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ESCOLA MUNICIPAL __________________________________________________________

TERESINA, _________ DE _________________________________________ _____ DE 2022.


ALUNO (A): ____________________________________________________________________
PROFESSOR (A): ______________________ TURMA: _________ TURNO: ______________

ATIVIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA

Semana 1
LEITURA

 Leia o texto seguinte e responda às questões de 1 a 4.


A vitória-régia
[...]
Araci era uma índia que tinha um único propósito em sua vida: o de tocar a lua. Todas as noites, quando a lua
surgia nos céus, especialmente quando estava cheia e resplandecente, Araci subia na árvore mais alta que encontrava e,
na ponta dos pés do galho mais elevado, tentava, por todos os meios, tocar a face do grande astro prateado.
Araci teve muita sorte, escapando, mais de uma vez, de despencar para a morte em suas tentativas vãs. Mas nada
disso a impressionava, pois teimava, a todo pano, em tocar a lua.
Então, certa noite, ela resolveu subir numa árvore que ficava na beira de um rio. Ao escalar o último galho, Araci
viu a lua refletida nas águas e imaginou que ela banhava-se no rio.
– Viva, hoje vou poder tocá-la! – disse ela, preparando-se para mergulhar.
Araci desceu até o fundo, mas não havia lua alguma ali.
Ao voltar à tona, ela viu o reflexo da lua ainda nas águas. Só que ele estava cada vez mais afastado de si.
Araci nadou, mas a lua era mais rápida, e nada de alcançá-la. A jovem nadou, nadou e nadou até estar muito longe
das duas margens. Só então descobriu que não tinha mais fôlego nem forças para retornar à terra. Neste instante, ela
soube que seu destino seria o de perecer nas águas. Sabendo inúteis todos os esforços, a bela índia recolheu os braços e
deixou-se afundar.
E assim pereceu a bela Araci, sem alcançar a lua.
A lua, porém, que era homem, sentiu remorsos por não ter ajudado a jovem.
– Já que não posso trazê-la de volta, irei ao menos homenageá-la – disse o astro.
No mesmo instante, brotou das águas uma planta esverdeada, que passou a boiar em cima da água. Ela parecia
uma enorme bandeja e trazia consigo uma planta muito bonita, de coloração branca e rosa.
Desde então, todas as moças da aldeia passaram a enfeitar-se com as pétalas da planta, consideradas infalíveis
para atrair namorado.
FRANCHINI, A. S. As 100 melhores lendas do folclore brasileiro. Porto Alegre: L&PM, 2011.

1- Nas lendas, quase sempre há um acontecimento sobrenatural. No texto lido, há alguma situação fantasiosa? Qual?
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2- Releia o trecho e responda.

Araci teve muita sorte, escapando, mais de uma vez, de despencar para a morte em suas tentativas vãs. Mas
nada disso a impressionava, pois teimava, a todo pano, em tocar a lua.

 A partir do trecho, percebe-se que Iraci era


(A) ansiosa.
(B) medrosa.
(C) orgulhosa.
(D) determinada.
3- Nas lendas, a época em que os fatos ocorrem é, em geral, indefinida. Que expressão, no texto lido, reforça a ideia
de indefinição?
(A) Longe das duas margens.
(B) Na árvore mais alta.
(C) Mais de uma vez.
(D) Certa noite.
4- Sobre o narrador do texto, é possível afirmar que
(A) é um narrador-personagem.
(B) é um narrador-observador.
(C) a lua conta a história.
(D) Araci narra os fatos.

Semana 1
ANÁLISE LINGUÍSTICA

Composição de palavras

Se considerarmos as palavras quanto à sua formação, podemos subdividi-las em três grandes grupos. Para exemplificar,
vamos analisar a estrutura de algumas palavras do trecho a seguir.

As pétalas da vitória-régia são consideradas infalíveis para atrair namorado.

 pétala: é uma palavra que não se originou de nenhuma outra já existente, por isso classifica-se como primitiva.
 vitória-régia: originou-se de duas palavras já existentes (vitória e régia), por isso classifica-se como composta.
 infalíveis: formou-se a partir de uma palavra já existente (falir), com acréscimo do prefixo -in e do sufixo -vel., por
isso classifica-se como derivada.

As palavras formadas por composição classificam-se em:

 Composição por justaposição: as palavras que se unem não sofrem alterações.


Ex.: cata-vento (cata + vento)
passatempo (passa + tempo)

 Composição por aglutinação: pelo menos uma das palavras que participa da composição sofre alteração.
Ex.: aguardente (água + ardente)
pontiaguda (ponta + aguda)

 Leia o texto a seguir e responda à questão 1.


Mapinguari
Diz a lenda que no interior da Floresta Amazônica vive um monstro terrível, um gigante faminto coberto de pelos,
com um olho só e uma bocarra imensa no lugar do umbigo.
De braços longos e garras afiadas, o Mapinguari vaga pela mata em busca de animais e pessoas para... devorar!
Muita gente acredita que a origem da lenda do Mapinguari seja o megatério, ou preguiça-gigante, um animal pré-
histórico que vivia nessas terras até 10 mil anos atrás e cujo esqueleto pode ser visto no Museu Nacional, na Quinta da
Boa Vista.
Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/media/PDF/pdf_4251.pdf Acesso em: 07.02.22.

1- Identifique a palavra que é formada por composição.


(A) bocarra.
(B) terrível.
(C) pré-histórico.
(D) preguiça-gigante.
2- Decifre as adivinhas a seguir e observe a estrutura das palavras que você encontrou.
O que é, o que é?
I. Cachorro que não late nem morde? ______________________________________________________________
II. Pássaro que beija? _________________________________________________________________________
III. Arco que fica no céu? ______________________________________________________________________
IV. Que sobe quando a chuva desce? _____________________________________________________________
3- Em relação à formação de palavras, o que há em comum entre as respostas que você escreveu para as adivinhas?
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4- Nessas palavras, foi usado o processo de derivação ou de composição para formá-las? Explique sua resposta.
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Semana 2
LEITURA

Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 4.


A origem do Oiapoque
Muitos anos atrás, a fome atingiu uma aldeia indígena. Havia pouca caça e quase nenhum peixe, e a seca
acabara com a plantação de mandioca. O mesmo tinha acontecido com muitas árvores frutíferas, que não deram
frutos. Enfraquecidas, as crianças ficavam doentes, e os bebês e os velhos estavam morrendo.
Por causa disso, a índia Tarumã, que estava grávida, decidiu sair de lá para salvar o seu bebê. Ela tinha certeza
de que sua criança morreria de fome, pois, fraca como estava, provavelmente não teria leite para amamentá-la, e
partiu em busca de um lugar melhor para criar seu filho.
Alguns dias se passaram. Sozinha na mata, Tarumã já não tinha esperança. Começou então a chorar, com
saudade de tudo o que deixara para trás. Em desespero, pediu a Tupã para transformá-la numa cobra, de modo que
pudesse transpor a floresta e encontrar um lugar onde seu povo pudesse construir outra aldeia.
Admirado com a coragem da moça, o deus atendeu seu pedido. Durante meses, aquela grande cobra vagou em
busca de um local em que houvesse comida e água. Carregando o bebê, seu peso era tanto que por onde passava ela
deixava sulcos¹ profundos no chão.
Finalmente, Tarumã encontrou um vale cortado por um riacho, com muitas árvores frutíferas e caça nas
redondezas. A índia-cobra ficou super feliz! Fez todo o trajeto de volta para avisar seu povo que havia encontrado
água e comida. Agora, todos estavam salvos. Ela estava tão empolgada que se esqueceu de pedir a Tupã para
desfazer o encantamento.
Quando estava chegando à aldeia, o bebê nasceu. Tarumã teve sua filhinha bem na entrada do povoado. Quando
as pessoas viram que uma criança tinha nascido de uma cobra, acharam que fosse algum tipo de bruxaria e mataram
o bebê. Tarumã ficou louca de dor, mas não atacou sua gente. Expressou sua tristeza com um choro tão prolongado
que as lágrimas preencheram os sulcos que seu corpo havia cavado na mata, transformando-os num grande rio.
Com a perda do bebê, Tarumã não quis mais ser gente. Para esconder-se do mundo, mergulhou no rio de suas
lágrimas e adormeceu no seu leito. Na aldeia, os índios contam que as águas do rio ficam revoltas nas noites de lua
cheia, e quando Tarumã suspira pela falta da filha. E, quando ela chora, o volume de água aumenta tanto que o rio
transborda e forma-se um grande alagado até as ilhas próximas. Foi assim que esse rio ganhou o nome de Oiapoque².
SALERNO, Silvana. Viagem pelo Brasil em 52 histórias. São Paulo: Cia das Letrinhas, 2006, pp. 30-31.
¹sulcos: caminho aberto no solo, na terra.
²Oiapoque: palavra indígena que significa “rio da cobra grande”.

1- O texto trata principalmente sobre


(A) a tristeza de Tarumã.
(B) o surgimento do rio Oiapoque.
(C) a fome em uma aldeia indígena.
(D) o assassinato do bebê de Tarumã.
2- O que levou Tarumã deixar a sua tribo?
(A) Ela queria se transformar em uma cobra para salvar seu povo.
(B) Devido à fome, ela tinha medo de seu bebê não sobreviver.
(C) Como seu bebê estava para nascer, ela queria tê-lo longe.
(D) Ela foi castigada pelo deus Tupã a vagar pelas florestas.
3- Como Tarumã encontrou um lugar em que havia comida e água?
(A) Ela nadou até o outro lado de um riacho.
(B) Tupã mostrou para ela um vale com muitas árvores frutíferas.
(C) Tupã a transformou em uma cobra e ela pôde transpor a floresta.
(D) Ela, com a ajuda da sua tribo, saiu para uma caça nas redondezas.
4- De acordo com a lenda, como surgiu o rio Oiapoque?
(A) Com as águas do riacho encontrado por Turumã.
(B) Com as lágrimas de Turumã ao perder seu bebê.
(C) Os índios pediram a Tupã um lugar com água.
(D) Tupã transformou o riacho em um grande rio.

Semana 2
ANÁLISE LINGUÍSTICA

1- Em “A índia-cobra ficou super feliz!”, a palavra destacada é formada por


(A) derivação.
(B) aglutinação.
(C) composição.
(D) sobreposição.
Leia o texto a seguir e responda à questão 2.
Lobisomem
No interior do Brasil, as pessoas acreditam que quando o sujeito é magro, pálido, de orelhas de abano e
sobrancelhas grossas, unidas sobre o nariz, pode ser um lobisomem.
Em outros lugares, a maldição recai sobre o sétimo filho homem de um casal. Nas noites de lua cheia, ele corre
até uma encruzilhada, onde sofre a transformação.
Primeiro, ele dá nós em suas roupas e rola na lama, enquanto crescem os pelos e ele vira um bicho meio homem,
meio lobo... ou porco!
Para livrar alguém da maldição, é preciso cortar uma das patas do bicho, para ele se transformar em homem
novamente.
Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/media/PDF/pdf_4251.pdf Acesso em: 07.02.22.

2- Retire do texto uma palavra formada por composição e identifique de quais palavras ela se originou.
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3- Forme palavras a partir dos elementos de cada alternativa.
a) água + marinha: _____________________________
b) petra + óleo: ________________________________
c) cabeça + baixa: ______________________________
d) justa + posição: ______________________________
e) arte + manha: _______________________________
ORTOGRAFIA
Observe as palavras a seguir.

caixa enxergar paixão


enxugar ameixa enxurrada
4- Qual letra aparece nas palavras logo após as letras sublinhadas?
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5- A partir das letras sublinhadas nas palavras do quadro, o que é possível deduzir a respeito do uso da letra x?
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6- Complete as palavras com X ou CH.

enfai ___ ar to ___ a dei ___ ar ___ ingar


___ u ___ u ___ ícara engra___ ar ma___ ucado
pu___ar ___ique rela ___ ar fle ___a

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