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1. leda: alegre;
2. celebrada: recordada, não esquecida;
3. marchetada: enfeitada;
4. apartar-se: afastar-se, separar-se;
5. ũa: uma.
Apresenta as tuas respostas aos itens que se seguem de forma bem estruturada.
1. Divide o poema em partes, de acordo com a sua estrutura interna, e fundamenta a tua resposta.
5. Identifica as características formais do poema, no que diz respeito a estrofes, rima e métrica.
Educação Literária
1. O poema pode ser dividido em duas partes. Na primeira, correspondente à primeira estrofe, o sujeito lírico manifesta
a sua intenção de recordar aquela madrugada. As restantes estrofes constituem a segunda parte e justificam aquela
intenção.
2. Ao longo do poema, a madrugada é personificada. Na segunda estrofe, ela é apresentada como alguém que é
surpreendido, no seu percurso habitual diário, por uma situação que lhe capta a atenção. «Ela […] viu» e «Ela viu» é
repetido anaforicamente nas segunda, terceira e quarta estrofes, reforçando o papel da madrugada enquanto única
testemunha do momento de separação dos amantes.
3. O sujeito lírico pretende transmitir a saudade e a profunda tristeza provocada pela separação de duas pessoas que
se amam. A referência a uma grande quantidade de lágrimas que, hiperbolicamente, pareciam formar um rio («as
lágrimas em fio,/que d’uns e d’outros olhos derivadas/s’acrescentaram em grande e largo rio», vv. 9-11) e a referência
às «palavras magoadas», capazes de arrefecer o fogo e de aliviar a culpa das «almas condenadas», intensificam a
profunda tristeza sentida pelos amantes e manifestada nas suas palavras e nos seus gestos.
4. No primeiro verso, a madrugada é duplamente adjetivada como «triste e leda», ou seja, triste e alegre, o que constitui
uma antítese. A alegria da madrugada relaciona-
-se com o seu esplendor, beleza e brilho natural e a tristeza deve-se ao facto de se «sentir» solidária com a situação
testemunhada. Na quarta estrofe, o verso «que puderam tornar o fogo frio» também explora a antítese ao referir o
«fogo» como «frio».
5. O poema é um soneto, pois é constituído por duas quadras e dois tercetos. Nas quadras, a rima é interpolada (entre
o primeiro e o quarto versos) e emparelhada (entre o segundo e o terceiro versos). Nos tercetos, existe rima cruzada.
Todos os versos são constituídos por dez sílabas métricas, correspondendo à métrica preconizada pelo género do
soneto.