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Descritor
D3: Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
O aluno precisa decidir, então, entre várias opções, aquela que apresenta o
sentido com que a palavra foi usada no texto. Ou seja, o que sobressai aqui não é
apenas que o aluno conheça o vocabulário dicionarizado, pois todas as alternativas
trazem significados que podem ser atribuídos à palavra analisada. O que se pretende
é que, com base no contexto, o aluno seja capaz de reconhecer o sentido com que a
palavra está sendo usada no texto em apreço.
Esse formato permite que a sistematização das habilidades seja feita de modo
progressivo e, ao mesmo tempo, pode apoiá-lo na condução do processo de ensino-
aprendizagem considerando a heterogeneidade da sala de aula.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
A mão e a luva
Anda, sobe.
Estêvão meteu a mão nos cabelos com um gesto de angústia; Luís Alves
sacudiu a cabeça e sorriu. Achavam-se os dois no corredor da casa de Luís Alves, à
rua da Constituição, — que então se chamava dos Ciganos; — então, isto é, em 1853,
uma bagatela de vinte anos que lá vão levando talvez consigo as ilusões do leitor, e
deixando-lhe em troca (usurários!) uma triste, crua e desconsolada experiência.
Eram nove horas da noite; Luís Alves recolhia-se para casa, justamente na
ocasião em que Estêvão o ia procurar; encontraram-se à porta. Ali mesmo lhe confiou
Estêvão tudo o que havia, e que o leitor saberá daqui a pouco, caso não aborreça
estas histórias de amor, velhas como Adão, e eternas como o céu. Os dois amigos
demoraram-se ainda algum tempo no corredor, um a insistir com o outro para que
subisse, o outro a teimar que queria ir morrer, tão tenazes ambos, que não haveria
meio de os vencer, se a Luís não ocorresse uma transação.
— Pois sim, disse ele, convenho em que deves morrer, mas há de ser amanhã.
Cede da tua parte, e vem passar a noite comigo. Nestas últimas horas que tens de
viver na terra dar-me-ás uma lição de amor, que eu te pagarei com outra de filosofia.
ir. entrar.
Dormir permanecer.
b) Pelo contexto, pode-se perceber que “tenazes”, no texto, tem que significado?
DESAFIO
2) Leia, a seguir, um trecho de O Guarani, de José de Alencar.
[…]
De um dos cabeços da Serra dos Órgãos desliza um fio de água que se dirige
para o norte, e engrossado com os mananciais que recebe no seu curso de dez
léguas, torna-se rio caudal.
É o Paquequer: saltando de cascata em cascata, enroscando-se como uma
serpente, vai depois se espreguiçar na várzea e embeber no Paraíba, que rola
majestosamente em seu vasto leito.
Dir-se-ia que, vassalo e tributário desse rei das águas, o pequeno rio, altivo e
sobranceiro contra os rochedos, curva-se humildemente aos pés do suserano. Perde
então a beleza selvática; suas ondas são calmas e serenas como as de um lago, e
não se revoltam contra os barcos e as canoas que resvalam sobre elas: escravo
submisso, sofre o látego do senhor.
Não é neste lugar que ele deve ser visto; sim três ou quatro léguas acima de
sua foz, onde é livre ainda, como o filho indômito desta pátria da liberdade.
Aí, o Paquequer lança-se rápido sobre o seu leito, e atravessa as florestas
como o tapir, espumando, deixando o pelo esparso pelas pontas do rochedo, e
enchendo a solidão com o estampido de sua carreira. De repente, falta-lhe o espaço,
foge-lhe a terra; o soberbo rio recua um momento para concentrar as suas forças, e
precipita-se de um só arremesso, como o tigre sobre a presa.
Depois, fatigado do esforço supremo, se estende sobre a terra, e adormece
numa linda bacia que a natureza formou, e onde o recebe como em um leito de noiva,
sob as cortinas de trepadeiras e flores agrestes. […]
a) O fato de o rio ser descrito como “altivo e sobranceiro contra os rochedos” quer
dizer que:
a) Chuva.
b) O encontro com o mar.
c) Uma cachoeira.
d) Um riacho calmo.
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DATA: ______________________________________TURMA:_____________
NOME: _________________________________________________________
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
A mão e a luva
Anda, sobe.
Estêvão meteu a mão nos cabelos com um gesto de angústia; Luís Alves
sacudiu a cabeça e sorriu. Achavam-se os dois no corredor da casa de Luís Alves, à
rua da Constituição, — que então se chamava dos Ciganos; — então, isto é, em 1853,
uma bagatela de vinte anos que lá vão levando talvez consigo as ilusões do leitor, e
deixando-lhe em troca (usurários!) uma triste, crua e desconsolada experiência.
Eram nove horas da noite; Luís Alves recolhia-se para casa, justamente na
ocasião em que Estêvão o ia procurar; encontraram-se à porta. Ali mesmo lhe confiou
Estêvão tudo o que havia, e que o leitor saberá daqui a pouco, caso não aborreça
estas histórias de amor, velhas como Adão, e eternas como o céu. Os dois amigos
demoraram-se ainda algum tempo no corredor, um a insistir com o outro para que
subisse, o outro a teimar que queria ir morrer, tão tenazes ambos, que não haveria
meio de os vencer, se a Luís não ocorresse uma transação.
— Pois sim, disse ele, convenho em que deves morrer, mas há de ser amanhã.
Cede da tua parte, e vem passar a noite comigo. Nestas últimas horas que tens de
viver na terra dar-me-ás uma lição de amor, que eu te pagarei com outra de filosofia.
ir. entrar.
Dormir permanecer.
b) Pelo contexto, pode-se perceber que “tenazes”, no texto, tem que significado?
DESAFIO
2) Leia, a seguir, um trecho de O Guarani, de José de Alencar.
[…]
De um dos cabeços da Serra dos Órgãos desliza um fio de água que se dirige
para o norte, e engrossado com os mananciais que recebe no seu curso de dez
léguas, torna-se rio caudal.
É o Paquequer: saltando de cascata em cascata, enroscando-se como uma
serpente, vai depois se espreguiçar na várzea e embeber no Paraíba, que rola
majestosamente em seu vasto leito.
Dir-se-ia que, vassalo e tributário desse rei das águas, o pequeno rio, altivo e
sobranceiro contra os rochedos, curva-se humildemente aos pés do suserano. Perde
então a beleza selvática; suas ondas são calmas e serenas como as de um lago, e
não se revoltam contra os barcos e as canoas que resvalam sobre elas: escravo
submisso, sofre o látego do senhor.
Não é neste lugar que ele deve ser visto; sim três ou quatro léguas acima de
sua foz, onde é livre ainda, como o filho indômito desta pátria da liberdade.
Aí, o Paquequer lança-se rápido sobre o seu leito, e atravessa as florestas
como o tapir, espumando, deixando o pelo esparso pelas pontas do rochedo, e
enchendo a solidão com o estampido de sua carreira. De repente, falta-lhe o espaço,
foge-lhe a terra; o soberbo rio recua um momento para concentrar as suas forças, e
precipita-se de um só arremesso, como o tigre sobre a presa.
Depois, fatigado do esforço supremo, se estende sobre a terra, e adormece
numa linda bacia que a natureza formou, e onde o recebe como em um leito de noiva,
sob as cortinas de trepadeiras e flores agrestes. […]
a) O fato de o rio ser descrito como “altivo e sobranceiro contra os rochedos” quer
dizer que:
a) Chuva.
b) O encontro com o mar.
c) Uma cachoeira.
d) Um riacho calmo.