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Páginas de revisão
A epopeia: natureza e estrutura da obra
• origem na Antiguidade Clássica (Ilíada e Odisseia, de Homero, e Eneida, de Virgílio)
• ação inteira e completa de uma narrativa heroica, num tom elevado e majestoso
• diversidade de episódios
• Alterna com o plano da viagem. Contribui para a mitificação dos portugueses, que
Mitologia conseguem vencer os deuses e que, na Ilha dos Amores, alcançam o prémio supremo,
a imortalidade.
• vocabulário erudito
• recursos expressivos
• elevação dos marinheiros à condição de deuses, como prémio pela sua ousadia e coragem Ilha dos Amores
• o ser humano, “bicho da terra tão pequeno”, enfrenta os perigos do desconhecido, “por mares nunca dantes
navegados”, com audácia
• transcendência da condição humana, através da superação dos obstáculos naturais e do próprio medo
recompensa:
A Ilha dos Amores os marinheiros ascendem ao patamar das divindades e Vasco da Gama conhece a Máquina do
Mundo, representação em miniatura do universo, pela mão de Tétis
Reflexões do Poeta
Canto I (ests. 105 e 106) O Poeta alerta para os “Grandes e gravíssimos perigos” que os portugueses irão
enfrentar na viagem (ciladas, guerras, tempestades), refletindo sobre a insegurança e
a fragilidade da vida humana – “bicho da terra tão pequeno”
Canto V (ests. 92 a 100) Camões critica a falta de interesse pelas artes e pelas letras por parte dos seus
compatriotas e alerta para a necessidade de imortalizar os feitos dos portugueses
Canto VII (ests. 78 a 87) O Poeta lamenta-se pelos infortúnios sofridos e pelo não reconhecimento do seu
mérito, facto inviabilizador do incentivo a futuros escritores
Canto VIII (ests. 96 a 99) O Poeta reflete sobre o poder do dinheiro, que tudo corrompe e “a tudo nos obriga”
Canto IX (ests. 88 a 95) O sentido alegórico da Ilha dos Amores e a advertência aos portugueses contra a
cobiça, a tirania e a ambição, porque “essas honras vãs” não dão verdadeiro valor
aos homens
Canto X (ests. 145 a 156) Camões lamenta a decadência da pátria, “que está metida [...] / No gosto da cobiça e
na rudeza”, e incentiva o rei, D. Sebastião, a continuar a expansão marítima,
disponibilizando-se para servir a pátria pelas armas e pelas letras