avaliar as diferenças entre um aquecimento na atmosfera de
1,5 ºC e outro de 2 ºC.
Os dois limiares figuram no Acordo de Paris (2015), que lista o segundo como meta a não ser ultrapassada, pois os
climatologistas predizem que os impactos seriam excessivos e talvez incontroláveis.
A barreira de 1,5 ºC, por sua vez, aparece no tratado como algo preferível do ponto de vista dos riscos e custos a serem
enfrentados por sociedades e governos.
O novo documento indica que esse limiar de prudência está para ser ultrapassado logo, possivelmente ainda em 2030, e com
certeza até os anos 2050.
Restariam, assim, poucas décadas para zerar as emissões de gases do efeito estufa no planeta, o que exigiria uma revolução nos
setores de energia e transportes. Mais provável, a julgar pela persistente trajetória atual, é transpor-se a marca dos 2 ºC.
(Folha de S.Paulo. 16.10.2018. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão, está devidamente pontuada a frase:
a) O furacão Michael, chegou à costa da Flórida, com ventos de mais de 200 km/h.
b) Michael, o segundo furacão da temporada, chegou à costa da Flórida com ventos de mais de 200 km/h.
c) Em fúria o furacão Michael chegou, com ventos de mais de 200 km/h à costa da Flórida.
d) O furacão Michael em fúria chegou com ventos de mais de 200 km/h, à costa da Flórida.
e) Michael, que foi o segundo furacão da temporada chegou à costa da Flórida, com ventos de mais de 200 km/h.
Gabarito: B Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1114513
a) 1 e 2
b) 3 e 4
c) 2 e 3
d) 1 e 4
Gabarito: C Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1241070
b) Num tempo, página infeliz da nossa história, passagem desbotada na memória, das nossas novas gerações, dormia a
nossa pátria mãe tão distraída. Sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações.
c) Num tempo, página infeliz da nossa história. Passagem desbotada na memória das nossas novas gerações. Dormia a nossa
pátria mãe tão distraída sem perceber, que era subtraída em tenebrosas transações.
d) Num tempo, página infeliz da nossa história, passagem desbotada na memória das nossas novas gerações, dormia a nossa
pátria mãe tão distraída sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações.
Gabarito: D Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1257247
Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-Ia é considerado virtude. "- Fulano? É uma pessoa de
opinião". É preciso força e decisão para "ter opinião". Não é fácil.
Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante que há até um direito
dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de
opinião. Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.
Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-
Ias, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras
reações que se tem diante dos acontecimentos.
Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.
Opinião é reação, e expressa um sentimento ou julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do que e como somos.
Esta síntese aparece na forma pela qual reagimos. A primeira reação é reveladora do sentimento com que julgamos a vida, o
mundo, as pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um repositório de
primeiras impressões!
Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões são fruto de meditação? Ou de conhecimento sedimentado? Positivamente,
não. Quem responder sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do que coisas que sabe ou conhece. Qualquer
conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro
instâncias tem a ver com a opinião.
Quem se reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas.
Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamo-nos do perigoso e trabalhoso mister de
pensar, tendo logo uma opinião.
É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de prestigio, respeitabilidade, aura de coragem
ou heroísmo.
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16/03/2023, 22:03 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
As opiniões são uma espécie de fabricação em série de ide ias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos
faz enfocar a realidade segundo um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do
real. É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da complexidade do real, logo, é
maneira de impedir a criatividade do homem.
Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a ter, nos seus
vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se lhe dá.
Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma impressão sujeita a
retificações, a correções, a mudanças permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade
para poder discuti-Ia e, assim, melhor conhecê-Ia.
No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa opinião; vivemos em busca do respeito à "nossa opinião". E, mais grave e
frequente, vivemos a sofrer por causa da opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião de alguém é o resultado das
manifestações (reações) mais superficiais e fáceis do seu espírito.
A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação, uma conjetura em
forma de assertiva. É mais a expressão de um sentimento do que a conciliação deste com o conhecimento e a verdade. A partir
do momento em que sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar de dar tanta importância à opinião alheia e à
própria. É preciso, sempre, submetê-Ias ao crivo da permanência, do tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da
experimentação em situações diferentes, em estados de espírito diversos, para, só então, considerá-Ia significativa, válida,
profunda.
Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável, é uma forma superficial de manifestação?
Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função, que é nobilíssima: a de ser trânsito,
passagem, via, para a Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência - os quatro elementos que compõem a verdade?
A busca pela mobilidade urbana é um desafio enfrentado pela maioria das grandes cidades no Brasil, que esbarram em problemas
como o privilégio aos transportes individuais.
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16/03/2023, 22:03 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
A mobilidade urbana refere-se às condições de deslocamento da população no espaço geográfico das cidades. O termo é
geralmente empregado para referir-se ao trânsito de veículos e também de pedestres, seja através do transporte individual
(carros, motos, etc.), seja através do uso de transportes coletivos (ônibus, metrôs, etc.).
Nos últimos anos, o debate sobre a mobilidade urbana no Brasil vem se acirrando cada vez mais, haja vista que a maior parte das
grandes cidades do país vem encontrando dificuldades em desenvolver meios para diminuir a quantidade de congestionamentos
ao longo do dia e o excesso de pedestres em áreas centrais dos espaços urbanos. Trata-se, também, de uma questão ambiental,
pois o excesso de veículos nas ruas gera mais poluição, interferindo em problemas naturais e climáticos em larga escala e
também nas próprias cidades, a exemplo do aumento do problema das ilhas de calor.
A principal causa dos problemas de mobilidade urbana no Brasil relaciona-se ao aumento do uso de transportes individuais em
detrimento da utilização de transportes coletivos, embora esses últimos também encontrem dificuldades com a superlotação. Esse
aumento do uso de veículos como carros e motos deve-se à má qualidade do transporte público no Brasil, ao aumento da renda
média do brasileiro nos últimos anos, à redução de impostos por parte do Governo Federal sobre produtos industrializados (o que
inclui os carros), à concessão de mais crédito ao consumidor e à herança histórica da política rodoviarista do país.
[...]
As principais soluções para o problema da mobilidade urbana, na visão de muitos especialistas, seria o estímulo aos transportes
coletivos públicos, através da melhoria de suas qualidades e eficiências e do desenvolvimento de um trânsito focado na circulação
desses veículos. Além disso, o incentivo à utilização de bicicletas, principalmente com a construção de ciclovias e ciclofaixas,
também pode ser uma saída a ser mais bem trabalhada.
Outra questão referente à mobilidade urbana que precisa ser resolvida é o tempo de deslocamento, que vem aumentando não só
pelos excessivos congestionamentos e trânsito lento nas ruas das cidades, mas também pelo crescimento desordenado delas,
com o avanço da especulação imobiliária e a expansão das áreas periféricas, o que contrasta com o excessivo número de lotes
vagos existentes. Se as cidades fossem mais compactas, os deslocamentos com veículos seriam mais rápidos e menos frequentes.
[...]
De toda forma, é preciso ampliar os debates, regulamentando ações públicas para o interesse da questão, tais como a difusão dos
fóruns de mobilidade urbana e a melhoria do Estatuto das Cidades, com ênfase na melhoria da qualidade e da eficiência dos
deslocamentos por parte das populações.
PENA, Rodolfo F. Alves. "Mobilidade urbana no Brasil"· Brasil Escola. Disponível em; http://brasilescola.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbanano-
brasil.htm. Acesso em 21 de novembro de 2017.
Em "Esse aumento do uso de veículos como carros e motos deve-se à má qualidade do transporte público no Brasil, ao aumento
da renda média do brasileiro nos últimos anos, à redução de impostos por parte do Governo Federal sobre produtos
industrializados[ .. . ].", o emprego das vírgulas justifica-se por:
a) isolar adjuntos adverbiais.
b) separar vocativo.
c) introduzir oração adverbial concessiva.
d) separar aposto enumerativo.
e) separar termos de mesma função sintática.
Gabarito: E Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1368209
O depoimento emocionado de um bombeiro sobre o combate ao incêndio que consumiu e transformou em cinzas o acervo do
Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, está comovendo internautas numa rede social.
No relato publicado na segunda-feira (3), o soldado Rafael Luz, lotado no Quartel de Copacabana, na Zona Sul, conta que
estava de folga, mas, mesmo assim, decidiu ir ajudar.
"Assim que cheguei, confirmei a extensão da tragédia que já tinha visto. E sabe o que mais eu vi? Um grupo de homens e
mulheres, trabalhando exaustivamente, enfrentando chamas, fazendo o possível e o impossível. Eu vi um corpo, o meu corpo. O
Corpo de Bombeiros", escreveu o militar.
Obras inestimáveis tentaram ser salvas por Rafael Luz e outros bombeiros. A maioria dos objetos, porém, foi perdida em meio
ao fogo. A vice-diretora do Museu Nacional, Cristiana Serejo, disse em entrevista na segunda que 90% do acervo estava
destruído.
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"Consegui com outros bombeiros salvar algumas cerâmicas, peças que nunca na vida imaginei segurar nas mãos. E se isso
estava acontecendo, era só a confirmação da tragédia que estávamos vivendo", detalhou o bombeiro na publicação.
Em determinado momento, Rafael diz que contou com a ajuda de um funcionário do museu, chamado Vitor, para tentar
resgatar Luzia, considerada por pesquisadores como o mais antigo fóssil humano já achado nas Américas, com cerca de 11.500
anos.
Ao se arriscar no prédio em chamas em busca de Luzia, o bombeiro relatou o desespero ao abrir um armário e apenas
encontrar um ferro "incandescente". Segundo ele, a alta temperatura do material derreteu a luva que o protegia do fogo e
queimou seus dedos.
"Fizemos um esforço gigantesco e conseguimos nos aproximar e abrir o armário. Ao procurar Luzia, encontrei vazio e um ferro
incandescente que derreteu minha luva e queimou meus dedos. Doeu, muito. Saí da sala e chorei. De dor? Não. De frustração."
Em homenagem à corporação, Rafael garante que ele e os companheiros de farda fizeram o possível para combater as
chamas que lamberam a edificação. Ao lembrar o lema dos bombeiros: "vida alheia e riquezas salvar", o militar ressalta que a
segunda parte do bordão nunca fez tanto sentido.
https://g1.globo.com, 04/09/2018
Assinale a opção que contém a justificativa ADEQUADA para o emprego da vírgula no trecho: “Eu vi um corpo, o meu corpo”.
a) Separa um vocativo.
b) Separa adjunto adverbial que aparece no fim do enunciado.
c) Separa uma oração subordinada anteposta à principal.
d) Separa um aposto.
e) Separa os termos de uma enumeração com idêntica função sintática.
Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegaremos dois pequenos carás dourados. E como faz calor, veja, os lagostins saem da
toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingás? Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa?
Não catemos pedrinhas redondas para atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão bicando os cajus maduros.
É janeiro, grande mês de janeiro!
Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira do açude. Com dois
paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer formas de
máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem um pé de saboneteira.
Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa infância de
uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela?
Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira; eu cortarei uma forquilha com o canivete.
Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia
vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para
pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de
fruta-pão assada com manteiga? Eu lhe dou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora,
que achou horrível nosso pobre doce de abóbora e coco.
Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio
numa canoa bem devagar e de repente dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um
cavalo solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca coisa eu sei; os
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outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados
de canoa dando tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando.
Mas como eu podería, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de
um tronco queimado; e me lembro de muitas meninas. Tinha uma que era para mim uma adoração. Ah, paixão da infância,
paixão que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem maduro. Homem
maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino
feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.
Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? E um passarinho miúdo: imagine uma saíra grande
que de súbito aparecesse a um menino que só tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto
na mais remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob
a onda clara, junto da pedra.
Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração da infância. Na minha adolescência você seria uma tortura. Quero levá-la
para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na fazenda riram: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que sei lhe
ensino; são pequenas coisas do mato e da água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento convertê-la
em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés.
Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência me torturaria; mas sou um homem maduro. Ainda assim
às vezes é como um bando de sanhaços bicando os cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando
ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi silvo de cobra, e eu quisera tanto dormir. Tanto dormir! Preciso de
um sossego de beira de rio, com remanso, com cigarras. Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa
pobre tarde de homem.
Julho, 1945
Assinale a opção em que, conforme a norma culta, NÃO é possível acrescentar vírgula ao período.
a) Primeiro vamos lá embaixo (...).
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b) o cidadão tem não só o direito de eleger os seus governantes, mas também de filiar-se a um partido político e candidatar-
se.
d) um governante honesto, que faça obras e cuide do serviço público, sempre é reconhecido pelo povo.
b) “porém” está entre vírgula porque é uma conjunção coordenativa deslocada
c) “mais importante” está entre vírgula por estar na ordem inversa
Gabarito: B Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1615400
Observe o trecho “Dois estudos recentes jogam por terra a noção de que existe o ‘gordinho’ saudável”
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Gabarito: A Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1961330
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no que os tornaria menos infantis e submissos aos pais. Precisam mostrar sua ousadia, sua irreverência, sua sexualidade, sua
insubordinação, seu poder de desacato às normas e à moral.
Talvez por isso se exponham sem pensar e sem querer, sem saber diferenciar o privado do que é público, sem ainda poder avaliar
a preciosidade da intimidade e o valor inestimável da vida e da própria singularidade. A marca do testemunho é que ele torna os
acontecimentos irreversíveis e o mal, sem remédio. Talvez seja por isso que, quando expostas nas redes sociais em uma
intimidade primeiramente consentida e só depois compreendida, adolescentes tirem a própria vida.
(CRITELLI, Dulce. Disponível em http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/somos-todos-testemunhas/ Acesso em: 15 de ago 2016.)
Analise os fragmentos a seguir.
I. “A marca do testemunho é que ele torna os acontecimentos irreversíveis e o mal, sem remédio.” (18º§)
II. “Isso não acontece com os jovens, que dependem dessa exibição como uma ponte para o mundo.” (17º§)
III. “O virtuosismo de um violinista, por exemplo, dura somente o tempo da execução da música...” (11º§)
IV. “É o testemunho dos outros que nos torna reais, e que efetiva tudo o que e como fizemos e dissemos.” (6º§)
A supressão da(s) vírgula(s) altera o sentido do enunciado somente em
a) I.
b) II.
c) I e III.
d) II e IV.
Gabarito: B Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/447589
d) “Quando o cidadão, descobre que ele, é o princípio do que existe e pode existir com sua participação, começa a surgir a
democracia. Cidadania e democracia andam de mãos dadas e não existem separadas. Cidadania não é individualismo, mas
afirmação de cada um em sua relação de solidariedade com os outros.”
Gabarito: B Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/462462
Em “Seria necessário refletir sobre isso seriamente: por que saltamos à água para socorrer alguém que está se afogando, [...]” o
sinal de dois-pontos foi empregado:
a) Para indicar que uma interrupção proposital foi feita de modo a conferir maior ênfase às indagações feitas.
b) Antes de uma enumeração constituída por questionamentos diferentes, mas relacionados ao mesmo tema.
c) Para assinalar uma pausa em uma sequência declarativa de sentido completo sob a forma de período sintático.
d) Com o objetivo de introduzir uma reflexão que, no texto, expressa indagações que serão respondidas através do
desenvolvimento da argumentação.
Gabarito: D Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/468890
Após o processo de redemocratização, com o fim da ditadura militar, em meados da década de 80 do século passado, era de se
esperar que a democratização das instituições tivesse como resultado direto a consolidação da cidadania — compreendida de
modo amplo, abrangendo as três categorias de direitos: civis, políticos e sociais. Sobressaem, porém, problemas que configuram
mais desafios para a cidadania brasileira, como a violência urbana — que ameaça os direitos individuais — e o desemprego — que
ameaça os direitos sociais.
No Brasil, o crime aumentou significantemente a partir de 1980, impacto do processo de modernização pelo qual o país passou.
Isso sugere que o boom do consumo colocou em circulação bens de alto valor e, consequentemente, aumentou as oportunidades
para o crime, inclusive porque a maior mobilidade de pessoas torna o espaço social mais anônimo, menos supervisionado.
Nesse contexto, justiça criminal passa a ser cada vez mais dissociada de justiça social e reconstrução da sociedade. O objetivo em
relação à criminalidade torna-se bem menos ambicioso: o controle. A prisão ganha mais importância na modernidade tardia,
porque satisfaz uma dupla necessidade dessa nova cultura: castigo e controle do risco. Essa postura às vezes proporciona
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controle, porém não segurança, pois o Estado tem o poder limitado de manter a ordem por meio da polícia, sendo necessário
dividir as tarefas de controle com organizações locais e com a comunidade.
Segurança Pública. São Paulo, ano 5, 8.ª ed., fev. – mar./2011, p. 84-5 (com adaptações).
(WALKER, Mort. Recruta Zero. Disponível em: http://cultura.estadao.com.br)
O emprego da vírgula em Zero, quero a trincheira ali! tem a função de destacar o vocativo na oração, assim como na frase:
a) Se os senhores precisarem de algo, chamem nossos comissários de bordo, que lhes atenderão prontamente.
b) O avião irá decolar, os senhores devem permanecer com os cintos de segurança atados durante a viagem.
c) Em caso de emergência, os senhores terão duas saídas, uma na parte dianteira e outra na parte traseira da aeronave.
d) Senhores, permaneçam em seus assentos enquanto as luzes de suas cabines estiverem apagadas.
e) Nós, comissários e pilotos, esperamos que os senhores apreciem nosso serviço de bordo.
Gabarito: D Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/526752
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metade em duas décadas, e o número de crianças pequenas morrendo teve queda semelhante – são seis milhões de vidas salvas
todo o ano pelas vacinas, incentivo ao aleitamento materno, remédios para pneumonia e tratamentos contra diarreia!
Os historiadores podem concluir que o processo mais importante desenrolado no mundo no início do século 21 foi uma
impressionante redução no sofrimento humano. Eis os dados.
Até recentemente, em 1981, 44% da população mundial vivia na extrema pobreza, de acordo com o Banco Mundial. Agora,
pensa-se que essa mesma proporção seja inferior a 10%, e a queda continua. “Essa é a melhor notícia do mundo atual”, disse Jim
Yong Kim, presidente do Banco Mundial.
Durante toda a história da humanidade até os anos 60, a maioria dos adultos era analfabeta. Agora, 85% dos adultos de todo o
mundo foram alfabetizados, e a proporção está aumentando.
Embora a desigualdade tenha aumentado nos Estados Unidos, a tendência global é mais animadora: no panorama internacional, a
desigualdade está em queda por causa dos ganhos conquistados pelos pobres em países como China e Índia.
A ONU tem como objetivo erradicar a pobreza extrema até 2030, e os especialistas acreditam que seja possível algo bem perto
disso. Em resumo, ainda no nosso turno, temos uma chance considerável de virtualmente eliminar os males que afetaram a
humanidade por milhares de gerações, do analfabetismo até a mais abjeta pobreza.
Mas o público acredita no oposto: que a pobreza está aumentando. Uma pesquisa de opinião divulgada pela firma holandesa
Motivaction revela que apenas 1% dos americanos participantes tinha consciência de que a pobreza extrema global tinha sido
reduzida pela metade num período de 20 anos. Eu me pergunto se nós do universo do jornalismo e das agências humanitárias
não erramos ao dedicar tanta atenção para o sofrimento humano a ponto de dar ao público a impressão equivocada segundo a
qual tudo está sempre piorando.
Já cobri histórias de massacres no Sudão do Sul, campos de concentração em Mianmar e casos generalizados de crianças com o
desenvolvimento prejudicado pela má nutrição na Índia, mas também é importante reconhecer o contexto de progresso global.
Caso contrário, o público pode vir a enxergar a pobreza como algo sem solução e desistir de continuar na luta – justamente no
momento em que estamos obtendo as melhorias mais aceleradas de que se tem notícia.
Os cínicos apontam que, se mais vidas de crianças forem salvas, estas vão crescer e ter mais filhos, causando novos ciclos de
pobreza e fome. Não é verdade! Quando os pais têm a garantia de que os filhos sobreviverão, eles optam por ter um menor
número deles. Conforme as meninas recebem educação e métodos contraceptivos se tornam disponíveis, a taxa de natalidade cai
– exatamente como ocorreu no Ocidente.
Assim, logo voltaremos às urgentes necessidades globais, da guerra à mudança climática e aos refugiados. Mas, primeiro,
façamos uma pausa de um nanossegundo de silêncio para reconhecer os maiores ganhos no bem-estar humano jamais vistos na
história de nossa espécie – não para que isso nos inspire complacência, mas para incentivar nossos esforços no sentido de
acelerar aquela que pode ser a mais importante tendência do mundo atual.
(Fonte: Nicholas Kristof, http://economia.estadao.com.br/noticias, publicado em 26/9/2016 - texto adaptado)
Verifique as afirmações abaixo, que se referem ao emprego de pontuação no texto, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) As duas vírgulas em de guerra, fome e pobreza, (...) em decorrência foram empregadas pela mesma razão,
separar adjuntos adverbiais.
( ) Os dois pontos em Mas o público acredita no oposto: que a pobreza está aumentando. Uma pesquisa de
precedem uma citação de um interlocutor diferente do narrador.
( ) A vírgula em Embora a (...) Estados Unidos, a tendência global é mais assinala uma oração adverbial deslocada.
( ) O ponto de exclamação em mais (...) Não é verdade! Quando os pais têm a denota a ênfase atribuída pelo
narrador ao enunciado.
( ) O travessão utilizado em nossa espécie – não para que assinala a introdução do discurso direto.
Muita gente se irrita, e tem razão, com o uso indiscriminado dos celulares. Fossem só para falar,já seria ruim. Mas servem
também para tirar fotografias, e com isso somos invadidos no Facebook com imagens de gatos subindo na cortina, focinhos de
cachorro farejando a câmera, pratos de torresmo, brownie e feijoada. Se depender do que vejo com meus filhos - dez e 12 anos·,
o tempo dos "selfies" está de todo modo chegando ao fim. Eles já começam a achar ridícula a mania delirar retratos de si mesmos
em qualquer ocasião. Torna-se até um motivo de preconceito para com os colegas.
"Fulaninha? Tira foto na frente do espelho," Hábito que pode ser compreensível, contudo. Imagino alguém dedicado a melhorar
sua forma física, registrando seus progressos semanais. Ou apenas entregue, no inicio da adolescência, a descoberta de si
mesmo.
A bobeira se revela em outras situações: é o caso de quem tira um Eiffel" tendo ao fundo a torre Eiffel, ou (pior) ao lado de, sei
lá, Tony Ramos ou Cauã Reymond.
Seria apenas o registro de algo importante que nos acontece - e tudo bem. O problema fica mais complicado se pensarmos no
caso das fotos de comida. Em primeiro lugar, vejo em tudo isso uma espécie de degradação da experiência.
Ou seja, é como se aquilo que vivemos de fato - uma estada em Paris, o jantar num restaurante - não pudesse ser vivido e
sentido como aquilo que é.
Se me entrego a tirar fotos de mim mesmo na viagem, em vez de simplesmente viajar, posso estar fugindo das minhas próprias
sensações. [ ...]
Pode ser narcisismo, é claro. Mas o narcisismo não precisa viajar para lugar nenhum. A complicação não surge do sujeito, surge
do objeto. O que me incomoda é a torre Eiffel: o que fazer com ela? O que fazer de minha relação com a torre Eiffel?
Poderia unir-me a paisagem, sentir como respiro diante daquela triunfal elevação de ferro e nuvem, deixar que meu olhar
atravesse o seu duro rendilhado que fosforesce ao sol, fazer-me diminuir entre as quatro vigas curvas daquela catedral sem clero
e sem paredes.
Perco tempo no centro imóvel desse mecanismo, que é como o ponteiro único de um relógio que tem seu mostrador na
circunferência do horizonte. Grupos de turistas se fazem e desfazem, há ruídos e crianças.
Pego, entretanto, o meu celular: tiro uma foto de mim mesmo na torre Eiffel. O mundo se fechou no visar do aparelho. Não por
acaso eu visor, fazendo uma careta idiota: dou de costas para o monumento, mas estou na verdade dando as costas para a vida.
[ ... ]
Talvez as coisas não sejam tão desesperadoras. Imagine-se que daqui a cem anos, depois de uma guerra atômica e de uma
catastrofe climática que destruam o mundo civilizado, um pesquisador recupere os "selfies" e e as fotos de batata
frita.
"Como as pessoas eram felizes naquela época!" A alternativa seria dizer: "Como eram tontas! Dependerá, por certo, dos humores
do pesquisador.
COELHO , Marcelo . Dísponlvel em : < http: //www1 .fo!lha . uol.com. br/ fs p /i! u slra da/16 252 5- selfies.shtml>. Acessoem 19mar.
2017
No trecho: "Ou seja, e como se aquilo que vivemos de fato - uma estada em Paris, o jantar num restaurante - não pudesse ser
vivido e sentido como aquilo que é.", as vírgulas foram empregadas, respectivamente, para separar:
a) orações coordenadas - itens de uma enumeração.
b) o elemento explicativo - termos de mesma função sintática.
c) uma citação- termos de mesma função sintática.
d) o vocativo - o adjunto adverbial antecipado.
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Destinar mais recursos à educação é o caminho certo para a redução da taxa de homicídios: é o que diz a análise do Instituto de
Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) divulgada recentemente, segundo a qual, para cada 1% a mais de jovens entre 15 e 17
anos nas escolas, há uma diminuição de 2% na taxa de pessoas assassinadas nos municípios brasileiros. “Segundo as nossas
estimativas, a probabilidade de um indivíduo com até sete anos de estudo ser assassinado, no Brasil, é 15,9 vezes maior de outro
indivíduo que tenha ingressado na universidade, o que mostra que a educação é um verdadeiro escudo contra os homicídios no
Brasil”, afirma o responsável pelo estudo, Daniel Cerqueira, doutor pela PUC-Rio e técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA.
De acordo com o pesquisador, há teorias e evidências empíricas internacionais que mostram que o impulso ao crime não é uma
constante na vida do indivíduo, mas segue um ciclo que se inicia aos 13 anos, atinge um ápice entre 18 e 20 anos e termina aos
30 anos. “No Brasil, além da questão da juventude, os indivíduos que sofrem e que cometem homicídio têm baixa escolaridade
(não completaram sequer o ensino fundamental) e são moradores das periferias ou de comunidades pobres nas grandes cidades.
São jovens cuja infância foi marcada por um aprendizado de violência doméstica e, fora de casa, aprenderam na pele que os
direitos de cidadania são para poucos. Eles enxergam no crime aquilo que dificilmente conseguiriam de outra forma: bens
materiais, respeito e status social”, diz Cerqueira. Para ele, a melhora na qualidade dos serviços educacionais pode evitar que
estudantes já matriculados abandonem a escola. Por consequência, isso reduz a necessidade de o jovem se envolver em
crimes, já que, com muitas portas fechadas – na família, no convívio social, na escola e no mercado de trabalho –, a única porta
aberta será o mercado do crime, com a possibilidade de retornos financeiros e simbólicos rápidos.
No entanto, apesar de o Brasil ser uma das nações que mais direcionam recursos para a educação, o país ainda patina quando
se leva em conta o gasto por aluno da educação básica. De acordo com o relatório 2015 da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil gastou cerca de 3,4 mil dólares anuais por aluno da rede de educação básica.
Enquanto isso, a média global ultrapassa os 9,3 mil dólares por estudante dos anos iniciais. O técnico de Planejamento e Pesquisa
do IPEA explica que o gasto público com educação básica, por aluno, é equivalente a 1/4 do valor investido no ensino superior em
nosso país. “Ou seja, o Estado brasileiro gasta muito com educação, mas não é para o ensino básico e não é para os pobres”, diz
Cerqueira. Além disso, segundo ele, o que o país faz, hoje, é oferecer uma escola (pública) que não motiva, não estimula e não
conquista as mentes e os corações dos jovens. “São verdadeiras linhas de produção, que procuram incutir na memória das
crianças e jovens um incrível conjunto de informações enciclopédicas, que não dizem nada e não reconhecem suas trajetórias
individuais e sociais”, diz o especialista.
Na visão de Cerqueira, é importante que se diga que a escola convencional, ainda que seja totalmente reformulada e
aprimorada, não atingirá um determinado grupo de jovens. Afinal, são indivíduos que já trilharam outra trajetória, apartada desse
ambiente escolar tradicional. “São jovens que tiveram problemas comportamentais e socioemocionais na primeira infância, que
terminaram, inclusive, enveredando no caminho das transgressões e dos crimes. Para esses jovens, modelos alternativos têm que
ser oferecidos”, sentencia o especialista.
Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em:
https://exame.abril.com.br/brasil/educacao-pode-mesmo-aplacar-a-violencia-veja-como/
Analise o que se afirma sobre o emprego de vírgulas na seguinte frase retirada do texto.
Além disso, segundo ele, o que o país faz, hoje, é oferecer uma escola (pública) que não motiva, não estimula e
não conquista as mentes e os corações dos jovens.
I. As duas primeiras vírgulas separam termos com valor de adição e conformidade, respectivamente.
II. A terceira vírgula, que antecede “hoje”, pode ser retirada da frase sem ocasionar erro gramatical.
III. A quinta vírgula, que antecede “não”, separa orações de mesmo valor sintático.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Gabarito: C Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/590059
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O estudo, publicado na revista Science Advances, foi liderado por cientistas das universidades da Geórgia, da Califórnia e da
organização oceanográfica Sea Education Association (SEA) – todas dos Estados Unidos. Segundo os autores, a pesquisa faz “a
primeira análise global da produção, uso e destino de todo o plástico já fabricado”.
Das 8,3 bilhões de toneladas de plástico produzidas até 2015, cerca de 6,3 bilhões já foram descartadas. De todo esse lixo,
apenas 9% foi reciclado, 12% foi incinerado e 79% está acumulado em aterros ou poluindo o ambiente natural. O estudo
também mostra que a produção de plástico acelerou nos últimos anos: metade da produção de 8,3 bilhões de toneladas ocorreu
nos últimos 13 anos do período estudado, isto é, entre 2002 e 2015.
Nesse ritmo, segundo os cientistas, a quantidade de plástico jogada em aterros ou no ambiente chegará a 13 bilhões de
toneladas até 2050. “A maior parte do plástico não é biodegradável em nenhum sentido, portanto o lixo plástico gerado pelos
humanos poderá permanecer conosco por centenas ou até milhares de anos”, disse uma das autoras do estudo, Jenna Jambeck,
professora da Universidade da Geórgia.
Segundo o estudo, em 1950, a produção de plástico era de 2 milhões de toneladas anuais. Em 2015, ela já era de 400 milhões de
toneladas por ano. Com isso, dizem os cientistas, o plástico ultrapassou vários outros materiais no ranking dos mais produzidos
pela humanidade. Atualmente, os mais produzidos são os materiais relacionados à construção civil, como aço e cimento.
Os autores do estudo destacaram que não têm a pretensão de remover o plástico do mercado, mas de incentivar um exame mais
crítico do uso do material. “Há áreas nas quais o plástico é indispensável, especialmente em produtos desenhados para a
durabilidade. Mas acho que precisamos olhar com mais cuidado para o nosso caro uso dos plásticos e devemos nos perguntar
quando o uso desses materiais faz ou não sentido”, afirmou outra autora do estudo, Kara Lavender Law, da SEA.
http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/... - adaptado.
Considerando-se o emprego das vírgulas nos trechos “... disse uma das autoras do estudo, Jenna Jambeck, professora da
Universidade da Geórgia.” e “O estudo, publicado na revista Science Advances, foi liderado por cientistas das universidades...”,
assinalar a alternativa CORRETA:
a) No primeiro trecho, as vírgulas estão isolando o vocativo e, no segundo, o aposto.
b) No primeiro trecho, as vírgulas estão isolando o aposto e, no segundo, o vocativo.
c) Em ambos os trechos, as vírgulas estão isolando o vocativo.
d) Em ambos os trechos, as vírgulas estão isolando o aposto.
e) Em ambos os trechos, as vírgulas estão isolando o sujeito.
Gabarito: D Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/597562
[...] O D.I.C. (Diretor de Incubação e Condicionamento) e seus alunos entraram no elevador mais próximo e foram levados ao
quinto andar.
O Diretor abriu uma porta. Entraram num vasto cômodo nu, muito claro e ensolarado, pois toda a parede do lado sul era
constituída por uma única janela. Meia dúzia de enfermeiras, com as calças e jaquetas do uniforme regulamentar de linho branco
de viscose, os cabelos assepticamente cobertos por toucas brancas, estavam ocupadas em dispor vasos com rosas sobre o
assoalho, numa longa fila, de uma extremidade à outra do cômodo. Grandes vasos, apinhados de flores. Milhares de pétalas,
amplamente desabrochadas e de uma sedosa maciez, semelhantes às faces de inumeráveis pequenos querubins [...].
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Em silêncio, elas obedeceram à ordem. Entre os vasos de rosas, os livros foram devidamente dispostos – uma fileira de livros
infantis, cada um aberto, de modo convidativo, em alguma gravura agradavelmente colorida, de animal, peixe ou pássaro.
Elas saíram apressadamente da sala e voltaram ao cabo de um ou dois minutos, cada qual empurrando uma espécie de carrinho,
onde, nas suas quatro prateleiras de tela metálica, vinham bebês de oito meses, todos exatamente iguais (um Grupo Bokanovsky,
evidentemente) e todos (já que pertenciam à casta Delta) vestidos de cáqui.
Virados, os bebês calaram-se imediatamente, depois começaram a engatinhar na direção daquelas massas de cores brilhantes,
daquelas formas tão alegres e tão vivas nas páginas brancas. Enquanto se aproximavam, o sol ressurgiu de um eclipse
momentâneo atrás de uma nuvem. As rosas fulgiram como sob o efeito de uma súbita paixão interna; uma energia nova e
profunda pareceu espalhar-se sobre as páginas reluzentes dos livros. Das filas de bebês que se arrastavam engatinhando,
elevaram-se gritinhos de excitação, murmúrios e gorgolejos de prazer.
[...] O Diretor esperou que todos estivessem alegremente entretidos. Depois disse:
A Enfermeira-Chefe, que se encontrava junto a um quadro de ligações na outra extremidade da sala, baixou uma pequena
alavanca.
Houve uma explosão violenta. Aguda, cada vez mais aguda, uma sirene apitou. Campainhas de alarme tilintaram,
enlouquecedoras.
– E agora – gritou o D.I.C. (pois o barulho era ensurdecedor) – agora vamos gravar mais profundamente a lição por meio de um
ligeiro choque elétrico.
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Agitou de novo a mão, e a Enfermeira-Chefe baixou uma segunda alavanca. Os gritos das crianças mudaram subitamente de
tom. Havia algo de desesperado, de quase demente, nos urros agudos e espasmódicos que elas então soltaram. Seus pequenos
corpos contraíam-se e retesavam-se; seus membros agitavam-se em movimentos convulsivos, como puxados por fios invisíveis.
– Nós podemos eletrificar todo aquele lado do assoalho – berrou o Diretor para explicar-se. – Mas isso basta — continuou,
fazendo um sinal à enfermeira.
As explosões cessaram, as campainhas pararam de soar, o ganido da sirene foi baixando de tom até silenciar. Os corpos
rigidamente contraídos distenderam-se; o que antes fora o soluço e o ganido de pequenos candidatos à loucura expandiu-se
novamente no berreiro normal do terror comum.
As enfermeiras obedeceram; mas, à aproximação das rosas, à simples visão das imagens alegremente coloridas do gatinho, do
galo que faz cocorocó e do carneiro que faz bé, bé, as crianças recuaram horrorizadas; seus berros recrudesceram subitamente.
[...]
– Elas crescerão com o que os psicólogos chamavam um ódio “instintivo” aos livros e às flores. Reflexos inalteravelmente
condicionados. Ficarão protegidas contra os livros e a botânica por toda a vida. – O Diretor voltou-se para as enfermeiras. –
Podem levá-las.
Sempre gritando, os bebês de cáqui foram colocados nos seus carrinhos e levados para fora da sala, deixando atrás de si um
cheiro de leite azedo e um agradabilíssimo silêncio.
Um dos estudantes levantou a mão. Embora compreendesse perfeitamente que não se podia permitir que pessoas de casta
inferior desperdiçassem o tempo da Comunidade com livros e que havia sempre o perigo de lerem coisas que provocassem o
indesejável descondicionamento de algum de seus reflexos... enfim, ele não conseguia entender o referente às flores. Por que se
dar ao trabalho de tornar psicologicamente impossível aos Deltas o amor às flores?
[...]
– [...] As flores do campo e as paisagens, advertiu, têm um grave defeito: são gratuitas. O amor à natureza não estimula a
atividade de nenhuma fábrica. Decidiu-se que era preciso aboli-lo, pelo menos nas classes baixas [...].
(Aldous Huxley. Admirável mundo novo. São Paulo: Globo, 2001. Fragmento.)
d) demonstra a intenção de atribuir ênfase à circunstância que aparece fora da ordem direta.
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(...)
Para o cientista, a violência é parte intrínseca da vida social e resultante das relações, da comunicação e dos conflitos de poder. O
fato que reforça este argumento é o de nunca ter existido uma sociedade sem violência. A violência, conceitualmente, é um
processo social diferente do crime (...). Ela é anterior ao crime e não é codificada no Código Penal.
Trata-se de um fenômeno que não pode ser separado da condição humana e nem tratado fora da sociedade - a sociedade produz
a violência em sua especificidade e em sua particularidade histórica. Há, na sociedade e no processo dinâmico que ela envolve,
modificações na construção dos objetos sociais que são, muitas vezes, expressos como um problema social. Bater nos filhos,
como um bom exemplo a ser citado, já foi uma estratégia para educá-los.
A violência se presentifica até entre as expectativas do processo civilizatório que são, por sua vez, as de criação de indivíduos
socialmente “adestrados” a partir do controle e da repressão dos impulsos internos a favor de uma convivência coletiva possível.
O entendimento do processo de civilização deixa claro o quanto este processo é, em si, um processo violento. Segundo Freud o
processo de civilização é o que responde pela “condição humana” (com o indivíduo deixando de necessitar e passando a desejar)
e, segundo este autor, não é possível acabar com os conflitos violentos, uma vez que eles são intrínsecos ao homem – participam
de sua constituição. Há, segundo esta compreensão, uma impossibilidade de normatização para se incidir sobre a condição
psicológica e acabar com a violência – a violência é tida como o epifenômeno da condição humana.
A violência para Freud circula no campo do sujeito (e não no campo do outro). O que nos interessa tomar como contribuição
deste autor, entretanto, é o fato discutido por ele de que a violência estará sempre presente no campo social e histórico (por fazer
parte da constituição humana.) Este pressuposto tira-nos a ingenuidade de que é possível exterminar a violência das relações
sociais e nos remete a uma racionalidade com relação a esta problemática. A compreensão da violência por meio desta
perspectiva se opõe ao pânico e ao horror de uma “nova” condição existencial – a de pertencimento a uma sociedade atual
completamente perdida, agressiva e perigosa.
A violência é, de fato, algo indelével da experiência humana; o que não significa banalizá-la e favorecer uma “naturalização” deste
ato, mas sim questionar todo exagero e intolerância destinados a ela, sustentados pelo quadro de medo da violência no qual a
sociedade atualmente se encontra.
(...)
VIOLÊNCIA E POLÍTICAS DE SEGURANÇA PÚBLICA: DA INTOLERÂNCIA À CONSTRUÇÃO DO ATO VIOLENTO. http://www.machadosobrinho.com.br. Acesso:
15.2.2017)
Na escrita, utilizam-se algumas notações e sinais de pontuação como recursos importantes para assegurar a organização, a
progressão e a clareza daquilo que se deseja comunicar. Neste sentido, é CORRETO afirmar que
a) o travessão é utilizado como recurso que aproximaria o texto da modalidade oral da língua para, assim, facilitar a
compreensão do seu conteúdo, em: ...incidir sobre a condição psicológica e acabar com a violência – a violência é tida como o
epifenômeno da condição humana.
b) o travessão é utilizado como recurso que sinaliza a inserção de um novo interlocutor, na discussão, em: ...uma vez que eles
são intrínsecos ao homem – participam de sua constituição.
c) as aspas são utilizadas como um recurso para fazer ressaltar uma nova palavra, um neologismo, em: ...as de criação de
indivíduos socialmente “adestrados” a partir do controle e da repressão...
d) as aspas são os únicos recursos que garantiriam, no contexto, a correção gramatical, em: Segundo Freud o processo de
civilização é o que responde pela “condição humana”...
e) o travessão em: “... e acabar com a violência – a violência é tida como o epifenômeno...” é utilizado para enfatizar e
esclarecer ainda mais as ideias apresentadas anteriormente; e as aspas em: “... é o que responde pela “condição humana ...”” são
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empregadas para acentuar ainda mais o valor significativo das ideias expressas pelas palavras que as recebem
Gabarito: E Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/611897
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Gabarito: B Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/650288
A INSUSTENTÁVEL sociedade consumista. Disponível em: <http:// filosofiadendaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/95/artjgo313250-1.asp>. Acesso em: 28jun.
2017. Adaptado.
Sobre os sinais de pontuação usados no texto, está correto o que se afirma na alternativa
a) As reticências que aparecem depois do vocábulo “traumas" representam, na escrita, uma hesitação do enunciador do
discurso.
b) Os travessões que isolam “na verdade, bastante necessitado e bem-vindo” servem para destacar um elemento no interior
da frase que, nesse caso. tem valor apositivo.
c) As aspas existentes antes e depois de "'sociedade de consumo" e de “'ser'” têm por objetivo dar realce a esses termos.
d) Os parênteses presentes em “Zygmunt Bauman (1925) e Jean Baudrillard (1929-2007)" indicam possibilidades alternativas
de leitura.
e) A vírgula que isola a expressão "Nas sociedades contemporâneas" foi usada pela mesma razão da que aparece depois da
palavra "pensadores”
Gabarito: C Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/664132
Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática do ofício. Se fosse esperar por essas
condições, teria demorado 20 anos para publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente.
Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja espaço para sentar com o computador. Por exemplo,
nas salas de embarque durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me concentrar apesar das vozes
esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários.
Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens, às portas do paraíso celestial. O telefone não
vai tocar, ninguém me cobrará o texto que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails atrasados.
Minha carreira de escritor começou com “Estação Carandiru”, publicado quando eu tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de
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contar aquelas histórias, que senti ódio de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.
A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria fatalmente comparado com Machado de
Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin, Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que livro
valeria a pena ser escrito?
A resposta encontrei em “On Writing”, livro que reúne entrevistas e textos de Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em
conversa com um estudante, Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas: escrever melhor do que
os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que nunca foram contadas.
De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar personagens como Dom Casmurro ou descrever com
mais poesia o olhar de ressaca de Capitu.
Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na cidade de São Paulo, nas últimas décadas do
século 20, não poderia ser descrita por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia pacientes no
Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo.
Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura abriu espaço em minha agenda. Há escritores
talentosos que se queixam dos tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso, escrever só me traz
alegria.
Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto
está pronto. Às vezes, ficou melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de felicidade plena que
vai e volta por vários dias.
Após o acréscimo das vírgulas, a frase permanece pontuada corretamente, conforme a norma-padrão da língua, em:
a) Nesse momento sou, invadido por uma sensação de felicidade plena, que vai e volta por vários dias.
b) Nesse momento sou invadido, por uma sensação, de felicidade plena que vai e volta por vários dias.
c) Nesse momento sou invadido, por uma sensação de felicidade, plena que vai, e volta por vários dias.
d) Nesse momento sou invadido por, uma sensação de felicidade plena, que vai e volta por vários dias.
e) Nesse momento, sou invadido por uma sensação de felicidade plena, que vai e volta por vários dias.
Gabarito: E Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/687970
A onda de violência no Espírito Santo após a falta de policiamento alterou a rotina de moradores de cidades do Estado, que
relatam episódios de roubos e assaltos. Ao menos parte do comércio fechou. Pacientes desmarcaram consultas médicas com
receio de saírem às ruas. Uma academia de Vitória enviou mensagens na madrugada a frequentadores avisando que não
funcionaria na segunda-feira, 6, por causa do aumento da violência.
A dona de casa Marileia Souza, moradora de Serra, na Grande Vitória, a maior cidade do Estado, com cerca de 500 mil habitantes,
afirmou ter recebido ligações de amigos sugerindo que não saísse de casa pela falta de policiamento.
“Só de chegar na porta já dá para perceber que há problemas. A cidade está parada. É complicado. Com os guardas nas ruas, a
situação já está difícil, imagina sem", disse Marileia. Ela afirmou que pretende seguir o conselho dos amigos de não sair às ruas.
Uma funcionária de consultório médico localizado na Praia do Canto, zona nobre de Vitória, declarou que houve vários assaltos e
que escolas e bancos não abriram na região.
“Aqui na frente costuma ter trânsito intenso. Hoje, não tem nada. Muitos pacientes ligaram desmarcando consultas”, disse a
funcionária, que preferiu não se identificar. “Acordei hoje, por volta das 4 horas, com o pessoal da academia em que faço
ginástica dizendo que não funcionaria hoje, por causa da violência.”
A funcionária do consultório afirmou ter recebido pelo WhatsApp fotos de corpos de pessoas que teriam sido mortas na cidade
durante a onda de violência. Porém, até o momento, não há confirmação da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo de
quantas ocorrências nesse sentido foram registradas.
O responsável pela pasta, André Garcia, em entrevista na manhã desta segunda-feira à Rádio Estadão, no entanto, afirmou ter
aumentado o número de homicídios no Estado nos últimos dias, de modo a afetar a queda nesse tipo de crime que vinha sendo
registrada nos últimos anos.
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Também funcionária de consultório médico, na Enseada do Suá, Taianara Oliveira afirmou que a cidade teve, nos últimos dias,
assaltos a shopping centers e número elevado de roubos de carros.
Já o dentista Paulo Sérgio Curto de Oliveira, do bairro Santa Lúcia, relatou ter visto lojas fechadas e disse que o trânsito na região
em que trabalha está menos movimentado do que o normal. Porém, afirmou que não pretende deixar de trabalhar.
Disponível em <http://exame.abril.com.br/brasil/sem-
policia-espirito-santo-vive-dias-de-caos-e-inseguranca/> (adaptado). Acesso em 07 fev. 2017.
Sobre os sinais de pontuação do texto, considere as afirmativas abaixo.
I - A virgula destacada em amarelo, poderia ser retirada, sem prejuízo às normas de pontuação vigentes.
II- A vírgula depois do vocábulo “Hoje” poderia ser retirada, sem prejuízo às normas de pontuação vigentes, por se tratar
de um adjunto adverbial de pequena extensão.
III - As vírgulas antes e depois da expressão “nos últimos dias”, poderiam ser substituídas por travessão duplo, sem prejuízo
às normas de pontuação vigentes.
I. “Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. Todos aos poucos tinham morrido.
III. “Dizem muito que no Brasil, os corruptos ficam soltos enquanto os ladrões de galinha vão para a cadeia”.
(VERISSIMO, Luis Fernando. Novas comédias da vida pública – A versão dos afogados)
IV. Os oficiais militares, devem primar pelo estabelecimento da harmonia junto à população.
A ciência ainda tateia para entender o que determina ações repletas de altruísmo e coragem.
Neste mês (02/2015), comemoram-se 70 anos do fim do Holocausto, o que nos faz lembrar não só as atrocidades cometidas
pelos nazistas como os heróis que se arriscaram para salvar o próximo. Por que em momentos tão perigosos surgem heróis? O
herói, frequentemente, ao explicar por que retirou uma vítima de automóvel em chamas ou um barco que afundava, dá a mesma
resposta: agiu “sem pensar”.
Em editorial da New Scientist, Michael Bond cita estudos feitos com esses “heróis da vida diária” para entender o que têm em
comum. O presidente da Fundação Carnegie Hero Fund Commission, que homenageia quem arrisca a vida para salvar os outros,
repete seu fundador, afirmando que o heroísmo é um impulso. Agora, pesquisadores buscam entender como ativá-lo.
O sociólogo Samuel Oliner, que na infância foi salvo do nazismo ao ser escondido por uma amiga da família, passou a vida
pesquisando por que alguém ajudaria o outro sem pensar em si próprio. Altruísmo é uma evolução adaptativa de comportamento,
pois os grupos onde ele existe tendem a ser mais bem-sucedidos.
Oliner entrevistou 406 pessoas que se arriscaram para salvar judeus durante a Segunda Guerra, e outras 72 que simplesmente
viveram na Europa nesse período. Os “heróis” mostraram-se mais empáticos e compartilhavam valores de justiça, compaixão e
responsabilidade pelo próximo, conceitos que declararam ter aprendido com os pais. Também eram mais tolerantes com as
diferenças, considerando como seu grupo toda a humanidade.
Para Kristen Monroe, da Universidade da Califórnia, que estudou a psicologia dos heróis do Holocausto, “onde a maioria das
pessoas vê um estranho, o altruísta vê um amigo em necessidade”. O altruísta tende a ser constante em seus atos. David Rand,
de Yale, que estuda jogos de cooperação, descobriu que quem costuma cooperar em um tipo de jogo tende a cooperar em todos,
mesmo sem receber benefícios.
Que motivadores tornam as pessoas altruístas ainda está por ser descoberto, mas o que se sabe é que altruístas têm maior senso
de igualdade e são influenciados pelo comportamento dos pais. Ou seja, há um componente biológico hereditário e um
componente adquirido. Altruístas têm uma região do cérebro, a amígdala do lado direito, maior que o normal. Essa região
reconhece faces com expressão de medo. Ou seja, tais pessoas conseguem reconhecer e responder mais rápido ao desespero
alheio, ao contrário dos psicopatas, que possuem amígdalas menores. No entanto, ser altruísta é condição necessária, mas não
única, para se tornar herói, o qual em potencial precisa também ter uma personalidade que assume riscos.
O heroísmo do dia a dia é difícil de ser estudado, pois é raro. A Fundação Garnegie, em seus 110 anos, condecorou apenas 10 mil
deles. Uma saída seria estudar os heróis de guerra. Mas esses são diversos, pois os atos heroicos são inspirados mais por lealdade
aos companheiros do que por altruísmo. Estudo feito com 283 soldados israelenses que receberam medalhas pela guerra do Yom
Kippur não encontrou características de personalidade diferentes.
Heróis podem também ser forjados. Experiências no início da vida que trazem mais responsabilidades, como a morte de um dos
pais ou ser filho mais velho de família grande, aumentam o senso de preocupação com o próximo. Por isso, Oliner propõe que
atos de altruísmo sejam discutidos nos primeiros anos escolares, para que seja forjada uma personalidade altruística. Para o
neurologista Silas Weir, que há mais de um século motivou seu amigo Carnegie a instituir o prêmio, “o Homem em situações de
emergência é um fantoche do seu passado, que subitamente puxa as cordas e determina a ação”.
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16/03/2023, 22:03 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
São trechos em que o uso das vírgulas se justificam pelo mesmo motivo, EXCETO em:
a) “No entanto, ser altruísta é condição necessária, mas não única, para se tornar herói, o qual em potencial precisa também
ter uma personalidade que assume riscos.” (6º§)
b) “O presidente da Fundação Carnegie Hero Fund Commission, que homenageia quem arrisca a vida para salvar os outros,
repete seu fundador, afirmando que o heroísmo é um impulso.” (2º§)
c) “O sociólogo Samuel Oliner, que na infância foi salvo do nazismo ao ser escondido por uma amiga da família, passou a vida
pesquisando por que alguém ajudaria o outro sem pensar em si próprio.” (3º§)
d) “Para Kristen Monroe, da Universidade da Califórnia, que estudou a psicologia dos heróis do Holocausto, ‘onde a maioria
das pessoas vê um estranho, o altruísta vê um amigo em necessidade’.” (5º§)
Gabarito: A Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1050217
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16/03/2023, 22:03 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
a) No tráfico de pessoas, um subproduto do turismo sexual, as vítimas são aliciadas por agentes aparentemente confiáveis,
mas que se condenam por oferecer muitas facilidades a elas. Não se deve acreditar, portanto, em promessas milagrosas de
emprego em outro Estado ou país.
b) No tráfico de pessoas, um subproduto do turismo sexual, as vítimas, são aliciadas por agentes aparentemente confiáveis,
mas que, se condenam por oferecer muitas facilidades a elas. Não se deve acreditar, portanto em promessas milagrosas de
emprego em outro Estado ou país.
c) No tráfico de pessoas, um subproduto do turismo sexual, as vítimas, são aliciadas por agentes, aparentemente confiáveis,
mas, que se condenam por oferecer muitas facilidades a elas. Não se deve acreditar, portanto, em promessas milagrosas de
emprego em outro Estado ou país.
d) No tráfico de pessoas, um subproduto do turismo sexual, as vítimas são aliciadas, por agentes, aparentemente confiáveis,
mas que se condenam por oferecer muitas facilidades a elas. Não se deve acreditar portanto, em promessas milagrosas de
emprego, em outro Estado ou país.
Gabarito: A Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1232254
''[...]. Alguns leitores ao lerem estas frases poesia citada não compreenderam logo. Creio mesmo que é impossível compreender
inteiramente à primeira leitura pensamentos assim esquematizados sem uma certa prática."
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16/03/2023, 22:03 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Porém, é a atividade semântica que intermedeia a conexão dos seres humanos com o mundo dos objetos, estabelecendo a
relação entre o Eu e o Universo, e, junto com a alteridade (relação do Eu com o Outro, de caráter interlocutivo), permite a
identificação da linguagem como tal, pois a linguagem existe não apenas para significar, mas significar alguma coisa para o outro.
A semanticidade possibilita o indivíduo conceber e revelar as coisas pertencentes ao mundo do real e da imaginação. Logo, é ao
mesmo tempo significação, modo de conceber, ou melhor, uma configuração linguística de conhecimento, uma organização verbal
do pensamento, e designação ou referência, aplicação dos conceitos ás coisas extralinguísticas. [...].
No processo de leitura do texto, para que o leitor se aproprie desse(s) sentido(s), é necessário que ele domine não apenas o
código linguístico, mas também compartilhe bagagem cultural, vivências, experiências, valores, correlacione os conhecimentos
construídos anteriormente (de gênero e de mundo, entre outros) com as novas informações expressas no texto; faça inferências e
comparações; compreenda que o texto não é uma estrutura fechada, acabada, pronta; perceba as significações, as
intencionalidades, os dialogismos, o não dito, os silêncios.
Em resumo, é fundamental que, por meio de uma série de contribuições, o interlocutor colabore para a construção do
conhecimento. Assim, ler não significa traduzir um sentido já considerado pronto, mas interagir com o outro (o autor), aceitando,
ou não, os propósitos do interlocutor.
(Prof' Marina Cezar - Revista de Villegagnon. Ano IV. N° 4. 2009 - Texto adaptado)
Leia o trecho a seguir.
"No eterno criar e recriar da atividade verbal, a criatividade, a semanticidade, a intersubjetividade, a materialidade e a
historicidade são propriedades essenciais da linguagem [...]" (1°§)
Assinale a opção em que o comentário acerca do uso dos sinais de pontuação está correto, tendo em vista a norma-padrão.
a) A primeira vírgula separa o sujeito do restante da frase, as demais separam os apostos.
b) As vírgulas separam, respectivamente, um adjunto adverbial e termos de mesma função sintática.
c) Todas as vírgulas poderiam ser retiradas, pois não há necessidade de pausas no trecho.
d) É igualmente correto usar ponto e vírgula no lugar de cada vírgula presente no trecho.
e) Pode-se usar um travessão no lugar da primeira vírgula e manter as demais sem prejuízo.
Gabarito: B Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1296301
''[...]. Alguns leitores ao lerem estas frases poesia citada não compreenderam logo. Creio mesmo que é impossível compreender
inteiramente à primeira leitura pensamentos assim esquematizados sem uma certa prática."
Porém, é a atividade semântica que intermedeia a conexão dos seres humanos com o mundo dos objetos, estabelecendo a
relação entre o Eu e o Universo, e, junto com a alteridade (relação do Eu com o Outro, de caráter interlocutivo), permite a
identificação da linguagem como tal, pois a linguagem existe não apenas para significar, mas significar alguma coisa para o outro.
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16/03/2023, 22:03 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
A semanticidade possibilita o indivíduo conceber e revelar as coisas pertencentes ao mundo do real e da imaginação. Logo, é ao
mesmo tempo significação, modo de conceber, ou melhor, uma configuração linguística de conhecimento, uma organização verbal
do pensamento, e designação ou referência, aplicação dos conceitos ás coisas extralinguísticas. [...].
No processo de leitura do texto, para que o leitor se aproprie desse(s) sentido(s), é necessário que ele domine não apenas o
código linguístico, mas também compartilhe bagagem cultural, vivências, experiências, valores, correlacione os conhecimentos
construídos anteriormente (de gênero e de mundo, entre outros) com as novas informações expressas no texto; faça inferências e
comparações; compreenda que o texto não é uma estrutura fechada, acabada, pronta; perceba as significações, as
intencionalidades, os dialogismos, o não dito, os silêncios.
Em resumo, é fundamental que, por meio de uma série de contribuições, o interlocutor colabore para a construção do
conhecimento. Assim, ler não significa traduzir um sentido já considerado pronto, mas interagir com o outro (o autor), aceitando,
ou não, os propósitos do interlocutor.
(Prof' Marina Cezar - Revista de Villegagnon. Ano IV. N° 4. 2009 - Texto adaptado)
Tendo em vista o título do texto - "Leitura, leituras: quando ler (bem) é preciso", assinale a opção que justifica corretamente o
emprego dos parênteses, segunda intenção expressiva da autora.
a) Isola orações intercaladas com verbos.
b) Faz uma indicação bibliográfica sucinta.
c) Indica a citação literal de uma palavra importante.
d) Acrescenta um comentário implícito sobre a ide ia da autora.
e) Sugere um tom mais emotivo ás reflexões da autora, no texto.
Gabarito: D Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1296305
I. Morto no início deste ano, o sociológico polonês, Zygmunt Bauman é considerado um dos maiores pensadores da
atualidade. Autor do conceito de "liquidez", Bauman, foi um analista e crítico das novas dinâmicas socioeconômicas e
afetivas no mundo globalizado.
ll. Num estudo recente publicado na Nature, psicólogos da Universidade de Nova York mostraram a 119 voluntários uma
série de imagens de ferramentas e animais. Poucos minutos depois, os participantes do experimento visualizaram um novo
conjunto de figuras do mesmo padrão, mas dessa vez ao mesmo tempo em que eram submetidos a um choque elétrico para
aumentar a importância de apenas uma das categorias.
Ill. Um dos maiores artistas brasileiros, viveu por mais de 50 anos, em um hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro.
Diagnosticado com esquizofrenia, Arthur Bispo do Rosário, encheu sua cela na antiga Colônia Juliano Moreira com roupas,
barcos e assemblages feitos de lixo.
Um estudo recente projeta a situação - preocupante - do planeta no século 23 em termos climatológicos. Em 2016, as
temperaturas globais foram 0,99 ºC mais quentes do que a média do século vinte. Isto faz de 2016 o terceiro ano de recordes
seguidos para as temperaturas mais elevadas. O estado da atmosfera terrestre e da temperatura do planeta são governados por
dois grandes fatores: a energia proveniente do Sol e o percentual de anidrido carbônico e de outros gases na composição da
atmosfera. O primeiro foi lentamente aumentando ao longo da história da Terra, e o percentual dos gases, diferentemente,
aumentou e diminuiu várias vezes no tempo, segundo os acontecimentos geológicos e biológicos ocorridos no planeta.
Uma variabilidade "natural", a da concentração dos gases de efeito estufa, que vigorou pelo menos até há algumas décadas, foi
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repentinamente substituída por uma outra variabilidade, a artificial, promovida pelas atividades humanas após a Revolução
Industrial (ao redor do início do século 19) e a queima de combustíveis fósseis . Tudo isso levou a um rápido aumento da
concentração de gás carbônico na atmosfera, fazendo subir a temperatura média do planeta de um modo que não acontecia há
muitos séculos, talvez milênios.
Sobre o equilíbrio térmico, um artigo assinado por três pesquisadores em climatologia busca traçar uma comparação entre o
passado distante e o futuro da Terra no caso de as emissões de C O2 por atividades humanas não serem controladas e reduzidas.
Eles partem de muito longe, afirmando que a temperatura histórica média do planeta 14 ºC foi cerca de 31 ºC maior que aquela
que seria se, para se aquecer, pudesse contar apenas com o Sol. Na ausência de atmosfera, a temperatura deste nosso planeta
rochoso seria de -17ºC.
Na sua conclusão, o artigo examina o futuro, ou seja, a situação do planeta dentro de dois séculos, se o homem continuar
emitindo na atmosfera as mesmas quantidades de anidrido carbônico que deriva hoje das atividades industriais e agrícolas. Sendo
certo que o Sol aumentará ainda mais a sua radiação, os autores calculam que já no final deste século 21 a temperatura da Terra
será similar à que existiu no período Eoceno (que vai de 56 a 34 milhões de anos atrás): naquele tempo, as florestas temperadas
chegavam quase aos polos, e a temperatura média terrestre era de cerca 8 ºC superior à atual. No ano 2250, o anidrido carbônico
atmosférico voltará a níveis similares aos de 420 milhões de anos atrás, ou seja, cerca de 2.000 partes por milhão. Unida a uma
maior atividade solar, a temperatura terrestre poderá atingir níveis incompatíveis com a vida como a conhecemos hoje.
Texto adaptado. Disponível em: (http://www.brasil24 7 .com/pt/24 7 /revista oas is/289 l 63/0-futuro-da- Terra-Como-ser%C3%A 1-nosso-planeta-
no-s%C3 %A9culo-23.htm.)
Analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra ''V", quando se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra "F"
quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) Em "Um estudo recente projeta a situação - preocupante - do planeta no século 23 em termos climatológicos.", os
travessões podem ser substituídos por parênteses.
( ) Em " ... promovida pelas atividades humanas após a Revolução Industrial (ao redor do início do século 19) e a queima
de combustíveis fósseis.", os parênteses podem ser substituídos por vírgulas.
( ) Em " ... o artigo examina o futuro, ou seja, a situação do planeta dentro de dois séculos ... ", as vírgulas podem ser
substituídas por travessões.
a) F - V -F
b) V - F - V
c) V - V - F
d) F - F - V
e) F - V - V
Gabarito: C Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1304731
"Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida." A frase do pensador Confúcio tem sido o
mantra de muitos que, embalados pela concepção de que oficio e prazer não precisam se opor, buscam um estilo de vida no qual
a fonte de renda seja também fonte de alegria e satisfação pessoal. A questão é: trabalho é sempre trabalho. Pode ser bom, pode
ser até divertido, mas não substitui a capacidade que só o lazer possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos,
horários, metas.
Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam descanso em prol da produção desenfreada, da busca frenética por
resultado, ascensão, status,dinheiro.
Algo de errado em querer tudo isso? A meu ver, não. E sim. Não porque são dignas e, sobretudo, necessárias, a vontade de não
ser medíocre naquilo que se faz e a recusa à estagnação. Sim, quando ambas comprometem momentos de entretenimento
minando, aos poucos, a saúde física e mental de quem acha que sombra e água fresca são luxo e não merecimento.
Recentemente, um construtor com o qual eu conversava me disse que estava havia nove anos sem férias e lamentou o pouco
tempo passado com os netos. O patrimônio milionário veio de dedicação e empenho. Mas custou caro também. Admirei a
trajetória, a abdicação. Entretanto, senti um pesar por aquele homem com conta bancária polpuda e rosto abatido. Na hora me
perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão. Evidentemente, não. É simples e absolutamente viável
conciliar o suor da batalha com mergulhos no mar, planilhas Excel com caipirinhas em fins de tarde.
Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se exerce. Momentos de pausa, porém, honram o
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próprio ofício. A vida se equilibra justamente na possibilidade de converter o dinheiro advindo do esforço em ingressos para o
show da banda preferida, passeios no parque, pipoca quentinha e viagens de barco.
Convivo com pessoas que amam o que fazem e se engrandecem cada vez que percebem como são eficientes na missão de dar
sentido à profissão. Pessoas que, por meio de suas atribuições, transformam o mundo, sentem- se úteis, reforçam talentos. Mas
até essas se esgotam. É o famoso caso do jogador de futebol que, estressado com as cobranças do time, vai jogar uma "pelada"
para relaxar.
Desculpe a petulância ao discordar, Confúcio, mas .ainda que trabalhemos com o que amamos, será sempre trabalho. Muitas
vezes prazeroso, outras tantas edificante ... , mas nunca capaz, sozinho, de suprir toda uma vida. Arregacemos as mangas
conscientes de que os pés na areia da praia e as rodas de amigos em bares são combustiveis importantes para o bom andamento
da labuta diária.
O Brasil é responsável por uma das mais altas taxas de reincidência criminal em todo o mundo. No país, a taxa média de
reincidência (amplamente admitida mas nunca comprovada empiricamente) é de mais ou menos 70%, ou seja, 7 em cada 10
criminosos voltam a cometer algum tipo de crime após saírem da cadeia.
Alguns perguntariam “Por quê?”. E eu pergunto: “Por que não?” O que esperar de um sistema que propõe reabilitar e reinserir
aqueles que cometerem algum tipo de crime, mas nada oferece, para que essa situação realmente aconteça? Presídios em estado
de depredação total, pouquíssimos programas educacionais e laborais para os detentos, praticamente nenhum incentivo cultural,
e, ainda, uma sinistra cultura (mas que diverte muitas pessoas) de que bandido bom é bandido morto (a vingança é uma festa,
dizia Nietzsche).
Situação contrária é encontrada na Noruega. Considerada pela ONU, em 2012, o melhor país para se viver (1º no ranking do IDH)
e, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Avante Brasil, o 8º país com a menor taxa de homicídios no mundo, lá o
sistema carcerário chega a reabilitar 80% dos criminosos, ou seja, apenas 2 em cada 10 presos voltam a cometer crimes; é uma
das menores taxas de reincidência do mundo. Em uma prisão em Bastoy, chamada de ilha paradisíaca, essa reincidência é de
cerca de 16% entre os homicidas, estupradores e traficantes que por ali passaram. Os EUA chegam a registrar 60% de
reincidência e o Reino Unido, 50%. A média europeia é 50%.
A Noruega associa as baixas taxas de reincidência ao fato de ter seu sistema penal pautado na reabilitação e não na punição por
vingança ou retaliação do criminoso. A reabilitação, nesse caso, não é uma opção, ela é obrigatória. Dessa forma, qualquer
criminoso poderá ser condenado à pena máxima prevista pela legislação do país (21 anos), e, se o indivíduo não comprovar estar
totalmente reabilitado para o convívio social, a pena será prorrogada, em mais 5 anos, até que sua reintegração seja comprovada.
O presídio é um prédio, em meio a uma floresta, decorado com grafites e quadros nos corredores, e no qual as celas não
possuem grades, mas sim uma boa cama, banheiro com vaso sanitário, chuveiro, toalhas brancas e porta, televisão de tela plana,
mesa, cadeira e armário, quadro para afixar papéis e fotos, além de geladeiras. Encontra-se lá uma ampla biblioteca, ginásio de
esportes, campo de futebol, chalés para os presos receberem os familiares, estúdio de gravação de música e oficinas de trabalho.
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Nessas oficinas são oferecidos cursos de formação profissional, cursos educacionais, e o trabalhador recebe uma pequena
remuneração. Para controlar o ócio, oferecer muitas atividades, de educação, de trabalho e de lazer, é a estratégia.
A prisão é construída em blocos de oito celas cada (alguns dos presos, como estupradores e pedófilos, ficam em blocos
separados). Cada bloco tem sua cozinha. A comida é fornecida pela prisão, mas é preparada pelos próprios detentos, que podem
comprar alimentos no mercado interno para abastecer seus refrigeradores.
Todos os responsáveis pelo cuidado dos detentos devem passar por no mínimo dois anos de preparação para o cargo, em um
curso superior, tendo como obrigação fundamental mostrar respeito a todos que ali estão. Partem do pressuposto que, ao
mostrarem respeito, os outros também aprenderão a respeitar.
A diferença do sistema de execução penal norueguês em relação ao sistema da maioria dos países, como o brasileiro, americano,
inglês, é que ele é fundamentado na ideia de que a prisão é a privação da liberdade, e pautado na reabilitação e não no
tratamento cruel e na vingança.
O detento, nesse modelo, é obrigado a mostrar progressos educacionais, laborais e comportamentais, e, dessa forma, provar que
pode ter o direito de exercer sua liberdade novamente junto à sociedade.
A diferença entre os dois países (Noruega e Brasil) é a seguinte: enquanto lá os presos saem e praticamente não cometem
crimes, respeitando a população, aqui os presos saem roubando e matando pessoas. Mas essas são consequências
aparentemente colaterais, porque a população manifesta muito mais prazer no massacre contra o preso produzido dentro dos
presídios (a vingança é uma festa, dizia Nietzsche).
A respeito do uso da vírgula, segundo as normas da escrita padrão, analise as afirmativas a seguir.
I - Em Nas prisões, o comércio de drogas não é coibido., a vírgula separa a expressão adverbial que, se estivesse no final da
frase, não haveria necessidade do uso desse sinal de pontuação.
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II - No trecho Ao contrário, ele surge como atividade principal de poderosas facções, a vírgula se deve à presença da
locução adverbial no início da frase como modificador da direção do discurso.
III - Em Apesar de o chamado “tráfico privilegiado” [...] não ser mais considerado crime hediondo, detidos continuam, a
vírgula foi usada para separar a oração subordinada da principal.
IV - No trecho Apesar de o chamado “tráfico privilegiado”, em que não existem relações, a vírgula deve-se à presença do
pronome relativo.
Rubem Alves
Era uma família grande, todos amigos. Viviam como todos nós: moscas presas na enorme teia de aranha que é a vida da
cidade. Todos os dias a aranha lhes arrancava um pedaço. Ficaram cansados. Resolveram mudar de vida: um sonho louco:
navegar! Um barco, o mar, o céu, as estrelas, os horizontes sem fim: liberdade. Venderam o que tinham, compraram um barco
capaz de atravessar mares e sobreviver tempestades.
Mas para navegar não basta sonhar. É preciso saber. São muitos os saberes necessários para se navegar. Puseram-se então a
estudar cada um aquilo que teria de fazer no barco: manutenção do casco, instrumentos de navegação, astronomia,
meteorologia, as velas, as cordas, as polias e roldanas, os mastros, o leme, os parafusos, o motor, o radar, o rádio, as ligações
elétricas, os mares, os mapas... Disse certo o poeta: Navegar é preciso, a ciência da navegação é saber preciso, exige aparelhos,
números e medições. Barcos se fazem com precisão, astronomia se aprende com o rigor da geometria, velas se fazem com
saberes exatos sobre tecidos, cordas e ventos, instrumentos de navegação não informam mais ou menos. Assim, eles se tomaram
cientistas, especialistas, cada um na sua - juntos para navegar.
Chegou então o momento da grande decisão - para onde navegar. Um sugeria as geleiras do sul do Chile, outro os canais dos
fiordes da Noruega, um outro queria conhecer os exóticos mares e praias das ilhas do Pacífico, e houve mesmo quem quisesse
navegar nas rotas de Colombo. E foi então que compreenderam que, quando o assunto era a escolha do destino, as ciências que
conheciam para nada serviam.
De nada valiam números, tabelas, gráficos, estatísticas. Os computadores, coitados, chamados a dar o seu palpite, ficaram em
silêncio. Os computadores não têm preferências - falta-lhes essa sutil capacidade de gostar, que é a essência da vida humana.
Perguntados sobre o porto de sua escolha, disseram que não entendiam a pergunta, que não lhes importava para onde se estava
indo.
Se os barcos se fazem com ciência, a navegação faz-se com os sonhos. Infelizmente a ciência, utilíssima, especialista em
saber como as coisas funcionam, tudo ignora sobre o coração humano. E preciso sonhar para se decidir sobre o destino da
navegação. Mas o coração humano, lugar dos sonhos, ao contrário da ciência, é coisa imprecisa. Disse certo o poeta: Viver não é
preciso. Primeiro vem o impreciso desejo. Primeiro vem o impreciso desejo de navegar. Só depois vem a precisa ciência de
navegar.
Naus e navegação têm sido uma das mais poderosas imagens na mente dos poetas. Ezra Pound inicia seus Cânticos dizendo:
E pois com a nau no mar/assestamos a quilha contra as vagas... Cecília Meireles: Foi, desde sempre, o mar! A solidez da terra,
monótona/parece-nos fraca ilusão! Queremos a ilusão do grande mar/ multiplicada em suas malhas de perigo. E Nietzsche:
Amareis a terra de vossos filhos, terra não descoberta, no mar mais distante. Que as vossas velas não se cansem de procurar esta
terra! O nosso leme nos conduz para a terra dos nossos filhos... Viver é navegar no grande mar!
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Não só os poetas: C. Wright Mills, um sociólogo sábio, comparou a nossa civilização a uma galera que navega pelos mares.
Nos porões estão os remadores. Remam com precisão cada vez maior. A cada novo dia recebem remos novos, mais perfeitos. O
ritmo das remadas acelera. Sabem tudo sobre a ciência do remar. A galera navega cada vez mais rápido. Mas, perguntados sobre
o porto do destino, respondem os remadores: O porto não nos importa. O que importa é a velocidade com que navegamos.
C. Wright Mills usou esta metáfora para descrever a nossa civilização por meio duma imagem plástica: multiplicam-se os meios
técnicos e científicos ao nosso dispor, que fazem com que as mudanças sejam cada vez mais rápidas; mas não temos ideia
alguma de para onde navegamos. Para onde? Somente um navegador louco ou perdido navegaria sem ter ideia do para onde. Em
relação à vida da sociedade, ela contém a busca de uma utopia. Utopia, na linguagem comum, é usada como sonho impossível de
ser realizado. Mas não é isso. Utopia é um ponto inatingível que indica uma direção.
Mário Quintana explicou a utopia com um verso: Se as coisas são inatingíveis... ora!/Não é motivo para não querê-las... Que
tristes os caminhos, se não fora/ A mágica presença das estrelas! Karl Mannheim, outro sociólogo sábio que poucos leem, já na
década de 1920 diagnosticava a doença da nossa civilização: Não temos consciência de direções, não escolhemos direções.
Faltam-nos estrelas que nos indiquem o destino.
Hoje, ele dizia, as únicas perguntas que são feitas, determinadas pelo pragmatismo da tecnologia (o importante é produzir o
objeto) e pelo objetivismo da ciência (o importante é saber como funciona), são: Como posso fazer tal coisa? Como posso
resolver este problema concreto particular? E conclui: E em todas essas perguntas sentimos o eco otimista: não preciso de me
preocupar com o todo, ele tomará conta de si mesmo.
Em nossas escolas é isso que se ensina: a precisa ciência da navegação, sem que os estudantes sejam levados a sonhar com
as estrelas. A nau navega veloz e sem rumo. Nas universidades, essa doença assume a forma de peste epidêmica: cada
especialista se dedica, com paixão e competência, a fazer pesquisas sobre o seu parafuso, sua polia, sua vela, seu mastro.
Dizem que seu dever é produzir conhecimento. Se forem bem-sucedidas, suas pesquisas serão publicadas em revistas
internacionais. Quando se lhes pergunta: Para onde seu barco está navegando?, eles respondem: Isso não é científico. Os sonhos
não são objetos de conhecimento científico...
E assim ficam os homens comuns abandonados por aqueles que, por conhecerem mares e estrelas, lhes poderíam mostrar o
rumo. Não posso pensar a missão das escolas, começando com as crianças e continuando com os cientistas, como outra que não
a da realização do dito do poeta: Navegar é preciso. Viver não é preciso.
É necessário ensinar os precisos saberes da navegação enquanto ciência. Mas é necessário apontar com imprecisos sinais para
os destinos da navegação: A terra dos filhos dos meus filhos, no mar distante... Na verdade, a ordem verdadeira é a inversa.
Primeiro, os homens sonham com navegar. Depois aprendem a ciência da navegação. E inútil ensinar a ciência da navegação a
quem mora nas montanhas...
O meu sonho para a educação foi dito por Bachelard: O universo tem um destino de felicidade. O homem deve reencontrar o
Paraíso. O paraíso é jardim, lugar de felicidade, prazeres e alegrias para os homens e mulheres. Mas há um pesadelo que me
atormenta: o deserto. Houve um momento em que se viu, por entre as estrelas, um brilho chamado progresso. Está na bandeira
nacional... E, quilha contra as vagas, a galera navega em direção ao progresso, a uma velocidade cada vez maior, e ninguém
questiona a direção. E é assim que as florestas são destruídas, os rios se transformam em esgotos de fezes e veneno, o ar se
enche de gases, os campos se cobrem de lixo - e tudo ficou feio e triste.
Sugiro aos educadores que pensem menos nas tecnologias do ensino - psicologias e quinquilharias - e tratem de sonhar, com
os seus alunos, sonhos de um Paraíso.
Nos fragmentos que se seguem, é possível a presença de uma vírgula, EXCETO no fragmento da alternativa
a) É necessário ensinar os precisos saberes da navegação enquanto ciência.
b) Infelizmente a ciência, utilíssima, especialista em saber ‘como as coisas funcionam’, tudo ignora sobre o coração humano.
c) Em nossas escolas é isso que se ensina: a precisa ciência da navegação, sem que os estudantes sejam levados a sonhar
com as estrelas.
d) Primeiro, os homens sonham com navegar. Depois aprendem a ciência da navegação.
e) Todos os dias a aranha lhes arrancava um pedaço. Ficaram cansados.
Gabarito: A Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1609547
Poderes
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16/03/2023, 22:03 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Através do presente instrumento particular de mandato, a OUTORGANTE nomeia e constitui o OUTORGADO 2. como seu
procurador, concedendo-lhe plenos e gerais poderes, incluídos na cláusula ad judicia et extra, ou qualquer outra que exista em
latim, em português, inglês, italiano, francês, que é tão bonito, na língua do P, alemão ou esperanto, como eu ia dizendo, plenos e
gerais poderes para procurá-la, encontrá-la e, em nome da OUTORGANTE, fazer dela o que quiser, querer, requerer, beijar,
abraçar, satisfazer todos os seus desejos, ou, pelo menos, a maioria deles, aliená-la, seduzi-la, enlouquecê-la loucamente,
apaixonar-se perdidamente por ela, receber e dar quitação, casar, se estiver a fim, ou efetuar todo e qualquer tipo de contrato
consensual que tenha a palavra amor em cada artigo, promover alterações, estranhamentos, risos, lágrimas, soluços, frios na
barriga, arrepios ou furacões, declarar o seu amor diariamente, se possível, ou constituir procuradores que o façam através de
recados, fofocas, elogios ou bilhetes, representar a OUTORGANTE perante quaisquer órgãos, apropriar-se do seu coração, firmar
escrituras públicas ou particulares desta posse, gritar no meio da praça, publicar no jornal, mandar escrever no céu com fumaça
de avião, fixar acordos, limites, valores, fotos em cortiças ou quadros nas paredes, fazer loucuras, graças, brincadeiras e besteiras
em geral, estabelecer condições favoráveis a beijos, e variar de ações (se for o caso), intervir sempre que necessário em seu
destino, interpor atos, braços, pernas, mãos, enfim, qualquer recurso para que os dois fiquem sempre juntos, bem juntinhos,
além de pagar ou dividir contas, ingressos ou quaisquer emolumentos, receber trocos, presentes, flores, carinhos, celebrar
acertos, vitórias, comemorações, festas e mais festas, noivado, casamento, batizado, aniversário, réveillon e até bodas de ouro,
quem sabe, podendo o outorgado apresentar e retirar documentos, docemente, ou não, satisfazer exigências, pedidos e súplicas,
ceder (quando puder ceder) ou transferir responsabilidades chatas, datas, encontros, aceitar ou rejeitar modificações, subversões
e/ou restrições, replicar aos interpostos por terceiros, e praticar, enfim, todos os atos previstos em lei, inclusive desistência,
renúncia, fuga, línguas, esportes, boas ações, coligações e alianças, agindo em conjunto ou separadamente, defendendo os
interesses da OUTORGANTE em Juízo ou fora dele, podendo ainda propor demandas judiciais, propor coisas demais, projetos,
medidas, mudanças, absurdos, doidices, extravagâncias, sei lá, o que julgar conveniente para executar todos os atos necessários
a fim de que nós dois sejamos felizes, no bom e fiel desempenho deste mandato.
A autora do texto “Poderes” Adriana Falcão faz uso dos Parênteses, nos fragmentos: “[...] e variar de ações (se for o caso)[...]” e
“[...] podendo o outorgado apresentar e retirar documentos, docemente, ou não, satisfazer exigências, pedidos e súplicas, ceder
(quando puder ceder)”. Usa-se esse sinal de pontuação para:
a) Introduzir o discurso direto.
b) Fazer um comentário ou explicação a respeito do que se escreve.
c) Isolar palavras ou enunciados intercalados em outros enunciados.
d) Demonstrar que os complementos nominais foram deslocados para o início da oração.
e) Indicar hesitação, interrupção, ou a suspensão de um pensamento ou ideia que fica a cargo do leitor completar.
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16/03/2023, 22:03 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
O crime organizado não é um fenômeno recente. Encontramos indícios dele nos grandes grupos contrabandistas do antigo regime
na Europa, nas atividades dos piratas e corsários e nas grandes redes de receptação da Inglaterra do século XVIII. A diferença
dos nossos dias é que as organizações criminosas se tornaram mais precisas, mais profissionais.
Um erro na análise do fenômeno é a suposição de que tudo é crime organizado. Mesmo quando se trata de uma pequena
apreensão de crack em um local remoto(d), alguns órgãos da imprensa falam em crime organizado. Em muitos casos(e), o varejo
do tráfico é um dos crimes mais desorganizados que existe. É praticado por um usuário que compra de alguém umas poucas
pedras de crack e fuma a metade. Ele não tem chefe, parceiros, nem capital de giro. Possui apenas a necessidade de suprir o
vício. No outro extremo, fica o grande traficante(a), muitas vezes um indivíduo que nem mesmo vê a droga. Só utiliza seu
dinheiro para financiar o tráfico ou seus contatos para facilitar as transações. A organização criminosa envolvida com o tráfico de
drogas fica, na maior parte das vezes(b), entre esses dois extremos. É constituída de pequenos e médios traficantes e uns poucos
traficantes de grande porte.
Nas outras atividades criminosas, a situação é a mesma. O crime pode ser praticado por um indivíduo(c), uma quadrilha ou uma
organização. Portanto, não é a modalidade do crime que identifica a existência de crime organizado.
Guaracy Mingardi. Inteligência policial e crime organizado. In: Renato Sérgio de Lima e Liana de Paula (Orgs.). Segurança pública e violência: o
Estado está cumprindo seu papel? São Paulo: Contexto, 2006, p. 42 (com adaptações).
No texto CG1A01AAA, isola um trecho de natureza explicativa a vírgula empregada logo após
a) “traficante”.
b) “vezes”.
c) “indivíduo”.
d) “remoto”.
e) “casos”.
Gabarito: A Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/364126
Em julho de 1955, Bertrand Russell e Albert Einstein lançaram um inusitado apelo aos povos do mundo, pedindo-lhes que
“pusessem de lado” seus fortes sentimentos a respeito de uma série de questões e se vissem “exclusivamente como membros de
uma espécie biológica que traz consigo uma história extraordinária e cujo desaparecimento ninguém pode desejar”. O dilema com
que se defronta o mundo é “claro, aterrador e incontornável: poremos fim à espécie humana ou a humanidade renunciará à
guerra?”
O mundo não renunciou à guerra. Muito pelo contrário. Hoje, a potência mundial hegemônica se dá o direito de fazer a guerra ao
seu arbítrio, segundo uma doutrina de “autodefesa antecipada” sem limites conhecidos. Com uma postura essencialmente
farisaica, os Estados Unidos da América (EUA) são implacáveis na imposição do direito internacional e de tratados e regras da
ordem mundial aos outros países, mas rejeitam-nos como irrelevantes quando se trata de si mesmos — uma prática antiga,
levada a limites inauditos pelos governos de Reagan e Bush II.
Noam Chomsky. Estados fracassados: o abuso do poder e o ataque à democracia. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009 (com adaptações).
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16/03/2023, 22:03 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
As perícias médico-legais relacionadas ao fato tanatológico comportam sempre forte impregnação cronológica.
A definição cronológica da morte, isto é, a determinação do momento em que ela ocorreu, é de extrema importância. Em termos
jurídicos, é bastante relevante a determinação do momento de ocorrência do êxito letal ou de seu relacionamento com eventos
não ligados diretamente a ele — como no caso, por exemplo, dos problemas sucessórios surgidos na comoriência. Também na
área do direito penal, sobretudo quando se lida com mortes presumivelmente criminosas, a fixação do momento da morte(c) tem
especial importância, pois pode ajudar a esclarecer os fatos e a apontar autorias.
Por outro lado, os progressos da ciência médica têm tornado imperioso que o momento do óbito seja estabelecido com o máximo
rigor. De fato, a problemática ligada à separação de partes cadavéricas destinadas a transplantes em vivos exige que sua retirada
seja feita em condições de aproveitamento útil, o que impõe, em muitos casos, que esse procedimento seja feito em prazos
curtos, iniciados com o momento da morte. É importante, pois, que o médico estabeleça o momento de ocorrência do êxito
letal(d) com a maior precisão possível.
Estabelecer o momento da morte é situá-la no tempo e, para situar um acontecimento no tempo, é preciso(e) que se tenha um
conceito claro do que seja tempo. Fugindo das conceituações matemáticas ou filosóficas de tempo, pragmaticamente aceitamos a
conceituação popular de tempo, isto é, a grandeza que se mede em minutos, horas, dias, meses ou anos. Essa tomada de
posição, embora simplista e empírica, é a única(a) que se nos afigura capaz de contribuir para a solução do problema
tanatognóstico e, consequentemente, do da conceituação do momento da morte.
Estando a medicina legal a serviço do direito e as conceituações jurídicas estando frequentemente ligadas às noções temporais,
compreende-se que se deva esperar da medicina legal uma função cronodiagnóstica. Os critérios cronológicos não se limitam a
classificar (b) os fatos em anteriores ou posteriores; vão mais longe. É preciso medir o tempo que separa dois eventos, pois, como
afirma Bertrand Russel, só podemos afirmar que conhecemos um fenômeno quando somos capazes de medi-lo, e o conceito de
morte está intimamente ligado ao conceito de tempo.
José Maria Marlet. Conceitos médico-legal e jurista de morte. Internet: <www.revistajustitia.com.br> (com adaptações).
Seriam mantidos o sentido original e a correção gramatical do texto CG1A01AAA caso fosse inserida uma vírgula imediatamente
após a palavra
a) “única”.
b) “classificar”.
c) “morte”.
d) “letal”.
e) “preciso”.
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16/03/2023, 22:03 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Na Idade Média, durante o período feudal, o príncipe era detentor de um poder conhecido como jus politiae — direito de polícia
—, que designava tudo o que era necessário à boa ordem da sociedade civil sob a autoridade do Estado, em contraposição à boa
ordem moral e religiosa, de competência exclusiva da autoridade eclesiástica.
Atualmente, no Brasil, por meio da Constituição Federal de 1988, das leis e de outros atos normativos, é conferida aos cidadãos
uma série de direitos, entre os quais os direitos à liberdade e à propriedade, cujo exercício deve ser compatível com o bem-estar
social e com as normas de direito público. Para tanto, essas normas especificam limitações administrativas à liberdade e à
propriedade, de modo que, a cada restrição de direito individual — expressa ou implícita na norma legal —, corresponde
equivalente poder de polícia administrativa à administração pública, para torná-la efetiva e fazê-la obedecida por todos.
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, assinale a opção correta.
a) A supressão da vírgula empregada logo após “normativos” manteria a coesão e a correção textual, uma vez que, no
contexto dado, seu emprego é facultativo.
b) A coesão textual seria mantida se a expressão “os quais” fosse substituída por aqueles.
c) No primeiro parágrafo, a substituição do par de travessões por um par de parênteses preservaria a coesão textual.
d) A substituição de “sob” por pela manteria a coesão textual.
e) O elemento “à”, introduz complementos da forma verbal “designava”.
Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta, quando lesse
minha história no jornal, risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse: Aí, meu Deus, que história mais engraçada!. E então
a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem
muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente
louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e
depois repetisse para si própria: mas essa história é mesmo muito engraçada!
Rubem Braga. Disponível cm: <http:/ /www.relei tw-as.com/rubernbraga_meuideal.asp/fragmento>. Acesso em: 20 out. 2016.
Na frase "Ai, meu Deus, que história mais engraçada!", a vírgula foi empregada pelo mesmo motivo que em
Rolando Boldrin
Naquele arraial do Pau Fincado, havia um sujeitinho danado pra roubar coisas. Às vezes galinha, às vezes cavalo, às vezes coisas
miúdas. A verdade é que o dito cujo era chegado em surrupiar bens alheios.
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Todo mundo daquele arraial já estava até acostumado com os tais furtos. E a coisa chegou a tal ponto de constância que bastava
alguém da por falta de qualquer objeto e lá vinha o comentário: “Ah, foi o Justino Larápio”.
E foi numa dessas que sumiu o relógio do cumpadi João, um cidadão por demais conhecido por aquelas bandas do Pau Fincado.
Foi a conta de sumir o relógio dele para o dito cujo correr pra delegacia mais próxima e dar parte do fato.
O delegado pediu que o sêo João arranjasse três testemunhas para lavrar o ocorrido e então prender o tal ladrãozinho popular.
Arranjar três testemunhas de que o tal Justino havia surrupiado qualquer coisa era fácil, dado a popularidade do dito cujo pra
esses afazeres fora da lei.
A cena que conto agora transcorreu assim, sem tirar nem pôr. Intimado o Justino, eis ali, ladrão, vítima e três testemunhas:
DELEGADO (para a primeira testemunha.) – O senhor viu o Justino roubar o relógio do sêo João, aqui presente?
TESTEMUNHA 1 – Dotô.Vê, ansim com os óio, eu num posso dizê que vi. Mas sei que ele é ladrão mêmo. O que ele vê na frente
dele, ele passa a mão na hora. Pode prendê ele dotô! DELEGADO (para a segunda testemunha.) – E o senhor? Viu o Justino
roubar o relógio do sêo João?
TESTEMUNHA 2 – Óia, dotô ...num vô falá que vi ele fazê isso, mas todo mundo no arraiá sabe que ele róba mêmo, uai. Pode
prender sem susto. Eu garanto que foi ele que robô esse relógio.
DELEGADO (para a última testemunha.) – E o senhor? Pode me dizer se viu o Justino roubar o relógio do sêo João?
TESTEMUNHA 3 – Dotô, ponho a mão no fogo si num foi ele. Prende logo esse sem vergonha, ladrão duma figa. Foi ele mêmo!
DELEGADO – Mas o senhor não viu ele roubar? O senhor sabe que foi ele, mas não viu o fato em si?
TESTEMUNHA 3 – Num carece de vê, dotô! Todo mundo sabe que ele róba. Pode preguntá pra cidade intêra. Foi ele. Prende logo
esse peste! DELEGADO (olhando firme para o Justino) – Olha aqui, Justino. Eu também tenho certeza de que foi você que roubou
o relógio do sêo João. Mas, como não temos provas cabíveis, palpáveis e congruentes.... você está, por mim, absolvido.
JUSTINO (espantado, arregalando os olhos para o delegado) – O que, dotô ? O que que o sinhô me diz? Eu tô absorvido????
DELEGADO – Está absolvido.
JUSTINO – Qué dizê intão que eu tenho que devorvê o relógio?
Devemos viver a vida ou capturá-la?
Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais
significativos aos mais triviais. Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida e a moda é capturar qualquer momento
considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas. [...]
Há um aspecto disso tudo que faz sentido: todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam
vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto, geralmente desconsiderado, que é o aproveitamento real do que
acontece naquele momento. Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, saindo do seu foco, ao ver a vida
através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?
Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que
mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos
da Universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de
eclipse", pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma
experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente
incrível a respeito do mundo. É algo que necessita de foco e de um comprometimento total de todos os sentidos. Ainda assim, ao
se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se
preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.
Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso
através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem.
Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses e
é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a
realidade.
O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e
eficientes. O alcance é muito mais amplo e a gratificação (quantos “curtir" a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se
tornaram um evento social compartilhado.
Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com
quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento, porque temos essa
necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O'Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das
pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares
pessoais durante os seus casamentos. [...]
Entendo o que elas sentem. É como palestrar usando o PowerPoint, como posso afirmar por experiência própria. Assim que
uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é
então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, apenas para mostrar imagens e gráficos ou
citações significativas.
Marcelo Gleiser. Disponível em: http://www.fronteiras.com/artigos/marcelo-gleiser-deveriamos-viver-a-vida-ou-captura-la. Acesso em: 20/03/2016.
Adaptado.
No que se refere ao emprego dos sinais de pontuação no Texto, analise as afirmativas abaixo.
I. No trecho: “Há um aspecto disso tudo que faz sentido: todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e
queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas.” (2º parágrafo), os dois-pontos foram empregados para
introduzir uma citação literal.
II. No trecho: “Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, saindo do seu foco, ao ver a vida através
de uma tela?” (2º parágrafo), o ponto de interrogação revela que o autor dirige-se diretamente ao leitor, dialogando com
ele.
III. No trecho: “O apresentador Conan O'Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas
quando se apresenta. „Tudo que vejo é um mar de iPads‟, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais
durante os seus casamentos.” (6º parágrafo), as aspas foram empregadas no segmento destacado para delimitar um trecho
em discurso direto.
IV. No trecho: “Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia.”
(7º parágrafo), a vírgula foi empregada para isolar itens em uma enumeração.
Está(ão) CORRETA(S):
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
Gabarito: B Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/644796
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a) Desde o início do ano, os investidores externos sumiram, e o rial (moeda iraniana) perdeu 80% do seu valor.
b) O jornal publicará, hoje, a carta de protesto, e a repórter incompetente que escreveu a reportagem com erros dará a última
palavra.
c) O ministro Joaquim Barbosa tende a condenar os acusados, e o ministro Ricardo Lewandowski, a absolvê-los.
d) Tenho rendimento tributável exclusivamente na fonte, e declaro renda do meu trabalho assalariado afirma, ministro.
Gabarito: D Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/653476
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Renan Quinalha
“ É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem-
intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.
“Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação,
ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.
“Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se
este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente,
por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.
Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente.
Mais : funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegemônica, que
traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.
Tolerar não deve ser algo celebrado e buscado como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento
liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é
esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.
Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trata de um
respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar
em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.
Marcuse identificava dois tipos de tolerância: a passiva e a ativa. No primeiro caso, a tolerância é vista como uma resignação e
uma omissão diante de uma sociedade marcadamente injusta em suas diversas dimensões. Por sua vez, no segundo caso, ele
trata da tolerância enquanto uma disposição efetiva de construção de uma sociedade igualitária. Não é este, no entanto, o
discurso mais recorrente da tolerância em nossos tempos.
Assim, quando alguém te disser que é preciso “tolerar” a liberdade das mulheres, a busca por melhores condições de vida das
pessoas pobres, as reivindicações por igualdade material das pessoas negras, entre outros segmentos vulneráveis, simplesmente
não problematize esse discurso.
Admitir a existência do outro não significa aceitá-lo em sua particularidade como integrante da comunidade política. É preciso
valorizar os laços mais profundos de reciprocidade e respeito pelas diferenças, o que só o reconhecimento, estágio superior da
tolerância, pode ajudar a promover, como ensinou Axel Honneth.
Diversidade é um valor em si mesmo e não depende da concordância dos que ocupam posições de privilégios. Direitos e
liberdades não se “toleram”. Devem ser respeitados e promovidos, por serem conquistas jurídicas e políticas antecedidas de
muitas lutas.
O que não se pode tolerar é o discurso aparentemente “benevolente” e “ generoso” – mas na verdade bem perverso – da
“tolerância das diferenças”. Ninguém precisa da licença de ninguém pra existir.
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''A possível relação dos casos de microcefalia no Nordeste com o vírus zika assusta os brasileiros -e com razão"
"Um surto de microcefalia notificado nos últimos dias em sete estados do Nordeste chocou os brasileiros. Caracterizada pela
redução no tamanho do crânio dos bebês, a doença, que leva à deficiência motora, mental e, em alguns casos, à morte
prematura, acometeu 399 crianças apenas neste ano. O número é 170% maior do que a média anual da afecção no país ou em
qualquer lugar do planeta. A maioria dos diagnósticos ocorreu em Pernambuco, com 268 registros. O salto na incidência já seria
espantoso por si só. Na semana passada, porém, o cenário ganhou contornos ainda mais alarmantes diante da possibilidade de o
fenômeno estar associado ao zika, vírus transmitido pela picada do Aedes aegyptí, o mesmo mosquito da dengue. Na última
terça-feira, o Ministério da Saúde admitiu que o zika é 'a principal hipótese' para explicar o aumento da ocorrência de microcefalia
e divulgou comunicado em que pede às mulheres que planejam engravidar que conversem com médicos de sua confiança 'até
que se esclareçam as causas do crescimento da incidência dos casos na Região Nordeste'. O pedido da cautela não é exagerado.
Diz o infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo: 'Sobram perguntas e faltam respostas para
explicar essa situação'.
Sabe-se pouco sobre o zika. Identificado pela primeira vez em 1947 na Floresta de Zika, na África, esse agente viral nunca chegou
a despertar muita atenção das autoridades sanitárias. A pouca preocupação sempre teve como justificativa as características do
vírus. Os pacientes infectados costumam apresentar sintomas leves: febre baixa, dor de cabeça, manchas vermelhas pelo corpo e
coceira. Calcula-se que 80% dos doentes são assintomáticos. Nunca antes o zika havia sido associado a casos de malformação
cerebral. As fortes suspeitas de que ele possa ter sido o deflagrador da doença tiveram inicio a partir de exames que detectaram
seu genoma no líquido amniótico, o fluído que envolve o feto durante a gestação, de duas mulheres da Paraíba, grávidas de fetos
microcéfalos. Os mecanismos da possível relação entre o zika e a malformação cerebral ainda não foram decifrados. A principal
hipótese é que, ao picar a gestante, o mosquito transmita para o feto o vírus, que, em contato com o cérebro em formação, pode
ser capaz de destruir as células neurais.
O zika é novíssimo no Brasil - foi rastreado no fim de abril. Por enquanto, está presente, sobretudo, no Nordeste. Os casos de
contaminação deflagrados pelo Aedes aegypti costumam ter início nessa região porque o clima quente e úmido, aliado a
condições precárias de saneamento básico, forma o habitat perfeito para o mosquito. Há registros de infecções leves pelo zika no
Sudeste e no Sul, mas são raros os casos autóctones - aqueles que não vieram de fora, mas tiveram origem na própria cidade. No
entanto, se ele seguir o mesmo caminho do vírus da dengue, agente que entrou no país também pelo Nordeste há pelo menos
trinta anos, o risco de disseminação de infecções será brutal."
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Seleção artificial
As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina (bombasticamente) de explosão demográfica: os que ficam em casa
aproveitam a deixa para multiplicar-se. E como os que partem são agora escolhidos entre os mais aptos de físico e de espírito,
imagine o pobre leitor o que não será isso para a evolução do Homo sapiens...
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O presbítero Eurico era o pastor da pobre paróquia de Carteia. Descendente de uma antiga família bárbara, gardingo1 na corte de
Vítiza, depois de ter sido tiufado2 ou milenário3 do exército visigótico vivera os ligeiros dias da mocidade no meio dos deleites da
opulenta Toletum. Rico, poderoso, gentil, o amor viera, apesar disso, quebrar a cadeia brilhante da sua felicidade. Namorado de
Hermengarda, filha de Favila, duque de Cantábria, e irmã do valoroso e depois tão célebre Pelágio, o seu amor fora infeliz. O
orgulhoso Favila não consentira que o menos nobre gardingo pusesse tão alto a mira dos seus desejos. Depois de mil provas de
um afeto imenso, de uma paixão ardente, o moço guerreiro vira submergir todas as suas esperanças. Eurico era uma destas
almas ricas de sublime poesia a que o mundo deu o nome de imaginações desregradas, porque não é para o mundo entendê-las.
Desventurado, o seu coração de fogo queimou-lhe o viço da existência ao despertar dos sonhos do amor que o tinham embalado.
A ingratidão de Hermengarda, que parecera ceder sem resistência à vontade de seu pai, e o orgulho insultuoso do velho prócer4
deram em terra com aquele ânimo, que o aspecto da morte não seria capaz de abater. A melancolia que o devorava, consumindo-
lhe as forças, fê-lo cair em longa e perigosa enfermidade, e, quando a energia de uma constituição vigorosa o arrancou das
bordas do túmulo, semelhante ao anjo rebelde, os toques belos e puros do seu gesto formoso e varonil transpareciam-lhe a custo
através do véu de muda tristeza que lhe entenebrecia a fronte. O cedro pendia fulminado pelo fogo do céu.
Educado na crença viva daqueles tempos; naturalmente religioso porque poeta, foi procurar abrigo e consolações aos pés
d’Aquele cujos braços estão sempre abertos para receber o desgraçado que neles vai buscar o derradeiro refúgio. Ao cabo das
grandezas cortesãs, o pobre gardingo encontrara a morte do espírito, o desengano do mundo. A cabo da estreita senda da cruz,
acharia ele, porventura, a vida e o repouso íntimos?
O moço presbítero, legando à catedral uma porção dos senhorios que herdara juntamente com a espada conquistadora de seus
avós, havia reservado apenas uma parte das próprias riquezas. Era esta a herança dos miseráveis, que ele sabia não escassearem
na quase solitária e meia arruinada Carteia.
1 gardingo: nobre visigodo que exercia altas funções na corte dos príncipes
2 tiufado: o comandante de uma tropa de mil soldados, no exército godo
3 milenário: seguidor da crença de que a segunda
A expressão destacada em – Namorado de Hermengarda, filha de Favila, duque de Cantábria, e irmã do valoroso e depois tão
célebre Pelágio, o seu amor fora infeliz. –, está entre vírgulas, regra de pontuação que se repete em:
a) Venha logo, querida Romilda, assistir comigo a esse lindo pôr-do-sol nesta praia.
b) Ana era míope, ou seja, não enxergava muito bem, sobretudo pessoas inconvenientes.
c) Foi na primavera, estação das flores, que conheci a beleza das músicas do Japão.
d) Há objeções a sua candidatura, a saber, seu mau humor, sua antipatia e sua indiferença.
e) Aconteceu que, durante a partida de futebol, o jogador passou mal e deixou o jogo.
Gabarito: C Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/823168
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1. Ponto e vírgula
2. Travessão
3. Reticências
4. Dois pontos
Sua utilização está relacionada à interrupção, incompletude do pensamento ou hesitação no enunciado.
Utiliza-se em trechos onde há orações adversativas, com o objetivo de ressaltar o contraste entre elas.
Sua utilização está associada à quebra de sequência das idéias, enumeração ou enunciação de notícia subsidiária.
Utiliza-se para assinalar expressões intercaladas ou mudança de pronunciamento dos interlocutores de um diálogo.
a) 3 – 1 – 4 – 2
b) 1 – 3 – 2 – 4
c) 2 – 4 – 3 – 1
d) 4 – 2 – 1 – 3
e) 3 – 2 – 4 – 1
Gabarito: A Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1304322
Uma delas diz respeito ao cenário das batalhas: o mar. Diferente, em linhas gerais, dos teatros de operações terrestres, o mar não
tem limites, não tem fronteiras definidas, a não ser nas proximidades dos litorais, nos estreitos, nas baías e enseadas.
Em uma batalha em mar aberto, certamente, poderão ser empregadas manobras táticas diversas dos engajamentos efetuados em
área marítima restrita. Nelas, as forças navais podem se valer das características geográficas locais, como fez o comandante naval
grego Temístocles, em 480 a.C. ao atrair as forças persas para a baía de Salamina, onde pôde proteger os flancos de sua
formatura, evitando o envolvimento pela força naval numericamente superior dos invasores persas.
As condições meteorológicas são outros fatores que também afetam, muitas vezes de forma drástica, as operações nos teatros
marítimos. O mar grosso, os vendavais, ou mesmo as longas calmarias, especialmente na era da vela, são responsáveis por
grandes transtornos ao governo dos navios, dificultando fainas e manobras e, não poucas vezes, interferindo nos resultados das
ações navais ou mesmo impedindo o engajamento. É oportuno relembrar que o vento e a força do mar destruíram as esquadras
persa (490 a.C.), mongol (1281) e a incrível Armada Espanhola (1588), salvando respectivamente a Grécia, o Japão (que
denominou de kamikaze o vento divíno salvador) e a Inglaterra daqueles invasores vindos do mar.
O cenário marítimo também é o responsável pela causa mortis da maioria dos tripulantes dos navios afundados nas batalhas
navais, cujas baixas por afogamento são certamente mais numerosas do que as causadas pelos ferimentos dos impactos dos
projéteis, dos estilhaços e dos abalroamentos. Em maio de 1941, o cruzador de batalha britânico HMS Hood, atingido pelo fogo
da artilharia do Bismarck, afundou, em poucos minutos, levando para o fundo cerca de 1.400 tripulantes, dos quais apenas três
sobreviveram.
Aliás, o instante do afundamento de um navio é um momento crucial para a sobrevivência daqueles tripulantes que conseguem
saltar ou são jogados ao mar, pois o efeito da sucção pode arrastar para o fundo os tripulantes que estiverem nas proximidades
do navio no momento da submersão. Por sua vez, os náufragos podem permanecer dias, semanas em suas balsas à deriva, em
um mar batido pela ação de ventos, continuamente borrifadas pelas águas salgadas, sofrendo o calor tropical escaldante ou o frio
intenso das altas latitudes, como nos mares Ártico, do Norte ou Báltico, cujas baixas temperaturas dos tempos invernais limitam
cabalmente o tempo de permanência n'água dos náufragos, tornando fundamental para a sua sobrevivência a rapidez do socorro
prestado.
O navio também é um engenho de guerra singular. Ao mesmo tempo morada e local de trabalho do marinheiro, graças à sua
mobilidade, tem a capacidade de conduzir homens e armas até o cenário da guerra. Plataforma bélica plena e integral, engaja
batalhas, sofre derrotas, naufraga ou conquista vitórias, tornando-se quase sempre objeto inesquecível da história de sua marinha
e país.
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(CESAR, William Carmo. Sobre o mar e o navio. In: . Uma história das Guerras Navais: o desenvolvimento tecnológico das belonaves e o
emprego do Poder Naval ao longo dos tempos. Rio de Janeiro: FEMAR, 2013. p. 396-398)
Assinale a opção em que o comentário sobre o emprego do sinal de pontuação está correto.
a) "Uma delas diz respeito ao cenário das batalhas: o mar." (2°§) - os dois pontos foram empregados para anunciar uma
enumeração explicativa sobre o mar.
b) "[ ... ] o vento e a força do mar destruíram as esquadras persa (490 a.C.), mongol(1281) e a invencível Armada Espanhola
(1588) [ ... ]." (4°§) - o uso dos parênteses e das vírgulas destaca um comentário à margem do que se afirma.
c) "[... ] salvando respectivamente a Grécia, o Japão(que denominou de kamikaze o vento divino salvador) [ ... ]." (4°§) - os
parênteses foram empregados para indicar uma nota emocional naquilo que o autor relata.
d) "Aliás, o instante do afundamento de um navio é um momento crucial [ ... ]." (6°§) - a vírgula foi utilizada para separar um
aposto, indicando a supressão de um grupo de palavras.
e) "O navio também é um engenho de guerra singular." (70§) - o ponto é empregado para indicar o término de uma oração
declarativa, assinalando uma pausa no enunciado.
Gabarito: E Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1312666
Com o advento dos aparelhos móveis e a ampliação dos recursos dos celulares, a expansão da internet se dá de forma
assustadora e seu uso passa de esporádico para instantâneo. Essa evolução, ao fortalecer o paradigma de "computador onde a
pessoa se encontra, a qualquer hora e lugar", referindo-se aos aparelhos móveis, modifica, também, comportamentos como o
chamado "vício eletrônico".
Antes, a expressão indicava o vício das pessoas que não conseguiam se desligar de seus computadores pra entrar nas redes
sociais, jogar, fazer comentários ou verificar o que está sendo postado. Hoje, há mudanças e a situação se torna mais complexa e
alarmante. Basta observar ao redor: pessoas caminhando e usando celular; pessoas em bares e restaurantes que não interagem
com outras pessoas, mas com seus aparelhos. Crianças e adolescentes conectados o tempo todo. Adultos usando aparelhos de
comunicação em festas e cerimônias formais. Imagens sendo postadas e divulgadas a cada momento. O chamado vício agora se
irradia: as pessoas podem acessar suas informações em qualquer lugar e horário, pois carregam os aparelhos consigo.
Ao lado dos inúmeros serviços ofertados na internet, tais como a realização de pesquisas, serviços bancários, serviços públicos e a
comercialização de produtos e serviços, entre outros, encontra-se uma forma de comunicação via redes sociais, que se tornou
parte do dia a dia das pessoas em todo o mundo. O próprio conceito de redes sociais é antigo e indica a integração de pessoas
que têm um objetivo comum e se comunicam para compartilhar ideias ou realizar ações conjuntas. No caso das redes sociais
digitais, essa comunicação se dá
por meio de uma tecnologia, que fornece acesso por meio de diversos tipos de aparelhos (celulares, tablets etc).
Cada vez mais atraentes, as redes sociais são utilizadas, também, pelas empresas na promoção de seus bens e serviços, com
base no perfil dos usuários e seus interesses. Há uma estrutura para capturar as informações via redes sociais e transformá-las
em conteúdo para marketing e propaganda, para captar novos clientes ou garantir os existentes.
Percebe-se, entretanto, que as redes sociais digitais possuem um tempo de vida útil. A rede social digital mais utilizada,
atualmente, começa a apresentar desgaste devido ao uso de "correntes", pensamentos de autores que nem sempre são verídicos,
comentários pagos por partidos politicos e excesso de propagandas de empresas na comercialização de seus produtos e serviços.
Essas informações descaracterizam o que inicialmente seria utilizado para que as pessoas se comunicassem.
Além dos problemas psicológicos de vício e isolamento social que estão sendo estudados, não se podem negligenciar outros itens
no quesito saúde, devido á radiação e ao contato direto com os aparelhos, que trazem problemas como diminuição da visão,
tendinite, dor nas costas, má postura e ansiedade, entre outros.
Destaca-se, por sua vez, o lado fantástico dessa tecnologia que possibilita comunicação em tempo real, com fotos, imagens e
comentários, o que pode aproximar as pessoas e colocá-las a par dos acontecimentos familiares, de relacionamentos e de
acontecimentos de interesse público, mesmo a longa distância. Inclusive comenta-se que as pessoas nunca escreveram ou leram
tanto como após o advento das tecnologias de informação e comunicação. Não vamos entrar aqui no mérito do que e de como se
escreve, o que tem se tornado preocupação dos professores e professoras de Língua Portuguesa pela qualidade duvidosa e pelos
incontáveis erros de escrita que circulam pela internet.
Enfim, devemos aprender a dosar o uso das novas tecnologias de comunicação para que seus beneficias possam ser aproveitados
de maneira a contribuir para a real aproximação e compartilhamento entre as pessoas, com liberdade e não como escravidão e
dominação.
(TAIT, Tania. As redes sociais digitais: necessidade ou vício?. Em http://www.gazetadopovo.com.br-28 abril de 2014. Com adaptações)
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países, todos africanos (Chad, Eritreia e República Democrática do Congo). Outros 26 países vivem situação “alarmante”.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Segurança Alimentar (FAO), um ser humano passa fome quando
consome menos de 1.800 quilocalorias por dia, o mínimo para levar uma vida saudável e produtiva. Com sede em Washington, o
IFPRI é mantido pelo Grupo Consultivo de Pesquisas Internacionais em Agricultura (CGIAR, sigla em inglês), que é uma aliança de
64 governos, fundações privadas e organizações regionais. O objetivo do instituto é buscar soluções sustentáveis para acabar com
a fome e a miséria no mundo.
(Adaptado. Disponível em:
http://www.amambainoticias.com.br/mundo/1-bilhao-de-p
essoas-passam-fome-no-mundo)
Com base no texto 'Pesquisa mostra que cerca de 1 bilhão de pessoas passam fome no mundo', marque a opção INCORRETA
a) No último período do texto, não há vírgula.
b) No primeiro período do texto, os parênteses foram usados para isolar o significado de uma sigla.
c) Em: “64 governos, fundações privadas”, a vírgula separa elementos coordenados.
d) No primeiro parágrafo, o ponto final encerra três períodos gramaticais distintos.
e) No último parágrafo, uma das vírgulas isola uma oração com valor explicativo.
Gabarito: B Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1383569
Ao contrário de smartphones, tablets e pen drives, o cérebro humano parece ter uma capacidade infinita. Ainda assim, muitos de
nós temos dificuldade de decorarmos um simples nome, aniversário ou número de telefone.
Neurocientistas há tempos vêm tentando medir o quanto cabe na memória humana, mas a tarefa se torna quase impossível
quando sabemos de casos de pessoas extremamente dedicadas que realizam feitos incríveis com seus cérebros.
Um deles é o chinês Chao Lu, que, em 2005, quando era um estudante universitário de 24 anos, recitou corretamente os 67.980
dígitos do número Pi (π), durante um período de 24 horas, sem intervalos.
Outros gênios realizaram façanhas até mais incríveis, lembrando-se até dos complexos detalhes de uma imagem, por exemplo.
Em casos raríssimos, uma lesão pode também ocasionar a chamada síndrome da sabedoria adquirida. Foi o que aconteceu com o
americano Orlando Serrel, que, aos 10 anos, foi atingido por uma bola de beisebol no lado esquerdo da cabeça. De uma hora
para outra, ele começou a mostrar ser capaz de se lembrar de inúmeras placas de registro de veículos ou ainda fazer cálculos
sobre datas de décadas anteriores.
E será que as pessoas dotadas de uma supermemória têm, portanto, cérebros excepcionais?
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Não necessariamente. Nelson Dellis, atual campeão do Torneio de Memória dos Estados Unidos, conta que o feito foi resultado de
muita prática. “Eu era bem esquecido, mas depois de algumas semanas treinando, me vi fazendo algo que parecia quase
impossível. Todos nós temos essa capacidade”, afirma Dellis.
Assim como outros campeões, ele utiliza estratégias já testadas e aprovadas para memorizar itens rapidamente. Um dos truques
mais usados é a construção de um “palácio da memória”. A técnica consiste em visualizar um lugar que ele conhece bem, como,
por exemplo, a casa onde morou na infância.
Dellis então “traduz” os itens que precisa memorizar em imagens que são colocadas nos móveis e cantos da casa. “Você navega
mentalmente por aquele espaço e seleciona aquelas imagens que você deixou ali, ‘traduzindoas’ novamente para aquilo que você
memorizou”, explica.
Pessoas como o chinês Chao, que recitam algarismos em sequência, recorrem a outra tática comum: converter pequenas séries
de números em palavras que são unidas por uma história.
O sucesso dessas estratégias indica que praticamente qualquer pessoa pode se tornar um ás da memória, bastando apenas muita
dedicação. [...]
(Adam Hadhazy, 8 de abril de 2015. Texto retirado de BBC Future. Disponível em http://www.bbc.com/portuguese/noticias/
2015/04/150408_vert_fut_capacidade_cerebro_ml - adaptado)
Assinale a alternativa correta a respeito da pontuação e sintaxe dos excertos retirados do texto.
a) Em “Um dos truques mais usados é a construção de um ‘palácio da memória’.”, as aspas são utilizadas nos termos
sublinhados para trazer uma citação ao texto, um discurso direto.
b) Em “Pessoas como o chinês Chao, que recitam algarismos em sequência, recorrem a outra tática”, as vírgulas são utilizadas
de maneira errada, uma vez que separam o verbo do seu complemento.
c) Em “recorrem a outra tática comum: converter pequenas séries de números em palavras que são unidas por uma história.”,
os dois pontos são utilizados para apresentar a fala do chinês Chao.
d) Em “Nelson Dellis, atual campeão do Torneio de Memória dos Estados Unidos, conta que o feito foi resultado de muita
prática.”, as vírgulas são utilizadas para intercalar um adjunto adverbial de tempo.
e) Em “Ao contrário de smartphones, tablets e pen drives”, a vírgula que se encontra depois da palavra “smartphones” é
utilizada para adicionar um termo de mesma função morfossintática.
Gabarito: E Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1560683
Rubem Alves
A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as
palavras que com as panelas. Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome
de "culinária literária". Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nóbis, picadinho de
carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos. Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro
poéticofilosófico a uma meditação sobre o filme A festa de Babette, que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria.
Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo −
porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento.
As comidas, para mim, são entidades oníricas. Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que
chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu. A pipoca, milho mirrado, grãos
redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas.
Entretanto, dias atrás,
conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas ideias
começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento
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nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível. A pipoca se revelou a mim, então, como um
extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como
aqueles das pipocas dentro de uma panela.
Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristãos, religiosos são o pão e o
vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...).
Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas. Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe
Stella, sábia poderosa do candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do candomblé...
A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido. Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos
aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista do
tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve
alguém que teve a ideia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos
amolecessem e pudessem ser comidos. Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu,
ninguém jamais poderia ter imaginado. Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme
barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas
e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em
uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das
pipocas!
E o que é que isso tem a ver com o candomblé? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande
transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que
deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios
para comer, pelo
poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa − voltar a ser crianças!
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de
pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem
não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosas. Só que elas não
percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança
numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um
emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão − sofrimentos cujas causas ignoramos. Há
sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande
transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou:
vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a
transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do
fogo, a grande transformação acontece: pum! − e ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente, que ela mesma
nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.
Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o
estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. "Morre e transforma-te!" − dizia Goethe.
Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas descobri que eles ignoram o que seja.
Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio
para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. Meu amigo William,
extraordinário professor pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro
da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia as explicações científicas não
valem. Por exemplo: em Minas "piruá" é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos
quarenta, lamentava: "Fiquei piruá!" Mas acho que o poder metafórico dos piruás é muito maior. Piruás são aquelas pessoas que,
por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas
serem. Ignoram o dito de Jesus: "Quem preservar a sua vida perde-la-á." A sua presunção e o seu medo são a dura casca do
milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não
vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para
nada. Seu destino é o lixo. Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é
uma grande
brincadeira...
Na frase: "Este açúcar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia.", a vírgula se justifica
porque:
a) Os amigos, apesar de terem esquecido de nos avisar, que demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez, era algo
demorado.
b) Os amigos, apesar de, terem esquecido de nos avisar que demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez, era algo
demorado.
c) Os amigos, apesar de terem esquecido, de nos avisar que demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez era algo
demorado.
d) Os amigos, apesar de terem esquecido de nos avisar que demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez era algo
demorado.
e) Os amigos apesar de terem esquecido de nos avisar que, demoraria tanto, informaram-nos, de que a gravidez era algo
demorado.
Considerando-se a construção histórica do Direito Penal, a figura do criminoso personifica-se na figura do homem delinquente da
Escola Positiva no século 19. Essa corrente de pensamento trazia para o centro do debate a figura do criminoso, deixando a
problemática da criminalidade em segundo plano e invertendo a análise realizada, até então, pela Escola Clássica, que não
individualizava as causas do crime. Na análise do delito realizada pela Escola Clássica, o crime surgiria da livre vontade do
indivíduo, não de causas patológicas; por isso, do ponto de vista da liberdade e da responsabilidade moral pelas próprias ações, o
delinquente não era diferente do indivíduo normal. O que justificava essa inversão era o fato de o delinquente revelar uma
personalidade perigosa, de modo que era necessário o uso de uma defesa social apropriada, com uma dupla função: proteger a
sociedade do mal produzido por ele e coibir a prática de delitos latentes. Buscava-se, então, entre outras coisas, estabelecer uma
divisão entre o “bom” e o “mau” cidadão, em uma concepção patológica sobre a criminalidade, que visava justificar a pena como
meio de defesa social e com fins socialmente úteis. Estabeleceu-se dessa forma uma linha divisória entre o mundo da
criminalidade — composto por uma minoria de sujeitos potencialmente perigosos e anormais — e o mundo da normalidade —
representado pela “maioria” na sociedade.
Ao longo do século 20, sobretudo a partir dos anos 60, observa-se a desconstrução desse paradigma etiológico com a introdução
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das teorias do labelling approach. O paradigma positivo (etiológico) já vinha sofrendo uma revisão desde o início daquele século
pela criminologia norte-americana, com influências da sociologia cultural e de correntes de origem fenomenológicas, bem como
por reflexões históricas e sociológicas sobre o fenômeno criminal. Como tese central, modelada pelo interacionismo simbólico e o
construtivismo social, o labelling approach afirma que o desvio — e a criminalidade — não é uma qualidade intrínseca da conduta
ou uma entidade ontológica pré-constituída, mas uma qualidade (etiqueta) atribuída a determinados sujeitos através de
complexos processos de interação social.
capitalista: um debate para o Serviço Social. In: Revista Katálysis, vol. 11, n.º 2, Florianópolis, jul.-dez./2008 (com adaptações).
A utilização de técnicas específicas voltadas para a elucidação de crimes e para o indiciamento de criminosos remonta a épocas
pré-científicas. Um exemplo do uso da habilidade e imaginação individual relacionado à resolução de crimes pode ser vislumbrado
em Daniel:(a) no século VI a.C., Daniel, com grande perícia, foi capaz de provar ao rei da Babilônia(b), Ciro(b), o Persa, que as
oferendas prestadas ao ídolo Bel eram, na verdade, consumidas pelos sacerdotes e seus familiares; para tanto, Daniel fez que
espalhassem cinzas por todo o piso do templo(c), onde eram colocadas diariamente oferendas; no dia posterior, verificaram que,
apesar de a porta continuar lacrada, pegadas compatíveis com a dos sacerdotes eram observadas no chão e que as oferendas
haviam sido consumidas. Já no século III a.C., há a clássica história do Princípio de Arquimedes. Conta Vitrúvio(d) que o rei Hierão
de Siracusa mandou fazer uma coroa de ouro. Entretanto, quando a coroa foi entregue, o rei suspeitou que o ouro fora trocado
por prata. Para solucionar tal dúvida, o rei pediu que Arquimedes investigasse o fato. Arquimedes pegou uma vasilha com água e,
mergulhando pedaços de ouro e prata do mesmo peso da coroa, verificou que o ouro não fazia a água subir tanto quanto a prata.
Por fim, inseriu a coroa, que, por sua vez, elevou o nível da água até a altura intermediária, tendo constatado então que a coroa
havia sido feita com uma mistura de ouro e prata. Assim, desvendou-se a fraude e desmascarou-se o artesão. Outro caso que
ilustra a fase pré-científica da criminalística é encontrado em informes da antiga Roma descritos por Tácito:(a) Plantius Silvanus,
sob suspeita de ter jogado sua mulher, Aprônia, de uma janela, foi levado à presença de César, que, por sua vez, foi examinar o
quarto do suposto local do evento e encontrou sinais certos de violência. O relato deixa claro que, desde a Antiguidade, foram
desenvolvidos técnicas e exames(e) com o intuito de solucionar crimes.
Rodrigo Grazinoli Garrido e Alexandre Giovanelli. Criminalística: origem, evolução e descaminhos. In: Cadernos de Ciências Sociais
Aplicadas, n.º 5/6, Vitória da Conquista: Bahia, 2009 (com adaptações).
a) Os dois pontos foram empregados no texto, em ambas as ocorrências, para introduzir os membros de uma enumeração.
b) O termo “Ciro” está empregado entre vírgulas por exercer a função de aposto de “Babilônia”.
c) Seria mantido o sentido original do texto, caso a vírgula empregada logo após “templo” fosse suprimida.
d) Seria mantida a correção gramatical do texto se fosse empregada vírgula logo após “Vitrúvio” e se o restante do período,
iniciado por “que” viesse entre aspas, de modo a indicar tratar-se de discurso indireto.
e) A inserção de vírgula logo após “exames” alteraria as relações sintáticas entre os termos da oração em que essa palavra se
encontra.
Gabarito: E Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/257246
Catadores de pelo de cachorro. É a mais nova modalidade de cooperativa de reciclagem, que pretende recolher o material da tosa
em pet shops* e transformá-lo em roupas de animais.
O projeto de transformar pelo de poodle em tecido começou em uma escola do Senai em 2008 e ganhou legitimidade após
pesquisa na USP demonstrar que o material é similar ao da lã de carneiro e pode passar pelo processo de fiação.
“Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro”, diz Renato Lobo, que realizou o estudo com pelo de poodle em seu mestrado.
Segundo ele, há similaridade entre os dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante), alongamento,
absorção de líquido e isolamento térmico.
Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo do poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra
— mais curta no primeiro. Mas essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um maquinário próprio para fibras mais
curtas.
Agora, a proposta é montar uma cooperativa de catadores de pelo seguindo o mesmo modelo das que hoje reciclam latinhas e
papelão. Lobo diz que há negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.
Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a coleta, limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais
que serão vendidas também nas lojas. “Estamos em contato com ONGs que produzem essas roupas para animais de estimação
para apresentar o tecido feito de pelo.”
“A procura por roupas de animais é grande, principalmente no inverno. Tenho certeza de que haverá interesse, porque as pessoas
adoram uma novidade”, diz o veterinário Sergio Soares Júnior.
E roupas para humanos? Segundo Lobo, “Há viabilidade técnica para produzi-las, mas não sei se haveria aceitação. As pessoas
usam casacos de couro, mas não sei se aceitariam roupas de pelo de cão. De animal para animal, fica mais fácil.”
Considere o trecho: Segundo ele, há similaridade entre os dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber
corante), alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.
Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida.
Sete horas da noite era hora de uma pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar uma sessão das 8 no
cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra novela.
O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do Norte F.C., se pode ficar tomando cervejinha e
assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?
Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo confesso que lia mais quando não tinha televisão.
Rádio, a gente pode ouvir baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e tudo mais nesta vida,
inclusive a boa conversa.
Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o desejável. O menino fica ali parado, vendo e
ouvindo, em vez de sair por aí, chutar uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer.
Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o contrário, ou quase o contrário: é máquina de
amansar doido, distrair doido, acalmar, fazer doido dormir.
Para responder a questão, considere o período do terceiro parágrafo: Rádio, a gente pode ouvir baixinho, enquanto está lendo
um livro. Televisão é incompatível com livro...
a) A gente, enquanto lê um livro pode ouvir rádio, baixinho, mas televisão é incompatível com livro.
b) A gente enquanto lê um livro, pode ouvir rádio baixinho mas televisão é incompatível com livro.
c) Enquanto lê um livro, a gente pode ouvir, rádio baixinho, mas televisão é incompatível com livro.
d) Enquanto lê um livro, a gente pode ouvir rádio baixinho mas televisão é incompatível com livro.
e) Enquanto lê um livro, a gente pode ouvir rádio baixinho, mas televisão é incompatível com livro.
Gabarito: E Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/267456
Construímos no Brasil uma sociedade hierarquizada e arcaica, majoritariamente conservadora (que aqui se manifesta em regra de
forma extremamente nefasta, posto que dominada por crenças e valores equivocados), que se julga (em geral) no direito de
desfrutar de alguns privilégios, incluindo-se o de não ser igual perante as leis (nessa suposta “superioridade” racial ou
socioeconômica também vem incluída a impunidade, que sempre levou um forte setor das elites à construção de uma organização
criminosa formada por uma troika maligna composta de políticos e outros agentes públicos + agentes econômicos + agentes
financeiros, unidos em parceria público-privada para a pilhagem do patrimônio do Estado). Continuamos (em pleno século XXI) a
ser o país atrasado do “Você sabe com quem está falando?” (como bem explica DaMatta, em várias de suas obras). Os da camada
“de cima” (na nossa organização social) se julgam no direito (privilégio) de humilhar e desconsiderar as leis assim como os “de
baixo”. Se alguém questiona essa estrutura, vem o corporativismo e retroalimenta a chaga arcaica. De onde vem essa canhestra
forma de organização social? Por que somos o que somos?” (Luiz Flávio Gomes, JusBrasil)
No primeiro parágrafo do texto há um conjunto de termos colocados entre parênteses; a função predominante desse sinal gráfico,
nesse texto, é a de:
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O estudo do Instituto Avante Brasil constatou, ainda, que a taxa de homicídios também alcançou o patamar mais elevado, com 29
casos por 100 mil habitantes. O índice considerado "não epidêmico" pela Organização Mundial da Saúde, da ONU, é de 10 mortes
para cada grupo de 100 mil habitantes.
Para efeito de comparação, a média de mortes no Iraque na última década, país que está em guerra, foi de 550 mil. No mesmo
período, o Brasil registrou a mesma quantidade de mortes. Segundo o Relatório Global sobre Homicídios da ONU, em 2012, o
país, que representa 3% da população mundial, registrou 10% dos homicídios ocorridos em todo o mundo.
Diante desse cenário, o Plenário da Câmara dos Deputados se transformou em comissão geral para ouvir deputados, policiais,
juízes, promotores, secretários de Segurança de vários estados e outras entidades, que apontaram as saídas para diminuir a
criminalidade no Brasil.
“Para efeito de comparação,(1) a média de mortes no Iraque na última década,(2) país que está em guerra,(3) foi de 550 mil. No
mesmo período,(4) o Brasil registrou a mesma quantidade de mortes. Segundo o Relatório Global sobre Homicídios da ONU,(5)
em 2012,(6) o país,(7) que representa 3% da população mundial,(8) registrou 10% dos homicídios ocorridos em todo o mundo”.
Nesse segmento do texto, há oito ocorrências de vírgula, devidamente numeradas; a afirmação correta sobre o emprego desse
sinal de pontuação é:
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(Hagar, Dik Browne. www.folha.uol.com.br)
Assinale a alternativa em que a vírgula é empregada com o mesmo propósito com que foi usada na fala de Eddie Sortudo — O
mesmo elmo que eu sempre uso, chefe.
a) Seja bem-vindo ao nosso novo site de compras, internauta.
b) Enviaremos sua encomenda até sábado, impreterivelmente.
c) Durante a operação policial, cinco criminosos foram presos.
d) Os bandidos portavam drogas, algumas pistolas e munição.
Gabarito: A Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/394468
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Assinale a opção em que se faz um comentário incorreto em relação ao emprego dos sinais de pontuação no texto.
a) no primeiro quadrinho, as reticências reforçam o constrangimento do marido.
b) no segundo quadrinho, o ponto de exclamação enfatiza o aborrecimento pelo fato de ter esquecido.
c) no terceiro quadrinho, a combinação dos pontos de interrogação e exclamação anula a sensação de questionamento.
d) no terceiro quadrinho, o ponto de exclamação na fala da esposa sinaliza sua raiva.
Gabarito: C Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/490252
b) E quando lhe pediram a opinião, disse que o assunto, não era com ele.
d) Quando nervoso não fale, nem grite, apenas busque manter a calma.
Gabarito: C Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/654671
Reformar um currículo é algo que não se faz de maneira açodada. Exige amplo debate. No Brasil, no entanto, nada
disso é levado em conta
A discussão sobre currículos escolares é sempre política e polêmica. Traz consequências significativas para a educação,
especialmente avaliação, formação de professores e produção de materiais didáticos. Temos muito que aprender com a
experiência de países centralizados ou federalistas como Austrália, Cingapura, Finlândia, França, Inglaterra, EUA, ou com as de
regiões como o cantão suíço de Genebra ou da província de Ontário (Canadá).
As nações desenvolvidas reformam seus currículos premidas pelas pressões crescentes da globalização, que passaram a exigir
capital humano mais qualificado. Pelos avanços da neurociência e do conhecimento sobre o desenvolvimento cognitivo, que
elevaram o patamar do que sabemos a respeito de como ensinar e aprender. E ainda pelos resultados de exames internacionais,
que puseram os países diante do espelho, derrubando mitos e ministros da área.
Reformar um currículo é algo que não se faz de maneira açodada. Exige amplo debate, pois, no geral, parte dos resultados das
avaliações envolve especialistas nacionais e internacionais e busca situar a educação no contexto do país avaliado.
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Na Finlândia e na Inglaterra mudanças e ajustes curriculares tornaram-se algo recorrente. Isso permite modular melhor o que é
desejável com o que é viável.
Reformar um currículo exige reconhecer o que deu certo e abrir mão dos erros históricos e recentes e, com base em evidências,
olhar para o futuro. Os estudos realizados em função do exame internacional Timss provocaram importantes mudanças nos
currículos de matemática e ciências, reduzindo a ambição e aumentando o foco e rigor.
Todos estão de olho no exemplo de Cingapura: o currículo da educação infantil e as opções no ensino médio se expandem, e o
equivalente ao fundamental torna-se compacto e consistente. O ensino da alfabetização recuperou-se dos equívocos
construtivistas, enquanto o da língua começa a abandonar os modismos dos “gêneros” e revalorizar o ensino da gramática.
Reformar um currículo é tarefa realizada por especialistas com competência na área, no ensino da área e por suas contribuições
acadêmicas ou profissionais. Nem sempre se obtém consenso. Divergências não superadas ficam registradas em votos separados
e contribuem para manter aceso o debate.
Depois de elaborado, a partir de princípios consistentes, é que uma nova proposta de currículo passa pelo crivo de professores
qualificados, para testar a sua aderência e promover ajustes finos.
No Brasil, nada disso é levado em conta. O Ministério da Educação estabelece prazos curtíssimos para elaborar currículos de 13
disciplinas em todas áreas e níveis. O ensino médio está condenado a mais algumas décadas de engessamento. Não há debate.
Os consultores escolhidos para a tarefa refletem o pensamento hegemônico de que a pedagogia no país se tornou vítima.
Uma ONG sugeriu ao ministério o nome de 60 especialistas com credenciais bastante adequadas na maioria dos casos, mas
desses apenas três foram “aproveitados”.
Não há, no entanto, espaço para divergência. O que se prevê são apenas audiências públicas sem direito a fazer perguntas. Em
raia paralela, o ministro Roberto Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos) parece disposto a apresentar proposta
alternativa de currículo –e esse é todo o espaço de debate existente.
Por que não recomeçar do zero a discussão sobre currículos, aproveitando a experiência e a as melhores práticas dos países que
têm avançado na educação?
I. O uso de vírgulas entre a expressão „não superadas‟ não acarretaria mudança sintática e semântica;
II. O uso de uma vírgula, após o vocábulo „superadas‟, não acarretaria problema sintático;
III. O uso de uma vírgula, após o vocábulo „divergências‟, não acarretaria problema sintático e semântico
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faz perguntar sobre o que pensamos e assim nos permite sair de um nível dogmático para um nível reflexivo de pensamento. Essa
passagem da ideia pronta que recebemos da religião, do senso comum, dos meios de comunicação para o questionamento é o
segredo da inteligência humana seja ela cognitiva, moral ou política.
[...] a democracia flerta facilmente com o autoritarismo quando não se pensa no que ela é e se age por impulso ou por
leviandade. Eu não sou uma pessoa democrática quando vou à rua protestar em nome dos meus fins privados, dos meus
interesses pessoais, quando protesto em nome de interesses que em nada contribuem para a construção da esfera pública. Eu
sou autoritária quando, sem pensar, imponho violentamente os meus desejos e pensamentos sem me preocupar com o que os
outros estão vivendo e pensando, quando penso que meu modo de ver o mundo está pronto e acabado, quando esqueço que a
vida social é a vida da convivência e da proteção aos direitos de todos os que vivem no mesmo mundo que eu. Não sou
democrática quando minhas ações não contribuem para a manutenção da democracia como forma de governo do povo para o
povo, quando esqueço que o povo precisa ser capaz de respeitar as regras do próprio jogo ao qual ele aderiu e que é o único
capaz de garantir seus direitos fundamentais: o jogo da democracia.
(Marcia Tiburi. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2015/03/democracia-e-autoritarismo/. 18/03/2015. Adaptado.)
Em “Eu sou autoritária quando, sem pensar, imponho violentamente os meus desejos e pensamentos sem me preocupar com o
que os outros estão vivendo e pensando...” (3º§) as vírgulas que separam a expressão “sem pensar” apresentam a mesma
justificativa vista em
a) Aquele homem, antes de ser pai, era intragável.
b) A proposta não é, meu caro, aquilo que você disse.
c) Não esperava que ele, inteligente e culto, agisse de tal forma.
d) Tal imóvel possui apenas um dormitório, um banheiro e uma cozinha.
Gabarito: A Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/816684
apenas vítimas, mas também sobreviventes de um cotidiano muito adverso que se assemelha muito a uma verdadeira guerra.
Crianças e adolescentes estão em grave risco, mas a própria palavra “risco” guarda em seu significado a noção de ganho.
Segundo o dicionário, “risco é a situação em que há probabilidades mais ou menos previsíveis de perda ou ganho”. Deve-se
abordar esse tema com olhos nos preciosos ganhos que se possam colher.
Susane Rocha de Abreu. In: Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 24, n.º 1, mar./2002.
Assinale a alternativa correta em relação ao emprego dos sinais de pontuação no texto.
a) A supressão da vírgula empregada após o advérbio “infelizmente” manteria a correção gramatical do texto, visto que o
termo é composto de uma só palavra.
b) A vírgula empregada após “país” poderia ser substituída por ponto, sem prejuízo da coerência textual.
c) As vírgulas após “crianças” e “meninas” são empregadas para separar termos em enumeração.
d) A vírgula empregada após “mudanças” isola trecho explicativo.
e) A colocação de ponto após a forma verbal “seguir” manteria a correção gramatical e a coerência do texto, desde que feito
o devido ajuste — de minúscula para maiúscula — na letra inicial da forma “considerando”.
Gabarito: D Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/978222
Dê-me um cigarro
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Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da nação brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
O texto acima é originalmente escrito sem os sinais de pontuação, possibilidade autorizada pela liberdade poética.
Caso queiramos pontuá-lo, é incorreto colocar
a) vírgula depois de sabido.
b) dois-pontos depois de dias.
c) vírgula depois de brasileira.
d) vírgulas intercalando a palavra camarada.
Gabarito: C Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1234565
Questão 395: CAIPIMES - GCM (Pref Sto André)/Pref Santo André/3ª Classe Feminino/2015
Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas, parênteses etc)
Resiliência: competência essencial no ambiente organizacional
Existem pessoas que, quando colocadas em situações de pressão ou estresse, sabem que não podem perder o controle das
emoções. Nestes casos, buscam saídas como respirar fundo e lavar o rosto no banheiro. Estes recursos são exemplos simples
para ilustrar a resiliência, pois um dos fatores que compõe esta competência é a tolerância. Do mesmo modo que, intuitivamente,
alguns desenvolvem estes pontos de equilíbrio, estudiosos criaram técnicas para este intuito.
A resiliência é uma competência influenciada pelo estilo de vida do indivíduo. Quanto mais ganhamos consciência sobre as
próprias reações e comportamentos diante de situações de pressão e desafios, por exemplo, mais dominamos estas questões.
Nas empresas, após um período longo de enxugamento no quadro de funcionários e aumento da competitividade, o ambiente de
trabalho se tornou altamente estressante. “A resiliência é a capacidade de uma empresa, de um líder, de uma equipe ou de um
talento, promover as transformações necessárias para alcançar o seu propósito. Você é resiliente quando cresce nas mudanças,
inova, se antecipa às situações e produz coerência estratégica para sua equipe e clientes. Sua influência como um ser resiliente
precisa ter mais impacto proativo e orientado para o futuro”, explica Eduardo Carmello.
Empreendedores e líderes vivem, por si só, sob demandas desafiadoras e cheias de pressão. Estes profissionais convivem em
ambientes e atuam em situações de alto risco, onde conviver com crises é um fato normal. “Vivemos uma realidade onde crises
econômicas e turbulências acontecem em períodos cada vez mais curtos. As empresas estão sendo desafiadas, e por
consequência, os dirigentes destas organizações também. Estes profissionais precisam ter sangue frio e capacidade de enfrentar
situações inusitadas, com desfechos, muitas vezes, negativos”, comenta Paulo Sabbag, professor da Fundação Getúlio Vargas. De
acordo com o professor, para organizações mais estruturadas e com RHs mais completos, identificar profissionais com resiliência
vem se tornando uma premissa.
“Ser mentalmente flexível é necessário para lidar com novos problemas ou ações pouco estruturadas. Considero a resiliência como
a competência mais importante desta primeira metade do século XXI”, aponta Sabbag.
As características do profissional resiliente precisam ser “manifestadas” nos momentos de complexidade e mudança, não apenas
nos momentos de conforto, estabilidade ou conveniência. “O ser resiliente é aquele que está saltando continuamente, renovando
e transformando-se sempre. É uma pessoa impulsionada por um propósito maior, proativa e que constrói realidades”, completa
Carmello.
Texto adaptado
Disponível em: http://www.catho.com.br/
Observe a pontuação nas frases abaixo.
I- Ao cair, Helena gritou: – Guarda!
II- Ao cair, Helena gritou, Guarda.
III- Ao cair, Helena, gritou o guarda.
A pontuação está correta:
a) Apenas nos itens I e II.
b) Nos itens I, II e III.
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I. Durante o curso, minhas professoras costumavam passar exercícios de redação diariamente. (a vírgula separa um adjunto
adverbial antecipado)
II. A ocasião, afirmou Machado de Assis, não faz o ladrão. Ele nasce pronto. (as vírgulas isolam um adjunto adverbial
intercalado)
III. Os alunos chegaram, escutaram as informações, depois foram embora. (as vírgulas separam orações coordenadas
assindéticas justapostas)
I. Para digerir o saber, é necessário que ele seja devorado com apetite.
II. O papel, explicam os cientistas, amarela com o tempo por causa de uma substância chamada lignina.
III. O rio São Francisco permite a agricultura em suas margens, irriga terras distantes.
I. Ligou a TV, pegou o jornal, perdeu-se em lembranças. (As vírgulas separam orações coordenadas assindética.)
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II. Cícero, fundador da Sociedade dos Irmãos Altino, era um grande educador. (As vírgulas isolam o vocativo.)
III. Uns diziam que ele estudou para a prova, outros, que não se importou nenhum pouco. (A segunda vírgula indica a
elipse de um termo.)
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