ESCOLA MUNICIPAL __________________________________________________________
TERESINA, _________ DE _________________________________________ _____ DE 2022.
ALUNO (A): ____________________________________________________________________ 8º ano PROFESSOR (A): ______________________ TURMA: _________ TURNO: ______________
ATIVIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA
Semana 1 sei desenhar, só isso. E hoje, por acaso, me esqueci do
nome desse raio. Mas fora isso, tudo bem. O desenho LEITURA não me faz falta. Lido com números. Tenho algum Leia o texto seguinte e responda às questões de 1 a 6. problema com os números mais complicados, claro. O oito, por exemplo. Tenho que fazer um rascunho antes. COMUNICAÇÃO Mas não sou um débil mental, como você está pensando. (Luís Fernando Veríssimo) – Eu não estou pensando nada, cavalheiro. É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo – Chame o gerente. menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se – Não será preciso, cavalheiro. Tenho certeza de que entrando numa loja para comprar um... um... como é chegaremos a um acordo. Essa coisa que o senhor quer, mesmo o nome? é feito do quê? – Posso ajudá-lo, cavalheiro? – É de, sei lá. De metal. – Pode. Eu quero um daqueles, daqueles... – Muito bem. De metal. Ela se move? – Pois não? – Bem... É mais ou menos assim. Presta atenção nas – Um... como é mesmo o nome? minhas mãos. É assim, assim, dobra aqui e encaixa na – Sim? ponta, assim. – Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra – Tem mais de uma peça? Já vem montado? me escapou por completo. É uma coisa simples, – É inteiriço. Tenho quase certeza de que é inteiriço. conhecidíssima. – Francamente... – Sim, senhor. – Mas é simples! Uma coisa simples. Olha: assim, – O senhor vai dar risada quando souber. assim, uma volta aqui, vem vindo, vem vindo, outra – Sim, senhor. volta e clique, encaixa. – Olha, é pontuda, certo? – Ah, tem clique. É elétrico. – O quê, cavalheiro? – Não! Clique, que eu digo, é o barulho de encaixar. – Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? – Já sei! Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de – Ótimo! novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, – O senhor quer uma antena externa de televisão. entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais – Não! Escuta aqui. Vamos tentar de novo... fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é que se – Tentemos por outro lado. Para o que serve? diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta, a – Serve assim para prender. Entende? Uma coisa pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica pontuda que prende. Você enfia a ponta pontuda por fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende? aqui, encaixa a ponta no sulco e prende as duas partes de – Infelizmente, cavalheiro... uma coisa. – Ora, você sabe do que eu estou falando. – Certo. Esse instrumento que o senhor procura – Estou me esforçando, mas... funciona mais ou menos como um gigantesco alfinete de – Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo segurança e... numa ponta, certo? – Mas é isso! É isso! Um alfinete de segurança! – Se o senhor diz, cavalheiro. – Mas do jeito que o senhor descrevia parecia uma – Como, se eu digo? Isso já é má vontade. Eu sei que coisa enorme, cavalheiro! é pontudo numa ponta. Posso não saber o nome da coisa, – É que eu sou meio expansivo. Me vê aí um... um... isso é um detalhe. Mas sei exatamente o que eu quero. Como é mesmo o nome? – Sim senhor. Pontudo numa ponta. VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comunicação. In: PARA – Isso. Eu sabia que você compreenderia. Tem? gostar de ler, v.7. 3.ed. São Paulo: Ática, 1982. p. 35-37. – Bom, eu preciso saber mais sobre o, a, essa coisa. Tente descrevê-la outra vez. Quem sabe o senhor 1. Os personagens principais do texto são o desenha para nós? (A) comprador e o técnico de contabilidade. – Não. Eu não sei desenhar nem casinha com fumaça (B) vendedor e o comprador. saindo da chaminé. Sou uma negação em desenho. (C) gerente e o comprador. – Sinto muito. (D) gerente e o vendedor. – Não precisa sentir. Sou técnico em contabilidade, estou muito bem de vida. Não sou um débil mental. Não 2. A história do texto é narrada por um (A) narrador-personagem. 2- Qual nível de linguagem foi utilizado no trecho “– (B) narrador-observador. Posso ajudá-lo, cavalheiro?”? (C) vendedor. (A) coloquial. (D) gerente. (B) científico. (C) informal. 3. Por que o homem tem dificuldades para comprar o (D) culto. objeto que deseja? ______________________________________________ 3- No trecho, constata-se que os personagens usam ______________________________________________ níveis de linguagem diferentes. Indique e explique o nível usado por cada personagem. 4. De que forma o vendedor tenta ajudar o comprador? ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ 5. Por que o comprador não fez o que foi sugerido pelo ______________________________________________ vendedor? ______________________________________________ ______________________________________________ Releia o trecho e responda às questões 4 e 5. 6. A história narrada é baseada em – Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, (A) acontecimentos do cotidiano. entende? Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí (B) eventos imaginários. vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie (C) casos misteriosos. de encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só (D) fatos noticiosos. que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco Semana 1 onde encaixa a outra ponta, a pontuda, de sorte que ANÁLISE LINGUÍSTICA o, a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende? VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 4. A repetição da palavra “entende”, ao final de cada Linguagem formal: é usada em situações comunicativas explicação, é uma marca da oralidade, que é típica da formais, como uma palestra, um congresso, uma reunião linguagem empresarial, etc. Ex.: Tô muito atrasado. (A) informal. (B) formal. Linguagem Informal: é usada em situações (C) padrão. comunicativas informais, como reuniões familiares, (D) culta. encontro com amigos, etc. Nesses casos, há o uso da linguagem coloquial. Ex.: Estou muito atrasado. 5- No trecho “... na outra ponta tem uma espécie de encaixe...”. a letra “x” está corretamente empregada Releia o trecho e responda às questões de 1 a 3. como em (A) ameixa. É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, (B) bolaxa. saber comunicar o que você quer. Imagine-se entrando (C) murxa. numa loja para comprar um... um... como é mesmo o (D) maxo. nome? – Posso ajudá-lo, cavalheiro? Semana 1 – Pode. Eu quero um daqueles, daqueles... PRODUÇÃO TEXTUAL – Pois não? – Um... como é mesmo o nome? - Sim? Neste mês, você vai produzir crônica humorística, – Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra um gênero textual literário ficcional, mas que tem me escapou por completo. É uma coisa simples, traços de gêneros jornalísticos, como as notícias. Para conhecidíssima. isso, procure saber as características desse gênero, a – Sim, senhor. finalidade, bem como se inspire em situações que – O senhor vai dar risada quando souber. advêm do seu dia a dia. – Sim senhor. ETAPA 1: PLANEJAMENTO – BUSCANDO – Olha, é pontuda, certo? INSPIRAÇÃO – O quê, cavalheiro? Leve em consideração o contexto de produção a seguir: 1- Em “– Pomba! Um... um... Que cabeça a minha.”, é possível perceber uso de um nível de linguagem O que vou Para quem? Onde será (A) coloquial. produzir? publicado? (B) formal. Crônica Frequentadores das Coletânea da (C) padrão. humorística. bibliotecas escolar e turma. (D) culto. municipal. PASSO A PASSO: um pouco com o pescador de bigodes brancos, me despeço. A. Leia as manchetes a seguir, que tratam de — O senhor não leva o coleiro? acontecimentos inusitados, e escolha uma delas Seria inútil explicar-lhe que um coleiro do brejo para ser o ponto de partida de sua crônica. não tem preço. Que o coleiro do brejo é, ou devia ser, um pequeno animal sagrado e livre, como aquele menino Cachorrinha é filmada andando a cavalo da lenha, como aquele burrinho magro e triste do menino. no Texas (...) Disponível em: <http://g1.globo.com>. Acesso em: 19 jul. 2017. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversaoar te/2009/10/23/interna_diversao_arte,150113/trechos-de- Policial vestido de Batman prende cronicas-de-rubem-braga.shtml. Acesso em: 01/10/18. suspeito de roubo nos EUA 1. A partir do trecho “Peço mais uma cachacinha. Deixo Disponível em: <http://g1.globo.com>. Acesso em: 19 jul. 2017 que ele atenda um freguês...”, infere-se que o personagem está em Dono ensina cão a latir sussurrando para (A) um bar. (B) uma igreja. não incomodar vizinhos (C) uma escola. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br>. Acesso em: 19 jul. (D) um hospital. 2017 2. Em “— O senhor não leva o coleiro?”, a palavra B. Após a escolha da notícia que servirá de base para a destacada permite deduzir crônica, determine quais serão os personagens que (A) o gênero do pássaro. farão parte da narrativa. (B) a espécie do animal. C. Lembre-se de que, nas crônicas, o número de (C) o nome do pássaro. personagens é reduzido, visto que o foco são os (D) a cor do animal. fatos cotidianos apresentados. D. Pense na sequência de acontecimentos que você vai 3. A partir do trecho “‘Por 300 cruzeiros o Sr. leva narrar. Explore a imaginação e crie situações tudo.’”, deduz-se que inusitadas, que despertem o interesse do leitor. Faça (A) a oferta do velho foi menor que a do comprador. um pequeno roteiro, enumerando os acontecimentos (B) o velho não estava querendo vender seu pássaro. e a ordem em que eles serão narrados. (C) a oferta do velho foi maior que a do comprador. (D) o velho não queria vender a gaiola também. E. Defina quando e onde o fato ocorrerá. F. Pense em um desfecho interessante que quebre a Leia o texto seguinte e responda à questão 4. expectativa do leitor e, consequentemente, provoque um efeito de humor. No restaurante G. Lembre-se de que a crônica poderá ser narrada em ― Quero lasanha. primeira pessoa (narrador-personagem) ou em Aquele anteprojeto de mulher ― quatro anos no terceira pessoa (narrador-observador). máximo, desabrochando na ultra minissaia ― entrou decidida no restaurante. Não precisava de menu, não Semana 2 precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia LEITURA perfeitamente o que queria. Queria lasanha. O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma Leia o texto seguinte e responda às questões de 1 a 3. vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais. Conversa de compra de passarinho ― Meu bem, venha cá. ― Quero lasanha. Acendo um cigarro. Peço mais uma cachacinha. ― Escute aqui, querida. Primeiro escolhe-se a mesa. Deixo que ele atenda um freguês que compra bananas. ― Não, já escolhi. Lasanha. Fico mexendo com o pedaço de chumbo. Afinal digo Que parada ― lia-se na cara do pai. Relutante, a com a voz fria, seca: "Dou 200 pelo coleiro, 50 pela garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois gaiola". encomendar o prato: O velho faz um ar de absoluto desprezo. Peço meu ― Vou querer lasanha. troco, ele me dá. Quando vê que vou saindo mesmo, tem ― Filhinha, por que não pedimos camarão? Você um gesto de desprendimento: "Por 300 cruzeiros o Sr. gosta tanto de camarão. leva tudo". ― Gosto, mas quero lasanha. Ponho minhas coisas no bolso. Pergunto onde é que ― Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente fica a casa de Simeão pescador, um zarolho. Converso pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá? ― Quero lasanha, papai. Não quero camarão. (C) “Aquele anteprojeto de mulher”. ― Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a (D) “... entrou decidida no restaurante.”. gente pede uma lasanha. Que tal? ― Você come camarão e eu como lasanha. 2. Relacione a coluna (A) com a coluna (B) conforme o O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo: nível de linguagem usada em cada trecho ― Quero uma lasanha. COLUNA A COLUNA B (...) (1) Linguagem ( ) “Primeiro escolhe-se a Disponível em: http://euaprendoensinando.blogspot.com/2011/06/no- formal. mesa.”. restaurante-cronica-interpretacao.html. Acesso em: 05.11.19. (2) Linguagem ( ) “... a garotinha informal. condescendeu em sentar-se 4. O trecho “A gente pede uma fritada bem bacana de primeiro...”. camarão. Tá?” revela um falante que faz uso da linguagem ( ) “― Eu sei, eu sei que (A) informal. você adora camarão.”. (B) formal. ( ) “Filhinha, por que não (C) padrão. pedimos camarão?”. (D) culta. 3. O trecho “A gente pede uma fritada bem bacana de Semana 2 camarão.” está empregado em linguagem informal. ANÁLISE LINGUÍSTICA Como ficaria caso reescrito em linguagem formal? ______________________________________________ Releia o trecho a seguir e responda à questão 1. 4. Em “... desabrochando na ultra minissaia...” o dígrafo “ch” está corretamente empregado como em No restaurante (A) enchaguar. (B) enchergar. ― Quero lasanha. (C) encharcar. Aquele anteprojeto de mulher ― quatro anos no (D) enchertar. máximo, desabrochando na ultra minissaia ― entrou decidida no restaurante. Não precisava de menu, não Semana 2 precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia PRODUÇÃO TEXTUAL perfeitamente o que queria. Queria lasanha. O pai, que mal acabara de estacionar o carro em Produza uma crônica humorística a partir do que uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a já observou na semana passada, no seu caderno, de operação-jantar, que é, ou era, da competência dos acordo com as características desse gênero. senhores pais. ― Meu bem, venha cá. ETAPA 2: ESCRITA – FAÇA VOCÊ MESMO ― Quero lasanha. ― Escute aqui, querida. Primeiro escolhe-se a A. Inicie a crônica apresentando o(s) personagem(ns) e mesa. envolvendo-o(s) em um conflito. ― Não, já escolhi. Lasanha. B. Localize o espaço e situe o tempo das ações. Que parada ― lia-se na cara do pai. Relutante, a C. Crie situações que chamem a atenção do leitor por garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e serem criativas e bem-humoradas. depois encomendar o prato: ― Vou querer lasanha. D. Caso a crônica seja narrada por um narrador- ― Filhinha, por que não pedimos camarão? personagem, empregue a primeira pessoa. Se for um Você gosta tanto de camarão. narrador-observador, empregue a terceira pessoa. ― Gosto, mas quero lasanha. E. Lembre-se de que uma das características da crônica ― Eu sei, eu sei que você adora camarão. A é a presença de marcas da oralidade e de traços gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá? linguísticos que caracterizam informalidade. Por ― Quero lasanha, papai. Não quero camarão. isso, use esses elementos na linguagem do texto. ― Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente pede uma lasanha. Que tal? F. Recorra ao uso de mais de um nível de linguagem ― Você come camarão e eu como lasanha. para dar mais expressividade ao texto, especialmente O garçom aproximou-se, e ela foi logo nos diálogos. instruindo: G. Crie um título instigante para sua crônica. ― Quero uma lasanha. (...)
1. O trecho empregado em linguagem informal é
(A) “... a gente pede uma lasanha”. (B) “― Gosto, mas quero lasanha”.