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Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração

Domínio da estrutura morfossintática do período: Relações de coordenação entre orações e


entre termos da oração.
 Período é a frase formada por uma ou mais orações, com sentido completo
O período pode ser simples ou composto.

Período Simples: Formado por apenas uma oração

Ex.: A noite está maravilhosa!

Período composto: Formado por duas ou mais orações.

Ex.: João levantou e foi para o banheiro

 O período composto pode ser por coordenação e subordinação:

Período composto por coordenação: Quando as orações são independentes e tem sentido
completo, porém sem relação sintática entre si.

Período composto por subordinação: Quando uma das orações(subordinada) depende


sintaticamente da outra (principal) para fazer sentido.

Ex.: Não fui ao treino (oração principal), por que tinha aula (oração subordinada).

Período Composto por Coordenação

Um período composto por coordenação é formado por orações independentes sintaticamente, ou


seja, as orações não tem nenhuma dependência para serem entendidas, mas que se unem para
tornar a informação mais completa e expressiva. Elas são consideradas orações coordenadas.

Antes de falarmos sobre os tipos de orações coordenadas é necessário saber o que é uma
conjunção coordenativa.
 Conjunção coordenativa: É uma conjunção usada para ligar duas orações ou palavras que têm
a mesma função gramatical. Pode ser Aditiva, adversativa, alternativa, conclusiva e explicativa.

 Temos dois tipos de orações coordenadas:

Orações Coordenadas Assindéticas

São as orações que não estão ligadas através de conjunção coordenativa. A ligação é feita através
de uma pausa, geralmente pela vírgula.

Ex: Vim, vi, venci.

 Orações Coordenadas Sindéticas

São orações coordenadas entre si e são ligadas por uma conjunção coordenativa. E São
classificadas em 5 tipos:

 Oração coordenada sindética aditiva:

Exprime uma ideia de soma à oração anterior.

Algumas conjunções aditivas: e, nem, mas também, mas ainda, assim…. como, bem como…

Exs.:Eu e minha esposa almoçamos fora e fomos ao shopping

Não gosto de pimentão nem de batata-doce.

 Oração coordenada sindética adversativa:

Exprime uma ideia de oposição à da outra oração. É obrigatório o uso de vírgula.

Algumas conjunções adversativas: mas, porém, todavia, ainda assim, no entanto, entretanto,


contudo.

Exs.:Eu queria jogar futebol, mas a minha perna ainda dói.


Eu estava indo a pé, porém começou a chover

 Oração coordenada sindética alternativa:

Exprime ideia de opção, de alternância em relação à outra oração. Nela também é obrigatório o
uso de vírgula, entre as orações, mas se tiver só uma oração a vírgula é opcional.

Algumas conjunções alternativas: ou, ou…ou, nem…nem, seja...seja, ora… ora, quer… quer,
já...já.

Exs.:Faça o que seu pai mandou ou ficará de castigo

Quer jogar de manhã, quer jogar de tarde, não para de jogar futebol

Ora você está de bom humor, ora está de mau humor.

 Oração coordenada sindética conclusiva:

Exprimem conclusão ou consequência de uma ideia relacionada à oração anterior.

A vírgula também é obrigatória.

Algumas conjunções conclusivas: logo, assim, portanto, por isso, por conseguinte, pois, de
modo que, então…

Exs.:Fui mal na prova, portanto não vou passar no concurso.

Estudei muito, por isso devo passar no concurso.

 Oração coordenada sindética explicativa:

Indicam uma justificativa ou uma explicação de uma ideia relacionada à oração anterior. É
também obrigatório o uso da vírgula.

Algumas conjunções explicativas: que, porque e pois (antes do verbo), ou seja, isto é, …


Exs.:Conseguiu passar no concurso, porque estudou muito.

Dê parabéns a ele, pois passou no concurso.

Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.


1 – Orações Subordinadas Substantivas:
As orações subordinadas substantivas normalmente são ligadas pelas conjunções integrantes
“que” e “se”. Elas podem exercer nas frases funções de sujeito, objeto direto, objeto indireto,
complemento nominal, predicado nominal e aposto, tendo assim, a mesma função de um
substantivo.
 São seis as orações subordinadas substantivas.
 1.1 – Oração subordinada substantiva subjetiva:
Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se”
é a oração subordinada, que desempenha a função de sujeito para a oração principal.
Sujeito: Termo com qual o verbo concorda
Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos
Ex.:Nao era permitido que os meninos nadassem nesta piscina. (verbos permitir e nadar)
Sujeito na oração principal: Não tem
O “que” é a conjunção integrante que liga as orações.
Oração principal: “Não era permitido”
Oração subordinada substantiva subjetiva: “Que os meninos nadassem nesta piscina” (inicia
sempre com a conjunção)
É subjetiva porque tem a função de sujeito da oração principal
 1.2 – Oração subordinada substantiva objetiva Direta:
Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se”
é a oração subordinada, que desempenha a função de objeto direto para a oração principal.
Objeto direto: É um complemento verbal que, normalmente, não é acompanhado por preposição
Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos
Todos desejamos que um dia seremos felizes (verbos desejar e ser)
Sujeito na oração principal: Todos
O “que” é a conjunção integrante que liga as orações.
Oração principal: “todos desejamos”
Oração subordinada substantiva objetiva direta: “que um dia seremos felizes” (inicia sempre
com a conjunção)
O “Todos” é o sujeito da oração
O que complementa o verbo desejar é “que todos um dia seremos felizes” que tem a função de
objeto direto.
 1.3 – Oração subordinada substantiva objetiva Indireta:
Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com uma preposição e as
conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de
objeto indireto para a oração principal.
Objeto indireto: É um complemento verbal que é acompanhado por preposição
Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos
Ex. João não gosta de que o tratem como criança (verbos gostar e tratar)
Sujeito na oração principal: João
O “que” é a conjunção integrante que liga as orações.
Oração principal: “João não gosta”
Preposição: “de”
Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “de que o tratem como criança”
O que complementa o verbo gostar é “de que o tratem como criança” que tem a função de objeto
indireto.
 1.4 – Oração subordinada substantiva completiva nominal:
Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com uma preposição e as
conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de complemento
nominal para a oração principal.
Complemento nominal: É o termo da oração que é precedido por uma preposição para
complementar o sentido de um substantivo abstrato, de um adjetivo ou de um advérbio, ou seja,
para ter um sentido completo.
Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos
Ex.: Eu tenho a esperança de que passarei no concurso (verbos ter e passar)
Sujeito na oração principal: eu
O “que” é a conjunção integrante que liga as orações.
Oração principal: “Eu tenho a esperança”
Preposição: “de”
Oração subordinada substantiva completiva nominal: “de que passarei no concurso”
 1.5 – Oração subordinada substantiva predicativa
Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se”
é a oração subordinada, que desempenha a função de predicativo do sujeito do verbo de
ligação da oração principal. Aparece sempre depois do verbo ser.
Predicativo do sujeito: É o termo do predicado que tem a função de dar uma qualidade ao
sujeito
Ex. A verdade é que ela sempre acerta as questões
Oração principal: a verdade é
Verbo de ligação: é
Oração subordinada substantiva predicativa: que ela sempre acerta as questões
 1.6 – Oração subordinada substantiva apositiva
Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se”
é a oração subordinada, que desempenha a função aposto para a oração principal. Aparece
sempre depois de dois pontos.
Aposto: é um termo que se une a outro para explicá-lo ou caracterizá-lo melhor
Ex. Todos querem apenas uma coisa: que sejamos felizes.
Oração principal: todos queremos apenas uma coisa
Oração subordinada substantiva apositiva: que sejamos felizes
 2 – Orações Subordinadas Adjetivas
Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com um pronome relativo é a
oração subordinada, que dá uma característica para a oração principal.
Pronome relativo: É um pronome que substitui um termo da oração anterior e estabelecem
relação entre duas orações (que, quem, onde, cujo, o qual, a qual, os quais, as quais, quando,
quanto…)
 São duas as orações subordinadas adjetivas:
 2.1 – Orações Subordinadas Adjetivas restritiva
é aquela que restringe o sentido do substantivo para um ser único e não pode ser isolada por
vírgulas e inicia com pronome relativo.
Ex.: Toda verdura que é verde é rica em fibras
Oração principal: toda verdura é rica em fibras
Oração subordinada adjetiva restritiva: que é verde.
 2.2 – Orações Subordinadas Adjetivas explicativa
Ela explica dando mais informações e detalhes ao que se encontra no texto. Sempre está entre
vírgulas e inicia com pronome relativo.
A oração principal é o restante da oração.
Ex.: O professor Leandro, que é o professor de história, está doente.
Oração principal: o professor leandro está doente
Pronome relativo: que
Oração subordinada adjetiva explicativa: que é o professor de história
 3 – Orações Subordinadas Adverbiais
São orações que exercem a função de adjunto adverbial do verbo, tendo a mesma função que um
advérbio na estrutura da oração. Ela traz uma circunstância para a oração principal.
Adjunto adverbial: É o termo da oração que indica uma circunstância.
Advérbio: É uma palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal
São iniciadas por conjunções ou locuções conjuntivas.
São relacionadas de acordo com a circunstância que apresentam
 Temos nove orações subordinadas adverbiais:
 3.1 – Orações subordinadas adverbiais causais:
Aponta a causa da ação exposta na oração principal
Conjunções causais: que, porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como…
Ex. Ele saiu rapidamente porque estava atrasado
Conjunção causal: porque
Estava atrasado é a causa dele sair rapidamente
 3.2 – Orações subordinadas adverbiais consecutivas:
Aponta a consequência do que ocorreu na oração principal
Conjunções consecutivas: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), que, de forma que, de
modo que…
Ex.: Cristina estudou tanto que ficou cansada.
Ficou cansada é a consequência de Cristina estudar tanto
 3.3 – Orações subordinadas adverbiais comparativas:
Expressa uma comparação com o acontecimento da oração principal
Conjunções comparativas: como, mais do que, tal, tanto como, assim como, mais…que, bem
como, que nem…
Ex.: Arthur mais joga do que estuda.
 3.4 – Orações subordinadas adverbiais concessivas:
Aponta uma concessão ao que foi dito na oração principal, ou seja, passa uma ideia de
contradição.
Conjunções concessivas: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem
que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese.
Ex. Embora não tenha jogado bem, eu venci a partida
Foi feito uma concessão a ele, ou seja, apesar de não ter jogado bem, ele conseguiu vencer a
partida.
 3.5 – Orações subordinadas adverbiais condicionais:
Aponta a condição para o que ocorreu ou não na oração principal
Conjunções condicionais: se, a menos que, desde que, caso, contanto que, salvo se, exceto se,
desde, a não ser que…
Ex. Se ele cumprir sua promessa, poderemos viajar amanhã
Se ele cumprir a promessa é a condição para eles poderem viajar.
 3.6 – Orações subordinadas adverbiais conformativas:
Aponta a ideia de conformidade, ou seja, está de acordo com o que ocorreu na oração principal
Conjunções conformativas: Conforme, como, segundo…
Ex. Faço feijoada conforme a receita da minha mãe.
A feijoada está de acordo com a receita da mãe
 3.7 – Orações subordinadas adverbiais temporais:
Aponta uma circunstância de tempo expresso na oração principal
Conjunções temporais: Agora que, tanto que, quando, enquanto, sempre que, assim que, desde
que, logo que…
Ex.: Fico alegre sempre que vou à casa de minha mãe.
 3.8 – Orações subordinadas adverbiais finais:
Apresenta a intenção, o fim ou finalidade do que ocorre na oração principal.
Conjunções finais: a fim de que, para que, que, porque…
Ex.: estudei muitas vezes a matéria, para que não errasse nenhuma questão
 3.9 – Orações subordinadas adverbiais proporcionais:
Expressa uma ideia de proporção com o que ocorre na oração principal.
Conjunções proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais… mais,
quanto menos… menos…
Ex.: Ele vai ficando mais forte à medida que treina.
(GARCIA,
1999: 3518).

Vilela (1995); Bechara (2001); Matos (2003); Mateus et alli (2003);

objetivo a análise

das ligações referenciais que se estabelecem entre sujeitos em frases finitas coordenadas

e subordinadas adverbiais, integradas e não integradas. A observação do comportamento

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