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Questão de aula 5

Gramática Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente

Nome N.o 10.o Data / /

Avaliação E. Educação Professor

Lê o texto.

E que é ler? Não apenas o ato de nos isolarmos num mágico encontro, mas o de podermos usufruir
do
Dir-se-á que hoje cada vez menos se lêa). Felizmente, não é assim. Talvez haja motivos de
preocupação, mas não devemos simplificar. É evidente que há excelentes leitores ao lado dos
5 renitentesb) -se com
) Quem faz uma leitura atenta toma contacto com a cultura e as artes e tem informação
c)

sobre a realidade que nos cerca desde a comunidade em que vivemos às bulas dos medicamentos.
Temos de ser exigentes. Tanto se salvam vidas com a leitura motivadora de um poema como com a

10 E se falamos de boa leitura, não nos podemos esquecer de que existe o teatro e o canto d)
leitura e as artes estão intimamente ligadas. A desvalorização da retórica e da oratória e o
desconhecimento dos melhores cultores da língua são sinais de pobreza cultural.
Miguel de Oliveira Martins, «Sobre a leitura...», in Jornal de Letras, 09.04.2020 (texto adaptado e com supressões).

60 pts. 1. Classifica as orações sublinhadas no texto.


a) _________________________________________________________________________
b) _________________________________________________________________________
c) _________________________________________________________________________
d) _________________________________________________________________________

44 pts. 2. Identifica a função sintática desempenhada pelas orações assinaladas.


a) _______________________________ c) ________________________________
b) _______________________________ d) ________________________________
60 pts.
3. Indica a modalidade e o valor modal expressos nas expressões seguintes.
a) «Felizmente, não é assim.» (linha 3) _____________________________________________
b) «Talvez haja motivos de preocupação» (linhas 3-4) __________________________________
c) «Temos de ser exigentes.» (linha 8) _____________________________________________
d) «Não há, porém, receitas para criar leitores.» (linha 9) ______________________________

12 pts.
4. O ato ilocutório concretizado em «Asseguro-te que vou começar a ler os clássicos!» é

A. diretivo. B. compromissivo. C. assertivo. D. expressivo.

12 pts. 5. O ato ilocutório concretizado em «Emprestas-me um livro para ler nas férias?» é

A. compromissivo. B. assertivo. C. diretivo. D. declarativo.

12 pts. 6. O ato ilocutório concretizado em «Ler permite entender melhor o mundo e a vida.» é

A. assertivo. B. declarativo. C. expressivo. D. compromissivo.

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Questão de aula 6
Gramática Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente

Nome N.o 10.o Data / /

Avaliação E. Educação Professor

Lê o texto.

Desde as primeiras manifestações literárias até hoje, passaram 900 anos. Pelo caminho, ficaram
milhares de obras que marcaram a cultura de um país. Para recordar os pioneiros desta arte, temos de
recuar ao século XII, época em que, entre o lirismo das cantigas de amor e de amigo e a sátira das
cantigas de escárnio e maldizer, tinham nos trovadores verdadeiros artífices da palavra. Mais tarde,
5 no primeiro terço do século XV, graças a Fernão Lopes e Gil Vicente, a crónica e os autos humanistas
passam a estar na ordem do dia. Essas novas abordagens alargaram os horizontes da escrita e abriram
caminho para as experiências épicas de Luís Vaz de Camões e os exercícios barrocos de Padre
António Vieira. Se não conhece, por exemplo, os relatos de Fernão Lopes, os autos do chamado pai
do teatro nacional (Gil Vicente), Os Lusíadas ou Sermão de Santo António aos Peixes, procure-osa)
10 no site e supere essa falhab). Lançamos-lhe um repto: quão bem conhece a literatura portuguesa? No
final deste artigo, pode pôr-se à prova.
«Literatura portuguesa: nobre e imortal herança», in Observador, 12.07.2019 (texto adaptado).

1. Indica a modalidade e o valor modal expressos nas expressões seguintes. 60 pts.

a) «temos de recuar ao século XII» (linhas 2-3) _______________________________________


b) «tinham nos trovadores verdadeiros artífices da palavra» (linha 4) _____________________
c) «pode pôr-se à prova» (linha 11) ________________________________________________

2. Identifica o ato ilocutório concretizado nos segmentos seguintes. 60 pts.

a) «Essas novas abordagens alargaram os horizontes da escrita» (linha 6) _________________


b) «supere essa falha» (linha 10) ___________________________________________________
c) Quem se colocar à prova não se vai arrepender ___________________________________

3. Identifica os processos de referenciação anafórica assegurados pelos elementos sublinhados. 40 pts.

a) _______________________________ b) ________________________________

4. Todas as frases contêm uma oração subordinada substantiva, exceto a frase 20 pts.

A. É possível que conheça as obras mais importantes da literatura portuguesa.


B. Os grandes clássicos da literatura precisam de quem os leia e valorize.
O Observador anunciou que mais de 50% dos leitores conhece mal a literatura
C.
portuguesa
D. Os leitores que se puseram à prova desconheciam alguns dos autores.

5. Todas as frases contêm uma oração subordinada adverbial, exceto a frase 20 pts.

A. No questionário, perguntavam se conhecíamos alguma obra de Gil Vicente.


Se tivesse estado mais atento nas aulas, lembrar-me-ia melhor da obra do drama-
B.
turgo.
Acertei em 80% das respostas, se bem que tenha tido dúvidas em algumas
C.
questões.
Estes desafios são importantes para que se aprenda mais sobre a literatura
D.
portuguesa.
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Soluções
EDUCAÇÃO LITERÁRIA 2. Relativamente à morte de Brás da Mata, as
personagens reagem de formas distintas:
POESIA TROVADORESCA reação de Inês: contentamento e alívio, uma vez que
se livrou de um marido opressor e de um casamento
Questão de aula 1 (p. 303) que a aprisionava;
1. Sentimentos que motivam o sujeito de enunciação reação do Moço: tristeza, porque, para além de ficar
desta cantiga a ir a Vigo: desamparado, comove-se com a morte do amo.
3. a) 3; b) 1; c) 2.
amigo, / e irei, madr', a Vigo.»); RIMAS, DE LUÍS DE CAMÕES
a alegria por ter tido notícias de que o seu amigo está
vivo e com saúde («vem san'e vivo»); Questão de aula 4 (p. 307)
as saudades que sente do amigo (repetição do verso 1. Intenção do sujeito poético: o eu pretende celebrar
«e irei, madr', a Vigo»); o amor («cantarei», v. 1), escrevendo sobre ele, de
o orgulho por o amigo ser íntimo do rei («d'el-rei uma forma harmoniosa («por uns termos em si tão
amigo» ou «d'el-rei privado»); concertados», v. 2) e encantadora («tão docemente»,
... v. 1).
2. A Idade Média foi um período de inúmeros conflitos Objetivos que o sujeito poético pretende atingir: o
que obrigavam os jovens a ingressar no serviço militar, sujeito poético pretende que a harmonia e a suavidade
travando guerras contra os muçulmanos, de onde, do seu canto despertem o sentimento do amor até em
muitas vezes, não regressavam. quem não o sente («faça sentir ao peito que não
O verso «e vem viv´e sano» (v. 11) constitui um sente», v. 4) e que o «amor a todos avivente» (v. 5), ou
indício de que a ausência do «amigo» se deve ao facto seja, dê um novo ânimo aos apaixonados.
de este ter estado na guerra, onde correra perigo de 2. O sujeito poético interpela a mulher amada, dizendo
vida, mas de onde regressa são e salvo. que a irá cantar, destacando a sua beleza.
3. a) 3; b) 1; c) 1. No último terceto, o sujeito lírico confessa ser
incapaz de cantar tamanha perfeição, admitindo não
CRÓNICA DE D. JOÃO I, DE FERNÃO LOPES ter «talento, engenho» nem «arte» suficientes para
escrever um poema tão elevado e extraordinário
Questão de aula 2 (p. 304) («composição alta e milagrosa», v. 13) que faça justiça
1. O título do capítulo a que pertence o excerto transcrito à beleza da amada.
corresponde à Hipótese A. Entre outros, podem ser
3. a) abba / abba / cde / cde; b) rimas interpoladas e
apresentados os seguintes indícios do texto:
emparelhadas nas quadras e rimas interpoladas nos
tercetos.
do Mestre o pajem e Álvaro Paes;
OS LUSÍADAS, DE LUÍS DE CAMÕES
salvarem o Mestre da morte.
Questão de aula 5 (p. 308)
2. Argumentos utilizados por Álvaro Paes para mobilizar
a população de Lisboa para a defesa do Mestre: 1. O louvor da «ilustre e alhea história»:
D. João, Mestre de Avis, é filho do rei D. Pedro (ainda causa inveja, fazendo com que os nobres se esforcem
que bastardo) « Acorramos ao Meestre, amigos, para que a sua glória não seja menor do que a dos
acorramos ao Meestre, ca filho é del-Rei dom Pedro.» heróis do passado;
(l. 6). incita à realização de grandes ações, estimulando o
O Mestre foi atraído para uma cilada, na qual vai ser homem a praticar obras valorosas.
morto sem motivo que o justifique « Acorramos ao 2. Nas estâncias 93 e 94, o poeta dá exemplos de heróis
Meestre, amigos, acorramos ao Meestre que matam e de guerreiros da Antiguidade Clássica que valo-
sem por quê!» (l. 12). rizavam os escritores e a poesia aliando as armas e as
3. a) «e assi como viuva que rei nom tiinha»; b) «todos letras. Na estância 97, o poeta critica os portugueses,
dizendo que, com exceção de Portugal, não houve
nenhum capitão que não fosse também um letrado.
FARSA DE INÊS PEREIRA, DE GIL VICENTE Assim, o poeta confessa-se envergonhado por admitir
que apenas os portugueses são um povo inculto,
Questão de aula 3 (p. 305) ignorante, que não dá valor à arte.
1. Funções da carta:
3. a) 3; b) 1.
anúncio da morte do Escudeiro, em Arzila;
apresentação das circunstâncias da sua morte: foi GRAMÁTICA
morto por um pastor, quando tentava desertar de uma
batalha; POESIA TROVADORESCA
caracterização do Escudeiro: cobarde, desertor e
Questão de aula 1 (p. 311)
fraco.
1. A; 2. B; 3. D; 4. C; 5. C; 6. A.

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7. 2.
a) prótese de e; sonorização de t; a) complemento direto;
b) vocalização de g; b) sujeito;
c) palatalização de cl; c) sujeito;
d) apócope de m; assimilação de p; d) complemento oblíquo.
e) síncope de u; metátese de l e r;
3.
f) síncope de d e r; sinérese (formação de ditongo);
g) crase de vogais. a) modalidade apreciativa juízo de valor/ valor de aprecia-
ção;
CRÓNICA DE D. JOÃO I, DE FERNÃO LOPES b) modalidade epistémica valor de possibilidade;
c) modalidade deôntica valor de obrigação;
Questão de aula 2 (p. 312) d) modalidade epistémica valor de certeza.
1. D; 2. B; 3. D; 4. A. 4. B; 5. C; 6. A.
5. Questão de aula 6 (p. 317)
a) modificador do grupo verbal; 1.
b) sujeito;
a) modalidade deôntica valor de obrigação;
c) modificador do nome restritivo;
d) predicativo do sujeito; b) modalidade epistémica valor de certeza;
c) modalidade deôntica valor de permissão.
e) complemento indireto.
2.
6.
a) ato ilocutório assertivo;
a) oração subordinada adjetiva relativa restritiva; b) ato ilocutório diretivo;
b) oração subordinada adjetiva relativa explicativa; c) ato ilocutório compromissivo.
c) oração subordinada adverbial condicional.
3.
7. a) F; b) V.
a) anáfora por substituição (pronome);
Questão de aula 3 (p. 314) b) anáfora conceptual.
1. a) 2; b) 4; c) 7; d) 1; e) 8; f) 5; g) 6; h) 3. 4. D; 5. A.
2.
RIMAS, DE LUÍS DE CAMÕES
2.1
Questão de aula 7 (p. 318)
a) anáfora por substituição (pronome);
b) anáfora por elipse; 1.
c) anáfora por substituição (determinante possessivo); a) oração subordinada substantiva relativa;
d) anáfora conceptual. b) oração subordinada substantiva completiva;
c) oração subordinada adverbial causal;
2.2
d) oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
a) «eles» D. João e D. Filipa; b) «isso» «casar passados
2. B; 3. A.

Questão de aula 4 (p. 315) 4. a) 4; b) 1; c) 2; d) 3.

1. a) 1; b) 3; c) 1; d) 1. Questão de aula 8 (p. 319)


2. 1. anáforas por substituição (pronomes).
a) síncope de g;
2. oração subordinada substantiva completiva e oração
b) apócope de m; sonorização de c;
subordinada adjetiva restritiva.
c) crase de vogais;
d) síncope de e; sonorização de p. 3.
3. a) sujeito;
b) complemento do nome;
a) modificador do nome apositivo;
c) complemento do adjetivo;
b) modificador do nome restritivo.
d) predicativo do sujeito;
e) modificador do nome restritivo;
FARSA DE INÊS PEREIRA, DE GIL VICENTE f) complemento indireto.

Questão de aula 5 (p. 316) 4.


1. a) modalidade deôntica, valor modal de obrigação;
b) modalidade epistémica, valor modal de certeza.
a) oração subordinada substantiva completiva;
b) oração subordinada substantiva completiva; 5.
c) oração subordinada substantiva relativa; a) oração subordinada substantiva relativa;
d) oração subordinada substantiva completiva. b) oração subordinante.

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